TG APF 2020 André, Carlos e Cristina
TG APF 2020 André, Carlos e Cristina
TG APF 2020 André, Carlos e Cristina
Discentes:
André Antão – 19556
Carlos Belchior – 19754
Cristina Martinho – 10480
Docente:
Joaquim Manuel Baltazar Vaz
Lista de Siglas
Índice Geral
Índice de Quadros..........................................................................................................vii
Introdução ......................................................................................................................12
v
Relatório de Análise Económica e Financeira
Conclusão ......................................................................................................................80
Bibliografia .....................................................................................................................81
Anexos............................................................................................................................82
vi
Relatório de Análise Económica e Financeira
Índice de Quadros
vii
Relatório de Análise Económica e Financeira
viii
Relatório de Análise Económica e Financeira
Índice de Gráficos
ix
Relatório de Análise Económica e Financeira
x
Relatório de Análise Económica e Financeira
Índice de Anexos
xi
Relatório de Análise Económica e Financeira
Introdução
12
Relatório de Análise Económica e Financeira
13
Relatório de Análise Económica e Financeira
14
Relatório de Análise Económica e Financeira
15
Relatório de Análise Económica e Financeira
16
Relatório de Análise Económica e Financeira
17
Relatório de Análise Económica e Financeira
18
Relatório de Análise Económica e Financeira
100%
89% 91%
90%
80%
70%
60%
48%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
2016 2017 2018
19
Relatório de Análise Económica e Financeira
60%
52%
50%
40%
30%
20%
11%
9%
10%
0%
2016 2017 2018
102%
100%
100% 99%
98%
96%
94%
92%
92%
90%
88%
2016 2017 2018
7%
6%
5%
4%
3%
2%
1%
1%
0%
0%
2016 2017 2018
20
Relatório de Análise Económica e Financeira
21
Relatório de Análise Económica e Financeira
22
Relatório de Análise Económica e Financeira
declínio do Capital Realizado, tal como do Resultado Líquido do Período, em 94% e 88%,
respetivamente; o incremente significativo, em 238% da rúbrica Outras Variações do
Capital Próprio; a diminuição, no geral, da totalidade dos Capitais Próprios em cerca de
49%; o decréscimo, principalmente da rúbrica de Fornecedores, componente do Passivo
Corrente, em cerca de 99%, o que contribuiu para uma baixa no Total do Passivo Corrente
em sensivelmente 99%; e por fim, uma redução geral dos totais do Capital Próprio e do
Passivo, em torno de 53%. Mais uma vez, as contas que não sofreram variações superiores
a 15%, não foram aqui consideradas, por se julgar não serem de grande significância.
23
Relatório de Análise Económica e Financeira
24
Relatório de Análise Económica e Financeira
como do segundo para o terceiro. O Total do Capital Próprio, por sua vez, segue a mesma
tendência negativa.
O Passivo não Corrente, uma vez que contém apenas a rúbrica de Financiamentos
Obtidos, acaba por seguir a tendência deste, que sofre um decréscimo do total do seu valor
do primeiro para o segundo ano, não sucedendo qualquer oscilação no período seguinte.
Também com uma tendência decrescente ao longo do tempo se encontra a rúbrica de
Fornecedores, com um declínio elevado do primeiro ano para o segundo, no entanto com
uma variação absoluta negativa em menor valor do segundo ano para o terceiro. Em
relação ao Estado e Outros Entes Públicos, sucede que existe uma estabilidade nos
valores, sendo as variações ao longo dos anos de baixa significância.
Por fim, destaca-se tanto o Total do Passivo como o Total do Capital Próprio e do
Passivo pelos decréscimos significativos principalmente do primeiro para o segundo ano,
pese embora também decresçam do segundo para o terceiro ano, mas em menor escala.
Os índices de base fixa e móvel dão-nos uma visão da variação percentual das várias
rúbricas do balanço contabilístico ao longo dos vários anos. A componente fixa desta
análise diz respeito a uma comparação com um ano “fixo”. Neste caso selecionou-se o ano
de 2016 como sendo fixo, por ser o primeiro ano. A componente móvel, por sua vez,
permite a comparação de um dado ano face ao ano anterior.
Para esta análise, elaborou-se o seguinte quadro:
25
Relatório de Análise Económica e Financeira
Da variação relativa das diferentes rúbricas, do ano de 2016 para o ano de 2017
destaca-se: o decréscimo significativo de cerca de 69% nos Inventários e um incremento
substancial da Caixa e Depósitos Bancários, de aproximadamente 90%; uma diminuição
bastante significativa do Total do Ativo Corrente, em cerca de 90%, o que reflete claramente
uma diminuição da liquidez da empresa do primeiro para o segundo ano; o decréscimo de
sensivelmente 42% e 78% do Capital Realizado e Resultado Líquido do Período,
respetivamente, o que leva a uma diminuição do Total dos Capitais Próprios em quase
46%; uma diminuição significativa dos Fornecedores, de aproximadamente 77%, o que
leva a que tanto o Passivo Corrente, como o Total do Passivo decresçam, também eles,
85% e 94%, respetivamente; e, uma diminuição do Total do Capital Próprio e do Passivo,
numa escala semelhante à do Total do Ativo, para cerca de metade do seu valor.
No que toca à variação relativa, de 2016 face a 2018, verifica-se uma proximidade
nos valores, comparativamente à análise anterior, no entanto destacaram-se pela
continuidade da performance negativa ou positiva as seguintes rúbricas: os Inventários,
Estado e Outros Entes Públicos, decresceram significativamente, bem como o Capital
Realizado e o Resultado Líquido do Período, realçando-se as Outras Variações do Capital
Próprio, com um incremento elevadíssimo de cerca de 238%. No geral, tanto o Total do
Ativo como o Total do Capital Próprio e do Passivo decresceram cerca de 4%, sendo o
Total do Passivo, do Ativo não Corrente e do Ativo Corrente, a mais contribuir para essa
variação.
