R1 RISG (Atualizado 18 AGO 23)
R1 RISG (Atualizado 18 AGO 23)
R1 RISG (Atualizado 18 AGO 23)
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA-GERAL DO EXÉRCITO
R-1
ATUALIZAÇÕES
- Port C Ex nº 816, de 19 DEZ 03 (Retificação) – BE 13/04
- Port C Ex nº 728, de 8 OUT 07 – BE 41/07
- Port C Ex nº 109, de 13 MAR 08 – BE 12/08
- Port C Ex nº 319, de 21 MAIO 08 – BE 22/08
- Port C Ex nº 448, de 26 JUN 08 – BE 27/08
- Port C Ex nº 356, de 20 MAIO 13 – BE 21/13
- Port C Ex nº 795, de 29 JUL 14 – BE 31/14
- Port C Ex nº 976, de 26 AGO 14 – BE 35/14
- Port C Ex nº 039, de 28 JAN 15 – BE 06/15
- Port C Ex nº 997, de 15 AGO 16 – BE 33/16
- Port C Ex nº 1.253, de 09 AGO 18 – BE 32/18
- Port C Ex nº 1.774, de 15 JUN 22 BE – 26/22
- Port C Ex nº 2.037, de 18 AGO 23 – BE 34/23
SEPARATA AO BOLETIM DO EXÉRCITO
Nº 51/2003
1ª PARTE
LEIS E DECRETOS
Sem alteração
2ª PARTE
ATOS ADMINISTRATIVOS
Art. 1º Aprovar o Regulamento Interno e dos Serviços Gerais (R-1), que com esta baixa.
Art. 2º Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.
(RISG)
Seção XVII
Do Dentista
Art. 60. O dentista é subordinado tecnicamente ao Ch FS.
Art. 61. O dentista acompanha a unidade em seus deslocamentos, quando o Cmt U decidir
que sua presença seja indispensável, e participa da instrução de quadros, nos limites fixados pelo Cmt U.
Art. 62. As atribuições do dentista são as previstas por regulamentos e instruções do Serviço
de Saúde e o prescrito neste regulamento para os médicos, no que lhe for aplicável.
Art. 63. O dentista tem sob sua responsabilidade todo material e medicamento, distribuídos
ao gabinete odontológico.
Seção XVIII
Do Farmacêutico
Art. 64. O farmacêutico é subordinado tecnicamente ao Ch FS.
Art. 65. As atribuições do farmacêutico são as prescritas por regulamentos e instruções do
Serviço de Saúde e as previstas neste regulamento para os médicos, no que lhe for aplicável.
Art. 66. O farmacêutico tem sob sua responsabilidade todo material e medicamentos
existentes na farmácia e no laboratório clínico.
Seção XIX
Do Capelão Militar
Art. 67. O capelão militar é o assessor do Cmt U nos assuntos da assistência religiosa e de
ordem ético-moral.
Art. 68. Ao capelão militar incumbe:
I - exercer as atividades de assistência religiosa e espiritual dos militares, funcionários civis e
dependentes e cooperar na educação moral dos militares das unidades que lhe forem designadas;
II - dar particular assistência a doentes e presos;
III - manter seus chefes militares e os do SAREx a par de suas atividades, de acordo com a
orientação que deles receber; e
IV - auxiliar em campanhas:
a) contra o uso de substâncias que causem dependência química; e
b) preventivas das doenças sexualmente transmissíveis.
Seção XX
Do Veterinário
Art. 69. O veterinário da unidade dirige o serviço de saúde e higiene dos animais, pelo qual é
responsável perante o Cmt U e as autoridades técnicas superiores.
Art. 70. Incumbe ao veterinário da unidade, além das atribuições e deveres estabelecidos em
outros regulamentos, especialmente o seguinte:
I - ter a seu cargo a enfermaria e a farmácia veterinária, a ferradoria, o plantio de forragens e
a invernada da unidade;
II - exercer, sobre os animais da unidade e sobre os particulares regularmente forrageados, a
mais severa vigilância sanitária;
III - examinar a forragem e fiscalizar o forrageamento dos animais;
IV - visitar frequentemente os depósitos de forragem a seu cargo, baias ou canil e outras
dependências, que interessem ao serviço, mantendo-se a par do estado de conservação e das condições
higiênicas das mesmas, e promovendo, junto ao comando, as medidas que julgar oportunas;
V - examinar, diariamente, a qualidade da carne verde e dos demais alimentos de origem
animal destinados ao consumo da unidade;
VI - verificar frequentemente com o médico e o encarregado do setor de aprovisionamento a
qualidade das rações, participando ao comando as alterações encontradas e sugerindo as medidas que
julgar oportunas;
VII - proceder, diariamente, a visita aos animais baixados, doentes e em observação;
VIII - passar os animais em revista sanitária geral, acompanhado de seus auxiliares, nos dias e
horas fixados;
IX - registrar nos cadernos especiais de registro dos animais das SU as alterações com eles
verificadas;
X - atender, extraordinariamente, aos animais que necessitem de cuidados urgentes;
XI - propor ao comando o sacrifício de animais cujas condições de saúde aconselhem tal
providência, fazendo sacrificar, excepcional e sumariamente, os vitimados por lesões incuráveis,
consequentes de acidentes graves, e os que manifestarem sintomas inconfundíveis de hidrofobia;
XII - tomar as medidas preventivas aconselhadas em casos de moléstias contagiosas e surtos
epidêmicos, de acordo com as disposições técnicas regulamentares, participando ao comando as
providências tomadas e solicitando as que julgar oportunas e escaparem à sua alçada;
XIII - participar, diariamente, ao S Cmt U, em livro especial, todas as alterações ocorridas no
serviço, fazendo acompanhá-lo da matéria que deva ser publicada em BI, devidamente redigida e sob a
forma de proposta;
XIV - manter em dia a escrituração e o arquivo dos documentos do serviço a seu cargo;
XV - enviar, nas épocas oportunas, ao órgão competente de que depender e por intermédio
do Cmt U, mapas, pedidos e relatórios referentes ao serviço, de conformidade com as disposições e os
regulamentos em vigor;
XVI - dirigir a instrução técnica dos enfermeiros-veterinários e ferradores e a complementar
dos condutores;
XVII - escalar o serviço diário da enfermaria-veterinária e ferradoria; e
XVIII - assistir as “revistas de animais”, de acordo com o previsto neste Regulamento.
Art. 71. Os veterinários acompanham a unidade em todos os seus deslocamentos, participam
da instrução de quadros, nos limites fixados pelo Cmt U, e o auxiliam na parte relativa à sua
especialidade.
Seção XXI
Do Regente e do Mestre de Música
Art. 72. O regente ou o mestre de música é o encarregado da banda de música ou fanfarra e
responsável pela apresentação desta fração.
Art. 73. Ao regente ou ao mestre de música incumbe:
I - dirigir pessoalmente a instrução da banda de música ou fanfarra;
II - fiscalizar a parte musical da banda de tambores e de corneteiros ou clarins;
III - responder, perante o S1, pela disciplina da banda de música ou fanfarra nos ensaios,
tocatas e formaturas, levando ao seu conhecimento as irregularidades que ocorrerem;
IV - examinar todo o instrumental, antes de ensaios, tocatas e formaturas, participando ao S1
as alterações que verificar;
V - passar minuciosa revista no pessoal da banda ou fanfarra, antes das tocatas e formaturas,
exigindo correta apresentação, asseio dos uniformes e limpeza do instrumental;
VI - responder pela carga e pela manutenção do instrumental e material diverso distribuído à
banda de música ou fanfarra; e
VII - cooperar com o S1 na seleção do pessoal destinado à QM de corneteiros e clarins.
Seção XXI - A
Do Oficial de Segurança de Voo
Art. 73-A. O Oficial de Segurança de Voo (OSV) é o chefe da Seção de Investigação e
Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Unidade de Aviação do Exército, integrando o estado-maior da
OM, incumbindo-lhe: (Incluído – Port Nr 319-Cmt Ex, de 21 Maio 08).
I - elaborar e coordenar a execução do Programa de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
(PPAA);
II - elaborar, coordenar e atualizar o Plano de Emergência Aeronáutica em Aeródromo (PEAA),
como OSV de Base de Aviação;
III - realizar ou determinar a realização da Ação Inicial nos acidentes e incidentes aeronáuticos
ocorridos em operações sob a responsabilidade da OM, sendo de sua competência a conclusão da
investigação dos incidentes;
IV - assessorar o comandante da OM Av Ex em todos os assuntos de investigação e prevenção
de acidentes aeronáuticos;
V - divulgar, sistematicamente, informações sobre prevenção de acidentes, destinadas ao
pessoal de voo, ao pessoal de manutenção, ao pessoal de apoio ao voo e aos demais integrantes da OM;
VI - providenciar para que todos os pilotos acidentados sejam submetidos, imediatamente, ao
devido controle de saúde, fazendo publicar o resultado em boletim interno;
VII - coordenar com os elementos de saúde as providências a serem adotadas quanto à
segurança de voo e relacionadas à medicina de aviação;
VIII - realizar Vistorias de Segurança de Voo (VSV);
IX - propor modificações a serem introduzidas na lista de verificação básica, elaborada pelo
Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos do Exército (SIPAAerEx), para as VSV;
X - manter, em local apropriado e de acesso restrito ao pessoal qualificado, os registros e
arquivos relativos às investigações de acidentes e incidentes aeronáuticos;
XI - fiscalizar a atualização, a conservação e a manutenção dos equipamentos de
sobrevivência e de primeiros socorros, constantes do “kit de ação inicial”;
XII - fiscalizar o cumprimento das normas de segurança de voo em todos os níveis,
submetendo as recomendações de segurança e as ações corretivas decorrentes à aprovação do Cmt OM
Av Ex; e
XIII - zelar pelo cumprimento da legislação de segurança de voo em vigor.
Seção XXII
Dos Oficiais de Prevenção de Acidentes
Art. 74. O O Prv Acdt U é o assessor do comandante de unidade em questões de prevenção
de acidentes na instrução e em outras atividades de risco, reguladas em planos de instrução e em
manuais específicos, incumbindo-lhe:
I - coordenar e acompanhar as atividades dos O Prv Acdt SU;
II - acompanhar a instrução de prevenção de acidentes no âmbito das subunidades;
III - elaborar e manter atualizado o plano de prevenção de acidentes da unidade;
IV - fiscalizar o cumprimento das normas de prevenção de acidentes por todos os escalões de
comando e setores da unidade, durante as atividades diárias, particularmente as desenvolvidas pelo (a)
Pel. (Seç) Sv Ge e as executadas nas oficinas de manutenção e, quando for o caso, na carpintaria, na
serralheria, na ferradoria e em outras, verificando a utilização correta dos EPI e dispositivos de segurança;
V - examinar e avaliar, detalhadamente, o planejamento da segurança nas diversas atividades
de instrução e em suas correlatas, fiscalizando, secundado pelo respectivo O Prv Acdt SU, a ação dos
escalões de comando envolvidos e o cumprimento das normas previstas por todos os militares
participantes;
VI - fazer adotar novas medidas de segurança, resultantes da observação e da experiência
obtida no decorrer da instrução e de qualquer atividade de risco; e
VII - realizar, a critério do Cmt U, palestras para oficiais, subtenentes e sargentos da unidade.
§ 1º O O Prv Acdt U, no desempenho de suas atribuições, é auxiliado pelos demais Oficiais e
Sargentos de Prevenção de Acidentes existentes na unidade.
§ 2º Nos impedimentos do O Prv Acdt U, o O Prv Acdt SU mais antigo (aí incluindo o da base
administrativa) responde pelas funções daquele oficial.
Art. 75. O O Prv Acdt SU é o assessor de seu comandante na implementação e na fiscalização
das medidas de prevenção de acidentes na instrução e em outras atividades de risco, reguladas em
planos de instrução e em manuais específicos, incumbindo-lhe:
I - ministrar a instrução de prevenção de acidentes, no âmbito da SU;
II - fiscalizar o cumprimento das normas de prevenção de acidentes por todos os escalões de
comando e setores da SU, durante as atividades diárias, verificando o uso correto dos equipamentos e
dispositivos de segurança essenciais;
III - implementar o planejamento de prevenção de acidentes das diversas atividades de
instrução e de suas correlatas, desenvolvidas no âmbito da SU, fiscalizando a ação de todos os
comandantes de fração e o cumprimento das normas previstas por todos militares participantes; e
IV - propor novas medidas de prevenção de acidentes resultantes da observação e da
experiência obtidas no decorrer da instrução e de qualquer atividade de risco.
§ 1º O O Prv Acdt SU, no desempenho de suas atribuições, é auxiliado pelo Sgt Prv Acdt SU.
§ 2º Nos impedimentos do O Prv Acdt SU, o Cmt SU deve designar outro oficial para
responder por essas funções.
§ 3º Para os efeitos deste artigo, base administrativa é considerada uma subunidade.
Seção XXII-A
Do Adjunto de Comando
Art. 75-A. O Adjunto de Comando é o assessor do Comando para questões relativas às praças
e desempenhará cargo acumulativo, exceto nas OM onde houver cargo exclusivo previsto em QCP. (NR -
Port C Ex nº 2.037, de 18 AGO 23)
Art. 75-B. Ao Adjunto de Comando, sempre que determinado pelo Comandante da OM,
incumbe: (NR - Port C Ex nº 2.037, de 18 AGO 23)
I - assessorar o Comandante sobre questões sensíveis e correntes relacionadas às praças, com
destaque nos assuntos relativos ao moral da tropa, ao bem estar, à satisfação profissional, à carreira, à
motivação, à instrução, ao apoio à família militar, à saúde, à assistência social, à justiça e à disciplina, e
em processos decisórios atinentes às praças, tais como concessão de condecorações, promoções,
movimentações, designação para Cursos e Estágios, dentre outros;
II - participar das reuniões do Estado-Maior da OM com a finalidade de assessorar o Comando
nos assuntos atinentes às praças; (NR - Port C Ex nº 2.037, de 18 AGO 23)
III - acessar os oficiais do Estado-Maior e comandantes de subunidade da OM para assessorá-
los nos assuntos relacionados às praças;
IV - participar do processo de planejamento e supervisão de instruções da OM e cooperar
para o correto entendimento e execução de todas as ordens, diretrizes e orientações emanadas do
Comando da OM;
V - ser o interlocutor das preocupações e das necessidades pessoais e profissionais das
praças, incentivando o ambiente saudável, salutar e agregador, estimulando e contribuindo para o
desenvolvimento da Liderança Militar das praças e o desenvolvimento de um ambiente organizacional
que estimule o espírito de iniciativa, bem como o comprometimento com a Instituição, sempre
observando os preceitos da hierarquia e da disciplina e a manutenção das demais atribuições previstas
nas normas e regulamentos do Exército Brasileiro;
VI - cultuar, disseminar e estimular, no ambiente organizacional, o desenvolvimento de
Valores, Deveres e Ética Militares;
VII - acompanhar o desempenho das praças, fomentando a busca do aprimoramento e
aperfeiçoamento profissional desses militares, de forma a colaborar para o incremento das suas
competências pessoais;
VIII - recepcionar as praças quando de sua apresentação na OM e participar do processo da
designação para a ocupação de cargos na OM;
IX - participar da recepção de autoridades, por ocasião das honras e visitas à OM;
X - realizar, participar ou assessorar o Comandante nas inspeções e demais atividades
planejadas ou inopinadas; e
XI - a critério do comandante da OM, acompanhá-lo e/ou representá-lo em atividades
socioculturais e militares externas à OM, tais como palestras, atividades sociais, reuniões, seminários e
afins, principalmente naquelas em que o foco seja o graduado.
§ 1º As atribuições previstas neste artigo complementam e não substituem as atribuições
previstas neste regulamento para os demais integrantes do Estado-Maior das unidades, para os
comandantes de subunidade e para os oficiais subalternos.
§ 2º O militar que desempenhar a função inerente ao cargo de Adjunto de Comando não
concorrerá às escalas de serviço e escalas referentes a processos administrativos. (NR Port Nr 997-Cmt
EX, de 15 AGO 16)
Seção XXIII
Dos Auxiliares da Secretaria
Art. 76. O sargento auxiliar de pessoal é o auxiliar imediato do ajudante-secretário, cabendo-
lhe:
I - organizar e manter em ordem e em dia o arquivo da unidade, de acordo com as normas em
vigor;
II - executar e distribuir às praças da secretaria os trabalhos de escrituração, de acordo com as
instruções recebidas do ajudante-secretário; e
III - zelar pelo material distribuído à secretaria.
Art. 77. Para a execução dos trabalhos da secretaria, o sargento auxiliar de pessoal tem, como
auxiliares, datilógrafos/digitadores e outras praças.
Seção XXIV
Do Primeiro-Sargento Ajudante
Art. 78. O 1º Sgt ajudante é o auxiliar imediato do S1 no serviço da 1ª seção.
Art. 79. Ao 1º Sgt ajudante incumbe:
I - ter perfeito conhecimento de regulamentos, instruções e ordens gerais do Exército, bem
como daqueles relativos à vida da unidade, organizando índices dos BI e de todos os atos administrativos
do Comando do Exército de interesse da OM;
II - coordenar a matéria que deva ser publicada em BI, cuja execução dirige;
III - executar os trabalhos afetos à seção e distribuí-los aos seus auxiliares, de acordo com as
instruções dadas pelo S1;
IV - ter, convenientemente atualizada, uma cópia da escala dos subtenentes, sargentos, cabos
e demais praças, organizada pelo S1;
V - zelar pelo material distribuído à seção;
VI - organizar a Parada diária;
VII - comparecer às formaturas, especialmente àquelas em que deva tomar parte o S1;
VIII - proceder à distribuição do BI, ao toque respectivo, bem como ao seu controle; e
IX - assessorar o S1 nas atividades do setor de pagamento de pessoal.
Seção XXV
Dos Auxiliares das 1ª , 2ª , 3ª e 4ª Seções, do Setor Financeiro e do Setor de Material
Art. 80. Os graduados e outras praças das 1ª , 2ª , 3ª e 4ª seções são auxiliares diretos dos
respectivos chefes de seção, incumbindo-lhes executar os trabalhos de escrituração que lhes forem
confiados, mantendo-os permanentemente em ordem.
Parágrafo único. Incumbe aos auxiliares da 1ª seção responsáveis pelo pagamento de pessoal:
I - elaborar ou analisar as notas para BI contendo os fatos geradores de direitos relativos à
remuneração do pessoal, oferecendo, neste caso, entendimento sobre as mesmas;
II - efetuar, com base no publicado em BI da OM, os registros de saques, descontos,
devoluções e alterações cadastrais no Sistema de Pagamento, por meio dos aplicativos relativos aos
diversos formulários;
III - transmitir os formulários para processamento, no prazo fixado pelo Centro de Pagamento
do Exército;
IV - acessar os relatórios de crítica e de pagamento do Centro de Pagamento do Exército,
procedendo à análise do pagamento e executando as correções necessárias, além de participar à chefia
da seção a ocorrência de pagamentos indevidos, provocados ou não pela unidade;
V - preparar as informações e auxiliar no cumprimento das atribuições previstas para a
unidade nas Instruções Gerais para a Consignação de Descontos em Folha de Pagamento (IG 12-04);
VI - cumprir os procedimentos e as medidas de controle relativas às concessões do auxílio
transporte, da assistência pré-escolar e da etapa de alimentação; e
VII - manter em dia e em ordem as Pastas de Habilitação para a Pensão Militar do pessoal da
unidade, conforme legislação específica;
VIII - manter o S1 permanentemente informado sobre a atividade de pagamento de pessoal;
IX - impedir que pessoas estranhas à seção tenham acesso às dependências do setor de
pagamento, sem a autorização do S1;
X - orientar a equipe designada para realizar o exame de pagamento, de acordo com as
normas vigentes; e
XI - apor as respectivas rubricas/assinaturas em todos os documentos que lhes forem
confiados elaborar, salvo ordem em contrário.
Art. 81. Os graduados e outras praças em serviço no setor financeiro são auxiliares diretos do
encarregado desse setor, sob cujas ordens servem, incumbindo-lhes a execução dos trabalhos de
contabilidade, escrituração e arquivo que lhes forem distribuídos.
Parágrafo único. Incumbe aos auxiliares do setor financeiro:
I - acompanhar, nos sistemas informatizados de administração financeira, as contas contábeis
da OM, em especial as contas em trânsito, dando conhecimento das alterações ao encarregado do setor;
II - consultar e imprimir as mensagens transmitidas pelos sistemas informatizados da
administração federal, entregando-as ao encarregado do setor;
III - realizar, na esfera de sua competência, o registro dos atos e fatos administrativos nos
sistemas informatizados de administração financeira;
IV - cooperar para o cumprimento dos encargos relativos à execução da administração
patrimonial da OM;
V - preparar o relatório mensal de prestação de contas da unidade, submetendo-o à
apreciação do encarregado do setor; e
VI - apor as respectivas rubricas/assinaturas em todos os documentos que lhes forem
confiados elaborar, salvo ordem em contrário.
Art. 82. Os graduados e outras praças em serviço no setor de material são auxiliares diretos
do encarregado daquele setor na escrituração, na guarda e na conservação do material em depósito e
dos trabalhos de recebimento e distribuição do material da unidade.
Parágrafo único. Incumbe aos auxiliares do setor de material:
I - receber, conferir, armazenar nos depósitos e proceder aos respectivos registros, conforme
normas específicas, dos materiais recebidos pela cadeia de suprimento ou adquiridos pela unidade;
II - lotear e distribuir o material mediante autorização do Fisc Adm e do encarregado do setor,
procedendo aos registros necessários à contabilidade patrimonial e financeira;
III - proceder, no que lhe couber, a liquidação das despesas e os respectivos registros
patrimoniais;
IV - confeccionar e encaminhar para a 4ª seção do EM da unidade a documentação necessária
à atualização dos sistemas de controle patrimonial e contábil;
V - cumprir, no que lhe incumbir, as atribuições relativas ao suprimento de fardamento;
VI - participar da execução orçamentária da unidade, no que lhe for determinado;
VII - receber das frações da unidade e recolher ao órgão provedor, para manutenção, os
materiais da linha de suprimento, conforme normas específicas;
VIII - participar de comissões de licitação, de recebimento e de descarga de material, mantida
a devida segregação de funções; e
IX - apor as respectivas rubricas/assinaturas em todos os documentos que lhes forem
confiados elaborar, salvo ordem em contrário.
Seção XXVI
Dos Auxiliares do Aprovisionamento
Art. 83. Os graduados e outras praças em serviço no aprovisionamento são auxiliares diretos
do encarregado do setor, incumbindo-lhes a escrituração, o recebimento, a conservação e a distribuição
dos víveres e da forragem, de conformidade com as disposições regulamentares e as determinações do
encarregado do setor de aprovisionamento.
Art. 84. Os militares citados no art. 83 deste Regulamento devem apor as respectivas
rubricas/assinaturas em todos os documentos que lhes forem confiados elaborar, salvo ordem em
contrário.
Art. 85. Ao graduado do rancho incumbe a direção do serviço de cozinha e de refeitório e o
zelo pela ordem, pelo asseio e pelas disciplina e obediência às normas de prevenção de acidentes nestas
dependências.
Art. 86. Os soldados do rancho são auxiliares diretos do graduado, incumbindo-lhes:
I - o serviço de copa e faxina;
II - a responsabilidade, perante o encarregado do setor de aprovisionamento, pelo controle e
pela manutenção dos materiais carga e relacionado que lhes forem distribuídos; e
III - o fiel cumprimento das normas de prevenção de acidentes.
Art. 87. Ao cozinheiro incumbe:
I - receber os víveres do dia, preparar as refeições em conformidade com o cardápio
estabelecido e proceder à entrega das mesmas aos auxiliares de rancho para distribuição;
II - zelar pela boa ordem do serviço na cozinha, sendo responsável pelo asseio e pelas
disciplina e observância das normas de prevenção de acidentes; e
III - responder pela carga e conservação do material que lhe for distribuído.
Parágrafo único. O cozinheiro é auxiliado por soldados auxiliares do rancho, designados para
aprendizagem dessa qualificação.
Seção XXVII
Do Sargento Auxiliar de Munições, Explosivos e Manutenção de Armamento
Art. 88. O Sgt Aux Mun Expl Mnt Armt, pertencente à 4ª seção do EM da unidade, é o
principal auxiliar do O Mun Expl Mnt Armt, cabendo-lhe as seguintes tarefas:
I - manter-se atualizado com relação aos manuais técnicos em vigor e às orientações da RM;
II - colaborar, como monitor, nas instruções de manutenção de armamento, instrumentos
óticos e manuseio de munição e explosivo;
III - controlar, diariamente, a temperatura e a umidade dos paióis ou depósitos, elaborando
os mapas termo-higrométricos;
IV - orientar a manutenção de 2º escalão do armamento da unidade e o emprego do
ferramental, suprimento e pessoal especializado;
V - realizar, quando determinado, a remoção e a destruição dos engenhos falhados nos
campos de instrução;
VI - manter organizados e atualizados os arquivos de documentos referentes a armamento,
munição e explosivo;
VII - realizar a armazenagem do suprimento Classe V, de forma a permitir a utilização
prioritária dos lotes mais antigos;
VIII - adotar as medidas de segurança que se fizerem necessárias, quanto a reservas, paióis ou
depósitos e ao manuseio por parte do pessoal autorizado;
IX - organizar mostruários e meios auxiliares de suprimento Classe V para serem utilizados na
instrução da unidade;
X - destruir, quando determinado, os elementos da munição e do explosivo condenados em
prova de exame;
XI - auxiliar o O Mun Expl Mnt Armt nos exames e averiguações, nas sindicâncias e nos
pareceres, bem como nas inspeções mensais do estado da munição e do explosivo;
XII - manter o controle físico e do estado de conservação da munição e do explosivo da
unidade, organizando e mantendo em dia um fichário do movimento desse suprimento por lotes de
fabricação e elemento de munição ou explosivo;
XIII - fiscalizar a área do paiol, no tocante à limpeza e conservação;
XIV - entregar, mediante recibo, a munição e/ou o explosivo, necessários à instrução, ao
adestramento, ao emprego da unidade ou subunidade ou por motivos administrativos, por determinação
e sob a supervisão do O Mun Expl Mnt Armt;
XV - receber e conferir a munição e/ou explosivo que tenha que dar entrada no paiol,
inclusive nos dias e horários sem expediente;
XVI - preparar o paiol para receber visitas ou inspeções, conforme orientação do O Mun Expl
Mnt Armt;
XVII - rubricar/assinar todos os documentos que lhe forem confiados elaborar, salvo ordem
em contrário;
XVIII - controlar o pessoal auxiliar, necessário aos trabalhos no paiol; e
XIX - confeccionar, em modelo próprio, o mapa diário de munição e explosivo, assinando-o e
entregando-o ao O Mun Expl Mnt Armt, para que seja enviado ao S Cmt U e permitir a liberação da tropa
ao final do expediente.
Art. 89. A critério do Cmt U, o Sgt Aux Mun Expl Mnt Armt não concorre aos serviços externos
à OM, para melhor cumprir suas tarefas.
Seção XXVIII
Dos Auxiliares de Saúde
Art. 90. Ao Sgt Aux Enf incumbe:
I - preparar os pacientes para consultas, exames e tratamentos;
II - observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas, ao nível de sua qualificação;
III - executar tratamentos especificamente prescritos, ou de rotina, além de outras atividades
de enfermagem, tais como:
a) ministrar medicamentos por via oral e parenteral;
b) realizar controle hídrico;
c) fazer curativos;
d) aplicar oxigenoterapia, nebulização, enteroclisma, enema e calor ou frio;
e) executar tarefas referentes à conservação e à aplicação de vacinas;
f) efetuar o controle de pacientes e de comunicantes em doenças transmissíveis;
g) realizar testes e proceder a sua leitura, para subsídio de diagnóstico quando autorizado;
h) colher amostras para exames laboratoriais, dentro dos limites de sua competência;
i) prestar cuidados de enfermagem pré e pós-operatórios;
j) circular em sala de cirurgia e, se necessário, instrumentar;
l) executar atividades de desinfecção e esterilização;
m) prestar cuidados de higiene e conforto aos pacientes e zelar por sua segurança, inclusive,
alimentando-os ou auxiliando-os na alimentação, quando necessário; e
n) zelar pela limpeza, pela ordem e pelo controle do material, de equipamentos e de
dependências da FS;
IV - integrar a equipe de saúde;
V - auxiliar o Med Ch na instrução técnica de pessoal da FS;
VI - orientar os pacientes na pós-consulta, quanto ao cumprimento de prescrições médicas e
de enfermagem;
VII - participar dos procedimentos pós-morte;
VIII - auxiliar os O Sau na execução dos programas de educação para a saúde, em particular na
instrução ministrada às praças sobre a prevenção de doenças infecto-parasitárias, doenças sexualmente
transmissíveis e uso indevido de substâncias que causem dependência química; e
IX - executar os trabalhos de rotina vinculados à baixa e à alta de pacientes.
Art. 91. Ao Sgt Aux Sau incumbe:
I - chefiar a fração de evacuação da unidade;
II - auxiliar o Med Ch, principalmente, no(a):
a) escrituração relativa ao serviço;
b) organização das notas para o BI;
c) organização da relação do pessoal para a escala de serviço diário da FS;
d) zelo pela conservação, pelo asseio e pela boa ordem das dependências da FS, bem como
de todo o material a ela distribuído;
e) guarda dos medicamentos ordinários, somente fornecendo qualquer medicamento
mediante ordem dos Med, salvo nos casos de urgência, o que será comunicado na primeira
oportunidade; e
f) distribuição de refeições aos doentes;
III - estar a par do serviço da FS.
Art. 92. O cabo atendente tem atribuições correspondentes a auxiliar do Sgt Aux Enf,
incumbindo-lhe ainda:
I - assistir a visita médica; e
II - secundar o Sgt Aux Sau em suas atribuições, especialmente quanto à escrituração, à
conservação e à limpeza do material e das dependências da FS.
Art. 93. Ao cabo padioleiro incumbe:
I - auxiliar os serviços gerais da FS, de acordo com as instruções do Med Ch;
II - auxiliar o Sgt Aux Sau na instrução da especialidade; e
III - dirigir o serviço de faxina na FS, de acordo com as instruções do Med Ch.
Art. 94. Os soldados padioleiros e atendentes participam de todos os serviços e instruções da
FS, de acordo com as instruções do Med Ch.
Art. 95. As praças da FS, no que respeita à instrução, ao serviço técnico e à disciplina durante
a execução do serviço, ficam sob a subordinação do Med Ch; quanto à administração, instrução geral e
disciplina, fora daquele limite, subordinar-se-ão ao Cmt SU.
Seção XXIX
Dos Auxiliares de Veterinária
Art. 96. Ao sargento que exerce atividades de veterinária incumbe:
I - encarregar-se de toda a escrituração relativa ao serviço;
II - zelar pela conservação e limpeza das dependências e do material distribuído à enfermaria
e à farmácia veterinária;
III - acompanhar o veterinário em todas as fases do serviço, auxiliando-o no desempenho de
suas atribuições;
IV - zelar pela disciplina e boa ordem do serviço, de acordo com as ordens e instruções do seu
chefe;
V - organizar a relação do pessoal para efeito de escala de serviço;
VI - fazer curativos e dirigir a distribuição de medicamentos, de acordo com as instruções
recebidas do veterinário;
VII - manter seu chefe a par de todas as alterações verificadas no serviço; e
VIII - rubricar/assinar todos os documentos que lhe forem confiados elaborar, salvo ordem
em contrário.
Art. 97. O sargento mestre ferrador é o encarregado da ferradoria, incumbindo-lhe:
I - dirigir o serviço de ferragem dos animais, executando pessoalmente os que exijam técnica
especial;
II - auxiliar na instrução dos ferradores; e
III - zelar pela limpeza, boa ordem e disciplina no serviço da ferradoria e pela conservação do
material que lhe esteja distribuído.
Art. 98. As praças auxiliares das atividades de veterinária da unidade, no que respeita à
instrução, ao serviço técnico e à disciplina durante a execução do serviço, ficam sob a subordinação do
veterinário; quanto à administração, instrução geral e disciplina; fora daquele limite, subordinam-se ao
Cmt SU.
Parágrafo único. Os cabos e soldados auxiliares das atividades de veterinária executam os
serviços que lhes forem determinados, de acordo com as ordens e instruções recebidas de seus chefes, e
concorrem à escala de serviço organizada pelo veterinário.
Seção XXX
Dos Auxiliares de Comunicações e de Manutenção
Art. 99. Os sargentos das frações de comunicações da unidade são os auxiliares imediatos do
O Com Elt, incumbindo-lhes:
I - secundar a ação do seu chefe na instrução do pessoal de comunicações e no
funcionamento do serviço das respectivas frações;
II - cumprir as determinações e instruções do seu chefe, mantendo-o a par das ocorrências e
circunstâncias que interessem à eficiência das comunicações;
III - exercer autoridade técnica e disciplinar sobre os cabos e soldados de suas frações;
IV - participar do preparo do pessoal e do perfeito funcionamento das comunicações; e
V - exercer rigorosa vigilância sobre o material que lhe for confiado, zelando pela sua
conservação, e providenciando, em tempo, a respeito das avarias e dos extravios que se verificarem.
Art. 100. Aos cabos e soldados das frações de comunicações incumbe:
I - secundar os chefes de frações nos seus encargos de instrução, funcionamento das
comunicações, zelo e manutenção do material;
II - executar, com os elementos a seu cargo, os serviços técnicos e de instrução que lhes
forem determinados;
III - operar a central telefônica da OM;
IV - instalar, operar e realizar a manutenção do sistema de som;
V - realizar a manutenção preventiva dos aparelhos telefônicos; e
VI - concorrer ao serviço de telefonista de dia.
