Atendimento Educacional Especializado Um
Atendimento Educacional Especializado Um
Atendimento Educacional Especializado Um
(Organizadora)
Atena Editora
2019
2019 by Atena Editora
Copyright da Atena Editora
Editora Chefe: Profª Drª Antonella Carvalho de Oliveira
Diagramação e Edição de Arte: Lorena Prestes e Geraldo Alves
Revisão: Os autores
Conselho Editorial
Prof. Dr. Alan Mario Zuffo – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Prof. Dr. Álvaro Augusto de Borba Barreto – Universidade Federal de Pelotas
Prof. Dr. Antonio Carlos Frasson – Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Prof. Dr. Antonio Isidro-Filho – Universidade de Brasília
Profª Drª Cristina Gaio – Universidade de Lisboa
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Profª Drª Daiane Garabeli Trojan – Universidade Norte do Paraná
Prof. Dr. Darllan Collins da Cunha e Silva – Universidade Estadual Paulista
Profª Drª Deusilene Souza Vieira Dall’Acqua – Universidade Federal de Rondônia
Prof. Dr. Eloi Rufato Junior – Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Prof. Dr. Fábio Steiner – Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
Prof. Dr. Gianfábio Pimentel Franco – Universidade Federal de Santa Maria
Prof. Dr. Gilmei Fleck – Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Profª Drª Girlene Santos de Souza – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Profª Drª Ivone Goulart Lopes – Istituto Internazionele delle Figlie de Maria Ausiliatrice
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Prof. Dr. Julio Candido de Meirelles Junior – Universidade Federal Fluminense
Prof. Dr. Jorge González Aguilera – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
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Profª Drª Paola Andressa Scortegagna – Universidade Estadual de Ponta Grossa
Profª Drª Raissa Rachel Salustriano da Silva Matos – Universidade Federal do Maranhão
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Prof. Dr. Takeshy Tachizawa – Faculdade de Campo Limpo Paulista
Prof. Dr. Urandi João Rodrigues Junior – Universidade Federal do Oeste do Pará
Prof. Dr. Valdemar Antonio Paffaro Junior – Universidade Federal de Alfenas
Profª Drª Vanessa Bordin Viera – Universidade Federal de Campina Grande
Profª Drª Vanessa Lima Gonçalves – Universidade Estadual de Ponta Grossa
Prof. Dr. Willian Douglas Guilherme – Universidade Federal do Tocantins
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(eDOC BRASIL, Belo Horizonte/MG)
E24 Educação [recurso eletrônico] : políticas, estrutura e organização 4 /
Organizadora Gabriella Rossetti Ferreira. – Ponta Grossa (PR):
Atena Editora, 2019. – (Educação: Políticas, Estrutura e
Organização; v. 4)
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Inclui bibliografia
ISBN 978-85-7247-305-7
DOI 10.22533/at.ed.057190304
CAPÍTULO 1 ................................................................................................................ 1
AS MARCAS DOS PARADIGMAS EDUCACIONAIS E AS TEORIAS DA
APRENDIZAGEM EM UMA PRÁTICA DE ENSINO PROFISSIONAL
Calinca Jordânia Pergher
Lucas Billo Dias
Thamille Pereira dos Santos
DOI 10.22533/at.ed.0571903041
CAPÍTULO 2 .............................................................................................................. 11
AS ORIENTAÇÕES TÉCNICAS QUE NORMATIZAM SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO
PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM MEDIDA PROTETIVA NO BRASIL E O
DIREITO À EDUCAÇÃO DOS/AS ACOLHIDOS/AS
Daiane Lins da Silva Firino
DOI 10.22533/at.ed.0571903042
CAPÍTULO 3 .............................................................................................................. 23
AS POLÍTICAS DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL, DIDÁTICA E GESTÃO
DEMOCRÁTICA NO COTIDIANO ESCOLAR
Valdir Avelino de Paiva
Luandson Luis da Silva
Joel Nunes de Farias
Elaine Cristina Meireles Silva
Marizete Soares de Oliveira Santos
Hosana Souza de Farias
Aldair Viana Silva de Alcaniz
DOI 10.22533/at.ed.0571903043
CAPÍTULO 4 .............................................................................................................. 32
AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS E A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES
NAS CONCEPÇÕES NEOLIBERAIS
Luandson Luis da Silva
Joel Nunes de Farias
Valdir Avelino de Paiva
Elaine Cristina Meireles Silva
Aldair Viana Silva de Alcaniz
Marizete Soares de Oliveira Santos
Hosana Souza de Farias
DOI 10.22533/at.ed.0571903044
CAPÍTULO 5 .............................................................................................................. 42
AS REDES SOCIAIS VIRTUAIS E A EDUCAÇÃO PARTICIPATIVA UMA VISÃO DA
ESCOLA CONTEMPORÂNEA
Isis Nalba Albuquerque Cardoso
DOI 10.22533/at.ed.0571903045
SUMÁRIO
CAPÍTULO 6 .............................................................................................................. 49
AS TECNOLOGIAS DIGITAIS DA EDUCAÇÃO COMO METODOLOGIA DE ENSINO-
APRENDIZAGEM, NA ALFABETIZAÇÃO INFANTIL: O USO DO APLICATIVO
“SILABANDO”, COMO RECURSO DIDÁTICO
Mariana Oliveira de Oliveira
Adriano Miranda dos Santos
André Luiz Andrade Rezende
Cíntia Damasceno Farias
DOI 10.22533/at.ed.0571903046
CAPÍTULO 7 .............................................................................................................. 64
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: UMA ANÁLISE SOBRE O USO
DAS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
Andreia Valeriano Figueredo Leandro
Edilene Cristiano de Figueredo Valeriano
Giovani Mendonça Lunardi
Eliane Pozzebon
DOI 10.22533/at.ed.0571903047
CAPÍTULO 8 .............................................................................................................. 73
ATIVIDADES AQUÁTICAS E SEUS BENEFÍCIOS PARA CRIANÇAS COM AUTISMO:
REVISÃO SISTEMÁTICA
Weslley Alex da Silva Dionísio
Mylli Ketwlly Ferreira dos Santos
Amanda Aparecida de Lima
Adriano Florêncio da Silva
Pedro Lucena de Paula
Carolina Lourenço Reis Quedas
Dayana da Silva Oliveira
DOI 10.22533/at.ed.0571903048
CAPÍTULO 9 .............................................................................................................. 85
ATIVIDADES RECREATIVAS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA EM UMA ESCOLA
PÚBLICA
Evandro Jorge Souza Ribeiro Cabo Verde
Lionela da Silva Corrêa
Francianne Farias dos Santos
João Otacilio Libardoni dos Santos
DOI 10.22533/at.ed.0571903049
CAPÍTULO 10 ............................................................................................................ 97
AULAS PRÁTICAS COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM NOS CONTEÚDOS
DE DENSIDADE E MISTURAS
João Victor Odilon da Silva
DOI 10.22533/at.ed.05719030410
CAPÍTULO 11 .......................................................................................................... 104
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ONLINE UTILIZADA EM AULAS PRESENCIAIS
Daniela Veiga de Oliveira
Najla Fouad Saghie
Tiago Nascimento de Carvalho
DOI 10.22533/at.ed.05719030411
SUMÁRIO
CAPÍTULO 12 .......................................................................................................... 113
AVALIAÇÃO DA CONCEPÇÃO DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO SOBRE “LIXO” E
“RESÍDUO” EM UMA ESCOLA DE REFERÊNCIA DA CIDADE DE VERTENTES/PE
Eduarda do Nascimento Serra Sêca
Paloma Lourenço Silveira de Araújo
Juliana Thais da Silva Amaral
Ana Paula Freitas da Silva
DOI 10.22533/at.ed.05719030412
SUMÁRIO
CAPÍTULO 18 .......................................................................................................... 173
AVALIAÇÃO, REPETÊNCIA E JUÍZO PROFESSORAL: UM DIÁLOGO QUALI-
QUANTI
Maria de Lourdes Sá Earp
Glauco da Silva Aguiar
DOI 10.22533/at.ed.05719030418
SUMÁRIO
CAPÍTULO 24 .......................................................................................................... 231
CAMINHOS DA HISTÓRIA 2.0: UMA PROPOSTA DE USO DE JOGOS DIGITAIS NA
SALA DE AULA
Adriano Miranda dos Santos
André Luiz Andrade Rezende
Cíntia Damasceno Farias
Mariana Oliveira de Oliveira
DOI 10.22533/at.ed.05719030424
SUMÁRIO
CAPÍTULO 30 .......................................................................................................... 287
COMPARAÇÃO ENTRE AS PROVAS DO ENADE 2005 E 2008 DO GRUPO I:
COMPOSIÇÃO DAS HABILIDADES PELA TEORIA C.H.C
Andreia Silva da Mata
DOI 10.22533/at.ed.05719030430
DOI 10.22533/at.ed.05719030431
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1
doi
AS MARCAS DOS PARADIGMAS EDUCACIONAIS E AS
TEORIAS DA APRENDIZAGEM EM UMA PRÁTICA DE ENSINO
PROFISSIONAL
RELATO DE EXPERIÊNCIA
A prática de ensino observada, foi em um Instituto Estadual de Educação da
Mesorregião Centro Ocidental do Estado do Rio Grande do Sul. Observou-se uma
aula do curso técnico de informática, noturno. O curso é pós-médio. Buscamos,
pontuar diversos aspectos, tanto do ambiente da sala de aula e da prática docente
e do contexto envolvido, antes mesmo de entrarmos para a sala. A aula iniciou às
18 horas e 40 minutos. Na prática, os professores vão para suas salas às 19 horas,
antes disso não há alunos, como relatado pela coordenadora pedagógica do noturno.
Ao chegarmos na sala, havia apenas 5 alunos na porta aguardando. Ao longo do
período que estivemos em aula (2 horas), muitos alunos ainda chegaram. Ao total,
chegaram a 10 alunos em aula. A explicação para essa entrada tardia e contínua, é
que a maioria são trabalhadores, em horário de comércio, tendo pouco tempo de ir em
casa, frequentemente indo direto do trabalho para aula. Através das falas, descobriu-
se que muitos dos alunos já trabalham na área de informática, e que buscam no curso
a qualificação profissional e certificação.
Na sala há computadores e diferentes materiais de informática, não necessitando
em muitos casos, sair do ambiente para realização de atividades. Na noite da
observação, a proposta temática era Linux, sua história e empregabilidade de sistema
operacional. Como haviam poucos alunos na chegada, o educador aguardou mais
uns minutos, até iniciar a explicação, enquanto estabeleceu conversas informais com
os alunos e organiza seu material (computador e projetor), em seguida inicia sua
proposta, com slides. Nesse instante ele faz a nossa apresentação para a turma, como
acadêmicos do Mestrado PROFEPT e que realizaríamos uma observação. A aula é
expositiva, com slides sobre o tema, pensamos que seria maçante. Em relação ao
professor foi visível a sua apreensão no início da aula, com a presença de dois indivíduos
externos observando sua prática. Percebemos em sua postura, em sua fala, falta de
naturalidade. Ao longo da aula, sua postura foi mudando, melhor articulação com a
turma, e mesmo sendo uma aula expositiva com projeção, tornou-se interessante, pelo
menos aos nossos olhos de observadores, que tinham diante de si, uma novidade, o
Linux. A aula foi desenvolvida com a explicação e participação dos educandos. Neste
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa buscou compreender quais marcas pedagógicas a prática educativa
observada evidenciou. Foi traçado um caminho com recorte do final do século XIX, todo
século XX, até a contemporaneidade. Acreditamos que ainda estamos em processo de
transição de paradigmas, trazendo mais marcas do paradigma da complexidade, sem
ter deixado totalmente os traços dos paradigmas conservadores. Entendemos que a
prática observada, bem como as práticas de ensino das escolas brasileiras, está mais
para as abordagens respaldadas no socioconstrutivismo, pelo menos as práticas nas
quais estamos inseridos, pois seria demasiado pretencioso afirmar isso num universo
tão singular como o cenário educacional de um país com dimensões e peculiaridades
tão grandes e diversas como do Brasil. Presume-se que há sim constante evolução
da visão e prática dos educadores. Já evoluímos muito, e ainda temos um longo
caminho para seguirmos, justamente pelo fato da educação – como um todo – e a
sociedade estar em movimento, portanto é um exercício constante, como diria Piaget,
de desequilíbrio e reequilibração, de nós educadores, na tentativa de aprimorarmos
nossas práticas, com a finalidade de proporcionar um ensino e uma aprendizagem
cada vez mais humanizadora, onilateral e significativa para nossos educandos.
REFERÊNCIAS
BEHRENS, Maria Aparecida; FLACH, Carla R. de Camargo. Paradigmas educacionais e sua
influência na prática pedagógica, 2008. Disponível em http://educere.bruc.com.br/arquivo/
pdf2008/541_365.pdf Acesso em 15 de maio de 2018, às 18h e 35min.
BEHRENS, Maria Aparecida. OLIARI, Anadir L.T. A evolução dos paradigmas na educação: do
pensamento científico tradicional a complexidade. 2007 Disponível em https://periodicos.pucpr.br/
index.php/dialogoeducacional/article/view/4156 Acesso em 04 de abril de 2018 às 00h e 40 min.
DESBIENS, Jean-François. In: GAUTHIER, Clermont; TARDIF, Maurice (org). A pedagogia: teorias e
práticas da Antiguidade aos nossos dias. 3ª Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
1 | INTRODUÇÃO
2 | METODOLOGIA
3 | RESULTADOS E DISCUSSÃO
Poderá haver espaço específico para esta finalidade ou, ainda, ser organizado
em outros ambientes (quarto, copa) por meio de espaço suficiente e mobiliário
adequado, quando o número de usuários não inviabilizar a realização de atividade
de estudo/leitura (BRASIL, 2009, p. 67).
4 | CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
ARAÚJO et al. Atuação do pedagogo no espaço não escolar: o caso do Centro de Integração
BRASIL. Lei Nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília: DF,
1990.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Especial dos Direitos
Humanos/PR. Orientações Técnicas: serviços de acolhimento para crianças e adolescentes.
Brasília, DF, junho de 2009.
GATTI, B. A.; ANDRÉ, M. A relevância dos métodos de pesquisa qualitativa em educação no Brasil.
In: WELLER, W.; PFAFF, N. (orgs). Metodologias da pesquisa qualitativa em educação. Rio de
Janeiro: Vozes, 2013. p. 210-225.
LIBÂNEO, José C. Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 1999.
______. Educar, Curitiba, n. 17, p. 153-176. 2001. Editora da UFPR. Disponível em: http://www.
educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/Pedagogia2/apedag ogiaepedagogos.
pdf Acesso em: 5 de Jul. 2014.
INTRODUÇÃO
A avaliação institucional está ligada as instituições escolares brasileiras, que tem
apresentado de forma clara a necessidade de existir, em aspecto sólido, produtivo
e democrático de forma didática. Essa é pouco expandida no Brasil. Evidentemente
que esse é um processo que perpassa pelo gestor, professores e funcionários da
escola. Para isso é necessário à participação de todos durante o processo, de forma
reflexiva diante das possíveis ações e constatações de pontos positivos e negativos.
É esse pensamento de aperfeiçoar permanentemente que o ato de planejamento, a
cada instante, durante todo o processo escolar busca desenvolver um objetivo geral
trazer um ato reflexivo e democrático sobre pontos fundamentais no desenvolvimento
pedagógico, voltado para os aspectos de construção permanente do ensino e
aprendizagem na instituição escolar. Essa avaliação institucional é extremamente
benéfico para o crescimento da instituição, juntamente com todos que lá estão. Todos
são responsáveis por esse espaço pensante.
Por isso, a reflexão desvenda e proporciona a todos na escola a participação do
“exercício da democracia” na busca de melhorias, nos aspectos estrutural, pedagógico
e administrativo, voltado para a evolução do ensino e da aprendizagem. Isso porque
o ambiente escolar estimula o envolvimento de todos os autores, assumindo sua
responsabilidade, tornando o ambiente com maior força coletiva.
Assim, a abordagem primária parte da avaliação escolar como mediadora do
conhecimento, evidenciando a importância do ato de avaliar processualmente a partir de
critérios estabelecidos para fortalece um conhecimento significativo e não unicamente
informativo. Libâneo (2013, p.107), afirma que “A realização consciente e competente
das tarefas de ensino e aprendizagem torna-se, assim, fonte de convicções, princípios
de ação, que vão regular as ações práticas dos alunos frente a situações postas pela
realidade”. Por o pensamento as características formativas de um cidadão critico e
responsável a partir da consciência de suas ações são elementos essenciais no ato
de refletir sobre sua própria ação que denominamos de auto avaliação, momento de
repensar, e se necessário reconstruir, refazer ou reiniciar. Isso para aperfeiçoar e
apreender sempre em busca da qualidade. Evidentemente que além de se auto avaliar,
somos avaliados externamente também através indicadores nacionais. Segundo
ALVARES, BRAVO E MACHADO:
Assim, o professor precisa ter um olhar introspectivo, ver sua prática com muita
lucidez, tornar-se a cada dia mediador de uma educação, concebida e desenvolvida
como responsabilidade social, que seja capaz de responder coerentemente aos
desafios e necessidades existências do tempo que nos toca viver, desenvolvendo, por
sua vez, todas as dimensões da pessoa humana.
Sem dúvidas, ao professor lhe é atribuído uma grande missão. Logo é preciso, e
urgente reformar a sociedade, a civilização, a vida, a alma. É através da dinâmica da
escola que as portas do processo de aquisição do conhecimento se tornarão eficaz
e se constituirão em aprendizagens significativas em uma sociedade em constantes
transformações.
Oficialmente com o Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, por meio
do Decreto n. 6.074, de 24 de abril de 2007, e sua fundamentação apresentada por
Reynaldo Fernandes (2007), à época presidente do Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).”(ALAVARES, BRAVO E MACHADO,
Essa avaliação externa tem o exemplo do (IDEB), que determina a cada dois (2)
anos um indicativo quantitativo expressando a evolução qualitativa da intuição escolar.
Considerando duas variáveis significativas: o teste (prova) e a aprovação (Censo
Escolar). A intenção é estabelecer metas a serem alcançadas pelas redes públicas de
ensino e escolas até 2021.
METODOLOGIA
A pesquisa baseou-se em um estudo bibliográfico realizado em periódicos e livros
que suplantava recursos literários sobre a importância da avalição institucional no
espaço escolar, pautada como um instrumento democrático de grande importância no
desenvolvimento dos objetivos e metas para o crescimento acadêmico ou institucional.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O desenvolvimento do trabalho partiu de estudos literários com análises e
interpretações teóricas sobre a importância da avaliação institucional no espaço da
escola como elemento fundamental no desenvolvimento do ensino para a qualidade
da aprendizagem. Segundo GERHARDT:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação para ser transformadora precisa está centrada na vida, considerar
pessoas e os processos pedagógicos e avaliativos em toda sua dimensão. Precisam
ser pautados num sentimento de emancipação, valorizando as pessoas, suas culturas
e seus limites de aprendizagem, é preciso que aponte o caminho dos diferentes
saberes.
Sabemos que o papel fundamental da educação é encontrar estratégias que
venham possibilitar o desenvolvimento individual e pleno do educando. E a avaliação
ocupa um lugar importante para determinar o progresso e as dificuldades que devem
ser superadas para que o ensino seja adequado à necessidade de cada um. Daí a
importância da avaliação institucional, que vem estabelecer uma visão processual,
diagnóstica e comum participação, da comunidade no espaço escolar com todos
os autores que ali estão. É com essa consciência que podemos valorizar refletir e
executar as ações da escola como já suplantado, de forma mais eficiente e eficaz. E
esse avanço democrático, crítico e participativo que se evidencia a frase de Sêneca
(04 a.C. - 65) foi um importante filósofo, escritor, mestre da arte da retórica, que diz:
“Não há ventos favoráveis, para quem não sabe, para onde navegar”. Portanto fica
evidente a importância sempre de um planejamento reflexivo a prática pedagógica.