O primeiro índice de base móvel é semelhante ao primeiro índice de base fixa, no
entanto, já em relação ao índice de base móvel do ano de 2017 para o ano de 2018, onde
26
Relatório de Análise Económica e Financeira
27
Relatório de Análise Económica e Financeira
onde existe um decréscimo bastante acentuado do seu valor em aproximadamente 135 mil
euros; o custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas, que sofreu um
decréscimo de aproximadamente 44 mil euros e que, tal como a rúbrica enunciada
anteriormente, não são boas oscilações para a empresa; os rendimentos e ganhos, a
acompanhar a evolução das vendas, sofrem um incremento de cerca de 40 mil euros; e,
também, o resultado líquido do período por apresentar uma diminuição significativa do seu
valor, do primeiro para o segundo ano, em cerca de 25 mil euros, o que perfaz valor
bastante baixo, face ao conjunto dos outros valores da demonstração de resultados. As
restantes rúbricas, por não apresentarem oscilações absolutas de grande valor, não se
consideraram na análise destes dois anos.
No que se refere às variações em termos absolutos, do ano de 2017 para o ano de
2018, das várias rúbricas, destacam-se as seguintes: as vendas e serviços prestados, uma
vez que, em contraste com o período anterior, diminuíram em aproximadamente 35 mil
euros; a variação dos inventários de produção, com um incremento benéfico para a
empresa, em cerca de 74 mil euros; os gastos com o pessoal, que ao contrário do período
anterior, aumentaram de valor em aproximadamente 32 mil euros; os outros rendimentos
e ganhos, que diminuíram a expressão que tinham anteriormente em cerca de 26 mil euros;
e, ainda, a verificar-se uma tendência de diminuição do valor do resultado líquido do
período, que decresceu aproximadamente 3 mil euros, do segundo para o terceiro ano. As
restantes rúbricas, por não apresentarem oscilações absolutas de grande valor, não se
consideraram na análise destes dois anos.
No geral pode concluir-se que existiram grandes oscilações em termos absolutos,
tendo em consideração o curto espaço de tempo de três anos, o que torna difícil que a
empresa consiga controlar plenamente a sua atividade em termos de tesouraria e também
no sentido de realizar possíveis previsões futuras. Nesse ponto de vista, a empresa deve
procurar manter a sua atividade, no entanto, de maneira a que não ocorram variações tão
elevadas nas diferentes rúbricas. Ainda neste âmbito, se forem negociados os PMP’s com
os fornecedores e os PMR com os clientes, pode-se obter uma boa tesouraria para prevenir
eventuais períodos de grande crescimento dos gastos em relação aos rendimentos.
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Relatório de Análise Económica e Financeira
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Relatório de Análise Económica e Financeira
rúbricas de gastos que apresentam maior oscilação, no entanto, como se pode verificar,
ainda existe um desfasamento entre o crescimento desta rúbrica em relação às vendas e
serviços prestados, especialmente no período do primeiro para o último ano; os outros
gastos e perdas, pelo incremento significativo do seu valor, do primeiro para o segundo
ano, em aproximadamente 248%, seguido de um decréscimo de 42% no período seguinte,
o que faz com que esta rúbrica apresente um incremento de cerca de 101% do primeiro
para o último ano, no entanto, embora seja importante avaliar a sua oscilação relativa,
deve-se também referir que em termos absolutos a variação não foi significativa; e, o
resultado operacional, resultado antes de impostos e resultado líquido do período, pelo
decréscimo significativo do primeiro para o segundo ano em cerca de 78%, seguido de
outro decréscimo de aproximadamente 45% no ano seguinte, o que leva a concluir que o
lucro que a empresa consegue do exercício da sua atividade, sofre uma tendência
decrescente ao longo do tempo, e, caso a tendência se mantenha, é muito provável
existirem resultados negativos nos próximos anos.
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Relatório de Análise Económica e Financeira
31
Relatório de Análise Económica e Financeira
32
Relatório de Análise Económica e Financeira
2016
100%
90%
80%
47,56%
70%
60% AF/CP
50% 97,00% NC/RC
40% TA/TP
30% 48,61%
20%
10%
3,00%
0% 3,83% 0,00%
F.M. = 1.189.499,64 €
N.F.M. = 1.097.369,76 €
F.M. > 0
N.F.M. > 0
Como F.M. > N.F.M. => T.L. > 0
33
Relatório de Análise Económica e Financeira
Como se pode observar pelo quadro de aplicações e origens financeiras, bem como
pelo gráfico representativo das mesmas, existe um equilíbrio financeiro no ano de 2016
nesta empresa, já que os capitais permanentes superam em grande medida o ativo fixo, o
que proporciona à empresa uma diminuição considerável do risco na medida em que esta
financia o ativo não corrente com capitais próprios, e por esse motivo mantém-se
equilibrada com uma tesouraria líquida superior a zero.
De notar, também, que embora a situação da empresa se considere favorável,
acontece que existe um grande desfasamento entre os recursos cíclicos e as necessidades
cíclicas, com uma diferença de cerca de 46% entre si. Para que esta situação se possa
regularizar, a empresa deve aumentar o PMP (prazo médio de pagamentos), no sentido de
aumentar um pouco o peso dos recursos cíclicos, ou então, tentar diminuir o PMR (prazo
médio de recebimentos) e assim, conseguir reduzir as necessidades cíclicas, e, se possível
ainda, embora normalmente difícil para empresas comerciais, já que é um fator que
depende muitas das vezes da vontade ou não do cliente em adquirir o produto, diminuir a
duração média de existências, sem, claramente, afetar o normal funcionamento da
empresa.