Art. 101. Ao sargento mecânico (de motomecanização, de comunicações, de armamento
etc.), além das atribuições normais, como encarregado de uma ou mais frações especializadas, incumbe:
I - auxiliar o oficial Cmt de sua fração na reparação do material de sua especialidade, visando
a mantê-lo em condições normais de utilização;
II - conhecer o material suscetível de manutenção e recuperação em sua fração, bem como,
as peças de substituição, a fim de executar tais serviços com os recursos existentes;
III - ter sob sua responsabilidade imediata e manter em ordem o material e o ferramental da
sua fração, de modo a poder, à simples vista, informar sobre sua utilização, dispondo dos elementos
indispensáveis à execução de qualquer serviço urgente; e
IV - participar, diariamente, ao oficial Cmt de sua fração, logo no início do expediente, as
faltas de pessoal.
Seção XXXI
Dos Sargentos de Prevenção de Acidentes
Art. 102. Os Sgt Prv Acdt da unidade e de subunidade auxiliam as atividades dos O Prv Acdt da
unidade e de subunidade, respectivamente.
Art. 103. Nos impedimentos dos Sgt Prv Acdt, são observadas, no que couber, as mesmas
prescrições para a substituição temporária dos O Prv Acdt.
Seção XXXII
Dos Motoristas e das Ordenanças
Art. 104. Ao motorista incumbe:
I - dirigir a viatura que lhe for designada, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro e
obedecer, rigorosamente, às normas de segurança e à prevenção de acidentes previstas em planos de
instrução e manuais técnicos;
II - realizar a manutenção de 1º escalão da sua viatura, pela qual é o responsável perante o
comandante da sua fração e o O Mnt Vtr;
III - zelar pela conservação, pelo acondicionamento e pela correta utilização do equipamento
e das ferramentas da viatura;
IV - dispensar os cuidados prescritos quanto às cargas e ao carregamento de viatura, pelos
quais fica responsável quando não houver um chefe de viatura; e
V - manter, em ordem e em dia, as fichas e outros documentos de sua alçada relativos à
viatura que lhe for designada.
Art. 105. Ordenança é o soldado mantido à disposição de um oficial em função de comando, a
partir do escalão subunidade, para auxiliá-lo na vida da caserna e em campanha, incumbindo-lhe:
I - cumprir, com a máxima dedicação, as ordens recebidas do oficial a quem auxilia; e
II - ser o motorista da viatura distribuída ao oficial a quem auxilia, quando for o caso.
§ 1º As ordenanças são designadas mediante indicação do oficial interessado.
§ 2º O direito a ordenança consta do QCP da OM.
§ 3º As ordenanças, normalmente, não concorrem ao serviço interno da unidade.
Seção XXXIII
Do Pessoal da Banda de Música ou Fanfarra
Art. 106. Ao músico incumbe:
I - ter o maior cuidado com o instrumento que lhe seja confiado, mantendo-o em bom estado
de conservação e limpeza e empregando-o apenas na instrução e em cerimônias oficiais, ou em outras,
quando devidamente autorizado; e
II - participar, imediatamente, ao regente ou ao mestre os extravios ou danos verificados no
instrumento que lhe estiver confiado.
Art. 107. Os músicos, sob o ponto de vista da instrução musical, ficam subordinados ao
regente de música, mestre ou contramestre; quanto à instrução geral, administração e disciplina,
subordinam-se ao Cmt SU à qual estiverem vinculados.
Parágrafo único. Os músicos participam das escalas normais de serviço, a critério do Cmt U.
Art. 108. Os aprendizes de música participam de ensaios e tocatas, sem prejuízo da instrução
que devem frequentar nas respectivas SU, nos limites fixados pelo Cmt U, incumbindo-lhes, quanto aos
cuidados com o material, os mesmos deveres atribuídos aos músicos.
Seção XXXIV
Do Pessoal da Banda de Corneteiros ou Clarins e Tambores
Art. 109. Ao sargento corneteiro ou clarim incumbe:
I - dirigir a banda da unidade nos ensaios e nas formaturas, zelando para que a apresentação
se revista do cunho marcial característico das bandas militares;
II - conhecer perfeitamente todos os toques regulamentares;
III - ministrar a instrução regulamentar própria dos corneteiros ou clarins e dos aprendizes,
auxiliado pelos cabos corneteiros ou clarins das SU, aos quais distribuirá turmas de aprendizes,
fiscalizando sua instrução;
IV - examinar, antes de qualquer ensaio ou formatura, todos os instrumentos, dando parte ao
S1 das irregularidades verificadas, quer quanto a extravios, quer quanto à conservação;
V - diligenciar para que sejam observados, rigorosamente, os toques regulamentares como o
prescrito no Manual FA-M-13;
VI - exigir do pessoal da banda a máxima compostura e asseio nos uniformes; e
VII - indicar ao S1 os cabos e soldados que revelem aptidão para corneteiro ou clarim, a fim
de serem propostos para aprendizes, procurando mantê-los em número suficiente para o preenchimento
dos claros disponíveis.
Art. 110. Os cabos corneteiros ou clarins são auxiliares do sargento corneteiro, ao qual
substituem na direção dos corneteiros e clarins da unidade, quando estes não estiverem incorporados à
banda, incumbindo-lhes:
I - dirigir e instruir a banda da unidade, de acordo com as instruções do sargento corneteiro
ou clarim;
II - secundar a ação do sargento corneteiro na instrução de conjunto e instruir a turma de
aprendizes que lhes for distribuída;
III - manter-se em condições de substituir o sargento corneteiro nos impedimentos deste;
IV - zelar pela conservação e limpeza dos instrumentos distribuídos ao pessoal da banda; e
V - reunir os corneteiros ou clarins e os aprendizes, examinar o instrumental e os uniformes e
conduzi-los em forma ao local da instrução, do ensaio ou da formatura, a fim de apresenta-los ao
sargento corneteiro ou clarim.
Art. 111. Quando no efetivo da unidade não for previsto o sargento corneteiro ou clarim, as
incumbências discriminadas no art. 109 deste Regulamento são de responsabilidade do cabo corneteiro
ou clarim mais antigo.
Seção XXXV
De Outros Elementos
Art. 112. Os elementos das dependências ou repartições da unidade, não referidos neste
capítulo, têm atribuições e deveres fixados nos manuais de instrução da Arma, do Quadro ou do Serviço.
Parágrafo único. As praças pertencentes a tais dependências ou repartições participam dos
serviços gerais da unidade, sem prejuízo das suas atribuições peculiares.
CAPÍTULO II
NAS SUBUNIDADES INCORPORADAS
Seção I
Do Comandante, dos Oficiais Subalternos e dos Aspirantes-a-Oficial
Art. 113. Ao Cmt SU, além das ações de planejamento, coordenação, execução e avaliação e
dos encargos que lhe são atribuídos em outros regulamentos, incumbe:
I - educar militarmente seus comandados, orientando-os no sentido da compenetração do
dever, inspirando-se na justiça, tanto para punir, como para recompensar;
II - ter em vista que o comando de uma SU é a verdadeira escola de comando em que o oficial
aprimora as virtudes militares e adquire a energia capaz de manter e elevar o moral da tropa no campo
de batalha;
III - procurar conhecer, com segurança, a personalidade, a capacidade e o preparo
profissional de cada um dos seus oficiais e praças, a fim de melhor orientar-se no cumprimento de sua
missão, como educador, instrutor, disciplinador e avaliador, exigindo-lhes esforços compatíveis com as
suas possibilidades morais, intelectuais e físicas;
IV - procurar desenvolver, entre todos seus comandados, o sentimento do dever e o
devotamento à Pátria, direcionando os melhores esforços para a preparação da SU para o seu emprego;
V - exigir dos seus oficiais, sargentos e cabos a compenetração das responsabilidades
correspondentes à autoridade de cada um deles, a qual se fundamenta no cumprimento rigoroso do
dever, na máxima dedicação ao serviço e no perfeito conhecimento dos manuais de instrução,
regulamentos e ordens em vigor, a fim de que possam ter a autoridade moral indispensável para
servirem de exemplo aos seus subordinados;
VI - considerar a SU como uma família, da qual deve ser o chefe enérgico e justo e interessar-
se para que, a todos os seus membros, se faça inteira justiça;
VII - empenhar-se para que sua SU apresente-se de maneira impecável em qualquer ato;
VIII - cuidar, com especial atenção, da educação moral e cívica de suas praças, principalmente
das recém-incorporadas;
IX - administrar a SU, zelando pelo conforto e pelo bem estar de suas praças;
X - zelar pela saúde de seus comandados e esforçar-se para que adquiram e cultivem hábitos
salutares de higiene física e moral, aconselhando-os, frequentemente, nesse sentido;
XI - zelar pelos seus comandados, quando enfermos, levando-lhes a necessária assistência
moral e material;
XII - providenciar para que sejam passados os atestados de origem aos seus comandados, de
acordo com as instruções reguladoras do assunto;
XIII - encaminhar, pelos trâmites regulamentares, ao comando da unidade, os documentos
comprovantes do estado civil de casado, de união estável ou companheirismo, ou situação de arrimo de
seus comandados, para a publicação em BI e providências decorrentes;
XIV - organizar e manter em dia uma relação nominal de todas as praças da SU, com os
respectivos endereços e com nomes e endereços de suas famílias ou de pessoas por elas mais
diretamente interessadas, para efeito do plano de chamada e de comunicações importantes;
XV - ouvir com atenção os seus comandados e providenciar, de acordo com os princípios de
justiça, para que sejam assegurados os seus direitos e satisfeitos os seus interesses pessoais, sem prejuízo
da disciplina, do serviço e da instrução;
XVI - destacar, perante a SU em forma, os atos meritórios de seus comandados, que possam
servir de exemplo, quer tenham sido ou não publicados em BI;
XVII - observar e avaliar, constantemente, a conduta militar e a civil dos cabos e soldados que
exercem a função de armeiros, de modo a antecipar-se a possíveis problemas com o armamento da SU,
para tanto contará com auxílio dos demais oficiais, do subtenente e dos sargentos da SU;
XVIII - submeter, mediante parte, à decisão da autoridade superior, os casos que, a seu juízo,
mereçam recompensa ou punição superiores às suas atribuições;
XIX - acompanhar com solicitude os processos em que estejam envolvidos os seus
comandados, esforçando-se para que não lhes faltem, nem sejam aqueles retardados, os recursos legais
de defesa;
XX - zelar pela conservação do material distribuído à SU e providenciar, de acordo com as
disposições vigentes, as reparações e substituições necessárias;
XXI - exigir a fiel obediência, por todos os integrantes da SU, às prescrições ou normas gerais
de prevenção de acidentes na instrução e em outras atividades de risco, reguladas em planos de
instrução e em manuais específicos, verificando as condições de segurança nas diversas repartições,
dependências e atividades da SU;
XXII - criar, em seus subordinados, o hábito de utilizar equipamentos de segurança em todas
as atividades de risco, sejam de serviço ou não;
XXIII - providenciar, de acordo com as normas regulamentares, para que se mantenham
completas as dotações de material da SU, especialmente quanto a armamento, equipamento e demais
materiais necessários à instrução e aos seus subordinados;
XXIV - inspecionar, frequentemente, os animais da SU e suas cavalariças ou canil, verificando
se as prescrições pertinentes ao trato e à higiene são convenientemente observadas, e providenciar, de
acordo com o veterinário da unidade, para que a alimentação seja feita conforme o estado de cada
animal e a natureza dos esforços individualmente dispensados;
XXV - proporcionar aos animais treinamento gradual e progressivo, tendo em vista o seu
vigor;
XXVI - fiscalizar a distribuição de forragem ou ração aos animais da SU;
XXVII - realizar, semanalmente, inspeção para determinar as condições das viaturas da SU e
assegurar, de acordo com as instruções do O Mnt Vtr, a manutenção preventiva;
XXVIII - realizar pessoalmente a revista diária de armamento, com a presença do encarregado
de material da SU;
XXIX - remeter, ao S Cmt U, o mapa de armamento resultante da revista diária;
XXX - verificar o recebimento de combustíveis e lubrificantes e seu consumo pelas viaturas de
sua SU;
XXXI - mandar distribuir aos pelotões ou às seções, conforme as condições do
aquartelamento, convenientemente relacionados, todo armamento, viaturas, equipamentos,
arreamentos e outros materiais correspondentes aos seus efetivos reais;
XXXII - responsabilizar os Cmt Pel (Seç) pela (o):
a) instrução profissional e militar dos seus homens, bem como pelo asseio e pela conservação
dos uniformes;
b) ordem dos serviços internos dos seus elementos;
c) asseio das dependências que ocupam;
d) estado dos respectivos animais ou viaturas;
e) guarda, conservação e limpeza de todo o material a seu cargo; e
f) rigoroso cumprimento das normas de prevenção de acidentes na instrução e em outras
atividades de risco;
XXXIII - fiscalizar, frequentemente, os pelotões e as seções, não apenas para tornar efetiva a
responsabilidade prevista no inciso XXXII deste artigo, como, também, para manter a indispensável
unidade de instrução, disciplina e administração da SU, sem prejuízo da iniciativa e autoridade de seus
oficiais;
XXXIV - fiscalizar toda a escrituração da SU, providenciando para que esta se mantenha em
dia e em condições de ser examinada por autoridade superior competente;
XXXV - zelar pela boa apresentação de suas praças e pela correção e asseio nos uniformes,
reprimindo qualquer transgressão nessa matéria;
XXXVI - escalar o serviço normal da SU e/ou outro que for determinado;
XXXVII - permitir, em caráter excepcional, a troca de serviço de escala às praças da SU e,
somente antes de iniciado o serviço, a das que devam ficar sob as ordens de outra SU;
XXXVIII - assinar os documentos de baixas ordinárias de oficiais e praças da SU a instalação de
saúde e, quando no quartel, também as extraordinárias;
XXXIX - participar ao Cmt U as ocorrências havidas na SU, cujas providências escapem às suas
atribuições, assim como as que, pela importância, convenha levar ao conhecimento do Cmt U, embora
sobre estas tenha providenciado;
XL - apresentar ao Cmt U as praças promovidas;
XLI - remeter ao Cmt U, nas datas oportunas, os documentos regulamentares, ficando
responsável pela sua exatidão;
XLII - indicar , ao Cmt U, o Oficial de Prevenção de Acidentes da SU;
XLIII - manter a ordem e a disciplina em sua SU, assegurando permanente serviço de guarda
aos alojamentos e demais dependências;
XLIV - providenciar o arranchamento e o desarranchamento das praças da SU, de acordo com
as normas vigentes;
XLV - solicitar providências, com a necessária antecedência, para a alimentação da SU,
quando esta deva permanecer, em serviço ou instrução, em lugar distante do quartel, bem como para o
fornecimento dos indispensáveis recursos médicos de urgência;
XLVI - verificar, pelo menos semestralmente, a escrituração, a existência e o estado do
material da carga da SU e tornar efetiva a responsabilidade dos seus detentores pelas faltas ou
irregularidades encontradas, participando ao fiscal administrativo a situação do material;
XLVII - anotar, em BI da unidade, os assuntos que devam ser lidos à SU;
XLVIII - aditar ao BI todas as ordens, instruções e providências que julgar necessárias;
XLIX - assistir, pessoalmente ou por intermédio de um oficial subalterno, à leitura do BI à SU;
L - fazer registrar, diariamente, pelos instrutores, a instrução por eles ministrada, as faltas
verificadas, os resultados obtidos e todas as observações úteis ao julgamento do desenvolvimento de
cada ramo da instrução, assim procedendo, também, com a que pessoalmente ministrar;
LI - escalar, mensalmente, um oficial subalterno para seu auxiliar imediato na administração e
na disciplina da SU, sem prejuízo de suas funções normais, a fim de melhor orientá-lo, de acordo com a
sua experiência, na aplicação dos preceitos regulamentares;
LII - assistir, diariamente, à limpeza dos animais ou escalar um subalterno para fazê-lo,
quando for o caso;
LIII - realizar pessoalmente o pagamento das praças da SU, quando este não estiver
centralizado no S1 ou em outros órgãos pagadores;
LIV - assistir, em princípio semanalmente, ao rancho dos cabos e soldados, acompanhado de
pelo menos um oficial subalterno; e
LV - salvo ordem em contrário, apor a respectiva rubrica/assinatura nos documentos
elaborados sob sua responsabilidade.
Art. 114. Os oficiais subalternos da SU são os principais auxiliares do respectivo comandante
para disciplina, instrução, educação e administração da tropa, incumbindo a cada um:
I - manter-se a par das instruções e ordens do Cmt SU, a fim de secundar lhe os esforços e
tornar-se apto a substituí-lo, eventualmente, sem solução de continuidade;
II - estudar, quando mensalmente escalado como auxiliar em administração e disciplina da
SU, todas as questões que tenham de ser resolvidas pelo seu comandante e submeter-lhe a solução que
daria, citando as disposições regulamentares que o orientaram;
III - comandar e instruir a fração que lhe for atribuída;
IV - cumprir com esmero as ordens do Cmt SU, sem prejuízo da iniciativa própria, que lhe
cabe usar no desempenho de suas atribuições;
V - ter pleno conhecimento das disposições regulamentares em vigor e das ordens e
instruções particulares do Cmt U e do Cmt SU;
VI - ler, diariamente, o BI e seus aditamentos;
VII - responder, por ordem de antiguidade, pelo comando da SU, tomando, quando
necessário, qualquer providência de caráter urgente;
VIII - comparecer pontualmente ao quartel e aos locais de instrução, participando, com
antecedência, quando, por motivo de força maior, se encontre impedido de assim proceder, mantendo
seu substituto imediato em condições de substituí-lo na instrução, sem tardança e sem solução de
continuidade;
IX - assistir à distribuição de fardamento e material ao pessoal de sua fração, bem como às
revistas de fardamento;
X - visitar, frequentemente, o alojamento, as baias, o canil, as garagens e os depósitos a seu
cargo, zelando pela limpeza, pela conservação e pela boa ordem dessas instalações;
XI - responder pela carga e pela conservação do material que tenha sido distribuído à fração
sob seu comando;
XII - solicitar ao Cmt SU o material necessário à limpeza e à conservação de armamento,
equipamento, arreamento e viaturas a seu cargo;
XIII - participar, por escrito, ao Cmt SU, os extravios de objetos distribuídos às suas praças ou
à sua fração, indicando os responsáveis, se houver;
XIV - zelar pela correta apresentação de seus homens e passar sua fração em rigorosa revista,
antes de incorporá-la à SU nas formaturas;
XV - fazer cumprir, rigorosamente, no âmbito de sua fração, as prescrições de prevenção de
acidentes na instrução e em atividades de risco;
XVI - registrar pessoalmente a instrução que tiver ministrado, de acordo com as disposições
em vigor;
XVII - entender-se com as autoridades superiores da unidade, em objeto de serviço, somente
por intermédio do Cmt SU ou por ordem deste, salvo no desempenho de serviço sujeito diretamente a
autoridade superior;
XVIII - apresentar-se ao Cmt SU logo que este chegue ao quartel, ou assim que os seus
afazeres o permitam;
XIX - conhecer, individual e perfeitamente bem, todas as praças de sua fração, não só para
obter o máximo resultado na instrução, como para bem assessorar o Cmt SU; e
XX - assistir, em princípio diariamente, com ou sem a presença do Cmt SU, ao rancho dos
cabos e soldados de sua fração.
Parágrafo único. Os tenentes, durante os dois primeiros anos de serviço neste posto, devem
ser classificados como oficiais subalternos de SU, não sendo desviados para outras funções, nem mesmo
dentro da própria unidade, concorrendo, porém, às substituições temporárias que lhes incumbirem.
Art. 115. Os aspirantes-a-oficial exercem as funções inerentes aos oficiais subalternos, com
atribuições e deveres semelhantes, respeitadas as restrições previstas em leis, regulamentos e instruções
específicas.
Seção II
Do Subtenente Encarregado do Material
Art. 116. O subtenente é o encarregado do setor de material da SU, cuja administração lhe
incumbe auxiliar, de conformidade com as ordens do respectivo comandante e de acordo com as
atribuições que lhe são fixadas em legislação e regulamentos vigentes, cabendo-lhe ainda:
I - entregar, mediante recibo, o material distribuído aos pelotões ou às seções e a outras
dependências da SU e, bem assim, qualquer artigo que, por ordem do respectivo comandante, deva sair
da sua reserva, fornecendo aos pelotões e às seções, quando tenham depósito próprio, a relação do
material distribuído, conferida com a que fica em seu poder;
II - entregar, para formaturas ou exercícios, o material dos pelotões ou das seções,
verificando o seu estado ao recebê-lo de volta e participando as faltas ou os danos verificados ao Cmt SU;
III - propor, ao respectivo Cmt SU, todas as medidas que julgue convenientes para o
melhoramento das condições materiais da SU;
IV - organizar e assinar todas as relações de material que devam ser apresentadas pela SU,
submetendo-as à apreciação do Cmt SU para aposição do visto;
V - acompanhar o Cmt SU nas revistas e inspeções de material e na inspeção diária do
armamento da SU;
VI - solicitar ao Cmt SU as formaturas especiais que se tornarem necessárias para a verificação
e a fiscalização que lhe incumbem;
VII - encarregar-se, de acordo com as instruções do seu Cmt SU, das providências relativas à
alimentação da SU, quando esta deva permanecer, em serviço ou instrução, em lugar distante do quartel;
VIII - instruir os sargentos e cabos da SU nos assuntos relativos à escrituração e à
contabilidade do material e auxiliar na instrução geral das praças, na parte referente à conservação e ao
uso dos uniformes e à limpeza do armamento;
IX - exercer, nas formaturas, o comando de pelotão ou seção, quando determinar o Cmt SU
ou quando lhe incumbir por direito;
X - exercer sobre o pessoal da SU a necessária autoridade, na ausência do respectivo
comandante e de seus oficiais, recorrendo ao S Cmt U, quando necessário, e submetendo seus atos à
consideração do seu Cmt SU; e
XI - apresentar-se, diariamente, ao Cmt SU, logo que este chegue ao quartel, informando-o
sobre o andamento das ordens recebidas.
Art. 117. O subtenente, para o desempenho das suas múltiplas atribuições, tem como
auxiliares o furriel, o mecânico de armamento leve e os soldados capacitados para o exercício das
diferentes atividades.
Seção III
Do Sargenteante e dos Sargentos
Art. 118. Os sargentos são auxiliares do Cmt SU e dos oficiais da SU em educação, instrução,
disciplina e administração e lhes incumbe, ainda, assegurar a observância ininterrupta das ordens
vigentes, angariando a confiança dos seus chefes e a estima e o respeito dos seus subordinados.
Art. 119. Ao Sgte SU incumbe:
I - ter a seu cargo toda a escrituração corrente da SU, referente à pessoal, ao serviço e à
instrução, e executá-la, auxiliado pelos demais sargentos, mantendo-a em dia e em ordem, e
submetendo-a a apreciação do Cmt SU para aposição do visto;
II - fiscalizar a execução da escrituração que distribuir aos seus auxiliares, ficando responsável
pelas irregularidades existentes;
III - organizar as relações de pessoal para as escalas de serviço a cargo da SU;
IV - responsabilizar-se pelo arquivamento de todos os documentos que devam ser
conservados na SU, de acordo com as normas em vigor;
V - organizar um índice dos assuntos publicados nos BI que interessem à SU;
VI - responder pela SU, na ausência dos oficiais e do subtenente, exercendo sua autoridade
sobre as demais praças, nas questões de serviço e disciplina;
VII - proceder à chamada ou verificação das praças nas formaturas, anotando as faltas;
VIII - instruir os demais sargentos nos assuntos concernentes à escrituração, a fim de pô-los a
par do serviço e prepará-los para o substituírem em seus impedimentos;
IX - auxiliar na instrução da SU, como lhe for determinado pelo respectivo Cmt;
X - estar em condições de substituir os oficiais subalternos no comando de pelotão ou seção;
XI - conhecer a instrução de sua Arma, Quadro ou Serviço até a escola do pelotão ou da
seção, bem como, os diversos manuais de instrução e regulamentos, devendo possuir os conhecimentos
necessários ao exercício de suas atribuições;
XII - proceder à leitura do BI e de seus aditamentos para a SU;
XIII - pôr em forma, quinze minutos antes da Parada, as praças que devam entrar de serviço,
fazer a respectiva chamada, revistar-lhes os uniformes, o equipamento e o armamento, e conduzi-las, ao
toque ou à hora regulamentar, ao local determinado;
XIV - formar as praças da SU para as revistas e, quando impossibilitado, designar, por escala,
outro sargento para substituí-lo, com o conhecimento do respectivo Cmt;
XV - apresentar, diariamente, ao Cmt SU, os documentos endereçados à SU;
XVI - participar, ao S Cmt U, na ausência dos oficiais ou do subtenente da SU, qualquer
ocorrência que exija providência imediata;
XVII - apresentar-se, diariamente, ao oficial da SU que chegue primeiro ao quartel,
participando-lhe as ocorrências havidas e ao respectivo Cmt SU logo após sua chegada; e
XVIII - submeter à assinatura do Cmt SU o expediente diário, à hora por ele marcada.
Seção IV
Do Furriel
Art. 121. O furriel é o encarregado das atividades relativas ao pagamento do pessoal e ao
arraçoamento da SU.
Art. 122. Ao furriel incumbe:
I - auxiliar no preparo da documentação referente aos vencimentos das praças da SU,
baseando-se nas alterações fornecidas pelo Sgte, já publicadas em BI;
II - organizar e assinar, diariamente, os vales de ração das praças e os de forragem dos
animais da SU, remetendo-os após a aposição do visto pelo Cmt SU;
III - executar os trabalhos de escrituração que lhe forem atribuídos, rubricando-os ou
assinando-os, salvo ordem em contrário; e
IV - manter-se em condições de prestar quaisquer informações relativas ao pagamento do
pessoal da SU.
Seção V
Do Graduado Encarregado de Viaturas e do Graduado Mecânico de Armamento Leve
Art. 123. O graduado encarregado de viaturas é o auxiliar do subtenente na execução da
administração da SU, na parte relativa a material de motomecanização (viaturas e equipamentos).
Art. 124. Ao graduado encarregado de viaturas incumbe:
I - executar os trabalhos de escrituração referentes às viaturas, rubricando-os ou assinando-
os, salvo ordem em contrário;
II - preencher, convenientemente, a Ficha de Serviço de Viatura sempre que saírem
isoladamente as viaturas que lhe são afetas;
III - fiscalizar a manutenção de 1º escalão e a escrituração do “Livro Registro de Viatura”, e
realizar a manutenção de 2º escalão que lhe for autorizada, assim como quaisquer outros encargos,
inclusive os peculiares dos motoristas da SU;
IV - organizar e arquivar as fichas de manutenção preventiva, mensal e semestral,
comunicando, com a devida antecedência, ao subtenente, quais viaturas serão submetidas a uma dessas
manutenções;
V - participar ao subtenente, tão logo tome conhecimento:
a) toda e qualquer indisponibilidade verificada em suas viaturas; e
b) qualquer acidente ocorrido com uma de suas viaturas, anexando a Ficha de Acidentes
preenchida pelo motorista;
VI - inspecionar, frequentemente, os acessórios e as ferramentas das viaturas sob sua guarda,
participando, imediatamente, ao subtenente, qualquer falta ou avaria;
VII - impedir que os motoristas, em qualquer caso, executem nas viaturas outros serviços que
não os de manutenção de 1º escalão;
VIII - impedir que sejam executados, nas viaturas sob sua guarda, trabalhos de manutenção
não autorizados pelo Cmt SU, informando ao subtenente as infrações a esta norma; e
IX - zelar pelo cumprimento das normas de prevenção de acidentes previstas em planos de
instrução e manuais técnicos.
Art. 125. O graduado mecânico de armamento leve é o auxiliar do subtenente na execução da
administração da SU, na parte relativa a armamento e munição, e responsável pela execução da
manutenção do armamento e pela obediência às normas de prevenção de acidentes previstas em planos
de instruções e em normas técnicas.
Seção VI
Dos Armeiros
Art. 126. Os cabos ou soldados designados para a função de armeiro têm que evidenciar, de
modo inequívoco, uma exemplar conduta militar e civil para o desempenho de tão importante tarefa.
Art. 127. Ao armeiro incumbe a responsabilidade exclusiva de:
I - controlar e registrar a distribuição e a devolução das armas por todos os militares, sem
exceção, inclusive nos dias e horários sem expediente;
II - confeccionar o mapa diário do armamento para fins da revista diária a ser realizada pelo
Cmt SU;
III - não permitir a entrada de cabos, soldados e de pessoal estranho à SU na reserva, salvo se
existir autorização superior para tal; e
IV - comunicar, imediatamente, ao comandante de fração e/ou de SU toda e qualquer
alteração ocorrida com o armamento sob sua responsabilidade.
Art. 128. O armeiro não concorre às escalas de serviço interno e externo, para melhor
cumprir o previsto no inciso I do art. 127 deste Regulamento.
Seção VII
Dos Corneteiros ou Clarins
Art. 129. Os cabos ou soldados corneteiros ou clarins são elementos orgânicos da SU, com a
qual participam dos exercícios e formaturas isoladas.
Parágrafo único. Nas formaturas da unidade, os cabos ou soldados corneteiros ou clarins são
os elementos constitutivos da banda de tambores e corneteiros ou clarins.
Art. 130. Aos cabos ou soldados corneteiros ou clarins incumbe:
I - prestar serviços de mensageiros ao Cmt SU por ocasião de exercícios e em campanha;
II - participar dos ensaios da banda da unidade, sob a direção do cabo ou sargento corneteiro
ou clarim, esforçando-se pelo desenvolvimento próprio e perfeito conhecimento e execução dos toques
regulamentares;
III - participar das instruções da SU, de acordo com as ordens do respectivo Cmt;
IV - concorrer ao serviço de ordens da unidade; e
V - ter o maior cuidado com o instrumental a seu cargo, mantendo-o em bom estado de
conservação e limpeza e participando ao Cmt SU qualquer avaria ou extravio verificado.
Seção VIII
Dos Cabos e Soldados
Art. 131. Aos cabos incumbe:
I - auxiliar na instrução do elemento de tropa que lhes incumbir ou lhes for confiado;
II - participar ao seu Cmt direto as ocorrências que se verificarem com o pessoal a seu cargo;
III - comandar o elemento de tropa que regularmente lhes incumbir ou que lhes seja
confiado;
IV - manter-se em condições de substituir, eventualmente, os 3º Sgt, na instrução e nos
serviços; e
V - cumprir, rigorosamente, as normas de prevenção de acidentes na instrução e atividades
de risco.
Art. 132. O soldado é o elemento essencial de execução e a ele, como a todos os militares,
cabe os deveres de:
I - pautar a conduta pela fiel observância das ordens e disposições regulamentares;
II - mostrar-se digno da farda que veste; e
III - revelar como atributos primordiais de sua nobre missão:
a) o respeito e a obediência aos seus chefes;
b) o culto à fraternal camaradagem para com os companheiros;
c) a destreza na utilização do armamento que lhe for destinado e o cuidado com o material
que lhe seja entregue;
d) o asseio corporal e o dos uniformes;
e) a dedicação pelo serviço e o amor à unidade; e
f) a consciente submissão às regras disciplinares.
Art. 133. Ao soldado cumpre, particularmente:
I - esforçar-se por aprender tudo o que lhe for ensinado pelos seus instrutores;
II - evitar divergências com camaradas ou civis e abster-se de prática de vícios ou atividades
que prejudicam a saúde e aviltam o moral;
III - manter relações sociais somente com pessoas cujas qualidades morais as recomendem;
IV - portar-se com a máxima compostura e zelar pela correta apresentação de seus
uniformes, em qualquer circunstância;
V - compenetrar-se da responsabilidade que lhe cabe sobre o material de que é detentor,
abstendo-se de desencaminhar ou extraviar, propositadamente ou por negligência, peças de fardamento,
armamento, equipamento ou outros objetos pertencentes à União;
VI - participar, imediatamente, ao seu chefe direto o extravio ou estrago eventual de qualquer
material a seu cargo;
VII - apresentar-se ao Cb Dia, quando sentir-se doente;
VIII - ser pontual na instrução e no serviço, participando ao seu chefe, sem perda de tempo e
pelo meio mais rápido ao seu alcance, quando, por motivo de doença ou de força maior, encontrar-se
impedido de cumprir esse dever; e
IX - cumprir, rigorosamente, as normas de prevenção de acidentes na instrução e nas
atividades de risco.
CAPÍTULO III
EM OUTRAS SUBUNIDADES INCORPORADAS
CAPÍTULO IV
NAS BASES ADMINISTRATIVAS
Art. 136. No caso da OM possuir base administrativa, as atribuições relativas às atividades de
administração orçamentária, financeira, contábil, patrimonial e de pessoal são as estabelecidas em
instruções ou normas que regulam o funcionamento das referidas bases, preconizando as adaptações
que se fazem necessárias em diversas competências previstas neste regulamento.
Art. 137. As bases administrativas são responsáveis pela administração, disciplina e instrução
de todo o pessoal auxiliar das repartições internas da unidade, não pertencente às SU.
TÍTULO III
DAS DEPENDÊNCIAS INTERNAS
CAPÍTULO I
DAS GENERALIDADES
Art. 138. A organização da unidade, as facilidades de vigilância e a melhor ligação entre o
comando, à tropa e os serviços são fatores preponderantes na distribuição das dependências que
constituem o quartel.