REFERÊNCIAS
ALAVARSE, Ocimar M.; BRAVO. Maria Helena.; MACHADO. Cristiane. Avaliações externas e
Qualidade na Educação Básica: articulações e tendências. Est. Aval. Educ., São Paulo, v. 24, n.
54, p. 12-31, jan/abr. 2013.
BARRETO, Elba Siqueira de Sá; NOVAES, Gláucia T. Franco. Avaliação Institucional na Educação
Básica: retrospectiva e questionamentos. Est. Aval. Educ. São Paulo, v.27, n.65, p.314 – 345,
maio/ago. 2016.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática pedagógica. 3 ed. Rio
de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
GADOTTI, Moacir. Ser professor, ser educador. Construir Notícias: nº 54, p. v, set/out., 2012.
GAMA, Zacarias. Avaliação Institucional: primeiras aproximações – Teoria e Crítica. Est. Aval.
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GATI, Bernardete A.; Avaliação Institucional: processo descritivo, analítico ou reflexivo? Estudos
em avaliação Educacional, v. 17, n. 34, maio/ago. 2006.
GERHARDT, Tatiana Engel. Denise Tolfo Silveira [organizado por] / Métodos de Pesquisa.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática / José Carlos Libâneo. – 2. Ed. – São Paulo ; Cortez, 2013.
MELO, A. de; URBANETZ, S. T. Fundamentos de didática. Curitiba: Ibpex, 2008.
MORAES, Maria Cândida. Almeida, Maria da Conceição de. Os Sete Saberes Necessários à
Educação do Presente: por uma educação transformadora. Rio de Janeiro: Wak. Editora, 2012.
INTRODUÇÃO
O presente artigo, mostra de forma didática as políticas de formação docente
continuada, contendo como objetivo principal, expor aos leitores algumas concepções
das políticas educacionais referente a formação continuada de docentes por meio
do cunho neoliberal. Dessa forma, é proposto aos docentes, uma nova maneira de
se qualificar para formar alunos no meio tecnológico atendendo as necessidades do
mercado de trabalho, tendo em vista realidades de instabilidade econômicas que
necessitam de mão de obra qualificada tendo por base as políticas neoliberais.
O artigo em questão foi elaborado com o intuito de mostrar alguns conceitos
e politicas educativas para formação de professores de maneira continuada em
ambientes que buscam atender as exigências socioeconômicas, de forma proveitosa a
fim de qualifica-los, tanto quantitativamente quanto qualitativamente, para lecionarem
em estabelecimentos de ensino com qualidade, onde a educação tecnológica proposta
pelo mundo globalizado possa refletir em políticas inovadoras que cumpram sua tarefa
social, política, econômica e educativa.
Atualmente, as formações Tecnológicas no meio acadêmico são frequentemente
cobradas pelos órgão financiadores da educação como: a OMC, FMI, e o Banco
Mundial , que institucionalizam políticas educativas no mundo da educação, em todas
as áreas profissionais, pois uma formação de qualidade é essencial para desenvolver
atividades específicas de cada profissão, onde se trabalhe uma reflexão formativa,
investida por meio de uma conjuntura em todo o contexto de trabalho, dentro dos
estabelecimentos de ensino presentes em todas as esferas do poder.
Nesse sentido, é de fundamental importância que os professores das diversas
áreas de conhecimento, busquem aprimorar suas práticas educativas e desenvolver
um trabalho mais rentável dentro do contexto escolar por meio de formações
continuadas realizadas dentro e fora do espaço escolar, possibilitando dentro do
universo da pesquisa uma reflexão e sensibilização de todos no propósito de resolver
as problemáticas econômicas que forem surgindo no desenvolvimento mundial.
Foram ainda utilizadas na desenvoltura do trabalho pesquisas em artigos
científicos complementares que mostravam algumas características das políticas
educacionais e da formação continuada de docentes, com o propósito de investigar
alguns fatores e analisar as políticas neoliberais surgidas no caminho educativo.
Perante essa concepção, esse artigo teve como base a fundamentação teórica
dos autores: FERREIRA, (2004); FREIRE (2008); IANNI, (1995); KUENZER, (2000);
As propostas que compõe esta agenda costuma ser construída em vários eventos
educacionais como: nos seminários, congressos, workshops, estudos, exames,
arranjados por estas organizações internacionais, os quais se intitulam altamente
democráticos, pois compõe-se por representantes de todos os países, criando, assim,
uma atmosfera de maior legitimidade social.
Dentre as prioridades desses eventos o campo educacional está a reforma na
formação de professores que transmitam conhecimentos com eficiência e eficácia.
Sendo estes profissionais elementos-chave para as mudanças educacionais, e tendo
papel decisivo para a concretização do projeto educativo proposto pelas políticas
neoliberais. Segundo MAUÉS (2003, p. 99), “as reformas na formação de professores
Não sou professor se não percebo cada vez melhor que, por não poder ser neutra,
a minha prática exige de mim uma definição. Uma tomada de posição. Decisão.
Ruptura. Exige de mim que escolha entre isto ou aquilo. Não posso ser professor
a favor de quem quer que seja e a favor de não importa o quê. Não posso ser
professor a favor simplesmente do homem ou da humanidade, frase de uma
vaguidade demasiado contrastante com a concretude da prática educativa. (...)
Sou professor a favor da boniteza de minha própria prática. (FREIRE, 2008. p. 102-
103)
(...) as decisões sobre a política e prática são mediadas por considerações morais,
éticas e políticas, e que a prática no ensino e na formação docente, como em
outras áreas, é intrinsecamente complexa e embora a pesquisa empírica tenha o
potencial para nos ajudar a administrar e reduzir mais eficazmente a complexidade
e a incerteza do magistério, ela nunca será capaz de anulá-la (ZEICHNER, 2009,
p. 15).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com base na pesquisa, é possível perceber que o campo educativo, por situar-se
numa área de dinâmicas influentes, representa um espaço de interesses e impasses
políticos e econômicos, os quais colocam a educação e as políticas educacionais em
concepções e exigências do mercado produtor visando que estes interesses venham
se materializar por meio de um discurso que busca alojar-se no sistema das políticas
educacionais e as exigências do mercado propondo a legitimidade e amplitude
tecnológica.
Dessa forma, as concepções da globalização no capitalismo trazem consigo
marcas de seu projeto político-econômico, o neoliberalismo que representa os
interesses políticos econômicos e sociais. As mudanças propostas pelas políticas
neoliberais implicam na redução de gastos por parte do estado e sua interferência
frente às questões sociais, que acabam deixando a sociedade vulnerável às iniciativas
do mercado, das quais o setor privado vem ganhando espaço nos serviços essenciais.
Com isso, as políticas públicas que resultariam da interferência do estado na
garantia do bem-estar social da população, traduzem-se em propostas assistencialistas
e compensatórias, advindas dos interesses de um mercado exploratório e economicista
que vivemos na atualidade e que consequentemente acaba influenciando na formação
continuada de professores por meio de suas políticas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir da elaboração do artigo, percebemos que os professores estão se
qualificando dia após dia, utilizando a tecnologia da informação como suporte auxiliador
REFERÊNCIAS
FERREIRA, Naura Syria Carapeto. Repensando e Ressignificando a Gestão Democrática da
Educação na “Cultura Globalizada”. In: Revista Educação & Sociedade. Campinas, vol. 25, n° 89,
p. 1227-1249. 2004.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 7ed. São Paulo: Paz e Terra, 2008.
NÓVOA, Antônio. Os professores e o “novo” espaço público da educação. In: TARDIF, Maurice;
LESSARD, Claude. (Orgs.). O ofício de professor: história, perspectivas e desafios internacionais.
Trad. Lucy Magalhães. Petrópolis/RJ: Vozes, 2007.
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez, 2007.
SCHÖN, Donald A. Formar professores como profissionais reflexivos. In: NÓVOA, António
(Coord.). Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992.
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002. YIN, Robert
K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Trad. Daniel Grassi. 3ª Ed. Porto Alegre: Bookman,
2006.
ZEICHNER, Kenneth. Uma agenda de pesquisa para a formação docente. Formação Docente –
Revista Brasileira de Pesquisa sobre Formação Docente, v. 1, n. 1, p. 13-40. 2009.
Isis Nalba Albuquerque Cardoso iniciais sugerem que o advento das novas
Universidade Federal de Alagoas TDICS demandaram inovações em diferentes
Maceió – Alagoas aspectos sociais, inclusive na educação, posto
que o design dos espaços convencionais de
aprendizagem está se tornando obsoleto, o
RESUMO: O presente trabalho analisa que causa dispersão nos alunos e os conduz
as redes sociais virtuais e sua inferência às atrativas e variadas possibilidades do
na educação participativa no contexto da smartphone.
escola contemporânea. A matéria pondera os PALAVRAS-CHAVE: Redes Sociais Virtuais.
conceitos de redes sociais virtuais e cultura Educação Participativa. Escola. Tecnologias.
participativa relacionando-os com a proposta
de educação participativa e o cenário de uso
das Tecnologias Digitais da Informação e
1 | INTRODUÇÃO
Comunicação (TDICS), mais especificamente
dos smartphones, por discentes na sala de O advento e a popularização da internet
aula. A tríade constituída pelas redes sociais e, posteriormente, das redes sociais virtuais -
virtuais, a educação participativa e a escola foi também chamadas de redes sociais online – e
analisada limitando à área social da ciência, ainda, de forma mais extensa das Tecnologias
utilizando como forma o método hipotético- Digitais da Informação e da Comunicação
dedutivo, de natureza qualitativa. Ademais (TDICS), possibilitou o acesso dos jovens
de averiguar as redes sociais virtuais na em idade escolar a essas tecnologias. Hoje
contemporaneidade, o objetivo desta pesquisa é bastante notória a abrangência da telefonia
é ainda propor estratégias pedagógicas móvel, mais precisamente dos smartphones, em
diversas das tradicionais que o docente possa
sala de aula, em todos os níveis (fundamental,
utilizar em sala de aula, além de expor as redes
médio e superior).
sociais virtuais como ferramenta de ensino e
A Pesquisa Nacional por Amostra de
ambiente de interação, construção de conteúdo
Domicílios (PNAD) realizada pelo Instituto
e aprendizagem. Para consolidar esse estudo
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
foram pesquisadas bibliografias de estudiosos
- Acesso à Internet e à Televisão e Posse de
como Paulo Freire, Henry Jenkins, José Manuel
Moran, André Telles entre outros. Os resultados Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal 2015
Diferentes das instituições ou dos grupos, as redes sociais fazem circular, através
de seus canais, notícias, dicas, interesses no seio de uma comunidade que partilha
certas atividades e age coletivamente. O canal de uma rede social é formado pela
interação entre seus membros (ANTOUN, 2008, p.14).
Dentre os propósitos deste trabalho está relacionar o uso das redes sociais
virtuais no contexto de uma educação participativa e, por que não dizer, dialógica,
posto o cenário da vigente utilização dos smartphones pelos jovens na escola.
Sobrevindo as considerações acerca das redes sociais virtuais aborda-se um
conceito que também surgiu nesse mesmo cenário: o de cultura participativa.
Participação efetiva, comunicação, produção e compartilhamento de conteúdos,
criatividade, usuários ativos, participativos e dispostos ao debate, individualismo
afrontado por meio de um sistema de redes sociais virtuais. Isso é cultura participativa.
Como o próprio nome sugere, cultura participativa significa participação. E para que tal
engajamento seja possível, as tecnologias digitais são primordiais.
Na abordagem da educação participativa, é fulcral esclarecer o conceito de cultura
participativa, visto que é por meio dela que conseguimos emitir e receber informações
em tempo real, de forma rápida e precisa. Lemos e Cunha (2003) ilustram que:
E essa participação, atualmente, pode ocorrer por meio das redes sociais virtuais.
O Facebook, por exemplo, permite criar grupos fechados e secretos onde o professor
pode disponibilizar o material que alicerçará seu conteúdo e promover o debate com
os alunos que podem interagir entre eles ou com o professor de forma síncrona ou
assíncrona.
Uma pesquisa divulgada no jornal ‘Folha de São Paulo’, no dia 18 de julho de
2018, revela que o Facebook atingiu a marca de 127 milhões de usuários ativos no
Brasil, desses, 90% usam a rede por meio de dispositivos móveis, principalmente
smartphones. Porquanto, mediante esse quadro, porque não utilizar tal abrangência
dessa rede social virtual na educação?
A proposta do aplicativo Whatsapp, comprado pelo Facebook em 2014 por 16
bilhões de dólares, também é deveras propícia à interação e participação. O docente
pode criar grupos de estudos no aplicativo ou ainda disponibilizar vídeos, imagens
e textos para seus alunos e abdicar, de certo modo, da aura de superioridade,
normalmente vinculada ao papel do professor. Lembrando que o aplicativo de troca
de mensagens tem 120 milhões de usuários ativos no Brasil e 1,5 bilhão no mundo
(FOLHA DE SÃO PAULO, 2018).
Nesse âmbito, evoca-se a intrínseca relação entre as redes sociais virtuais, a
participação, e a educação de jovens quando contextualizamos com o objetivo maior
que é o foco dos alunos no conteúdo e a posterior aprendizagem.
2 | METODOLOGIA
3 | RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dessa maneira, redes sociais [...] podem abrigar, de forma positiva, diversas
comunidades voltadas para o estudo, [...], onde seus integrantes interagem entre
si, como sujeitos do processo. Para tanto, é preciso que haja uma intencionalidade
educativa, que promova trocas positivas entre eles, gerando crescimento mútuo
(SOUZA; SCHNEIDER, 2012, p.06).
4 | CONCLUSÕES
Estabelecer uma educação participativa por meio das redes sociais não é
tarefa fácil, principalmente porque passa pela transformação ou adaptação de um
ambiente considerado de ‘entretenimento’ para uma ferramenta voltada ao ensino
com propostas de interação e objetivo de aprendizagem. Alunos e professores devem
estar preparados para considerar mudanças e estratégias pedagógicas diferentes,
pois as TDICS proporcionam novas possibilidades de ensino, de aprendizagem e de
abordagens.
Para que as tecnologias sejam usadas de forma significativa, trazendo resultados
no processo educacional, ressalta-se a necessidade da formação e capacitação
continuada dos docentes. Como constata Sales e Cruz (2012, p.4) “faz-se necessária
a criação de uma cultura tecnológica, [...], explorando suas potencialidades didáticas”.
Diante do exposto e considerando a possibilidade das redes sociais virtuais em
um contexto de promoção ao conhecimento e como extensão do espaço pedagógico
da sala de aula, ressalta-se que o aprendizado colaborativo – construído de forma
conjunta pelos discentes - e, de modo mais amplo, a educação participativa podem
sofrer atualizações, já que a qualquer instante poderá surgir uma nova rede social
virtual e modificar todo o cenário, porém enquanto o aluno (sujeito da aprendizagem)
for protagonista na construção do seu conhecimento e visualizar na figura do professor
um signo de interação, identificação e parceria, ele vai desenvolver autonomia,
criatividade e senso crítico, fazendo com que todo o mecanismo funcione e a proposta
se efetive.
REFERÊNCIAS
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TELLES, André. A revolução das mídias sociais: cases, conceitos, dicas e ferramentas. 2ed. São
Paulo: M.Books do Brasil Editora Ltda, 2011.
1 | INTRODUÇÃO
2 | PESQUISAS CORRELATAS
Aluno A Ciclo III (3º ano) 60% Sílabas simples, Compreende o Evoluiu na
formadas por uso do software e socialização
duas letras (ba, associa os conceitos com alunos e
da, sa, la, etc.) aprendidos as professor, e na
atividades em sala concentração.
de aula.
5 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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achs/article/view/10109>. Acesso em: 11 jun. 2018.
Andreia Valeriano Figueredo Leandro assistiva nas salas AEE, onde será aplicado um
Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil, questionário para identificar as características
[email protected],
das salas e a usabilidade das tecnologias pelos
Edilene Cristiano de Figueredo Valeriano professores.
Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil,
PALAVRAS-CHAVE: Educação, inclusão,
[email protected]
tecnologia assistiva, Atendimento Educacional
Giovani Mendonça Lunardi Especializado.
Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil,
[email protected],
SPECIALIZED EDUCATIONAL ASSISTANCE:
Eliane Pozzebon AN ANALYSIS ON THE USE OF ASSISTIVE
Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil, eliane.
TECHNOLOGIES
pozzebo @ufsc.br
1 | INTRODUÇÃO
ESPECIAIS
4 | TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
O principal objetivo dessa pesquisa foi propor uma reflexão a respeito do AEE
e suas vertentes voltadas aos alunos com necessidades especiais. Conclui-se que
o ponto essencial nas salas de AEE é promover um atendimento direcionado às
peculiaridades de cada aluno a ser atendido. Para isso, é necessário que o profissional
da área tenha formação adequada, conforme exigido em Lei, a fim de pôr em prática
os recursos disponíveis pelas TAs. Diante desses entraves, o professor capacitado
e comprometido é parte fundamental para que as salas do Atendimento Educacional
Especializado e as tecnologias assistivas sejam utilizadas de maneira responsável,
garantindo assim que ocorra a inclusão social e tecnológica.
REFERÊNCIAS
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Adolescente. Brasília, DF: Presidência da República. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/l8069.htm.
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Radabaugh, P. et al. (2007). Technology for access and function. Recuperado de http://www.ncddr.
org/rpp/techaf/lrp_ov.html.
INTRODUÇÃO
Estima-se, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU, 2016), que em
torno de 1% da população mundial possui ou enquadra-se em algum transtorno do
espectro autista, no qual, os indivíduos mais afetados são crianças. No Brasil em
particular, até o presente momento, não há dados epidemiológicos oficiais que
evidenciem a população diagnosticada com o transtorno, porém, há um estudo de
Paula et al. (2011) que verificou no município de Atibaia - SP, ao avaliar 1270 crianças
com idades entre 7 a 12 anos, destes 0,3% foram diagnosticados com Transtorno do
Espectro Autista (TEA).
Entretanto, partindo dos dados já expostos em pesquisas norte americanas Baio
et al. (2014) em pesquisa ao Center of Deseases Control and Prevention – CDC –,
órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, que é estimado 1 (um) caso de autismo
a cada 59 crianças com 8 anos de idade. Especificamente, calcula-se que o Brasil,
com seus 200 milhões de habitantes, possua cerca de 2 milhões de autistas. E
mesmo com o autismo afetando milhões de pessoas, esse transtorno ainda não é bem
compreendido em muitas sociedades (ONU, 2016).
Conforme a 5° edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais (DSM-5, 2014), o Transtorno do Espectro Autista (oriundo da palavra grega
“autos”, que significa “próprio” ou “de si mesmo”) está classificado na categoria de
transtornos do neurodesenvolvimento. O TEA é definido como um distúrbio de
desenvolvimento neurológico que deve estar presente desde a infância, apresentando
comprometimentos de ordem sócio-comunicativa e comportamental (DSM–5, 2014).
Estes comprometimentos estão apresentados em dois domínios centrais: 1)
déficits na comunicação e interação social e 2) padrões repetitivos e restritos de
comportamento, interesses e atividades. O autismo, segundo Silva, Gaiato e Reveles
(2012), é representado como um grupo de sintomas que compromete o campo do
comportamento, da comunicação e da socialização, o que acarreta uma limitação na
interação social e é mais perceptível a partir do período pré-operatório (que segundo
Piaget, compreende a fase dos 2 a 7 anos), prolongando-se por toda a vida. Contudo,
faz-se necessário ressaltar que mesmo com suas limitações, é incorreto afirmar que o
autista não possa exercer seu papel social.
São diversas as dificuldades apresentadas por uma pessoa com TEA, além do
MÉTODO
O estudo consiste numa pesquisa de cunho qualitativo-descritivo, realizada por
meio de uma revisão sistemática da literatura, na qual foi realizada uma busca por
artigos originais que abordassem a temática: autismo e atividades aquáticas. Em
cada estudo analisado foi observado o(s) autor(es)/Ano de publicação, o objetivo, o
tipo de estudo, os sujeitos estudados, o método utilizado na pesquisa e os principais
resultados.