Como última análise, importa ainda verificar a tesouraria líquida, que neste caso é
superior a zero, já que o fundo de maneio é maior em valor do que as necessidades de
fundo de maneio, o que é claramente positivo para a empresa. Embora esta relação de
verifique, constata-se que o fundo de maneio é superior às necessidades de fundo de
maneio, no entanto, não muito, e por esse motivo a tesouraria líquida é superior a zero,
mas não será superavitária, e, portanto, não existe um financiamento elevado da atividade
pelos fornecedores, o que pode efetivamente melhorar, como já foi referido, a situação
financeira da empresa, se o PMP for negociado para um prazo mais alargado.
34
Relatório de Análise Económica e Financeira
2017
100%
90%
80%
70%
60% AF/CP
89,14%
50% 99,10% NC/RC
40% TA/TP
30%
20%
F.M. = 120.203,76 €
N.F.M. = 57.091,38 €
F.M. > 0
N.F.M. > 0
Como F.M. > N.F.M. => T.L. > 0
35
Relatório de Análise Económica e Financeira
Esta alteração relativa e absoluta nas rúbricas indica que, de 2016 para 2017, a
empresa sofreu também alterações em fundo de maneio e em necessidades de fundo de
maneio, e de facto essas alterações podem ser verificadas. Repare-se que ocorreram
grandes diminuições nestas duas rúbricas, de tal forma que sugere que tenham existido
grandes alterações no funcionamento da empresa. Embora tenham existido diminuições
nestas rúbricas, a empresa mantém um fundo de maneio superior a zero, tal como as
necessidades de fundo de maneio. O fundo de maneio é aproximadamente o dobro das
necessidades de fundo de maneio, o que não acontecia no ano de 2016 e, por esse motivo,
ocorreu um aumento da rúbrica da tesouraria líquida, o que pode indicar, que a empresa
melhorou a sua capacidade para satisfazer as necessidades e os compromissos de curto
prazo.
2018
100%
90%
80%
70%
60% AF/CP
91,28%
50% 99,85% NC/RC
40% TA/TP
30%
20%
10%
3,54% 0,15%
0% 5,18% 0,00%
36
Relatório de Análise Económica e Financeira
F.M. = 96.693,27 €
N.F.M. = 38.307,45 €
F.M. > 0
N.F.M. > 0
Como F.M. > N.F.M. => T.L. > 0
No que respeita ao ano de 2018, sucede que a situação da empresa não sofre
grandes alterações a nível global das aplicações e origens financeiras, no entanto, é de
salientar que, tal como no ano anterior, também aqui as necessidades cíclicas são, em
grande medida, superiores aos recursos cíclicos, o que traduz que a empresa está a
financiar as necessidades cíclicas com parte dos capitais permanentes. Para corrigir esta
situação e para que a empresa possa socorrer as necessidades cíclicas com o máximo de
recursos cíclicos possíveis, deve tentar negociar o PMP com os fornecedores, com o
objetivo de aumentar o saldo de fornecedores, ou pode ainda socorrer-se de um
empréstimo bancário de curto prazo, para dar resposta imediata a este tipo de encargos.
O fundo de maneio, tal como as necessidades de fundo de maneio, não se alteram
muito em proporção, face ao ano anterior. Por esse motivo, a situação da tesouraria líquida
mantém-se superior a zero, o que continua a indicar uma situação estável a nível da
tesouraria líquida da empresa. Relativamente a esta, veja-se a sua análise mais detalhada
no capítulo dedicado aos rácios, para uma melhor compreensão da sua evolução ao longo
dos três anos em estudo.
37
Relatório de Análise Económica e Financeira
38
Relatório de Análise Económica e Financeira
39
Relatório de Análise Económica e Financeira
40
Relatório de Análise Económica e Financeira
Uma vez que não existem valores significativos nos resultados financeiros, e que, por
sua vez, também não levam a uma oscilação dos resultados correntes comparativamente
aos resultados operacionais e sem valores nas rúbricas subsequentes, chega-se ao
resultado líquido do período. Este resultado é muito próximo dos resultados operacionais
e reflete uma tendência decrescente que merece especial atenção.
Importa ainda calcular o autofinanciamento bruto, que corresponde à parcela dos
investimentos que são custeados com os lucros acumulados ao longo do tempo, ou seja,
com capitais próprios provenientes de resultados líquidos obtidos. Neste caso em concreto,
verifica-se que no primeiro ano a empresa financia grande parte da sua atividade dessa
forma, no entanto, nos dois anos seguintes, isso não se verifica já que este indicador
apresenta valores decrescentes. A empresa deve procurar resolver esta situação,
procurando implementar algumas medidas já enunciadas anteriormente e tentar
transformar o máximo de gastos operacionais fixos em variáveis, potencializando assim a
maximização do lucro através da afetação de recursos apenas quando necessários, por
exemplo, a nível de mão de obra.
Outro indicador importante na análise financeira é o cálculo do EBITDA (Earnings
before interest, taxes, depreciation and amortization), em português, lucros antes de juros,
impostos, depreciações e amortizações. Permite determinar a evolução da produtividade
da empresa e da sua eficiência ao longo do tempo. Para a empresa em questão, verifica-
se este indicador, à semelhança dos anteriores, uma situação financeira saudável, no
entanto com uma tendência para valores mais baixos, no que respeita aos rendimentos no
geral.