Art. 139. Além das servidões referidas no art. 138 deste Regulamento, deve-se ter em vista:
I - tanto quanto possível, todas as SU, os serviços e os demais elementos funcionam em
dependências próprias, constituindo gabinetes, reservas, alojamentos, oficinas, depósitos e outros;
II - em princípio, os oficiais exercem suas atividades em gabinetes, e os Cmt Pel (Seç), os
subtenentes e sargentos nas reservas de suas respectivas frações de tropa;
III - nas SU deve haver um alojamento para os cabos e soldados, podendo haver alojamento
destinado a oficiais e outro a seus subtenentes e sargentos;
IV - os alojamentos compreendem dormitório e vestiários e, sempre que possível, os armários
de roupa do pessoal são colocados em dependência própria (vestiários) ou reunidos numa parte do
alojamento, separados das camas;
V - em camas, armários, cabides ou outros móveis de uso pessoal das praças, são colocados,
bem à vista, os números e as graduações dos seus detentores;
VI - nas entradas das diversas dependências são colocadas placas indicativas;
VII - em cada alojamento, sala de trabalho ou dependência deve haver, em lugar bem visível,
um quadro com a relação do material carga em uso;
VIII - em todas as repartições da unidade e nas SU são afixados quadros com o resumo das
ordens internas em vigor que particularmente lhes interessarem;
IX - nas dependências do quartel, somente devem ser afixados cartazes de exaltação cívica, de
instrução, de motivos militares ou de significado histórico;
X - na sala do Of Dia e no gabinete do S1, são afixadas, em quadros próprios ou colecionadas
em pastas apropriadas, as ordens e disposições particulares em vigor na unidade, para conhecimento,
especialmente, dos oficiais recém-incluídos;
XI - as dependências são mantidas em completo estado de asseio e higiene;
XII - quando o responsável por uma dependência ou um alojamento estiver ausente, o mais
antigo presente é o responsável pela ordem, pelos asseio e higiene e pela conservação dos objetos de
uso comum ali existentes;
XIII - todos devem dispensar constantes cuidados no sentido de evitar riscos de incêndio; e
XIV - pelo BI é designado o relógio que marcará a hora certa da unidade, ficando a exatidão
das horas sob a responsabilidade do S1.
CAPÍTULO II
DO SALÃO DE HONRA
Art. 140. Em cada unidade deve haver, sempre que possível, uma sala especialmente
mobiliada, destinada à recepção de autoridades e visitas (salão de honra), podendo ser nela instalados
retratos dos grandes vultos da História do Brasil.
Art. 141. O salão de honra fica sob a responsabilidade do O Com Soc ou de um subtenente ou
sargento designado pelo Cmt U.
CAPÍTULO III
DAS SALAS DE INSTRUÇÃO
Art. 142. As unidades devem dispor de uma sala convenientemente aparelhada, destinada à
instrução e à realização de conferências e palestras.
Parágrafo único. A sala de instrução fica sob a responsabilidade do S3.
Art. 143. As unidades dispõem, ainda, de uma sala destinada à guarda dos meios auxiliares de
instrução, sob a responsabilidade do S3 ou de um subtenente ou sargento designado pelo Cmt U.
CAPÍTULO IV
DO CASSINO DE OFICIAIS
Art. 144. Pode haver na unidade um cassino de oficiais com a totalidade ou parte das
seguintes instalações:
a) sala de refeições;
b) sala de recreação; e
c) dormitório.
§ 1º O encarregado do cassino é um oficial designado pelo Cmt U.
§ 2º Somente fora das horas de expediente da unidade é permitida a permanência em trajes
civis nas instalações do cassino.
Art. 145. A sala de recreação é destinada à leitura de revistas e jornais, podendo dispor de
jogos de salão (bilhar, sinuca, damas, dominó, gamão, xadrez, tênis de mesa etc.), de aparelhos de áudio
e vídeo.
Parágrafo único. O horário e as condições de funcionamento da sala de recreação são
estabelecidos nas NGA/U.
Art. 146. De acordo com as disponibilidades do quartel, pode ser permitida a residência de
oficiais da unidade em dependências internas apropriadas.
Parágrafo único. As condições de ocupação de tais dormitórios são reguladas nas NGA/U.
Art. 147. Pode haver, ainda, um vestiário para oficiais, tendo, anexos, lavatórios, banheiros e
instalações sanitárias.
CAPÍTULO V
DO CASSINO DE SUBTENENTES E SARGENTOS
Art. 148. Pode haver na unidade um cassino de subtenentes e sargentos, com a totalidade ou
parte das seguintes instalações:
a) sala de refeições;
b) sala de recreação; e
c) dormitórios.
§ 1º Aplicam-se ao cassino dos subtenentes e sargentos as mesmas prescrições referentes ao
cassino dos oficiais, exceto no que se refere ao uso de trajes civis na sala de refeições, que deve ser
regulado em NGA/U.
§ 2º O encarregado do cassino é um subtenente ou sargento designado pelo Cmt U.
Art. 149. De acordo com as disponibilidades do quartel, pode ser permitida a residência de
subtenentes e sargentos da unidade em dependências internas apropriadas.
CAPÍTULO VI
DAS SALAS DE RECREAÇÃO PARA CABOS E SOLDADOS
Art. 150. Na unidade pode haver uma ou mais salas de recreação para cabos e soldados,
preferencialmente uma por SU, constando de sala de leitura, jogos de salão e aparelhos de áudio e vídeo.
Art. 151. O horário e as condições de funcionamento das salas de recreação são estabelecidos
nas NGA/U.
CAPÍTULO VII
DA FORMAÇÃO SANITÁRIA
Art. 152. O Serviço de Saúde da unidade funciona na FS, cabendo à direção deste ao
comandante do pelotão de saúde ou chefe da seção de saúde, que é responsável por seu funcionamento
e a conservação e higiene da FS.
§ 1º Em princípio, nas dependências da FS, estão localizados o gabinete do médico, o
gabinete odontológico, a enfermaria, a sala de espera, a farmácia, a sala de fisioterapia, o depósito de
material de saúde e a sala do enfermeiro-de-dia.
§ 2º No âmbito da unidade, a assistência médica aos militares e seus dependentes é prestada
na FS, de acordo com o horário proposto pelo Med Ch e aprovado pelo Cmt U.
§ 3º A assistência em domicílio é prestada somente quando o estado de saúde do doente não
permitir o seu comparecimento à FS.
§ 4º As praças que adoecerem em domicílio são transportadas para a enfermaria, tão logo
suas condições de saúde o permitam.
Art. 153. O serviço interno diário na FS consiste:
I - na assistência ininterrupta aos doentes e na guarda da enfermaria;
II - nos primeiros socorros médicos de urgência;
III - na assistência, por meio de consultas e curativos, aos militares da unidade e seus
dependentes, na FS ou em domicílio, de acordo com a legislação vigente; e
IV - na vigilância sanitária contínua do quartel e do pessoal.
§ 1º O serviço ordinário é executado por todo o pessoal da FS, conforme determinado pelo
respectivo chefe.
§ 2º O serviço de escala destina-se a atendimentos extraordinários fora do período de
expediente.
Art. 154. O apoio de saúde das unidades é assegurado pela FS da OM constituída pelo
pessoal, pelo material e pelas dependências necessárias à execução do serviço.
Art. 155. O pessoal da FS é constituído de acordo com o QCP da OM e seus integrantes não
serão empregados em atividades estranhas ao Serviço de Saúde.
§ 1º Durante o serviço, o pessoal da FS fica sob a autoridade do Med Ch, no que se refere à
instrução e aos serviços técnicos, e no que se referir à administração e à disciplina, fica sob a autoridade
do Cmt SU a que pertencer.
§ 2º A instrução peculiar do pessoal da FS é ministrada sob a direção do Med Ch, ficando a
instrução não especializada a cargo da SU a que pertencer, de acordo com o programa de instrução da
unidade.
CAPÍTULO VIII
DO RANCHO
Art. 156. A alimentação da tropa deve ser objeto de máxima preocupação do comando da
unidade.
§ 1º Os militares têm direito à alimentação no quartel, de acordo com o estipulado na
legislação em vigor.
§ 2º Há, normalmente, três refeições diárias – café, almoço e jantar – distribuídas de acordo
com o horário da unidade.
§ 3º Às praças de serviço é fornecida, à noite, uma refeição quente.
Art. 157. Conforme as possibilidades em pessoal e em material, o rancho de cada unidade
tem refeitório em três salas separadas – para oficiais, para subtenentes e sargentos e para cabos e
soldados.
Art. 158. As refeições preparadas são submetidas à aprovação do Fisc Adm, por meio de uma
amostra; depois de aprovadas, o encarregado do setor de aprovisionamento ficará em condições de
mandar distribuir as refeições.
Parágrafo único. Nos dias sem expediente, a amostra é examinada pelo Of Dia, salvo se
estiver presente no quartel o Fisc Adm.
Art. 159. As praças que não puderem comparecer às refeições à hora regulamentar, por
motivo de serviço, são servidas em horário definido nas NGA/U.
Art. 160. Os cabos e soldados seguem para o rancho em forma por SU, sob o comando dos
respectivos Sgt Dia, que apresentarão ao Of Dia a relação dos que deixaram de comparecer por motivo de
serviço.
Art. 161. O funcionamento dos refeitórios para as refeições dos oficiais e dos subtenentes e
sargentos é fixado no horário da unidade.
Art. 162. As disposições relativas à organização, à direção, à execução e à fiscalização de tudo
o que se referir ao rancho, não previstas neste regulamento, são estabelecidas em outros dispositivos
regulamentares e nas NGA/U.
CAPÍTULO IX
DAS OFICINAS
Art. 163. As oficinas de manutenção da unidade (de motomecanização, de comunicações, de
armamento e outras) destinam-se à execução dos trabalhos de manutenção de 2º escalão, previstos nos
manuais técnicos do material em uso da unidade.
§ 1º Podem ser executados trabalhos de 3º escalão, quando autorizados.
§ 2º Sem prejuízo de sua finalidade específica, a oficina pode reparar os artigos inutilizados no
uso diário ou substituir os extraviados, podendo, também, confeccionar os artigos necessários à instrução
ou ao serviço.
§ 3º Os chefes de oficinas de manutenção são os responsáveis pela fiel observância, por todos
os integrantes, das normas de prevenção de acidentes previstas em planos de instrução e manuais
técnicos, pela verificação das condições de segurança das respectivas oficinas e pelo uso de EPI e
dispositivos de segurança.
Art. 164. A unidade também pode possuir, de acordo com seus recursos e possibilidades
materiais, carpintaria, marcenaria, serralheria e outras que se tornarem necessárias, destinando-se estas:
I - a reparações do material distribuído e em uso na unidade, não proibidas em regulamentos
ou manuais técnicos; e
II - à confecção, nas mesmas condições, de artigos para substituição dos inutilizados,
extraviados ou necessários à instrução ou ao serviço.
Parágrafo único. O Cmt Pel Sv Ge/Ch Seç Sv Ge é o responsável pela disciplina do pessoal,
pelo bom funcionamento, pelo material distribuído, pela obediência às normas de prevenção de
acidentes e pelo uso dos EPI e dispositivos de segurança, tudo relativo às oficinas citadas neste artigo.
Art. 165. As diversas oficinas da unidade, sempre que possível, são organizadas em seções,
tais como na oficina de motomecanização (seções de mecânica, pintura, lanternagem, elétrica etc.).
Art. 166. Cada seção tem um encarregado responsável perante o chefe da oficina, não apenas
pela execução dos trabalhos que forem ordenados, como também:
I - pela guarda, conservação e emprego de todo o material que lhe for confiado;
II - pelo cumprimento das normas de prevenção de acidentes;
III - pela verificação das condições de segurança das respectivas seções; e
IV - pelo uso de EPI e dispositivos de segurança.
§ 1º Os encarregados das seções são responsáveis pela ordem e pela disciplina e não devem
permitir que nelas permaneçam ou participem dos trabalhos, praças estranhas ao serviço, sem
consentimento ou ordem superior.
§ 2º As seções que contenham material inflamável ou explosivo, ou cujo equipamento
permaneça em funcionamento contínuo, são motivo de medidas específicas de prevenção de incêndios
ou explosões, sendo tais providências da responsabilidade do chefe da oficina, que deve fiscalizar
seguidamente se são eficazes.
Art. 167. O comando da unidade deve empenhar-se para que as oficinas e, quando for o caso,
as seções de cada oficina funcionem em dependências separadas, próprias e seguras, a fim de serem
definidas as responsabilidades dos respectivos encarregados.
Art. 168. Nos trabalhos das oficinas são observadas as seguintes disposições:
I - nenhum trabalho é executado pelo pessoal da oficina sem a respectiva "ordem de serviço”
assinada pelo S4 e os trabalhos urgentes ordenados pelo Cmt U são confirmados, posteriormente,
também por “ordem de serviço” assinada pelo S4; e
II - qualquer trabalho somente pode ser executado na oficina, após previamente orçado pelo
respectivo encarregado.
CAPÍTULO X
DA BIBLIOTECA E DOS ESPAÇOS CULTURAIS
Art. 169. Cada unidade deve possuir e manter, sempre que possível, uma biblioteca
constituída de obras de cultura geral, especialmente sobre assuntos militares, História e Geografia do
Brasil, podendo dispor de uma coleção de publicações do Exército e de galerias de retratos de que trata
este Regulamento.
Parágrafo único. O funcionamento da biblioteca obedece às prescrições de instruções ou
normas em vigor e, no que couber, das NGA/U.
Art. 170. Cada unidade pode possuir e manter um espaço cultural com parte ou a totalidade
das seguintes finalidades:
I - destacar os feitos históricos ou os heróis da OM ou do Exército;
II - mostrar a evolução da Arma, do Quadro ou do Serviço que a OM representa;
III - estimular a vocação para a carreira militar; e
IV - incentivar o interesse pela preservação da memória e dos valores da OM e do Exército.
§ 1º O espaço cultural da OM é caracterizado por uma ou mais das seguintes dependências:
I - museu;
II - sala de exposição;
III - memorial; e
IV - monumento.
§ 2º O funcionamento do espaço cultural obedece às prescrições de instruções ou normas em
vigor que regulam o assunto e, no que couber, das NGA/U.
CAPÍTULO XI
DA CANTINA E DE OUTRAS INSTALAÇÕES CONGÊNERES
Art. 171. O Cmt U pode permitir, no respectivo aquartelamento, o funcionamento de
pequenas instalações comerciais, tais como cantina, alfaiataria, lavanderia, engraxataria, barbearia,
armarinho e xerografia, caracterizadas pela destinação de prestação de serviços ao pessoal civil e ao
militar, vinculados à unidade onde se localizarem, e exclusivamente, destinadas a estes fins.
Parágrafo único. Em hipótese alguma, o funcionamento dessas instalações pode onerar a
administração da unidade, ficando elas responsáveis pela sua própria contabilidade.
Art. 172. As instalações tratadas no art. 171 deste Regulamento funcionam sob a forma de
cessão de uso, de acordo com a legislação pertinente.
TÍTULO IV
DOS SERVIÇOS GERAIS
CAPÍTULO I
DO BOLETIM INTERNO
Art. 173. O BI é o documento em que o Cmt U publica todas suas ordens, as ordens das
autoridades superiores e os fatos que devam ser do conhecimento de toda a unidade.
§ 1º O BI é dividido em quatro partes:
I - 1ª – Serviços Diários;
II - 2ª – Instrução;
III - 3ª – Assuntos Gerais e Administrativos; e
IV - 4ª – Justiça e Disciplina.
§ 2º O BI é publicado diariamente ou não, conforme as necessidades e o vulto das matérias a
divulgar.
§ 3º Os assuntos avaliados e julgados sob restrição de acesso deverão ser publicados em
boletim de acesso restrito, organizado pela seção ou divisão de inteligência da OM, de formato
semelhante ao do boletim ostensivo, devendo ser cumprido o prescrito nas Instruções Gerais para
Salvaguarda de Assuntos Sigilosos. (NR Port Nr 795-Cmt Ex, de 29 JUL 14).
§ 4º O boletim de acesso restrito que contenha assunto enquadrado em um dos incisos do
art. 23 da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, será classificado e receberá o grau de sigilo
adequado, podendo ser reservado, secreto ou ultrassecreto, devendo ser confeccionado o respectivo
Termo de Classificação de Informação (TCI) e cumpridas as demais prescrições contidas nas Instruções
Gerais para Salvaguarda de Assuntos Sigilosos. (NR Port Nr 795-Cmt Ex, de 29 JUL 14).
§ 5º Nos sábados, domingos e feriados, havendo expediente na unidade, também pode ser
publicado BI. (NR Port Nr 795-Cmt Ex, de 29 JUL 14).
§ 6º Cópias autenticadas de BI, ou de partes deste, bem como cópias autênticas, somente
podem ser emitidas pelo ajudante-secretário, conforme determinação do Cmt U. (NR Port Nr 795-Cmt Ex,
de 29 JUL 14).
Art. 174. O BI contém, especialmente:
I - a discriminação do serviço a ser executado pela unidade;
II - as ordens e decisões do Cmt U, mesmo que já tenham sido executadas;
III - as determinações das autoridades superiores, mesmo que já cumpridas, com a citação do
documento da referência;
IV - as alterações ocorridas com o pessoal e o material da unidade;
V - as ordens e disposições gerais que interessam à unidade e referência sucinta a novos
manuais de instrução, regulamentos ou instruções, com indicação do órgão oficial em que tiverem sido
publicados;
VI - referências a oficiais e praças falecidos que, pelo seu passado e conduta, mereçam ser
apontados como exemplo;
VII - a apreciação do Cmt U ou da autoridade superior sobre a instrução da unidade e
referência a documentos de instrução recebidos ou expedidos;
VIII - os fatos extraordinários que interessam à unidade; e
IX - os assuntos que devam ser publicados por força de regulamentos e outras disposições em
vigor.
Parágrafo único. Não são publicados em BI:
I - os assuntos que tenham sido transmitidos à unidade em caráter sigiloso ou quaisquer
referências a esses mesmos assuntos; e
II - as ocorrências ou os assuntos não relacionados com o serviço do Exército, salvo se tiverem
dado lugar à expedição de alguma ordem ou estiverem ligados à comemoração de caráter cívico.
Art. 175. Do original do BI são extraídas tantas cópias, todas autenticadas pelo S Cmt U,
quantas forem necessárias à distribuição às SU, às dependências internas e à autoridade a que estiver a
unidade imediatamente subordinada, observando-se, a respeito, as seguintes disposições:
I - os Cmt SU incorporadas podem anexar ao BI um aditamento, com as minúcias necessárias
ao cumprimento das ordens nele contidas, acrescidas de suas próprias ordens relativas à instrução, aos
serviços especiais e ao emprego do tempo no dia seguinte;
II - o BI e o aditamento são lidos à SU em formatura de todo o pessoal, ao toque respectivo;
III - o Cmt U, em casos excepcionais, pode reunir os oficiais para ouvirem, em sua presença, a
leitura do BI;
IV - o BI deve ser conhecido no mesmo dia de sua publicação por todos os oficiais e praças da
unidade, e o aditamento pelos da respectiva SU, para isso, será aposto o ciente, pelos oficiais, na última
página das cópias de sua SU ou dependência e as praças que por qualquer motivo hajam faltado à leitura
do BI devem informar-se dos assuntos de seus interesses na primeira oportunidade.
V - as ordens urgentes que constarem do BI e interessarem aos oficiais ou às praças em
serviço externo, ser-lhes-ão dadas a conhecer, imediatamente, pelo meio mais rápido e por intermédio
da SU a que pertencerem ou pelo S1, quando do EM;
VI - o desconhecimento do BI não justifica a falta ou o não cumprimento de ordens;
VII - mesmo informatizados, os originais dos boletins e seus aditamentos, com a assinatura de
próprio punho do comandante são colecionados e periodicamente encadernados ou brochados em um
volume com um índice de nomes e outro por assuntos, organizado pela 1ª seção, sendo guardados no
arquivo da unidade; e
VIII - as SU procedem de modo análogo ao previsto no inciso VII deste artigo, relativamente às
cópias dos boletins e aos respectivos aditamentos que lhes forem distribuídos.
Parágrafo único. Nas unidades em que os boletins são disponibilizados em rede, ou por outros
meios de informática:
I - o S Cmt U autenticá-los-á eletronicamente; e
II - não é obrigatória a distribuição de cópias impressas para as SU e dependências internas.
Art. 176. Normalmente, o BI deve estar pronto até uma hora antes do fim do expediente;
para isso, havendo acúmulo de matéria, a parte que não exija conhecimento imediato pode constituir
assunto do BI seguinte.
Parágrafo único. O BI é distribuído, no mínimo, meia hora antes do término do expediente.
CAPÍTULO II
DOS TRABALHOS DIÁRIOS
Art. 177. O horário da vida diária da unidade, compreendendo serviços, instrução,
expediente, rancho etc., é estabelecido pelo Cmt U, por períodos que podem variar com as estações do
ano, os interesses da instrução, e de acordo com determinações superiores.
Art. 178. O horário correspondente a cada período deve ser publicado em BI, sempre que
possível com antecedência de uma semana, sendo igualmente publicadas, com a antecedência devida,
quaisquer alterações nele introduzidas.
Seção I
Da Alvorada e do Silêncio
Art. 179. Em situação normal, o toque de alvorada, executado de acordo com o horário da
unidade e por ordem do Of Dia, indica o despertar e o começo da atividade diária.
§ 1º Ao terminar o toque de alvorada, a guarda de cada alojamento deve providenciar para
que todos os homens tenham deixado seus leitos.
§ 2º Nos dias sem expediente, as praças de folga podem permanecer no leito até a hora
fixada no horário da vida diária da unidade ou nas NGA/U.
Art. 180. O toque de silêncio, executado de acordo com o horário da unidade e por ordem do
Of Dia, indica o fim da atividade diária.
Seção II
Da Instrução e das Faxinas
Art. 181. A instrução, como objeto principal da vida da unidade, desenvolve-se nas fases mais
importantes da jornada, não devendo ser prejudicada pelos demais trabalhos, serviços normais ou
extraordinários, salvo o serviço de justiça e as atividades decorrentes das situações anormais.
Parágrafo único. A militar gestante, salvo se for dispensada por recomendação médica,
participa de todas as atividades militares, exceto das que envolvam esforços físicos e jornadas ou
exercícios em campanha.
Art. 182. A instrução é ministrada de conformidade com os programas e quadros de trabalho
preestabelecidos e de acordo com os manuais, regulamentos e disposições particulares em vigor.
Art. 183. Faxinas são todos os trabalhos de utilidade geral, executados no quartel ou fora
dele, compreendendo limpeza, lavagem, capinação, arrumação, transporte, carga ou descarga de
material e outros semelhantes regulados pelas NGA/U.
Seção III
Do Expediente
Art. 184. O expediente é a fase da jornada destinada à preparação e execução dos trabalhos
normais da administração da unidade e ao funcionamento das repartições e das dependências internas.
Parágrafo único. Os serviços de escala e outros de natureza permanente independem do
horário do expediente da unidade, assim como todos os trabalhos e serviços em situações anormais.
Art. 185. O expediente começa normalmente com a formatura geral, da unidade ou de SU, e
termina depois da leitura do BI do dia, com o toque de “ordem”.
§ 1º O expediente é interrompido para a refeição do almoço, em horário fixado nas NGA/U,
reiniciando logo após, também em horário estabelecido nas NGA/U.
§ 2º A formatura geral da unidade corresponde a um tempo de instrução.
§ 3º O toque de “ordem” é executado, por ordem do Cmt U, somente após o recebimento,
pelo S Cmt U, de todos os mapas diários do armamento emitidos pelos respectivos Cmt SU e do mapa
diário de munição e explosivo confeccionado pelo O Mun Expl Mnt Armt, e, quando for o caso, por outros
militares que possuam responsabilidade sobre os referidos materiais.
Art. 186. Todos os oficiais e praças prontos para o serviço permanecem no quartel durante o
expediente, de onde só podem afastar-se:
I - os oficiais, mediante permissão do Cmt U, que poderá delegá-la ao S Cmt; e
II - as praças com autorização dos respectivos Cmt SU ou chefes de repartição interna.
§ 1º Durante o expediente, oficiais e praças devem manter-se com o uniforme previsto.
§ 2º Durante as horas de expediente, todos os militares devotam-se, exclusivamente, ao
exercício de suas funções e aos misteres profissionais.
§ 3º A entrada e a permanência de civis no quartel, nos horários sem expediente, são
reguladas pelas NGA/U.
§ 4º As praças, para fins de controle, devem dar ciência à SU a que pertencem de sua
ausência do quartel, mesmo quando autorizadas pelos chefes de repartição interna em que trabalham.
CAPÍTULO III
DAS ESCALAS DE SERVIÇO
Art. 187. A escala de serviço é a relação do pessoal ou das frações de tropa que concorrem na
execução de determinado serviço, tendo por finalidade principal a distribuição equitativa de todos os
serviços de uma OM.
§ 1º Em cada unidade ou SU, as escalas respectivas são reunidas em um só documento,
devendo cada uma delas conter os esclarecimentos necessários relativos à sua finalidade.
§ 2º Todas as escalas são rigorosamente escrituradas e mantidas em dia pelas autoridades
responsáveis, sendo nelas convenientemente registrados os serviços escalados e executados, bem como,
as alterações verificadas por ordem ou motivo superior.
Art. 188. Serviço de escala é todo o serviço não atribuído permanentemente à mesma pessoa,
ou fração de tropa, e que não importe em delegação pessoal ou escolha, obedecendo às seguintes
regras:
I - o serviço de escala externo é escalado antes do interno e, em cada caso, o extraordinário
antes do ordinário, tendo-se bem em vista a perfeita equidade na distribuição;
II - a designação para determinado serviço recai em quem, no mesmo serviço, tiver maior
folga;
III - em igualdade de folga, designa-se, primeiro, o de menor posto ou graduação, ou mais
moderno;
IV - as folgas são contadas separadamente para cada serviço;
V - sempre que possível, entre dois serviços de mesma natureza ou de natureza diferente,
observa-se, para o mesmo indivíduo, no mínimo a folga de quarenta e oito horas;
VI - é considerado mais folgado o último incluído na escala, excetuados os casos de reinclusão
na mesma, quando não haja decorrido, ainda, o prazo dentro do qual lhe houvesse tocado o serviço;
VII - a designação para o serviço ordinário é feita de véspera, levando-se em conta as
alterações desse dia e, para o extraordinário, de acordo com a urgência requerida;
VIII - quando qualquer militar tiver entrado de serviço num dia em que não haja expediente,
evitar-se-á, na medida do possível, que a sua imediata designação para o serviço recaia em um desses
dias, sendo que, para isto, podem ser organizadas escalas especiais, paralelas à comum;
IX - a troca de serviço não altera as folgas da escala e, consequentemente, o critério da
designação;
X - o militar somente pode ser escalado para qualquer serviço depois de apresentado pronto,
ressalvado o disposto no parágrafo único deste artigo;
XI - para contagem de folga, o serviço individual é considerado como executado, desde que o
designado o tenha iniciado e, relativamente ao coletivo, desde que a tropa tenha entrado em forma;
XII - em caso de restabelecimento de um serviço, deve-se levar em consideração, para
contagem das folgas, a escala anterior desse serviço;
XIII - a designação para os serviços da unidade é publicada, de véspera, em BI e a das SU, nos
respectivos aditamentos; e
XIV - durante o período de gravidez e até que a criança atinja a idade de seis meses, a militar
não concorre aos serviços de escala.
Parágrafo único. No caso de movimentação, após apresentado pronto na unidade, o militar
passa a concorrer ao serviço de escala depois de cumprido um período de ambientação determinado
pelo Cmt U.
Art. 189. Ao serviço de escala concorrem:
I - Fisc Dia – os capitães, tenentes e aspirantes-a-oficial e, a juízo do Cmt U, os adidos e os
excedentes, exceto os oficiais que estiverem em função privativa de major ou de posto superior a este;
II - Of Dia:
a) nos corpos de tropa – os tenentes e aspirantes-a-oficial prontos e, a juízo do Cmt U, os
adidos, os excedentes e os tenentes do QAO, exceto o encarregado do setor de aprovisionamento, os
oficiais do Serviço de Saúde e os que estiverem em função privativa de capitão ou de posto superior a
este; e
b) nas demais OM – os tenentes e aspirantes-a-oficial prontos das Armas, dos Quadros e
dos Serviços e, a juízo do Cmt U, os adidos e os excedentes, exceto o encarregado do setor de
aprovisionamento e os oficiais que estiverem em função privativa de capitão ou de posto superior a este;
III - Med Dia – todos os médicos da unidade, inclusive o Med Ch;
IV - Adj – todos os 1º Sgt prontos na unidade, exceto o sargento ajudante da unidade, e mais
os 2º Sgt que, a juízo do Cmt U, se tornem necessários;
V - Cmt Gd do Quartel e Sgt Dia SU – todos os 2º e 3º Sgt prontos, excluídos os designados
para a escala de Adj;
VI - Cabos da Guarda do Quartel, da SU (Cb Dia), das garagens, das cavalariças e de outras –
todos os cabos prontos;
VII - serviço de ordens – todos os corneteiros ou clarins, aprendizes, ordenanças e outros
soldados habilitados para esse serviço;
VIII - serviço de guarda – todos os soldados prontos; e
IX - serviço-de-dia às enfermarias – os sargentos e cabos de saúde da FS e os cabos e soldados
da seção de veterinária.
§ 1º Quando o número de tenentes e aspirantes-a-oficial que concorrerem à escala de Of Dia
for inferior a três, o serviço será de Fisc Dia, o qual terá como auxiliar, normalmente, um subtenente.
§ 2º Da escala de Aux Fisc Dia participam todos os subtenentes; quando a unidade possuir
menos de três subtenentes, participam, também, os 1º Sgt, de modo que nunca figurem menos de três
militares na escala.
§ 3º Nas escalas não citadas nos §§ 1º e 2º deste artigo, quando o número de praças
concorrentes for inferior a cinco, são chamadas praças de graduações inferiores às das que normalmente
concorrem ao serviço, até completar aquele número da respectiva escala.
§ 4º Nas SU Cmdo, SU Sv, SU Cmdo Sv, SU Cmdo Ap e nas bases administrativas, quando
incorporadas, as praças disponíveis de qualquer QM concorrem às escalas do serviço interno, sem
prejuízo do funcionamento das respectivas repartições internas em que trabalham.
§ 5º As praças adidas podem concorrer às escalas respectivas, a critério do Cmt U.
§ 6º Para os serviços constantes dos incisos IV, V, VII e VIII deste artigo, não são designadas,
em princípio, as praças das seções de serviços, as quais concorrem aos serviços de escala das respectivas
seções, tais como motorista, eletricista, telefonista, cassineiro, cozinheiro etc., -de-dia.
Art. 190. Os serviços de permanência a quartéis-generais ou congêneres são regulados pelas
suas respectivas NGA, respeitado, no que for cabível, o previsto neste Regulamento.
Art. 191. Os médicos e os dentistas das unidades podem concorrer às escalas de serviço-de-
dia ou de sobreaviso às OMS ou, quando for caso, ao posto médico da Gu, a critério e sob o controle do
Cmt Gu.
CAPÍTULO IV
DO SERVIÇO INTERNO
Art. 192. O serviço interno abrange todos os trabalhos necessários ao funcionamento da
unidade e compreende o serviço permanente e o serviço de escala.
§ 1º O serviço interno permanente é executado segundo determinações dos Cmt SU e chefes
das repartições e das dependências internas, de acordo com os preceitos e as disposições deste e de
outros regulamentos.
§ 2º O serviço interno de escala compreende:
I. - Of Dia à unidade e seu Adj (ou Fisc Dia, Aux e Adj);
II. - Med Dia (a critério do Cmt U);
III. - Guarda do Quartel (Gd Q);
IV. - Sgt Dia SU;
V. - Guarda das SU (alojamentos, garagens, cavalariças, canis, quando for o caso);
VI. - Serviço-de-dia ao rancho (Sgt Dia, cozinheiro, cassineiro etc.);
VII. - Serviço-de-dia às enfermarias
VIII. - Telefonista-de-dia;
IX. - Ordens; e
X. - serviços extraordinários (patrulhas, reforços, faxinas etc.).
§ 3º O serviço de escala interno tem a duração de vinte e quatro horas, de Parada a Parada,
salvo o de faxina que será contado por jornada completa, do início até o término do expediente.
Art. 193. Os serviços de que trata o art. 192 deste Regulamento são escalados:
I. - pelo S Cmt U – os de Of Dia, Fisc Dia e Med Dia, bem como a SU ou subunidades
que fornecerão pessoal para os serviços diários e extraordinários;
II. - pelo S1 – os de Adjunto, Aux Fisc Dia (se for o caso), Cmt Gd e Cb Gd do quartel;
III. - pelos Cmt SU – o de Sgt Dia SU e os de guarda da SU (Cb Dia e Plantões), das
garagens, das cavalariças e dos canis (quando for o caso), bem como o pessoal para os diversos serviços
determinados em BI; e
IV. - pelos chefes de seções e serviços – o serviço interno da repartição.
Art. 194. Nas SU independentes, o serviço de escala é provido, em linhas gerais, como foi
previsto para a unidade no art. 193 deste Regulamento, com as modificações julgadas necessárias.
Parágrafo único. Nas SU independentes, somente há Of Dia e Adj quando a situação o exigir, a
juízo do Cmt; contudo, normalmente, há um Sgt Dia com os mesmos encargos atribuídos ao Of Dia, no
que for compatível com a sua graduação.
Art. 195. O serviço de escala interno é atribuído, quando possível, à mesma fração de tropa,
em sua totalidade, excetuados o de Of Dia e o Adj (auxiliar, se for o caso), devendo este princípio
estender-se às menores frações, de modo que os homens reunidos em um mesmo serviço tenham o
necessário entrosamento decorrente do convívio diário.
Art. 196. A fiscalização dos serviços de escala incumbe:
I - ao S Cmt U – o de Of Dia ou Fisc Dia, o de Adj (Aux Fisc Dia, se for o caso) e os serviços
extraordinários determinados pela unidade;
II - ao Of Dia – o de guarda do quartel, o de ordem respectivo e, na ausência das autoridades
competentes, todos os demais serviços de escala da unidade; e
III - às demais autoridades, os serviços que lhes cabe escalar, salvo os determinados por
autoridade superior, à qual cabe a fiscalização.
