Livro O Ser Consciente Joanna de Angelis
Livro O Ser Consciente Joanna de Angelis
Livro O Ser Consciente Joanna de Angelis
CONSCIENTE
Por Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Franco
Série Psicológica
Volume 5
1
ÍNDICE
O Ser Consciente
PRIMEIRA PARTE - A QUARTA FORÇA
CAPÍTULO 1 - A quarta força
CAPÍTULO 2 = Definição e conceito
CAPÍTULO 3 = O homem psicológico maduro
CAPÍTULO 4 = Modelos e paradigmas
CAPÍTULO 5 = A nova estrutura do ser humano
SEGUNDA PARTE - SER E PESSOA
CAPÍTULO 6 = A pessoa
CAPÍTULO 7 = Fatores de desequilíbrio
CAPÍTULO 8 = Condições de progresso e harmonia
TERCEIRA PARTE - PROBLEMAS E DESAFIOS
CAPÍTULO 9 = Êxito e fracasso
CAPÍTULO 10 = Dificuldades do ego
CAPÍTULO 11 = Neurose
QUARTA PARTE - FATORES DE DESINTEGRAÇÃO DA PERSONALIDADE
CAPÍTULO 12 = Autocompaixão
CAPÍTULO 13 = Queixas
CAPÍTULO 14 = Comportamentos exóticos
QUINTA PARTE - PROBLEMAS HUMANOS
CAPÍTULO 15 = Problemas Humanos
CAPÍTULO 16 = Gigantes da alma - Ressentimento, ciúme e Inveja
CAPÍTULO 17 = Necessidade de valorização
CAPÍTULO 18 = Padrões de comportamento: mudanças
SEXTA PARTE – CONDICIONAMENTOS
CAPÍTULO 19 = O bem e o mal
CAPÍTULO 20 = Paixão e libertação psicológica
CAPÍTULO 21 = Enfermidade e cura
SÉTIMA PARTE - A CONQUISTA DO SELF
CAPÍTULO 22 = A Conquista do SELF
CAPÍTULO 23 = Mecanismos de fuga do ego
CAPÍTULO 24 = Medo e morte
CAPÍTULO 25 = Referenciais para a identificação do si
OITAVA PARTE - SILÊNCIO INTERIOR
CAPÍTULO 26 = Silêncio Interior
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CAPÍTULO 27 = Desidentificação
CAPÍTULO 28 = Libertação dos conteúdos negativos
CAPÍTULO 29 = O Essencial
NONA PARTE - A FELICIDADE
CAPÍTULO 30 = Prazer e gozo
CAPÍTULO 31 = Felicidade em si mesma
CAPÍTULO 32 = Condições de felicidade
CAPÍTULO 33 = Plenificação pela felicidade
DÉCIMA PARTE - CONQUISTA DE SI MESMO
CAPÍTULO 34 = O homem consciente
CAPÍTULO 35 = Ter e ser
CAPÍTULO 36 = A conquista de si mesmo
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O SER CONSCIENTE
1 - A QUARTA FORÇA.
2 - DEFINIÇÃO E CONCEITO
4 - MODELOS E PARADIGMAS
(*) Questão 621 de O Livro dos Espíritos de Allan Kardec. - Nota da Autora
espiritual.
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6 - A PESSOA
Boécio, poeta e filósofo da decadência romana, nos séculos 5º e 6º, definiu a pessoa
como constituída por uma substância individual de natureza racional.
A filosofia, através dos séculos, buscou demonstrar que a pessoa é distinta do
indivíduo e do ser psicofísico, o que deu margem a considerações demoradas por
pensadores e escolas variadas. Santo Tomaz de Aquino, por exemplo, preferiu seguir o
conceito de Boécio, que teve muita influência significativa durante a Idade Média,
enquanto Emmanuel Kant se apoiou em conteúdos mais profundos, quando da análise da
pessoa em si mesma.
Do ponto de vista psicológico, a pessoa é um ser que se expressa em múltiplas
dimensões, desde os seus conteúdos humanista, comportamentalista e existencial, a
novos potenciais que estruturam o ser pleno.
A PSICOLOGIA OCIDENTAL, diferindo da oriental, manteve o conceito de pessoa
nos limites berço-túmulo com uma estruturação transitória, enquanto a outra sustenta a
idéia de uma realidade transcendente, embora a sua imanência na expressão da forma e
relatividade corporal.
Os estudos transpessoais, incorporando as teses orientais, consideram a pessoa um
ser integral, cujas dimensões podem expressar-se em várias manifestações, quais a
consciência, o comportamento, a personalidade, a identificação, a individualidade, num
ser complexo de expressão trinária.
Não apenas o corpo, o ser psicofísico, porém, a matéria — efeito —, o perispírito —
modelo organizador biológico — e o espírito — a individualidade eterna.
Não pretendemos inovar modelos, antes resumir correntes e apresentar uma
síntese.
A visão transpessoal espírita, porque completa, elucida os inúmeros fenômenos
paranormais de natureza anímica e mediúnica que caracterizam a existência humana.
concedendo-lhe dinâmica imortalista e conteúdo de significado, de causalidade.
A pessoa, observada do ponto de vista imortal, é preexistente ao corpo, e sua
origem perde-se nos milênios passados do processo evolutivo, desenvolvendo se fiel a
uma fatalidade que se manifesta em cada experiência corporal — reencarnação — como
aquisição de novos implementos, faculdades e funções que tangenciam ao crescimento e
à felicidade.
A pessoa sintetiza, quando corporificada, as dimensões várias que lhe cumpre
preservar e aprimorar, facultando o desabrochar de recursos que lhe fazem embrionários
e são essenciais ao seu existir.
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A CONSCIÊNCIA
Jung definiu a consciência como a relação dos conteúdos psíquicos com o ego, na
medida em que essa relação é percebida como tal pelo ego.
A complexidade, no entanto, das conceituações de consciência, nem sempre
responde aos conteúdos de que se constitui.
Para entendê-la, é necessário situá-la além dos limites do sono, do sonho, do delírio,
e estabelecê-la como condição de ótima ou lúcida, na qual os episódios psicóticos cedem
lugar à normalidade, ao discernimento, ao equilíbrio gerador de harmonia.
A PSICOLOGIA TRADICIONAL, aferrada ao organicismo ancestral, prefere ignorar
os elevados níveis de consciência, nos quais os estados alterados transcendentes
facultam a visão dilatada da realidade, sem os limites do real aceito, do real psicótico, do
real em sonho.
As experiências nas diversas áreas de consciência alterada, conseguidas por
substâncias psicodélicas ou através de meditação profunda, ao invés de revelarem
situações patológicas, abrem perspectivas fascinantes para terapias liberadoras e que
proporcionam dilatação do conhecimento e do sentido mais amplo da vida.
A PSICOLOGIA FILOSÓFICA do oriente sempre proporcionou os estados de
plenitude e nirvana, ensejando a superação dos limites do estágio de normalidade,
através de transes e da contemplação profunda.
A consciência adquirida — a perfeita identificação do conhecimento e do fazer, do
saber e do amar — faculta a ampliação das próprias possibilidades para penetrar em
dimensões metafísicas, onde outras realidades são bases do ser pessoal.
O COMPORTAMENTO
A PERSONALIDADE
A IDENTIFICAÇÃO
A INDIVIDUALIDADE
7 - FATORES DE DESEQUILÍBRIO
O AMOR
A ANGÚSTIA
O RANCOR
O ÓDIO
Enquanto a criatura não se despoja dos artifícios com que se oculta, evitando
desnudar-se em uma atitude infantil repressiva, qualquer tentame exterior para o
progresso e a harmonia resulta inócuo, quando se não torna perturbador.
Ninguém é culpado conscientemente de ser frágil, fragmentário, ocorrências naturais
do processo de evolução. Não obstante, a permanência na postura denota imaturidade
psicológica ou manifestação patológica do comportamento.
Quando alguém aspira por mudanças para melhor, irradia energias saudáveis, do
campo mental, que contribuem para a realização da meta. Mediante contínuos esforços,
direcionados para o objetivo, cria novos condicionamentos que levam ao êxito, como
decorrência normal do querer.
Nenhum milagre ou inusitado ocorre, nessa atitude que resulta do empenho
individual.
O AUTODESCOBRIMENTO tem por finalidade conscientizar a pessoa a respeito do
que necessita, de como realizá-lo e quando dar início à nova fase. Acomodada aos
estados habituais, não se dá conta das incalculáveis possibilidades que lhe estão ao
alcance, bastando-lhe apenas dispor-se a desdobrá-las.
O AUTOENCONTRO pode ser logrado através da meditação reflexível, do esforço
para fixar a mente nas idéias positivas, buscando saber quem se é, e qual a finalidade da
sua existência corporal e do futuro que a aguarda.
Equipada de honesto desejo de eqüacionar-se, a ESFINGE perturbadora atira-se ao
mar do discernimento e desaparece, deixando o indivíduo livre seguir, sem a maldita
fatalidade de ser desditoso.
A consciência liberta-o das heranças paterno-maternais, produzindo o conhecimento
lúcido e benéfico, que se torna FILHO capaz de conduzi-lo pelos caminhos da vida, sem a
imposição caprichosa do deus-destino.
Ao lado da meditação, encontra-se a ação solidária no concerto social, que alarga as
possibilidades no campo onde se movimenta e promove o ser profundo, limpando-o dos
caprichos do EGO e liberando-o das arbitrárias injunções limitadoras, angustiantes.
O intercâmbio social com objetivos fraternais rompe as amarras do medo, dando
outra dimensão à afetividade — sem apego, sem paixão, sem desejo, sem neurose —,
facultando a harmonia pessoal — sem ansiedade, sem conflito, sem culpa —, ensejando
saúde mental e emocional indispensáveis à física.
As condições do progresso e harmonia do eu real propõem um estudo das virtudes
evangélicas, uma releitura dos seus fundamentos e posterior aplicação na conduta
pessoal.
Amor indistinto, manifestando-se em todas as expressões e começando por si
próprio, com segurança de propósitos, metas e realizações, é o passo inicial da fase
nova, ao lado do perdão liberador de ressentimentos, desgosto e inferioridade geradora
de reações de violência ou de depressão com caráter autopunitivo.
Na visão transpessoal, o progresso e a harmonia são conquistas internas do ser
humano, que se exteriorizam como entendimento da vida e atração por ela, num
empenho incessante de crescer e jamais cansarse, saturar-se ou desistir.
O progresso é fatalidade da vida, e a harmonia resulta da consciência desperta para
a conquista da sua plenificação.
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9 - ÊXITO E FRACASSO
Certamente, a criatura deve possuir e dispor de recursos necessários para uma vida
saudável, consentânea com o grupo social no qual se encontra. No entanto, o êxito não
pode ser medido em contas bancárias, prestígio na comunidade e destaque político. Da
mesma forma, não é factível definir-se por fracasso a ausência desses troféus.
