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Prof.

Priscila Lima
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GEOGRAFIA URBANA
DO BRASIL
Prof. Priscila Lima
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INTRODUÇÃO
CONCEITOS INICIAIS
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Nas primeiras décadas da colonização foram
fundadas várias vilas no Brasil. Em 1549, foi
fundada Salvador, a capital do Brasil até 1763,
quando a sede foi transferida para o Rio de
Janeiro. As demais vilas da Colônia, assim que
atingiam certo nível de desenvolvimento,
recebiam o título de cidade. A partir da
República, as vilas passaram a ser chamadas
de cidades, e seu território (perímetro urbano
e zona rural) passou a ser designado
município.
(SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil. 6ª
Edição. Volume Único. São Paulo: Ática, 2018.p. 625)

Figura 01 – luzes do território brasileiro captadas por imagem digital do satélite


DMSP durante a noite

Fonte: http://www.geocities.com/sks_alnitak/astro/pl.html
“No Brasil, o IBGE considera população urbana
O QUE É URBANIZAÇÃO?
as pessoas que residem no interior do
Critério do IBGE: percentual de pessoas
perímetro urbano de cada município, e a
ocupando o perímetro urbano
população rural as que residem fora desse
perímetro. Entretanto, as autoridades
administrativas de alguns municípios utilizam
as atribuições que a lei lhes garante e
O que é cidade?
determinam um perímetro urbano bem mais
amplo do que a área efetivamente ▪ Geografia: “aglomeração que
urbanizada." desempenha funções de centro de
(SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil. 6ª
distribuição de bens e serviços” (DM)
Edição. Volume Único. São Paulo: Ática, 2018.p. 621)

▪ IBGE: sede do município


(Sede de um Distrito = Vila)
“Segundo esse critério, o estado do Amapá e do Mato Grosso têm índices de
urbanização equivalentes ao da região Sudeste. (...) Alguns estados com grau e
urbanização maior (acima de 70%) localizam-se em regiões de floresta, de expansão
agrícola ou reservas indígenas e ecológicas (principalmente na região Norte do país),
nas quais as atividades rurais, como agropecuária e extrativismo, são dominantes.
Por exemplo, segundo o IBGE, o Amapá - que em 2017 possuía apenas 797 mil
habitantes distribuídos em 16 municípios, sendo 474 mil habitantes em Macapá -
apresenta índice de urbanização igual ao de outros estados do Centro-Sul."
(SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil. 6ª Edição. Volume Único. São Paulo: Ática, 2018.p. 622)
Êxodo rural
FATORES REPULSIVOS FATORES ATRATIVOS
▪ Concentração fundiária (reforço com os CAI’s) ▪ Empregos, salários
▪ Mecanização ▪ Melhores serviços públicos

"a cidade não é um sonho dourado: é uma promessa de sobrevivência"


(TERRA, Lygia; ARAÚJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de Geografia Geral e do Brasil. 3ª Edição. Moderna Plus – Parte I, 2015.p.181)
Brasil: evolução da malha municipal - 1940 / 2014
INTERVALO
TIRA-DÚVIDAS
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PROCESSO DE
URBANIZAÇÃO
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Os primeiros centros urbanos na América
"O processo de urbanização se manifesta em portuguesa surgiram nas principais áreas
todo o país, contudo, do ponto de vista produtoras de bens exportação:
regional, registram-se fortes diferenças no
▪ Salvador e Recife: economia canavieira
ritmo de transferência da população do meio
do Nordeste;
rural para o meio urbano (...) As
desigualdades no ritmo da urbanização ▪ Vila Rica (atual Ouro Preto): extração
refletem as disparidades econômicas mineral nas Minas Gerais;
regionais e a inserção diferenciada de cada
região na economia nacional." ▪ Rio de Janeiro: sede político-
(TERRA, Lygia; ARAÚJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos
administrativa colonial;
de Geografia Geral e do Brasil. 3ª Edição. Moderna Plus – Parte I,
2015.p.183) ▪ São Paulo: que até a expansão da
economia cafeeira (final do século XIX),
era um núcleo urbano secundário.
"Entre 1940 e 1970, a população urbana
cresceu rapidamente, enquanto a população
rural expandia-se muito lentamente. A partir
de 1970, o rimo de incremento da população
urbana diminuiu, refletindo a redução geral
do crescimento demográfico, mas a
população rural passou a retroceder em
termos absolutos. O êxodo rural, ou seja, a
transferência da população do campo para as
cidades, acompanhou a modernização da
economia brasileira."
(MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume
Único São Paulo: Atual, 2012.p.265)
SUDESTE
Década de 1950
BRASIL: ÍNDICE DE Fatores atrativos: indústria e comércio
URBANIZAÇÃO POR
REGIÃO (%) SUL / CENTRO-OESTE
REGIÃO 1950 1970 2010
Década de 1970
SUDESTE 44,5 72,7 92,9 ▪ Centro-Oeste: avanço da agricultura comercial
CENTRO- (dec.1960) e migrações do Sul
24,4 48,0 88,8
OESTE ▪ Sul: lento até a déc. 1970 (RS e SC: agr. Familiar)
SUL 29,5 44,3 84,9 (acelerou com a substituição do café pela soja)
NORTE 31,5 45,1 73,5
NORDESTE/NORTE
NORDESTE 26,4 41,8 73,1
Década de 1980
BRASIL 36,2 55,9 84,4
▪ Nordeste: Agreste (Agr. Familiar)
▪ Norte: final da década de 1980
INTERVALO
TIRA-DÚVIDAS
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REDE E HIERARQUIA
REALIDADE BRASILEIRA
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"O conjunto das cidades de
determinado território forma uma
rede - a rede urbana. Uma rede é um
sistema constituído por arcos de
transmissão e nós de bifurcação, pelo
qual circulam fluxos materiais e
imateriais."
(MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª
edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.p.267)
REDE
“formada pelo conjunto de cidades – de um mesmo país ou de países vizinhos – que se
interligam uma às outras por meio dos sistemas de transporte e de telecomunicação,
através dos quais se dão os fluxos de pessoas, mercadorias, informações e capitais.”
(SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil. 6ª Edição. Volume Único. São Paulo: Ática, 2018.p. 612)