Seção I
Do Oficial-de-Dia
Art. 197. O Of Dia é, fora do expediente, o representante do Cmt U e tem como principais
atribuições, além das previstas em outros regulamentos, as seguintes:
I - assegurar, durante o seu serviço, o exato cumprimento de ordens da unidade e das
disposições regulamentares relativas ao serviço diário;
II - estar inteiramente familiarizado com os planos de segurança do aquartelamento, de
combate a incêndio, de chamada e os sinais de alarme correspondentes, para fins de execução ou
treinamento;
III - apresentar-se ao:
a) Cmt U:
1. à sua chegada ao início do expediente, com a guarda do quartel em forma, realizando o
mesmo por ocasião de sua saída, respeitado o previsto no R-2 e as determinações daquela autoridade; e
2. quando este entrar no quartel após o toque de ordem;
Seção II
Do Médico-de-Dia
Art. 201. Ao Med Dia incumbe, além das suas atribuições normais, o seguinte:
I - permanecer no quartel, depois de encerrado o expediente da unidade, quando o serviço
assim o exigir, ou por motivo de força maior, a critério do Cmt U;
II - prestar os socorros médicos de urgência aos militares da unidade;
III - atender aos casos urgentes, fora das horas de expediente;
IV - providenciar a assistência indispensável, exigida pelos doentes em estado grave, seja no
quartel, seja durante o seu transporte para o hospital;
V - verificar as dietas destinadas aos doentes, antes de sua distribuição;
VI - percorrer as dependências da FS, especialmente as enfermarias, verificando o estado de
asseio e a ordem, assim como a conduta do pessoal de serviço na FS;
VII - fiscalizar a aplicação dos medicamentos e curativos pelos enfermeiros, orientando-os
quando necessário, nesse mister;
VIII - baixar à enfermaria ou outra instalação de saúde as praças que adoecerem fora do
horário de expediente;
IX - passar pelo menos uma revista, à noite, na enfermaria, quando houver doentes graves;
X - transmitir, em parte, ao S Cmt U, por intermédio do Med Ch, as ocorrências verificadas
durante o serviço; e
XI - realizar o controle de todos os militares em LTSP e, conforme parecer da JIS, realizar o
acompanhamento daqueles que necessitam de trabalhos de fisioterapia ou atendimento hospitalar.
Art. 202. O nome, a residência, o telefone e todos os informes necessários sobre o Med Dia
devem estar na enfermaria, em lugar bem visível, bem como seu destino eventual, se for o caso.
Seção III
Do Auxiliar do Fiscal-de-Dia
Art. 203. O Aux Fisc Dia responde pelas funções do Fisc Dia no período em que este estiver
afastado da unidade.
Art. 204. A existência da escala de Aux Fisc Dia não elimina a escala de Adj.
Seção IV
Do Adjunto
Art. 205. O Sgt Adj é o auxiliar imediato do Of Dia, incumbindo-lhe:
I - apresentar-se ao Of Dia após receber o serviço, executar e fazer executar todas as suas
determinações;
II - transmitir as ordens que dele receber e inteirá-lo da execução;
III - secundá-lo, por iniciativa própria, na fiscalização da execução das ordens em vigor
relativas ao serviço;
IV - responder, perante o Of Dia, pela perfeita execução da limpeza do quartel a cargo do
cabo da faxina;
V - participar ao Of Dia todas as ocorrências que verificar e as providências que a respeito
tenha tomado;
VI - acompanhar o Of Dia nas suas visitas às dependências do quartel, salvo quando
dispensado por ele ou na execução de outro serviço;
VII - passar revista às SU, quando determinado pelo Of Dia;
VIII - organizar e escriturar os papéis relativos ao serviço, de modo que, uma hora depois da
Parada, no máximo, estejam concluídos e à disposição do S Cmt U;
IX - dividir os quartos de ronda noturna entre si e os Sgt Dia SU;
X - dividir a ronda noturna da guarda entre o seu comandante e o Cb Gd;
XI - secundar o Of Dia na verificação do roteiro do pessoal de serviço da guarda,
confeccionado pelo Cmt Gd;
XII - fiscalizar os serviços das SU, na ausência dos respectivos Cmt ou de seus substitutos
eventuais;
XIII - receber, dos Sgt Dia SU, todas as praças da unidade que devam ser recolhidas presas e
apresentá-las ao Of Dia para o conveniente destino;
XIV - providenciar para que as chaves de todas as dependências do quartel (gabinetes,
reservas, depósitos, paiol etc.) estejam colocadas no claviculário da unidade, logo após o toque de
ordem,
informando pessoalmente ao Of Dia qualquer falta e entregando-lhe a respectiva chave;
XV - no caso de abertura de reserva para entrega de armamento do pessoal de serviço, nos
horários sem expediente e ausente o Cmt SU, auxiliar o Of Dia na fiscalização, acompanhados do
respectivo Sgt Dia SU, da distribuição e do recolhimento, pelos armeiros, de todo o armamento utilizado,
bem como da abertura e do fechamento da reserva; e
XVI - responder pelo Of Dia em seus impedimentos eventuais.
Art. 206. Quando o Adj responder eventualmente pelo Of Dia, participar-lhe-á as ocorrências
havidas durante o seu impedimento, mesmo que já as tenha comunicado à autoridade superior ou haja
providenciado a respeito.
Seção V
Do Sargento-de-Dia à Subunidade
Art. 207. O Sgt Dia SU é o auxiliar do Of Dia no que se referir ao serviço em sua SU e, de
conformidade com as determinações desse oficial, incumbe-lhe:
I - apresentar-se ao Cmt SU, ao Of Dia e ao Adj, ao entrar e sair de serviço e após a leitura do
BI;
II - informar ao Of Dia a existência de ordens especiais relativas à sua SU que interessem ao
serviço;
III - solicitar do Of Dia, na ausência do Cmt SU, qualquer providência de caráter urgente;
IV - auxiliar o Of Dia e o Adj em tudo o que diga respeito à boa execução dos respectivos
serviços, providenciando, particularmente, para que o armeiro da SU esteja na reserva à hora prevista
para a distribuição e o recolhimento do armamento do pessoal de serviço;
V - registrar no livro de partes diárias da SU todas as ocorrências havidas no seu serviço;
VI - fiscalizar o serviço de guarda da SU;
VII - cumprir e fazer cumprir todas as ordens gerais e particulares referentes ao serviço na SU;
VIII - manter a ordem, o asseio e a disciplina na SU;
IX - responder pelo Sgte, na ausência deste;
X - cumprir as determinações do Of Dia relativas à sua SU ou ao serviço da unidade;
XI - participar, com a urgência necessária, ao Cmt SU, aos oficiais, ao subtenente e ao Sgte, as
ordens extraordinárias que receba e que sejam de interesse imediato desses militares ou da SU;
XII - participar ao Cmt SU, com urgência, as ocorrências verificadas durante o serviço e que
exijam seu imediato conhecimento, independente das providências tomadas a respeito;
XIII - pôr em forma a SU para as formaturas e revistas;
XIV - conduzir, em forma, os cabos e soldados da SU para o rancho, cumprindo os seguintes
procedimentos:
a) exigir que as praças se apresentem corretamente fardadas;
b) apresentar ao encarregado do setor de aprovisionamento a relação das praças que, por
motivo de serviço, não compareçam à hora regulamentar; e
c) permanecer no rancho até o final da refeição, verificando os aspectos relativos à higiene e
à disciplina das praças da SU;
XV - apresentar ao Adj as praças da SU que devam ser recolhidas presas;
XVI - zelar para que as praças detidas da SU permaneçam nos lugares determinados;
XVII - substituir o Sgte nos feriados, sábados e domingos, nas atribuições deste relativas à
Parada; e
XVIII - no caso de abertura da reserva de armamento da SU, nos horários sem expediente,
para entrega de armamento do pessoal de serviço, assistir à distribuição e ao recolhimento, pelo armeiro,
de todo o armamento utilizado, bem como à abertura e ao fechamento da reserva.
§ 1º Quando no quartel se encontrar apenas uma SU da unidade, as funções de Adj Of Dia e
de Sgt Dia SU são acumuladas pelo mesmo militar.
§ 2º O serviço de Sgt Dia SU, quanto às ligações externas, começa normalmente depois da
leitura do BI, salvo nos dias em que, por qualquer circunstância, não se achem presentes os oficiais, o
subtenente ou o Sgte SU, caso em que seguirá a regra geral para os serviços diários.
§ 3º Ordinariamente, antes da leitura do BI, o Sgt Dia SU entende-se apenas com as
autoridades de sua SU.
Art. 208. Nas unidades em que os animais se achem distribuídos às SU, o Sgt Dia tem mais os
seguintes encargos:
I - verificar a limpeza e outros cuidados com os animais, bem como zelar pela conservação das
cavalariças ou do canil, de acordo com as regras estabelecidas e ordens recebidas;
II - receber a forragem destinada à alimentação dos animais da SU e assistir à sua distribuição,
bem como a da água, tudo de acordo com as ordens em vigor;
III - acompanhar o Cmt SU, o Of Dia, o veterinário ou outra autoridade nas revistas às
cavalariças ou ao canil, prestando-lhes as informações pedidas;
IV - inspecionar, com frequência, as cavalariças, tanto de dia como de noite, verificando se
tudo corre normalmente, corrigindo as irregularidades que encontre e pedindo providências para as que
escapem à sua alçada;
V - anotar os animais que se desferrarem e os que o veterinário considerar sem condições de
prestar serviço, registrando os respectivos números no quadro de avisos da SU para conhecimento dos
interessados e providências decorrentes;
VI - apresentar, diariamente, à enfermaria veterinária, os animais que precisarem de curativos
ou tratamento, bem como ao veterinário, o caderno de registro da SU, para as alterações necessárias;
VII - impedir que qualquer animal da SU seja retirado das baias ou do canil sem a autorização
necessária, bem como anotar as quantidades de forragem recebidas do seu antecessor e passadas ao seu
sucessor; e
VIII - examinar, minuciosamente, os animais que saírem ou regressarem, a fim de inteirar-se,
de imediato, das irregularidades ocorridas e participá-las à autoridade competente para as devidas
providências.
Art. 209. Nas unidades, cujas SU disponham de viaturas, o Sgt Dia tem, ainda, os seguintes
encargos:
I - verificar limpeza, arrumação e segurança da garagem, das oficinas e dos depósitos, em
especial os que contenham inflamáveis;
II - acompanhar o Cmt SU, o Of Dia, o O Mnt Vtr ou outra autoridade, nas revistas às
dependências mencionadas, prestando-lhes as informações pedidas;
III - somente permitir a saída de viaturas quando devidamente autorizada, verificando se o
motorista cumpre todas as normas prescritas;
IV - anotar as viaturas que sofrerem panes ou acidentes, participando as alterações
verbalmente ao Cmt SU e registrando-as no livro de partes;
V - inspecionar, com frequência, as dependências relacionadas no inciso I deste artigo,
verificando se tudo corre normalmente, corrigindo eventuais irregularidades ou solicitando as
providências que o caso indicar;
VI - examinar as viaturas na saída e no regresso, transcrevendo no livro de partes:
a) o reabastecimento;
b) a leitura do odômetro;
c) a natureza do serviço prestado e quem o autorizou; e
d) as observações que julgar oportunas;
VII - anotar e transcrever no livro de partes as quantidades de lubrificantes e combustíveis
que recebeu de seu antecessor, as que foram consumidas e as que passou para o seu sucessor.
Seção VI
Da Guarda do Quartel
Art. 210. A guarda do quartel é normalmente comandada por um 2º ou 3º Sgt e constituída
dos cabos e soldados necessários ao serviço de sentinelas.
§ 1º Excepcionalmente, a guarda do quartel pode ser comandada por oficial, neste caso, é
acrescida de um corneteiro ou clarim, passando o sargento às funções de auxiliar do Cmt Gd.
§ 2º Todo o pessoal da guarda deve manter-se corretamente uniformizado, equipado e
armado durante o serviço, pronto para entrar rapidamente em forma e atender a qualquer
eventualidade.
§ 3º Observado o previsto no § 5º deste artigo, um rodízio de descanso entre os homens
menos folgados pode funcionar no decorrer de todo o serviço, sob o controle do Cmt Gd, com a
finalidade de permitir que os soldados estejam descansados, vigilantes e alertas durante a permanência
nos postos de sentinela, particularmente no período noturno.
§ 4º O período de descanso de que trata o § 3º deste artigo é gozado no alojamento da
guarda, de onde os homens somente se afastam mediante ordem ou com autorização do Cmt Gd, sendo
autorizado que os soldados afrouxem o equipamento e durmam.
§ 5º Um efetivo aproximado de um terço da guarda do quartel deve estar acordado e
reunido, como força de reação, inclusive à noite, para atender a situações de emergência na defesa do
quartel.
§ 6º As condições do rodízio tratado nos §§ 3º e 4º deste artigo devem estar reguladas de
forma pormenorizada nas NGA/U.
Art. 211. A guarda do quartel tem por principais finalidades:
I - manter a segurança do quartel;
II - manter os presos e detidos nos locais determinados, não permitindo que os primeiros
saiam das prisões, nem os últimos do quartel, salvo mediante ordem de autoridade competente;
III - impedir a saída de praças que não estejam convenientemente fardadas, somente
permitindo a sua saída em trajes civis quando portadoras de competente autorização e, neste caso,
convenientemente trajadas;
IV - somente permitir a saída de praças, durante o expediente e nas situações extraordinárias,
mediante ordem ou licença especial e apenas pelos locais estabelecidos;
V - não permitir a entrada de bebidas alcoólicas, inflamáveis, explosivos e outros artigos
proibidos pelo Cmt U, exceto os que constituírem suprimento para a unidade;
VI - não permitir aglomerações nas proximidades das prisões nem nas imediações do corpo
da guarda e dos postos de serviço;
VII - impedir a saída de animais, viaturas ou material sem ordem da autoridade competente,
bem como exigir o cumprimento das prescrições relativas à saída de viaturas;
VIII - impedir a entrada de força não pertencente à unidade, sem conhecimento e ordem do
Of Dia, devendo, à noite, reconhecer à distância aquela que se aproximar do quartel;
IX - impedir que os presos se comuniquem com outras praças da unidade ou pessoas
estranhas, sem autorização do Of Dia;
X - dar conhecimento imediato ao Of Dia sobre a entrada, no aquartelamento, de oficial
estranho à unidade;
XI - levar à presença do Adj as praças de outras OM que pretendam entrar no quartel;
XII - impedir a entrada de civis estranhos ao serviço da unidade sem prévio conhecimento e
autorização do Of Dia;
XIII - apenas permitir a entrada de civis, empregados na unidade, mediante a apresentação do
cartão de identidade em vigor, fornecido pelo S Cmt U;
XIV - só permitir a entrada de qualquer viatura à noite, depois de reconhecida à distância,
quando necessário;
XV - fornecer escolta para os presos que devam ser acompanhados no interior do quartel;
XVI - relacionar as praças da unidade que se recolherem ao quartel depois de fechado o
portão principal;
XVII - permitir a saída das praças, após a revista do recolher, somente das que estejam
autorizadas pelo Of Dia; e
XVIII - prestar as continências regulamentares.
Parágrafo único. Na execução dos serviços que lhes cabem, as guardas são regidas pelas
disposições regulamentares vigentes relativas ao assunto e instruções especiais do Cmt U.
Art. 212. No corpo da guarda é proibida a permanência de civis ou de praças estranhas à
guarda do quartel.
Art. 213. No corpo da guarda devem ser afixados quadros contendo relações de material
carga distribuído, os deveres gerais do pessoal da guarda e as ordens particulares do Cmt U.
Art. 214. Os postos de sentinela, especialmente o da sentinela das armas e os das prisões, são
ligados ao corpo da guarda por meio de campainha elétrica ou outros meios de comunicação.
Seção VII
Do Comandante da Guarda
Art. 215. O Cmt Gd é o responsável pela execução de todas as ordens referentes ao serviço da
guarda e é subordinado, para esse efeito, diretamente ao Of Dia.
Art. 216. Ao Cmt Gd incumbe:
I - formar a guarda:
a) rapidamente, ao sinal de alarme dado pelas sentinelas, reconhecendo imediatamente o
motivo e agindo por iniciativa própria, se for o caso; e
b) à chegada e à saída do Cmt U, prestando-lhe as honras militares, respeitado o prescrito no
R-2 e as determinações daquela autoridade;
II - responder perante o Of Dia pelos asseio, ordem e disciplina no corpo da guarda;
III - conferir, ao assumir o serviço, o material distribuído ao corpo da guarda e constante do
quadro nele afixado, dando parte, imediatamente, ao Of Dia das faltas e dos estragos verificados;
IV - cumprir e fazer cumprir, por todas as praças da guarda, os deveres correspondentes;
V - velar pela fiel execução do serviço, de conformidade com as ordens e instruções em vigor;
VI - confeccionar o roteiro do pessoal de serviço da guarda, sob a supervisão do Of Dia e seu
Adj;
VII - organizar e controlar o rodízio de descanso dos soldados da guarda;
VIII - verificar, ao assumir o serviço, se todas as praças presas encontram-se nos lugares
determinados;
IX - examinar, cuidadosamente, as condições de segurança das prisões, em especial o tocante
aos presos condenados ou sujeitos a processo no foro militar ou civil;
X - dar conhecimento às praças da guarda das ordens e disposições regulamentares relativas
ao serviço e, especialmente, das ordens e instruções particulares a cada posto, relembrando-lhes as
normas de segurança;
XI - passar em revista o pessoal da guarda, constantemente;
XII - somente abrir as prisões, durante o dia, mediante ordem do Of Dia e, à noite, somente
com a presença deste;
XIII - quando abrir as prisões, formar a guarda em torno dos respectivos portões;
XIV - exigir dos presos compostura compatível com a finalidade moral da punição, não
permitindo diversões coletivas ou individuais ruidosas;
XV - passar em revista, tanto a guarda como os presos, na mesma hora em que esta é passada
nas SU, sem prejuízo de outras que julgue conveniente;
XVI - verificar, frequentemente, se as sentinelas têm pleno conhecimento das ordens
particulares relativas aos seus postos;
XVII - fechar os portões do quartel às dezoito horas, ou em horário determinado pelo Cmt U,
deixando aberta, apenas, a passagem individual do portão principal;
XVIII - conservar em seu poder, durante o dia, as chaves das prisões e das diferentes entradas
do quartel, entregando-as ao Of Dia às vinte e uma horas, com exceção das chaves do portão principal;
XIX - dar imediato conhecimento ao Of Dia de qualquer ocorrência extraordinária havida na
guarda, mesmo que tenha providenciado a respeito;
XX - entregar ao Of Dia, logo depois de substituído no serviço, a parte da guarda, nela fazendo
constar a relação nominal das praças da guarda, os roteiros das sentinelas e rondas, as ocorrências
havidas durante o serviço e a situação do material do corpo da guarda;
XXI - anexar à parte da guarda uma relação:
a) das praças que entraram no quartel após a revista do recolher, mencionando a hora de
entrada; e
b) das saídas e entradas de viaturas civis ou militares, indicando o horário em que ocorreram,
bem como os respectivos motivos;
XXII - levar ao conhecimento do Of Dia a presença, no quartel, de qualquer militar estranho à
unidade, bem como a dos oficiais e praças da própria unidade que, aí não residindo, nela entrarem depois
do toque de silêncio ou de encerramento do expediente;
XXIII - estar a par da entrada, permanência e saída de quaisquer pessoas estranhas à unidade,
cientificando o Adj e o Of Dia a respeito;
XXIV - somente permitir que as praças saiam do quartel nos horários previstos ou quando
munidas de competente autorização, verificando se estão corretamente fardadas;
XXV - só permitir que as praças saiam do quartel em trajes civis, quando autorizadas e bem
trajadas;
XXVI - revistar as viaturas estranhas, militares e civis, à entrada e à saída do quartel; e
XXVII - somente afastar-se do corpo da guarda autorizado pelo Of Dia ou por motivo de
serviço, coordenando, nesses casos, as ações com o Cb Gd.
Seção VIII
Do Cabo da Guarda
Art. 217. O Cb Gd é o auxiliar imediato do Cmt Gd, cujas ordens deve cumprir com presteza e
exatidão, sendo, ainda o seu substituto eventual em impedimentos momentâneos, quando se tratar de
Sgt, incumbindo-lhe:
I - empenhar-se para que nenhuma falha ocorra no serviço, corrigindo imediatamente as que
verificar e solicitando a intervenção do Cmt Gd, quando necessário;
II - dar ciência ao Cmt Gd de todas as ocorrências que chegarem ao seu conhecimento e
interessarem ao serviço;
III - com relação às praças:
a) que devam render os quartos de sentinelas:
1. verificar se todas estão com suas armas travadas, alimentadas e não carregadas;
2. conduzi-las para a rendição dos postos; e
3. fazê-las verificar o perfeito funcionamento da campainha elétrica, do telefone ou de outro
meio de comunicação que ligar o posto ao corpo da guarda;
b) substituídas nos postos de sentinelas:
1. exigir delas a transmissão clara e fiel das ordens recebidas;
2. verificar se todas estão com suas armas travadas, alimentadas e não carregadas;
3. conduzi-las para o corpo da guarda; e
4. no corpo da guarda, verificar se todas estão com suas armas travadas, não carregadas e
sem o carregador;
IV - secundar o Cmt Gd, se sargento, na vigilância de tudo o que se relacionar com o serviço,
por iniciativa própria ou por determinação daquele;
V - atender, com a máxima presteza, ao chamado das sentinelas e dirigir-se aos respectivos
postos logo que tenha conhecimento de alguma anormalidade;
VI - fazer afastar previamente, para transmissão das ordens particulares às sentinelas nos
respectivos postos, todas as pessoas estranhas ao serviço;
VII - não se afastar do corpo da guarda sem ordem ou licença do Cmt Gd, salvo por motivo de
serviço, deixando, nesse caso, um soldado como seu substituto eventual;
VIII - assegurar-se, constantemente, de que as sentinelas estejam bem inteiradas das ordens
de serviço recebidas, particularmente das normas de segurança;
IX - conduzir ao rancho, ao toque respectivo, as praças da guarda, deixando,
aproximadamente, um terço do seu efetivo no corpo da guarda, como força de reação, para atender a
situações de emergência na defesa do quartel;
X - reconhecer pessoas, viaturas ou forças que pretendam entrar no quartel, verificando os
respectivos motivos;
XI - anotar, ou fazer anotar, todas as praças que se recolham ao quartel após a revista do
recolher; e
XII - auxiliar o Cmt Gd no controle do rodízio de descanso dos soldados da guarda.
Art. 218. Quando houver mais de um Cb Gd, o serviço é distribuído conforme as NGA/U.
Seção IX
Dos Soldados da Guarda e das Sentinelas
Art. 219. Os soldados da guarda destinam-se ao serviço de sentinela, incumbindo-lhes a
observância de todas as ordens relativas ao serviço.
Art. 220. A sentinela é, por todos os títulos, respeitável e inviolável, sendo, por lei, punido
com severidade quem atentar contra a sua autoridade; por isso e pela responsabilidade que lhe incumbe,
o soldado investido de tão nobre função portar-se-á com zelo, serenidade e energia, próprios à
autoridade que lhe foi atribuída.
Art. 221. Incumbe, particularmente, à sentinela:
I - estar alerta e vigilante, em condições de bem cumprir a sua missão;
II - não abandonar sua arma e mantê-la pronta para ser empregada, alimentada, fechada e
travada, e de acordo com as ordens particulares que tenha recebido;
III - não conversar nem fumar durante a permanência no posto de sentinela;
IV - evitar explicações e esclarecimentos a pessoas estranhas ao serviço, chamando, para isso,
o Cb Gd, quando se tornar necessário;
V - não admitir qualquer pessoa estranha ou em atitude suspeita nas proximidades de seu
posto;
VI - não consentir que praças ou civis saiam do quartel portando quaisquer embrulhos, sem
permissão do Cb Gd ou do Cmt Gd;
VII - guardar sigilo sobre as ordens particulares recebidas;
VIII - fazer parar qualquer pessoa, força ou viatura que pretenda entrar no quartel,
especialmente à noite, e chamar o militar encarregado da necessária identificação;
IX - prestar as continências regulamentares;
X - encaminhar ao Cb Gd os civis que desejarem entrar no quartel; e
XI - dar sinal de alarme:
a) toda vez que notar reunião de elementos suspeitos na circunvizinhança do seu posto;
b) quando qualquer elemento insistir em penetrar no quartel antes de ser identificado;
c) na tentativa de arrombamento de prisão ou fuga de presos;
d) na ameaça de desrespeito à sua autoridade e às ordens relativas ao seu posto;
e) ao verificar qualquer anormalidade de caráter alarmante; ou
f) por ordem do Cb Gd, do Cmt Gd ou do Of Dia.
§ 1º Em situação que exija maior segurança da sentinela para o cabal desempenho de sua
missão, incumbe-lhe, especialmente à noite, e de conformidade com as instruções e ordens particulares
recebidas, além das prescrições normais estabelecidas, as seguintes:
I - fazer passar ao largo de seu posto os transeuntes e veículos;
II - dar sinal de aproximação de qualquer força, logo que a perceba; e
III - fazer parar, a uma distância que permita o reconhecimento, pessoas, viaturas ou força
que pretendam entrar no quartel.
§ 2º Para o cumprimento das disposições constantes do § 1º deste artigo, a sentinela deve
adotar os seguintes procedimentos:
I - no caso do inciso I do § 1º deste artigo:
a) comandar “Passe ao largo”;
b) se não for imediatamente obedecido, abrigar-se, repetir o comando, dar o sinal de
chamada ou de alarme e preparar-se para agir pela força;
c) se ainda o segundo comando não for cumprido, intimar pela terceira vez, e tratando-se de
indivíduo isolado, mantê-lo imobilizado à distância, apontando-lhe sua arma carregada e com a baioneta
armada, até que ele seja detido pelos elementos da guarda que tiverem acorrido ao sinal de alarme;
d) em caso de não obediência à terceira vez, fazer um disparo para o ar e somente reagir pelo
fogo se houver, pelo indivíduo isolado, manifesta tentativa de agressão à sua pessoa ou à integridade das
instalações;
e) tratando-se de grupo ou de veículos, fazer um primeiro disparo para o ar e, em seguida,
caso não seja ainda obedecida, atirar no grupo ou nos veículos; e
f) no caso de ameaça clara de agressão, a sentinela fica dispensada das prescrições citadas
nas alíneas deste inciso;
II - na situação do inciso III do § 1º deste artigo:
a) perguntar à distância conveniente “Quem vem lá?”, se a resposta for “amigo”, “de paz”,
“oficial” ou “ronda”, deixá-lo prosseguir se pessoalmente o reconhecer como tal;
b) em contrário ou na falta de resposta, comandar “Faça alto!” e providenciar para o
reconhecimento pelo Cb Gd; e
c) não sendo obedecida no comando “Faça alto!”, proceder como dispõe a alínea “e” do
inciso I deste parágrafo.
§ 3º Em situações excepcionais, o Cmt U pode dar ordens mais rigorosas às sentinelas,
particularmente quanto à segurança desses homens; estas ordens devem ser transmitidas por escrito ao
Of Dia.
§ 4º Nos quartéis situados em zonas urbanas e de trânsito, o Cmt U deve estabelecer, em
esboço permanentemente afixado no corpo da guarda, os limites em que devam ser tomadas as medidas
citadas nos parágrafos deste artigo.
Art. 222. A sentinela do portão principal denomina-se “sentinela das armas” e as demais,
“sentinelas cobertas”.
§ 1º A sentinela das armas mantém-se durante o dia parada no seu posto e, normalmente, na
posição regulamentar de “descansar”, tomando a posição de “sentido” no caso de interpelação por
qualquer pessoa, militar ou civil e, nos demais casos, como previsto no R-2.
§ 2º Depois de fechado o portão principal, a sentinela das armas posiciona-se no interior do
aquartelamento, movimentando-se para vigiar de forma mais eficaz a parte daquele portão e arredores,
fazendo-o com a arma cruzada.
§ 3º A sentinela coberta:
I - mantém-se com a arma em bandoleira ou cruzada, tomando a posição de “sentido” no
caso de interpelação por qualquer pessoa, civil ou militar, e também como forma de saudação militar; e
II - pode deslocar-se nas imediações de seu posto, se não houver prejuízo para a segurança.
Art. 223. As sentinelas podem abrigar-se em postos em que haja guarita, ficando, porém, em
condições de bem cumprir suas atribuições.
Art. 224. As sentinelas se comunicam com o corpo da guarda por meio de sinais, de
campainha ou de viva voz e, conforme o caso, podem dispor de telefones ou outros meios de
comunicação apropriados.
§ 1º Os sinais referidos neste artigo podem ser “de chamada” ou de “alarme”.
§ 2º No caso de sinal de viva voz, o de alarme será o brado de “Às armas!”.
Art. 225. O serviço em cada posto de sentinela é dado por três homens ou mais durante as
vinte e quatro horas, dividido em quartos, de modo que um mesmo homem não permaneça de sentinela
mais de duas horas consecutivas.
§ 1º As sentinelas não devem ocupar o mesmo posto durante o serviço, conforme prescrição
contida no inciso VI do art. 197 deste Regulamento.
§ 2º Em caso de necessidade, por motivos diversos, particularmente por razões de segurança,
a sentinela deve ser dupla e, neste caso, um dos homens mantém-se no posto e o outro assegura
permanente cobertura ao primeiro e ligação com os demais elementos da guarda.
Seção X
Do Reforço da Guarda
Art. 226. Quando a situação exigir, as guardas são reforçadas, geralmente para o serviço à
noite, com o estabelecimento de novos postos de sentinela e a intensificação do serviço de ronda.
Parágrafo único. O aumento citado no caput deste artigo é realizado por meio de um
“reforço” em praças, correspondente às necessidades.
Art. 227. As praças de reforço:
I - são escaladas de modo semelhante às da guarda;
II - formam na Parada;
III - são apresentadas ao Of Dia, para o serviço, em horário definido pelo Cmt U; e
IV - durante o dia, participam dos trabalhos normais de suas SU, seções ou frações.
Parágrafo único. Nos dias sem expediente, o reforço permanece no quartel à disposição do Of
Dia, desde a rendição da Parada.
Seção XI
Da Substituição das Guardas do Quartel e das Sentinelas
Art. 228. Na substituição das guardas deve ser observado o cerimonial prescrito no R-2.
Art. 229. Após o cerimonial de substituição das guardas, procedem-se às seguintes
formalidades:
I - as duas guardas dirigem-se para as portas das prisões que serão abertas com as
precauções regulamentares, sendo os presos recebidos pelo Cmt Gd que entra, de acordo com a relação
que lhe será entregue pelo substituído;
II - último. após isto, as guardas retornam ao corpo da guarda;
III - de posse das ordens e instruções, o Cmt Gd que entra organiza seu serviço (roteiro,
ordens particulares a cada posto etc.) e, em seguida, recebe a carga do material que ficará sob sua
guarda; e
IV - o Cmt Gd que entra transmite as ordens ao Cb Gd e ordena que este proceda à
substituição das sentinelas, pelo seu primeiro quarto, devendo a sentinela das armas ser substituída por
Art. 230. Na substituição das sentinelas deve ser observado o cerimonial prescrito no R-2.
Art. 231. Substituídas as sentinelas, os comandantes das guardas apresentam-se ao Of Dia,
participando as irregularidades verificadas.
Art. 232. As guardas externas que se recolherem ao quartel, após seus comandantes se
apresentarem ao Of Dia, fazem a continência regulamentar ao terreno no local habitual da Parada, saindo
de forma ao comando correspondente.
Parágrafo único. Quando a guarda for comandada por oficial, este ordena ao sargento Cmt Gd
do quartel que comunique a sua chegada ao Of Dia, procedendo, a seguir, como estabelece o presente
artigo.
Art. 233. A substituição dos demais serviços processa-se mediante a transmissão das ordens e
instruções, dos substituídos aos substitutos, e a apresentação de ambos ao Of Dia.
Seção XII
Das Guardas das Subunidades
Art. 234. A Guarda da SU é constituída pelo Cb Dia, que é o seu Cmt, e pelos soldados
plantões, restringindo-se o serviço às dependências da SU acessíveis às praças.
Art. 235. O serviço de guarda à SU tem por fim:
I - manter a ordem, a disciplina e o asseio no alojamento e nas demais dependências
acessíveis às praças;
II - vigiar as praças detidas no alojamento;
III - não permitir:
a) jogos de azar, disputa ou algazarra; e
b) a saída de objetos sem autorização dos respectivos donos ou responsáveis;
IV - cumprir e fazer cumprir todas as determinações das autoridades competentes.
§ 1º Os plantões permanecem no quartel durante todo o serviço; o Cb Dia e o plantão da hora
conservam-se desarmados, mas portando o cinto de guarnição.
§ 2º Quando a SU ocupar mais de um alojamento, o número de plantões pode ser
aumentado, na razão de três homens por alojamento, a juízo do Cmt SU.
Seção XIII
Do Cabo-de-Dia
Art. 236. O Cb Dia é o principal responsável pela ordem e exatidão do serviço de guarda à SU.