Os homens e mulheres plenos, vitoriosos de todos os tempos, venceramse,
completaram-se e, sem qualquer tipo de conflito, optaram pela realização interior,
respeitando todas as aspirações e direitos dos demais indivíduos, porém, a eles próprios
impondo-se a auto-realização que lhes propiciou saúde — mesmo quando enfermos —,
felicidade — embora perseguidos algumas vezes — e êxito — isto é, a vitória no que
anelavam, apesar de levados ao martírio.
A visão transpessoal do êxito e do fracasso está ínsita na pessoa interior, real, a
criatura harmonizada consigo mesma, com as outras pessoas, com a natureza e a vida.
Êxito é encontro, enquanto fracasso é domínio pelo ego.
O êxito gera paz, e o fracasso inquieta.
Auto-analisando-se, cada qual se descobre, assim dando-se conta do triunfo ou do
insucesso, podendo recomeçar para alcançar o êxito, nunca o fracasso.
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10 - DIFICULDADES DO EGO
O tormento se lhe faz tão pungente e perturbador que, em determinadas áreas das
artes, criou-se o brocardo: QUE SE FALE MAL DE MIM, MAS QUE SE FALE, numa
asseveração de que a evidência lhes preenche o ego, mesmo quando é negativa.
A Psicologia Transpessoal, diante de tal estado, propõe uma revisão dos conteúdos
da personalidade, do ego, estabelecendo, como fator essencial no processo da busca da
saúde, a conquista do ser pleno, realizador, identificando-se preexistente ao corpo e a ele
sobrevivente, sem o que a vida se lhe torna, realmente, um sofrimento inevitável.
Nas faixas da evolução mais densa, em que estagia a grande mole humana, o
sofrimento campeia, por ser uma forma de malho e de bigorna que trabalham o indivíduo,
nele insculpindo o anjo e arrancando-lhe o demônio do primitivismo aí predominante.
Ciúme, ressentimento, inveja, ódio, maledicência e um largo cortejo de emoções
perturbadoras são os filhos diletos do ego, que deseja dominação e, na ânsia de
promover-se, nada mais logra do que projetar a própria sombra, profundamente
prejudicial, iníqua.
A superação dessa debilidade moral, dessa imaturidade psicológica ocorrerá,
quando o paciente, de início, VIGIAR AS NASCENTES DO CORAÇÃO, conforme propôs
Jesus, o Psicoterapeuta Excelente, realizando um trabalho de crescimento emocional e
uma realização pessoal plenificadores.
Qualquer escamoteamento da situação mórbida constitui risco para o
comportamento, face aos perigos que são produzidos pelos problemas do EGO
dominador.
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11 - NEUROSE
que o desagradem. Quando ele não encontra um responsável próximo e direto, apela
para a figura do abstrato coletivo: a sociedade, o governo, Deus...
Os estados neuróticos são profundamente inquietadores e desarmonizam o
psiquismo humano, necessitando receber conveniente terapia, bem como perseverante
esforço de recomposição psicológica.
Aprofundando-se a sonda da inquirição na psicogênese dos fenômenos neuróticos,
defrontar-se-ão as CAUSAS REAIS na conduta anterior do paciente, que atrelou a
consciência a comportamentos desvariados e passou injustamente considerado,
recebendo simpatia e amizade dos amigos e conhecidos, quando deveria haver sido
justiçado, transferindo os receios e inseguranças, que permaneceram camuflados por
aparência digna para a atual reencarnação, na qual assomam do inconsciente profundo
as culpas e os conflitos que ora se manifestam como processos reparadores.
Eis por que, ao lado das neuroses, surgem episódios de obsessão espiritual que
agravam a débil constituição do enfermo, empurrando-o para processos longos de
loucura.
Assim ocorre, porque as vítimas das suas ações ignóbeis morreram, porém não se
consumiram, e porque prosseguiram vivendo, reencontram, por afinidade de consciência
de dívida-e-cobrança, os adversários, inflingindo-lhes então maior soma de aflições, a
princípio telepaticamente, depois sujeitando-os pelo controle mental e, ainda, mais tarde,
de natureza física, quando ocorrem as subjugações lamentáveis.
A consciência inquieta, que reflete na psicologia do indivíduo os estados neuróticos,
encontra-se vinculada a acontecimentos pretéritos, negativos, quão infelizes.
As moléstias, particularmente na área psíquica, instalam-se, por serem DOENTES
DA ALMA os seus portadores.
Toda terapia liberativa deve ter como recurso de auxílio a renovação moral do
paciente, sua reeducação através das disciplinas espirituais da oração, da meditação, da
relevante ação caridosa, por cujo meio ele se lenifica e se apazigua com aqueles que o
odeiam e consigo mesmo, por constatar a excelência da própria recuperação.
Lentamente, a Psicologia Transpessoal identifica esses seres — personalidades
anômalas, dúplices, etc. — que interferem no comportamento das criaturas humanas e as
perturbam, não sendo outros, senão, as almas dos homens que antes viveram na Terra e
permanecem vivos.
Como terapia preventiva a qualquer distúrbio neurótico, a auto-análise freqüente,
com o exame de consciência correspondente, DESIDENTIFICANDO-SE DAS MATRIZES
PERTURBADORAS do passado, e abrindo-se às realizações de enobrecimento no
presente, com os anseios da conquista tranqüila do futuro.
Certamente, conhecendo a etiopatogenia das enfermidades em geral, Jesus
asseverou: A cada um segundo as suas obras...
Atuar sempre com segurança após saudável reflexão, pensar com retidão e viver em
paz consigo mesmo, representam o mais equilibrado e expressivo caráter psicológico de
criatura portadora de saúde mental.
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12 - AUTOCOMPAIXÃO
13 - QUEIXAS
14 - COMPORTAMENTOS EXÓTICOS
A exibição não é apenas uma forma de assumir o estado interior, psicológico, mas,
também, de chocar, em evidente revolta contra o equilíbrio mente-corpo, emoção-função
fisiológica...
Por extensão, a compulsão psicótica leva-o à extroversão exagerada, em todas as
formas da sua comunicação com o mundo exterior, pondo para fora os conflitos,
mascarados em expressões que lhe parecem afirmar-se perante si mesmo e as demais
pessoas.
Outrossim, algumas dessas personalidades exóticas fazem-se isoladas onde quer
que se encontrem, evitando o relacionamento com o grupo, em postura excêntrica, de
natureza egoísta.
Exigem consideração, que não dispensam a ninguém; auxílio, que jamais retribuem;
gentilezas, que nunca oferecem, sendo rudes, mal-humorados, insensíveis e
presunçosos.
Essa é uma fase adiantada do comportamento exótico, que exige mais acentuada
terapia de profundidade.
Nesse estágio da conduta, os sonhos são-lhes caracterizados pela necessidade
tormentosa de conseguirem a realização plenificadora, que não atingem.
Devaneios íntimos povoam-lhes o campo onírico, referto de transtornos e pesadelos,
que mais os inquietam quando no estado de consciência lúcida.
Os fatos da infância ressurgem-lhes fantasmagóricos, e a IMAGEM DA MÃE,
excessivamente dominadora ou tragicamente benévola, que transferiu para o rebento
suas frustrações e nele passou a realizar-se, anelando para a felicidade do ser querido
tudo aquilo quanto não fruiu, neurótica, portanto, na sua estrutura maternal.
A psicoterapia deve apoiar-se na busca da conscientização do paciente, para que
assimile novos hábitos, empenhando-se em harmonizar a sua NATUREZA INTERIOR
com a sua REALIDADE EXTERIOR, exercitando-se no convívio social sem a tentação de
destacar-se, sendo pessoa comum, identificada com os objetivos normais da vida, que
escolherá conforme as próprias aptidões, trabalhando com esforço a modelagem da nova
personalidade.
O desenvolvimento da criatividade contribui para o ajustamento da personalidade ao
equilíbrio, gerando o enriquecimento interior, que anulará os condicionamentos viciosos.
Sem dúvida, o acompanhamento do psicólogo assim como do analista atentos lhe
propiciará o encontro com o eu profundo e seus conteúdos psíquicos, liberando-se das
heranças neuróticas e dos condicionamentos psicóticos.
O homem e a mulher saudáveis têm comportamento ético, sem pressão, e tornam-
se comuns, sem vulgarizarem-se.
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15 - PROBLEMAS HUMANOS
16 - GIGANTES DA ALMA
Envolto na pequenez das aspirações egóícas, o ser move-se sob as injunções das
necessidades de projeção da imagem, por sentir-se incapaz de superar a sombra,
manifestando a força do eu real, imagem e semelhança de Deus.
Gerado para alcançar o Infinito e a Consciência Cósmica, é deus em germe, que as
experiências evolutivas desenvolvem e aprimoram.
O ego, projetando-se em demasia, compõe os quadros de aflição em que se refugia
e, negando-se a lutar, desenvolve os fantasmas gigantes que o protegem, quais
cogumelos venenosos que desabrocham em terrenos úmidos e férteis, medrando no seu
psiquismo atormentado e passando ao domínio escravizador.
Entre os terríveis gigantes da alma, que têm predomínio em a natureza humana,
destacam-se: os RESSENTIMENTOS, os CIÚMES e as INVEJAS que entorpecem os
sentimentos, açulam a inferioridade e terminam por vencer aqueles que os vitalizam, caso
não se resolvam enfrentá-los com hercúlea decisão e pertinaz insistência.
RESSENTIMENTO
CIÚME
INVEJA
alcançar a saúde ideal, que lhe facultará a perfeita compreensão dos mecanismos da vida
e as diferenças entre as pessoas, formando um todo holístico na Grande Unidade.
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17 - NECESSIDADE DE VALORIZAÇÃO
religiosos... Em todos eles existem regras estatuídas pelo EGO, para uma boa
apresentação, que quer significar engodo, em detrimento do eu profundo ao processo de
constantes mudanças e crescimentos.
Nos comportamentos sociais estão estabelecidas as regras do bom-tom, para deixar
e transmitir impressões agradáveis, compensadoras.
As pessoas submetem-se às pequenas ou grandes regras da etiqueta, do convívio
social, sempre preocupadas em dissimular os sentimentos, de modo que produzam os
resultados adrede esperados.
Convive-se com indivíduos em muito encontros sociais, permanecendo, no entanto,
todos desconhecidos entre si.
O comportamento cultural reúne as aquisições intelectuais, artísticas, desportivas,
mediante as quais a exibição do EGO gera constrangimentos perturbadores, às vezes
despertando fenômenos competitivos e de presunção lamentável, em total desrespeito
pelo si, pela pessoa humana real.
As preocupações financeiras de promoção egóica comprazem o indivíduo pela
exposição desnecessária do desperdício e da dissolução, provocando estados auto-
obsessivos-compulsivos de ser-se o maior, o mais extravagante, o de mais larga renda...
Logo após, nos raros momentos de auto-encontro, surgem-lhe as depressões, que
são asfixiadas sob a ação dos alcoólicos, das drogas aditivas, da auto-emulação
exibicionista com que foge da realidade interna para lugar nenhum.
O comportamento moral está sujeito aos imperativos legais, estabelecidos conforme
o imediatismo dos interesses de grupos e legisladores, às vezes desavisados, que
pensam mais em seus prazeres do que no bem geral da comunidade que lhes paga para
a servir...
