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AULA 6
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TEMA 1 – AMPLIAÇÃO DE REPERTÓRIOS: A IMPROVISAÇÃO EM OUTROS
GÊNEROS MUSICAIS
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influenciaram uma série de outros gêneros musicais, inclusive no que se refere
à improvisação como elemento a ser explorado musicalmente. Esse é o caso,
por exemplo, do rock e seus diferentes subgêneros musicais.
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integram tanto momentos do culto religioso (sendo estruturantes para a
condução dos rituais, como no caso das religiões afro-brasileiras como a
umbanda e o candomblé) quanto das festividades. A improvisação também está
presente nesses espaços. Nas religiões afro-brasileiras, por exemplo, há uma
constante improvisação rítmica característica do ritual religioso realizado. Nas
festividades e procissões religiosas encontraremos, por exemplo, as festas de
rua como a Festa do Divino, no litoral brasileiro, que integram diferentes
instrumentos e vozes que executam linhas melódicas e rítmicas improvisadas e
apresentam estilísticas específicas de cada grupo ou músico. Aí também temos
a função de contribuição para a integração da sociedade, que “[...] fornece um
ponto de convergência no qual os membros da sociedade se reúnem para
participar de atividades que exigem cooperação e coordenação do grupo. [...] As
sociedades têm ocasiões marcadas por música que atrai seus membros e os
recorda de sua unidade” (Hummes, 2004, p. 19). Esse é caso, por exemplo, do
fandango, no litoral brasileiro, que é marcado pela integração em sociedade com
base na reunião da comunidade, no qual a presença da música e da dança são
fundamentais e a improvisação musical é comum nas práticas musicais (em
linhas melódicas, rítmicas e vocais) desenvolvidas pelos músicos (Fandango,
2012).
Motivação
intrínseca
Metas e
Desafios
objetivos
Experiência
de fluir
Habilidades Atenção e
necessárias concentração
Engajamento
emocional
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a. o balanceamento entre os desafios;
b. as habilidades das pessoas;
c. uma atenção à motivação intrínseca, aquela que parte do interesse e da
individualidade da pessoa;
d. as metas e objetivos claros;
e. a atenção e a concentração na realização da tarefa, que permitem um
senso de controle sobre ela;
f. o engajamento emocional na atividade.
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prática e assunto a ser desenvolvido. Tal fundamentação pode possibilitar ao
professor de música um domínio sobre o assunto a ser desenvolvido em sala de
aula. Nesse sentido, ele destaca que o professor precisa planejar muito para
chegar a uma aula e improvisar. Não se trata aqui de uma licenciosidade do
professor, mas de um grande domínio do assunto que permite que o professor
possa rever durante a aula novas organizações e possibilidades pedagógico-
musicais que são então improvisadas. No início de nossos estudos sobre a
improvisação musical, vimos que essa prática ocorre em contextos musicais
específicos e por meio de referenciais musicais construídos pelas pessoas em
determinada prática musical. A prática educativo-musical apresenta suas
similaridades quando pensamos na integração de nossas ações de fazer e criar
(propor) junto aos alunos e de escutar suas vozes, necessidades e interesses.
Portanto, assim como no estudo da prática musical para a improvisação, o
planejamento constitui o estudo pedagógico-musical que permite a
adaptação/improvisação em meio às situações e contingências apresentadas
por cada turma de alunos, em cada dia de aula e em cada desenvolvimento
pedagógico-musical.
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NA PRÁTICA
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comuns pode ser dividida em 12 compassos, em uma execução no modo maior
(quando pensamos nos estudos sobre formação das escalas e campo
harmônico). Vejamos como pode ser executada essa base/progressão
harmônica de blues de 12 compassos em modo maior:
• Graus: I-I-I-I-IV-IV-I-I-V-IV-I-I.
• Acordes em Lá Maior: A-A-A-A-D-D-A-A-E-D-A-A (pode ser adicionada a
sétima menor, nas tríades).
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Figura 2 – O kazoo: materiais e construção
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improvisações com diferentes instrumentos, para auxiliar os alunos a
construírem suas práticas.
Essa atividade pode ser ampliada para outros gêneros musicais e gerar
outras que o professor poderá estruturar em seu planejamento. Relembrando o
que vimos nesta aula, ao dominar um assunto, o professor poderá improvisar
pedagogicamente com base nas respostas musicais dos alunos e nos seus
interesses.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
KING, B.B. Lucille. Intérprete: B.B. King. Nova York: Bluesway, 1969.
_____. The Thrill Is Gone. Intérprete: B.B. King e banda. Nova York: Bluesway,
1969.
LED ZEPPELIN. Moby Dick. Intérprete: Led Zeppelin. Los Angeles: Atlantics,
1969.
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Handbook of Music Education. v. 1. Nova York: Oxford University Press, 2012.
p. 163-186.
WISNIK, J. M. O som e o sentido: uma outra história das músicas. São Paulo:
Companhia das Letras, 1989.
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