Art. 237. Ao Cb Dia incumbe:
I - verificar com o seu antecessor, na ocasião de receber o serviço se todas as dependências
estão em ordem e limpas e se as praças detidas se encontram nos lugares determinados;
II - transmitir aos plantões as ordens gerais e particulares relativas ao serviço e velar pela sua
fiel execução;
III - assistir à substituição dos plantões, verificando se as ordens são transmitidas com
exatidão;
IV - apresentar-se, logo depois da Parada, ao seu Cmt SU, ao Sgte e ao Sgt Dia à sua SU;
V - dirigir a limpeza das dependências da SU sob a responsabilidade da guarda, a ser feita
pelos plantões, particularmente dos banheiros;
VI - providenciar para que as praças da SU entrem rapidamente em forma, por ocasião de
todas as formaturas normais ou extraordinárias;
VII - apresentar ao Sgte, ou ao Sgt Dia SU na ausência daquele, as praças que devam
comparecer à visita médica e acompanhá-las à presença do médico;
VIII - participar ao Sgte, ou ao Sgt Dia SU na ausência do primeiro, as irregularidades ocorridas
na SU, mesmo que tenham exigido providências imediatas;
IX - distribuir os quartos de serviço pelos plantões, de modo que cada um não permaneça em
serviço por mais de duas horas consecutivas;
X - apresentar-se a todos os oficiais que entrarem no alojamento;
XI - zelar para que as camas se conservem arrumadas pelos seus donos e os armários
fechados;
XII - fazer levantar, nos dias com expediente, as praças ao findar o toque de alvorada, salvo
ordem contrária;
XIII - não consentir a presença de civis no alojamento sem que estejam devidamente
acompanhados por um oficial ou sargento;
XIV - verificar e relacionar as praças que, estando no pernoite, não se encontrem no
alojamento ao toque de silêncio, devendo tal relação constar da parte do Sgt Dia, a fim de que seja
possível averiguar o destino de cada militar ausente;
XV - apresentar ao Sgt Dia SU, por ocasião das formaturas para o rancho, a relação das praças
que, por motivo de serviço, não possam comparecer ao rancho na hora regulamentar; e
XVI - verificar, por ocasião das formaturas para o rancho, se todas as praças em forma estão
arranchadas, entregando ao Sgt Dia SU a relação dos faltosas sem motivo justificado.
Seção XIV
Dos Plantões
Art. 238. O plantão de serviço (plantão da hora) é a sentinela da SU, incumbindo-lhe:
I - estar atento a tudo o que ocorrer no alojamento, participando imediatamente ao Cb Dia
qualquer alteração que verificar;
II - proceder como estabelece o R-2 na entrada de qualquer oficial no alojamento,
apresentando-se a este quando ausente o Cb Dia;
III - não permitir que as praças detidas no alojamento dele se afastem, salvo por motivo de
serviço e com ordem do Cb Dia;
IV - não consentir que seja prejudicado, por qualquer meio, o asseio do alojamento e das
dependências que lhe caiba guardar;
V - zelar para que as camas se conservem arrumadas;
VI - impedir, durante o expediente, a entrada de praças na dependência destinada a
dormitório, sempre que haja vestiário separado ou outro local apropriado à permanência nas horas de
folga;
VII - fazer levantar, nos dias com expediente, as praças ao findar o toque de alvorada,
coadjuvando a ação do Cb Dia;
VIII - não consentir a entrada de civis no alojamento sem que estejam devidamente
acompanhados por um oficial ou sargento;
IX - examinar todos os volumes que forem retirados do alojamento, conduzidos por praças e
que não tenham sido verificados pelo Sgt Dia ou Cb Dia, impedindo a retirada dos que não estejam
devidamente autorizados;
X - impedir a retirada de qualquer objeto do alojamento sem a devida autorização do dono ou
responsável ou do Sgt Dia ou Cb Dia;
XI - não consentir que qualquer praça se utilize ou se apodere de objeto pertencente a
outrem sem a autorização do dono ou responsável;
XII - impedir a entrada de praças de outras SU que não possuam a autorização necessária,
principalmente após a revista do recolher;
XIII - não permitir conversa em voz alta, nem outra qualquer perturbação do silêncio, depois
do respectivo toque;
XIV - relacionar as praças que, estando no pernoite, se recolherem ao alojamento depois do
toque de silêncio e entregar a relação ao Cb Dia no momento oportuno;
XV - dar sinal de “silêncio” imediatamente após a última nota do respectivo toque; e
XVI - acender e apagar as luzes do alojamento nas horas determinadas.
Parágrafo único. Caso o plantão da hora não se aperceba da entrada de um oficial no
alojamento, qualquer praça pode dar o alerta (sinal ou voz) que àquele incumbe.
Art. 239. Os plantões são substituídos nas mesmas condições das sentinelas da guarda do
quartel, no que for cabível.
Art. 240. Os plantões fazem a limpeza do alojamento e das dependências a cargo da Gd SU,
sob a direção do Cb Dia.
Art. 241. O posto de plantão da hora se localiza, normalmente, na entrada do alojamento,
devendo aquele militar percorrer, algumas vezes, essa dependência, para certificar-se de que o pessoal
está usando corretamente as instalações, principalmente as sanitárias.
Parágrafo único. O plantão da hora também é responsável por manter a limpeza e o asseio
das instalações sanitárias.
Seção XV
Das Guardas das Garagens
Art. 242. A guarda das garagens é um serviço integrante da unidade ou de SU, conforme a
distribuição da responsabilidade por tais dependências.
Art. 243. O Cmt U, tendo em vista o número de garagens, sua localização e as condições de
segurança, deve fixar, nas NGA/U, a graduação do comandante e o efetivo das guardas das garagens,
bem como a conduta e as regras do serviço.
Seção XVI
Das Guardas das Cavalariças e do Canil
Art. 244. A guarda das cavalariças é parte integrante do serviço da SU, sendo constituída por
um cabo e pelos soldados indispensáveis ao serviço, e tem por finalidade:
I - manter as cavalariças em estado de asseio e ordem;
II - velar para que os animais sejam tratados com o máximo cuidado, tanto no que se
relaciona à alimentação, como ao conforto que lhes deva ser proporcionado;
III - dispensar especial atenção a tudo quanto respeitar à higiene e aos cuidados com a saúde
dos animais; e
IV - zelar pela guarda e conservação de todos os objetos a seu cargo ou que lhe forem
entregues.
Parágrafo único. A guarda das cavalariças conserva-se nas imediações destas, não podendo
suas praças daí se afastarem sem conhecimento do respectivo Cmt, o qual somente por ordem superior
ou motivo de serviço inadiável o permitirá, devendo, porém, permanecer pelo menos um homem em
vigilância.
Art. 245. O Cmt Gd das cavalariças é o responsável, perante o Sgt Dia, pela fiel execução do
serviço a cargo da guarda, incumbindo-lhe:
I - verificar, em companhia do seu antecessor, ao receber o serviço, se as cavalariças estão em
ordem, se os animais estão limpos e cuidados e se o material está de acordo com a relação-carga e em
condições de emprego imediato;
II - distribuir os soldados da guarda por grupos de baias e dar-lhes as instruções para o
serviço;
III - designar os homens para os quartos de serviço de plantão durante a noite, conforme as
regras estabelecidas para o referido serviço;
IV - receber a forragem destinada ao consumo durante as vinte e quatro horas do serviço e
dirigir a sua distribuição, bem como o fornecimento de água, nas horas regulamentares;
V - assistir à substituição dos plantões, verificando se as ordens e instruções são fielmente
transmitidas;
VI - corrigir as irregularidades no serviço, ou pedir a intervenção do Sgt Dia, quando não for
de sua alçada;
VII - participar ao Sgt Dia todas as ocorrências verificadas e as providências que haja tomado;
VIII - dirigir e fiscalizar o serviço de limpeza das cavalariças; e
IX - impedir que qualquer animal da SU seja retirado das baias sem a autorização necessária.
Art. 246. Aos soldados da guarda das cavalariças incumbe:
I - conservar em completo estado de asseio as baias ou os grupos de baias de que tenham
sido incumbidos;
II - examinar frequentemente os animais a seu cargo e mantê-los limpos e cuidados;
III - impedir que sejam retirados das cavalariças os objetos ou utensílios que lhes tenham sido
distribuídos ou confiados;
IV - preparar a forragem para distribuição e distribuí-la, bem como a água, sob a direção do
Cmt Gd;
V - não consentir que alguém lance mão de montada que não seja a própria, salvo ordem de
autoridade competente;
VI - atender prontamente a qualquer acidente ou alteração que se verificar com os animais; e
VII - participar imediatamente ao Cmt Gd as irregularidades que não possam corrigir.
Art. 247. À noite, em hora estabelecida no horário da unidade, o serviço de cavalariças
transforma-se em serviço de plantões às baias, executado pelos soldados da guarda das cavalariças
escalados para isto, sendo os homens distribuídos em quartos de serviço e substituídos nas mesmas
condições das sentinelas da guarda do quartel, no que for cabível.
Art. 248. As prescrições relativas à guarda do canil são as mesmas previstas para a guarda das
cavalariças no que lhe for aplicável.
§ 1º A critério do Cmt U, de acordo com as características da seção de cães de guerra da OM,
o serviço de guarda do canil pode ser reduzido para um serviço de permanência.
§ 2º Os integrantes da seção de cães de guerra concorrem aos serviços de guarda ou de
permanência do canil.
Seção XVII
Do Serviço-de-Dia à Enfermaria
Art. 249. Diariamente, um atendente ou padioleiro deve ser escalado no serviço-de-dia à
enfermaria.
Art. 250. Ao atendente-de-dia ou ao padioleiro-de-dia incumbe:
I - permanecer na FS durante todo o serviço, podendo apenas daí afastar-se para as refeições
ou por exigência do mesmo serviço, mas sem sair do quartel;
II - fazer os curativos e prestar os demais cuidados aos doentes e a outras praças que deles
necessitarem, de acordo com as determinações do Med Ch e do Med Dia;
III - cientificar prontamente o médico de quaisquer acidentes ou ocorrências havidas na
enfermaria, fazendo-o ao Of Dia na ausência daquele, que será chamado em caso grave ou urgente;
IV - receber e acomodar, convenientemente, os doentes que derem entrada na enfermaria,
recolhendo os respectivos fardamentos, a fim de serem guardados, bem como quaisquer valores que
estiverem portando, entregando-os ao Med Ch, que lhes dará o destino conveniente;
V - executar, na forma estabelecida neste Regulamento, os serviços que lhe incumbirem na
FS, procedendo, quanto à assistência aos doentes, de acordo com as normas vigentes nos hospitais
militares, no que lhe for aplicável;
VI - recolher petrechos de jogo, instrumentos ou quaisquer outros objetos que estejam de
posse dos doentes e que possam servir para danificar materiais ou dependências da FS, perturbar a
ordem ou causar lesões corporais;
VII - fiscalizar constantemente a permanência na enfermaria de todas as praças baixadas,
somente permitindo que dela se afastem mediante autorização do médico ou do Sgt Aux Enf; e
VIII - participar do serviço de ronda noturna na enfermaria, de forma a ser mantida a
vigilância necessária.
Seção XVIII
Do Serviço de Ordens
Art. 251. O serviço de ordens é executado pelos corneteiros ou clarins, pelas ordenanças e
por outros soldados, e se destina à transmissão de ordens e remessa de documentos.
§ 1º O número de soldados de ordens é fixado pelo Cmt U, e os locais onde permanecerão
durante o serviço são determinados pelas autoridades de que dependem.
§ 2º As ordenanças concorrem, normalmente, aos serviços de ordens da dependência em que
trabalham os oficiais a que servem.
§ 3º O corneteiro de ordens ao comando somente executa os toques que lhe forem
determinados.
§ 4º O corneteiro de ordens ao Of Dia acompanha-o permanentemente e executa os toques
por ele determinados, os de comando e os impostos pelo horário da unidade, estes últimos mediante
autorização daquele oficial.
Art. 252. Os soldados de ordens transportados devem ter, durante o serviço, viaturas em
condições de rápida execução das ordens que receberem, permanecendo, como os demais, nos lugares
determinados pelas autoridades a que estiverem servindo.
Parágrafo único. Os soldados de ordens dependem diretamente das autoridades a cuja
disposição se encontram.
CAPÍTULO V
DOS SERVIÇOS EXTERNOS
Art. 253. Serviço externo é todo serviço prestado fora do quartel, de interesse da unidade ou,
simultaneamente, das OM da Gu.
Art. 254. São serviços externos:
I - guardas e escoltas de honra;
II - paradas, desfiles e outras solenidades;
III - honras fúnebres (guardas, escoltas e salvas);
IV - guardas às OM que não disponham de tropa, a próprios nacionais do Exército ou outros,
cuja vigilância e conservação estejam a este confiadas;
V - escoltas, rondas e patrulhas;
VI - ordenanças temporárias;
VII - faxinas;
VIII - representações;
IX - assistência médica e veterinária; e
X - outros serviços que se tornem necessários, com as características estabelecidas no art.
253 deste Regulamento.
§ 1º O serviço externo é escalado pelo Cmt U, por iniciativa sua e por interesse da unidade,
ou, conforme o caso, por determinações do Cmt Gu ou de autoridade superior.
§ 2º As guardas e escoltas de honra, as paradas e as honras fúnebres obedecem às
disposições do R-2.
§ 3º As guardas às OM que não disponham de tropa são regidas pelas disposições deste
Regulamento, no que diz respeito ao serviço de guarda, e por ordens particulares.
§ 4º As escoltas, rondas, patrulhas e faxinas obedecem a ordens e instruções especiais do Cmt
U ou do Cmt Gu, conforme o caso.
Art. 255. As ordenanças temporárias são praças postas à disposição de autoridades em
trânsito ou transitoriamente em serviço na Gu, incumbindo-lhes, em princípio, as mesmas atribuições das
ordenanças permanentes, sendo dispensadas de todos os serviços da unidade.
Art. 256. As praças da unidade, em serviço em outras OM nas quais haja falta ou insuficiência
de auxiliares próprios, são consideradas em serviço externo.
Parágrafo único. Essas praças são dispensadas do serviço interno da unidade, mas
comparecem à instrução, de acordo com o respectivo programa e as prescrições particulares.
CAPÍTULO VI
DAS FORMATURAS
Art. 257. Formatura é toda reunião do pessoal em forma, armado ou desarmado, e pode ser:
I - geral ou parcial, da unidade ou de SU; e
II - ordinária ou extraordinária.
§ 1º Em regra, toda formatura tem origem na SU, pela reunião dos oficiais e praças que dela
devam participar.
§ 2º Durante a semana, nos corpos de tropa há pelo menos uma formatura geral de toda a
unidade para o início das atividades do dia, ocasião em que será cantado o Hino Nacional, ou outro hino,
ou uma canção militar.
§ 3º O horário da formatura geral da unidade pode, a critério do comandante, ser alterado
por eventual necessidade do serviço ou em função de condições climáticas ou meteorológicas.
§ 4º A formatura geral de SU é realizada nos dias em que não houver formatura geral da
unidade.
§ 5º As formaturas ordinárias são as destinadas às revistas normais do pessoal, ao rancho, à
Parada, à leitura do BI e à instrução.
Art. 258. As formaturas extraordinárias podem ser previstas ou inopinadas.
§ 1º As formaturas extraordinárias previstas são as determinadas nos programas da unidade
ou SU, para revistas de material ou animais, ou ordenadas em BI quando destinadas a solenidades
internas ou externas.
§ 2º As formaturas extraordinárias inopinadas são as impostas pelas circunstâncias do
momento, em virtude de anormalidades ou em função de medidas comuns de caráter interno.
Seção I
Das Formaturas Gerais da Unidade e de Subunidade
Art. 259. Nas ordens para formaturas, são designados, com precisão, hora, local da reunião,
formação, uniforme e outros esclarecimentos necessários, observadas, também, as seguintes
disposições:
I - em cada SU:
a) as ordens são dadas de modo que não seja retardada a hora de reunião da unidade;
b) os oficiais subalternos passam em revista suas frações; e
c) o mais antigo apresenta toda a tropa ao Cmt SU, que a conduz, no momento oportuno, ao
local da reunião da unidade;
II - reunidas as SU no local previsto e à hora marcada para a formatura da unidade, o S Cmt U
assume o comando de toda a tropa, até a chegada do Cmt U; e
III - o Cmt U somente se aproxima do local da formatura depois de avisado, pelo S3, que a
tropa se encontra pronta para recebê-lo.
Art. 260. Nas formaturas gerais de SU são observadas as prescrições tratadas no art. 259
deste Regulamento, no que lhes for aplicável.
Art. 261. As formaturas nas Armas montadas ou motomecanizadas, quando a pé, são regidas
pelas mesmas disposições do art. 259 deste Regulamento e, quando a cavalo ou com o material, por
aquelas que lhes forem aplicáveis, observando-se, quanto ao encilhamento dos animais e à preparação
do material, as disposições regulamentares peculiares e as instruções particulares do Cmt U ou Cmt SU.
Seção II
Da Parada Diária
Art. 262. A Parada diária interna é uma formatura destinada à revista do pessoal para o
serviço diário, que é contado de Parada a Parada.
§ 1º Realiza-se a pé, à hora e em local determinados pelo Cmt U.
§ 2º Nela tomam parte, além da banda de música ou da fanfarra ou da banda de corneteiros
ou clarins e tambores, todas as praças que tenham de entrar de serviço (com os uniformes,
equipamentos e armamentos adequados ao respectivo serviço), exceto as escaladas para os serviços de
faxina e de guarda às cavalariças que, à hora da Parada, seguem diretamente dos alojamentos para os
respectivos destinos.
§ 3º Todos os oficiais que tenham de entrar de serviço formam na Parada, após as
formalidades do inciso IV do art. 264 deste Regulamento, salvo os de maior posto ou mais antigos do que
o S1, que ficam dispensados dessa cerimônia.
Art. 263. A Parada é organizada pelo 1º Sgt ajudante, auxiliado pelo Sgte mais antigo, e
comandada pelo S1 (exceto nos dias em que não houver expediente, quando é comandada pelo Of Dia
que entra de serviço).
Parágrafo único. Ao toque de “Parada”, os Sgte SU conduzem, em forma, ao local
determinado, todas as praças que tenham de entrar de serviço, apresentando-as ao 1º Sgt ajudante.
Art. 264. A Parada obedece às seguintes formalidades:
I - é organizada da direita para a esquerda na seguinte ordem:
a) a banda de música ou fanfarra ou a banda de corneteiros ou de clarins e tambores;
b) guardas, por ordem de graduação ou antiguidade dos respectivos Cmt;
c) sargentos-de-dia;
d) plantões das SU, comandados pelos Cb Dia; e
e) outros serviços (policiamento, escolta de presos etc.);
II - terminada a organização da tropa (a banda de música e de corneteiros ou clarins e
tambores em linha de quatro fileiras, e os demais no mínimo em duas fileiras, dependendo do local), o 1º
Sgt ajudante retifica o alinhamento e aguarda a chegada do S1 (a quem mandará prevenir, se for o caso);
III - ao aproximar-se o S1, o 1º Sgt ajudante comanda “Parada, sentido!” (seguido de “ombro-
arma!”, quando o S1 for oficial superior), indo, em seguida, ao encontro desse oficial e apresentando-lhe
a tropa;
IV - o S1 desembainha a espada, assume o comando da Parada, toma posição na altura do
centro da mesma, à distância de quinze passos, frente para ela, tendo à sua esquerda o 1º Sgt ajudante, e
comanda “Parada, descansar!” (antecedido de “descansar-arma!”, se for o caso), nessa ocasião os oficiais
de serviço entram em forma, o Of Dia no intervalo entre a banda de corneteiros (clarins) e as guardas, e
os demais à direita das frações que comandarem;
V - acompanhado do 1º Sgt ajudante, o S1 inicia a revista das guardas, a partir das bandas de
música, passada homem a homem, fazendo com que o 1º Sgt ajudante vá anotando as observações por
ele feitas, referentes a irregularidades em uniforme, equipamento, armamento, apresentação individual
etc.;
VI - na revista de cada guarda acompanham o S1, além do 1º Sgt ajudante, o Of Dia e o
respectivo comandante da fração de serviço, sendo que este último retoma seu lugar tão logo o S1
termine a revista da guarda a seu comando, já o Of Dia e o 1º Sgt ajudante somente ao término da revista
geral;
VII - terminada a revista, o S1 retorna à sua posição anterior (quinze passos de distância,
frente para a Parada) e comanda “Parada, sentido!, ombro-arma!, em continência ao terreno, apresentar
arma!”, a tropa faz a continência regulamentar, enquanto as bandas de música e de corneteiros (clarins)
executam o toque FA-44 do Manual FA-M-13;
VIII - terminada a continência, o S1 comanda “Parada, descansar arma!, oficiais, fora de
forma!, direita, volver!, Parada a seu destino, ordinário, marche!”; e
IX - os oficiais reúnem-se com o S1 e, formados em uma fileira à sua retaguarda, assistem ao
desfile de toda a Parada até o ponto de liberação, de onde os diferentes elementos, bem como as
bandas, seguem seus destinos, em forma.
Seção III
Das Formaturas em Quartéis-Generais
Art. 265. Nos quartéis-generais de G Cmdo, há, com periodicidade a critério do Of Gen Cmt,
uma formatura geral com a finalidade de manter a coesão e o contato entre todos os oficiais e as praças
da OM e dar oportunidade aos comandos de verificarem as condições de sua tropa.
Parágrafo único. A formatura, realizada em dia, hora e local a serem determinados pelo Of
Gen Cmt, tem cunho solene e nela tomam parte todos os oficiais do QG e o maior efetivo possível de
praças.
Art. 266. A formatura é comandada pelo chefe do estado-maior (ou equivalente) e obedece
às seguintes formalidades:
I - os oficiais formam um ou mais grupamentos de desfile;
II - as praças formam por fração, à esquerda do último grupamento de oficiais;
III - uma revista de todo o dispositivo é realizada, durante a qual a banda de música (ou
fanfarra) toca um dobrado militar;
IV - o Hino Nacional, ou outro hino, ou uma canção militar é entoado e o Cmt faz uma breve
preleção à tropa, em forma de recomendações, observações e ensinamentos cívicos, morais sociais,
disciplinares, sobre história e outros; e
V - em seguida e na formação mais conveniente do efetivo em forma, a tropa realiza um
desfile, após o que toma seu destino.
CAPÍTULO VII
DAS REVISTAS
Art. 267. Revista é o ato pelo qual se verifica a presença ou o estado de saúde do pessoal, a
existência e o estado do material distribuído e dos animais.
§ 1º As revistas podem ser:
I - de pessoal;
II - de mostra;
III - de animais; e
IV - diária de armamento, munição e explosivo.
§ 2º As revistas mencionadas nos incisos I a III do § 1º deste artigo podem ser normais ou
extraordinárias.
§ 3º As revistas normais são as fixadas em regulamentos ou nos programas de instrução da
unidade; as extraordinárias são determinadas pelo comando superior, pelo comando da unidade ou pelo
comando da SU, quando julgadas necessárias.
§ 4º Em regra, as revistas de pessoal são feitas em formaturas.
§ 5º As revistas de mostra são realizadas no material distribuído, presentes os detentores, em
forma e em local determinado.
Seção I
Da Revista de Pessoal
Art. 268. Ordinariamente, são passadas as seguintes revistas de pessoal, às horas
determinadas pelo Cmt U:
I - revista da manhã:
a) destinada a constatar a presença do pessoal no quartel, é feita em todos os dias úteis,
normalmente antes do início do expediente;
b) é passada em formatura geral (oficiais e praças) e no uniforme da primeira instrução do
dia; a chamada, porém, é feita em cada pelotão ou seção pelo respectivo comandante, sendo as faltas
apuradas nas SU; e
c) após a chamada, quando for o caso, as SU deslocam-se para o local da formatura geral da
unidade, de onde, posteriormente, seguem para os locais de instrução ou de trabalho;
II - revista do recolher:
a) destina-se a constatar a presença das praças relacionadas no pernoite e é passada
diariamente;
b) a chamada e a identificação dos militares presentes são realizadas pelo Sgt Dia, em forma
no alojamento da SU, na presença do Of Dia ou do seu Adj;
c) as praças conservam-se em forma até o toque de “fora de forma” que o Of Dia mandará
tocar depois de passada a revista em todas as SU;
d) quando houver na unidade mais de duas SU, o Of Dia encarrega o Adj da revista em
algumas delas, a seu critério, assistindo às demais, a fim de não retardar exageradamente o toque de
“fora de forma”; e
e) após a revista do recolher, as praças relacionadas no pernoite não podem sair do quartel;
III - revistas sanitária e médica, esta última nos dias úteis:
a) as revistas sanitárias são passadas pelo Ch FS, auxiliado pelos demais médicos da unidade,
em dias marcados pelo Cmt U, em todas as praças da unidade, de sorte que cada militar seja examinado e
pesado periodicamente, sendo os resultados registrados convenientemente;
b) a revista médica é passada por médico da unidade, de preferência numa dependência
especial da FS, nas praças que comparecerem por motivo de doença ou por ordem superior;
c) excepcionalmente, quando o estado dos doentes não permitir o seu comparecimento à FS,
a revista médica pode ser feita nos alojamentos;
d) toda praça que se sentir adoentada, não podendo fazer o serviço ou a instrução, participa
tal fato à autoridade de que dependa diretamente, a fim de ser encaminhada à revista médica;
e) nas SU, as praças que devam comparecer à revista médica são relacionadas pelo Sgt Dia,
em livro apropriado;
f) neste livro é registrado pelo médico, para conhecimento e providências imediatas do Cmt
SU, o seu parecer sobre o estado de saúde do doente, bem como o destino que lhe tiver sido dado;
g) ao toque de “revista médica”, as praças que devam comparecer a esta atividade são
reunidas nas suas SU e daí conduzidas à FS pelos Cb Dia, que levarão consigo o livro de registro;
h) o médico examina individualmente as praças apresentadas por SU, consignando no livro de
revista médica o seu parecer relativo a cada militar e assinalando as prescrições médicas, a situação em
que permanecerá o doente, a indicação do lugar de tratamento e todas as demais informações de
interesse para o comando;
i) o livro de revista médica é levado diariamente ao S Cmt U, a fim de que esta autoridade se
inteire das ocorrências havidas e ordene as providências necessárias acerca das prescrições e indicações
médicas; e
j) as alterações resultantes da revista médica, que devam constar do BI da unidade, são
apresentadas pelo Ch FS, devidamente redigidas para a publicação e sob a forma de proposta.
Parágrafo único. A revista do recolher pode ser realizada de forma centralizada, com todas as
SU deslocando-se para o local determinado, facilitando a transmissão de ordens e os avisos de caráter
geral pelo Of Dia.
Art. 269. As providências que cabem aos médicos proporem, com relação aos doentes, em
consequência das observações feitas durante a revista médica, devem constar pormenorizadamente de
prescrições específicas, consistindo, normalmente, em:
I - dispensas – do uso de peças do fardamento ou equipamento, do serviço ou da instrução,
por prazo determinado;
II - tratamento no quartel – para os casos de indisposições ligeiras, com ou sem isenção
parcial ou total do serviço ou da instrução;
III - observação na enfermaria – para os casos em que não seja possível a formação de um
diagnóstico imediato:
a) a praça permanece na enfermaria, em princípio por dois dias, que podem ser prorrogados;
e
b) no caso de não ser constatado nenhum indício de moléstia, o observado tem alta, devendo
o médico mencionar, no livro adequado, o prazo e os dias em que o paciente deve comparecer à visita
médica, para confirmar ou não o diagnóstico, se for o caso;
IV - baixa à enfermaria – para tratamento de afecções benignas que necessitem de cuidados
médicos ou para convalescença dos militares que, tendo alta de hospital, necessitem de repouso antes da
volta ao serviço;
V - baixa a hospital – para todos os doentes portadores de moléstias graves ou contagiosas
que necessitem de cuidados assíduos ou especializados não prestados na enfermaria; ou
VI - encaminhamento à JIS ou aos serviços médicos especializados.
§ 1º A convalescença, a critério do Cmt U e mediante parecer do médico, pode ser gozada no
interior do quartel ou na residência do interessado, não devendo, neste caso, ultrapassar o prazo máximo
de oito dias.
§ 2º Nos documentos de baixa a hospital devem constar todos os esclarecimentos que
possam elucidar o diagnóstico e orientar o tratamento, além das indicações dos antecedentes do doente
e outras informações necessárias.
Art. 270. Comparecem à revista médica, obrigatoriamente, as praças que:
I - alegarem ou manifestarem doenças;
II - regressarem de hospitais, acompanhadas dos respectivos documentos de alta;
III - se apresentarem prontas para o serviço na unidade, por movimentação, conclusão de
licença ou qualquer outro motivo;
IV - receberem ordem para tal, de autoridade competente; ou
V - devam ser submetidas a exame de corpo delito ou de sanidade, quando tais exames não
sejam urgentes.
Art. 271. Entre a revista do recolher e o toque de alvorada, o Of Dia deve certificar-se da
presença das praças que devam permanecer no quartel, por meio de revistas incertas, passadas de modo
a não acordar os militares, salvo para identificá-los, o que pode ser feito por intermédio do Sgt Dia à
respectiva SU.
§ 1º O Cmt U, o S Cmt U e os Cmt SU, estes nos elementos que comandam, podem passar
revistas incertas, sendo indispensável para os Cmt SU prévio aviso ao Of Dia quanto a militares que não
estejam em serviço de escala próprio da SU ou estejam recolhidos à prisão.
§ 2º As revistas incertas, com indicação das horas em que foram passadas, devem ser
registradas na parte diária do Of Dia.
Seção II
Da Revista de Mostra
Art. 272. A revista de mostra é o exame procedido por qualquer chefe que tenha autoridade
administrativa sobre os responsáveis por material, com a finalidade não apenas de verificar a existência
do material distribuído, mas também o seu estado de conservação e a apuração de responsabilidade
individual, se for o caso.
Art. 273. As revistas de mostra, procedidas periodicamente pelo Cmt U, ou por seu
representante designado, e pelos Cmt SU, obedecem às seguintes disposições:
I - o responsável direto pela guarda e conservação do material a ser revistado deve estar
presente, obrigatoriamente;
II - a circunstância de não ter sido passada a revista de mostra na época oportuna, devido à
causa eventual, não isenta o detentor da responsabilidade pelo extravio e/ou pela falta de conservação
do material a ele distribuído, que venham a ser constatados em qualquer oportunidade;
III - as faltas assinaladas são participadas ao Cmt U por intermédio do Fisc Adm,
mencionando-se não apenas os responsáveis, como também a natureza e a causa da avaria, se for o caso;
e
IV - a execução da revista de mostra deve ser regulada em normas que visem à ordem,
rapidez e facilidade, podendo contar com a cooperação de oficiais especializados da unidade para o
exame do material de suas especialidades.
Seção III
Da Revista de Animais
Art. 274. Os Cmt U e de SU, quando julgarem oportuno, passam em revista os animais das
suas cargas, verificando o seu estado.
Art. 275. Em princípio, todas as revistas de animais são realizadas com a presença do
veterinário e dos seus auxiliares.
Parágrafo único. Para as revistas determinadas pelos Cmt SU, a participação do veterinário
e/ou de seus auxiliares deve ser solicitada ao Cmt U.
Art. 276. O local e as particularidades da execução das revistas de animais devem observar as
disposições vigentes, sendo estabelecidos pela autoridade que as determinar, de modo a não prejudicar a
instrução e os demais serviços da unidade.
Seção IV
Da Revista Diária de Armamento, Munição e Explosivo
Art. 277. A revista diária de armamento, munição e explosivo, realizada obrigatoriamente ao
final do expediente, é o exame de todo esse material existente em carga e relacionado nas reservas e
paióis, com o objetivo de controlar, de modo rigoroso, as diversas quantidades e os seus destinos,
consubstanciados nos mapas diários do armamento e de munição e explosivo.
Parágrafo único. O mapa diário do armamento e o de munição e explosivo, por serem
documentos primordiais de controle, são conferidos e assinados pelos Cmt SU e pelo O Mun Expl Mnt
Armt, respectivamente, por ocasião da revista diária, e arquivados sob a responsabilidade do S Cmt U.
Art. 278. A revista diária de armamento, munição e explosivo é a medida básica e
fundamental do conjunto de normas de controle de armas, munições e explosivos da unidade.
Art. 279. Os Cmt SU, acompanhados dos subtenentes encarregados do material das SU,
realizam pessoalmente as revistas diárias do armamento sob sua responsabilidade.
Parágrafo único. A revista pode ser realizada:
I - por outro oficial da SU, somente no caso de seu Cmt SU não se encontrar no interior do
aquartelamento; ou
II - pelo graduado de maior hierarquia presente na SU, quando todos os oficiais da SU
estiverem ausentes do quartel.
Art. 280. Após a realização da revista diária, a reserva é fechada pelo armeiro na presença do
encarregado do setor de material da SU e do Cmt SU ou do militar mencionado nas situações previstas no
parágrafo único do art. 279 deste Regulamento.
§ 1º A distribuição e o recolhimento, pelos armeiros, de todo o armamento utilizado pelo
pessoal de serviço, bem como a abertura e o fechamento da reserva com aquele propósito, nos horários
sem expediente e ausente o Cmt SU, são supervisionados pelo Of Dia, auxiliado pelo seu Adj e
acompanhado do respectivo Sgt Dia SU.
§ 2º No caso de abertura de reserva de armamento, motivada por propósito distinto do
citado no § 1º deste artigo, nos horários sem expediente e ausente o Cmt SU, o Of Dia conduz,
pessoalmente, acompanhado do respectivo Sgt Dia SU, a distribuição e o recolhimento do armamento,
bem como a abertura e o fechamento da reserva, devendo o fato ser lançado em seu livro de partes e no
do Sgt Dia SU, e relatado ao Cmt U e ao S Cmt U, na primeira oportunidade.
Art. 281. O O Mun Expl Mnt Armt realiza pessoalmente a revista diária no(s) paiol(óis) da
unidade.