Elaborando leis, desincumbindo-se do que lhes é dever, muitos desses homens
públicos, insensatos, dão a impressão de que estão realizando algo extraordinário, que os
sacrifica, e não aquilo para o que são regiamente remunerados.
Apóiam-se, então, em comportamento moral-social de tendências egoísticas, sem
qualquer consideração para com a vida.
Na área do comportamento religioso, inúmeras imposições castradoras contribuem
para condutas falsas, sem qualquer consideração pelos fundamentos das Doutrinas que
se devem pautar pelos processos de libertação das consciências, e não de
apavoramento, de pressão, de hipocrisia, de discriminação.
Jesus conclamou os Seus seguidores À BUSCA DA VERDADE QUE LIBERTA, em
cujo comportamento se fundem o EGO e o eu, numa formulação de amor sem máscaras
e sem conflitos.
Os padrões de comportamento normalmente se fixam em diretrizes que não
atendem à realidade do ser, geralmente mutilado nas suas aspirações nobres de vida, nos
relacionamentos dignos, confiantes, saudáveis...
A certeza da imortalidade da alma abre um elenco de comportamentos autenticados
pela educação espiritual na busca do vir-a-ser, do transformar-se, do encontrar o Outro,
como propunha Kierkegaard, o filósofo e teólogo existencialista...
O Outro, que facilita o diálogo, Deus, é a Fonte que se deve buscar para atingir a
plenitude, a felicidade existencial.
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MUDANÇAS
19 - O BEM E O MAL
21 - ENFERMIDADE E CURA
Não nos referimos aqui aos quesitos das necessidades morais e sociais, detendo-
nos, apenas, naqueles pertinentes à saúde e à doença.
Esses quadros das ações morais geram as reações correspondentes, como LEIS
DE CAUSA E EFEITO, propelindo a resgates idênticos aos danos e prejuízos produzidos.
Conhecidos esses efeitos como CARMA, também esse pode ser positivo e
edificante conforme as realizações anteriores, que propiciem felicidade e paz.
Vulgarmente, porém, o conceito de CARMA passou a ser aceito como imperativo
afugente e reparador, a que ninguém foge, por efeito das suas más ações. Entretanto,
esse carma, quando provacional, tem a liberá-lo o livrearbítrio daquele que o padece,
como através do mesmo pode mais encarcerarse, a depender do novo direcionamento
que lhe ofereça.
As realizações morais geram energias positivas que anulam aquelas negativas, que
propiciam o sofrimento de qualquer natureza, ensejando estímulos para a superação das
antigas conjunturas atormentantes.
Sujeito, por espontânea escolha, ao CARMA negativo, o ser expressa, além dos
problemas na área da saúde, conflitos diversos na emoção, no comportamento, a
surgirem como complexo de culpa (inconsciente), timidez, medo, ansiedade,
insegurança... Ao mesmo tempo, autodesvalorização, ausência da auto-estima, presença
de outros complexos, como os de superioridade, de inferioridade, narcisismo, de Édipo,
de Eletra, e mais outros, gerando patologias graves que, não obstante, podem ser
superadas mediante terapias especializadas e grande esforço pessoal.
No vasto quadro das enfermidades, a ausência do auto-amor do paciente responde
pela desarmonia que o aflige. Nem sempre essa manifestação é consciente, estando
instalada nos seus refolhos como forma de desrespeito, desconfiança e mágoa por si
mesmo, defluentes das ações infelizes pretéritas.
Quando uma doença se instala no organismo físico há uma fissura no conjunto
vibratório que o mantém. A mente deve então ser acionada de imediato para corrigir tal
distúrbio, de modo a propiciar-se a saúde.
Quase sempre, porém, os tóxicos da ira, da rebeldia e do ressentimento são
introjetados no organismo, agravando mais a paisagem afetada.
Quase sempre inseguro, o ser considera que não merece o que lhe ocorre agora e
teme pelo agravamento do mal, que se lhe transforma em problema afugente, ao qual
acrescenta os fantasmas da dúvida, do aturdimento, do desamor cultivado sob muitos
disfarces.
A AMORTERAPIA tem as suas diretrizes firmadas no ensinamento evangélico,
proposto por Jesus, quando estabeleceu: — Amar a Deus sobre todas as coisas e ao
próximo como a si mesmo, como a si mesmo é um imperativo que não pode ser
confundido com o egoísmo, ou o egocentrismo, mas com o respeito e direito à vida, à
felicidade que o indivíduo tem e merece. Trata-se de um amor preservador da paz, do
culto aos hábitos sadios e dos cuidados morais, espirituais, intelectuais para consigo
mesmo, sem o que, a manifestação do amor ao próximo é transferência da sua sombra,
da sua imagem (fracassada) que logo se transforma em decepção e amargura, ou a
Deus, a Quem não vê, tudo dEle esperando, ainda como mecanismo de fuga da
responsabilidade.
O AUTO-AMOR induz à elevação dos sentimentos e à conquista de valores éticos
que promovem o indivíduo e o iluminam interiormente, Nele estão os cuidados pelo corpo
e sua preservação através dos recursos ao alcance, estimulando órgãos e células a um
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22 - A CONQUISTA DO SELF
COMPENSAÇÃO
Foi o admirável pai da Psicanálise individual, Alfred Adler, quem, percebendo que um
órgão deficitário é substituído pelo seu par — um pulmão enfermo ou um rim doente —,
estabeleceu que ocorre uma compensação correspondente na área psicológica.
Grandes ases da cultura física tornaram-se atletas, porque buscaram compensar a
fragilidade orgânica, ou algum limite, entregando-se a extenuantes exercícios que lhes
facultaram alcançar as metas estabelecidas. O mesmo ocorre nas artes, na ciência com
muitos dos seus paladinos.
Essa compensação se enraíza nos fulcros de algum conflito, nos leva a exagerar
determinada tendência como fenômeno inconsciente que nos demonstra o contrário.
O excesso de devotamento a uma causa ou idéia é a compensação ao medo
inconsciente de sustentá-lo.
O fanatismo resulta da insegurança interior, não consciente, pela legitimidade
daquilo em que se pensa acreditar, desse modo compensando-se.
Há sempre um exagero, um superdesenvolvimento compensador, quando, de forma
inconsciente se estabelece um conflito, por adoção de uma crença em algo sem
convicção.
O excesso de pudor, a exigência de pureza, provavelmente são compensações por
exorbitantes desejos sexuais reprimidos e anelos de gozos promíscuos, vigentes no ser
profundo.
Sem dúvida, não se aplica à generalidade das pessoas corretas e pudicas, mas
àquelas que se caracterizam pelo excesso, pela ênfase predominante que dão a essas
manifestações naturais.
Na compensação ocorre a formação de reação, que responde pela necessidade de
um efeito psicológico contrário.
Desse modo, as atitudes exageradas em qualquer área camuflam desejos
inconscientes opostos.
Nessa compensação psicológica, o EGO exarcerbado está sempre correto e, sem
piedade pela fragilidade humana, exprime-se dominador, superior aos demais, que não
raro persegue com inclemência.
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Na distorcida visão egóica, a sua é sempre a postura certa, por isso exagera para
sentir-se aliviado da tensão decorrente da incoerência entre o EGO presunçoso e o eu
debilitado.
A COMPENSAÇÃO SUBSTITUTA — uma deficiência orgânica propele o indivíduo a
destacar-se noutra área da saúde, sobrepondo a conquista de realce ao fator de limite —
também transfere-se para o campo emocional, e o conflito de ordem psicológica cede
lugar ao desenvolvimento de uma outra faculdade ou expressão que se pode destacar,
anulando, ou melhor dizendo, escamoteando o ocasional fenômeno perturbador.
Graças a COMPENSAÇÃO SUBSTITUTA o EGO se plenifica, embora tentando
ignorar o desequilíbrio que fica sob compressão, reprimido. Todavia, todo conflito não
liberado retorna e, se recalcado, termina por aflorar com força, gerando distúrbios mais
graves.
A COMPENSAÇÃO EGÓICA é, sem dúvida, um engodo que deve ser elucidado e
vencido.
Cada criatura é o que consegue e, como tal, cumpre apresentar-se, aceitar-se, ser
aceito, trabalhando pelo crescimento interior mediante catarse, consciente dos conflitos
degenerativos.
Todo esse mecanismo de evasão da realidade e mascaramento do EGO torna a
pessoa inautêntica, artificial, desagradável pelo irradiar de energias repelentes que
causam mal-estar nas demais.
DESLOCAMENTO
mecanismo é de fácil identificação, pois que o EGO procura uma vivência de qualquer
acontecimento sem sentido, para ocultar um grave problema que não deseja enfrentar
conscientemente.
Essa reação pode decorrer, também, de um ambiente hostil no lar, onde a pessoa se
acostumou a deslocar os sentimentos que cultivou, na convivência doméstica, e não
deseja reconhecer como de natureza agressiva.
Somente uma atitude de auto-reflexão consegue despertar o indivíduo para a
aceitação consciente do seu SELF, sem disfarce do ego, não deslocando reações para
outrem e lutando contra as perturbações psicológicas.
PROJEÇÃO
INTROJEÇÃO
A pessoa introjeta-se na vida dos heróis aos quais ama e com quem se identifica,
aceitando ser parecida com eles. Assume-lhes a forma, os hábitos, os traquejos e
trejeitos, o modo de falar e de comportar-se...
Pode acontecer também que se adote o comportamento infeliz de personagens dos
dramas do cotidiano, das películas cinematográficas, das telenovelas, das tragédias
narradas pelos periódicos.
Na atualidade, ao lado dos inúmeros vícios sociais e dependências dos alcoólicos,
tabaco e drogas outras, há, também, a dependência das telenovelas, mediante as quais
as personagens, especialmente as infelizes, são introjetadas nos telespectadores
angustiados.
Essa morbidez deve ser liberada e o indivíduo tem a necessidade, que lhe cumpre
atender, de assumir a realidade interior, identificando-se numa harmoniosa combinação
entre o SELF e o EGO, mantendo o equilíbrio emocional através do exercício de
autodescobrimento, eliminando as ilusões, os romances imaginários, pois que tais
mecanismos de fuga, não obstante o momentâneo prazer que dispensam, terminam por
alienar o ser.
RACIONALIZAÇÃO
Somente uma vontade severa e nobre, exercendo sua força sobre os mecanismos
de evasão, para preservar o equilíbrio entre a razão e o intelecto com a emoção do bem e
do justo, propondo o ajustamento psicológico do ser.
Fora disso, tais mecanismos de camuflagem da realidade conduzem à alienação, ao
sofrimento.
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24 - MEDO E MORTE
26 - SILÊNCIO INTERIOR
A única maneira de lográ-lo, é viajar para dentro de si, domando a mente irrequieta
— que os orientais chamam o “macaco louco que salta de galho em galho” — e induzi-la
à reflexão, ao autodescobrimento.
Há quem tema a quietude, porqüanto, ao dar-se esta, ocorre a libertação do EGO e
o ser se ilumina.
Todos somos escravos da mente.
O Universo existe em razão daquele que o observa, da mente que o analisa, da
percepção com que o abarca.