A pesquisa foi conduzida nas bases de dados Scielo e Pubmed, além da biblioteca
virtual Periódicos CAPES, em três idiomas: Português, Inglês e Espanhol, para aumentar
o alcance da busca. Os descritores utilizados foram: “natação”, “atividades aquáticas”,
“adaptação aquática”, “adaptação ao meio líquido”, “autismo”, “transtorno do espectro
autista”, natación, “atividades acuáticas”, “adaptación acuática”, “adaptación al medio
liquido”, “espectro autista”, “swimming”, “aquatic activitie”, “autismo”, “autistic spectrum
disorder” e “autistic spectrum”.
Para buscar os artigos nas respectivas bases de dados, foram realizadas
combinações entre os descritores. As combinações utilizadas que obtiveram resultados
foram organizadas em tabelas separadas por base de dados onde ocorreu a busca.
Combinação utilizada Natação + Autismo Swimming + autism
Total encontrados
1 3
Incluídos 1 0
Excluídos 0 2
Repetidos 0 1
Fonte: os autores
Total encontrados 6 30 10 6 13
Incluídos 0 0 6 2 3
Excluídos 6 25 4 4 8
Repetidos 0 5 0 0 2
Adapta-
Adap- Ativi- Nata- Adapta- ción al
Nata- Adap- Nata-
Combi- tação dades ción + ción al medio Swim- Swim-
ção + tação ción +
nação ao Meio aqua- Espec- medio liquido ming + ming +
Autis- aquática Autis-
utilizada Liquido + ticas + tro Au- liquido + + Es- Autism Autistic
mo + Autismo mo
Autismo Autistas tista Autismo pectro
Autista
Total en-
contrados 5 1 1 1 6 4 6 1 6 12
Incluídos 0 0 0 0 6 1 0 0 0 3
Excluídos 4 1 1 1 0 3 6 1 6 9
Repetidos
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para demonstrar os benefícios que as atividades aquáticas podem promover no
âmbito físico, motor, cognitivo e sócio-afetivo em crianças com autismo foi feito uma
pesquisa acerca de intervenções aquáticas realizadas com esse público.
No Quadro 1 constam os resultados das pesquisas relacionadas às atividades
aquáticas e o autismo, no qual será apresentado: Autor(es)/Ano de publicação, objetivo
do artigo, tipo de estudo, sujeitos estudados, método utilizado na pesquisa e principais
resultados.
Foram realizadas 12
sessões de 2 horas Melhora da postura, flexi-
Observar o desen- 3 crianças
semanais de aula de bilidade, manipulação de
volvimento motor autistas
Best e Jo- natação acompanha- objetos, resistência física,
das crianças autistas com idade
nes / 1974 das a 10 sessões de percepção espacial, além
através da prática da entre 2 e 4
1 hora semanal para de, aumentar a confiança
natação anos
o aprimoramento do e a autonomia da criança.
movimento.
Determinar os efeitos
de exercícios aquáti-
Foi observado os resul-
cos e da natação no
tados do treinamento de
desempenho motor
natação, e foi comprovada
e na aptidão física
O programa foi efe- a eficácia da natação para
do autista, observar 1 criança
tuado em 10 sema- o desenvolvimento, a
acerca do comporta- autista
Yalmaz et nas de treino adequação e orientação
mento de um indiví- com 9
al. / 2004 de natação, com 60 hídrica na criança autista.
duo na sua familiari- anos de
minutos, e três vezes E ainda, verificou-se que a
zação com a piscina, idade
por semana. flexibilidade,
e também observar o
resistência cardiorrespira-
desenvolvimento de
tória, equilíbrio e agilidade
habilidades da nata-
da criança melhoraram.
ção na criança com
autismo.
Avaliar a
Foi observado que o exer-
eficácia e seguran-
cício aquático pode ser
ça de um exercício
O programa foi rea- uma alternativa divertida
aeróbio aquático em
lizado duas vezes para
um programa para
por semana durante programas de exercícios
crianças com defi- 16 crian-
Pinkham, 14 semanas, com destinado a melhorar a
ciência na resistência ças com
Haley e o intervalo de pelo resistência cardiorrespira-
cardiorrespiratória e idade en-
O’neil menos 2 dias entre tória
também avaliar os tre 6 e 11
/ 2008 as sessões, com a em crianças com algum
efeitos do programa anos
duração de 30 a 50 tipo de deficiência, sendo
sobre a força mus-
minutos de cada ses- uma forma de atividade
cular e habilidades
são. física alternativa e segura,
motoras das crian-
que traz benefícios para
ças, incluindo as com
as crianças.
autismo.
O programa ocorreu
em 21 semanas onde Os resultados indicaram
Observar a eficácia
16 meni- cada participante que o ambiente proporcio-
de um programa de
nos com participou de 3 nado pelo WESP permite
natação de 20 se-
espectro avaliações: a 1º na que os indivíduos desen-
manas de exercício
Pan / 2010 autista entrada do estudo, a volvam competências
aquático (WESP) nas
com idade 2º após 10 semanas dentro desse processo de
habilidades aquáticas
entre 6 e 9 de WESP, tratamento intervenção e, possivel-
e nos comportamen-
anos ou atividade regular mente, aumenta suas ha-
tos sociais.
e a 3º após outras 10 bilidades sociais no futuro.
semanas.
fonte: os autores
CONCLUSÃO
A partir do que foi exposto, são notórios os benefícios que as atividades aquáticas
trazem para a vida da pessoa com TEA. Benefícios esses, que ultrapassam os âmbitos
físico, motor, cognitivo e sócio-afetivo, e são capazes de melhorar significativamente a
qualidade de vida das crianças.
Faz-se necessário ressaltar que, exceto um artigo utilizado nessa revisão,
todos os outros realizaram pesquisas transversais, ou seja, coletaram e discutiram
dados em um determinado período de tempo, sem observar para além desse tempo
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Evandro Jorge Souza Ribeiro Cabo Verde observações e formulários aplicados, foi possível
Universidade Federal do Amazonas, Faculdade concluir que os alunos têm um grande interesse
de Educação Física e Fisioterapia Manaus – pelas aulas de Educação Física e mostram-se
Amazonas
satisfeitos com as atividades propostas. E que
Lionela da Silva Corrêa as atividades recreativas utilizada nas aulas
Universidade Federal do Amazonas, Faculdade
de Educação Física em escola pública são
de Educação Física e Fisioterapia Manaus –
realizadas como estratégia de ensino e em
Amazonas
caráter educativo, com propostas que devolvem
Francianne Farias dos Santos
a formação do aluno de uma forma integral,
Universidade Federal do Amazonas, Faculdade
de Educação abordando temas e atividades voltadas na
Manaus – Amazonas
construção da sua educação, desenvolvimento
motor, socialização, lado afetivo e uma formação
João Otacilio Libardoni dos Santos
Universidade Federal do Amazonas, Faculdade
geral.
de Educação Física e Fisioterapia Manaus – PALAVRAS-CHAVE: Educação Física;
Amazonas Atividades Recreativas; Ensino.
1 | INTRODUÇÃO
2 | METODOLOGIA
3 | RESULTADOS E DISCUSSÂO
Perguntas N %
Você gosta de participar das atividades de
Educação Física?
SIM 23 100,00%
NÃO 0 0,00%
Qual atividade que você mais gosta?
Futebol 6 26,09%
Queimada 15 65,22%
Vôlei 1 4,35%
Basquete 1 4,35%
Qual atividade que você menos gosta?
Futebol 7 30,43%
Queimada 2 8,70%
Pular corda 3 13,04%
Vôlei 2 8,70%
Arremessar a bola 1 4,35%
Morto vivo 1 4,35%
Bola ao alvo 1 4,35%
Gruda aranha 1 4,35%
Não sabem 5 21,74%
Qual o tipo de atividade que você gostaria
tivesse nas suas aulas?
Manja/Pega pega 2 8,70%
Queimada 2 8,70%
Taco bol 2 8,70%
Vôlei 2 8,70%
Basquete 2 8,70%
Xadrez 1 4,35%
Não sabem 1 4,35%
Outros 11 47,83%
Atividades em fila
Uma das características interessante nas aulas observadas foram às atividades
em filas, propostas pela professora. A professora pedia para que os alunos formassem
ou se organizassem em filas para a iniciação das atividades ou a realização da
frequência diária.
“a professora chama a turma e pede para se organizarem em três filas atrás dos
cones”/ “todos se reúnem e se organizam em filas”/ “retornam para a fila para os
demais continuarem a atividade”/ “a professora pede que os alunos formem duas
filas”/ “fazem fila para a última orientação da professora”/ “a professora os chama
atenção para a fila, e eles correm para formar a fila” / “em seguida pede para que
fiquem três alunos atrás de cada cone, formando uma fila”/ “até o colega que está
na fila a sua frente e o colega que receber fará o mesmo lançamento para o colega
a sua frente”/ “ a professora pede para que voltem para as suas filas para que a
atividade possa ser reiniciada”.
Não deve esperar uma participação padronizada, pois alguns alunos ficam
cansados antes dos colegas, outros preferem observar antes de fazer e o interesse
e as competências entre eles são diferentes. Eles consideram também que a forma
de organização que o professor imagina nem sempre é a melhor. Por exemplo:
Formar uma fila pode impedir às crianças ver o que acontece à frente (PCN, 1997).
Saber esperar talvez não seja o forte dos alunos de ensino fundamental, de 7 a
8 anos, mas com base nas atitudes da professora é possível tornar uma atividade em
fila, que as vezes é encarada como uma atividade demorada, em atividades dinâmicas.
Deve haver um diálogo entre alunos e professor para que as atividades continuem
tendo uma proposta educacional e dinâmica. Segundo Daolio (2010) acredita-se que
o exercício constante de dar voz, de ouvir o que as crianças têm a dizer, de procurar
entendê-los no cotidiano das aulas, seja uma iniciativa importante e uma prática a ser
treinada, no objetivo manter as atividades em fila, ou não, em uma forma prazerosa de
se aprender, praticar e até mesmo se relacionar em sociedade.
Atividades em equipe
As aulas de Educação Física da escola pública em questão, propõem aos alunos
atividades individuais quanto atividades em equipe. Os alunos eram distribuídos em
equipes com atividades de cunho cooperativo e competitivo e a professora apresentava
bastante domínio das atividades propostas aos alunos.
Estilo de comando
A importância da relação entre o professor e aluno é fundamental, nas aulas
observadas era notória essa relação através do comando entre a professora e os
alunos. A professora, antes de iniciar as atividades ou até mesmo durante, explicava e
realizava os movimentos ou exercícios que ela solicitava que seus alunos realizassem
como forma de orientá-los de uma maneira teórica e prática. Esse tipo de prática
utilizada nas aulas é um estilo de ensino.
“ela pega uma bola e explica que a atividade a ser realizada é o lançamento de
bola”/ “a professora demonstra como será feito o lançamento e alguns alunos
possuem a bola nas mãos já começam a realizar o lançamento”/ “a professora
recolhe as bolas e pede para que um aluno demonstre o lançamento, colocando
a mão por debaixo da bola”/ “a professora em seguida o corrige e ela mesma
realiza o lançamento”/ “aluno realiza o lançamento e ele acerta a forma solicitada
pela professora”/ “a professora explica que a próxima atividade será o chute”/ “os
alunos não apresentam dificuldades ao realizarem o chute”/ “a professora pede
para que os alunos chutem com ambos os pés” / “a professora explica e demonstra
a atividade”/ “a equipe que tiver menos bola em seu lado da quadra será a
vencedora” / “e os alunos cobram uns dos outros que a regra seja respeitada” / “a
professora insere outro opção de atividade, a mesma execução, mas com a bola”.
4 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ARRIBAS, T. L. A Educação Física de 3 a 8 anos. 7 ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.
DAOLIO, J. Educação Física Escolar: olhares a partir da cultura. Campinas, SP: Autores associados,
2010.
GONÇALVES JUNIOR, L. Atividade recreativa na escola: Uma educação fundamental (prazer). In:
SCHIWARTZ, M. G. (org.). Educação Física no Ensino Superior: atividade recreativa. Rio de Janeiro:
Guanabara Kooagan, 2004.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de Metodologia Científica. 7.ed. São Paulo: Atlas,
2010.
MELHEM, A. A prática da Educação física na escola. 2.ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2012.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 23.ed. rev. e atual. São Paulo: Cortez, 2007.
João Victor Odilon da Silva de aula. Após a aula prática a média da turma
Universidade de Pernambuco, Campus Mata foi de 8,6 pontos, ratificando a importância
Norte, Nazaré da Mata – Pernambuco. das aulas experimentais como auxílio na
aprendizagem dos estudantes. A realização de
aulas práticas no ensino de ciências nas séries
RESUMO: A Biologia possui um conteúdo finais do ensino fundamental é uma ferramenta
rico e variável, não há dúvidas de que este excelente para que o aluno adquira uma boa
ensino oferece muitas oportunidades para aprendizagem e possa estabelecer relação
que os alunos se envolvam nas chamadas entre teoria e prática.
“atividades práticas” ou “experimentos”. O PALAVRAS-CHAVE: Aulas práticas.
ensino experimental tem o papel de ser um Densidade. Misturas.
recurso auxiliar, capaz de assegurar uma
transmissão eficaz do conhecimento científico. ABSTRACT: Biology has a rich and variable
Tendo em vista a dificuldade de assimilação content, there is no doubt that this teaching
dos conteúdos de química na série final do offers many opportunities for students to
ensino fundamental, este trabalho tem por engage in so-called “practical activities” or
objetivo identificar os benefícios das aulas “experiments”. Experimental teaching has the
práticas no ensino dos conteúdos de densidade role of being an auxiliary resource capable of
e misturas vistos na disciplina de química no ensuring the effective transmission of scientific
9° ano do ensino fundamental. O presente knowledge. The aim of this work is to identify
estudo foi realizado na Escola Ginásio de the benefits of practical classes in the teaching
Limoeiro Arthur Correia de Oliveira que está of the contents of density and mixtures seen
localizada no município de Limoeiro-PE. in the discipline of chemistry in the 9th year of
Após uma aula tradicional e aplicação de um elementary education. The present study was
questionário, foi realizado duas aulas práticas carried out at the Limoeiro Gymnasium School
referentes aos assuntos de densidade e sobre Arthur Correia de Oliveira which is located in the
misturas homogêneas e heterogêneas, e municipality of Limoeiro-PE. After a traditional
logo após os alunos responderam o mesmo class and application of a questionnaire, two
questionário para comparar os dados. É notório practical classes were carried out concerning
que a aprendizagem aconteceu de forma mais the subjects of density and homogeneous and
satisfatória com os experimentos feitos em sala heterogeneous mixtures, and soon after the
INTRODUÇÃO
Até o 8° ano do ensino fundamental os assuntos previstos na disciplina de ciências
estão ligados principalmente à área de biologia, no entanto no 9° ano deste ensino se
trabalham os conteúdos mais específicos de Química e Física. Amaral (2000, apud
Cardoso, 2013) corrobora com está informação ao afirmar que os temas que ocorrem
com mais incidência nas séries iniciais do ensino fundamental são: seres vivos, meio
ambientes, recursos naturais, corpo humano e saúde e bem estar, já nas séries finais
há predominância de diferentes campos de conhecimento, entre eles física e química
vistas no 9° ano.
Zanon e Palharini (1995) ressaltam que as preocupações em relação à ineficiência
da formação em química ao longo do ensino fundamental não são recentes. Na
maioria das escolas química é resumido a conteúdos, o que tem gerado uma carência
generalizada de familiarização com a área, uma espécie de analfabetismo químico
que deixa lacunas na formação dos estudantes.
A Biologia possui um conteúdo rico e variável, que deve ser acompanhado
de várias técnicas de ensino, incluindo aulas teóricas, testes, atividades, jogos
didáticos e aulas práticas. Não há dúvidas de que o ensino de biologia oferece muitas
oportunidades para que os alunos se envolvam nas chamadas “atividades práticas” ou
“experimentos” (MORAES; ANDRADE, 2010).
Segundo Lewin e Lomascólo (1998), a situação de formular hipóteses, preparar
experiências, realizá-las, recolher dados, analisar resultados, favorece fortemente a
motivação dos estudantes, fazendo-os adquirir atitudes tais como curiosidade, desejo
de experimentar, acostumar-se a duvidar de certas afirmações, a confrontar resultados,
a obterem profundas mudanças conceituais, metodológicas e atitudinais.
A experimentação possibilita ao estudante pensar sobre o mundo de forma
científica, ampliando seu aprendizado sobre a natureza e estimulando habilidades,
como a observação, a obtenção e a organização de dados, bem como a reflexão e a
discussão. Assim é possível produzir conhecimento a partir de ações e não apenas
com aulas expositivas, tornando o aluno o sujeito da aprendizagem (VIVIANI; COSTA,
2010, p. 50-51).
De acordo com Silva, Vieira e Oliveira (2009, p.1) “a constante atualização dos
professores e a aplicação de novas práticas em sala de aula, utilizando recursos
METODOLOGIA
1 Área de estudo
O presente estudo foi realizado na Escola Ginásio de Limoeiro Arthur Correia de
Oliveira que está localizada no município de Limoeiro-PE (Figura 1), situada a 87,3 Km
do Recife- PE, em uma turma do nono ano do ensino fundamental, apresentando um
total de 25 alunos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O estudo foi realizado com vinte e cinco alunos da série final do ensino fundamental
do período matutino, onde foi observado que após a aula tradicional os mesmos ainda
apresentavam dificuldades de correlacionar os nomes e o assunto com a realidade
vivenciada. Isso corrobora uma afirmação que segundo Santos (2001), na metodologia
de ensino tradicional os alunos pouco se manifestam sobre o tema abordado e são
condicionados apenas a “dar a resposta certa”, e não a discutir ou levantar hipóteses.
Com base nos questionários aplicados antes da aula prática à média geral da
turma foi de 5,2 pontos (a média foi gerada a partir da soma de todas as notas do
questionário respondido e dividida pelo total de alunos), o que indica um possível
desinteresse pela aula. Piaget (1972) explica esses dados quando afirma que os
estudantes adquirem muito mais conhecimento através de situações concretas, e as
experimentações constituem um grande instrumento de aprendizagem, pois através
delas os alunos observam, pensam e agem.
A postura da construção do conhecimento para Vasconcelos (1994) implica na
mudança de paradigma pedagógico, ao invés de dar o raciocínio pronto, de fazer para
e pelo aluno, construir a reflexão tomando por base a metodologia dialética, onde o
professor é mediador da relação educando e o objeto de conhecimento.
Analisando o Gráfico 1 é notório que a aprendizagem aconteceu de forma mais
satisfatória com os experimentos feitos em sala de aula. Após a aula prática a média
da turma foi de 8,6 pontos, ratificando a importância das aulas experimentais como
auxílio na aprendizagem dos estudantes.
CONCLUSÃO
A realização de aulas práticas no ensino de ciências nas séries finais do
ensino fundamental é uma ferramenta excelente para que o aluno adquira uma boa
aprendizagem e possa estabelecer relação entre teoria e prática.
Trazer uma nova metodologia de ensino faz com que os alunos se interessem
pela aula e posteriormente comece a questionar, responder, observar e compreender
o assunto. Através de métodos que podem ser adaptados a cada realidade escolar, o
professor consegue a atenção do estudante, havendo uma melhor fixação do conteúdo.
REFERÊNCIAS
AMARAL, I. A. Currículo de Ciências: das tendências clássicas aos movimentos atuais de renovação.
IN: BARRETO, E. S. S. (org.). Os currículos do Ensino Fundamental para as Escolas Brasileiras.
2 ed. Campinas, SP: Autores associados; São Paulo: Fundação Carlos Chagas, p.201-232, 2000.
PIAGET, J. Piscicologia e espitemologia- por uma teoria do conhecimento. 2 ed. Rio de Janeiro:
Forense Universitária, 1978.
SILVA, D.R.M.; VIEIRA, N.P.; OLIVEIRA, A.M. O ensino de biologia com aulas práticas de
microscopia: uma experiência na rede estadual de Sanclerlândia–GO. III EDIPE- Encontro
Estadual de Didática e Prática de Ensino. p. 1-4, 2009. Goiânia. [Anais Online]. Disponível em <http://
www2.unucseh.ueg.br/ceped/edipe/anais/IIIedipe/pdfs/2_trabalhos /gt04_fisica_quimica_biologia_
ciencias/trab_gt04_o_ensino_de_biologia_com_aulas_praticas.pdf> Acesso em: 29 ago de 2018.