Por último, estuda-se a empresa quanto ao seu valor acrescentado bruto (VAB), ao
longo do tempo. Este, consiste no resultado final da atividade produtiva, resultante da
diferença entre o valor da produção e o consumo intermédio. Neste caso em concreto,
também o VAB indica que a situação financeira da empresa é saudável. Pode-se tirar essa
conclusão pela comparação deste valor aos gastos da empresa.
Para ilustrar a análise da demonstração de resultados funcional quanto às principais
rúbricas e principais oscilações de valores, elaboraram-se os seguintes gráficos:
41
Relatório de Análise Económica e Financeira
€350 000,00
€300 000,00
€250 000,00
€200 000,00
€150 000,00
€100 000,00
€50 000,00
€-
2016 2017 2018
180%
157%
160%
140%
120%
100%
80%
60%
40%
20%
-7%
0%
2016/2017 2017/2018
-20%
42
Relatório de Análise Económica e Financeira
€35 000,00
€30 000,00
€25 000,00
€20 000,00
€32 118,18
€15 000,00
€10 000,00
€5 000,00
€7 068,27
€3 894,99
€-
2016 2017 2018
€120 000,00
€108 587,52
€100 000,00
€82 337,61
€80 000,00
€67 765,86
€60 000,00
€40 000,00
€20 000,00
€-
2016 2017 2018
43
Relatório de Análise Económica e Financeira
0,00%
Juros e Gastos Similares Suportados 0,00%
0,00%
15,80%
Gastos/Reversões de Depreciações e de Amortizações 19,88%
23,12%
1,55%
Outros Gastos e Perdas Operacionais Fixos 2,86%
2018 0,94%
2017
40,02%
2016 Gastos com o Pessoal Fixos 34,33%
42,32%
14,32%
Fornecimentos e Serviços Externos Fixos 17,43%
17,83%
28,31%
Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas 25,49%
15,80%
0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00% 45,00%
45
Relatório de Análise Económica e Financeira
€140 000,00
€96 499,50
€100 000,00
€80 000,00
€40 000,00
€20 000,00
€-
2016 2017 2018
€140 000,00
€96 499,50
€100 000,00
€80 000,00
€40 000,00
€20 000,00
€-
2016 2017 2018
€180 000,00
€161 820,09
€160 000,00
€139 982,76
€140 000,00 €129 955,80
€120 000,00
€100 000,00
€80 000,00
€60 000,00
€40 000,00
€20 000,00
€-
2016 2017 2018
46
Relatório de Análise Económica e Financeira
€140 000,00
€96 499,50
€100 000,00
€80 000,00
€40 000,00
€20 000,00
€-
2016 2017 2018
47
Relatório de Análise Económica e Financeira
situação semelhante. De facto, neste ano a empresa apresentou um grande valor de gastos
comparativamente ao volume de negócios, o que indica que as vendas de produtos,
prestações de serviços e subsídios à exploração, não se revelam suficientes para
conseguir liquidar parte dos gastos, que, para além disso, são na maioria dos casos de
natureza fixa.
Em 2017, por sua vez, sucede que o volume de negócios aumenta para mais do
dobro do ano anterior, e embora a estrutura de gastos da empresa tenha sofrido algumas
variações absolutas, acontece que o peso dessas rúbricas de gastos no total do volume de
negócios do ano é muito menor. A nível dos gastos com pessoal fixos é onde se verifica a
maior alteração, não em valores absolutos, mas percentuais, já que, devido ao aumento
do volume de negócios decresceram em cerca de 67%. Também ocorreu um decréscimo
significativo no peso dos gastos/reversões de depreciações e amortizações no total do
volume de negócios, em aproximadamente 36% e, em menor proporção nos fornecimentos
e serviços externos fixos e no custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas.
Verificou-se apenas um aumento da rúbrica outros gastos e perdas operacionais fixos no
total do volume de negócios, no entanto, com pouca expressão (cerca de 1%). Estas
alterações percentuais, sugerem que a situação da empresa, nesta análise de estrutura
em concreto, melhorou, na medida em que começou a ter uma maior possibilidade de
satisfazer as suas necessidades financeiras com recursos provenientes das vendas e
prestações de serviços, ou dos subsídios à exploração.
No último ano, constata-se uma diminuição do volume de negócios em cerca de 25
mil euros, o que, a juntar a um acréscimo dos gastos nesse ano, tal como se verificou na
estrutura de gastos da demonstração de resultados funcional, abordada no tópico anterior,
causa um novo incremento da relação gasto/volume de negócios. Os maiores incrementos
surgiram nos gastos com pessoal fixos e no custo das mercadorias vendidas e das matérias
consumidas em relação ao volume de negócios, em cerca de 13% e 8%, respetivamente.
As restantes rúbricas mantiveram-se semelhantes ao ano anterior.
Em suma, conclui-se que, ao longo dos três anos, a empresa apresenta uma
estrutura de gastos/volume de negócios pouco saudável no que diz respeito à sua situação
financeira, sendo que grande parte das rúbricas de gastos representam uma boa parte do
volume de negócios e, em nenhum ano o volume de negócios é suficiente para colmatar
todos os gastos. Nesse sentido, e independentemente de a empresa poder liquidar estes
gastos através de outras fontes de rendimento, sucede que somente os valores das
vendas, prestações de serviços e subsídios à exploração não são suficientes para suprir
as necessidades. Se porventura a empresa ficar sem outras fontes de rendimento para
48
Relatório de Análise Económica e Financeira
além das contempladas no volume de negócios, corre o risco de não conseguir responder
aos compromissos atuais.
