TCC Finalizado AEE
TCC Finalizado AEE
TCC Finalizado AEE
Caratinga - MG
2016
CURSO DE POS GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO EDUCACIONAL ALFA
Caratinga - MG
2016
O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO AOS
ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Gian Giordani da Silva Gama1
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo investigar o processo de inclusão de alunos com Deficiência
Intelectual, no contexto do Atendimento Educacional Especializado (AEE). O estudo foi
constituído a partir de uma pesquisa bibliográfica e de campo sobre a área da deficiência
intelectual, sendo que a campo verificam-se as estratégias e recursos utilizados pelos
professores no processo de ensino/aprendizagem desses alunos. As práticas desenvolvidas no
AEE ajudam no desenvolvimento dos alunos, mas seu currículo se mostra obscuro às
professoras das salas regulares, o que, não corresponde ao encaminhamento dos documentos
legais, que pedem a sua articulação. Com isto pode-se afirmar que alternativas como o AEE
parecem inseridas em um conjunto de medidas que a escola toma a partir das condições
possíveis, nem sempre as mais adequadas. A sala de AEE, embora auxilie o desenvolvimento
das crianças com DI, colabora para que a escola afirme a necessidade de separação entre os
normais e os diferentes, baseada em uma perspectiva clínica. Acima de tudo é fundamental
ressaltar que a didática no ensino do aluno com DI precisa ser específica não só em relação às
peculiaridades do quadro da deficiência, como também em relação à individualidade de cada
sujeito. Em virtude dessas considerações, vale ratificar que, mesmo que a DI não permita
reversão completa, uma vez que consiste em um prejuízo cognitivo, avanços escolares são
possíveis.
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
Teve início no século XVI com um processo lento em busca de direitos
a educação especial, onde a educação formal ainda era direito de poucos. As
Pessoas Especiais viviam sem direito a educação, os desviantes como eram
considerados, recebiam apenas cuidados assistenciais, de sua família, asilos,
manicômios, hospitais entre outras instituições de cuidados.
Com a escolaridade obrigatória em meados do século XIX, foram criadas as
classes separadas nas escolas públicas, conhecidas também como classes
especiais. Segundo Aranha (2000, apud MENDES 2010), assinala essa etapa
como a da institucionalização, a qual baseava-se na crença de que as pessoas
com deficiência teriam melhor cuidado e proteção ao ficarem em um ambiente
excretado e feito a parte da sociedade.
Foi basicamente na década de 60 que iniciaram-se os movimentos de
integração, de acordo com Bailey e Winton (1989, apud MENDES 2010),
"deve ser visto como ponto positivo a oportunidade ímpar que alunos
sem deficiência teriam em aprender sobre as diferenças,
desenvolvimentos, entendendo de que cada pessoa possui
potencialidades e limitações".
Deficiência intelectual
A deficiência intelectual (DI), tem como característica o prejuízo
cognitivo, ou seja, possuem um atraso em seu desenvolvimento intelectual
mostrando maiores dificuldades na construção do conhecimento, se diferencia
das demais deficiências, pois nela não se considera a pessoa incapaz, pois as
limitações se modificam conforme a medida de empenho.
A inclusão escolar traz como alvitre beneficiar a emancipação
intelectual através do anexo de novos conhecimentos de acordo com a
hipótese de estender o que já se conhece, beneficiando o desenvolver-se geral
e não somente os restringir a superação das dificuldades.
Os obstáculos e possibilidades de ampliação educacional do aluno DI não
requerem amplas operações em semelhança à prática pedagógica na escola
regular e sim exige grande atenção na atuação do educador em analogia a
seus objetivos e habilidades para que se possa cumprir algumas metas com
seu aluno especial. Assim qualquer currículo regulado nesse primórdio constitui
Conclusão
É de suma importância ressaltar que o atendimento oferecido não
substitui o prestado em sala de aula, o AEE só poderá ocorrer mediante
aceitação da pessoa com deficiência ou de seu responsável o qual não é
obrigado a aceitar esse atendimento. Esse atendimento não constitui um
sistema paralelo de ensino, com seus níveis e etapas próprias. A educação
especial deve estar sempre presente, complementando a educação básica e
superior para os alunos com deficiência que dela necessitam.
Sendo assim, como nos mostra Batista e Mantoan (2006), o atendimento é
complementar e envolve um trabalho diferenciado da escola comum, ou seja, o
trabalho é voltado exclusivamente para a especialidade de cada aluno,
devendo propiciar o desenvolvimento e a superação daquilo que lhe é limitado,
por isso ganha o nome de "atendimento", pois se diferencia (da escola regular)
também na forma de metodologia adotada pelo professor.
O atendimento educacional especializado não deve ser uma atividade
que tenha como objetivo o ensino escolar especial adaptado para desenvolver
conteúdos acadêmicos, tais como a língua portuguesa, a matemática dentre
outros. Em casos de alunos com deficiência intelectual, é comum a passividade
e dependência para com o professor, ao qual consente o poder de todo o
saber, no entanto, o professor especialista deve desafiar o desenvolvimento de
seu aluno, permitindo que o mesmo saia da condição de não saber ou recusa
do saber, para que possa se apropriar de um saber próprio, que tenha
consciência de que o construiu.
Na sala de AEE deve-se também, dar atenção especial para a
formação das turmas, as quais devem ser heterogêneas, pois a aprendizagem
cooperativa é essencial para novas descobertas dos alunos, entretanto,
diferenciam-se as patologias, porém a faixa etária deve ser a mesma.O tempo
definido ao atendimento é variável para cada caso, dependendo das
necessidades e dos avanços dos alunos, que passam por uma avaliação para
entrar no AEE e outra para que possam se desligar do mesmo. Sobre as
avaliações, vale dizer que tem como objetivo conhecer o ponto de chegada e
de partida do aluno, no processo de conhecimento, lembrando que no
atendimento educacional especializado o aluno constrói conhecimento para si
mesmo, sendo fundamental para que consiga alcançar o conhecimento
acadêmico.
Assim, espera-se que a escola que possui o atendimento
especializado, cumpra as normas, organize as situações de aprendizagem
considerando as diferenças dos alunos para atender de forma ideal, podendo
contribuir no desenvolvimento destes, independente de limites ou dificuldades,
garantindo a participação de todos em toda e qualquer prática educativa.
BIBLIOGRAFIA