VASCONCELOS, Celso dos S.: Construção da disciplina consciente e interativa na sala de aula e
na escola, 3a ed., Libertad, 1994.
1 | INTRODUÇÃO
Desde o começo do século XXI, a escola revela-se interligada com o mundo virtual,
o aprender não está isolado na sala de aula. As várias maneiras de se apresentar um
conteúdo, vídeos, textos, imagens, fazem com que a aprendizagem aconteça a todo o
momento, onde quer que o aluno esteja. Facilitou-se o acesso aos meios de informação
instantânea, a comunicação é estimulada pelo uso das interfaces, tanto no vínculo dos
alunos entre si, quanto na relação aluno-docente. A avaliação da aprendizagem não
é mais um processo executado isoladamente, ela exerce um papel de relevância no
mecanismo de corrigir de falhas e proporcionar acertos. De acordo com o que postula
Demo (1995), a avaliação é um instrumento necessário para garantir a qualidade do
ensino, pois avaliarmos o aprendizado do estudante e ao mesmo tempo as nossas
práticas docentes para ponderarmos as necessidades de mudanças ao longo do
processo educativo. A avaliação é o “desconfiomêtro” indispensável de quem busca
sempre renovar competência e a qualidade dos processos de intervenção.(p.326).
Ademais, para Luckesi (2011), o ato de avaliar a aprendizagem é uma ferramenta
para tornar o ensino mais produtivo. Dessa forma, a avaliação do aluno e o trabalho do
professor precisam estar alinhados, o que se espera segundo o autor, é que as ações
pedagógicas dos docentes sejam direcionadas de acordo com a refexão decorrente
dos resultados de uma avaliação.
Diante desse cenário, a avaliação não pode se restringir a um questionário
de perguntas e respostas previamente elaboradas, deve ser continuada, ou seja,
a participação do aluno também tem que ser considerada. Porém, as avaliações
dinâmicas e interativas ainda são um desafio no contexto do ensino presencial.
Com o auxílio da internet, a avaliação pode ser realizada através de ambientes
virtuais; de testes on-line; de comentários postados em fóruns ou chats, que armazenam
os conteúdos e demonstram a participação do aluno; de quizes e das respostas dos
formulários eletrônicos.
“não existem o ler e escrever sem a interlocução de sujeitos que interagem que se
provocam em dialógica produção de significados. Não existem o escrevente e o
leitor sem a recíproca suposição da acção de um deles sobre a acção do outro”.
DE SEUS USOS
4 | A PLATAFORMA KAHOOT!
5 | A METODOLOGIA DA PESQUISA
6 | RESULTADOS
6.1.1 Atividade 1
A primeira atividade foi um quiz com doze questões, cada uma delas com quatro
opções de respostas, sendo apenas uma correta. O tempo que os alunos tinham
para responder variava, de acordo com a dificuldade da pergunta, entre dez e vinte
segundos. A atividade foi realizada individualmente e os alunos utilizaram o celular
para responder às perguntas. O feedback foi dado aos alunos no final da atividade,
quando todas perguntas já tinham sido apresentadas e o ranking final divulgado.
A segunda atividade foi um quiz, também com doze questões, cada uma delas com
quatro opções de respostas, porém em algumas delas havia mais de uma correta. O
tempo que os alunos tinham para responder variava de acordo com o grau de dificuldade
da pergunta, nesta atividade a variação foi entre vinte e trinta segundos. A atividade
foi realizada individualmente e os alunos utilizaram o computador para responder
às perguntas. O feedback foi dado aos alunos durante a atividade. A medida que o
tempo de resposta se esgotava, a pontuação acumulada do aluno era apresentada, os
erros dos alunos comentados e foi feito um “gancho” para apresentação de um novo
conteúdo.
6.1.3 Atividade 3
A terceira atividade foi um quiz, também com doze questões, cada uma delas
com quatro opções de respostas, e nesta atividade também havia mais de uma correta
em algumas perguntas. O tempo que os alunos tinham para responder variava de
acordo com o grau de dificuldade da pergunta, nesta atividade a variação foi entre
vinte e trinta segundos. A atividade foi realizada em dupla e os alunos utilizaram o
computador para responder às perguntas. Nesta atividade o ranking parcial não foi
apresentado aos alunos e o feedback foi instantâneo.
Com a realização destas atividades percebemos que a avaliação online é um
contributo enorme para o professor e para o aluno, mesmo sendo utilizado em aulas
presenciais. O contratempo que tivemos, que foi a falha da internet em curtos intervalos
de tempo quando a atividade foi realizada pelos celulares, foi facilmente resolvido
quando pedimos que os alunos utilizassem os computadores, assim, como a rede era
a mesma para todos, o fator tempo não prejudicou nem favoreceu nenhum aluno.
O fato de termos todas as respostas armazenadas em um banco de dados que
pode ser facilmente acessado, e com a análise de questão por questão ajuda muito o
trabalho do professor.
7 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa demonstrou que o uso da plataforma não foi 100% aceito no primeiro
contato que os alunos tiveram. O fato de eles irem se habituando com a plataforma e
a nova maneira como os resultados foram exibidos, apresentaram ter grande efeito.
A atividade ser realizada em dupla ou individualmente não interferiu nas preferências
dos estudantes. Infere-se, da ponderação dos dados coletados, a relevância dessa
abordagem para a realização de investigações futuras mais consolidadas. Neste
trabalho, a princípio, apresentamos resultados preliminares no plano empírico e no
plano teórico que servirão de subsídio para novos entendimentos dessa temática da
avaliação com ênfase nos recursos tecnológicos disponíveis na rede.
Dessa forma, com a utilização dessas alternativas, os docentes percebem a
importância de favorecer uma diferente oportunidade de aprendizado. Nesse sentido,
educadores que contribuíram com esta pesquisa consideram que continuarão
a explorar essa plataforma na sala de aula. Porém percebe-se que, para a efetiva
qualidade das atividades, são necessários o planejamento e a comunicação aluno-
professor, promovendo os esforços e recursos em prol de um objetivo comum.
REFERÊNCIAS
DEMO, Pedro. Lógica e democracia da avaliação. Ensaio, avaliação e políticas públicas em
educação. v.3, n. 8, p.323-330, jul/set 2011.
HACK, Josias Ricardo. Introdução à Educação a Distância. Florianópolis, Editora da UFSC. 2011.
SILVA, Marcos; SANTOS, Edméa. Avaliação de aprendizagem em educação online. São Paulo:
Loyola. 2006.
VIGOTSKY, Lev Semenovich. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes. 2003.
INTRODUÇÃO
Preocupada com as ações antrópicas no meio ambiente e nos diversos problemas
decorrentes destas ações, a Educação Ambiental (EA) surge com o objetivo de
promover reflexões e discussões junto à sociedade para que o homem possa atuar
como cidadão, exercendo com plenitude os seus direitos e deveres com relação
ao meio ambiente. Tozoni-Reis (2006) considera que a Educação Ambiental é um
processo permanente de aprendizagem, que deve ser baseada no respeito à vida na
responsabilidade socioambiental, seja ela coletiva ou individual. Silva (2012) aponta
que:
METODOLOGIA
O presente trabalho é uma pesquisa de natureza qualitativa, onde foi utilizado
como instrumento de coleta de dados um questionário composto por 8 questões
abertas. Este visou identificar as concepções dos alunos do 1º ano do ensino médio
de uma escola de referência do município de Vertentes/PE, sobre os tipos de “lixos”,
a diferença entre lixo e resíduo, incluindo também os resíduos de equipamentos
eletrônicos.
A turma selecionada para a pesquisa era composta por 37 alunos. Inicialmente
foi explicado a turma o procedimento da pesquisa e em seguida foi feita a aplicação
do questionário. Para a etapa seguinte, a turma foi dividida em grupos e foi pedido que
cada grupo fizesse um levantamento fotográfico em sua cidade sobre o descarte de
lixo, pois queríamos perceber o entendimento destes sobre este tema. Foi informado
para os grupos que eles poderiam tirar fotos das suas residências, bairros, escola e
qualquer ambiente que identificassem o descarte inadequado de lixo. No encontro
posterior foi feito uma intervenção através da exposição das fotografias trazidas pelos
Educação: Políticas, Estrutura e Organização 4 Capítulo 12 116
alunos. Durante a exposição foram realizadas breves discussões sobre as fotos
apresentadas. O objetivo era verificar se os alunos conheciam a diferença entre lixo e
resíduo, os tipos de “lixos”, incluindo o lixo eletrônico. Finalizada a exposição e após
a discussão, foi reaplicado o questionário, para verificar se a intervenção foi de fato
efetiva.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Finalizada a intervenção e aplicação dos questionários, passou-se a analisar
comparativamente os pré e pós questionários, para verificar se houve alguma evolução
na percepção dos alunos sobre os conceitos de “lixo” e “resíduos” trabalhados durante
a exposição fotográfica.
A pergunta um do pré-questionário, avaliou o entendimento dos alunos sobre
poluição e qual a contribuição do homem para esta situação. Dos 37 estudantes, 41%
relacionaram a poluição com descarte e queima do lixo de forma inadequada, além
de correlacionarem a poluição com a ação humana, 16% não citaram o “lixo”, mas
relacionaram diretamente a poluição com ação humana, enquanto 43% relacionaram
a poluição com algo que atrapalha, prejudica e danifica o meio ambiente.
Percebe-se com estes resultados que 57% dos estudantes conseguiram perceber
a relação entre a poluição e a ação humana, este resultado é bastante significativo,
pois revela a percepção dos estudantes sobre a importância de seu papel enquanto
agente de proteção do meio ambiente. Deste modo, o professor consegue relacionar
as questões ambientais com o cotidiano dos alunos e principalmente, consegue fazer
o aluno perceber que muito dos problemas ambientais são causados por ações do
próprio homem.
Durante a intervenção, observou-se que boa parte dos alunos trouxeram
fotografias de suas residências, o que novamente reforça a percepção que o aluno
tem de que os problemas ambientais não estão distantes, mas fazem parte do seu
cotidiano. Foi questionado durante a discussão se o descarte do lixo tem algum
impacto para o meio ambiente? Muitos disseram que alguma forma esse material iria
poluir o meio ambiente, e alguns acreditavam que não iria afetar o meio ambiente, pois
o descarte estava sendo correto, visto que a empresa responsável faz o recolhimento
do lixo periodicamente na cidade.
Após a intervenção, 41% dos estudantes responderam que a poluição é “algo”
que afeta o meio ambiente, enquanto 35% apontaram a poluição como algo advinda
do descarte inadequado, sem citarem a ação do homem.
A questão 2, abordava a diferença entre lixo e resíduo. Nessa questão, 49%
responderam de forma errônea o conceito de lixo e resíduo, 33% não responderam,16%
não perceberam a diferença e apenas 3% conseguiram relacionar de forma correta
a diferença entre lixo e resíduo. Neste caso, os alunos definiram “lixo” como sendo
resíduo orgânico ou material em grandes quantidades ou vários materiais e “resíduo”
Antes da intervenção apenas 19% dos alunos não percebiam algo de errado no
descarte do “lixo” em suas casas. Após a intervenção 46% dos estudantes perceberam
a necessidade da separação desse tipo de resíduo, pois eles perceberam que os
resíduos orgânicos podem ser utilizados na compostagem para geração de adubo
para as plantas.
Podemos inferir com esses resultados, que os discentes percebem a problemática
do lixo x resíduos em suas casas, embora pouco se fale ou discute sobre esta
temática na escola e na sociedade. Este cenário, novamente reforça a importância
da Educação Ambiental nas escolas como forma de transformar nossos alunos em
cidadãos responsáveis pelo cuidar e preservar de nosso meio ambiente.
O descarte inadequado do lixo também foi abordado por alguns grupos, quando
trazem terrenos comuns com lixo jogado à céu aberto, onde há a proliferação de
roedores e insetos que juntos promovem a transmissão de diversas doenças, conforme
a Foto 3.
CONCLUSÃO
Com base nos resultados obtidos, percebemos que a Educação Ambiental
necessita estar mais presente na comunidade escolar não como um meio de
exemplificar conceitos, ou comemorar datas relacionadas ao meio ambiente, mas,
como uma abordagem reflexiva sobre os problemas ambientais. Essa abordagem
permitirá o desenvolvimento de uma postura crítica, onde o aluno perceba qual o seu
papel enquanto cidadão.
Este trabalho nos mostrou também, como conceitos simples do nosso cotidiano
como “lixo” e “resíduo” podem ser complexos diante dos equívocos conceituais e
da falta de informações que deveriam ser abordadas de forma contextualizada nas
escolas.
Pode-se também perceber que havia um equívoco conceitual inicial sobre os
conceitos de “lixo” e “resíduo “, porém, mas após a intervenção percebeu-se que este
equívoco foi eliminado e os alunos passaram a compreender as consequências de um
descarte inadequado do “lixo” e do “resíduo”.
Portanto, que com este trabalho pudemos promover a autonomia e o pensamento
crítico dos envolvidos, fazendo-os refletir sobre as suas ações como cidadãos
responsáveis pelo meio ambiente.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, J.A.M; SOUZA, S.C. Educação ambiental na escola: uma pesquisa com alunos e
professores da Escola Estadual Professor Luis Soares no município de Natal no Rio Grande do Norte.
In:CONGRESSO NORTE NORDESTE DE PESQUISA E INOVAÇÃO. 2012. Palmas
UDESC (2018). Danos à saúde causados pelo lixo eletrônico. Disponível em: http://nti.ceavi.udesc.
br/e-lixo/index.php?makepage=danos_a_saude. Acessado em : 16 de dezembro de 2018.
1 | INTRODUÇÃO
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
A conjuntura das políticas educacionais deve ser vista como uma questão
política e pública, não apenas técnica. Não pode ser apenas uma operação para
equacionar tecnicamente as divergências, abafar os conflitos, homogeneizar os
interesses ou camuflar as desigualdades. Ao contrário, a qualidade da avaliação se dá
pela sua contribuição ao debate crítico, informando-o e melhorando-o. Os processos
de avaliação começam envolvidos nas medidas políticas, com o foco de atingir os
resultados almejados nas metas dos Programas Educacionais, para posteriormente
ter condições para o julgamento e intervenções, tendendo a constituir um processo de
negociação entre os atores envolvidos na política a ser avaliada, Rosa (2014).
Só após os anos 90, a política de avaliação da educação brasileira vem sendo
estabelecida com maior ênfase. A Constituição de 1988, além de assegurar o Ensino
Fundamental obrigatório e gratuito, prima em garantir o “padrão de qualidade desta
educação”. (MEC, 1988). A garantia do mesmo deveria ser atestada através de um
sistema de avaliação externa, no caso, as avaliações em larga escala tem o propósito
de reafirmar ou não um trabalho pedagógico eficaz. Ademais, os sistemas de avaliação
em larga escala, na década de 90 difundem-se e passam a operar em sistemas
educativos de vários países. É imperioso considerar que a partir de 1990 foram
criados exames nacionais, como mecanismos para uma avaliação padronizada em
larga escala. Com a promulgação da LDB 9.394/96 houve a implantação de mudanças
legais que foram decisivas para o sistema nacional de avaliação, a fim de diagnosticar
os problemas educacionais. Com a LDB, a proposta de avaliação externa é reafirmada
em seu artigo nono:
Segundo as pertinentes ideias com base nos dados obtidos nas avaliações, com
ênfase no IDEB, a escola tem visibilidade dos seus resultados. Esse resultado é que
caracterizará a escola como eficaz ou não. Nada obstante, não há um consenso do
conceito de qualidade para a educação. As avaliações apontam os erros, mas não os
soluciona ou mostram maneiras de solucioná-los.
Concomitante com a influência dos organismos financiadores da educação, o
sistema de avaliação nacional assume um novo perfil, em suas operações técnicas,
passando a ser chamado de (SAEB), a partir das decisões da União. Possibilitam
também, que os Estados possam criar suas modalidades de avaliação, baseadas em
habilidade e competências. (MEC,2007).
No ano 2000, o Brasil passa a participar do (Pisa) Programa Internacional de
Avaliação dos Estudantes (Programme for InternationalStudentAssessment) cujo
exame é realizado internacionalmente, de três em três anos, e que avalia as habilidades
em Leitura, Matemática e Ciências. O Pisa é coordenado pela Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e seu objetivo é melhorar as
políticas e os resultados de desempenho educacionais. O exame avalia estudantes
com 15 anos de idade.
Em referência ao cenário das avaliações em larga escala, o INAF foi criado
em 2001. O INAF (Indicador de Analfabetismo Funcional) pesquisa a capacidade de
leitura, escrita e cálculo da população brasileira adulta. Seu principal objetivo é oferecer
informações qualificadas dos brasileiros entre 15 e 64 anos de idade. Realizado pelo
Instituto Paulo Montenegro e pela ONG Ação Educativa, os resultados são distribuídos
em analfabeto e alfabetismo rudimentar, básico e pleno.
Por consequência, ao analisarmos historicamente a ampliação do acesso
à escola, que ocorreu nas décadas de 1990 a 2000, percebe-se a contribuição da
ampliação de acesso a escolarização para que o país retirasse as pessoas da condição
de analfabetismo. Mas ainda são necessárias mudanças e investimentos maciços em
Tabela I
Evolução do Indicador de Alfabetismo Funcional
população de 15 a 64 anos (%)
2001/2002 2002-2003 2003-2004 2004-2005 2007 2009 2011-2012
Analfabeto 12 13 12 11 9 7 6
Rudimentar 27 26 26 26 25 21 21
Básico 34 36 37 38 38 47 47
Pleno 26 25 25 26 28 25 26
Analfabetos fun- 39 39 38 37 37 27 27
c ionais (analfa-
b eto+rudimen-
tar)
A lfabetizados 61 61 62 63 66 73 73
f uncionalmente
(básico pleno)
BASE 2002 2002 2002 2002 2002 2002 2002
3 | METODOLOGIA
3.1 População
A população é formada por 12 Coordenadores Pedagógicos e 28 professores
Alfabetizadores do Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC,
realizada em 12 escolas de um Município Paraibano. O universo estudado compreende
100% da coordenação pedagógica do Programa e dos professores.
5 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
1 (P1) Professor 1
2 (P2) Professor 2
REFERÊNCIAS
BRASÍLIA: INEP, 2007. Disponível em: Acesso em: www.inep.gov.br/web/guest/home, 10 out. 2015.
INAF BRASIL 2001 a 2011, Indicador de Analfabetismo Funcional, disponível em: http://www.ipm.
org.br/ptbr/programas/inaf/relatoriosinafbrasil/Paginas/inaf2011_2012.aspx
MEC. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Pacto Nacional pela Alfabetização
na Idade Certa. Cadernos de Formação. Brasília: MeC/seB, 2012;
ROSA. Karine Seidel da. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: Repercussões da
Provinha Brasil. Frederico Westphalen, RS 2014;
SAMPIERI, R. H. et al. Metodologia de pesquisa. 3. ed. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2006.