€165 000,00
€145 000,00
€125 000,00
€105 000,00
€85 000,00
€65 000,00
€45 000,00
CMVMC Gastos com o Pessoal Fornecimentos e Gastos/Reversões de
Serviços Externos Depreciações e de
Amortizações
49
Relatório de Análise Económica e Financeira
50
Relatório de Análise Económica e Financeira
€450 000,00
€400 000,00
€350 000,00
€300 000,00
€250 000,00
€200 000,00
€150 000,00
€100 000,00
€50 000,00
€-
2016 2017 2018
51
Relatório de Análise Económica e Financeira
52
Relatório de Análise Económica e Financeira
53
Relatório de Análise Económica e Financeira
54
Relatório de Análise Económica e Financeira
55
Relatório de Análise Económica e Financeira
56
Relatório de Análise Económica e Financeira
€480 000,00
€457 528,77
€460 000,00 €452 543,12
€440 000,00
€420 000,00
€392 033,10
€400 000,00
€380 000,00
€360 000,00
2016 2017 2018
57
Relatório de Análise Económica e Financeira
58
Relatório de Análise Económica e Financeira
0,00%
-12,26%
-10,00%
-20,00%
-29,64%
-30,00%
-40,00%
-50,00%
-60,00%
-70,80%
-70,00%
-80,00%
2016 2017 2018
59
Relatório de Análise Económica e Financeira
CAPÍTULO V – RÁCIOS
5.1. Rácios de Liquidez
70,00
59,86
60,00
50,00
40,00
30,00
17,48
20,00
12,03
10,00
-
2016 2017 2018
50,00 46,06
45,00
40,00
35,00
30,00
25,00
20,00 15,61
15,00
8,23
10,00
5,00
-
2016 2017 2018
60
Relatório de Análise Económica e Financeira
40,00
34,11
35,00
30,00
25,00
20,00
15,00
10,00 5,60
5,00 1,28
-
2016 2017 2018
_________________________
1
Liquidez geral = Ativo Corrente / Passivo Corrente
2
Liquidez reduzida = (Ativo Corrente – Inventários) / Passivo Corrente
61
Relatório de Análise Económica e Financeira
15,61, 8,23 e 46,06 para os três anos em estudo, respetivamente, conclui-se que a
empresa consegue transformar facilmente os seus recursos em meios financeiros
líquidos para dar resposta a necessidades de curto prazo.
➢ A liquidez imediata 3, retrata os valores disponíveis para fazer face às dívidas a
pagar de curto prazo e também nesta análise se verifica uma ótima liquidez na
empresa, já que os valores são bastante positivos e também porque apresentam
uma tendência crescente de ano para ano.
É de notar que, principalmente de 2017 para 2018, a empresa alcançou
aproximadamente cinco vezes mais liquidez, o que significa que a empresa não tem
problemas nenhuns em dar respostas aos compromissos de curto prazo.
62
Relatório de Análise Económica e Financeira
➢ A cobertura do ativo não corrente por capital próprio 5, que acaba por ser bastante
semelhante ao rácio anterior, no entanto, desta vez no que respeita ao capital
próprio. Também neste indicador se verifica um decréscimo bastante acentuado do
primeiro ano, onde o capital próprio financiava aproximadamente 194% do ativo não
corrente, para o segundo ano, onde o capital próprio apresentava uma capacidade
de cerca de 111% para financiar os ativos não correntes.
➢ A variação do capital permanente em relação à variação do ativo não corrente 6, é
outro indicador importante a analisar, já que permite determinar até que momento
é que os aumentos líquidos do ativo não corrente estão a ser financiados com
capitais permanentes. Para a empresa em questão, estima-se que, do ano de 2016
para 2017, os capitais permanentes estão a financiar os aumentos líquidos do ativo
não corrente em cerca de 16 vezes, reduzindo drasticamente este valor no que
respeita ao período do ano de 2017 para 2018.
Para ilustrar os dois primeiros rácios enunciados anteriormente, elaboraram-se os
seguintes gráficos:
150,0%
111,2% 109,4%
100,0%
50,0%
0,0%
2016 2017 2018
_________________________
5
Cobertura do ativo não corrente por capital próprio = Capital próprio / Ativo não corrente
6
Variação do capital permanente / Variação do ativo não corrente
63
Relatório de Análise Económica e Financeira
194,4%
200,0%
150,0%
111,2% 109,4%
100,0%
50,0%
0,0%
2016 2017 2018
_________________________
7
Autonomia financeira = Capital Próprio / Ativo
64
Relatório de Análise Económica e Financeira
AUTONOMIA FINANCEIRA
102,0%
99,9%
100,0% 99,1%
98,0%
96,0%
94,0%
92,5%
92,0%
90,0%
88,0%
2016 2017 2018
65
Relatório de Análise Económica e Financeira
DEBT TO EQUITY
9,0%
8,2%
8,0%
7,0%
6,0%
5,0%
4,0%
3,0%
2,0%
0,9%
1,0%
0,1%
0,0%
2016 2017 2018
Podem ainda ser calculados alguns rácios no sentido de permitir avaliar a atividade
e a gestão de uma organização. Nesse sentido, e tendo em vista que a gestão operacional
de uma empresa é fundamental para o seu bom funcionamento, consideraram-se os
cálculos dos seguintes rácios para a empresa em estudo:
➢ O prazo médio de recebimentos 11
, em dias, permite uma perceção da gestão do
crédito de exploração que está a ser concedido aos clientes, na medida em que é
possível saber através dele, em média, quantos dias demora a empresa a receber
os créditos que concedeu aos clientes. Este indicador é importante porque é um
dos fatores que pode ser negociado, e que deve sê-lo, de maneira a que a empresa
desempenhe a sua atividade com o máximo de liquidez possível e sem problemas
de tesouraria. Para a empresa em questão, infelizmente, só é possível calcular este
_________________________
11
Prazo médio de recebimentos (PMR) = (Crédito concedido / Volume de negócios) x 365
66
Relatório de Análise Económica e Financeira
indicador para o primeiro ano, o que não possibilita a análise ao longo do período
de três anos em comparação com o prazo médio de pagamentos. No entanto,
verifica-se que no ano de 2016 a empresa apresenta um prazo médio de
recebimentos dos clientes de cerca de 8 dias, o que é ótimo, já que o prazo médio
de pagamentos como se verifica no próximo indicador, é de aproximadamente 170
dias. Este grande desfasamento permite à empresa ter “espaço de manobra” para
rentabilizar o dinheiro proveniente dos recebimentos, até ao momento em que terá
de realizar os pagamentos aos fornecedores, sem afetar, claramente, a gestão
corrente da organização.