CENTRALIDADE HIERARQUIA
Centro, atração, Foco principal Maiores ou menores influências
(não apenas da cidade, mas do entorno) escala de subordinação

"Segundo o IBGE, as regiões de influência das cidades brasileiras são delimitadas


principalmente pelo fluxo de consumidores que utilizam o comercio e os serviços públicos
e privados no interior da rede urbana."
(SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil. 6ª Edição. Volume Único. São Paulo: Ática, 2018.p. 634)
Hierarquia urbana (BR)
"O Rio de Janeiro é classificado como
METRÓPOLES metrópole nacional. Assim como em São
12 centros mais importantes do país, e são Paulo, na cidade são realizados eventos
divididos em três grupos, a depender do empresariais, científicos e culturais de
tamanho e poder de polarização: significado internacional. Os dois grandes
INFLUÊNCIA NACIONAL centros oferecem serviços de educação
▪ Grande Metrópole Nacional: São Paulo; superior e saúde que atraem usuários de
▪ Metrópole Nacional: Rio de Janeiro e todo o território brasileiro. No mesmo nível
Brasília de Rio de Janeiro aparece Brasília. A capital
INFLUÊNCIA NACIONAL federal exerce influência econômica menor
▪ Metrópoles que a das duas principais metrópoles, mas é
Belo Horizonte, Porto Alegre, Fortaleza, o centro onde se tomam decisões políticas
Salvador, Recife, Curitiba, Campinas e Manaus de repercussão nacional e internacional."
(MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume
Único São Paulo: Atual, 2012.p.268)
RIO DE JANEIRO
▪ Capital colonial e imperial;
▪ Sede: Petrobrás;
▪ Grupo Globo: influência cultural

SÃO PAULO
▪ Economia cafeeira;
▪ Industrialização;

BRASÍLIA
▪ Decisões políticas de repercussão
nacional e internacional.
Capital regional Centro sub-regional
municípios com influência regional, destacando, centros menos complexos, com área de
especialmente, as capitais estaduais: polarização mais reduzida:
▪ Capital regional A; ▪ Centro sub-regional A
▪ Capital regional B; ▪ Centro sub-regional B
▪ Capital regional C

Centro de zona Centro local


cidades de menor porte, dispondo de são as cidades restantes, onde os serviços
serviços elementares e polarização somente atendem apenas à população local, não
às cidades vizinhas. polarizando nenhum outro município.
▪ Centro de zona A
▪ Centro de zona B
INTERVALO
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REGIÕES
METROPOLITANAS
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Metropolização
"Um número reduzido de cidades, que
apresentavam vantagens prévias, tornou-se
alvo dos investimentos. Essa aglomerações
evoluíram como polos de atração demográfica
e grandes mercados consumidores. A
concentração econômica determinou a
aglomeração espacial: o resultado foi a
metropolização, ou seja, a formação de
metrópoles."

(TERRA, Lygia; ARAÚJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos


de Geografia Geral e do Brasil. 3ª Edição. Moderna Plus – Parte I, 2015.p.186)
Redução no ritmo de crescimento das metrópoles
(involução metropolitana)

Metropolização Desmetropolização
Processo de urbanização Desconcentração industrial e atração
concentrado demográfica

• 1930 – 1970: • A partir da década 1990:


↑ êxodo rural / urbanização concentrada Crescimento das cidades médias

• 1970 – 1990: Atenção


Expansão urbana (RM’s) Desconcentração industrial ≠ Desconcentração de poder
Conurbação
"Na conurbação pode ocorrer a
integração física das manchas urbanas, B D
de modo que as estradas que
conectavam núcleos distintos são
incorporadas como avenidas de uma
única aglomeração, ou a integração A
funcional de cidades que permanecem
separadas por áreas rurais, mas se
conectam fortemente por fluxos
pendulares diários de trabalhadores."
(MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. São Paulo:
C
Atual, 2012.p.369)
Metropolização + Conurbação