Gresiela Ramos de Carvalho Souza cerca de 10% das escolas estaduais, trouxe à
Secretaria de Educação do Estado de Mato tona questões relevantes, como: fragilidades
Grosso na formação inicial dos professores, revelou
Cuiabá – MT ([email protected]) possíveis caminhos para formação continuada,
e suscitou na Secretaria discussões sobre
currículo nas diferentes etapas da Educação
RESUMO: O texto apresenta processo de Básica. O processo de validação das matrizes
validação das matrizes curriculares de referência curriculares de referência aconteceu em janeiro
para implantação do sistema de avaliação de 2016, já a avaliação contemplou cerca de
institucional em Mato Grosso. A experiência 160.000 alunos da rede estadual de ensino do
vivenciada pela equipe multidisciplinar, formada 2º, 4º; 6º e 8º anos do Ensino Fundamental e
por profissionais da Secretaria de Educação, 1º e 2º anos do Ensino Médio, de 483 escolas
consistiu no trabalho de pesquisa nos diários, estaduais aplicada em março de 2016.
análise dos registros, considerações sobre PALAVRAS-CHAVE: Ensino Médio, Matriz de
validação da matriz e seleção de descritores Referência, Avaliação Estadual.
para cada ano par da Educação Básica. A
situação foi bem interessante e teve como SUMMARY: The text presents a validation
principal objetivo, em âmbito estadual, produzir e process of curricular reference matrices for the
disseminar informações que subsidiem reflexão implementation of the institutional evaluation
do professor sobre sua prática pedagógica e system in Mato Grosso. The experience
proporcionar aos gestores públicos e escolares of the multidisciplinary team, made up of
dados para formulação, monitoramento e professionals from the Education Department,
reformulação de políticas educacionais. A consisted of journal research, records analysis,
pesquisa consistiu em visitar registros dos matrix validation considerations, and descriptor
conteúdos presentes nos diários eletrônicos selection for each year of Basic Education. The
de professores preenchidos em 2015 dos 1º, situation was very interesting and had as main
3º; 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e 1º objective, at the state level, to produce and
ano do Ensino Médio para validação da matriz disseminate information that subsidizes teacher
de referência que subsidiou a elaboração da reflection on its pedagogical practice and to
avaliação dos anos subsequentes a estes. provide public and school managers with data for
Apesar de ser pequena amostra pesquisada, the formulation, monitoring and reformulation of
1 | INTRODUÇÃO
Opção do Gru-
Registro no Diário Descritores do CAEd
po
A partir desses dados, cada grupo apresentou seu estudo e considerações sobre
os registros encontrados. A seguir, segue-se a tabulação dos conteúdos da matemática
encontrados pelo grupo Matemática II, os quais foram associados aos descritores da
matriz de referência e agrupados por eixos: Número e Operações/Álgebra e Funções,
Espaço e Forma; Grandezas e Medidas; Tratamento da Informação, conforme
organização da matriz de referência do CAEd.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais para o
Ensino Médio (PCNEM). Brasília: MEC/SEMT, 2002a.
INTRODUÇÃO
O aumento da produção de lixo nas cidades, casas, trabalho e na escola tem
levado a preocupação para com a forma que é descartado esse lixo, de uma forma
que não agrida o meio ambiente, pois seu acúmulo na natureza compromete o espaço
em que vivemos. Vale ressaltar, que o avanço da tecnologia acarreta na composição
do lixo cada vez mais variada e em maior quantidade. Na era dos descartáveis, é
necessário também repensar o consumo de maneira responsável (BATISTA; FILHO,
2016).
Diante desta perspectiva, acredita-se que a escola e o professor tem um papel
fundamental nesse processo de como tratar o lixo produzido, oferecendo condições para
que seja estimulada uma sensibilização ambiental por parte dos escolares, alertando-
os dos riscos ocasionados à saúde e ao meio ambiente devido ao armazenamento
inadequado do lixo e à necessidade de se tomar medidas e atitudes sustentáveis para
melhorar a qualidade de vida tanto nos dias atuais quanto para as futuras gerações
(BRUM; SILVEIRA, 2011).
Na realidade escolar, verifica-se que muitos alunos, assim como a comunidade,
não cuidam devidamente do ambiente em que estão inseridos, porque não é difícil
localizar, por exemplo, terrenos baldios abarrotados de lixo, ocasionando, na maioria
das vezes, um problema de saúde pública (TEIXEIRA; SOUZA; VASCONCELLOS,
2015).
Dentro dessas premissas, acredita-se que ações que implementem uma educação
ambiental possibilitam a construção do entendimento de que uma “Escola do Futuro”,
é aquela que realiza no presente, de forma consciente, ações que criam um futuro
desejado e sustentável. Portanto, espera-se que ao implantar atividades educativas
voltadas a preservação do ambiente em escolas públicas haja uma transformação
do sistema de forma que os professores possam ensinar os alunos a ampliar suas
habilidades (SKINNER, 1991).
Á vista disso, o presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de avaliar
o conhecimento de escolares dos anos finais sobre a coleta seletiva de lixo, e os
METODOLOGIA
A pesquisa de campo foi desenvolvida em uma escola pública do município de
Gravatá – PE com estudantes do 6º ano do ensino fundamental II. Os dados foram
coletados e tratados utilizando estatística de natureza descritiva.
Para o estudo foi aplicado um questionário avaliar o conhecimento dos alunos
sobre a coleta seletiva de lixo e sensibilidade frente à preservação do meio ambiente.
Quanto ao procedimento norteador desta pesquisa, cumpre-se dizer que a obtenção
de dados sobre o grau de conhecimento a respeito da educação ambiental ocorreu
mediante contato direto e interativo do pesquisador com os alunos do ensino
fundamental que se dispuseram a contribuir com este trabalho.
Inicialmente, foi realizada uma validação do questionário com objetivo de avaliar
o processo de coleta e tratamento dos dados, além de aumentar a interação entre
o pesquisador e os alunos, de forma que houvesse a familiarização do pesquisador
com as experiências pessoais, com o discurso e com os significados que os alunos
atribuem ao meio ambiente. Esse estudo de campo, no ambiente natural dos sujeitos
investigados, ou seja, no local de origem dos dados, é peculiaridade da pesquisa
qualitativa capaz de oferecer uma melhor interpretação do elemento central do estudo
(NEVES, 1996; POPE; MAYS, 2005; RICHARDSON et al., 2009).
O questionário foi subdividido em três partes: duas questões relativas à
identificação do aluno (dados sobre a predominância do sexo e a idade); quatro questões
direcionadas ao entendimento do aluno sobre atitudes com o meio ambiente (grau de
conhecimento quanto à preservação da natureza e destino do lixo); e quatro questões
sobre a coleta seletiva do lixo (dados que possibilitassem analisar o conhecimento
acerca do tema proposto).
Após análise dos questionários, os temas sobre tratamento adequado do
lixo, coleta seletiva e reciclagem foram expostos, criando-se espaços de reflexão e
discussão entre os alunos mediados pelo educador.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A análise quantitativa dos dados permitiu traçar o perfil dos alunos participantes
da pesquisa. Participaram 40 alunos, com idade variando entre 10 a 12 anos. Sobre o
questionário aplicado, na primeira pergunta, questionou-se para os alunos se eles já
haviam jogado lixo na rua e do total, 95% já haviam tomado essa atitude, enquanto 5%
ainda não havia realizado o descarte do lixo na rua.
É possível perceber que a maioria dos alunos possui pouca sensibilidade
CONCLUSÕES
Com os resultados obtidos, pode-se notar que os escolares possuem uma
discreta compreensão em torno do tema abordado, fazendo-se necessário, fortalecer
os conhecimentos sobre lixo e coleta seletiva, logo, sugere-se que a escola planeje e
realize mais atividades relativas ao contexto. Além disso, os professores da instituição
a medida do possível devem associar o tema com as rotinas comuns diárias de modo
que , contribuam com a preservação do meio ambiente. Dessa forma, a implantação
da educação ambiental com ênfase no tratamento adequado do lixo é de grande
importância para consolidar o entendimento de que o futuro da humanidade depende
da relação estabelecida entre a natureza e o uso dos recursos naturais disponíveis pelo
homem e a escola compreende o ambiente mais oportuno para iniciar esse processo
de sensibilização.
REFERÊNCIAS
ASSIS, C.M. Subsídios para o gerenciamento de resíduos sólidos urbanos nos municípios
de Padre Paraíso e Francisco Badaró – Vale do Jequitinhonha - MG. Dissertação (Mestrado em
Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos) UFMG, 2007.
BATISTA, E. M. P. de B.; Filho, C. J. R. Destino Correto do Lixo: Uma Questão de Saúde, Cidadania e
Respeito. Os Desafios da Escola Pública Paranaense na Perspectiva do Professor. Produções PDE –
Artigos, v. 1, 2016.
CAJAIBA, R.L.; SANTOS, E.M. Conhecimento dos alunos do ensino fundamental sobre coleta
seletiva: um estudo de caso no município de Uruará - PA. Enciclopédia Biosfera, 2014.
MEDINA, N. M. Os desafios da formação para a educação ambiental. São Paulo: Signus, 2002.
PENTEADO, M. J. Guia pedagógico do lixo. 6. ed. rev. atual. São Paulo: SMA/CEA, 2011.
POPE, C., MAYS, N. Pesquisa Qualitativa na Atenção à Saúde. 2ª edição. Porto Alegre: Artmed.
2005.
SKINNER, B.F. Questões recentes na análise comportamental. Trad. Anita L. Neri. Campinas,
Papirus, p. 118, 1991.
1 | INTRODUÇÃO
Para Câmara (2013), o trabalho se inicia com a escolha dos documentos que serão
analisados. Neste caso, os artigos de algumas revistas científicas, foram catalogados
e constituíram o corpus da pesquisa. Em seguida, foram feitas as transcrições para
uma tabela, iniciando-se a leitura flutuante e passando para a escolha de índices ou
categorias. Os dados surgiram das análises feitas a partir das questões norteadoras
ou das hipóteses, sendo enfim, organizados em indicadores como qualis, edição e
páginas e temas como títulos e autores.
A primeira fase, ‘Pré-análise’, ou fase de organização, estabelece-se um esquema
de trabalho preciso, com procedimentos bem definidos, embora flexíveis (CÂMARA,
2013, p.183). Bardin (2011) relata nesta fase, um primeiro contato com os documentos
submetidos à análise, pois a partir da escolha deles é que se seguem a formulação
das hipóteses e objetivos, a elaboração dos indicadores que orientarão a interpretação
e a preparação formal do material.
Na segunda fase, ‘Exploração do material’, (CÂMARA, 2013, p.185) foram
3 | RESULTADOS E DISCUSSÃO
EDIÇÃO /
QUALIS
REVISTA TÍTULO (ARTIGOS) AUTOR(A)
ENSINO PÁGINAS
ENSAIO: PESQUISA
EM EDUCAÇÃO EM Vol.16, n. Por um ensino e uma apren-
CIÊNCIAS BRITO, M. R.;
01, p. 31-47, dizagem-acontecimento
A1
janeiro/abril,
(1983-2117) RAMOS, M. N. C.
2014
ENSEÑANZA DE
LAS CIENCIAS A1
(0212-4521) ----- ----- -----
EDUCAÇÃO UNISI-
NOS (2177-6210) PRÁTICAS COLABORATI-
A2 VAS: o papel do outro para
Vol. 22, n. 2, as aprendizagens docente
p. 204-213, ANJOS, D. D.;
Abril/Junho, NACARATO, A.
2018 M.; FREITAS,
A. P.
ARETÉ - REVISTA
AMAZÔNICA DE EN-
SINO DE CIÊNCIAS
CIÊNCIA E EDUCA-
ÇÃO (1980-850X) A2 ----- ----- -----
INVESTIGAÇÕES
EM ENSINO DE
CIÊNCIAS
A2 ----- ----- -----
(1518-8795)
REVISTA BRASI-
LEIRA DE ENSINO,
CIÊNCIA E TECNO-
LOGIA (1982-873X) A2 ----- ----- -----
REVISTA BRASILEI-
RA EM PESQUISA
EM EDUCAÇÃO
CIÊNCIAS
A2 ----- ----- -----
(1806-5104)
COMUNIDADES DE
TEORIA E PRÁTICA APRENDIZAGEM: bus-
DA EDUCAÇÃO cando relações mais dia- BRAGA, F. M.;
Vol. 12, n.
lógicas e aprendizagens MELLO, R. R.
3, p. 289-
(1415-837X) mais efetivas entre todas/
B4 301, 2009
os
CONSTANTINO,
F. L.;
4 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal; Edições 70, LDA, 2009.
BRAGA, F. M.; GABASSA, V.; MELLO, R. R. Aprendizagem dialógica: ações e reflexões de uma
prática educativa de êxito para todos(as). São Carlos: EdUFSCar, 2010.
FLECHA, R. Compartiendo palabras. El aprendizaje de las personas adultas a través del diálogo.
Barcelona: Paidós, 1997.
FREIRE, P. Educação e mudança. Coleção Educação e mudança. Vol.1. 9ª ed. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1983.
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) – Ensino Médio; Ministério da Educação. Brasília: 1999.
RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas (3a ed.). São Paulo: Atlas, 1999.
SANTOS, B. S. Um discurso sobre as ciências na transição para uma ciência pós-moderna. Estudos
Avançados, v. 2, n. 2, p. 46-71, may/aug, 1988.
2 | METODOLOGIA
3 | RESULTADOS E DISCUSSÃO
É possível observar que, em 2009, apenas uma escola conseguiu uma nota maior
que 6,0 na Prova Brasil, a maioria teve média menor que 5,0. Em 2011 os resultados
foram inferiores a seis. Na avaliação seguinte, 2013, duas escolas obtiveram notas
maiores que sete. Já em 2015, estas unidades escolares obtiveram nota acima de 7,0.
Mas em 2017 o resultado do IDEB mostrou que com exceção da escola de número
três que ficou com 7,8 as outras duas obtiveram nota maior que 9,0. Esta análise
contempla apenas 03 escolas. No município, em geral, das escolas avaliadas todas
as 13 instituições ultrapassaram a meta para 2021. Três escolas obtiveram o índice
acima de 9,0. Quatro instituições com nota acima de 8,0 e seis com IDEB/2017 acima
A que você atribui o sucesso dos alunos, desta escola, na Prova Brasil?
Coordenador Diretor
1. Motivação, foco, compromisso, prepara- Não posso responder, pois não era o gestor
ção, envolvimento dos professores, reforço no momento da realização da Prova Brasil
nos descritores, prática pedagógica dife- anterior.
renciada, controle de frequência, visitação
aos lares, etc.
2. A equipe escolar que tem permanecido a A toda equipe escolar: equipe gestora, pais
mesma, fazendo apenas algumas mudan- e alunos.
ças se necessária, portanto uma equipe
que veste a camisa, pais que em sua... (não
concluiu o pensamento)
3. Atribuo a toda equipe escolar que está em- A preocupação em alfabetizar os nossos
penhada no sucesso da escola como um alunos o mais cedo possível, para que to-
todo. das as habilidades necessárias consigam
ser trabalhadas, até o quinto ano, além de
acompanhar de forma minuciosa possíveis
reprovações e desistências.
Dessa forma, é uma ferramenta importante para a gestão escolar e por isso,
suas realizações dentro das instituições são de grande valia para a melhoria das
relações e dos processos de melhoria da qualidade da educação. Perguntou-se aos
diretores e coordenadores se a escola realizava avaliação institucional, vejamos as
respostas.
Ao analisar as respostas, foi possível perceber que uma escola não existia
avaliação institucional. Os demais afirmaram que a avaliação institucional acontecia
nas escolas bimestralmente e semestralmente. Nenhuma das respostas especificou
como essa avaliação acontecia de fato. Ao analisar as respostas é possível verificar se
tratar de um momento de reunião e em plantões pedagógicos. Através dessas falas,
pode-se ter impressão de discussões coletivas. No entanto, a avaliação institucional é
algo maior, de suma relevância para o desenvolvimento da escola.
Ao exercitar a avaliação institucional, criam-se hábitos de respeito à opinião
dos colegas permitindo distinguir a avaliação como melhoria do trabalho realizado da
avaliação como mera apontadora de erros cometidos (SOUSA, 1999). A realização de
avaliação institucional na Unidade Escolar, com todos os segmentos da escola (alunos,
pais, funcionários e professores), visa à melhoria da aprendizagem e do desempenho
institucional. Por isso, deve-se conhecer a fundo essa realidade para a tomada de
medidas de redimensionamento do trabalho dentro da instituição.
4 | CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
FUNDAÇÃO LEMANN E MERITT (2012). Resultados Prova Brasil. 2015. Disponível em:
www.qedu.org.br. Acesso em: 06/07/2017
FUNDAÇÃO LEMANN E MERITT (2012). Resultados Prova Brasil. 2017. Disponível em:
www.qedu.org.br. Acesso em: 07/09/2018
IDEB 2015 - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. INEP - Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Ministério da Educação. Disponível em http://ideb.inep.gov.
br/. Acesso em 06/07/2017.
IDEB 2017 - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. INEP - Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Ministério da Educação. Disponível em http://ideb.inep.gov.
br/. Acesso em 08/09/2018.
LUCK, Heloísa. Perspectivas da avaliação institucional da escola. Petrópolis: Vozes, 2012. (Série
Cadernos de Gestão).
LUCK, Heloísa. Dimensões da Gestão Escolar e suas competências. Curitiba: editora Positivo,
2009.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22ª ed.,
São Paulo: Cortez, 2011.
1 | INTRODUÇÃO
A cultura da repetência
Em geral, as análises sobre a qualidade da educação mostram a imputação do
fracasso escolar como algo intrínseco ao sistema: aos próprios alunos, a seus pais, ao
sistema sociopolítico, e raramente aos professores, sua formação ou à organização
escolar. Os pesquisadores que se debruçaram sobre a repetência perceberam que
existia um componente cultural dentro da escola brasileira que não decorreria do tipo
de escola (pública ou privada) tampouco do nível social das crianças. Segundo Ribeiro
(1991), uma “pedagogia da repetência” está contida na pedagogia do sistema como
um todo.
Existe há, 50 anos, pelo menos, uma “pedagogia da repetência” que impede o
avanço das gerações através do sistema educacional. Este dado “novo”, que nos
é mostrado pelo modelo PROFLUXO e que já aparecia nas análises corretas de
Freitas, abre um novo leque de questionamentos sobre nosso sistema educacional
que nunca foi realmente discutido pelos nossos educadores e muito menos pela
sociedade brasileira. (Ribeiro, 1991).(aspas do autor)
2 | METODOLOGIA
“Quem pode ajudar com um I?”: o uso da nota baixa pelos professores
O fato de existir uma espécie de regra de só reprovar o aluno que for reprovado
em três ou mais matérias levava a uma negociação de notas entre os docentes.
Em dezembro, na turma 502 que estava sendo julgada, o nome de uma aluna com
“insuficiente” em algumas matérias foi citado. “Cláudia”. Falando sobre a aluna, a
diretora propôs às demais: “É bom reforçar”. Uma professora respondeu: “Posso
ajudar com um I”. No mesmo conselho, a coordenadora disse em voz alta o nome de
outra aluna com “insuficiente” em duas matérias: “Lucia Meira. Está em matemática
e geografia”. Uma das professoras dessas disciplinas disse às colegas sobre esta
aluna: “Eu queria pegar”. Outra professora concordou dizendo: “Vamos pegar... ela
está muito fraca, eu posso”. A diretora perguntou às demais professoras presentes:
“Quem mais ajuda com um “I”?... A coordenadora pedagógica citou uma aluna
da turma 602, com insuficiente em três matérias: “Neusa ficou em português,
matemática, ciências”. Dirigindo-se às outras professoras da turma, a diretora
perguntou: “Não tem mais ninguém com ‘I’ para reprovar a Neusa?”. (Sá Earp,
2006)
“Ele não quer nada”; “Ela não tem interesse”; “É esforçado”: atributos que
decidem a reprovação
No juízo do professor, o aluno que “quer aprender” ou o estudante que “tem
interesse” é mais bem julgado. A aprendizagem “com esforço” é valorizada.
No Conselho de dezembro, a aluna Maria Eugênia da turma 602 foi uma das
reprovadas. A coordenadora disse em voz alta as matérias em que a aluna ficou
com conceito insuficiente: “português, geografia, ciências, matemática e história”.
Uma das professoras explicou a nota da aluna. “É daquelas que no conteúdo faz,
mas em sala de aula é péssima”. (Sá Earp. 2006)
Eles só fazem bem o que têm a fazer (objetivamente), porque acreditam fazer uma
coisa diferente do que fazem; porque fazem uma coisa diferente do que acreditam
fazer; porque eles acreditam no que eles acreditam fazer. (BOURDIEU,1999,
p.198).
REFERÊNCIAS
BOURDIEU, P. As categorias do juízo professoral. In: NOGUEIRA, M. A.; CATANI, A. (Org.). Escritos
de educação. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 185-216.