➢ O prazo médio de pagamentos 12
, em dias, como já foi possível verificar no ponto
anterior, permite reconhecer o crédito de exploração que a empresa obtém dos
seus fornecedores. Quanto mais elevado for este valor, e quanto maior
desfasamento existir entre este e o prazo médio de recebimentos, maior
financiamento a empresa consegue dos fornecedores para a sua atividade. No caso
concreto da empresa em estudo, verifica-se essa situação no primeiro ano, já que
existe uma diferença de aproximadamente 162 dias entre o recebimento de clientes
e o pagamento a fornecedores, o que equivale a cerca de 5 meses. No entanto,
apesar de não existirem valores para o prazo médio de recebimentos nos anos de
2017 e 2018, verifica-se um decréscimo significativo do crédito conseguido pelos
fornecedores, em dias, diminuindo em cerca de 140 dias do primeiro para o
segundo ano e novamente cerca de 28 dias do segundo ano para o terceiro. Neste
último ano, verifica-se que a empresa está a obter crédito dos fornecedores de
apenas 1 dia, ou seja, a empresa tem de prestar contas com os fornecedores, em
média, 1 dia após a aquisição de materiais essenciais à sua atividade. Dessa forma,
não consegue que parte da sua atividade seja financiada, como também incorre em
graves problemas de tesouraria.
_________________________
12
Prazo médio de pagamentos (PMP) = (Fornecedores / Compras) x (1 + IVA) x 365
67
Relatório de Análise Económica e Financeira
_________________________
13
Rotação do ativo = Volume de negócios / Ativo
14
Rotação do ativo não corrente = Volume de negócios / Ativo não corrente líquido
15
Rotação do ativo corrente = Volume de negócios / Ativo corrente
68
Relatório de Análise Económica e Financeira
Aqui a empresa já apresenta valores mais significativos do que nos dois indicadores
anteriores. No ano de 2016 a rotação ainda era, de facto baixa, no entanto, sofreu
um incremento significativo de aproximadamente 2,5 para o ano seguinte e, ainda
de cerca de 0,6 para o último ano, cujo valor é de 3,24 neste indicador. Sem
conhecer a média das rotações para empresas a atuar na mesma atividade é difícil
tirar conclusões mais elaboradas, no entanto, considera-se que estes valores já têm
alguma expressão em termos de rotação.
➢ A rotação do capital próprio 16, muito semelhante aos outros indicadores, no entanto
direcionada para o capital próprio. Conclui-se que a empresa tem uma baixa
rotação do capital próprio, com valores muito semelhante aos das rotações dos dois
primeiros rácios.
➢ A rotação do capital permanente 17
, de igual forma semelhante, no entanto tendo
em consideração o capital permanente, apresenta valores muito baixos de rotação
e carece, também ele, de melhorias significativas para que se considere um valor
aceitável.
➢ A rotação do passivo 18
, semelhante aos rácios anteriores, mas considerando o
passivo, apresenta valores bastante significativos nos últimos dois anos, de 31,56
e 193,84, respetivamente. Este indicador não só permite a compreensão de que a
empresa está a ter uma boa rotação do passivo, como também de que este valor é
crescente de ano para ano e chega mesmo a ser muito elevado no ano de 2018.
Para ilustrar os indicadores que apresentaram uma maior oscilação de ano para ano e
valores ligeiramente acima da média dos outros rácios, elaboraram-se os seguintes
gráficos: Gráfico 28 – Evolução da Rotação do Ativo Corrente
3,50 3,24
3,00
2,62
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,11
0,00
2016 2017 2018
250,00
193,84
200,00
150,00
100,00
50,00 31,56
0,74
0,00
2016 2017 2018
70
Relatório de Análise Económica e Financeira
120%
109%
100%
80%
60%
40% 32%
27% 25%
20%
2% 1%
0%
2016 2017 2018
_________________________
19
Rendibilidade operacional das vendas = Resultado operacional / Vendas
20
Rendibilidade de exploração = Resultados correntes / Vendas
21
Rendibilidade do capital próprio = Resultados líquido / Capital próprio
71
Relatório de Análise Económica e Financeira
No geral, considera-se que a empresa não tem uma boa performance na rentabilização
dos seus capitais e recursos, pelo que deverá, sem dúvida nenhuma, rever a possibilidade
de melhorar este aspeto para que a sua atividade não seja negativamente afetada.
72
Relatório de Análise Económica e Financeira
CAPÍTULO VI – RISCO
O grau de alavanca operacional (GAO) permite avaliar o impacto que irá produzir
uma alteração nas vendas nos resultados operacionais. No conjunto dos gastos totais,
quanto maior é o peso dos gastos fixos relativamente aos variáveis, maior será a margem
de contribuição. Assim, quanto maior for o valor deste indicador, maior é também o risco
económico da empresa.