Parágrafo único. A revista pode ser realizada:
I - por oficial designado pelo S Cmt U, quando o O Mun Expl Mnt Armt não se encontrar no
interior do aquartelamento, contando-se, nesse caso, com o apoio do Sgt Aux Mun Expl Mnt Armt; ou
II - pelo S4, também apoiado pelo Sgt Aux Mun Expl Mnt Armt, caso o Cmt U ou S Cmt U
julguem conveniente.
Art. 282. Após a realização da revista diária, o(s) paiol(óis) é(são) fechado(s) pelo O Mun Expl
Mnt Armt.
CAPÍTULO VIII
DAS INSPEÇÕES E VISITAS
Art. 283. Inspeção é o exame procedido por qualquer chefe com a finalidade de verificar a
tropa, o material, as viaturas, a administração, as instalações e a instrução.
§ 1º As inspeções podem ser dos seguintes tipos:
I - da tropa;
II - de material;
III - de viaturas;
IV - administrativas;
V - de instalações; ou
VI - de instrução.
§ 2º As inspeções mencionadas no § 1º deste artigo podem ser normais, extraordinárias ou
inopinadas.
§ 3º As inspeções normais são as fixadas nos regulamentos ou nos programas e diretrizes de
instrução; as extraordinárias são marcadas quando julgadas necessárias e as inopinadas são realizadas
sem aviso prévio ou alerta à OM.
Art. 284. Inspeção da tropa é o exame procedido no efetivo e na apresentação do pessoal da
unidade, ou de parcela desta, ordenada pelo Cmt U ou por Cmt SU (neste caso, para os seus
subordinados), com a finalidade de verificar o estado e a correção dos diversos uniformes, equipamentos
etc.
Parágrafo único. Em regra, a inspeção da tropa é feita em formatura, com todo o efetivo
presente, no uniforme previsto e com equipamento e armamento determinados.
Art. 285. Inspeção de material é o exame procedido com a finalidade de verificar a existência
do material, seu estado de conservação, seu funcionamento e condições de guarda e acondicionamento.
§ 1º O responsável direto pela guarda e conservação do material a ser inspecionado deve
estar presente, obrigatoriamente.
§ 2º A execução da inspeção de material deve ser regulada em normas que visem à ordem, à
rapidez e à facilidade, podendo contar com a cooperação de oficiais especializados para o exame do
material de suas especialidades.
Art. 286. A inspeção de viaturas visa, principalmente, a observar as condições mecânicas, o
aspecto externo, o estado de conservação, a execução das operações de manutenção, a utilização correta
do material automóvel e o ferramental correspondente.
§ 1º As inspeções de viaturas orientam-se pelas instruções em vigor e obedecem às seguintes
disposições:
I - os Cmt U, especialmente as motorizadas, mecanizadas ou blindadas, realizam constantes
verificações para se certificarem do aspecto geral e das condições aparentes das viaturas, da existência e
do grau de conservação do ferramental e dos acessórios respectivos, bem como do estado de parques ou
garagens e dos meios disponíveis para manutenção;
II - os Cmt SU inspecionam frequentemente as suas viaturas, com a finalidade de verificar a
maneira pela qual os motoristas desempenham seus encargos, assinalando os erros por eles cometidos e
corrigindo-os convenientemente;
III - os Cmt Pel (Seç) e o subtenente inspecionam, semanalmente, as viaturas sob suas
responsabilidades, a fim de verificar seu estado e orientar os motoristas nos cuidados indispensáveis ao
bom funcionamento; e
IV - as viaturas sem utilização são inspecionadas mensalmente, inclusive as que tenham
estado imobilizadas por mais de duas semanas.
§ 2º Quando a unidade dispuser, no seu efetivo, de oficiais de manutenção, as inspeções
previstas nos incisos I e II do § 1º deste artigo são feitas com a sua presença, sem prejuízo das que ele
tenha que realizar no desempenho de suas funções.
Art. 287. A inspeção administrativa visa a verificar toda ou parte da vida administrativa da
unidade , sendo realizada de acordo com as disposições, normas e instruções em vigor, ou determinações
do escalão superior.
Art. 288. A inspeção de instalações visa a verificar toda ou parte das instalações da unidade,
sendo realizada de acordo com as disposições, as normas e as instruções em vigor, ou determinações do
escalão superior.
Art. 289. A inspeção de instrução visa a verificar o andamento da instrução, os seus
rendimento e registro, sendo realizada de acordo com as disposições, normas e instruções em vigor, ou
diretrizes do escalão superior.
Art. 290. A visita é o ato de autoridade que, por iniciativa própria, ou mediante convite,
comparece a uma OM por cortesia ou praxe já consagrada nos hábitos militares.
Parágrafo único. O procedimento a ser observado pelas OM, por ocasião das visitas, está
regulado em normas específicas.
CAPÍTULO IX
DO CONTROLE AMBIENTAL
Art. 291. O meio ambiente é formado pelos elementos da natureza somados às modificações
feitas pelo homem, onde o ar, a água e o solo constituem o meio físico e os animais, os vegetais e os
demais seres vivos compõem o meio biológico.
Art. 292. Em continuidade ao tradicional zelo e à salutar convivência do militar com o meio
ambiente, o controle ambiental, no âmbito da unidade, visa a orientar, educativa e preventivamente,
todos os integrantes da OM sobre os cuidados e o respeito à Natureza, durante a execução de atividades
diárias e operacionais da unidade.
Art. 293. O controle ambiental é realizado pelas providências e pelas normas de proteção
adotadas pela OM, de acordo com a legislação em vigor de âmbitos federal, estadual e municipal.
Art. 294. As providências de controle ambiental no âmbito da unidade envolvem, entre
outras:
I - a inclusão da OM no sistema público de coleta de lixo;
II - a coleta seletiva de lixo, com a eliminação de depósitos de detritos a céu aberto e
incineradores;
III - os cuidados com a poda e o corte de árvores, em ligação com as autoridades
competentes;
IV - o esgotamento sanitário, com preservação dos lençóis freáticos;
V - o consumo de água potável para a tropa e de água “bruta” para a lavagem de viatura,
equipamento e instalações;
VI - o controle do destino adequado:
a) de óleos e combustíveis inservíveis, resultantes da manutenção periódica de viaturas e
equipamentos;
b) de rejeitos radioativos, quando for o caso;
c) da água “bruta” após a lavagem de viaturas, equipamentos e instalações;
d) dos detritos orgânicos oriundos das cozinhas;
e) dos dejetos de animais, quando for o caso;
f) dos rejeitos e sobras de produtos químicos utilizados em oficinas e fábricas; e
g) de baterias automotivas e equipamentos de comunicações;
VII - os cuidados na utilização de campos de instrução ou de outras áreas cedidas para
exercícios ou manobras militares; e
VIII - a autorização, mediante a licença de instalação expedida pelo respectivo órgão de
controle ambiental, de obras e serviços de engenharia, conforme a legislação em vigor.
Art. 295. Os Cmt SU e os chefes de repartições e dependências internas, quando envolvidos
nas atividades militares próprias, são co-responsáveis junto ao Fisc Adm, na esfera de suas atribuições,
pela verificação do cumprimento, por seus subordinados, das providências e das normas que disciplinam
a proteção do meio ambiente.
CAPÍTULO X
DO CONTROLE DIÁRIO DE MATERIAL BÉLICO
Art. 296. O controle diário de material bélico, particularmente o de armamento, munição e
explosivo, constitui-se na série de medidas implementadas pela unidade para verificar, rigorosamente, as
quantidades, o destino e a segurança requerida do material em tela.
Art. 297. As medidas de controle de armamento de que trata o art. 296 deste Regulamento
abrangem, entre outras:
I - a abertura das reservas, no intervalo entre a revista diária e o término do expediente,
somente em casos de extrema excepcionalidade e na presença do Cmt SU;
II - o destino da via da chave de responsabilidade do armeiro, após o fechamento da reserva
por término da revista diária;
III - a existência de dupla segurança de cada reserva, sendo uma delas de responsabilidade do
Of Dia, entre a revista diária e o início do expediente seguinte;
IV - o controle e a guarda, pelo Of Dia, das armas portadas por militares isolados que
chegarem de retorno ao quartel, entre a revista diária e a abertura das reservas para o início do
expediente seguinte ou entrega de armamento para o pessoal de serviço;
V - a sistemática de distribuição e recolhimento de armas do pessoal de serviço nos dias sem
expediente;
VI - após o término do expediente, a espera, pelo armeiro, da SU ou parte dela, quando do
retorno de atividades externas, para o recolhimento do armamento, supervisionado pelo Of Dia e o
respectivo Sgt Dia SU, no caso de não estar presente o Cmt SU; e
VII - a proibição da guarda e da permanência de armas particulares de militares, residentes ou
não no aquartelamento, no interior das reservas de armamento da SU.
Art. 298. Para o controle da munição e de outro material bélico, são adotadas, a critério do
Cmt U e no que couber, as medidas relativas ao controle do armamento citadas no art. 297 deste
Regulamento.
CAPÍTULO XI
DA PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA INSTRUÇÃO E NO SERVIÇO
Art. 299. A prevenção de acidentes na instrução e no serviço visa a prevenir a sua ocorrência
e a contribuir para a criação de uma mentalidade adequada a respeito do tema.
Art. 300. As medidas de prevenção de acidentes preconizadas em planos de instrução, em
manuais técnicos de cada equipamento e em outras publicações específicas:
I - servem de orientação para as medidas preventivas a serem adotadas por todos os escalões
de comando no desenvolvimento normal da instrução militar e na execução de atividades diárias de risco;
II - não devem ser consideradas como medidas restritivas à execução da instrução militar ou
do serviço, e sim como um meio de realizar-se todas as atividades previstas na mais absoluta segurança; e
III - devem ser de conhecimento obrigatório de todo militar participante de atividades de
instrução e de risco.
Art. 301. As atividades militares são orientadas, entre outros, pelos seguintes preceitos:
I - o serviço e a instrução caracterizam-se pela seriedade e correção de atitudes;
II - todo militar que tenha obrigação funcional de manipular ou manusear materiais perigosos
ou de executar técnicas de risco, ligados ao cargo que ocupa, comportar-se-á como um perito
responsável em seu nível e em seu universo de ação;
III - como perito responsável, o militar deve, em razão do nível funcional em que atua e do
universo em que age, ser um executante perfeitamente habilitado e conhecedor dos perigos e riscos das
atividades a seu cargo; e
IV - algumas atividades merecem cuidados especiais dos comandantes, instrutores e
monitores e outros responsáveis por elas e, para isso, os aspectos relacionados com a segurança do
pessoal e do equipamento nessas atividades devem ser previamente analisados, visando ao
estabelecimento de medidas preventivas contra acidentes, dentre elas a suspensão de atividades de
instrução em determinadas situações, mesmo que já tenham sido iniciadas.
Art. 302. Para atividades de instrução que envolvam situações extraordinárias de risco, a
critério dos Cmt U, Cmt SU e S3, devem ser consideradas, quando for o caso:
I - as condições climáticas, o esforço a ser despendido pela tropa e o uniforme da atividade,
tudo para se evitar possíveis danos à integridade física do pessoal provocados pela intermação,
hipotermia etc.;
II - as necessidades de:
a) fiscalização pelos O Prv Acdt das instruções que envolvam atividade de risco;
b) ambulância, permanentemente no local, com equipamentos/medicamentos e a respectiva
equipe de primeiros socorros, que esteja perfeitamente adestrada na operação desses equipamentos,
para um atendimento imediato e, se for o caso, evacuação; e
c) ligação rádio ou telefônica entre a área em que se desenvolve a atividade dos instruendos,
o aquartelamento e, se for o caso, a OM que apoia;
III - as medidas preventivas contra doenças de maior incidência na área.
Art. 303. Os comandantes, chefes e diretores, em todos os níveis (GU, OM, SU, Pel, Seç etc.),
devem adotar medidas para a prevenção de acidentes, tais como:
I - realização de palestras e instruções sobre prevenção de acidentes na instrução, no serviço
e no trânsito;
II - fiscalização do fiel cumprimento das normas de prevenção de acidentes pelos seus
subordinados; e
III - estímulo ao hábito do uso de equipamentos e dispositivos de segurança em todas as
atividades de risco, de serviço ou não.
TÍTULO V
DAS PRESCRIÇÕES REFERENTES ÀS GUARNIÇÕES
MILITARES E AOS DESTACAMENTOS
CAPÍTULO I
DAS GUARNIÇÕES MILITARES
Art. 304. Uma Gu Mil é constituída por uma ou mais OM existentes em uma mesma
localidade, delimitada por determinada área, podendo ser transitória ou permanente.
§ 1º A Gu Mil toma, em princípio, a denominação da localidade, e existindo nesta mais de
uma OM, a Gu é criada por ato do Comandante do Exército.
§ 2º Nas grandes cidades pode haver mais de uma Gu Mil; neste caso, o Comandante do
Exército define os limites territoriais de cada uma delas.
§ 3º O Comandante do Exército pode delegar aos Cmt Mil A a atribuição de delimitar, em
detalhes, a área de uma Gu Mil.
§ 4º Quando em uma Gu Mil existirem OM pertencentes a G Cmdo diferentes, cabe ao
comandante militar de área determinar a que G Cmdo fica subordinado o Cmt Gu Mil.
Art. 305. O Comando da Gu Mil incumbe, normalmente, ao militar de maior precedência
hierárquica, no exercício efetivo de cargo de Cmt, Ch ou Dir na localidade, que o exercerá,
cumulativamente, com as suas funções normais.
§ 1º Quando em uma localidade existirem apenas OM que não constituam unidade, e não
houver comando de Gu Mil, ao Cmt (Ch ou Dir) de maior posto ou mais antigo incumbe tomar todas as
providências que se relacionarem, com os deveres e interesses militares, não só quanto às mesmas OM,
como aos militares presentes na localidade.
§ 2º O oficial que assumir o comando da Gu deve consignar o fato em BI da OM e participa-lo
à autoridade superior.
Art. 306. O Comandante do Exército, por conveniência do serviço, pode:
I - reunir sob um mesmo comando, em qualquer localidade, determinadas OM, atribuindo ao
Of Gen ou ao oficial de maior precedência hierárquica, no exercício de cargo de comandante, chefe ou
diretor de OM, as atribuições de comando de Gu Mil;
II - constituir uma mesma Gu Mil com OM estacionadas em localidades vizinhas, desde que as
distâncias entre elas e as condições normais de transporte permitam ao militar que sirva em uma dessas
localidades residir em quaisquer das outras; e
III - designar Cmt especial para qualquer Gu Mil.
Seção I
Do Comandante da Guarnição
Art. 307. Ao Cmt Gu Mil incumbe:
I - exercer ação disciplinar sobre os militares da Gu, na forma prevista nos regulamentos e na
legislação vigentes;
II - organizar e escalar os serviços indispensáveis à Gu, procurando conciliar os interesses
desses serviços com os da instrução e dos serviços internos das OM integrantes;
III - comunicar à autoridade superior, às OM da Gu e às autoridades a que estas estiverem
diretamente subordinadas, sua investidura no respectivo comando, logo que o tenha assumido;
IV - distribuir os PNR que estejam a cargo da Gu entre os militares, segundo a sua destinação,
e administrá-los, consoante a regulamentação existente; e
V - estabelecer normas que regulem, no âmbito da Gu, o uso do traje civil pelas praças.
§ 1º O Cmt Gu não tem interferência na vida interna das OM que não lhe são diretamente
subordinadas.
§ 2º Em assuntos de GLO, o Cmt Gu Mil tem sua ação condicionada às diretrizes ou instruções
do escalão superior.
Art. 308. O Cmt Gu Mil pode designar, na sua Gu Mil, se necessário e conveniente, o oficial
mais antigo de cada Serviço como chefe do respectivo Serviço da Gu.
Parágrafo único. A organização e o funcionamento desses Serviços regem-se pelos
regulamentos que lhes são peculiares, complementados, quando necessário, por instruções especiais
baixadas pela RM respectiva ou por ODS.
Art. 309. A obediência devida por um Cmt OM ao comandante da respectiva Gu Mil não o
isenta da obediência que deva ter a outras autoridades, das quais dependa normalmente; entretanto,
sempre que ordens dessas autoridades interessarem ao serviço da Gu, os Cmt OM devem dar ciência ao
Cmt Gu Mil.
Art. 310. As ordens relativas ao serviço da Gu Mil devem constar em BI da OM cujo Cmt se
achar no comando da Gu, sendo remetidas aos elementos interessados.
§ 1º Em princípio, o Cmt Gu não tem auxiliares especiais para o desempenho dessa função –
seus auxiliares serão os da sua própria OM.
§ 2º Quando o Cmt Gu Mil tiver sido nomeado especialmente para o cargo, ser-lhe-ão
atribuídos os meios indispensáveis ao exercício do comando.
§ 3º No caso do § 2º deste artigo, a Gu Mil tem BI próprio, como previsto neste Regulamento.
§ 4º Todos os documentos relativos ao comando da Gu constituem um arquivo especial, que
fica a cargo do Cmt em exercício.
Art. 311. O Cmt Gu Mil fiscaliza pessoalmente, ou por intermédio de um representante, a
execução dos serviços de Gu.
§ 1º O oficial designado para fiscalização dos serviços deve ser mais antigo que os
encarregados dos serviços de Gu.
§ 2º A fiscalização de que trata o presente artigo não exime os Cmt OM de se interessarem
pela parte do serviço de Gu atribuída aos seus elementos; não lhes é permitido, porém, modificar as
normas do serviço estabelecidas pelo Cmt Gu Mil.
§ 3º A juízo do Cmt Gu Mil, pode ser estabelecido o serviço de Superior Dia Gu, a cuja escala
concorrem oficiais superiores e capitães, excluídos os Cmt OM, os oficiais que desempenhem as funções
de Fisc Adm, os oficiais do Serviço de Saúde e outros a critério do Cmt Gu.
Seção II
Do Serviço de Médico-de-Dia à Guarnição
Art. 312. Deve ser estabelecido o serviço de Med Dia Gu nas Gu Mil em que isto se torne
necessário e seja possível a organização de uma escala com cinco médicos, no mínimo.
Art. 313. O serviço de Med Dia Gu rege-se pelas seguintes disposições:
I - o Med Dia Gu é escalado, diariamente, pelo Chefe do Serviço de Saúde da Gu;
II - quando uma Gu Mil não dispuser de hospital militar, um posto de saúde pode ser
instalado na FS de uma OM designada pelo Cmt Gu, em princípio a de mais fácil acesso à maioria dos
usuários ou a de melhores instalações;
III - o hospital militar ou o posto de saúde é a sede do serviço de Med Dia Gu, onde este
permanece;
IV - o posto de saúde pode compreender dependência para consultas, sala de pequenas
intervenções cirúrgicas e curativos, gabinete odontológico, vestiário, dormitório para o médico e
enfermeiros, instalações sanitárias etc.;
V - o pessoal que presta serviço no posto é constituído por auxiliares de saúde e atendentes
existentes na Gu Mil, escalados diária ou semanalmente, como determinar o Cmt Gu Mil;
VI - o serviço do posto corresponde ao atendimento de emergência aos militares do Exército
e seus dependentes, quer pertençam ou não à Gu, e aos em trânsito, sendo prestado no próprio posto ou
nos quartéis;
VII - o atendimento em residência somente é prestado em casos de acidente ou moléstia
grave, e desde que o doente não possa comparecer ao posto de saúde;
VIII - sem prejuízo do serviço de pronto atendimento, pode haver no posto de saúde o serviço
de consultas externas dadas pelos médicos da Gu, conforme normas e horários estabelecidos pelo Chefe
do Serviço de Saúde da Gu, aprovados pelo Cmt Gu Mil;
IX - os doentes com moléstias infecciosas ou infectocontagiosas são removidos diretamente
do posto para o hospital mais próximo;
X - no posto de saúde deve haver um livro de partes, onde são consignados, pelo Med Dia Gu,
todos os atendimentos e as ocorrências que se verificarem durante o serviço;
XI - o serviço do Med Dia Gu é de vinte e quatro horas e o médico permanece no posto
durante todo o serviço, dele se afastando apenas para atender aos casos previstos no inciso VII deste
artigo; e
XII - ao ser substituído, o Med Dia Gu faz a entrega, ao seu substituto, do material sob sua
responsabilidade no posto e transmite-lhe todas as ordens em vigor.
Seção III
Dos Outros Serviços da Guarnição
Art. 314. A tropa empregada no serviço da Gu Mil depende diretamente do Cmt desta e o
serviço é feito de acordo com as disposições regulamentares, salvo no caso de ordens e instruções
especiais a respeito.
§ 1º Todo o pessoal concorre ao serviço da Gu Mil, mediante escala.
§ 2º A tropa não deve ser empregada em serviços policiais estranhos aos que diretamente lhe
dizem respeito; em caso algum, a tropa é posta à disposição de autoridades policiais ou administrativas
civis.
§ 3º Somente são dadas guardas e faxinas às OM que não dispuserem de pessoal próprio para
tais serviços.
§ 4º No mesmo dia, apenas por absoluta deficiência de pessoal, o serviço da Gu é dado por
mais de uma OM; quando isto ocorrer, a cada uma delas são atribuídos os serviços que lhes ficam mais
próximos, sendo indispensável que o pessoal de cada posto de serviço pertença à mesma OM.
§ 5º O serviço de escala da Gu obedece às mesmas disposições estabelecidas para o serviço
interno das unidades e para as escalas de serviço.
Art. 315. Em todas as Gu Mil, quando a contiguidade de duas ou mais OM e as suas
peculiaridades permitirem, deve se buscar a progressiva centralização e racionalização das atividades
comuns de segurança dos aquartelamentos, de apoio administrativo (rancho, saúde, transporte,
lavanderia, suprimento e manutenção) e de recreação e assistência ao pessoal.
Seção IV
Da Chegada e da Saída de Tropa na Gu Mil
Art. 316. O Cmt Gu Mil, quando informado da chegada de uma tropa estranha à mesma,
determina as necessárias providências para sua conveniente instalação.
Parágrafo único. O Cmt da tropa que ocupar aquartelamento de outra OM é o responsável
pela conservação do edifício ocupado e guarda do material ali existente.
Art. 317. Quando uma unidade se afastar de sua Gu Mil, o respectivo Cmt entrega, mediante
inventário, os móveis e utensílios que não possa ou não deva transportar ao oficial designado para
recebê-los.
§ 1º No caso de afastamento temporário, a unidade deixa, no quartel, uma tropa comandada
por oficial, que ficará responsável pela guarda e conservação do material e do aquartelamento.
§ 2º As dependências que ficarem fechadas e lacradas só podem ser abertas por ordem
explícita da autoridade competente, na presença do oficial encarregado da guarda do quartel e do
portador e executante da ordem, sendo tomadas as mesmas providências quando do fechamento das
referidas dependências.
§ 3º A tropa obrigada a se afastar deixa de concorrer ao serviço da Gu Mil quatro dias antes
de sua partida.
CAPÍTULO II
DOS DESTACAMENTOS
Art. 318. Denomina-se destacamento, para fins das disposições deste Regulamento, a fração
de unidade estacionada fora da sede desta.
§ 1º Os destacamentos podem ser temporários (de duração prefixada) ou permanentes (de
caráter definitivo).
§ 2º A autoridade do Cmt do destacamento, em relação aos seus subordinados, é equivalente
à de Cmt U, observadas, entretanto, as restrições expressas neste e em outros regulamentos.
Art. 319. Os destacamentos de efetivo equivalente ou superior ao de uma SU tem serviços
próprios, estabelecidos com seu pessoal, de acordo com sua organização prévia.
§ 1º Quando o efetivo for inferior ao de uma SU, as necessidades do destacamento são
atendidas, na falta de instruções particulares, com os recursos da própria OM e por iniciativa do Cmt
desta.
§ 2º Quando a distância for tal que haja facilidade de transporte diário, os destacamentos
podem ser providos diretamente pela unidade.
§ 3º Os destacamentos permanentes tem os serviços organizados em caráter definitivo,
sendo, porém, seus provimentos feitos pela unidade.
§ 4º Em qualquer situação, a tropa destacada fica subordinada ao Cmt U para efeito de
instrução.
Art. 320. Ao ser constituído um destacamento temporário, o comando da unidade fornece-
lhe os meios até que seja regularizada, pela autoridade competente, a situação do destacamento quanto
ao apoio administrativo.
TÍTULO VI
DOS SÍMBOLOS NACIONAIS E DO EXÉRCITO, DAS CANÇÕES E FESTAS MILITARES
CAPÍTULO I
DOS SÍMBOLOS NACIONAIS
Art. 321. São símbolos nacionais:
I - a Bandeira Nacional;
II - o Hino Nacional;
III - as Armas Nacionais; e
IV - o Selo Nacional.
Parágrafo único. A forma, a apresentação e o uso dos símbolos nacionais são regulados em
legislação específica.
Art. 322. Cada unidade possui sob sua guarda uma Bandeira Nacional, símbolo da Pátria,
destinada a estimular, entre os que se agrupam em torno dela, o elevado sentimento de sacrifício no
cumprimento dos deveres de cidadão e de soldado.
§ 1º A Bandeira Nacional é guardada no gabinete do Cmt, em local visível e de destaque.
§ 2º Na guerra, somente as unidades e os G Cmdo conduzem a Bandeira Nacional.
Art. 323. Os corpos de tropa conduzem suas Bandeiras, em tempo de paz, em solenidades e
formaturas, salvo quando em manobras ou exercícios.
§ 1º Os corpos de tropa que formarem em ordem de marcha para inspeções ou visitas do
escalão superior também conduzem suas Bandeiras.
§ 2º Os corpos de tropa de efetivo inferior a unidade somente usam Bandeiras nas guardas de
honra, nas guardas fúnebres, na solenidade de sua apresentação aos conscritos, no compromisso dos
recrutas, no dia 19 de novembro, nas paradas e nas formaturas para entrega de medalhas e
condecorações.
Art. 324. Cada unidade deve possuir uma Bandeira Nacional para ser hasteada no respectivo
mastro, conforme preceitua o R-2.
Art. 325. O Hino Nacional é o que se compõe da música de Francisco Manuel da Silva e
poema de Joaquim Osório Duque Estrada, conforme o disposto nos Decretos nº 171, de 20 de janeiro de
1890, e nº 15.671, de 6 de setembro de 1922.
Parágrafo único. Nos corpos de tropa, o Hino Nacional é cantado, no mínimo, uma vez por
semana, por ocasião de formatura da unidade ou de SU.
Art. 326. O Selo Nacional tem os distintivos a que se refere o Decreto nº 4, de 19 de
novembro de 1889, sendo usado para autenticar os diplomas e certificados expedidos pelos
estabelecimentos de ensino, bem como outros documentos de caráter oficial, de acordo com a legislação
vigente.
Art. 327. É obrigatório o uso das Armas Nacionais em local de destaque da fachada do quartel
ou do pavilhão principal de todas as unidades, bem como nos armamentos, na correspondência e nas
publicações oficiais.
CAPÍTULO II
DOS SÍMBOLOS DO EXÉRCITO
Art. 328. O símbolo do Exército é o constante do RUE.
Art. 329. O azul e o vermelho (cores heráldicas), quando apresentados em justaposição,
significam Exército.
Art. 330. As unidades que possuírem estandartes históricos, oficialmente autorizados, podem
conduzi-los nas condições estabelecidas pelo C 22-5.
Parágrafo único. Os estandartes são guardados nas mesmas condições da Bandeira Nacional.
Art. 331. Os estandartes de equipes desportivas obedecem às normas que regem o assunto e
só podem figurar nas solenidades e competições esportivas.
Art. 332. A presença, nas OM, de altas autoridades civis e militares e dos seus comandantes é
indicada por meio de bandeiras-insígnias, sendo seu uso regulado pelo R-2.
Art. 333. Os distintivos históricos são destinados a evocar feitos militares e são criados e
mandados adotar, por ato do Comandante do Exército, para uso nos uniformes do pessoal militar de
certas OM do Exército.
CAPÍTULO III
DAS CANÇÕES MILITARES
Art. 334. As GU e os corpos de tropa podem ter seu cântico de guerra evocativo de ações
heroicas de suas Armas ou das Forças Armadas.
Art. 335. Nas marchas, no interior dos quartéis e no regresso de solenidades ou instruções
externas, podem ser entoadas canções militares e cânticos de guerra.
Parágrafo único. Nos deslocamentos da unidade são permitidas canções populares, desde
que não ofendam a moral, nem encerrem crítica pessoal, política ou religiosa.
Art. 336. Os cânticos de guerra e as canções militares somente são adotados após aprovados
pelo órgão competente.
CAPÍTULO IV
DAS FESTAS NACIONAIS E MILITARES
Art. 337. As festas militares são as comemorações de feitos e fatos nacionais ou relativos à
vida do Exército e das OM, destinadas à exaltação do patriotismo, ao estímulo e desenvolvimento do
sentimento cívico e ao revigoramento, num ambiente de sã camaradagem, do “espírito de corpo” e do
amor ao Exército.
Art. 338. Os feriados nacionais, as datas festivas e as comemorativas são celebrados nas
unidades, consoante as disposições em vigor, as determinações do Comandante do Exército e dos
respectivos Cmt, podendo comportar a publicação, de véspera, de um boletim alusivo à data.
Art. 339. Os feriados nacionais, as datas festivas e comemorativas a que se referem os arts.
337 e 338 deste Regulamento são os seguintes:
I - feriados nacionais:
a) 1º de janeiro – Dia da Fraternidade Universal;
b) 21 de abril – Dia da Inconfidência Mineira;
c) 1º de maio – Dia do Trabalho;
d) 7 de setembro – Dia da Independência do Brasil;
e) 12 de outubro – Nossa Senhora Aparecida – Padroeira do Brasil;
f) 2 de novembro – Dia de Finados;
g) 15 de novembro – Dia da Proclamação da República;
h) 25 de dezembro – Natal; e
i) data móvel – Paixão de Cristo;
II - datas festivas:
a) 21 de fevereiro – Dia da Tomada de Monte Castelo na 2ª Guerra Mundial;
b) 31 de março – Dia da Revolução Democrática de 1964;
c) 19 de abril – Dia do Exército Brasileiro;
d) 22 de abril – Dia da Aviação de Caça;
e) 8 de maio – Dia da Vitória na 2ª Guerra Mundial;
f) 11 de junho – Dia da Batalha Naval do Riachuelo na Guerra da Tríplice Aliança;
g) 25 de agosto – Dia do Soldado;
h) 23 de outubro – Dia do Aviador;
i) 19 de novembro – Dia da Bandeira Nacional;
j) 13 de dezembro – Dia do Marinheiro;
l) 16 de dezembro – Dia do Reservista; e
m) dia do aniversário da unidade;
III - datas comemorativas:
a) 8 de fevereiro - Dia do Magistério;
b) 13 de fevereiro - Dia do Serviço de Assistência Religiosa;
c) 10 de abril - Dia da Arma de Engenharia;
d) 12 de abril - Dia do Serviço de Intendência;
e) 29 de abril - Dia da Rendição Incondicional da 148ª Divisão de Infantaria Alemã à Força
Expedicionária Brasileira;
f) 5 de maio - Dia da Arma de Comunicações;
g) 10 de maio - Dia da Arma de Cavalaria;
h) 24 de maio - Dia da Arma de Infantaria;
i) 27 de maio - Dia do Serviço de Saúde;
j) 10 de junho - Dia da Arma de Artilharia;
k) 17 de junho - Dia da Veterinária Militar;
l) 3 de agosto - Dia do Quadro de Engenheiros Militares;
m) 18 de setembro - Dia da Família Militar;
n) 2 de outubro - Dia do Quadro Complementar de Oficiais;
o) 30 de outubro - Dia do Quadro de Material Bélico;
p) 24 de novembro - Dia do Quadro Auxiliar de Oficiais; e
q) 27 de novembro - Dia da Intentona Comunista.” (NR Port nº 1.253-Cmt Ex, de 9 AGO 18)
Art. 340. Nos feriados nacionais e nas datas festivas de 19 de abril, 25 de agosto e 19 de
novembro não há expediente nem instrução, limitando-se as atividades aos festejos militares
programados.
§ 1º Nos dias de ponto facultativo, o expediente transcorre de acordo com as disposições em
vigor do Poder Executivo e as determinações do Comandante do Exército.
§ 2º Na data festiva correspondente ao aniversário da OM, além das festividades
comemorativas pode haver ou não expediente, a critério do Cmt U.
§ 3º As atividades a que se refere este artigo são realizadas na data comemorada, não
devendo haver transferência de dia para a realização dos festejos.
§ 4º Nos feriados estaduais e municipais não há expediente nas OM localizadas nos
municípios alcançados por aquelas determinações governamentais.
§ 5º São normais o expediente e a instrução nas datas festivas e comemorativas não citadas
nos caput, § 2º e § 4º deste artigo.
§ 6º As prescrições deste artigo não se aplicam quando da realização de manobras, exercícios
de longa duração e situações extraordinárias da tropa.
Art. 341. As festas militares realizam-se segundo programa pré-estabelecido pelo Cmt U,
aprovado, se for o caso, pela autoridade imediatamente superior, e podem compreender,
principalmente:
I - formatura da unidade ou de um dos seus elementos;
II - uma parte recreativa, constituída de provas de hipismo, atletismo, tiro, esgrima, jogos
esportivos e outros de natureza militar;
III - uma parte ilustrativa constituída de conferências ou palestras, em que se relembrem não
apenas a data comemorada, como outros fatos notáveis da História Nacional, especialmente os que se
relacionem com os feitos memoráveis de nossa História Militar;
IV - visita ao espaço cultural porventura existente na OM, preferencialmente inserida nos
eventos citados nos incisos I e III deste artigo; e
V - reuniões internas, de caráter social, às quais podem comparecer civis.
Parágrafo único. As comemorações de glórias e feitos militares têm caráter estritamente
nacional, evitando-se manifestações que possam ferir suscetibilidades patrióticas de representantes
estrangeiros, principalmente quando estes a elas comparecerem.