FERRÃO, M. E.; FERNANDES, C. A escola brasileira faz diferença? Uma investigação dos efeitos
da escola na proficiência em matemática dos alunos da 4ª série. In: FRANCO, C. (org.), Avaliação,
ciclos e promoção na educação. Porto Alegre, Artmed, 2001.
KLEIN, R. Por uma Educação de qualidade. Ensaio: Aval. pol. públ. Educ. Rio de Janeiro, v.11, n.38,
p. 115-120, jan./mar. 2003.
RIBEIRO, S. C.; PAIVA, V. Autoritarismo social e educação IN: Revista Educação e Sociedade, ano
XVI, n.53, p.634-647, 1995.
Perseguir a qualidade implica uma forma de negociação entre atores sociais, com
vistas a um acordo que resulte em um trabalho produtivo [...] Não há, portanto,
qualidade sem participação. [...] Definir e produzir qualidade são uma tarefa
política, um trabalho democrático. (Bondioli, 2004, p. 14-15)
1 Consulta sobre Qualidade da Educação Infantil (2011), desenvolvida em quatro estados com apoio da
Campanha Nacional pelo Direito à Educação, do Movimento Interfóruns de Educação Infantil (MIEIB) e
da Fundação Carlos Chagas.
A qualidade é educação, dos grandes com os pequenos e dos grandes entre si.
A aquisição da consciência, a troca de saberes, o confronto construtivo de pontos
de vista, o hábito de pactuar e examinar a realidade, a capacidade de cooperar
constituem, igualmente, aspectos da ‘transformação para melhor’. (Bondioli, 2004,
p. 15)
METODOLOGIA
Considerando os princípios da participação preconizada pelo documento e o
potencial formativo que se apresenta para as discussões sobre a qualidade com todos
os professores e comunidade escolar, optou-se pela pesquisa qualitativa que norteia
as observações realizadas nas creches, traçando aproximações com os sujeitos, tendo
o ambiente como principal fonte de coleta dos dados, o que possibilita ao observador,
segundo André (2013) a “apreender a sua visão de mundo, isto é, o significado que
eles atribuem à realidade que os cerca e às suas próprias ações” (p. 31). A coleta dos
dados resultou da participação dos sujeitos em entrevista, professores, equipe gestora
e mães sobre as suas percepções relacionadas ao processo de discussão coletiva
proposta na metodologia do documento. Para o estudo das observações, o registro
e o material coletado de reuniões, são etapas importantes para a análise dos dados.
A participação vista como um princípio que sustenta o processo democrático
proposto na metodologia do documento para avaliar os indicadores de qualidade
coincide com o estudo de Licínio Lima (2011), que ao mesmo tempo em que propõe,
distingue os tipos de participação em uma pesquisa.
Esta distinção auxilia as unidades a mapearem a participação dos sujeitos
envolvidos, suas decisões e as deliberações resultantes do processo de avaliação.
São elas: participação ativa, participação reservada e participação passiva.
Destacamos na aplicação da autoavaliação a participação nos estudos de
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As reflexões feitas no presente artigo à luz do documento Indicadores de Qualidade
da Educação Infantil Paulistana (2016), das contribuições com as experiências em
avaliação participativa, discussões sobre a qualidade na primeira infância e autores
que elucidam a importância de vislumbrar uma prática pedagógica embasada nas
concepções contemporâneas sobre os bebês, crianças e infância, nos possibiltaram
constatar a necessidade de um currículo que contemple o desenvolvimento integral de
crianças nas dimensões propostas, na sua indivisibilidade.
Com a aplicação dos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil Paulistana
(2016), os dados revelaram que o uso do documento potencializa a creche como um
espaço onde os adultos aprendem entre si. Quando a unidade encaminha suas ações
no entendimento de que a participação está a serviço da qualidade, mais facilmente os
pais sentem-se mobilizados. Aspectos que vão além de estarem presentes na unidade,
mas são tomados pela consciência de que suas ações contribuem com a educação
de cada bebê e criança no espaço coletivo. Neste cenário, os adultos que respondem
às perguntas dos indicadores com comentários sobre as suas próprias percepções,
proporciona a outros pais, mesmo desconhecendo a rotina, a possibilidade de conhecer
e ter vontade de entender melhor a unidade. Bondioli (2013) ressalta que este espaço
reconhecido pelos pais é um lugar de responsabilidade não só pelos próprios filhos,
mas pela instituição e pela comunidade, onde se constrói os saberes compartilhados,
fruto de um trabalho participativo.
O detalhamento das questões gerou comentários de descrença, inclusive
pelo tempo investido em toda aplicação, mas em contrapartida, os participantes
reconheceram que oportuniza conhecer o que é feito ou não na creche, a troca de
exemplos concretos, no compartilhamento dos conhecimentos sobre a educação,
auxiliando-os nas atitudes com os filhos em casa e na unidade, característica que
potencializa o documento em momentos de estudo e formação com os professores.
REFERÊNCIAS
ANDRÉ, R.C. Creche: Desafios e Possibilidades. Um olhar para além do Educar e Cuidar.
Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Educação, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo,
São Paulo, 2016.
BONDIOLI, Anna (org.). O projeto pedagógico da creche e a sua avaliação. Campinas: Autores
Associados, 2004.
BRASIL. Presidência da República. Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispões sobre o Estatuto
da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 08 dez. 2014.
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Cortez, 2011.
SÃO PAULO (SP). Secretaria Municipal de Educação. Avaliação na educação infantil: aprimorando
os olhares. São Paulo: SME / DOT-EI, 2014.
Bárbara Jardim Mariano fresh fruit worldwide, Brazil produces about six
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - million tons per year. Its processing is presented
UFRRJ, Programa de Pós-Graduação em Ciência as a way to minimize postharvest losses, with
e Tecnologia de Alimentos - PPGCTA.
green banana biomass being a commercial
Seropédica-RJ.
alternative, being inserted in the functional
Suzete Maria Micas Jardim Albieri food group and by the advantages offered in its
Colégio Técnico da Universidade Rural - CTUR.
metabolization promoting health. Recognizing
Seropédica-RJ. the interdisciplinarity of agricultural education,
this project addresses the need to implement a
rural education booklet that will include technical
RESUMO: A banana é a fruta fresca mais recommendations for the production of green
consumida mundialmente, o Brasil, produz banana biomass and its byproducts, offering
cerca de seis milhões de toneladas anuais. alternatives for processing and marketing.
Seu processamento apresenta-se como forma KEYWORDS: Green Banana biomass; Rural
de minimizar as perdas pós-colheita, sendo producer; Educational Booklet
a biomassa de banana verde uma alternativa
de comercialização, estando inserida no grupo
de alimentos funcionais e pelas vantagens 1 | INTRODUÇÃO
oferecidas em sua metabolização promovendo A banana (Musa sp.) é a fruta tropical mais
saúde. Reconhecendo a interdisciplinaridade
consumida no mundo (SOUZA et al., 2011).
da educação agrícola, o referido projeto trata
Pertencente à família Musaceae e apresenta
da necessidade de implantar uma cartilha
cerca de 30 espécies conhecidas do gênero
educativa direcionada para o produtor rural
Musa, sendo mais de 700 variedades (ASMAR
que compreenderá recomendações técnicas
et al., 2013). A produção brasileira de banana
para produção de biomassa de banana verde e
em 2016 foi de 6.7 milhões de toneladas por
seus subprodutos, ofertando alternativas para o
processamento e comercialização. ano e a área plantada de 469 mil hectares,
PALAVRAS-CHAVE: Biomassa de Banana sendo o Nordeste a maior região produtora,
Verde; Produtor Rural; Cartilha Educativa. destacando-se no cenário mundial e conferindo
ao país terceiro lugar em produção e área
ABSTRACT: Banana is the most consumed colhida (IBGE, 2016). Além disso, a facilidade de
2 | METODOLOGIA
4 | CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
ASMAR, S.A., CASTRO, E.M., PASQUAL, M., PEREIRA, F.J.& SOARES, J.D.R. Changes in leaf
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VALLE, H. F. & CAMARGOS, M. Yes, nós temos banana. São Paulo: Editora Senac. 2013.
2 | METODOLOGIA
3 | RESULTADOS E DISCUSSÃO
4 | CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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petróleo. Blucher Chemistry Proceedings, v. 3, n. 1, p. 821-830, 2015.
Nesse sentido, Breno acredita que todos aqueles que passaram pela vivência,
especialmente os estudantes, voltaram efetivamente transformados, e isso o toca
e gera nele uma grande satisfação. Não obstante, de modo mais particular, Breno
aponta que sua visão de mundo transformou-se no tocante à forma de encarar as
dificuldades.
[...] muitas vezes a gente reclama dos obstáculos e não para pra pensar que
existem pessoas que fazem tanto com obstáculos tão maiores. (BRENO CABRAL)
[...] é focar nisso: não só levar ações prontas, mas tentar fazer as pessoas
perceberem que elas podem sair daquela inércia em que estão colocadas, da
situação em que estão colocadas. Esse vai ser um ponto fundamental, assim, pro
Trilhas daqui pra frente. (BRENO CABRAL)
Pra mim serviu como renovação da vida, foi uma experiência [...] única, passamos
a ver a vida de outra forma e ter um olhar com mais respeito ao outro e saber que
somos pessoas felizes. (ERIAMA HACKRADT)
As experiências me tornaram uma pessoa melhor, e me fizeram ver mais ainda como
vale a pena lutar por uma causa e pelo bem comum. Me fez sentir útil, feliz e ainda
mais realizada em minha vida. O trilhas tornou-se para mim um testemunho, que
por onde passo tento deixar marcas através de histórias e momentos vivenciados.
(DAISY SOTERO)
A fim de finalizar a exposição das falas e partirmos para uma breve análise
geral, trazemos a voz da Suneila Novela, estudante do curso de Letras Inglês da UP
delegação Maxixe. Para Suneila, os aspectos mais marcantes foram a própria essência
da atividade e o seu forte caráter de intercâmbio cultural; a ida à primeira escola, onde
começaram as atividades; e a vivência de Chacane, onde através da apresentação
artística de música e dança pudemos viver momentos de intensa emoção.
Suneila entende que as atividades e ações formais do Trilhas acabaram, mas
que o Trilhas não acabou. Ela avalia que muitas coisas se transformaram a partir
dessa experiência.
O Trilhas mudou não só na forma como as pessoas passaram a me ver, mas pela
forma como eu mesma passei a me ver. Eu me senti uma pessoa muito importante
pra sociedade, porque que tenho essa capacidade, eu senti que eu tenho essa
capacidade de ensinar alguém. (SUNEILA NOVELA)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Perante todas as experiências e falas, diante de todos os significados,
temos plena consciência das limitações deste trabalho. Não obstante, sabemos também
que o tempo é pequeno para vermos resultados mais concretos e que este esforço de
escrita é válido, necessário e elemento de compromisso com as universidades, com
as comunidades e com as pessoas.
Enxergamos que o papel do Trilhas Brasil-Moçambique foi singular na construção
de uma ação afirmativa engajada e inovadora; impulsionando ainda o engajamento
das pessoas na participação social, seja na Universidade ou fora dela.
Percebemos que a UFRN e a UP, delegação Maxixe, ao proporcionarem essa
viagem e experiência aos professores e estudantes, acabavam por proporcionar a
esses uma construção e formação integral humana, e assim realizavam aqueles
objetivos da universidade, como instituição, algumas vezes vistos como “utópicos”.
Por fim, perceber a construção de uma nova forma de fazer extensão universitária na
UP, bem como na UFRN, mesmo depois de 21 anos do programa Trilhas Potiguares,
foi perceber o trabalho de seres humanos aprendendo uns com os outros, edificando
um futuro que ainda não está dado, mas que é criado por eles próprios.
Um futuro que hoje é traçado em parceria com a terra de um povo que em muito
contribuiu para a construção do Brasil. Um futuro construído com mais igualdade,
com mais solidariedade, identidade e paz. Um singular e imensurável gesto que a
educação e as ações das universidades podem fazer pela constante construção de
uma identidade humana.
REFERÊNCIAS
BRASIL. LDB: Lei de diretrizes e bases da educação nacional. Brasília : Senado Federal,
Coordenação de Edições Técnicas, 2017.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 57ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014.
FREIRE, Paulo. Papel da educação na humanização. Revista da FAEEBA, Salvador. Jan.-jun., 1997
(p. 9-17).
NÓBREGA, T.P. da. Merleau-Ponty: o filósofo, o corpo e o mundo de toda a gente! Disponível em:
http://www.cbce.org.br/cd/resumos/129.pdf Acesso em: 04/08/2010.
INTRODUÇÃO
Ao falarmos História da Educação, precisamos entender que quem detém a
forma organizacional é a figura do estado, pois mesmo que venha surgir tendências
de cunho popular, o estado sempre traz para si essa organização.
Quando nos referimos a estado, precisamos para melhor compreensão
retornamos aos primórdios da nossa história, no surgimento das comunidades
gentílicas, até as organizações de estados como podemos destacar os Sumérios, os
Persas, Babilônicos, e sobre tudo os Judeus, Gregos e Romanos entre tantos outros.
Podemos ainda compreender que essa estrutura organizativa e de governo vai surgir
da necessidade humana de organização.
Cada um dessas civilizações se organizou com a finalidade de enfrentamento
dentro das disputas, disputas principalmente por dominação que seja de território ou
de comércio.
Nesses estados primórdios, muitas vezes o Rei acumulava a autoridade
administrativa, militar e religiosa. Os sacerdotes ou outras figuras da religião era o
interlocutor entre o deus e os homens e em muitas dessas civilizações cabia também
a eles à educação, que estava voltada para os princípios religiosos.
Desses povos antes citados, os Gregos e os Romanos deram mais liberdade
para a educação, onde vão surgir os filósofos, que passaram a ensinar e debater
com seus discípulos desde astronomia, medicina, história, matemática até a noção
de estado e de governo, sendo o exemplo de professores que não estavam ligados à
religião nem ao governo.
Essa forma de educação foi à base para a educação moderna dos dias de hoje.
Muito embora, ao longo da nossa história essa educação sofreu as mais diversas
mudanças, surgindo com a educação do núcleo familiar até ao sistema moderno que
temos hoje.
No entanto, vale salientar que todas foram importantes em seu tempo, mesmo
nas comunidades primitivas sem letramento nem códigos escritos, onde se dava a
continuidade de conhecimento através dos relatos da vida do grupo de forma apenas
orais até os novos meios de educação pelo sistema de tecnologia sem o contato físico
(...) A persistir a tendência que se acentua a cada dia, o Brasil poderá, no curto
prazo, ver espaços universitários (os destinados às licenciaturas, por exemplo)
sendo substituídos por polos de EaD, nos quais a movimentação de pessoas é
pequena e o da cultura elaborada menor ainda.
Borges nesse contexto nos afirma que as reformas na educação não visavam
à melhoria no atendimento aos alunos, mas na contenção de despesas, fruto dos
ajustes econômicos que o Brasil passava como um dos países em desenvolvimento.
Porém não podemos esquecer-nos da luta de cientistas da pedagogia da década
de 20 que contribuíram para o aprimoramento da nossa educação, que são destacados
por BOMENY(1993, p.24):
Claro que essas reformas ainda estavam longe de ser uma mudança profunda,
mas deu inicio as transformações que a educação enfrentaria no Brasil ao longo de
sua história. Contudo o ministério da educação só passa a ser criado em 1930 e nesse
momento a saúde estava ligado à educação, sendo o Ministério da Educação e Saúde
Pública, nota-se que não estava muito claro ao governo, o destino de nossa educação,
mas já estava sendo institucionalizada.
Nós tivemos ao longo de nossa história várias Leis de Diretrizes e Bases da
Educação Brasileira, e apenas nos atemos à última que é a Lei 9.394.
Com a aprovação da dessa nova LDB, Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996 e
com o (FUNDEF) Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental
e de Valorização do Magistério, que foi instituído pela Emenda Constitucional nº 14,
de setembro de 1996 e regulamentado pela Lei nº 9.424, de dezembro de 1996 e pelo
Decreto 2.264, de junho de 1997, onde juntava a exigência da LDB com a valorização
do FUNDEF, fazendo com que os professores tidos como leigos passassem a buscar a
qualquer custo sua qualificação, abriram então, as portas para os cursos de Pedagogias
e com essas procuras surgem então à formação a distancia desses profissionais que
precisavam se qualificar.
Essa exigência a época que se apresentava como uma solução para a nossa
educação, forçou os professores a buscarem se qualificarem e por outro lado os cursos
universitários passaram a ser mais acessíveis, pois para muito interessava apenas um
diploma e para algumas universidades apenas o retorno financeiro.
Surgem a partir daí com mais veemência os cursos de extensão das universidades,
sobretudo privadas. Também nesse contexto, a educação a distancia surge como uma
das novas possibilidades para a formação continuada de professores é tanto que o
próprio Governo Federal criou o PRO LICENCIATURA que traz os seguintes objetivos:
Nesses dez pontos dos objetivos na formação dos professores pelo programa
PRO LICENCIATURA, notamos o verdadeiro anseio que permeava na formação
continuada dos professores, embora sabendo que visava atender uma exigência
legal que seria a formação do professor em curso superior, trouxe sim para esses
profissionais que não tiveram oportunidade de se qualificarem uma oportunidade
importante.
Pela LDB, os Professores precisaria ter um curso superior na área de atuação
profissional ou se já estivesse em trabalho sem ser formado teria um tempo de carência
para se qualificarem, daí a importância desses cursos que foram surgindo com esse
objetivo.
Assim a nossa educação segue entre avanços e recuos, isso mostra que ainda
não temos uma clareza do que queremos em algum momento governos cria mecanismo
que não resiste sequer ao mandato de outro governo.
Mudam-se os nomes dos programas, mais a essência continua a mesma,
continuam com os mesmos vícios dos que foram substituídos e para atender uma
parcela da sociedade na qualificação vão surgir o modelo de educação a distancia.
Pela LDB, Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, no seu Artigo 80, deixa
Educação: Políticas, Estrutura e Organização 4 Capítulo 23 226
claro que o Poder Público deverá incentivara o desenvolvimento e a veiculação de
programas de ensino a distancia, ainda diz que em todos os níveis de educação. Só
que atualmente o maior interesse do setor privado por essa modalidade de educação
tem se voltado para os Cursos Superiores, deixando de fora os outros segmentos.
Com o incentivo dado pelo Poder Público e a oportunidade de lucro na exploração
desse setor da economia, muitas Instituições de Ensino entraram para essa nova
modalidade de educação que atualmente é a que mais cresce no Brasil, onde de
acordo com dados de 2013 já somava mais de um milhão de estudantes nos cursos de
Bacharelados, Licenciaturas e Tecnologias. Respondendo assim a seguinte pergunta:
A quem realmente interessa essa modalidade de formação?
No início o estado era o responsável pelos cursos superiores a distancia, no
entanto os setores privados passaram a ter uma maior penetração nessa área de
educação, principalmente nos curso de Pedagogia, Bacharelados em Teologias e
cursos tecnológicos, como bem afirma GIOLO (2008, p.1211-1234):
“Art. 5o
§ 4o
I- instruir e exarar parecer nos processos de credenciamento e recredenciamento
de instituições específico para oferta de educação superior a distância, promovendo
as diligências necessárias;
II - instruir e decidir os processos de autorização, reconhecimento e renovação
de reconhecimento de cursos superiores a distância, promovendo as diligências
necessárias;
V- exercer a supervisão dos cursos de graduação e sequenciais a distância, no
que se refere a sua área de atuação.”
Nesse decreto fica claro que cabe ao Poder Público Exarar nos pareceres de
METODOLOGIA
A metodologia usada neste artigo foi à pesquisa bibliográfica dos autores já citados
neste trabalho e legislação pertinente ao assunto de forma a servir de embasamento
e nortear no tema em debate, fornecendo assim, uma visão do processo histórico da
nossa educação bem como sua evolução e mudanças ao longo da história do Brasil.
Começamos o artigo pelo levantamento do processo de organização das civilizações
antigas para trazer uma compreensão do papel do estado na organização do estado e
a força que o estado exerce sobre a educação.