Aquele cuja mente não dispõe de tirocínio e lucidez, não se dá conta da realidade,
que para ele tem outros conteúdos e significados.
Face a tal conduta, fala e produz ruído. É nobre e útil quando se comunica e, no
entanto, torna-se grandioso se consegue viver em silêncio mental.
Os conteúdos psíquicos em relação ao EGO, quando captados por este, constituem
a consciência lúcida, e o silêncio torna-se de grande importância para essa conquista.
O silêncio interior é feito de paz e completude, quando o ser compreende o
significado da sua vida e a gravidade da sua conduta em relação aos demais membros
que formam o Cosmo.
A Ciência hoje une-se à Religião — trata-se de uma perfeita identificação do EGO e
do EU, do Logos e de Eros — vinculando-se uma à outra, passando a contribuir para a
felicidade humana sem enfrentamentos, qual ocorreu outrora através dos antagonismos
absurdos.
Até aqui a Ciência vinha trabalhando apenas pelo conhecimento, enquanto a
Religião buscava somente religar a criatura ao Criador, marchando separadas e em
oposição.
A Psicologia Transpessoal, estudando os estados alterados de consciência, indo
além da consciência em si mesma, facultou a união das técnicas místicas do oriente com
a razão do ocidente, favorecendo o entrosamento de Eros e Logos a benefício da
individuação plena do ser.
Marcham, vinculadas, agora, fé e razão, contribuindo para o surgimento do ser feliz.
O silêncio interior constitui o grande intermediário da paz, que dessa união advém, por
desenvolver na criatura o sentimento de amor — por Deus, por si mesmo, pelo próximo —
tornando-se este amor o produto alquímico que dilui o ódio, que vence as barreiras
impeditivas da fraternidade e inunda-a com os recursos e conteúdos psíquicos libertários.
O apego egoísta, superado, cede lugar à generosidade, à doação, e o indivíduo,
livre de algemas, em silêncio íntimo, empreende a grande experiência de viver o SELF em
harmonia com as Leis da Vida. Isto porque, o nível mais elevado da consciência, pelo
menos na graduação humana, é o cósmico, que resulta da identificação entre o si e o
Universo, mergulhando o pensamento em Deus e realizando-se totalmente.
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27 - DESIDENTIFICAÇÃO
29 - O ESSENCIAL
30 - PRAZER E GOZO
psicoterapia libertadora conveniente, que pode ter origem na conduta infantil — educação
coercitiva, meio social asfixiante, família dominadora — ou proceder de reencarnações
passadas — uso incorreto do livre-arbítrio, conduta irregular, exagero de paixões. Tal
inibição, associada ao sentimento de culpa, castiga o ser, impedindo-o de fruir momentos
de recreação, de ócio, levando-o a tormentos quando não se encontra produzindo algo
concreto, o que se lhe torna uma necessidade compulsiva, portanto patológica.
Certamente não se deve viver para a ociosidade dourada, tampouco,
exclusivamente, para a atividade estressante. Há todo um rico arsenal desportivo, um
infinito painel de belezas naturais convidativas, um sem-número de estesias mediante a
leitura, a arte, a conversação, um abençoado campo de idealismo através da prece, da
meditação, do controle da mente, que se constituem tônicos revigorantes para as ações
geradoras da felicidade e dos quais todos podem e devem dispor quanto aprouver. Esses
interregnos nas atividades, enriquecidos de prazeres mais amplos, são estímulos para a
criatividade, a libertação de cargas psicológicas compressivas, a autorealização.
Essa busca, do SELF profundo, deve superar e mesmo arrebentar as resistências
inibidoras, o sentimento de culpa, cujas energias serão canalizadas para a conquista da
felicidade.
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31 - FELICIDADE EM SI MESMA
32 - CONDIÇÕES DE FELICIDADE
Tal prazer não se restringe apenas à arte em si mesma, ou à cultura, porém, à vida e
aos seus valores, às realizações no campo pessoal, com vistas ao bem da humanidade, à
superação do EGO.
Um dos pontos-chave da desdita, como dos conflitos, reside na evocação dos
acontecimentos infantis menos felizes, que ressumam freqüentemente em ressentimentos
e torturas. A crença indevida de que a infância tranqüila, descuidada, sem preocupações,
seria um período sem traumas, nem sempre corresponde à realidade. Sem dúvida, uma
infância rósea é fator positivo, porém, não essencial à felicidade.
Certas constrições e castrações, o RELACIONAMENTO COM A MÃE, as inibições e
pavores infantis geram inegavelmente tormentos que surgem e ressurgem em todos os
demais períodos da existência. Apesar disso, em uma visão transpessoal da vida e do ser,
cada um traz consigo as predisposições comportamentais e cármicas para a atual
experiência, convivendo com os fatores que merece, graças aos quais deve amadurecer
emocionalmente e dispor-se para a auto-realização.
Qualquer tipo de crescimento, especialmente psicológico, redunda em sofrimento
emocional.
A libertação de uma fase — infantil, adolescência, idade da razão — ocorre como se
fora um parto com dor, culminando, biologicamente, com a terceira idade, quando se dá a
morte do invólucro carnal.
Os períodos infantil e adolescente são decisivos na existência, e todas as pessoas
passam por dificuldades e crises durante a formação da personalidade, favorecendo
conflitos compreensíveis, que levam à independência pessoal. Nem todos logram vencer
as tensões internas e externas que se estabelecem a partir de então. E, no entanto, nessa
fase que se definem os rumos futuros do comportamento, necessitando-se de
psicoterapias emocionais e espirituais, próprias para a libertação. Mesmo essa
ocorrência, feliz ou desventurada, e sua aceitação, com o conseqüente crescimento, têm
a ver com a estrutura profunda do SELF, a realidade do Espírito.
Naturalmente, as recordações infantis positivas ficam submersas, sob aquelas
negativas, em razão da valorização do desagradável marcar mais o ser, do que os outros,
que deveriam ser mais considerados. Trata-se de um atavismo masoquista inconsciente,
que predomina em a natureza humana. Assim, os problemas existenciais podem
perturbar a identidade, quando o ser é frágil, psicologicamente, e sem experiências
desafiadoras, espiritualmente. Mesmo nas infâncias assinaladas por dificuldades, há
muita beleza a recordar e momentos inesquecíveis, que são inerentes a essa fase,
exceção feita às personalidades psicopatas e arredias, que cultivam, no seu mutismo ou
exacerbação, os conflitos de que padecem.
Seja, porém, qual for a herança infantil que se carregue, a busca da felicidade não
deve sofrer solução de continuidade, especialmente se as vivências são conflitivas,
merecendo, nesse caso, mais intensidade de reidentificação com o SELF.
Avançando-se terapeuticamente para a libertação dos traumas, com a fixação dos
propósitos e logros de saúde emocional, consegue-se dar o passo primeiro para a
conquista da felicidade que logo virá.
Nos períodos de formação da personalidade — infância e juventude — é comum
orientar-se o educando para as conquistas externas a qualquer preço, identificando os
valores sociais e econômicos, não raro em detrimento da realização interior. Somente
quando são estabelecidas metas de triunfo íntimo, é que se alcança a correta
identificação do ser com os lídimos objetivos da reencarnação.
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34 - O HOMEM CONSCIENTE
Tudo quanto faz, realiza-o de forma consciente, desde o ato de coçar-se, quando
concentrado, até o de superar o cansaço com o seu séquito de indisposições orgânicas e
psíquicas.
ESTAR DESPERTO é mais do que encontrar-se vivo, do ponto de vista fisiológico,
superando os automatismos, para localizar-se nas realizações da inteligência e do
sentimento enobrecido.
As DISTRAÇÕES habilmente se disfarçam, justificando trabalho exaustivo, repouso
demorado, conversações prolongadas, caminhadas e ginásticas que consomem horas, e
que, não obstante úteis, desviam da meta essencial que é o despertamento de si mesmo.
Há uma generalizada preferência humana pelas distrações, pela fuga da realidade,
consumindo-se tempo e saúde no secundário, com desconsideração ou por ignorância do
essencial.
Lentamente, por processo de saturação das distrações ou pelo imperativo de novas
reencarnações, o homem aspira à conquista de outros níveis de consciência e emerge do
sono, passando a identificar o atraso em que se encontra, diante das infinitas
possibilidades de que dispõe.
Altera-se-lhe então a visão para a auto-identificação, entendendo que o largo
período de sono é responsável pela existência dos inúmeros conflitos que o aturdem, das
contradições entre o que pensa e o que faz, entre ao que aspira e o que realiza,
mantendo a sensação permanente de incompletude.
Quando anestesiado no nível de sono, sente a mesma necessidade de completar-
se, porém, identificando os meios para o tentame, arroja-se mais nas experiências do
instinto, frustrando-se e sofrendo.
A razão propele-o para a tomada de consciência e, nesse estado, à medida que se
envolve na libertação das cargas psicológicas opressoras, asfixiantes, passa a fruir
emoções que o enlevam, aumentando o número de vivências dos logros íntimos, que lhe
constituem degraus e patamares a galgar, tendo em mente o acume, que será a perfeita
conscientização de si mesmo.
SER CONSCIENTE significa estar desperto, responsável, não-arrogante,
nãosubmisso, livre de algemas, liberado do passado e do futuro.
Cada momento atual é magno na vida do homem consciente, e tudo quanto se
propõe realizar, ao invés de tornar-se desafio, é-lhe estímulo ao prosseguimento tranqüilo
da iluminação interior.
Usa a inteligência e aplica o sentimento em perfeita interação, avançando sempre,
sem recuos nem amarguras.
Certamente experimenta as contingências da vida social, dos prejuízos políticos, das
injunções do corpo, sem que tais ocorrências o desanimem ou o infelicitem.
Consciente desses fenômenos, mais se afervora na busca da harmonia,
conquistando novas áreas que antes permaneciam desconhecidas.
Age sempre lúcido, e cada compromisso que assume, dele se desincumbe em paz,
sem a preocupação de vitória exterior ou mesmo de superação.
A autoconquista é-lhe um crescimento natural e não-perturbador, assinalado pelo
aprofundamento da visão da vida, totalmente diverso do comum, passando-a a
transpessoal, portanto, espiritual.
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35 - TER E SER
O bom aplicador, além dos juros que recebe, experimenta o júbilo da realização, a
imensa alegria do serviço, exteriorizada no bem-estar que proporciona.
Ninguém tem coisa alguma no mundo: nem corpo, nem valores amoedados, nem
pessoas sob domínio... A incessante transformação, vigente no Cosmo, tudo altera a cada
instante, e o vivo de agora estará morto logo mais; o dominador torna-se vítima; o corpo
se dilui; os objetos passam de mãos...
Todo aquele que busca a posse, o ter e reter, permanece vazio de sentimentos e,
porque nada é, enche-se de artefatos e coisas brilhantes, porém mortas, prosseguindo
cheio de espaços e abarrotado de preocupações afugentes.
O objetivo da vida humana parte do ponto inicial no corpo — a infância — e cresce
sem perder o contato com a sua realidade original, ser transcendental que é. Chegando à
realização da consciência, deve expandi-la, enquanto mais se autopenetra e descobre
novos potenciais a desenvolver.