Art. 342. Nas festas militares são rigorosamente observados os princípios de sobriedade,
evitando-se os exageros, sempre nocivos, dispendiosos e incompatíveis com a conduta militar.
Art. 343. Em dias anteriores às datas a comemorar, devem ser realizadas nas SU dissertações
sobre o fato histórico, de modo a preparar o espírito do soldado para bem compreender o sentido da
comemoração.
Art. 344. O dia 7 de setembro é consagrado como Dia da Pátria e as festividades e solenidades
realizadas nesse dia têm caráter eminentemente nacional.
Art. 345. A Semana da Pátria é constituída pelas comemorações realizadas durante o Dia da
Pátria e em dias anteriores, as quais compreendem uma série de solenidades, inclusive palestras relativas
ao fato histórico da proclamação da independência política e ao desenvolvimento do Brasil.
Art. 346. O dia 19 de novembro é consagrado como Dia da Bandeira, sendo comemorado de
acordo com as prescrições do R-2.
Art. 347. O dia 19 de abril, data em que se comemora a I Batalha de Guararapes, travada em
1648, é consagrado como o Dia do Exército Brasileiro.
§ 1º Este dia é festivo e solenemente comemorado nas OM, ressaltando-se os feitos de
Guararapes - “berço da nacionalidade e do Exército Brasileiro”.
§ 2º Nas Gu Mil, as comemorações são coordenadas pelos respectivos Cmt, com a
participação de todas as OM nelas sediadas.
Art. 348. O dia 25 de agosto, data em que se comemora o nascimento do Marechal Luís Alves
de Lima e Silva – o Duque de Caxias – é consagrado como o Dia do Soldado – Festa de Caxias.
§ 1º Este dia é festivo e solenemente comemorado nas OM, ressaltando-se as qualidades de
cidadão exemplar, de patriota insigne e de soldado heroico que caracterizaram aquele grande chefe
militar e o tornaram um dos maiores vultos da História Nacional.
§ 2º Nas Gu Mil, as comemorações são coordenadas pelos respectivos Cmt, com a
participação de todas as OM nelas sediadas.
TÍTULO VII
DAS PUBLICAÇÕES, DA CORRESPONDÊNCIA MILITAR, DOS PROTOCOLOS E DOS ARQUIVOS
CAPÍTULO I
DAS PUBLICAÇÕES
Art. 349. Os exemplares de regulamentos, manuais de instrução e outras publicações do
Exército, distribuídos à unidade, não podem, sob pretexto algum, constituir propriedade pessoal.
§ 1º Os exemplares dos documentos referidos no presente artigo são mantidos em dia pelos
responsáveis, que devem introduzir as sucessivas alterações, à medida que forem publicadas
oficialmente.
§ 2º Os oficiais, subtenentes e sargentos devem possuir os regulamentos e manuais
ostensivos de sua Arma, Quadro, ou Serviço e, obrigatoriamente, os que dizem respeito às suas frações, a
fim de se manterem a par de todas as disposições regulamentares gerais e, especialmente, das que
interessem diretamente ao exercício de seu cargo e suas funções.
Art. 350. Exemplares de regulamentos, manuais de instrução e outras publicações revogados,
desde que perfeitamente identificados, podem ser mantidos na biblioteca da OM para efeito de consulta
e pesquisa.
Art. 351. As publicações de caráter sigiloso, distribuídas à unidade e não redistribuídas às
repartições, ficam sob a responsabilidade pessoal do respectivo Cmt U e são relacionadas e guardadas em
arquivo especial, de acordo com as normas em vigor.
§ 1º Os documentos sigilosos que forem redistribuídos às repartições da unidade ficam sob a
responsabilidade do respectivo chefe, mantidos em arquivo especial, sob controle do S2.
§ 2º Sempre que ocorrer substituição do detentor das publicações sigilosas em carga,
procede-se de acordo com a legislação e as instruções em vigor.
§ 3º O mesmo procedimento estabelecido no § 2º deste artigo é observado nos casos de
transferência ou recolhimento dos documentos em apreço.
Art. 352. As publicações e outros documentos de caráter sigiloso são descarregados,
desrelacionados ou eliminados de acordo com a legislação e as instruções especiais vigentes.
CAPÍTULO II
DA CORRESPONDÊNCIA MILITAR
Art. 353. A correspondência oficial militar em uso no Exército é regulada por instruções
específicas baixadas pelo Comandante do Exército.
Parágrafo único. Na correspondência militar empregam-se as abreviaturas conforme
prescrevem os Manuais C 21-30 e MD33-M-02, e outras instruções específicas.
Art. 354. A correspondência oficial do Exército tem a seguinte classificação:
I - quanto ao trânsito:
a) interna; ou
b) externa;
II) quanto à natureza:
a) sigilosa; ou
b) ostensiva;
III) quanto à tramitação:
a) normal;
b) urgente; ou
c) urgentíssima.
Art. 355. A correspondência sigilosa é aquela que trata dos assuntos que, por sua natureza,
devem ser de conhecimento restrito e, portanto, requer medidas especiais de salvaguarda para sua
divulgação, identificação, expedição, recebimento, registro, manuseio, custódia, arquivo e eliminação,
conforme a legislação em vigor e outras instruções e normas baixadas pelo Comandante do Exército.
Art. 356. A correspondência ostensiva é aquela cujo conhecimento por outras pessoas além
do(s) destinatário(s) não prejudica o sigilo, a administração militar, ou a Defesa Nacional, não sendo,
entretanto, permitida sua publicação além da imprensa oficial, salvo quando autorizada pelo
Comandante do Exército ou por autoridade delegada.
Art. 357. Nenhum documento é encaminhado por uma autoridade:
I - sem que esta o instrua convenientemente, de acordo com as leis e os regulamentos em
vigor, fundamentando francamente seu posicionamento, a menos que o documento, por seu tipo, não o
comporte, ou se trate de conduta de superior, ou ainda não caiba parecer ou informação;
II - sem estar redigido em termos convenientes;
III - quando não forem respeitados os princípios da subordinação hierárquica e as normas
regulamentares; e
IV - quando não houver amparo legal.
CAPÍTULO III
DOS PROTOCOLOS E DOS ARQUIVOS
Art. 358. Os documentos sigilosos, ostensivos externos e ostensivos internos são
protocolados pelo S2, pelo ajudante-secretário e pelo S1, respectivamente.
§ 1º A saída dos documentos é dada com o número que tiverem tomado na dependência
respectiva ou com numeração centralizada pela OM.
§ 2º Os documentos que retornarem conservam o número primitivo do protocolo.
Art. 359. Os documentos, inclusive os BI, são numerados de 1º de janeiro a 31 de dezembro
de cada ano, seguindo a ordem crescente dos números naturais.
Parágrafo único. Os documentos sigilosos recebem numeração distinta.
Art. 360. As cópias de todos os documentos expedidos pela unidade e os originais dos BI
devem ser arquivados, sendo periodicamente encadernados ou brochados.
§ 1º Aplicam-se às SU e dependências internas as prescrições deste artigo.
§ 2º Os documentos, conforme seu tipo, formam, obrigatoriamente, coleções distintas.
§ 3º Os documentos arquivados são conservados em armários ou gavetas adequadas, sob
guarda e responsabilidade dos respectivos detentores.
Art. 361. Nenhum documento que tramite pela unidade pode ser reproduzido sem o
conhecimento do militar detentor.
Parágrafo único. Conforme o teor do documento, deve-se buscar sempre a emissão de cópias
autenticadas ou autênticas, emitidas conforme disposto no inciso V do art. 24 deste Regulamento.
Art. 362. Os documentos de qualquer procedência que não devam ser encaminhados,
depois de solucionados, são arquivados.
Art. 363. O arquivista não pode ser desviado de suas funções, tendo um ou dois auxiliares em
condições de substituí-lo nos seus impedimentos eventuais.
TÍTULO VIII
DOS CARGOS, DAS SUBSTITUIÇÕES TEMPORÁRIAS E DA QUALIFICAÇÃO DAS PRAÇAS
CAPÍTULO I
DOS CARGOS
Art. 364. Cargo militar é o conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades cometido ao
militar em serviço ativo.
§ 1º Os cargos militares encontram-se especificados nos QC e QCP ou definidos ou
caracterizados como tal em outros dispositivos legais.
§ 2º Os cargos militares são providos com pessoal que satisfaça o grau hierárquico, a
qualificação e as habilitações exigidas para o seu desempenho, previstos nos respectivos QCP.
§ 3º Quando, por ocasião do provimento efetivo de cargos, ocorrer que um militar deva ficar,
funcionalmente, subordinado a um outro de menor precedência hierárquica, aplicam-se as seguintes
regras:
I - o Cmt (Ch ou Dir) deve realizar as transferências internas necessárias para evitar essa
situação;
II - quando não for possível realizar as transferências internas, em decorrência da habilitação
de um deles:
a) o de maior precedência hierárquica passa à situação de adido ao comando (chefia ou
direção), podendo permanecer, entretanto, no exercício do cargo; e
b) nas relações funcionais e de serviço, ambos observam os preceitos de respeito e
camaradagem e as ordens têm a forma de solicitação, as quais, no entanto, não podem deixar de ser
cumpridas;
III - se o mais moderno for o Cmt (Ch ou Dir), os casos de responsabilidade funcional e
disciplinar são submetidos à consideração da autoridade imediatamente superior.
Art. 365. Função militar é o exercício das obrigações inerentes ao cargo militar.
§ 1º A entrada no exercício da função ocorre quando o militar passa a executar as medidas
necessárias ao desempenho de suas novas atribuições no local de atividade própria, assumindo,
efetivamente, as responsabilidades do cargo ou encargo.
§ 2º O militar que, por sua atuação, se tornar incompatível com o cargo ou demonstrar
incapacidade para o exercício de suas funções militares deve ser afastado do cargo.
§ 3º Nenhuma atribuição pode ser cometida ao militar afastado das suas funções por
incompatibilidade, antes do término do processo a que estiver sujeito.
Art. 366. As obrigações que, por generalidade, peculiaridade, duração, vulto ou natureza, não
são catalogadas em QC, QCP ou outro dispositivo legal, são cumpridas como encargos, incumbências,
comissões, serviço ou atividade, militares ou de natureza militar.
Parágrafo único. Para as obrigações enumeradas neste artigo, aplica-se, no que couber, o
disposto para “cargo militar".
Art. 367. “Adido” é a situação especial e transitória do militar que, sem integrar o efetivo de
uma OM, está a ela vinculado por ato de autoridade competente.
Art. 368. “Adido como se efetivo fosse” é a situação especial e transitória do militar que, sem
que haja vaga em uma OM, para seu grau hierárquico, qualificação ou habilitações, nela permanece ou é
para ela movimentado; nessa situação o militar é considerado para todos os efeitos como integrante da
OM.
Art. 369. “Excedente” é a situação especial e transitória a que o militar passa
automaticamente nos casos previstos no E-1.
Art. 370. “À disposição” é a situação em que se encontra o militar a serviço de órgão ou
autoridade a que não esteja diretamente subordinado.
Art. 371. “Efetivo” é a situação do militar nomeado ou designado para exercer um cargo,
quando satisfaz aos requisitos de grau hierárquico, qualificação e habilitações.
Art. 372. QO é o documento que estabelece as missões das OM e a organização, o pessoal e o
material que devem possuir.
§ 1º Nas OM operacionais, o QO é composto por base doutrinária, estrutura organizacional,
QC e QDM.
§ 2º Nas OM não operacionais, a base doutrinária é substituída pelo regulamento específico.
Art. 373. QDM é o documento em que é especificada a distribuição pormenorizada do
material atribuído ao pessoal e às frações de uma OM, bem como são fixadas as normas de distribuição
dos diversos itens de material.
Art. 374. QCP é o documento que prevê os cargos que possui uma OM, permitindo seu
funcionamento em tempo de paz, expressando as supressões ou os acréscimos necessários nos cargos
dos respectivos QC, indispensáveis ao atendimento das peculiaridades da OM.
Art. 375. QLPC é o documento que define, para determinada OM, o efetivo civil destinado ao
desempenho de atividades administrativas em tempo de paz.
CAPÍTULO II
DAS SUBSTITUIÇÕES TEMPORÁRIAS
Seção I
Das Normas Gerais para Substituições Temporárias
Art. 376. Substituição temporária é a realizada pelo militar quando, em caráter transitório,
exerce cargo ou responde por função ou encargo atribuídos privativamente a militar de grau hierárquico
superior ou igual ao seu, sendo-lhe atribuídas todas as responsabilidades inerentes ao cargo.
Art. 377. O cargo militar é considerado vago a partir de sua criação até que um militar dele
tome posse efetivamente, voltando a estar vago quando o militar que o exerce efetivamente seja
exonerado ou o deixe por ordem expressa de autoridade competente.
Art. 378. Aplicam-se às substituições subsequentes as mesmas prescrições referentes à
substituição inicial que as motivou.
Art. 379. Respeitado o disposto nos arts. 386 e 390 deste Regulamento, as substituições
temporárias ocorrem por motivo de:
I - cargo vago;
II - afastamento do cargo, do ocupante efetivo ou interino, por prazo superior a trinta dias; ou
III - afastamento do cargo, do ocupante efetivo ou interino, por prazo inferior a trinta dias ou
por férias.
§ 1º Nos casos dos incisos I e II deste artigo, o substituto assume o cargo interinamente.
§ 2º No caso do inciso III deste artigo, o substituto responde pela função.
Art. 380. Afastado o ocupante do cargo, por quaisquer dos motivos constantes do art. 379
deste Regulamento, sua substituição dá-se conforme o previsto neste Regulamento, exercendo o cargo
ou respondendo pela função em questão o militar de maior precedência hierárquica.
Parágrafo único. Em tempo de paz, não há substituição de oficial ou aspirante-a-oficial por
praças de qualquer graduação, podendo estas, entretanto, responder nos impedimentos momentâneos
daqueles militares.
Art. 381. Concorrem às substituições temporárias todos os militares prontos para o serviço,
os adidos como se efetivos fossem e os excedentes.
Parágrafo único. Os militares adidos, os à disposição, os que não estejam prontos para o
serviço e os da reserva remunerada designados para o serviço ativo não concorrem às substituições
temporárias.
Art. 382. Quando existir dúvida quanto a quem cabe, em caráter temporário, exercer
determinado cargo, ou responder por determinada função, deve-se consultar o escalão imediatamente
superior, mantendo-se no exercício do cargo ou respondendo pela função o militar já designado, salvo
quando isto acarretar incompatibilidade hierárquica.
Art. 383. Todas as substituições temporárias são publicadas em BI/OM, sendo as do Cmt (Ch
ou Dir) comunicadas pelo meio mais rápido à autoridade imediatamente superior.
Seção II
Das Substituições nas Gu Mil e nos Elementos de Tropa Destacados
Art. 384. A substituição de Cmt Gu Mil, quando oficial-general, é realizada pelo oficial-general
que lhe segue em hierarquia e, na falta deste, sucessivamente, pelos oficiais-generais de precedência
decrescente.
Parágrafo único. Inexistindo oficial-general, cabe exercer o cargo ou responder pelo comando
da Gu o oficial subordinado e de maior hierarquia, respeitadas as condições previstas no art. 305 deste
Regulamento.
Art. 385. No caso de tropa destacada de OM, as substituições temporárias são reguladas
como se segue:
I - os oficiais do elemento de tropa destacada não concorrem às substituições que se
verificarem na OM, exceto às de Cmt U e S Cmt U;
II - do mesmo modo, os oficiais em serviço na sede da OM não concorrem às substituições no
elemento de tropa destacado;
III - as substituições de praças são feitas por aquelas pertencentes ao elemento de tropa
destacado, obedecidas as prescrições deste Regulamento; e
IV - o Cmt OM pode propor as transferências que se tornarem necessárias quando no
elemento de tropa destacado não existir praça de determinada qualificação para concorrer à substituição
e esta se fizer necessária.
Seção III
Das Substituições Temporárias entre Oficiais-Generais
Art. 386. O oficial-general mais antigo, pronto para o serviço na Força, substitui o
Comandante do Exército, interinamente, por motivo de férias, para tratamento de saúde, em suas
ausências do território nacional ou em outros impedimentos legais.
Art. 387. A substituição do Chefe do EME e de chefe, comandante ou secretário de ODS, faz-
se pelo respectivo vice-chefe, subcomandante ou subsecretário.
§ 1º A substituição de vice-chefe, subcomandante ou subsecretário, do EME e de ODS, dá-se
pelo oficial-general de maior precedência hierárquica integrante do órgão.
§ 2º A substituição dos demais oficiais-generais do EME e dos ODS dá-se por oficial
subordinado a esses militares, de maior precedência hierárquica.
Art. 388. A substituição dos chefes dos órgãos de assistência direta e imediata ao
Comandante do Exército, exceto o Chefe do seu Gabinete, dá-se por oficial subordinado àqueles
militares, de maior precedência hierárquica.
Parágrafo único. A substituição do Chefe do Gabinete do Comandante do Exército é realizada
conforme determinação do Comandante do Exército.
Art. 389. Nas substituições de oficiais-generais nos comandos militares de área e nos grandes
comandos subordinados é obedecida a precedência hierárquica e respeitada(s) a(s) habilitação(ões)
requerida(s) pelo cargo, constante(s) do QCP.
Art. 390. Não há substituição quando o oficial-general titular do cargo deslocar-se a serviço,
por qualquer prazo, dentro da área correspondente à função ou G Cmdo, a saber:
I - para oficiais-generais do EME e dos ODS, o território nacional;
II - para os Cmt Mil A, nas zonas ou áreas de jurisdição dos respectivos comandos;
III - para os Cmt RM, no território regional; e
IV - para os demais oficiais-generais, na área correspondente à função ou G Cmdo, por prazo
inferior a dez dias.
§ 1º Nos casos previstos nos incisos deste artigo, a autoridade, conforme previsto nesta
Seção, responde pelo expediente, situação que não configura uma substituição temporária.
§ 2º Nos casos em que um militar responder pelo expediente, seu contato funcional com
outras autoridades que sobre ele tenham precedência hierárquica limita-se ao encaminhamento de
documentos, os quais, quando necessário, são selecionados pelo escalão superior.
Seção IV
Das Substituições Temporárias Entre Oficiais
Art. 391. Nas OM, o Cmt é substituído pelo S Cmt ou, na falta deste, pelo oficial de maior
hierarquia, efetivo e pronto, habilitado para o exercício do cargo.
Parágrafo único. Os oficiais do QAO concorrem apenas às substituições temporárias de Cmt
OM quando todos oficiais subordinados forem desse mesmo Quadro.
Art. 392. A substituição de oficiais chefes de assessoria, seção ou divisão faz-se por oficial
subordinado de maior precedência hierárquica, respeitada a formação exigida para o ocupante efetivo do
cargo.
Parágrafo único. As substituições referentes aos cargos de que trata este artigo são feitas:
I - no âmbito da assessoria, seção ou divisão; e
II - na falta de oficiais dentro da assessoria, seção ou divisão, por oficiais da OM, na forma
deste artigo.
Art. 393. Quando não existirem oficiais em número suficiente para atender, sem acumular, às
substituições que se impuserem, o Cmt, Ch ou Dir, respeitada a precedência hierárquica e a Arma, o
Serviço ou Quadro previstos para o desempenho do cargo, deve designar um oficial para responder pelas
funções.
Art. 394. Quando um oficial promovido não for movimentado, e não existir incompatibilidade
hierárquica para a sua permanência no cargo em que se encontrar, este não é:
I - exonerado ou dispensado do cargo ou comissão que exerce;
II - excluído do estado efetivo da OM a que pertence; ou
III - substituído temporariamente.
Art. 395. As substituições temporárias referentes a cargos privativos de oficiais do QEMA são
feitas:
I - no âmbito das assessorias, seções ou divisões, por oficiais do QEMA; e
II - na falta de oficiais do QEMA dentro da:
assessoria, seção ou divisão, por oficiais do QEMA da OM; e OM, responde pelas funções um
oficial superior designado pelo Cmt (Ch ou Dir), respeitada a precedência hierárquica, se for o caso.
Art. 396. Os oficiais com o Curso de Comando e Estado-Maior podem assumir qualquer cargo
que importe em comando, chefia ou direção.
§ 1º Os oficiais do QEMA não concorrem às substituições de cargos privativos de outros
quadros funcionais (Quadro Ordinário, QSG e QSP).
§ 2º Na falta absoluta de oficial de outros quadros com a habilitação exigida, as obrigações
administrativas e disciplinares do cargo serão cometidas, como encargos, a um oficial do QEMA
designado pelo Cmt, Ch ou Dir.
Art. 397. Na inexistência de oficial de Intendência na OM, o Cmt U designa para responder
pela função um oficial de outro Serviço, de Arma, do QMB, do QCO ou do QAO, este último oriundo, de
preferência, do Serviço de Intendência.
Parágrafo único. Se o exercício das obrigações, na forma de que trata o presente artigo,
prejudicar o funcionamento da OM, o Cmt U deve solicitar providências ao escalão superior.
Art. 398. Na falta de oficial do Serviço de Saúde, particularmente de médicos, para as
substituições que se impuserem, o Cmt U recorre ao escalão superior, solicitando que um oficial de Saúde
da mesma Gu receba o encargo de exercer, cumulativamente, as funções de natureza técnica na sua OM.
Parágrafo único. No caso de existir uma única OM na Gu, o escalão superior, uma vez
cientificado, deve tomar as providências cabíveis, com a urgência necessária.
Art. 399. Quando, em decorrência de substituições temporárias, resultar que algum oficial
fique, necessariamente, sob a jurisdição funcional de outro de menor precedência hierárquica, o de
maior posto ou mais antigo não fica subordinado hierarquicamente ao mais moderno, aplicando-se,
porém o previsto nas alíneas do inciso II do § 3º do art. 364 deste Regulamento.
Art. 400. Os oficiais do QAO não concorrem às substituições que acarretem o exercício de
funções privativas de postos inexistentes no seu quadro.
§ 1º Os oficiais do QAO somente respondem pelas funções de Cmt SU quando não existir, na
unidade, oficial habilitado para o exercício destas.
§ 2º Os cargos atribuídos aos oficiais do QAO são exercidos, indistintamente, por capitão,
primeiro e segundo-tenente do respectivo Quadro, respeitadas as habilitações necessárias.
Art. 401. Os cargos distribuídos a oficial subalterno das Armas, do QMB, do QEM e dos
Serviços são exercidos, independentemente, por aspirante-a-oficial, segundo e primeiro-tenente,
respeitadas as habilitações necessárias.
Parágrafo único. Os aspirantes-a-oficial concorrem às substituições temporárias como se
fossem oficiais subalternos, excetuando-se as relativas aos cargos previstos para oficiais superiores.
Art. 402. Se um oficial for movimentado da OM, enquanto estiver afastado do seu cargo, deve
continuar a ser o ocupante efetivo até o seu retorno, ocasião em que transmitirá o cargo e passará as
funções, a carga e os encargos ao seu substituto eventual.
Parágrafo único. Se durante o período de afastamento apresentar-se um novo titular efetivo,
este assume o cargo sem aguardar o retorno do oficial afastado.
Art. 403. Respeitada a habilitação exigida para o cargo, as substituições temporárias entre
oficiais são feitas:
I - no âmbito da OM, nos casos de corpos de tropa de valor igual ou menor que batalhão; e
II - no âmbito da assessoria, seção, divisão ou outra repartição interna, nos casos de OM de
valor superior a batalhão.
Parágrafo único. Na impossibilidade de ser realizada a substituição temporária no âmbito
prescrito neste artigo, recorre-se ao escalão imediatamente superior evitando-se, tanto quanto possível,
a movimentação interna de oficiais.
Art. 404. Quando existir um cargo cujas obrigações só podem ser exercidas por oficial com
determinada habilitação técnica, não havendo militar assim habilitado na OM, não ocorre substituição; as
obrigações administrativas e disciplinares do cargo são cometidas como encargos a um oficial designado
pelo Cmt (Ch ou Dir), devendo este último solicitar providências ao escalão imediatamente superior.
Art. 405. Nas unidades logísticas, os oficiais dos Serviços e do QMB concorrem também às
substituições temporárias do Cmt U e do S Cmt U, de acordo com a precedência hierárquica.
Seção V
Das Substituições Temporárias Entre Praças
Art. 406. Respeitada a qualificação exigida para o cargo, as substituições temporárias entre
praças são realizadas:
I - no âmbito da unidade, quando o cargo a ser preenchido for no comando (chefia ou
direção) da OM;
II - nos corpos de tropa, no âmbito da SU, quando o cargo a ser ocupado for na SU; e
III - nos demais casos, no menor âmbito possível.
Parágrafo único. Salvo na hipótese do inciso I deste artigo, são vedadas as transferências
internas de praças no âmbito da OM para fins de substituições temporárias.
Art. 407. O sargento ajudante é substituído pelo 1º Sgt mais antigo da OM, com a qualificação
exigida para o cargo.
Parágrafo único. Nas unidades logísticas esta substituição temporária toca ao 1º Sgt mais
antigo da OM, qualquer que seja a sua qualificação.
Art. 408. Na SU, a substituição temporária do Sgte é efetuada pelo Sgt de maior precedência
hierárquica, com a qualificação exigida, pronto na SU.
Art. 409. Quando não existir praça devidamente qualificada e a substituição se impuser, esta
pode ser feita sob a forma de:
I - acumulação, desde que os cargos a acumular sejam dentro da mesma SU ou repartição
interna; e
II - responder pelas funções, quando a acumulação contrariar o previsto nos inciso I e
parágrafo único deste artigo.
Parágrafo único. Na situação de que trata o presente artigo, a praça não pode acumular mais
de dois cargos.
Art. 410. Em tempo de paz, não há substituição de subtenentes e sargentos por cabos e
destes por soldados.
CAPÍTULO III
DA QUALIFICAÇÃO DAS PRAÇAS
Art. 411. As praças são grupadas por qualificações militares.
Art. 412. As QM são atribuídas às praças de acordo com o resultado obtido em cursos
militares ou civis promovidos pelo Exército, ou ainda em provas organizadas pela Força, estas últimas
sempre que o recrutamento para certas qualificações deva recair sobre pessoal já habilitado na vida civil.
Art. 413. As QM são:
I - qualificação militar de subtenentes e sargentos – é a caracterização dos conhecimentos
básicos com afinidades de natureza tática e/ou técnica, encarada dentro de uma ideia de emprego de
Arma, Quadro ou Serviço, resultante da reunião de vários cargos militares correlatos; e
II - qualificação militar dos cabos, soldados e taifeiros:
a) qualificação militar geral – é a caracterização de conhecimentos gerais e básicos, com
afinidades de natureza tática e/ou técnica, dentro de uma ideia de emprego de Arma, Quadro ou Serviço
e resultante da reunião de várias QMP correlatas;
b) qualificação militar particular – é a caracterização de conhecimentos específicos,
necessários a determinados cargos ou grupos de cargos, para os quais é exigida a mesma habilitação de
formação, orientando a instrução, a formação e o acesso dos cabos, soldados e taifeiros; e
c) qualificação singular é o grupamento de QMP específicas, independentes entre si.
Art. 414. A discriminação das QM, bem como condições de ingresso nas mesmas, obedecem à
regulamentação e às instruções próprias.
TÍTULO IX
DAS PRESCRIÇÕES DIVERSAS
CAPÍTULO I
DA PREPARAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS
Art. 415. Nas unidades podem funcionar cursos destinados à preparação de recursos
humanos para os soldados que não tenham profissão civil, na forma prescrita na legislação específica.
§ 1º As unidades devem proporcionar os referidos cursos aos conscritos, como colaboração
cívica, utilizando, se possível, pessoal e meios de entidades que cuidam da matéria (SENAC, SENAI etc.).
§ 2º Tais cursos podem, também, ser ministrados por elementos designados pelos governos
federal, estaduais e/ou municipais, segundo convênio assinado com o Comando do Exército, ou mediante
simples entendimento com os órgãos dos ministérios correspondentes, quando isto for possível e a
exigência de convênios puder ser dispensada.
Art. 416. Os programas de ensino são coordenados pelo S3, que supervisionará os diversos
cursos e presidirá, quando for o caso, as comissões de exame.
Parágrafo único. O funcionamento dos cursos obedece às seguintes disposições:
I - os cursos devem dispor de instalações apropriadas e de todo o material necessário;
II - o oficial designado para exercer as funções de diretor de curso deve dispor de auxiliares
por ele indicados, em número proporcional à quantidade de cursos e de alunos;
III - os horários de funcionamento dos cursos são coordenados pelo S3, sem prejuízo das
atividades normais da unidade; e
IV - os resultados dos cursos devem constar de atas de exame, ser publicados em BI, e
informados às autoridades civis que firmaram os diversos convênios.
Art. 417. A preparação de recursos humanos é considerada de grande valor moral, tornando
merecedores de recompensas, a critério do Cmt U, todos os instruendos que, no desempenho de funções
a ela relativas, apresentarem os melhores resultados.
CAPÍTULO II
DA PARTE DE DOENTE, DO TRATAMENTO DE SAÚDE E DA
INCAPACIDADE PARA O SERVIÇO DO EXÉRCITO
Seção I
Da Parte de Doente
Art. 418. O militar que por motivo de doença não puder comparecer ao quartel deve dar
parte de doente à autoridade a que estiver subordinado, exceto nos casos de absoluto impedimento ou
quando a constatação da doença for feita por meio de exame realizado por médico militar.
§ 1º A parte de doente pode ser escrita ou verbal e transmitida por qualquer meio de
comunicação.
§ 2º Recebida a parte de doente ou constatada a necessidade de afastamento do militar do
serviço, por motivo de saúde, a autoridade competente providencia para que ele seja examinado pelo
médico da unidade ou por outro médico militar.
§ 3º Ao médico cabe informar sobre o estado de saúde do doente e a duração provável de
seu impedimento, bem como propor a prescrição necessária conforme o art. 269 deste Regulamento,
salvo se a parte do doente já vier instruída com parecer de médico militar, ou a constatação tiver sido
realizada por esse último.
§ 4º Os pareceres sobre o estado de saúde, exarados por outros médicos, mesmo militares,
são submetidos à homologação do médico da OM.
§ 5º O militar considerado em condições para o desempenho de suas atividades retorna ao
serviço imediatamente.
§ 6º O militar considerado com restrições para o desempenho de suas atividades retorna ao
serviço onde atua, se aprovado pelo Cmt U, de acordo com as prescrições médicas.
§ 7º O militar julgado em inspeção de saúde “incapaz definitivamente” ou “temporariamente
incapaz para o serviço do Exército” é tratado de acordo com a seção II deste capítulo.
Art. 419. O militar que, por motivo de doença, alegar impossibilidade de retornar à sua Gu Mil
de origem, dá a parte de doente ao Cmt Gu onde se encontrar, que determinará imediata inspeção de
saúde pela JIS ou pelo MP.
§ 1º Se o parecer da JIS ou do MP for "pode viajar", o militar desloca-se imediatamente para
sua OM e procede de acordo com o prescrito no art. 418 deste Regulamento.
§ 2º Se o parecer da JIS for "não pode viajar", é adotado o procedimento previsto para
concessão de LTSP, conforme legislação específica.
Art. 420. Todo militar baixado a hospital civil ou em tratamento com médico civil, mesmo no
caso previsto no art. 419 deste Regulamento, é acompanhado por médico militar, a quem incumbe
avaliar a situação e, se for o caso, fornecer subsídios à JIS ou ao MP e providenciar outras medidas na
salvaguarda dos interesses do Exército ou do militar enfermo.
§ 1º No caso de o militar estar baixado a hospital civil ou em lugar onde não seja possível
exame por médico militar ou a inspeção de saúde, este procedimento é realizado logo que possível,
cabendo ao médico militar, à JIS ou ao MP prescrever, homologando ou não, os prazos de baixa e as
prescrições de rotina e especiais dos hospitais e médicos civis que assistiram ao militar.
§ 2º Quando necessário e mediante autorização do Cmt RM, a JIS ou o MP podem realizar
inspeção de saúde no local onde se encontra o militar.
Art. 420-A. Todo militar que, em tratamento nos hospitais militares, for julgado incapaz por
sofrer moléstia contagiosa, não pode ter alta desses estabelecimentos, para ser mandado a apresentar-se
em sua unidade.
§ 1º Nesta situação, somente pode ser concedida alta se o caso estiver enquadrado em
legislação federal como passível de tratamento em domicílio.
§ 2º Quando o militar portador de moléstia contagiosa for julgado incapaz sem estar baixado
ao hospital, deve ser mandado apresentar-se à autoridade sanitária competente, para que sejam
tomadas as medidas cabíveis. (NR – Port - C Ex Nº 1.774, de 15 JUN 22)
Art. 421. O militar que desejar internar-se em hospital ou submeter-se a tratamento que exija
seu afastamento do serviço deve dar parte de doente, citando o prazo e a data prováveis do evento.
Art. 422. No caso de prescrição de baixa, o militar que preferir permanecer em residência
particular ou tratar-se em instituição de saúde não-conveniada ou contratada pelo FUSEx, deve
apresentar essa pretensão por escrito a seu Cmt, Ch ou Dir, a quem cabe, ouvido o médico da OM,
decidir sobre a conveniência ou não.
Art. 423. O militar que não desejar tratar-se com médico militar ou, quando encaminhado,
com profissional de saúde credenciado pelo FUSEx, deve apresentar, por escrito, essa pretensão ao seu
Cmt, Ch ou Dir.
Seção II
Do Tratamento de Saúde
Art. 424. As licenças para tratamento de saúde própria do militar ou por motivo de doença de
seus dependentes são concedidas de acordo com a legislação específica.
Art. 425. A LTSP é concedida ao militar, ex officio, pela autoridade competente, depois de ter
sido julgado “incapaz temporariamente” por JIS ou MP.