RESULTADO E DISCURSSÃO
A construção do artigo ocorreu por meios de análise e interpretação teórica sobre
as mudanças da educação brasileira, dentro do processo histórico, mostrando desde o
contexto da educação como ferramenta do estado, a reforma de Pombal em Portugal
e suas ingerências no Brasil, tomamos como base a pesquisa bibliográfica, onde o
foco principal foi abordar os aspectos de mudanças educacionais e as novas maneiras
de compreender o cenário educacional brasileiro, principalmente com a introdução de
novos métodos educacionais, onde, destaca entre eles a Educação a Distancia.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base em tudo que se foi estudado para produção desse trabalho, os textos,
artigos, documentos oficiais, temos apresentado a problemática da educação brasileira
de forma simples, porém de forma precisa, apresentado sua trajetória das políticas
públicas voltadas para a educação.
Não podemos de forma nenhuma concordar com essas dinâmicas que se tem
levado a nossa educação, mas não podemos também negar que de certa forma
houve alguns avanços embora em outros tempos notamos recuos, pois apresenta
pontos positivos e pontos negativos, como bem já foi demonstrado nessa produção
acadêmica.
REFERÊNCIAS
BOMENY, Helena. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol.6, nº 11, 1993, p.24 - 39.
GIOLO, Jaime. A educação a Distância e a Formação de Professores. Educ. Soc., Campinas, vol.
29, n. 105, p. 1211-1234, set./dez. 2008.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União Número 9394/96,
20 de dezembro de. Brasília: Imprensa Oficial, 1996.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União Número 9394/96,
20 de dezembro de. Brasília: Imprensa Oficial, 1996.
1 | INTRODUÇÃO
2 | METODOLOGIA
3 | RESULTADOS E DISCUSSÕES
Na tela inicial (Quadro 01 - Figura 01) temos a descrição resumida do jogo, além
de um ranking dos participantes. Ao clicar no botão começar o jogo se inicia e o jogador
opta por se registrar ou não. Quadro 01 - Figura 02.
Seguindo, as perguntas são dispostas na tela para serem respondidas. Ao
acertar, a mesma altera-se para a cor verde, se errar, para vermelho. Acertando há um
acréscimo no tempo restante e na pontuação, ao errar, o tempo diminui. Conforme o
Quadro 01 - Figura 03.
Respondidas todas as perguntas ou se o tempo expirar, o jogo é encerrado e
REFERÊNCIAS
CASTELLS, M.; CARDOSO, G. (Orgs.). A Sociedade em Rede: do conhecimento à ação política;
Conferência. Belém (Por): Imprensa Nacional, 2005.
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Online. 2016. 67f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Matemática)- Universidade
Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2016. Disponível em:<http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/
handle/123456789/10770> Acesso em: 01 ago. 2018.
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Marcos_Alves_Vieira/publication/281442148_PeQuiz_jogo_educacional_como_ferramenta_para_o_
ensino_de_Historia_e_Geografia_do_Estado_de_Goias/links/55fcb05d08aeba1d9f44f935/PeQuiz-
jogo-educacional-como-ferramenta-para-o-ensino-de-Historia-e-Geografia-do-Estado-de-Goias.
pdf?origin=publication_detail>. Acesso em: 31 jul. 2018.
1 | INTRODUÇÃO
Luís da Câmara Cascudo, em seu livro Canto de Muro, aborda um estudo das
características comportamentais e fisiológicas de várias espécies animais que observa,
nesse caso, escondido atrás de uma samambaia, no aludido canto de muro (MELLO,
2002).
Esta obra é poeticamente romanceada, como o qualifica, com humor. O autor
se curva sobre o mundo dos animais que se prestam a serem personagens, insetos,
aracnídeos, anfíbios, aves, répteis e pequenos mamíferos enriquecem a singularidade
do espaço ao estarem postos em narrativas humanas e naturais, buscando conexões
com outras regiões do Brasil, privilegiando sempre a nuança do folclore. Estes recebem
nomes, são habitantes e visitantes de um grande quintal de casa.
A história contada foi observada em Natal, num canto do muro velho, onde árvores,
trepadeiras, chão, ruínas e refugos preservam vivências diminutas em constantes
modificações (SILVA, 2006). Concordando-se com Lacerda (1969, p. 211): “a pujante
e extraordinária personalidade poética aliada à do homem de ciência, investigador
incansável e erudito” revelada nas páginas do Canto de Muro nos fez analisar a obra
de Cascudo pelo seu enfoque poético, romancista e folclórico no qual se insere em
pesquisas e observações zoológicas, vivenciando os hábitos, comportamentos e
maneiras com que tratou cada capítulo presenciado e tomado como conhecimento
adquirido ao longo de fatos.
Os contos populares, para os românticos, foram demonstração exata da alma
do povo, símbolos duma época remota e densa fase espiritual e cultural que em
contemporaneidade convive ainda nas crianças e nos poetas (LACERDA, 1969). O
escritor norte-riograndense, em sua obra de gênero único, apresentou-nos uma história
(...) Raca, a jararaca temida, Bothrops jararaca, vinda dos arredores, entrando pela
brecha do muro num espreguiçamento indolente, reluzindo suas escamas verde-
oliva onde as manchas escuras e triangulares, orladas de amarelo baço, vestem-na
de certo luxo. Permanece alguns dias descansando e vigiando a família de Musi
[proprietária de uma família de ratos] que se aboletou no frio e abandonado fogão
de chapa, podendo criar os frutos dos amores sucessivos com relativa segurança e
possível fartura. (...) Raca sabe desta simpatia de Musi e procura a cozinha como a
um farnel de reserva. Musi naturalmente desenvolve técnicas defensivas para livrar
a espécie do paladar de Raca. (p. 15).
Cascudo descobre um ótimo expediente para batizar os bichos que põe em cena,
criaturas do espaço do romancista. Enxerga-os como indivíduos que merecem
um nome especialmente inventado, porém, comum a cada gênero porque são
muitos, como as baratas e os ratos, e porque se sucedem rapidamente no quintal,
por força da curta duração de suas vidas – veja-se o escorpião. Não o satisfaz o
anonimato do rótulo da zoologia, que toma como abonação generalizadora. Prefere
promover uma relação de familiaridade do narrador com eles, colorida por um certo
tom hipocorístico. Adota formas populares, como Guaxinim; cria nomes a partir
da figura da personagem – Vênia, a lagartixa, sempre balançando a cabecinha
–; confirma em Sofia a sabedoria secularmente conferida à coruja; recupera os
apelativos dos únicos animais domésticos que cruzam o quintal – a galinha Dondon
e o gato Brinco –; mas, na maior parte das vezes, separa palavras e segmentos
na denominação científica ou escolhe parcelas do termo que classifica a família
no reino animal. Titius é o escorpião ou lacrau, saindo de Tityus bahiensis, Perty;
Licosa, a enorme aranha negra, de Lycosa raptoria, Walckenser; Niti, bacurau e
curiango, de Nyctidromus albicollis, Quiró, dos quirópteros, Raca, de Bothrops
jararaca, e assim por diante. (p. 26).
Deleitar-se por essa passagem fez-nos acreditar que Cascudo não esteve
só preocupado em descrever uma história romanceada e poética, mas igualmente
propôs por meio de seu impulso pesquisador e observador ensinar através das
nomenclaturas científicas o leitor a apaixonar-se pela zoologia e seus afins no estudo
do comportamento.
Remetemo-nos a Neves (2008) para fortalecer ainda mais essa presunção:
2 | MATERIAIS E MÉTODOS
3 | RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 2. Distribuição das diferentes temáticas em que o autor interpreta o papel de cada
capítulo.
Fonte: Dados da análise.
Figura 3. Análise comparativa das personagens zoológicas que fazem referência aos nomes
científicos.
Fonte: Dados da análise.
Figura 6. Análise dos hábitos dos vertebrados contidos em Canto de Muro. Fonte: Dados da
análise.
4 | CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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f. Dissertação (Pós-Graduação em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa),
SILVA, M. (Org.). Dicionário Crítico Câmara Cascudo. São Paulo, Perspectiva, 2006.
WILSON, E. O. The little things that run the world (the importance and conservation of invertebrates).
Conservation Biology, v. 1, n. 4, p. 344-346, 1987.
Marfisa Hyanchelle Cortez Costa até o ensino médio dentro do instituto. Cada
Instituto Federal de Educação, Ciências e questionário fora dividido em questões de
Tecnologias do Rio Grande do Norte raciocínio logico e cálculos matemáticos. Assim
Macau - RN foi feito um levantamento da quantidade de
Josivan Bonifácio Rocha de Almeida erros e acertos nas questões propostas, levando
Instituto Federal de Educação, Ciências e também em consideração de qual tipo de escola
Tecnologias do Rio Grande do Norte
o aluno estudou seu ensino fundamental.
Macau -RN PALAVRAS-CHAVE: Inteligências, Lógica-
Micleydson Batista dos Santos Matemática, Informática.
Instituto Federal de Educação, Ciências e
Tecnologias do Rio Grande do Norte
ABSTRACT: This article presents the
Macau -RN
characterization of the logical-mathematical
João Batista Gomes Moreira competence relating the performance of students
Instituto Federal de Educação, Ciências e
in the 1st and 4th year of the technical course in
Tecnologias do Rio Grande do Norte
computer science of the IFRN-Campus Macau.
Macau -RN
From a questionnaire with 10 questions applied
Liliane Ribeiro da Silva in both classes, one can evaluate the level of
Instituto Federal de Educação, Ciência e
knowledge in the mathematics discipline that
Tecnologia do Rio Grande do Norte
students have from elementary school to high
Macau-RN
school within the institute. Each questionnaire
had been divided into questions of logical
reasoning and mathematical calculations. Thus,
RESUMO: O presente artigo apresenta a survey was made of the number of errors and
a caracterização da competência lógico- correct answers in the proposed questions,
matemática relacionando o desempenho dos taking also into consideration the type of school
alunos do 1º e 4º ano do curso técnico em the student studied in his elementary school.
informática do IFRN- Campus Macau. A partir KEYWORDS: Intelligence, Logic-Mathematics,
de um questionário com 10 questões aplicado Informatics.
em ambas as turmas, pode-se avaliar o nível de
conhecimento na disciplina de matemática que
os alunos possuem desde o ensino fundamental
Apesar de ter passado por adaptações, diversas críticas e ter sido desarranjado
na América, a ideia pioneira de Binet e Simon de medir a inteligência de um indivíduo
se mostrou alinhada a caracterização das acentuações e deficiências cognitivas
relacionadas a determinada área de estudo de um aluno visando primordialmente
auxilia-los quando apresentassem dificuldades e não somente classifica-los de
acordo com o desempenho mediante um “teste de Inteligência”. Dando assim, a
educação, meios que contribuam para que a mesma seja mais inclusiva e atenda as
particularidades de cada pessoa.
Por volta da década de 1980 surgiu a teoria das Inteligências Múltiplas criada por
Howard Gardner e sua equipe de pesquisadores, na qual entra em divergência com
os modelos tradicionais de definição do que seria a inteligência e como ela deveria
ser medida já que para Gardner (1994) apud SMOLE (2016, p.139) “uma inteligência
implica a capacidade de criar algo, resolver problemas ou elaborar produtos que
sejam importantes num determinado ambiente ou comunidade cultural”. Seus estudos
levaram-no a ideia de classificar a inteligência como competências sendo elas a lógico-
matemática, a linguística, a musical, a espacial, a corporal-cinestésica, a interpessoal,
a intrapessoal, a naturalista e existindo ainda uma nona competência a existencialista
sendo ainda analisada por Gardner, mesmo assim de acordo com SMOLE (2016,
P.147)“na teoria das inteligências múltiplas, não há uma preocupação com números,
mas com o fato de a inteligência ser um espectro de competências” assim como para
Antunes
Mesmo havendo essa relação entre as inteligências cada uma das tais tem sua
área de aplicação e atuação especifica a lógico-matemática, por exemplo, de acordo
Armstrong (2000, p. 14). É
3 | METODOLOGIA
No que se refere aos resultados dos alunos do 4° ano vindos de escola pública,
torna-se evidente a discrepância entre os acertos das questões de raciocínio logico
com relação às questões de cálculos matemáticos, que pode ser explicada pela maior
relação entre o desenvolvimento do aprendizado propriamente lógico nessa etapa do
curso. Seguindo a ideia de demonstração partir de níveis de desempenho levando em
consideração os acertos totais dos alunos concluintes (4° ano), classificou-se numa
escala de insuficiente, regular, bom, ótimo e excelente a quantidade de acertos no
5 | CONCLUSÃO
BÉRGAMO, Simone. Desafios da educação contemporânea. São Paulo. Leia já, 2011. Disponível
em: http://www.leiaja.com/coluna/2011/desafios-da-educacao-contemporanea. Acesso em: 22 mai. 18.
COLL, César et al. Psicologia da Educação. In: SMOLE, Katia Stocco (Org.). A inteligência como um
DANTAS FILHO, Jerônimo Vieira. Baixo rendimento na disciplina de matemática. EDUCA - Revista
Multidisciplinar em Educação, Porto Velho, v. 4, n° 9, p. 98 a 113, set/dez, 2017. Disponível em:<
file:///C:/Users/Mariah/Downloads/2129-10574-1-PB.pdf>
SMOLE, Katia Cristina Stocco. Múltiplas inteligências na pratica escolar. .Ministério da educação,
secretaria de educação à distância. Brasília, 1999.
Strehl, L. (2002). Teoria das Múltiplas Inteligências de Howard Gardner: Breve Resenha e
6 | APÊNDICE
Nome completo:
Disciplina preferida:
a) 24 b) 37 c) 40 d) 45 e) 48
a) 14 b) 48 c) 56 d) 58 e) 65
a) 16 b) 18 c) 19 d) 20 e) 22
4. Uma pilha comum dura cerca de 90 dias, enquanto uma pilha recarregável
chega a durar 5 anos. Se considerarmos que um ano contém aproximada-
mente 360 dias poderemos dizer que uma pilha recarregável dura, e relação
a uma pilha comum:
a) 10 vezes mais; c) 20 vezes mais;
b) 15 vezes mais; d) 25 vezes mais.
5. uma máquina fotográfica custava R$ 500,00. No dia dos pais, numa promo-
ção, foi vendida com um desconto de 10% e, logo depois, em cima do novo
preço sofreu um aumento de 10%. O seu preço atual, em reais, é?
6. O avicultor diz “se eu tivesse dois patos a mais, o dobro desse número seria
100.” Quantos patos tem ele?
8. Pedrinho tem 6 bolas a mais do que Chico. Os dois juntos têm 54. Quanto
a) 16 graus;
b) 18 graus;
c) 12 graus;
d) 9 graus;
e) 22 graus.
10. A Mãe é três vezes mais velha que a filha. Juntas têm 48 anos. Qual é a
idade de cada uma?
a) 34 e 14;
b) 36 e 12;
c) 32 e 16;
d) 33 e 15;
e) 30 e 18.
2. Uma senhora tinha entre trinta(30) e quarenta(40) ações de uma empresa para
dividir igualmente entre todos os seus netos. Num ano, quando tinha 3 netos,
se a partilha fosse feita, deixaria 1 ação sobrando. No ano seguinte, nasceu
mais um neto e, ao dividir igualmente entre os quatro netos o mesmo número
de ações, ela observou que sobrariam 3 ações. Nesta última situação, quantas
ações receberá cada neto?
a) 6 b) 7 c) 8 d) 9 e) 10
a) 3 b) 4 c) 5 d) 6 e) 7
5. Marcelo tinha 77 figurinhas e Paulo tinha 58. Marcelo deu algumas de suas
figurinhas para Paulo. Depois dessa doação, é possível que Marcelo e Paulo
fiquem, respectivamente, com as seguintes quantidades de figurinhas:
a) 82 e 53 b) 74 e 62 c) 68 e 68 d) 66 e 69 e) 56 e 89
6. Nilson e Osmar têm, cada um, certa quantidade de reais. Nilson tem mais di-
nheiro do que Osmar. Se Nilson der R$ 1,00 para Osmar, ambos ficarão com a
mesma quantia. Logo, Nilson tem a mais do que Osmar
a) 23 b) 22 c) 21 d) 20 e) 19
a) I b) II c) III d) I e II e) II e III
a) Pode ser que Márcio faça as duas coisas ou apenas uma delas.
b) Se Márcio estuda Informática, então não pratica futebol.
c) Se Márcio pratica futebol, então não estuda Informática.
d) Márcio não faz nem uma coisa, nem a outra.
e) Márcio certamente faz as duas coisas.
Robson José de Oliveira Brito estes mesmos modelos, mas por um outro
Universidade Federal de Pernambuco lado também vêm em si mesmos a quebra de
Caruaru - PE um paradigma estabelecido e o surgimento de
novos referenciais de relacionamento afetivo/
amoroso.
RESUMO: Os casais gays estão emergindo cada PALAVRAS-CHAVE: Casais Gays, Famílias,
vez mais, saindo da clandestinidade e revelando- Discursos Excludentes.
se como sujeitos. Sujeitos estes que passam a
ser como os heterossexuais, possuidores de
direitos civis. No entanto, em uma sociedade 1 | INTRODUÇÃO
demarcada pela heteronormatividade, alguns
Os relacionamentos amorosos sempre
gays possuem uma relação de conflitos com
existiram na história da humanidade, sejam
os parentes por estarem vivendo e tendo
um relacionamento homoafetivo de maneira eles heterossexuais ou homossexuais. No
escondida ou não dos seus familiares. Neste entanto, em uma sociedade demarcada pela
contexto, mesmo aqueles que são assumidos heteronormatividade, alguns gays possuem
continuam a suportar calados e diariamente uma relação de conflitos com os parentes por
a ideia de moralidade que se entranha nas estarem vivendo e tendo um relacionamento
paredes do lugar que eles chamam de “Lar”. Em homoafetivo de maneira escondida ou não dos
face disto, o objetivo deste artigo é compreender seus familiares. Neste contexto, mesmo aqueles
a construção social/histórica da família e o que são assumidos continuam a suportar
discurso excludente da existência de casais calados e diariamente a ideia de moralidade
gays e de conflitos entre estes grupos. Para isso que se entranha nas paredes do lugar que eles
nós iremos descrever algumas características chamam de “Lar”.
destes grupos familiares e identificar como se Entretanto, essa temática ainda necessita
dá o namoro de casais homoafetivos nestes
de mais discussões e do alargamento sobre
contextos. Como metodologia utilizamos uma
o ponto de vista com que é discutida. Assim,
perspectiva bibliográfica. As conclusões parciais
utilizamos nesse trabalho autores/as como
que chegamos foi que mesmo diante de um
Ariès (2006), Costa (2004), Foucault (1988),
modelo familiar hegemônico e excludente, os
Veiga-Neto (2007), Britzman (1996) pois
casais gays possuem como referência social
compreendemos que eles/elas podem ajudar
Educação: Políticas, Estrutura e Organização 4 Capítulo 27 264
nesse estudado mais profundamente se levar em consideração a relevância das
contribuições que trazem para a questão.
Ao aprofundar essa discussão e acrescentar mais pragmatismo à temática,
verifica-se na contemporaneidade que alguns relacionamentos gays convivem
simultaneamente com famílias tradicionais de forma “velada”. Falar sobre isso até pode
ser e/ou parecer para alguns, corriqueiro, passageiro e de pouca importância. Mas o
olhar sobre a realidade, a partir do trabalho reflexivo, talvez possa ser um instrumento
de extrema importância para a compreensão de tais fatos. Neste sentido, fugindo de
uma explicação definitiva sobre o fenômeno, consideramos importante o tratamento
deste porque ele pode ser uma relação de poder estabelecida e conflituosa entre
família e sujeito que se autodenomina “gay”. Tratar deste tema é, além de curioso,
delicado pois incomoda o pensamento moralista da família tradicional brasileira, mas
sobretudo porque demonstra um campo nas relações sociais em constante embate
com a ideia tradicional de moralidade.
Em face disto, o objetivo deste artigo é compreender a construção social/histórica
da família e o discurso excludente da existência de casais gays e de conflitos entre
estes grupos. Para isso nós iremos descrever algumas características destes grupos
familiares e identificar como se dá o namoro de casais homoafetivos nestes contextos.