REGIÕES METROPOLITANAS
"As regiões metropolitanas são estruturas territoriais especiais, formadas pelas
principais cidades do país e pelas aglomerações a elas conurbadas."
(TERRA, Lygia; ARAÚJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de Geografia Geral e do Brasil. 3ª Edição. Moderna Plus – Parte I,
2015.p.187)
Megalópole
"No conjunto, o eixo São Paulo-Rio de Janeiro funciona como uma megalópole, isto é, como
corredor extensivamente urbanizado que se organiza em espaço polarizado pelas duas
metrópoles (...). No corredor viário do vale do Paraíba, ainda existem trechos rurais com
extensão significativa."(MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.p.371)
RIDES
“também são regiões metropolitanas, mas os municípios que as integram situam-se em mais
de uma unidade da Federação e, por causa disso, são criadas por lei federal” (SENE, 2018, p. 632)
Distrito Federal e Entorno Polo Petrolina e Juazeiro
Grande Teresina
INTERVALO
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PROBLEMAS
URBANOS
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Estrutura espacial da cidade
“As cidades expressam, de modo geral, a dinâmica econômica do comércio e dos serviços.
Nas aglomerações urbanas, as áreas centrais, que se caracterizam por preço da terra mais
elevado, tendem a se especializar nas atividades terciárias (...) Os setores preferidos pelas
camadas de alta renda experimentam valorização imobiliária, o que limita a instalação de
famílias de baixa renda. (...) As metrópoles litorâneas apresentam estrutura urbana
singular. O hábito do banho mar, introduzido no Brasil, a partir da Europa, no fim do
século XIX, valorizou as localizações da orla. Em consequência, surgiram bairros
residenciais de alta renda ao longo das vias paralelas às praias, baías e enseadas. Como
resposta à valorização desses terrenos, ocorreram processos de verticalização: as
‘muralhas de concreto’ com vista para o mar são as traduções materiais desse padrão de
expansão urbana.”
(MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.p.377)
URBANIZAÇÃO ACELERADA E SEM PLANEJAMENTO
SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL
Desafios urbanos: moradia e mobilidade

FAVELIZAÇÃO
MORADIA Favela: bairro popular nascido da ocupação espontânea de
terrenos públicos ou privados (D.M., 2012, p. 379) –o
Especulação imobiliária morador não tem o título da propriedade
CIDADE ILEGAL | CIDADE INFORMAL| AGLOMERADO SUBNORMAL
↑ valor da terra
• Séc. XIX: Rio de Janeiro e São Paulo: cortiços / pensões
▪ Mais ricos: melhores locais Cortiços: mansões abandonadas nos centros das cidades
(melhor/maior infraestrutura)
▪ Mais pobres: assentamentos irregulares • Primeiras favelas: morros do Rio de Janeiro, após as
(encostas de morros, várzeas de rios) guerra de Canudos – terrenos cedidos pela Marinha a
soldados que retornavam de missão no Sertão da Bahia.
EM TORNO DE BAIRROS NOBRES
Problemas Sociais Urbanos

TRÂNSITO GENTRIFICAÇÃO VIOLÊNCIA

Distribuição espacial “A violência em geral é maior


nos grandes centros urbanos,
de empregos e
onde a desigualdade social é
serviços mais acentuada” (SENE, 2018, p. 629)
+
Ineficiência do
transporte coletivo ↑ Enclaves fortificados
(condomínios e a verticalização
da cidade, shoppings, segurança
privada etc)
Problemas Ambientais Urbanos

Ilhas de Calor Inversão térmica


Região mais quente do que Outono/Inverno
as que a cercam ↓ circulação
Temp. Temp.

Retém calor
Causa: superfícies de baixo albedo
Consequências: ↑ chuvas torrenciais

CHUVA ÁCIDA
Inundações
Conceito: “representa o transbordamento das águas de um curso d’água, atingindo a planície
de inundação ou área de várzea.” (MIN. CIDADES, 2007)

▪ Enchentes: Leito menor do rio


totalmente preenchido por água

▪ Inundações: quando há
ocupação das planícies
inundáveis através do
transbordamento do leito
menor.
Inundações urbanas
IMPERMIABILIZAÇÃO CANALIZAÇÃO
(+ expansão da cidade) (e aumento da vazão)
A B

RESÍDUOS SÓLIDOS
Lixo urbano
↑ POPULAÇÃO → ↑ CONSUMO → ↑ RESÍDUOS SÓLIDOS
DESTINOS:
LIXÕES INCINERAÇÃO ATERRO SANITÁRIO COMPOSTAGEM
Depósitos a céu Queima: ↓ volume Compactação: ↓ volume LIXO ORGÂNICO
aberto (compacta e cobre = ↓ riscos)
Cinzas/fumaça: Produção de composto
Chorume: Solo; Captação do chorume; (adubo)
Águas superficiais Águas; Exploração de biogás
Águas subterrâneas Ar
Transmissão de
doenças
USINAS DE RECICLAGEM
Separação de materiais
OBRIGADA
Obrigado
Prof. Priscila Lima
Prof. Nome do Professor
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