Para o apuramento do valor do GAO elaborou-se o seguinte quadro:
80,00 75,27
70,00
60,00
50,00
40,86
40,00
30,00
20,00
9,67
10,00
-
2016 2017 2018
73
Relatório de Análise Económica e Financeira
Verifica-se o valor deste indicador é crescente ao longo dos três anos, o que significa
que o risco económico também é crescente. Como consequência, os resultados da
empresa, de ano para ano, serão mais sensíveis às variações, sejam elas positivas ou
negativas, do volume de vendas. A interpretação destes valores pode ser feita da seguinte
forma: no ano de 2016, com um GAO de 9,67, por cada variação de 1% nas vendas ocorre
uma variação de 9.67% nos resultados operacionais da empresa; no ano de 2017, com um
aumento do GAO para 40,86, por cada variação de 1% nas vendas, sucede uma variação
de 40,86% nos resultados operacionais; e, no último ano, com um GAO extremamente alto
de 75,27, por cada variação de 1% nas vendas, a empresa terá um impacto de 75,27% nos
resultados operacionais.
O grau de alavanca financeira (GAF) consiste no indicador que avalia o impacto que
uma alteração nos resultados operacionais irá produzir nos resultados líquidos da empresa.
Quanto maior o GAF, maior o risco financeiro. Para o apuramento deste indicador,
elaborou-se o seguinte quadro:
74
Relatório de Análise Económica e Financeira
Apreciações Finais
75
Relatório de Análise Económica e Financeira
Verifica-se uma diminuição, para cerca de metade, do valor geral das aplicações e das
origens financeiras, face ao ano de 2016.
Em termos relativos, verifica-se que as aplicações financeiras são, em grande
medida, compostas pelo Ativo Fixo, chegando praticamente a 90% do seu todo. De igual
modo, ocorre uma abrangência total das origens financeiras por Capitais Permanentes, em
cerca de 99%.
Esta alteração relativa e absoluta nas rúbricas indica que, de 2016 para 2017, a
empresa sofreu também alterações em fundo de maneio e em necessidades de fundo de
maneio, e de facto essas alterações podem ser verificadas. Repare-se que ocorreram
grandes diminuições nestas duas rúbricas, de tal forma que sugere que tenham existido
grandes alterações no funcionamento da empresa. Embora tenham existido diminuições
nestas rúbricas, a empresa mantém um fundo de maneio superior a zero, tal como as
necessidades de fundo de maneio. O fundo de maneio é aproximadamente o dobro das
necessidades de fundo de maneio, o que não acontecia no ano de 2016 e, por esse motivo,
ocorreu um aumento da rúbrica da tesouraria líquida, o que pode indicar, que a empresa
melhorou a sua capacidade para satisfazer as necessidades e os compromissos de curto
prazo.
No que respeita ao ano de 2018, sucede que a situação da empresa não sofre
grandes alterações a nível global das aplicações e origens financeiras, no entanto, é de
salientar que, tal como no ano anterior, também aqui as necessidades cíclicas são, em
grande medida, superiores aos recursos cíclicos, o que traduz que a empresa está a
financiar as necessidades cíclicas com parte dos capitais permanentes. Para corrigir esta
situação e para que a empresa possa socorrer as necessidades cíclicas com o máximo de
recursos cíclicos possíveis, deve tentar negociar o PMP com os fornecedores, com o
objetivo de aumentar o saldo de fornecedores, ou pode ainda socorrer-se de um
empréstimo bancário de curto prazo, para dar resposta imediata a este tipo de encargos.
O fundo de maneio, tal como as necessidades de fundo de maneio, não se altera
muito em proporção, face ao ano anterior. Por esse motivo, a situação da tesouraria líquida
mantém-se superior a zero, o que continua a indicar uma situação estável a nível da
tesouraria líquida da empresa;
Pode dizer-se que a evolução da rúbrica do volume de negócios é, em grande
medida, positiva ao longo dos três anos, já que não existiram decréscimos significativos e
que mereçam grande atenção;
Ao analisar a rúbrica de rendimentos operacionais, verifica-se que existe um
crescimento acentuado dos seus valores, de ano para ano. No ano de 2016, os
rendimentos operacionais apresentam um valor bastante positivo, comparativamente com
76
Relatório de Análise Económica e Financeira
77
Relatório de Análise Económica e Financeira
ao longo do tempo. Para a empresa em questão, verifica-se neste indicador, uma situação
financeira saudável, no entanto com uma tendência para valores mais baixos, no que
respeita aos rendimentos no geral;
O valor acrescentado bruto (VAB), da empresa indica que a situação financeira é
saudável. Pode-se tirar essa conclusão pela comparação deste valor com os gastos da
empresa;
No ano de 2016, a empresa tinha gastos de natureza fixa, com pessoal, de cerca de
42% sendo uma percentagem muito elevada e que merece alguma atenção. No ano
seguinte os gastos fixos com pessoal diminuem em cerca de 8% face ao ano anterior, no
entanto, mantêm-se como sendo os que apresentam maior peso no total dos gastos da
empresa;
As alterações percentuais verificadas na análise de estrutura, sugerem que a
situação da empresa melhorou, na medida em que começou a ter uma maior possibilidade
de satisfazer as suas necessidades financeiras com recursos provenientes das vendas e
prestações de serviços, ou dos subsídios à exploração. No entanto, ao longo dos três anos,
a empresa apresenta uma estrutura de gastos/volume de negócios um pouco má no que
diz respeito à sua situação financeira, sendo que grande parte das rúbricas de gastos
representam grande parte do volume de negócios e, em nenhum ano o volume de negócios
é suficiente para colmatar todos os gastos. Nesse sentido, e independentemente de a
empresa poder liquidar estes gastos através de outras fontes de rendimento, sucede que
somente os valores das vendas, prestações de serviços e subsídios à exploração não são
suficientes para suprir as necessidades. Se porventura a empresa ficar sem outras fontes
de rendimento para além das contempladas no volume de negócios, corre o risco de não
conseguir responder aos compromissos que de momento tem.