2 | METODOLOGIA
Com isso buscamos pensar em uma estrutura simples de análise dos textos,
fazendo inferências centrais nas quais buscamos revisitar e refletir ao mesmo passo
em que introduzimos a problemática, aprofundando sua discussão A metalinguagem
3 | RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ainda nessa perspectiva de resgate histórico, outro autor, Jurandir Freire Costa,
trata das concepções sociais e médicas envolvidas com as famílias desde a época
colonial brasileira até os dias atuais. Ele fala que na época colonial a criança era tida
Nunca é demais lembrar que uma prática discursiva não é um ato de fala, não é
uma ação conretae individual de pronunciar discursos, mas é todo um conjunto
de enunciados que “formam o substrato inteligível para as ações, graças ao seu
duplo caráter de judicativo e ‘veridicativo’”. Isso equivale a dizer que as práticas
discursivas moldam nossas maneias de constituir o mundo, de compreendê-lo e
de falar sobre ele. E, ainda que uma prática discursiva dependa da nossa vontade,
essa não é suficiente para gera-la e fazê-la funcionar. (VEIGA-NETO, 2007. p. 93)
No entanto, há uma problemática que merece uma devida atenção. Como analisar
um fato dado como verdadeiro por alguns sujeitos por um lado e por outro lado estes
mesmos fatos são dados como falsos? Nesse empasse parece caber a discussão
sobre a heteronormativade.
A esta verdade não nos referimos simplesmente por uma posição de valorização
do que é verdade ou não, mas mais no sentido de entender os processos que a
formam e as consequências excludentes quando uma verdade sobrepõe outra em
uma relação de poder. Desta forma buscando compreender quais sujeitos estão por
trás de um enunciado, quais os processos que o motivam aparecer e os interesses
que estes vêm neste horizonte discursivo.
Ser homossexual não é fácil. Compreender-se, aceitar-se, assumir-se fazem parte
de um longo e doloroso processo, principalmente quando o indivíduo cresce e vive em
um ambiente familiar tradicional/religioso. Portanto, não é de se surpreender quando
este indivíduo abre-se a uma experiência amorosa e passa a viver em conjunto outro
ser homossexual. Isso é ainda mais complexo quando percebemos uma sociedade
que exclui formas outras de conjugalidade. A população gay não teve por muitos anos
um lugar social no âmbito familiar nem teve um referencial de construção familiar.
Desta forma, os casais homossexuais não possuíam uma visão de vida em união.
Mas, em 2013 com a legalização do casamento gay este cenário começou a mudar. A
partir disso, os direitos da população LGBT foram cada vez mais sendo reconhecidos.
No entanto não podemos esquecer que a cultura ainda é excludente e os casais gays
muitas vezes não são vistos com bons olhos, infelizmente no próprio seio familiar ao
qual cada um está ligado. Defendi (2010) fala que:
4 | CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
ARIÈS, Philippe. História Social da Criança e da Família. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
COSTA, Jurandir Freire. Ordem médica e norma familiar. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2004.
VENTURI, Gustavo; BOKANY, Vilma. Diversidade sexual e homofobia no Brasil. São Paulo:
Fundação Perseu Abramo, 2011.
SANDERS, Gary L. O Amor que Ousa Declarar seu Nome; do segredo à revelação nas afiliações
de gays e lésbicas. In: IMBERBLACK, Evan. Os Segredos na Família e na Terapia Familiar. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1994.
1 | INTRODUÇÃO
Botânica vem do termo grego botané e significa “gras” ou “erva” e foi utilizado
pela primeira vez, no século I, por Dioskorides que definiu Botânica como a ciência
que estuda as plantas. Porém, àquela época a botânica era a ciência que estudava
as plantas úteis ao homem, principalmente, as ervas e forrageiras (BRESINSKY et al,
2012).
Hoje a botânica é a ciência que estuda as plantas em todos os seus aspectos,
sejam eles fisiológicos, morfológicos, ecológicos, evolutivos e especialmente
taxonômicos. As plantas são organismos essenciais para a manutenção da vida
na terra. Segundo Bessa (2011) através da fotossíntese as plantas produzem o seu
próprio alimento, sendo assim, consideradas autótrofas, e geralmente constituem a
base da cadeia trófica. Elas são fundamentais na produção de oxigênio necessário
à sobrevivência de todos os organismos aeróbios, além disso, são exploradas como
fonte de matéria-prima para a produção de móveis, vestimentas, medicamentos, fonte
de energia, alimento, dentre outros.
Apesar da relevância das plantas, o ensino de Botânica atualmente é marcado por
uma série de entraves e dificuldades, não só por parte dos alunos, mas principalmente
pelos professores. Pesquisas realizadas por Amaral (2003), Bitencourt (2009), Oliveira
(2007), Santos (2012) e Silva (2013) revelam que o estudo das plantas é considerado
muito complexo, e que os professores apresentam grande dificuldade na abordagem
dos assuntos, gerando dificuldade de assimilação dos conteúdos pelos alunos. Tais
dificuldades, encontradas pelos professores, de acordo com Silva (2013), deve-se,
na maioria das vezes, à formação que estes receberam durante sua preparação
acadêmica.
O estudo da Ciência torna-se difícil quando os alunos não entendem determinadas
afirmações, desta forma, não há compreensão do conteúdo. A Botânica tem sido parte
destes conteúdos não compreendidos pelos alunos, e é desta forma que a Botânica
encaixa-se no cotidiano dos estudantes e da sala de aula, de modo complexo, e de
difícil compreensão (BIZZO, 2007).
De acordo com Silva (2008) o ensino de Botânica na atualidade, muitas vezes é
feito com base em conteúdos específicos e complexos, listas de nomes científicos e
de palavras totalmente desconhecidos pelos alunos e dificilmente empregadas no seu
cotidiano.
Segundo Ramos (2012), algumas limitações do ensino de Botânica, dentro
do contexto escolar, são ocasionadas por abordagens superficiais e por meio da
2 | METODOLOGIA
O estudo está sendo realizada com 64 alunos da segunda série do ensino médio
de uma escola pública de ensino médio da cidade de Bonito de Santa Fé, Paraíba.
Insere-se no âmbito da pesquisa mista com técnicas de abordagem quantitativas e
qualitativas. Para a execução do estudo planejou-se uma sequência de eventos.
Em um primeiro momento foi realizado um pré-teste através de um questionário
impresso levando em consideração aspectos cognitivos e motivacionais. No segundo
momento foi realizada uma introdução ao estudo da botânica através de aulas
expositivas e dialogadas, em um terceiro momento foram realizados debate sobre a
importância da vegetação da caatinga e a necessidade de sua conservação.
No quarto momento foram realizadas oficinas com técnicas de coleta e
herborização, como fase de preparação para o quinto momento, em que foram
realizados aulas de campo para o registro fotográfico e a coleta de espécies.
A coleta dos ramos foi realizada com o auxílio de estilete e tesoura de poda,
após a coleta, os exemplares foram estendidos em folhas de jornal dobradas ao meio
até o momento de herborização, já a coleta de frutos e sementes foi feita diretamente
do solo ou das plantas, sempre que possível, utilizando sacos plásticos e potes de
plástico e de vidro. Foram utilizadas etiquetas informando a data e local de coleta,
o nome do coletor e caderno de campo com anotações para auxiliar no processo de
identificação. Em sala de aula foi feita a herborização dos espécimes com base nas
técnicas sugeridas e especificadas por Fidalgo e Bononi (1989).
As espécies fotografadas e coletadas durante a aula de campo estão sendo
utilizadas para a montagem de coleções biológicas (Herbário, Carpoteca e Sementeca),
as coleções serão organizadas nas formas físicas que ficarão disponíveis na escola e
na forma virtual que serão disponibilizadas em um blog.
Em um último momento será realizado o pós-teste seguido da análise, tabulação
e divulgação final dos dados da pesquisa.
3 | RESULTADOS E DISCUSSÃO
4 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
AMARAL, R. A. Problemas e limitações enfrentadas pelo corpo docente do ensino médio, da área
de biologia, com relação ao ensino de botânica em Jequié – BA. (Monografia de graduação). UESB/
Jequié, 2003.
BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? 2° ed. São Paulo: Ática, 144 p. 2007.
BRESINSKY A.; KÖRNER C.; KADEREIT J. W.; NEUHAUS G.; SONNENWALD U. Tratado de
botânica de Strasburger. 36ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2012. 1166p.
FIDALGO, O.; BONONI, V.L.R. Técnicas de Coleta, Preservação e Herborização de Material Botânico.
São Paulo: Instituto de Botânica, 1989.
SANTIN, D.; ROZA, N. L. Botânica no ensino médio: uma análise Metodológica com ênfase nas
aulas práticas. 2010. 39 F. Monografia. Universidade Comunitária Regional de Chapecó-Unochapecó,
CHapecó. 2010.
1 | INTRODUÇÃO
2 | METODOLOGIA
Imagem 1. (a) Interação da Escola C durante a dinâmica. (b) Visualização e contato com o
experimento (Escola A).
Fonte: Autoras, 2018.
Nas três escolas visitadas (A, B e C), foi possível observar que os alunos
participantes, mostraram interesse e procuraram compreender as frases que formavam
os “pares ideais”, seguindo determinada lógica, relacionando-as com o cotidiano.
A Escola A (pública, estrutura física regular, ensino regular) teve uma melhora
significativa na compreensão do assunto, foi visto que mesmo com o esforço
do professor, os alunos não buscavam outros meios para compreender, e não
conseguiam visualizar o eletromagnetismo no cotidiano, tivemos como resultados na
primeira dinâmica 60% de acertos, já na segunda obtivemos 100% de aproveitamento,
evidenciando a funcionalidade do método.
Na Escola B (pública, estrutura física adequada, ensino bom), a professora
responsável já buscava outros meios para que sua aula fosse melhor compreendida,
e ainda assim o método aplicado foi visto positivamente, já que durante a segunda
dinâmica, em que as frases eram um pouco mais complexas, os alunos mantiveram a
quantidade (60%) de acertos da primeira dinâmica, que era bem mais simples, deste
modo podemos considerar que o conteúdo foi bem absorvido.
Na Escola C (pública, estrutura boa, ensino ótimo), chegamos ao aproveitamento
total em ambas atividades, 100% de acertos, entretanto houve uma maior confiança
dos alunos no segundo momento. Nesta escola, o professor já usava de métodos
diferenciados e por esse motivo aplicamos uma segunda dinâmica melhor formulada
para os alunos, consistindo em um quebra-cabeça maior, formado por frases e
imagens, e ao invés de pares, separamos a turma em grupos para formação dos
quebra-cabeças. Observe o gráfico 1, das referidas escolas:
4 | CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
Assis, Alice; Teixeira, Odete Pacubi Baierl. Dinâmica Discursiva e o Ensino de Física: análise de
um episódio de ensino envolvendo o uso de um texto alternativo. Disponível em: <https://seer.
ufmg.br/index.php/ensaio/article/view/8164/6119>. Acessado em: 10 de agosto de 2018.
Costa, Luciano Gonsalves; Barros, Marcelo Alves. O Ensino da Física no Brasil: Problemas e
Desafios. Disponível em: <http://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/21042_8347.pdf>. Acessado
em: 10 de agosto de 2018.
Filho, Moacir Pereira de Souza; Boss, Sérgio Luiz Bragatto; Caluzi, João José. Problematização no
Ensino de Tópicos do Eletromagnetismo por meio das Etapas da Psicanálise Bachelardiana.
Disponível em: <http://revista.fct.unesp.br/index.php/Nuances/article/viewFile/1751/1672>. Acessado
em: 10 de agosto de 2018.
Guerra, Andreia; Reis, José Claudio; Braga, Marcos. Uma Abordagem Histórico-filosófica para o
Eletromagnetismo no Ensino Médio. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/
article/viewFile/6433/13267>. Acessado em: 10 de agosto de 2018.
Válio, Adriana Bnetti Marques. Ser protagonista: Física, 3° ano: ensino médio / Adriana Benetti
Marques Válio... [et al.]; organizadora Edições SM; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida
por Edições SM; editora responsável Ana Paula Souza Nani. – 3 ed. – São Paulo; Edições SM, 2016 –
(coleção ser protagonista).
RESUMO: Esse trabalho é parte de um estudo ABSTRACT: This work is part of a broader
mais amplo que teve como objetivo analisar as study aimed at analyzing the skills present
habilidades presentes nas questões das provas in the ENADE test questions of the 2005 and
do ENADE das edições de 2005 e 2008 do 2008 editions of Group I of Engineering, based
grupo I das Engenharias tomando como base on the identification of the CHC theory skills
para a identificação das habilidades a teoria (Cattel, Horn and Carroll) of intelligence and
C.H.C (Cattel, Horn e Carroll) de inteligência e skills. Although the same principles of skill
habilidades. Embora tenham sido aplicados os theory were applied in both tests, the content of
mesmos princípios da teoria das habilidades em the questions revealed some different skill sets
ambas as provas, o teor das questões revelou between the two editions of the test. Considering
alguns conjuntos de habilidades diferentes the percentage of common questions observed
entre as duas edições da prova. Considerando in the groupings, it can be affirmed that both
o percentual de questões em comum observado tests present, in part, the same conceptual
nos agrupamentos, se pode afirmar que ambas structure of abilities; this makes it possible, to a
as provas apresentam, parcialmente, a mesma certain extent, to compare the results obtained
estrutura conceitual de habilidades; isto torna by the students in both tests. From the index of
possível, até certo ponto, realizar a comparação ease / difficulty for each one of the questions
dos resultados obtidos pelos estudantes nas present in the four groupings, whose structure
duas provas. A partir do índice de facilidade/ of abilities appears similarity, a classification
dificuldade para cada uma das questões was made. Although it is possible to establish
presentes nos quatro agrupamentos, cuja similar groupings between the two tests, it is
estrutura de habilidades aparenta similaridade, not possible to accurately verify the student’s
foi feita uma classificação. Embora seja progress in developing the selected skills.
possível estabelecer agrupamentos similares KEYWORDS: Skills, ENADE, Large Scale
entre as duas provas não é possível verificar Exams, CHC Theory, Civil Engineering
1 | INTRODUÇÃO
AS PROVAS
Quadro 1. Distribuição das habilidades da teoria CHC, de acordo com as questões da prova do
ENADE – 2005.
CE = Conteúdo Específico
Para a obtenção dos dados apresentados no Quadro 1 foi realizada uma análise
das habilidades das DCN’s das Engenharias indicadas pela comissão do Grupo I e,
em cada uma das questões, foram destacadas as palavras-chave e realizada uma
estruturação teórica que conceituou alguns processos mentais envolvidos durante a
solução de problemas acadêmicos, permitindo assim a sua identificação. Para essa
conceituação teórica foram utilizados os conceitos apresentados na taxonomia de
Bloom (1956, 1983) sobre os termos relativos ao domínio cognitivo e das operações
de pensamento conceituados por Raths et all. (1977). Assim foram atribuídas
conceituações teóricas das habilidades descritas nas DCN’s das Engenharias e estas
puderam ser comparadas conceitualmente com as habilidades da teoria C.H.C.
Foi possível estabelecer relação entre as habilidades das diretrizes (DCN’s) com
5 habilidades amplas e 11 habilidades específicas da teoria CHC na prova de 2005.
A partir desta classificação as questões das provas foram agrupadas em função das
habilidades (C.H.C) que apresentavam em comum. Os agrupamentos de habilidades
obtidos e suas respectivas questões da prova objetiva do componente específico do
ENADE de 2005 do grupo I das Engenharias são:
1º grupo: Habilidade de leitura e escrita (Grw) = questões 8, 9, 20, 21 e 25.
2º grupo: Habilidade de raciocínio fluido (Gf) + Habilidade de leitura e escrita
(Grw) = questão 10.
3º grupo: Conhecimento específico (Gkn) + Conhecimento quantitativo (Gq) +
Nº do Nº da Indice de Nº do Nº da Indice de
agrupamento questão facilidade agrupamento questão facilidade
8 Fácil 11 Fácil
9 Fácil 14 Difícil
1
1 20 Fácil 15 Médio
21 Fácil 24 Difícil
25 Médio 12 Fácil
2
2 10 Médio 20 Difícil
15 Difícil 28 Médio
6
18 Difícil 32 Difícil
4 23 Médio 13 Médio
26 Difícil 16 Fácil
29 Difícil 17 Difícil
11 Difícil 18 Difícil
13 Fácil 7 19 Difícil
16 Difícil 21 Difícil
17 Difícil 25 Difícil
6
19 Muito difícil 26 Médio
22 Difícil 27 Difícil
28 Difícil
30 Difícil
Tabela 2. Classificação dos índices de facilidade calculados pelo ponto bisserial por
agrupamento de habilidades similares extraídos dos Relatórios Sínteses (ENADE 2005 e 2008).
Obs. Índices extraídos dos quadros 3.2 e 3.3 dos Relatórios Sínteses (INEP, 2005, INEP, 2008).
REFERÊNCIAS
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Mas para isso, é essencial, segundo Cardoso (1996), “a convicção dos professores
de que é necessário mudar as suas práticas em sentidos multiculturais e de que
dispõem de condições e disponibilidade para promoverem mudanças.” (CARDOSO
apud RODRIGUES, p.75). Entende-se, pois, que uma das propostas para que esse
processo de ensino-aprendizagem seja efetivado de maneira mais ampla e igualitária,
o professor precisa modificar suas práticas pedagógicas para que atenda a todos,
sem limitações ou restrições para alguns, precisa-se, pois, de um plano diversificado e
multicultural, que com sua flexibilidade se ajuste às necessidades da turma.
Com esse estudo objetiva-se confrontar e analisar as práticas avaliativas nos
anos iniciais do ensino fundamental numa perspectiva de escolas públicas da zona
rural do município de Curral de Cima-PB.
2 | METODOLOGIA
A pesquisa foi realizada com duas professoras dos quartos e quintos anos do
ensino fundamental da zona rural, que serão referenciadas ao longo do trabalho como
P1 e P2, estando, respectivamente lotadas na Secretaria de Educação do município de
Curral de Cima, Paraíba, na Escola Municipal de Ensino Fundamental João Raimundo
e Escola Municipal Jacy Rego Barros. Para tal, utilizou-se uma pesquisa de campo,
onde as professoras responderam a um questionário composto por 7 (sete) questões
discursivas (conforme anexo), para que assim pudessem não apenas responder
objetivamente mas expor suas opiniões a respeito de cada questão. Sendo, pois,
considerada uma pesquisa descritiva. Prevaleceu-se o método qualitativo, visto que,
3 | RESULTADOS E DISCUSSÕES
Por muito tempo tem se discutido sobre práticas avaliativas em sala de aula,
criticando-se o método tradicional de aplicar provas e testes sem considerar os
conteúdos ministrados em sala de aula nem valorizar os conhecimentos prévios dos
alunos e suas opiniões. Santos e Canen (2014) ressaltam que:
Outro ponto que levantou polêmica, por não ser um consenso, foi o que ressalta
a exclusão daqueles que “não conseguem aprender”, representados por aqueles
alunos com dificuldade de aprendizagem, repetentes, alunos com defasagem
idade-série e evadidos, que consequentemente “fracassam” e acabam por ser
expulsos da escola, mas, no entanto, não são identificados pelos educadores como
um grupo de excluídos. (XAVIER; CANEN apud SILVA, PRIMÃO e ALEXANDRE,
2012, p. 297).
4 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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criança de seis anos de idade/organização do documento: Jeanete Beauchamp, Sandra Denise
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PRIMÃO, Juliana Cristina Magnani; SILVA ,Ana Maria Nunes da & ALEXANDRE Ivone Jesus
.MULTICULTURALISMO E EDUCAÇÃO: desafios para o educador. Eventos Pedagógicos v.3, n.2,
p. 291 - 300, Maio – Julho, 2012
SANTOS, Ana Paula Silva & CANEN, Ana. Avaliação Escolar Para a Aprendizagem:
possibilidades e avanços na prática pedagógica. Meta: Avaliação | Rio de Janeiro, v. 6, n. 16, p.
53-70, jan./abr.,2014 .