Ser consciente de si mesmo é a meta existencial, conseguindo o autoamor que
desdobra a bondade, a compaixão, a ação benéfica em favor do próximo.
Alguns psicólogos transpessoais concluem que, à meditação transcendental —
abstrata—, os sentimentos de amor e autodoação — concretos — devem prevalecer
emulando o indivíduo a ser integral, realizado, capacitado para a felicidade.
Os conflitos então cedem lugar, quando os seus espaços são preenchidos pelas
realizações expressivas, libertadoras.
A autovalorização não-egoísta, despretensiosa, permite o encontro do SELF, que se
desvela com infinitas possibilidades. Rompem-se os limites que amesquinham e ampliam-
se as áreas de produção que engrandecem.
Correspondendo a esse estágio, o amadurecimento psicológico faz que o indivíduo
cresça sempre e cada vez mais, reconhecendo a sua pequenez, que se agranda ante a
excelência da Vida que ele conquista.
O individualismo que nele prevalecia cede lugar ao amor que convive e se expande
na direção dos outros, aqueles que constituem a sociedade na qual se encontra,
passando a trabalhá-la, a fim de que também ela seja feliz.
A vaidade, o narcisismo, que existiam na sua personalidade, desaparecem por
ausência da vitalidade fornecida pelo EGO inseguro, que tinha necessidade de sobreviver,
já que o SELF se encontrava soterrado no desconhecimento.
A conquista do si é realização que independe do ter, do reter, mas que não
prescinde do interesse e da luta enviada para ser.
A segurança psicológica do indivíduo centraliza-se no autoconhecimento, na auto-
identificação, no auto-amor, no ser.
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36 - A CONQUISTA DE SI MESMO
patamares cada vez mais elevados, até quando o ser, liberto dos conflitos, conquista os
sentimentos que canalizará na direção de novas metas, que alcança realizando-se,
plenificando-se.
Já não luta contra as coisas, mas luta pelas coisas, que aprende a selecionar e
qualificar, abandonando, por superação, as paixões dissolventes e fixando os valores que
enobrecem.
Percebendo-se instrumento da vida, que faz parte da harmonia do Universo, o
indivíduo supera a raiva, por ausência do ciúme, e não compete para destruir, mas
trabalha para fomentar o progresso, no qual se engaja e se realiza.
A conquista de si mesmo resulta, portanto, do amadurecimento psicológico, pela
racionalização dos acontecimentos, e graças às realizações da solidariedade, que
facultam a superação das provas e dos sofrimentos, os quais passam então a ter um
comportamento filosófico dignificante — instrumentos de valorização da vida — ao invés
de serem castigos àculpa oculta, jacente no mundo íntimo.
A libertação dessa consciência doentia facilita o entendimento do mecanismo da
responsabilidade no comportamento que estabelece o lema: A CADA UM SEGUNDO OS
SEUS ATOS, segundo ensinou o Terapeuta Galileu.
Senhor do discernimento, o homem descobre que colhe de acordo com o que
semeia, e que tudo quanto lhe acontece, procede, não tendo caráter castrador ou
punitivo. Sente-se emulado a gerar novos futuros efeitos, agindo com consciência e
produzindo com eqüidade. Tal conduta proporciona-lhe a alegria que provém da
tranquilidade da realização, considerando que sempre é tempo de reparar, e postergação
é-lhe prejuízo para a economia da sua plenificação.
O homem que se conquista supera os mecanismos de fuga, de transferência de
responsabilidade, de rejeição e outros, para enfrentar-se sem acusação. sem justificação,
sem perdão.
Descobre a vida e que se encontra vivo, que hoje é o seu dia, utilizando-o com
propriedade e sabedoria. Não tem passado, nem futuro, neste tempo intemporal da
relatividade terrestre, e a sua é uma consciência atual, fértil e rica de aspirações, que
busca a integração na Cósmica, que já desfruta, vivendo-a nas expressões do amor a
tudo e a todos intensamente.
A conquista de si mesmo é lograda mediante o querer.
Jesus afirmou que se poderia fazer tudo quanto Ele fez, se se quisesse, bastando
empenhar-se e entregar-se à realização. Para tanto, necessário seria a FÉ EM SI
MESMO, nos valores intrínsecos, que seriam desenvolvidos a partir do momento da
opção.
Francisco de Assis, o santo, assim quis e o conseguiu.
Apóstolos do bem, da ciência e da fé, do pensamento e da ação quiseram, e o
lograram.
Homens e mulheres anônimos entregaram-se aos ideais que lhes vitalizaram as
existências e, superando-se, autoconquistaram-se.
A conquista de si mesmo está ao alcance do QUERER para SER, do ESFORÇAR-
SE para TRIUNFAR, do VIVER para jamais MORRER...
Fim
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ARQUÉTIPOS
O conceito de ARQUÉTIPO, adotado por Jung, já era conhecido desde Philo Judaeus, referindo-se à
Imago Dei, que seria a imagem divina que existe no ser humano. Irinaeus, por sua vez, segundo Jung,
afirmava que O criador do mundo não formou estas coisas diretamente de si mesmo, mas as copiou de
arquétipos exteriores.
Em realidade, o arquétipo procede da proposta platônica em torno do mundo das idéias, primordial e
terminal, de onde tudo se origina e para onde tudo retorna.
A palavra ARQUÉTIPO se origina do grego arkhe, que significa o primeiro, e typon, que significa
marca, cunho, modelo, sendo, por isso mesmo, as marcas ou modelos primordiais, iniciais, que constituem o
arcabouço psicológico do indivíduo, facultando a identificação da criatura humana. Existem no ser como
herança, como parte integrante do seu processo de evolução.
Muitas vezes esses arquétipos surgem nos sonhos como imagens preexistentes, liberando-se do
inconsciente. No entanto, nem todos os símbolos são procedentes dos arquétipos, porque podem ter origem
na própria energia do indivíduo, nas suas atuais fixações, traumatismos psicológicos, conflitos, frustrações,
ansiedades e desejos. Diferem, os arquétipos, dessa energia inerente ao ser, porque os primeiros têm um
caráter universal, enquanto os outros são individuais.
Fonte: Livro VIDA: DESAFIOS E SOLUÇÕES, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
BIOLOGIA MOLECULAR
A Biologia Molecular é um dos ramos da Biologia que se dedica ao estudo das relações entre o DNA e
RNA, síntese de proteínas e as características genéticas transmitidas de geração em geração.
CATARSE
A Catarse é um conceito filosófico que significa limpeza e purificação. Esse conceito é muito amplo,
uma vez que é utilizado em diversos ramos do conhecimento: artes, psicologia, medicina, religião, educação,
dentre outros.
A catarse, na psicanálise, representa a cura de um paciente, que é alcançada através da expressão
verbal de experiências traumáticas recalcadas.
CICLOTÍMICOS
Ciclotimia ou transtorno tímico, é um ciclo de transtorno de humor em que uma pessoa experimenta
momentos de depressão ou euforia sutilmente. Possui algumas semelhanças com o transtorno bipolar, mas a
diferença principal é a intensidade das oscilações de humor e quantidade de crises.
A causa, do ponto de vista material, não é clara, mas há especulações que apontam para fatores
genéticos e bioquímicos. O ambiente em que o paciente cresceu também influencia em seu desenvolvimento
e modo de vida. Um ambiente desfavorável pode colaborar para o surgimento do transtorno.
Embora essa montanha russa de emoções prejudique a vida da pessoa com transtorno, os sintomas
ainda são mais leves e mais sutis do que os do transtorno bipolar.
CÓDIGO DE HAMURABI
O Código de Hamurabi é uma espécie de conjunto de leis criado na Mesopotâmia por volta do século
XVIII a.C. e é considerado um resumo de tradições legais que já existiam naquela região há gerações.
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Basicamente, o Código de Hamurabi estipulava formas de tolerância para determinadas condutas dos
cidadãos mesopotâmicos.
O código leva esse nome porque foi organizado durante o reinado de Hamurabi, o sexto governante da
primeira dinastia da Babilônia e o formador do primeiro império da Babilônia. Foi durante o reinado de
Hamurabi que a Suméria e a Acádia unificaram-se sob o domínio da cidade da Babilônia.
Acredita-se que Hamurabi tenha governado a Babilônia de 1792 a.C. a 1750 a.C. Segundo consta no
Código de Hamurabi, o objetivo do rei babilônico em organizar essas leis foi o de garantir o que era mais
justo para aqueles que tinham uma disputa com alguém. No código, o rei babilônico definia a si mesmo
como REI DA JUSTIÇA.
O Código de Hamurabi não foi o primeiro código de leis da Mesopotâmia, uma vez que, no século
XXI a.C., foi criado o Código de Ur-Namu. Esse código trazia penas capitais (penas de morte) para alguns
crimes, e, para outras ações, havia penas como prisões e pagamento de multas.
Segundo o historiador Paul Kriwaczek, o Código de Hamurabi foi um grande avanço do ponto de vista
de civilização para a Mesopotâmia porque mediava disputas por meio desse sistema coletivamente aceito.
Essa mediação era importante para a estabilidade da sociedade babilônica porque impedia que
desentendimentos se tornassem conflitos que abalassem a ordem do império babilônico.
COMPORTAMENTALISMO (Behaviorismo)
O Behaviorismo, também chamado de Comportamentalismo, tem como objeto de estudo o
comportamento. Essa teoria psicológica defende que a psicologia humana ou animal pode ser objetivamente
estudada por meio de observação de suas ações, ou seja, observando o comportamento.
É uma das três principais correntes da Psicologia, junto com a psicologia da forma (Gestalt) e
psicologia analítica (Psicanálise).
Os Behavioristas (comportamentalistas) acreditam que todos os comportamentos são resultados de
experiência e condicionamentos. As figuras influentes do Behaviorismo incluem os psicólogos John B.
Watson e B.F. Skinner, que estão associados ao condicionamento clássico e ao condicionamento operante,
respectivamente.
História e origem do Behaviorismo
Os estudos do Behaviorismo iniciaram-se no século 19, a partir de um trabalho do psicólogo John B.
Watson, intitulado de ”Psicology as the Behaviorist views it”, traduzindo para o português: “Psicologia como
um comportamentalista a vê”. Esse estudo teve como referências as teorias dos filósofos russos Vladimir
Mikhailovich Bechterev e Ivan Petrovich Pavlov.
Entre 1920 até meados de 1950, o BEHAVIORISMO se tornou a escola dominante de psicologia, com
o propósito de estabelecer a psicologia como uma ciência objetiva e mensurável. Os estudiosos e
pesquisadores do behaviorismo estavam envolvidos em criar teorias que pudessem ser descritas e medidas de
forma clara e prática.
CRIANÇA FERIDA
A criança interior é uma parte da nossa mente que experimentou a vida e se adaptou a certos
comportamentos e padrões para viver. É uma parte inconsciente de nossa mente, onde carregamos nossas
necessidades não satisfeitas, emoções reprimidas da infância, nossa criatividade, intuição e capacidade de
brincar.
A criança interior é aquela que se manifesta em nós e cujas experiências ainda não “foram embora”.