Parágrafo único. O militar nessa situação:
I - permanece no quartel, acompanhado por um médico da unidade, e este, conforme os
cuidados que o caso requer, pode:
a) baixá-lo à enfermaria da OM ou a hospital; ou
b) encaminhá-lo a tratamento específico;
II - pode, ainda, de acordo com prescrição médica e a critério do Cmt U, realizar o tratamento
em sua residência, cabendo ao Med U realizar as visitas de rotina.
Art. 426. A LTSPF é concedida ao militar, mediante requerimento e posterior parecer da JIS,
quando a permanência junto à pessoa da família seja considerada imprescindível em sindicância
mandada instaurar pelo Cmt, Ch ou Dir OM.
Art. 427. O militar goza a LTSP ou a LTSPF, em princípio, em localidade onde possa contar com
o apoio de uma OMS ou, quando encaminhado, de uma instituição ou de profissional de saúde
conveniados, contratados ou credenciados pelo FUSEx.
Parágrafo único. Para gozar LTSP ou LTSPF em local onde esse apoio não exista, o militar deve
pedir autorização ao Cmt RM.
Seção III
Da Incapacidade para o Serviço do Exército
Art. 428. O militar temporário julgado incapaz definitivamente para o serviço do Exército
(incapaz C) terá a incorporação anulada, será desincorporado, licenciado ou reformado, na forma da
legislação em vigor.
§ 2º Quando não for considerado inválido, e a causa da incapacidade definitiva para o serviço
do Exército estiver enquadrada em uma das hipóteses previstas no art. 108, incisos III, IV, V, e VI da Lei nº
6.880/80, será licenciado ou desincorporado na forma da legislação em vigor.
CAPÍTULO III
DAS APRESENTAÇÕES
Art. 433. Todos os oficiais e aspirantes-a-oficial de uma unidade apresentam-se, diariamente,
ao Cmt U, a fim de cumprimentá-lo; em caso de impedimento momentâneo, fá-lo-ão tão logo lhes seja
possível, declarando os motivos do retardo.
§ 1º O Cmt pode dispensar essa formalidade em dias de formatura geral da unidade, ou caso
reúna seus oficiais ao início do expediente, ou ainda determinar que somente os Cmt SU e os chefes de
seção o façam.
§ 2º A apresentação diária, com idêntica finalidade, por parte dos oficiais e aspirantes-a-
oficial, a qualquer outra autoridade pertencente à unidade, somente é obrigatória quando assim decidir o
Cmt U, devendo tal decisão constar das NGA/U.
Art. 434. A apresentação do militar ao chegar à Gu Mil onde vai servir ou quando nela tiver
sido movimentado realiza-se de acordo com as normas estabelecidas pelo Cmt Gu.
Art. 435. Os militares em serviço, obrigados a permanecerem por mais de quarenta e oito
horas numa Gu Mil, em trânsito ou de passagem, enquadram-se no previsto no art. 434 deste
Regulamento, salvo se permanecerem, por qualquer motivo, a bordo das embarcações em que viajarem,
ou retidos em aeroportos.
Parágrafo único. Tratando-se de militar de posto mais elevado que o da maior autoridade da
Gu Mil, a apresentação é substituída por uma comunicação; neste caso, o Cmt Gu, pessoalmente, ou por
intermédio de representante, apresentar-se-á àquele militar.
Art. 436. Antes de ausentar-se temporariamente de sua Gu Mil, o militar deve apresentar-se,
declarar o endereço e, se possível, o telefone em que pode ser localizado em seu destino.
Parágrafo único. Os cabos e soldados somente se ausentam temporariamente de sua Gu Mil,
mediante permissão escrita da autoridade competente.
Art. 437. Quando uma tropa ou fração de tropa permanecer em trânsito mais de doze horas
em uma localidade, o seu Cmt apresenta-se à autoridade militar mais elevada da Gu Mil, declarando-lhe a
procedência, o destino e a missão, salvo se esta for de natureza sigilosa, o que será mencionado.
§ 1º A autoridade a quem deva ser feita a apresentação designa dia e hora para a
apresentação coletiva dos oficiais da tropa, se esta permanecer, no mínimo, vinte quatro horas na Gu.
§ 2º Se o Cmt da tropa for de posto mais elevado que o da autoridade da Gu, procederá como
no caso do parágrafo único do art. 435 deste Regulamento.
Art. 438. As apresentações são feitas durante as horas de trabalho normal; nos casos de
urgência, entretanto, podem realizar-se a qualquer hora.
§ 1º Se, além da razão de urgência, prevalecerem motivos de entendimento pessoal direto
com determinada autoridade, pode a apresentação ser feita a qualquer hora do dia ou da noite e em
qualquer lugar.
§ 2º As apresentações feitas às autoridades que disponham de BI, exceto as motivadas por
serviço comum, são nele publicadas.
Art. 439. Quando o oficial, subtenente ou sargento for movimentado para outra Gu Mil, o
Cmt U de origem deve informar, pelo meio mais rápido, ao Cmt U de destino, o dia provável da chegada
do militar e as providências que o militar movimentado gostaria que fossem tomadas para sua primeira
instalação.
Parágrafo único. O comandante da OM de destino, recebida a informação, designa um oficial,
subtenente ou sargento, conforme o caso, com a missão de receber o militar no local de chegada,
providenciar, se necessário, as acomodações solicitadas e prestar-lhe todo o auxílio que o espírito de
camaradagem impõe.
Art. 440. Ao iniciar e terminar qualquer serviço, o militar apresenta-se à autoridade nomeante
e à que estiver imediatamente subordinado.
§ 1º O militar designado para serviço extraordinário que deva ser desempenhado na própria
Gu Mil, se outra determinação não receber, apresenta-se, por via hierárquica, dentro de quarenta e oito
horas, a contar do momento em que tiver conhecimento da designação, ao seu Cmt e à autoridade sob
cujas ordens vai ficar, procedendo, na ordem inversa, uma vez terminado o serviço.
§ 2º A situação estabelecida no § 1º deste artigo não exonera o militar designado do serviço
em sua OM, senão durante o tempo de efetivo trabalho no serviço extraordinário, salvo ordem expressa
em contrário.
Art. 441. O militar nominalmente chamado por autoridade superior à do seu Cmt imediato e
que tenha sobre ele jurisdição funcional, a ela apresenta-se imediatamente e participa o fato ao seu Cmt,
na primeira oportunidade, relatando-lhe, também, a ordem que recebeu, salvo se for sigilosa,
circunstância esta que será então declarada.
Art. 442. O militar movimentado dentro da mesma Gu terá o prazo de quarenta e oito horas
para apresentar-se na OM de destino.
CAPÍTULO IV
DAS FÉRIAS
Art. 443. Férias são afastamentos totais do serviço, anuais e obrigatoriamente concedidas aos
militares para descanso, a partir do décimo segundo mês do período de um ano ininterrupto de efetivo
serviço e durante os doze meses seguintes, conforme prescrito no E-1.
§ 1º Os militares incorporados ou convocados, para a prestação do serviço militar inicial
obrigatório, somente podem gozar férias a partir da data em que houverem completado um ano
ininterrupto de efetivo serviço e durante os doze meses subsequentes.
§ 2º As férias dos militares que operam direta e habitualmente com raios X ou substâncias
radioativas são reguladas por legislação especial.
Art. 444. As férias subordinam-se às exigências do serviço devendo, para isso, ser
estabelecido um plano de férias visando a não apresentar solução de continuidade à administração, bem
como a não perturbar a execução dos programas de instrução.
§ 1º O plano de férias, elaborado anualmente e de acordo com as prescrições deste
Regulamento, deve ser submetido à aprovação do escalão imediatamente superior.
§ 2º Os militares pertencentes ao corpo discente dos estabelecimentos de ensino têm direito
às férias escolares em conformidade com o que estabelecem os respectivos regulamentos.
§ 3º Durante o trânsito ou logo após a sua conclusão, não podem ser concedidas férias.
§ 4º O Cmt U, o ordenador de despesas e os agentes executores diretos não podem gozar
férias nos períodos que coincidam com o encerramento do exercício financeiro.
§ 5º Os aspirantes-a-oficial de carreira têm direito às férias com início, obrigatoriamente, no
dia imediato àquele em que tenham sido declarados aspirantes-a-oficial.
Art. 445. O período de férias pode ser gozado onde convier ao interessado, nele
compreendido o tempo gasto em viagem, salvo as exceções previstas em legislação.
§ 1º O militar em serviço no País, que desejar gozar suas férias, licenças e dispensas do
serviço no exterior, desde que não impliquem ônus para a União, deve solicitar autorização ao seu
respectivo comandante, chefe ou diretor de OM. (NR - Port C Ex nº 2.037, de 18 AGO 23)
§ 2º Os que pretendam gozar férias fora da Gu Mil devem declarar tal pretensão no ato de
sua apresentação.
§ 3º Deve ser publicada em BI a concessão das férias ao militar, declarando a data em que ele
deverá apresentar-se na OM pronto para o serviço, bem como o ano a que estas se referirem.
Art. 446. As férias do militar a serviço do Brasil no exterior são reguladas em instruções
específicas.
Art. 447. Os Cmt (Ch ou Dir) OM concedem férias a todos os seus subordinados e têm as suas
concedidas pela autoridade a que estiverem imediatamente subordinados.
Art. 448. As férias não são interrompidas por motivo de movimentação do militar, sendo o
seu desligamento efetivado quando de sua apresentação por conclusão de férias.
§ 1º Excepcionalmente, o militar não entra no gozo de suas férias no período previsto no
caput do art. 443 deste Regulamento ou estas são interrompidas, nos casos previstos no E-1.
§ 2º O militar que for impedido, por extrema necessidade do serviço, assim reconhecida pela
autoridade competente em ato publicado em BI, de iniciar as férias relativas a determinado ano, até 31
de dezembro do ano subsequente, ou as tiver interrompidas, tem suas férias concedidas, ou retomadas,
imediatamente após cessarem os motivos que levaram ao impedimento ou à interrupção.
§ 3º O gozo das férias, ou de parcela destas, adiado ou interrompido, conforme capitulado no
§ 2º deste artigo, é realizado de uma só vez.
§ 4º As dispensas do serviço para desconto em férias somente podem ser concedidas quando
se referirem a períodos de férias aos quais o militar já tenha feito jus, excetuando-se as dispensas
concedidas na forma da alínea “b” do inciso XV do art. 21 deste Regulamento.
§ 5º Em casos especiais, e devidamente consideradas as necessidades da OM de destino, o
Comandante do Exército e as autoridades com atribuições para realizar movimentações podem conceder
férias ao militar já movimentado, se ele estiver incluído, na época precisa da publicação da
movimentação, no plano de férias da OM a que pertencia.
Art. 449. As férias do militar indiciado em IPM, submetido a conselho de justificação ou a
conselho de disciplina ou respondendo a processo, somente podem ser gozadas com a concordância da
autoridade que presidir tais atos, respeitado o limite para concessão de férias previsto no E-1.
Art. 451. Os períodos de férias têm a duração de trinta dias para todos os militares, observado
o previsto nos parágrafos deste artigo e no § 2º do art. 443 deste Regulamento.
§ 1º As férias dos militares podem ser gozadas da seguinte forma:
I - em um período de trinta dias corridos; ou
II - em três períodos de dez dias ou dois períodos de quinze dias, mediante solicitação do
interessado a ser apreciada, autorizada pelo Comandante, Chefe ou Diretor da OM, e, caso aprovada,
incluída no Plano de Férias.
§ 2º O parcelamento de férias só deverá ser concedido se os períodos solicitados pelo
interessado forem distribuídos de acordo com o estabelecido no caput do artigo 443 deste Regulamento.
§ 3º Quando as férias do militar forem parceladas, os direitos financeiros serão gerados por
ocasião da concessão do primeiro período.
§ 4º O militar que servir em Gu especial, assim classificada na legislação de movimentação,
tem direito a um acréscimo nas suas férias correspondente aos dias de viagem até o local de destino e de
regresso à sede, até um limite de quinze dias, caso vá gozá-las fora da sede.
§ 5º Cabe ao Cmt Mil A a fixação, dentro do limite estabelecido no § 4º deste artigo, do
acréscimo a que faz jus o militar.“ (NR - Port Nr 039-Cmt Ex, de 28 JAN 15)
CAPÍTULO V
DO TRÂNSITO E DA INSTALAÇÃO
Art. 452. Trânsito é o período de trinta dias de afastamento total do serviço concedido ao
militar cuja movimentação implique, obrigatoriamente, mudança de sede e destina-se aos preparativos
decorrentes dessa mudança.
§ 1º O trânsito tem início no dia imediato à data do desligamento do militar da OM, devendo
este seguir destino durante o seu transcurso ou no dia imediato ao seu término.
§ 2º O trânsito pode ser gozado, no todo ou em parte, na localidade de origem ou de destino,
não sendo computado como tal o tempo de viagem, considerando-se o meio de transporte a que o
militar tem direito.
§ 3º Em casos especiais, a critério do Comandante do Exército, o período de trânsito pode ser
ampliado ou reduzido.
Art. 453. O militar em trânsito que ficar em uma Gu de passagem, alegando doença, deve dar
parte de doente, sendo baixado a hospital ou enfermaria, por ordem do Cmt Gu Mil, com declaração
daquela circunstância.
§ 1º Ao ter alta e ser julgado em condições de viajar, deve seguir destino na primeira
oportunidade.
§ 2º Se desde logo, verificar-se que o militar está em condições de prosseguir viagem, a baixa
será tornada sem efeito e aquele seguirá imediatamente a seu destino, sem prejuízo das providências de
caráter disciplinar, se for o caso.
Art. 454. Instalação é o período de afastamento total do serviço concedido ao militar, após o
término do trânsito, quando de sua apresentação na OM para onde foi transferido, reservado para as
providências de ordem pessoal ou familiar, a serem tomadas na Gu de destino, decorrentes da
movimentação.
§ 1º Aos militares são concedidos para instalação, independente do local onde tenham
gozado o trânsito, os seguintes prazos:
I - dez dias, quando acompanhados de dependentes; e
II - quatro dias, quando desacompanhados ou solteiros.
§ 2º A instalação pode ser concedida a partir da data de chegada da bagagem do militar, por
solicitação do interessado.
§ 3º Em caráter excepcional, a instalação pode ser concedida até nove meses após a
apresentação do militar, se os seus dependentes, com direito ao transporte por conta da União, não o
puderem acompanhar por qualquer motivo na mesma viagem.
§ 4º O militar movimentado na mesma Gu e obrigado à mudança de residência, por força de
prescrição legal ou regulamentar, tem direito a quatro dias de instalação.
CAPÍTULO VI
DOS CÍRCULOS HIERÁRQUICOS
Art. 455. Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre militares da mesma categoria
e têm a finalidade de desenvolver o espírito de camaradagem, em ambiente de estima e confiança, sem
prejuízo do respeito mútuo.
§ 1º Os círculos hierárquicos são os constantes do E-1.
§ 2º Embora seja de interesse para o Exército que todos os militares se mantenham
fisicamente capazes, pela prática de esportes, é, no entanto, inconveniente a sua prática indiscriminada
entre oficiais e praças, pelos sérios prejuízos que pode causar à disciplina e à compostura a manter em
qualquer situação.
§ 3º Nos trabalhos equestres devem ser observadas as disposições deste artigo.
Art. 456. Aos cônjuges militares pertencentes a círculos hierárquicos distintos é permitido, a
cada um, participar do círculo de convivência do outro, quer em acontecimentos sociais, quer na
frequência a clubes.
Parágrafo único. Aos eventos de cunho oficial ou reuniões sociais, em que seja marcado
uniforme, o cônjuge que estiver fora do seu círculo hierárquico comparece, obrigatoriamente, em traje
civil.
CAPITULO VII
DAS GALERIAS DE RETRATOS
Art. 457. É facultada a colocação de retratos de vultos históricos nas dependências das
unidades.
Art. 458. As unidades podem possuir, em suas sedes, como homenagem, galerias de
retratos compostas dos vultos mais notáveis da História Militar e Política e dos antigos chefes do
Exército.
§ 1º No Gabinete do Cmt, Ch ou Dir figuram, em caráter obrigatório, o retrato oficial do
Presidente da República, do Ministro de Estado da Defesa e do Comandante do Exército, distribuído pelo
respectivo órgão responsável.
§ 2º Na unidade deve haver uma galeria de retratos dos seus comandantes, chefes ou
diretores.” (NR Port Nr 976-Cmt Ex, de 26/08/14)
§ 3º Na unidade, também, deve haver uma galeria de retratos dos seus adjuntos de comando.
(NR Port Nr 997-Cmt EX, de 15 AGO 16)
Art. 459. A inauguração de retratos nas diversas galerias constitui ato solene, feita em dias
feriados ou datas festivas, ressalvado o disposto no art. 460 deste Regulamento, devendo constar do BI
para ser transcrita no histórico da organização.
Parágrafo único. Na parte inferior do retrato de cada vulto notável ou autoridade militar,
constará o posto ou cargo, o nome e o feito pelo qual se distinguiu.
Art. 460. A inauguração dos retratos dos ex-comandantes, ex-chefes ou ex-diretores é
realizada pelos que os sucederem, por ocasião das cerimônias de passagem de comando, chefia ou
direção da OM.
§ 1º A galeria de que trata este artigo obedece aos seguintes preceitos:
I - ressalvado o disposto no inciso II deste parágrafo, o militar é retratado, nas cores preta e
branca, de frente e descoberto, em 5º ou 6º uniforme com barretas e com insígnias do último posto em
que exerceu o cargo, e caso a OM possua uniforme histórico, este será o utilizado, com medalhas; e (NR
Port Nr 997-Cmt EX, de 15 AGO 16)
II - a galeria mantém o padrão de fotografia ou pintura já existente na OM.
§ 2º Na galeria dos ex-comandantes, ex-chefes ou ex-diretores somente constam os retratos
dos que estiveram no exercício efetivo do cargo.
§ 3º As galerias, cuja uniformidade foi quebrada, são reorganizadas com os recursos técnicos
existentes, de forma a recuperar a padronização, de acordo com este Regulamento, respeitando-se os
uniformes da época em que as fotografias foram tiradas.
Art. 460-A. A galeria de retratos dos adjuntos de comando deve permanecer na sala do
adjunto de comando ou em local apropriado e sua inauguração seguirá os mesmos preceitos
estabelecidos no artigo anterior. (NR Port Nr 997-Cmt EX, de 15 AGO 16)
CAPÍTULO VIII
DAS HONRAS MILITARES E DO CERIMONIAL
Art. 461. As honras militares são manifestações coletivas de respeito que se tributam aos
militares das Forças Armadas, consoante a hierarquia, às altas autoridades civis e aos símbolos nacionais,
segundo as prescrições do R-2.
Art. 462. O cerimonial militar, regulado pelo R-2, tem por objetivo dar a maior solenidade
possível a determinados atos da vida militar ou nacional, cujo alto significado convém ser ressaltado.
§ 1º Nas fortificações e nas embarcações pertencentes ao Exército são observadas, se for o
caso, as regras estabelecidas no “Cerimonial Marítimo Brasileiro”.
§ 2º Nas cerimônias militares são obedecidas, também, as “Normas do Cerimonial Público da
República Federativa do Brasil e Ordem Geral de Precedência”, no que for aplicável.
CAPÍTULO IX
DAS SITUAÇÕES EXTRAORDINÁRIAS DA TROPA
Art. 463. As situações extraordinárias da tropa são as decorrentes de ordens de sobreaviso,
de prontidão e de marcha.
Seção I
Do Sobreaviso
Art. 464. A ordem de sobreaviso determina a situação na qual a unidade fica prevenida da
possibilidade de ser chamada para o desempenho de qualquer missão extraordinária.
Art. 465. Da ordem de sobreaviso resultam as seguintes medidas:
I - todas as providências de ordem preventiva, relativas ao pessoal e ao material, e impostas
pelas circunstâncias decorrentes da situação da tropa, são tomadas pelos diversos comandos e chefias de
serviços, logo que a unidade receba a ordem de sobreaviso;
II - permanecem no quartel um terço dos oficiais da unidade e, pelo menos, um oficial por SU;
III - também permanecem no quartel a metade dos subtenentes e sargentos da unidade e,
pelo menos, um sargento por pelotão ou seção;
IV - os demais oficiais, subtenentes e sargentos permanecem no quartel ou em suas
residências, mas, neste caso, em estreita ligação com a unidade e em condições de poderem recolher-se
imediatamente ao quartel, em caso de ordem ou qualquer eventualidade;
V - todos os cabos e soldados permanecem no quartel;
VI - pode ser permitido aos cabos e soldados, a juízo do Cmt U, sair à rua por tempo fixado,
em pequenas turmas por SU, desde que fiquem em condições de regressar ao quartel dentro de uma
hora;
VII - a instrução da unidade não é perturbada, restringindo o Cmt U, quando necessário, a
zona externa do quartel onde ela pode realizar-se; e
VIII - se a ordem de sobreaviso não atingir a totalidade da unidade, as presentes disposições,
inclusive as relativas a pessoal, abrangem apenas os oficiais e praças da fração de tropa que tiver sido
designada.
Seção II
Da Prontidão
Art. 466. A ordem de prontidão importa em ficar a unidade preparada para sair do quartel tão
logo receba ordem, para desempenhar qualquer missão dentro da respectiva Gu ou à distância tal que
permita sejam atendidas suas necessidades com os recursos da própria unidade.
Art. 467. Da ordem de prontidão resultam as seguintes medidas:
I - avisados os militares, estes ficam responsáveis pelo comparecimento ao quartel no mais
curto prazo possível;
II - todos os militares permanecem uniformizados, equipados e armados; III - os oficiais
permanecem no quartel, ficando, permanentemente, um oficial em cada SU;
IV - as praças permanecem em suas SU;
V - a munição é distribuída aos Cmt SU;
VI - a instrução é ministrada no âmbito do quartel;
VII - ficam suspensas, automaticamente, todas as dispensas do serviço concedidas aos
militares da unidade que se encontrem na Gu, sendo-lhes expedidas ordens a respeito;
VIII - se a ordem de prontidão não atingir a totalidade da unidade, as providências, inclusive
as relativas ao pessoal, abrangem apenas os militares da fração que a receber;
IX - todas as ordens e toques gerais constituem atribuição exclusiva do Cmt U;
X - os elementos de tropa ou de serviço, em todos os escalões, ficam sob as ordens dos
respectivos Cmt ou chefes, como em campanha; e
XI - a fração que se achar de prontidão e deixar o quartel para apresentar-se a outra
autoridade, sob cujas ordens deva ficar, passa a depender diretamente dessa autoridade que
providenciará o estacionamento da tropa e seu aprovisionamento, caso já não o tenha sido pela
autoridade competente.
Parágrafo único. Nos casos em que for determinada “prontidão rigorosa”, todos os oficiais
permanecem em suas SU, a instrução é ministrada no âmbito destas e são intensificadas todas as
medidas impostas pela situação.
Seção III
Da Ordem de Marcha
Art. 468. A ordem de marcha impõe que a unidade fique preparada, com todos os recursos
necessários à sua existência fora da Gu, e em condições de deslocar-se e desempenhar qualquer missão,
dentro do mais curto prazo ou daquele que lhe for determinado.
Art. 469. A ordem de marcha impõe que sejam tomadas as seguintes medidas:
I - a permanência de oficiais e praças e a situação da tropa são reguladas na ordem de
marcha, de conformidade com as circunstâncias;
II - a instrução fica reduzida à que possa ser ministrada no interior do quartel;
III - consideram-se cassadas todas as dispensas do serviço concedidas aos militares, que são
imediatamente avisados;
IV - se a ordem não atingir a totalidade da unidade, as providências, inclusive as relativas a
pessoal, abrangem somente a fração que a receber;
V - a fração da unidade que receber a ordem de marcha e for mandada apresentar a outra
autoridade, passa a depender diretamente desta, tão logo deixe o quartel;
VI - ordens e toques gerais constituem atribuição exclusiva do respectivo Cmt;
VII - os elementos de tropa ou de serviços, em todos os escalões, ficam sob as ordens diretas
dos respectivos Cmt ou chefes; e
VIII - todas as providências que visam à adaptação da unidade às circunstâncias impostas pela
situação são tomadas a partir do momento em que for recebida a ordem, dentro do prazo estabelecido.
Seção IV
Das Prescrições Comuns às Situações Extraordinárias
Art. 470. Quando a uma tropa for determinada uma das situações extraordinárias definidas
neste capítulo, o Cmt deve manter ligação, permanente e constantemente verificada, com a autoridade
que tiver dado a ordem ou à qual estiver diretamente subordinado.
Parágrafo único. Na falta de nova ordem, cumpre ao Cmt da tropa provocá-la no fim de cada
período de vinte e quatro horas, contadas da primeira ordem recebida.
Art. 471. A ordem para adoção de uma situação extraordinária em qualquer Gu Mil é emitida,
em princípio, pelo Cmt Mil A enquadrante.
Art. 472. Os Cmt Gu Mil, nos casos de perturbação da ordem ou ameaça de sua deflagração,
mantêm os respectivos Cmt Mil A e o comando superior informados da evolução dos acontecimentos,
utilizando o meio de comunicações disponível que ofereça maior rapidez e confiabilidade.
Art. 473. Os Cmt Gu Mil somente podem tomar a iniciativa de emitir ordens para adoção de
situações extraordinárias quando a gravidade dos acontecimentos assim o exigir, informando sua decisão,
imediatamente, ao Cmt Mil A e ao comando superior enquadrantes.
Art. 474. A instrução intensiva, a rigorosa observância das regras de serviço interno e externo
e a facilidade de rápido e seguro comparecimento dos militares aos respectivos quartéis (por meio de um
eficiente plano de chamada) evitam os inconvenientes e as fadigas decorrentes de frequentes
sobreavisos, prontidões e ordem de marcha.
Art. 475. Verificada, frequentemente, pelas autoridades superiores, a perfeita execução das
providências contidas no art. 474 deste Regulamento, as situações extraordinárias são por elas adotadas
somente nos seguintes casos:
I - sobreaviso, na iminência de perturbação da ordem na Gu ou de provável deslocamento;
II - prontidão, na ocorrência de fatos graves que tornem iminente o emprego da tropa na Gu
ou em suas proximidades; e
III - ordem de marcha, quando expedida por autoridade competente, tendo em vista o
iminente emprego da tropa fora da sua Gu.
Parágrafo único. Da situação de prontidão passa-se a uma das outras ou volta-se à
normalidade, consoante as circunstâncias e mediante ordem superior.
Art. 476. Os Cmt U devem pôr em prática, frequentemente, mesmo em períodos normais e
sem aviso prévio, uma ou outra dessas situações extraordinárias, a título de verificação e por um período
de tempo tal que não prejudique a instrução.
Art. 477. Com a finalidade de organizar a unidade, prepará-la materialmente e treinar seu
pessoal para passar, em curto prazo, de uma situação normal para uma situação de ordem de marcha,
devem ser programados exercícios de apronto operacional, de acordo com as normas baixadas pelo
COTER
ANEXO
GLOSSÁRIO DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Adj ........................................ adjunto(s)
Adj Of Dia ........................... adjunto do oficial-de-dia
Aux Fisc Dia ........................... auxiliar do fiscal-de-dia
BI ............................................. boletim interno
C 20-20 .................................... Manual de Treinamento Físico Militar
C 21-30 .................................... Manual de Abreviaturas, Símbolos e Convenções Cartográficas
C 22-5 ...................................... Manual de Ordem Unida
Cb Dia ..................................... cabo(s)-de-dia
Cb Gd ..................................... cabo(s) da guarda
CCOMSEx .............................. Centro de Comunicação Social do Exército
Ch ............................................ chefe(s)
CIE .......................................... Centro de Inteligência do Exército
C Mil A ................................... comando(s) militar(es) de área
Cmt .......................................... comandante(s)
Cmt Gd .................................... comandante(s) da guarda
Cmt Gu .................................... comandante(s) de guarnição
Cmt Gu Mil ............................. comandante(s) de guarnição militar
Cmt Mil A ............................... comandante(s) militar(es) de área
Cmt Pel .................................... comandante(s) de pelotão
Cmt RM ................................... comandante(s) de região militar
Cmt SU .................................... comandante(s) de subunidade
Cmt U ...................................... comandante(s) de unidade
COTER .................................... Comando de Operações Terrestres
DFPC ....................................... Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados
Dir ........................................... diretor(es)
E-1 ........................................... Estatuto dos Militares
EM ........................................... estado-maior
EM/U ....................................... estado-maior da unidade
EME ........................................ Estado-Maior do Exército
EPI ........................................... equipamento de proteção individual
FA-M-13 ................................. Manual de Toques, Marchas e Hinos das Forças Armadas
Fisc Adm ................................. fiscal administrativo, fiscalização administrativa
Fisc Dia ................................... fiscal(ais)-de-dia
FS ............................................ formação sanitária
F Ter ........................................ Força Terrestre
FUSEx ..................................... Fundo de Saúde do Exército
G Cmdo ................................... grande(s) comando(s)
GLO ........................................ garantia da lei e da ordem
GU ........................................... grande(s) unidade(s)
Gu ............................................ guarnição(ões)
Gu Mil ..................................... guarnição(ões) militar(es)
IODCT .................................... instrumento(s) ótico(s) de direção e controle de tiro
IPM .......................................... inquérito policial militar
JIS ............................................ junta(s) de inspeção de saúde
JISG ......................................... junta(s) de inspeção de saúde da guarnição
LTSP ....................................... licença para tratamento de saúde própria
LTSPF ..................................... licença para tratamento de saúde de pessoa da família
MD33-M-02 ............................ Manual de Abreviaturas, Símbolos e Convenções Cartográficas das
Forças Armadas
Med Ch ................................ médico(s)-chefe(s)
Med Dia ................................... médico(s)-de-dia
Med Dia Gu ............................. médico(s)-de-dia à guarnição
Mil ........................................... militar(es)
MP ........................................... médico(s) perito(s)
NGA/U .................................... normas gerais de ação da unidade
OCS ......................................... organização(ões) civil(is) de saúde
ODS ......................................... órgão(s) de direção setorial
O Com Elt ............................... oficial(is) de comunicações e eletrônica
O Com Soc .............................. oficial(is) de comunicação social
Of ............................................ oficial(is)
Of Dia ..................................... oficial(is)-de-dia
Of Gen ..................................... oficial(is)-general(is)
O Infor ..................................... oficial(is) de informática
OM .......................................... organização(ões) militar(es)
O Mnt Vtr ................................ oficial(is) de manutenção de viaturas
OMS ........................................ organização(ões) militar(es) de saúde
O Mun Expl Mnt Armt ............ oficial(is) de munições, explosivos e manutenção de armamento
O Prv Acdt .............................. oficial(is) de prevenção de acidentes
O Sau ....................................... oficial(is) de saúde
OTF ......................................... oficial(is) de treinamento físico
Pel Sv Ge ................................. pelotão de serviços gerais
PNR ......................................... próprio nacional residencial
QAO ........................................ Quadro Auxiliar de Oficiais
QC ........................................... quadro de cargos
QCO ........................................ Quadro Complementar de Oficiais
QCP ......................................... quadro de cargos previstos
QDM ....................................... quadro de dotação de material
QEMA ..................................... Quadro do Estado-Maior da Ativa
QG ........................................... quartel(éis)-general(ais)
QLPC ...................................... quadro(s) de lotação de pessoal civil
QM .......................................... qualificação militar
QMB ........................................ Quadro de Material Bélico
QMG ....................................... qualificação militar geral
QMP ........................................ qualificação militar particular
QMS ........................................ qualificação militar de subtenentes e sargentos
QO............................................ quadro(s) de organização
QSG ......................................... quadro suplementar geral
QSP ......................................... quadro suplementar privativo
R-2 ........................................... Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e
Cerimonial Militar das Forças Armadas
RAE (ou R-3) .......................... Regulamento de Administração do Exército
RDE (ou R-4) .......................... Regulamento Disciplinar do Exército
RISG (ou R-1) ........................ Regulamento Interno e dos Serviços Gerais
RM .......................................... região militar
RUE ......................................... Regulamento de Uniformes do Exército
S1 ............................................ chefe da 1ª seção do estado-maior da unidade
S2 ............................................ chefe da 2ª seção do estado-maior da unidade
S3 ............................................ chefe da 3ª seção do estado-maior da unidade
S4 ............................................ chefe da 4ª seção do estado-maior da unidade
SAMMED .............................. Sistema de Assistência Médico-Hospitalar aos Militares do Exército e
seus Dependentes
SAREx .................................... Serviço de Assistência Religiosa do Exército
S Cmt U ................................... subcomandante(s) de unidade
Seç ........................................... Seção
Seç Sv Ge ................................ seção de serviços gerais
SENAC .................................... Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
SENAI ..................................... Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Sgt ........................................... sargento(s)
Sgt Aux Enf ............................. sargento(s) auxiliar(es) de enfermagem
Sgt Aux Mun Expl Mnt Armt . sargento(s) auxiliar(es) de munições, explosivos e manutenção de
armamento
Sgt Aux Sau ............................ sargento(s) auxiliar(es) de saúde
Sgt Dia ..................................... sargento(s)-de-dia
Sgt Dia SU .............................. sargento(s)-de-dia à (da) subunidade
Sgte .......................................... sargenteante(s)
Sgt Prv Acdt ............................ sargento(s) de prevenção de acidentes
SISCOMSEX .......................... Sistema de Comunicação Social do Exército
SU ............................................ subunidade(s)
SU Cmdo ................................. subunidade(s) de comando
SU Cmdo Ap ........................... subunidade(s) de comando e apoio
SU Cmdo Sv ............................ subunidade(s) de comando e serviço
Sp Dia .................................. superior-de-dia
SU Sv ...................................... subunidade(s) de serviço
U .............................................. Unidade
UA ........................................... unidade administrativa