A empresa deverá, naturalmente, tentar diminuir os gastos operacionais, uma vez
que o seu crescimento ainda supera, em muito, o crescimento dos rendimentos
operacionais. Verifica-se principalmente pela grande expressão das variações das contas
a receber de curto prazo, que colocam a empresa numa situação complicada em termos
de tesouraria e do cumprimento dos compromissos de curto prazo;
A empresa financia grande parte da sua atividade através de autofinanciamento, ou
seja, através de recursos próprios, provenientes do resultado líquido do período e das
depreciações e amortizações. Para além disso, a empresa financia-se ainda com aumentos
do capital próprio, mais especificamente em reservas especiais;
A margem de segurança é negativa e apresenta um elevado valor no primeiro ano.
Esse facto indica que o risco económico neste ano era extremamente alto, já que a
empresa estava a funcionar a níveis muito abaixo do ponto morto económico, no entanto
78
Relatório de Análise Económica e Financeira
a situação melhora substancialmente no ano seguinte, mas, ainda assim, abaixo do ponto
morto económico. Já no último ano, verifica-se um maior desfasamento entre o volume de
negócios e o ponto morto económico, pois a empresa está a cerca de 30% de conseguir
atingir o nível de vendas que permita que não existam lucros nem prejuízos. Estes valores
para os três anos indicam, claramente, um risco económico elevado;
Verifica-se que a empresa apresenta uma liquidez excelente, mesmo sem entrar em
consideração com os inventários. Com valores muito acima do que é aceitável para os três
anos em estudo, conclui-se que a empresa consegue transformar facilmente os seus
recursos em meios financeiros líquidos, para dar resposta a necessidades de curto prazo;
A empresa em questão, tem uma autonomia financeira que assume valores bastante altos,
crescentes ao longo dos anos, e a atingir praticamente uma percentagem de 100% de
autonomia no último ano;
No geral os rácios de rotação são baixos, exceto a rotação do passivo, necessitando
de melhorias. Poderá considera-se que a empresa não tem uma boa performance na
rentabilização dos seus capitais e recursos, pelo que deverá, sem dúvida nenhuma, rever
a possibilidade de melhorar este aspeto para que a sua atividade não seja negativamente
afetada;
Por último refira-se que se verifica que o valor do indicador grau de alavanca
operacional é crescente ao longo dos três anos, o que significa que o risco económico
também é crescente. Como consequência, os resultados da empresa, de ano para ano,
serão mais sensíveis às variações, sejam elas positivas ou negativas, do volume de
vendas. Já no grau de alavanca financeira, verifica-se que os valores são equilibrados ao
longo dos anos, mantendo-se o GAF=1. Pode-se assim concluir que, independentemente
do ano, por cada variação de 1% nos resultados operacionais, originam também uma
variação de 1% nos resultados por ação. Logo, conclui-se que a empresa poderá ter uma
estrutura financeira elevada e por esse motivo não se verifica qualquer risco associado à
utilização da dívida.
79
Relatório de Análise Económica e Financeira
Conclusão
Assimilar conceitos novos é sempre uma tarefa gratificante. Pegar nesses conceitos
e transformá-los em algo palpável, com princípio, meio e fim é um processo desafiante,
complexo e, por vezes, de extrema exigência. Mas ver nascer um projeto, alimentá-lo e
fazê-lo crescer, sabendo que esse esforço será uma mais-valia futura, é algo que se
entende como compensador. Foi o caso deste trabalho, ou pelo menos assim foi assimilado
pelos elementos do grupo, que ao mesmo tanto se dedicaram.
À medida que o mesmo foi progredindo, e por vezes regredindo para tornar a
avançar, auxiliou-nos muito no entendimento e compreensão dos diversos tópicos
lecionados na disciplina de análise e planeamento, já que a elaboração de um trabalho
académico de carácter prático como este, obriga a um estudo ativo dos tópicos abordados
em sala de aula.
Não foi fácil a adaptação à nova realidade derivada da pandemia. Aulas à distância,
novas tecnologias e condicionantes que tiveram que se conjugar com as obrigações
profissionais dos discentes que, pelo menos no nosso caso, nunca se suspenderam e
antes se tornaram mais exigentes. Mas, a maior exigência, maior compensação no alcance
dos objetivos. E os nossos estão bem definidos, custe o que custar, vamos terminar com
o maior êxito possível a meta a que nos propusemos.
Também para este desiderato contámos com a disponibilidade do docente, que
também ele, apanhado nesta amálgama de novidades e ajustamentos, sempre se
disponibilizou para apoiar no que fosse necessário. Os nossos agradecimentos.
80
Relatório de Análise Económica e Financeira
Bibliografia
Carvalho das Neves, João. (2012). Análise e Relato Financeiro - Uma visão integrada de
gestão. Alfragide: Texto Editora.
Monteiro, Carlos. & Almeida, Fernando. (2013). Análise de Balanços e Estudos de
Indicadores Económicos com Base nos Modelos SNC. Ordem dos Técnicos Oficiais de
Contas.
Apontamentos fornecidos pelo docente, relativos à UC de Análise e Planeamento
Financeiro.
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Relatório de Análise Económica e Financeira
Anexos
82
Relatório de Análise Económica e Financeira
83
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84
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85
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86
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