Muitas vezes, ainda vemos o mundo através dos olhos de nossa criança.
O relacionamento que tivemos com nossos pais em nossa infância molda cada relacionamento que
temos na fase adulta. Quando crianças devemos aprender a nos expressar, dizendo como nos sentimos.
Precisamos de uma figura adulta para nos guiar em meio às “grandes emoções” vivenciadas nessa fase.
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Todas as emoções não resolvidas, necessidades que não foram atendidas e situações dolorosas em que
nos sentimos assustados ou violados não desaparecem simplesmente. Eles existem dentro de nós, criando
uma lente através da qual passamos a enxergar o mundo.
Uma criança interior ferida nos causa:
- Baixa autoestima,
- Imagem corporal distorcida,
- Medo de críticas,
- Resistência a mudanças,
- Profundo medo de abandono nos relacionamentos.
Essas vivências em nossa infância podem fazer com que nossas fantasias infantis se tornem
recorrentes e venham à tona em diferentes situações em nossa vida adulta.
As fantasias da criança interior funcionam como professores que nos permitem ver onde precisamos
de cura. Onde precisamos honrar a parte de nós mesmos que não conseguiu o que precisávamos, em uma
fase muito importante de nosso desenvolvimento.
EGO
Para Jung, o ego é o organizador da consciencia da psique e é o responsável pelo sentimento de
identidade, esfera de continuidade e de coerência.
E Joanna de Ângelis, no capítulo 1 do livro EM BUSCA DA VERDADE, escreve:
O ego, no conceito freudiano, conforme bem o define o dicionário Aurélio, é: A parte mais superficial
do id, a qual, modificada, por influência direta do mundo exterior, por meio dos sentidos, e, em
consequência, tornada consciente, tem por funções a comprovação da realidade e a aceitação, mediante
seleção e controle, de parte dos desejos e exigências procedentes dos impulsos que emanam do id.
Nele se encontram, portanto, os impositivos dos instintos que se derivam do princípio do prazer e pela
compulsão ao desejo.
São esses impulsos o resultado dos instintos procedentes das faixas primárias da evolução, que se
destacam em oposição quase dominante contra a razão, a consciência de solidariedade, de fraternidade, de
tolerância e de amor.
Dominador, o EGO mascara-se no personalismo, em que se refugiam as heranças grosseiras, que
levam o indivíduo à prepotência, à dominação dos outros, em face da dificuldade de fazê-lo em relação a si
mesmo, isto é, libertar-se da situação deplorável em que se encontra.
ESQUIZÓIDE
O transtorno de personalidade esquizoide é caracterizado por um padrão generalizado de
distanciamento e desinteresse geral pelas relações sociais e uma gama limitada de emoções nas relações
interpessoais. O diagnóstico é por critérios clínicos. O tratamento é com terapia cognitivo-comportamental.
ESTÓICO
Esta palavra é usada para referenciar um indivíduo firme, senhor de si mesmo; inabalável, impassível,
austero: ter um comportamento estóico na desgraça.
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História do Estoicismo
O estoicismo foi fundado no século 3 a.C. por Zeno, um rico mercador da cidade de Cítio, no Chipre.
Após sobreviver a um naufrágio em que perdeu tudo o que tinha, Zeno foi parar em Atenas. Ali,
conheceu as filosofias de Sócrates, Platão, Aristóteles e seus seguidores.
"Ele se deu conta de que existia um mundo não material que era mais previsível e controlável do que o
mundo que ele tinha como mercador. Abraçou as ideias daqueles filósofos e passou a viver uma vida simples
e fundou sua própria escola filosófica", disse Sherman.
Os primeiros estóicos criaram uma filosofia que oferecia uma visão unificada do mundo e do lugar que
o homem ocupava nele. O pensamento era composto de três partes: ética, lógica e física.
O estoicismo propunha que os homens vivessem em harmonia com a natureza - o que, para eles,
significava viver em harmonia consigo próprios, com a humanidade e com o universo. Para os estóicos, o
universo era governado pela razão, ou logos, um princípio divino que permeava tudo. Portanto, estar em
harmonia com o universo significava viver em harmonia com Deus.
A filosofia estóica também propunha que os homens vivessem com virtude, um conceito que, para
eles, estava intimamente associado à razão.
ETIOPATOGENIA
É o estudo do que provoca uma doença, uma patologia. Análise especializada das causas que
ocasionam o desenvolvimento de certas doenças.
FATORES PSICO-PATOGÊNICOS
A psicopatologia pode ser definida como o ramo da psicologia que estuda os fenômenos patológicos
ou distúrbios mentais e outros fenômenos anormais. Ela tenta, especialmente, estabelecer a diferença entre o
normal e o patológico.
E estuda também os fatores que causam os distúrbios mentais e outros fenômenos anormais.
A psicopatologia trata, na sua parte geral, dos sintomas das doenças e outros distúrbios mentais. Ela
descreve os sintomas e verifica seus efeitos sobre a vida interior. Na psicopatologia geral, as doenças mentais
são tratadas puramente do ponto de vista psicológico.
FÍSICA QUÂNTICA
A Física quântica, também conhecida como mecânica quântica, é uma grande área de estudo que se
dedica em analisar e descrever o comportamento dos sistemas físicos de dimensões reduzidas, próximos dos
tamanhos de moléculas, átomos e partículas subatômicas.
Por meio da Física quântica, foi possível compreender os mecanismos dos decaimentos radioativos,
das emissão e absorção de luz pelos átomos, da produção de raios x, do efeito fotoelétrico, das propriedades
elétricas dos semicondutores etc.
FORÇAS INTRAPSÍQUICAS
Entende-se por intrapsíquico a constituição subjetiva de um sujeito, como é sua realidade psíquica, ou
seja, como é a verdade para ele, suas vivências e como as significa.
O que são os planos Interpsíquico e Intrapsíquico e como estão pensados na teoria de Vigotski?
101
LIBIDO
Libido, numa abordagem psicológica, é uma palavra que deriva do latim e significa DESEJO ou
ANSEIO. Seria uma manifestação da sexualidade, desejo sexual. Para Freud, considerado o pai da
psicanálise, a libido ocorre de diferentes maneiras do nascimento à puberdade. É uma manifestação da vida
psíquica que ocorre em fases distintas.Primeiro, há a fase inicial na qual a libido está direcionada para o
próprio corpo, oral e analmente. Na fase oral, o seio materno é o principal desejo, por significar alimento,
proteção e prazer. A criança coloca tudo na boca, quer colocar tudo para dentro de si. Na fase anal, o controle
dos esfíncteres faz com que a criança teste seus limites e fique feliz ao defecar dependendo da maneira como
isso é recebido pela família. Por volta dos 4 ou 5 anos, a libido está baseada no complexo de Édipo. A
criança fixa sua atenção no pai, se for menina, ou na mãe, se for menino. Já no período da adolescência,
surge o desejo sexual baseado no outro e há a formação da maturidade.
MOTIVAÇÃO ADLERIANA
Adler acreditava que as pessoas são integrações integradas dentro de um sistema social, e que superar
complicações de inferioridade é uma força motivada das pessoas.
Luta pela superioridade: Corresponde ao objetivo superior do indivíduo na sua luta contra os
obstáculos. Ainda que a superioridade seja inata, a busca por ela faz com que a pessoa transite de um estágio
de desenvolvimento para o próximo. Essa busca pode se manifestar de formas diferentes e cada pessoa tem
seu modo concreto de atingir — ou tentar atingir — a perfeição.
Sentimentos de inferioridade e compensação: Segundo Adler, os sentimentos de inferioridade
surgem de um senso de incompletude e imperfeição em qualquer âmbito da vida. Contudo, os sentimentos de
inferioridade não são indícios de anormalidade, pelo contrário, são a fonte das melhoras. Contudo, quando há
algum tipo de condição especial como a rejeição, pode-se desenvolver o complexo de superioridade
compensatória.
Interesse Social: O conceito de interesse social inclui questões voltadas para cooperação, relações
interpessoais, empatia e identificação grupal. Ademais, em um viés mais amplo, pode ser compreendido
como força propulsora para que os indivíduos ajudem a sociedade a atingir a meta de perfeição necessária.
Nesse cenário, a ideia de uma sociedade perfeita substitui a ambição unicamente pessoal e do ganho egoísta.
Ao trabalhar pelo bem comum, os indivíduos compensam suas fraquezas individuais. Contudo, esse interesse
não aparece espontaneamente, mas precisa ser orientado e treinado.
Finalismo de ficção ou futurismo: Defende a ideia de que o indivíduo é motivado mais pelas
expectativas do futuro do que por suas experiências do passado. Sendo assim, Adler acreditava que eram a
causa subjetiva dos acontecimentos psicológicos.
MOTIVAÇÃO COMPORTAMENTALISTA
A teoria psicológica COMPORTAMENTALISTA defende que a psicologia humana ou animal pode
ser objetivamente estudada por meio de observação de suas ações, ou seja, observando o comportamento.
Os COMPORTAMENTALISTAS (em inglês chamados de Behavioristas) acreditam que todos os
comportamentos são resultados de experiência e condicionamentos. As figuras influentes do Behaviorismo
incluem os psicólogos John B. Watson e B.F. Skinner, que estão associados ao condicionamento clássico e ao
condicionamento operante, respectivamente.
Na educação, a teoria comportamental de Watson defende que o comportamento do indivíduo pode ser
moldado e ajustado, capaz de fazer com que uma criança tivesse determinada formação de caráter ou
exercesse qualquer profissão que escolhessem para ela, por exemplo.
Mais informações no link: https://www.vittude.com/blog/behaviorismo/
MOTIVAÇÃO FREUDIANA
Sigmund Freud é conhecido como o “pai da psicanálise”, por conta da sua extensa contribuição para o
surgimento desse campo clínico que tem enfoque na psique humana. Formulou teorias como a do “id, ego e
superego” e a do “complexo de Édipo”, que até hoje possuem enorme importância e são extensamente
debatidas pelos psicanalistas.
As contribuições de Freud, porém, não se resumem ao campo da psicanálise, uma vez que suas teorias
repercutiram bastante no campo científico e influenciaram diretamente áreas como a psicoterapia. A obra de
Freud também repercutiu até em campos como a filosofia e a literatura. Até hoje alguns dos métodos de
tratamento criados por Freud são utilizados por psiquiatras.
Sigmund Freud nasceu na cidade de Freiburg in Mähren, no dia 6 de maio de 1856. A cidade em que
Freud nasceu fazia parte do Império Austríaco (futuro Império Austro-Húngaro) e hoje se chama Příbor e faz
parte do território da Tchéquia. O nome original de Freud era Sigismund Schlomo Freud (mudou seu nome
para Sigmund em 1878).
Freud desenvolveu a psicanálise, onde incentivava os pacientes a falar de seus traumas e também usou
a hipnose nos tratamentos. Constatou a existência do inconsciente e formulou a teoria do Complexo de
Édipo.
Freud também teorizou que, durante o Complexo de Édipo, o desejo sexual surge nas crianças e essa
experiência se dá por meio de diferentes sintomas em meninos e meninas. Os meninos, segundo Freud,
experimentam o “complexo da castração”, e as meninas experimentam a “inveja do pênis”. Essas teorias de
Freud foram, posteriormente, bastante criticadas por outros psicanalistas.
Freud também buscou trabalhar a interpretação dos sonhos, e a partir disso, desenvolveu os conceitos
de os conceitos de id, ego e superego. O id é o local da mente onde ficam os nossos impulsos e instintos. O
ego é a parte lógica e racional da psique e é responsável pela tomada de decisões. O superego, por sua vez, é
a parte da psique responsável pela repressão aos impulsos que são contrários às normas sociais.
Mais informações sobre Freud podem ser vistas no link:
https://mundoeducacao.uol.com.br/psicologia/sigmund-freud.htm
Joanna de Ângelis, no livro O DESPERTAR DO ESPÍRITO, no capítulo 10, escreve sobre Freud:
Freud, como psiquiatra, melhor do que ninguém se adentrou no profundo do ser, mediante o seu
inconsciente, já percebido por Carus e Nietzsche. Freud, porém, através da psicanálise, conseguiu elaborar
um sistema através do qual a consciência se revela somente em uma parte, que se manifesta como deformada
da vida psíquica, que somente será desvelada, quando seja possível reunir em um mesmo estudo o
inconsciente, o consciente e o subconsciente do ser humano.
Praticamente todos os fenômenos da vida humana se iniciam e passam pelo inconsciente, onde se
encontram as tendências libidinosas, que permanecem esmagadas pelo critério decorrente da censura
elaborada e mantida pela consciência.
NEUROSE
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O termo neurose (do grego neuron (nervo) e osis (condição doente ou anormal)) foi criado pelo
médico escocês William Cullen em 1787 para indicar "desordens de sentidos e movimento" causadas por
"efeitos gerais do sistema nervoso".
Na psicologia moderna, é sinônimo de psiconeurose ou distúrbio neurótico e se refere a qualquer
transtorno mental que, embora cause tensão, não interfere com o pensamento racional ou com a capacidade
funcional da pessoa. Essa é uma diferença importante em relação à psicose, desordem mais severa.
Neuroses são quadros patológicos psicogênicos (ou seja, de origem psíquica), muitas vezes ligados a
situações externas na vida do indivíduo, os quais provocam transtornos na área mental, física e/ou da
personalidade. De acordo com a visão psicanalítica, as neuroses são fruto de tentativas ineficazes de lidar
com conflitos e traumas inconscientes. O que distingue a neurose da normalidade é: (1) a intensidade do
comportamento e (2) a incapacidade do doente de resolver os conflitos internos e externos de maneira
satisfatória. (Wikipédia).
Neste livro a NEUROSE é definida por Joanna de Ângelis no Capítulo 3.
PARAPSICOLOGIA
A Parapsicologia estuda uma série de fenômenos ditos paranormais, incluindo os seguintes:
A hipótese da existência de uma forma de obtenção de informações (comunicação) que prescinda da
utilização dos sentidos humanos conhecidos (percepção extrassensorial), tais como telepatia, clarividência e
precognição.
A hipótese da existência de uma forma de ação física sobre o meio físico em que não seriam utilizados
qualquer mediadores ou agentes (músculos ou forças físicas) conhecidos, como a telecinese.
Os fenômenos associados a memória extra-cerebral (retrocognição) como a experiência de quase-
morte, projeção da consciência, mediunidade etc.
O termo parapsicologia foi criado em 1889 por Max Dessoir e adotado na década de 1930 por Joseph
Banks Rhine para substituir os termos "metapsíquica" e "pesquisa psíquica".
PSICANÁLISE
A psicanálise é um tipo de psicoterapia, desenvolvida pelo famoso médico Sigmund Freud, que serve
para ajudar as pessoas a entenderem melhor seus sentimentos e emoções, assim como ajudar na identificação
de como o inconsciente influencia os pensamentos e ações no dia-a-dia.
PSICOBIOFÍSICA
Psicobiofísica é o estudo das inter-relações da mente com o corpo, da energia com a matéria, do
espírito com o físico, dentro do contexto da vida humana.
Esse estudo tem por objetivo possibilitar ao homem, a descoberta de sua potencialidade interior para
expansão de sua consciência, seu autoconhecimento e a auto-ajuda, por intermédio do estudo dos
mecanismos mentais e sua integração com o processo físico, químico e biológico de nosso corpo.
Afinal, somos seres integrados, perfeitos dentro de uma dualidade indivisível (indivíduo). Até hoje em
todo o mundo, está presente em todos nós a máxima dos gregos em sua versão latina: “mens sana in corpore
sono” – mente sã, corpo são.
Quer queira ou não, tenha ou não consciência do fato, o homem é um complexo integrado entre
energia e matéria, sendo a energia o princípio ativo capaz de criar transformações na matéria.
O princípio básico da psicobiofísica é o estudo desse princípio ativo – a mente, seus “departamentos”,
sua estrutura, seu potencial, suas implicações em nossas vidas, não só no plano abstrato dos pensamentos,
sentimentos e emoções, como também na área terrena do corpo, da matéria, no mundo objetivo.
Vivemos inseridos em um Universo Multidimensional, onde a Energia simplesmente “é”. Todo o resto
que vislumbramos são apenas conseqüências das manifestações da Energia. Ao tomarmos conhecimento
desse universo multidimensional, ao expandirmos nossa consciência, transpomos muitos obstáculos que
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antes nos afligiam, temos muitas respostas aos nossos questionamentos, desde os mais simples e rotineiros,
aos mais profundos e aparentemente “sem respostas”.
Afinal de contas, descobrir quem somos, de onde viemos e para onde iremos, sempre foi uma grande
interrogação no interior de todos, desde as ciências mais céticas, às mais filosóficas, das crenças, etc.
Hoje nós temos a parapsicologia e a física quântica abrindo um novo universo, expandindo nossa
compreensão através de estudos sérios e comprovando a atuação da energia cósmica universal - na qual a
energia mental está inserida – em nossa terceira dimensão, em nosso pequeno mundo materializado, cheio de
“ilusões” influenciando em nosso cotidiano com problemas e dificuldades “bem reais” para nós.
O conhecimento que a psicobiofísica nos proporciona, nos esclarece e desmistifica a atuação da
energia em nossas experiências físicas e extrafísicas, em nossas potencialidades psíquicas e parapsíquicas,
nos levando a criar não só uma nova experiência de vida, mas uma experiência Divina, transcendental...
Texto extraído do link: https://www.somostodosum.com.br/clube/artigos/corpo-e-mente/o-que-e-
psicobiofisica-5198.html
entre outras questões existenciais profundas. E também perceber que todos percorrem uma jornada de
aprendizado e desenvolvimento espiritual que atravessa o tempo e o espaço.
Mais informações no link: https://www.infoescola.com/psicologia/espirita/
E Joanna de Ângelis trabalha o conceito Psicologia Espírita e Psicoterapia Espírita no capítulo 8 deste
livro.
PSICOLOGIA HUMANISTA
A psicologia humanista é um ramo da psicologia em geral, e da psicoterapia, considerada como a
TERCEIRA FORÇA, ao lado da psicanálise e da PSICOLOGIA COMPORTAMENTAL. A psicologia
humanista surgiu como uma reação ao determinismo dominante nas outras práticas psicoterapêuticas,
ensinando que o ser humano possui em si uma força de autorrealização, que conduz o indivíduo ao
desenvolvimento de uma personalidade criativa e saudável.Em 1962, foi fundada a AHP (American
Association for Humanistic Psychology), Associação Americana de Psicologia Humanista, que se tornou a
força impulsionadora do movimento. Filosoficamente, baseia-se a psicologia humanista sobretudo no
humanismo, no existencialismo (Jean-Paul Sartre, Martin Heidegger e Kierkegaard), bem como na
fenomenologia (Edmund Husserl e Merleau-Ponty), na filosofia dialógica (Martin Buber) e na autonomia
funcional (Gordon Allport). Há correntes baseando-se ainda na Teoria organísmica, do neurologista e
psiquiatra Kurt Goldstein.[1] Se desenvolve também através do filósofo e psiquiatra Karl Jaspers, do
psiquiatra Ludwig Binswanger e do psiquiatra e psicoterapeuta Medard Boss, que foi amigo e aluno de
Heidegger.
O primeiro teórico a desenvolver uma teoria humanista na psicologia foi Abraham Maslow, com sua
pirâmide das necessidades. Suas ideias foram recebidas, mais tarde, por Carl Rogers na sua terapia centrada
no cliente, assumindo assim um significado prático. A tese central de Carl Rogers é:
O indivíduo possui possibilidades inimagináveis de compreender-se de modificar os conceitos que tem
de si-mesmo, suas posturas e seu comportamento; esse potencial pode ser liberado se a pessoa puder ser
trazida a uma situação caracterizada por um clima favorável para o desenvolvimento psíquico".
Os transtornos mentais originam-se, assim, através do bloqueamento do desenvolvimento natural do
ser humano por fatores externos.
Princípios da Psicologia Humanista:
• O ser humano é mais do que a soma de suas partes tomadas individualmente;
• ele vive em relações interpessoais;
• ele é um ser consciente e pode desenvolver sua percepção;
• ele pode decidir-se;
• ele comporta-se de maneira intencional.
Atualmente, com suas semelhanças e diferenças, há várias correntes da psicologia identificadas como
a TERCEIRA FORÇA em Psicologia Humanista, algumas delas são a Gestalt-terapia, a Psicoterapia centrada
na pessoa, o Psicodrama, a Psicologia fenomenológico-existencial e o Daseinsanalyse.
PSICOLOGIA OCIDENTAL
Alguns autores definem as abordagens da psicologia que apenas se centram no aspecto material do ser
humano e tudo como fenômenos exclusivamente cerebrais, como Psicologia Ocidental. Ou seja, tais
psicólogos consideram qualquer fenômeno explicável do ponto de vista espiritual como meros delírios ou
imaginações ou fenômenos bioquímicos da mente.
PSICOLOGIA ORIENTAL
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A psicologia oriental enfatiza a importância do potencial positivo e terapêutico que cada um dos seres
humanos tem em si mesmo. Nas palavras da tradição budista: a ciência da mente é a mais importante de
todas as ciências internacionais.
A maioria das crenças orientais e, portanto, da psicologia que deriva delas, baseia-se na prática
habitual da meditação como uma via de conexão entre a mente humana e o mundo que rodeia o indivíduo.
A mente humana e a consciência são a origem do sofrimento humano, mas também da alegria. A
Psicologia Oriental diz que o mundo interno do ser humano tem um impacto muito grande na compreensão
do mundo do indivíduo, é por ele que quem deve trabalhar e cultivar para poder dar ao mundo uma
interpretação positiva e nos ajudar a nos ajudar a viver em paz e harmonia com nossos iguais e com o resto
do mundo exterior.
Carl Gustav Jung afirmou: “Entre nós, ocidentais, o homem é infinitamente pequeno, enquanto a
graça de Deus é tudo. No Oriente, pelo contrário, o homem é deus e se salva por si próprio”.
PSICOLOGIA PROFUNDA
Historicamente, psicologia profunda, ou psicologia de profundidade, psicologia do profundo ou das
profundezas (do termo alemão Tiefenpsychologie) foi cunhada por Eugen Bleuler para se referir a
abordagens psicanalíticas da terapia e da pesquisa que levam em conta o inconsciente. O termo foi
rapidamente aceito no ano de sua proposta (1914) por Sigmund Freud, para cobrir uma visão topográfica da
mente em termos de diferentes sistemas psíquicos.
A psicologia profunda passou a se referir ao desenvolvimento contínuo de teorias e terapias pioneiras
por Pierre Janet, William James e Carl Jung, além de Freud, que exploram a relação entre o consciente e o
inconsciente (incluindo a psicanálise e a psicologia junguiana).
A psicologia profunda afirma que a psique é um processo que é parcialmente consciente, parcialmente
inconsciente e parcialmente semiconsciente. Na prática, a psicologia profunda procura explorar os motivos
subjacentes como uma abordagem para vários transtornos mentais, com a crença de que a descoberta desses
motivos é intrinsecamente curadora. Ele procura as camadas profundas subjacentes aos processos
comportamentais e cognitivos. O trabalho inicial e o desenvolvimento das teorias e terapias de Sigmund
Freud, Carl Jung, Alfred Adler e Otto Rank resultaram em três perspectivas principais sobre a psicologia
profunda nos tempos modernos:
• Psicanalítica: Melanie Klein e Donald Winnicott (entre outros); teoria da relações de objetos;
neofreudianismo
• Adleriana: psicologia individual de Adler
• Junguiano: psicologia analítica de Jung; psicologia arquetípica de James Hillman
Fonte: Wikipédia.
Joanna de Ângelis, no livro TRIUNFO PESSOAL, no capítulo 11, escreve sobre a PSICOLOGIA
PROFUNDA:
A Psicologia Profunda, assim como a Humanista e a Transpessoal, facultando percepções para a visão
espiritual inerente à criatura terrestre, propiciam-lhe o autoexame, o CONHECE-TE A TI MESMO, de modo
que sejam desmascarados os artifícios do instinto e estabelecidos os princípios ético-morais da razão,
auxiliando a conquista de todos os tesouros que lhe jazem adormecidos.
PSICOLOGIA TRANSACIONAL
Técnicas comportamentais ajudam a cada vez mais compreender o comportamento humano nas
diversas áreas de atuação, independente dos aspectos individuais ou coletivos, para isso serve a análise
transacional.
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A análise transacional é uma abordagem psicológica poderosa que oferece insights profundos sobre a
dinâmica das relações interpessoais e os processos mentais. Essa técnica, desenvolvida por Eric Berne, tem
sido amplamente utilizada na psicoterapia, no coaching e até mesmo no ambiente corporativo.
Acompanhe, a seguir, a oportunidade de conhecer mais sobre a técnica de análise transacional,
descobrindo como ela pode ajudar a melhorar a comunicação, os relacionamentos e promover um maior
autoconhecimento.
A análise transacional – ou Transactional Analysis – é um estudo da psicologia criada e desenvolvida
em 1956 pelo psiquiatra Eric Berne. Tem como objetivo analisar trocas de estímulos e respostas, ou
transações entre indivíduos. De acordo com os estudos, os pressupostos básicos foram definidos da seguinte
forma:
- Todos nascemos com potencial para viver, pensar, desfrutar;
- Todas as doenças são curáveis, desde que se encontre a abordagem adequada.
Através dessas premissas é possível determinar a diferença entre caráter e personalidade. O caráter se
associa ao comportamento interno (lealdade, passividade e atividade), enquanto a personalidade é
desenvolvida por meio da educação e sociedade, ou seja, informações externas que constroem o ser humano.
Por exemplo, ideais políticos, conceito de cultura, método de criação dos pais e etc, porém, essa formação
poderão ser mutáveis por fatores de independência e pensamento individual a partir do autoconhecimento e
desenvolvimento pessoal.
Importante ressaltar que, o autoconhecimento gera autonomia, o que serve como base de estudo para
análise transacional, visto que as pessoas são capazes de decidir o que desejam para suas vidas e produzir as
mudanças necessárias, gerando impacto ao imediatismo. Ou seja, busca de informações em um curto espaço-
tempo, relações baseadas no agora, com eficácia na comunicação direta.
De acordo com os analistas especializados em Análise Transacional, o ser humano carrega dentro de si
a capacidade criativa que alinhado à produtividade identifica os comportamentos funcionais e disfuncionais,
a fim de compreender as consequências dessas relações interpessoais a partir dos Estados de Ego PAC (Pai,
Adulto e Criança).
Dentro do desenvolvimento organizacional, a análise transacional atua de maneira eficaz, uma vez que
os resultados refletem no aumento de produtividade da equipe e também na diminuição de custos de
processos. Para o colaborador, é uma possibilidade de desenvolver o autoconhecimento, afinal, saber sobre si
mesmo é um dos alicerces para o sucesso.
Ao redor das vivências e convivências, a análise transacional converte o papel do ser humano acerca
das relações interpessoais. Visto que nas organizações o conceito de gestão de pessoas permite a troca de
conceitos, ideias e opiniões que são fundamentais para o crescimento de todos.
Fonte: https://www.lingopass.com.br/blog/conheca-a-tecnica-de-analise-transacional
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL
A Psicologia Transpessoal é uma escola da Psicologia considerada por Abraham Maslow (1908-1970)
como a "QUARTA FORÇA DA PSICOLOGIA", sendo a primeira força a Psicanálise, seguida da Psicologia
comportamental, e a terceira a Psicologia humanista. É uma forma de sincretismo teórico, que abarca
conteúdos de muitas escolas psicológicas, como as teorias de Carl G. Jung, Abraham Maslow, Viktor Frankl,
Ken Wilber e Stanislav Grof.
A Psicologia transpessoal tem como objeto o estudo da Consciência e de seus Estados não ordinários
e, neste sentido, congrega vários Recursos Técnicos como a Hipnose, a Meditação, o Relaxamento, e (no
campo da pesquisa) experiência com alucinógenos (Grof, Huxley), além dos Estados Místicos de Tradições
Espirituais. Vários autores como Ken Wilber, e Stanislav Grof, propõem Cartografias da Consciência. A
Abordagem transpessoal tem atraído cientistas de diferentes áreas como Goswami e Rocha Filho, que fazem
a conexão entre o conhecimento científico padrão e as observações e proposições transpessoais.
A Psicologia Transpessoal se propõe a dialogar com a Física quântica, na busca da compreensão dos
fenômenos que ultrapassam o conceito da física clássica e dos princípios energéticos e temporais que são
estudados em linhas de pesquisa diferenciadas como Física e Psicologia, ainda que, haja pouca ou nenhuma
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relação comprovada cientificamente entre as duas áreas, e isso faz com que a área se relacione com o
misticismo quântico, que é um conjunto de crenças pseudocientíficas em torno da física.
A disciplina busca a integração entre aspectos espirituais e transcendentais da experiência humana,
com a estrutura da psicologia moderna. Questões consideradas na psicologia transpessoal incluem o auto-
desenvolvimento espiritual, o "além do ego", experiências de pico, experiências místicas, transe, crises
espirituais, evolução espiritual, conversão religiosa, estados alterados de consciência e práticas espirituais
diversas.
Fonte: Wikipédia
PSICOTRÔNICA
Nomenclatura usada para designar os estudos que associam os fenômenos psiconeurológico do homem
e dos outros seres vivos, de um lado, e os fenômenos da energia do outro.
Este termo vem sendo usado para nomear a ciência da integração de dispositivos eletrônicos com o
cérebro humano.
QUARTA FORÇA
É um termo cunhado por Abraham Maslow (1908-1970) para definir a PSICOLOGIA
TRANSPESSOAL, definida acima.
Esta disciplina busca a integração entre aspectos espirituais e transcendentais da experiência humana,
com a estrutura da psicologia moderna. Questões consideradas na psicologia transpessoal incluem o auto-
desenvolvimento espiritual, o "além do ego", experiências de pico, experiências místicas, transe, crises
espirituais, evolução espiritual, conversão religiosa, estados alterados de consciência e práticas espirituais
diversas.
SELF
O Self ou si mesmo na psicologia junguiana é um dos arquétipos junguianos, significando a unificação
do consciente e do inconsciente em uma pessoa e representando a psique como um todo.
O Self, de acordo com Carl Jung, é percebido como o produto da individuação, que na sua opinião é o
processo de integração da personalidade. Para Jung, o Self é simbolizado pelo círculo (especialmente quando
dividido em quatro quadrantes, chamado quaternidade), o quadrado ou a mandala.
A ideia de que existem dois centros da personalidade distingue a psicologia junguiana. O EGO é visto
como o centro da consciência, enquanto o SELF é definido como o centro da personalidade total, que inclui a
consciência, o inconsciente e o ego; o Self é o todo e o centro. Enquanto o ego é um centro autônomo do
círculo contido no todo, o Self pode ser entendido como o círculo maior.
Fonte: Wikipédia.
SER ORGANICISTA
O ORGANICISMO é uma doutrina que compara, fazendo uma analogia, a sociedade com os
organismos vivos, e que considera que as leis e as teorias biológicas se aplicam aos fatores sociais.
Ou seja, considera a sociedade como um ser vivo.
Muitos organicistas consideram o universo como um ser vivo.
SER PSICOLÓGICO
O ser psicológico é o perfeito reflexo da sua realidade plena. Sendo Espírito imortal, conduz o seu
patrimônio evolutivo — resultado das experiências ancestrais — que se encarrega de modelar os conteúdos
delicados da sua personalidade, elaborando processos de harmonia ou desequilíbrio que resultam dos
condicionamentos armazenados no psiquismo profundo.
Arquiteto da própria vida, em cada realização elabora, conscientemente ou não, os moldes que se lhe
constituirão mecanismos hábeis para a movimentação nos novos investimentos.
Elaborado pela energia inteligente, que o torna especial no complexo campo das vibrações que se
agitam no Universo, o direcionamento que resulte da arte e ciência de pensar responderá pela formação das
estruturas psicológicas e físicas, psíquicas e orgânicas com as quais se haverá nos empreendimentos futuros.
Conforme pensa, constrói os delicados e sutis implementos que se transformarão em força atuante no
mundo das formas. Ao mesmo tempo, exterioriza ondas específicas que se imprimem nos painéis mentais, aí
insculpindo os processos psíquicos que comandarão as futuras atividades.
Em razão disso, quando as elaborações mentais não possuem carga superior de energia, elaborando
imagens perniciosas e inferiores, plasmam-se nos refolhos íntimos as estruturas que irão delinear a conduta,
ensejando harmonia ou abrindo espaço para a instalação de psicopatologias variadas, que se imprimirão nas
engrenagens do conglomerado genético, definidor, de certo modo, graças ao perispírito, da futura estrutura
do indivíduo.
Fonte: Livro AMOR, IMBATÍVEL AMOR, cap. 10, por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
VIDA PARAFÍSICA
Vida além do Plano físico. Ou seja, Vida Espiritual.