Thaylla
Thaylla
Thaylla
ITABAIANA – SE
2021
THAYLLA MONIZA DE SÁ OLIVEIRA
ITABAIANA – SE
2021
THAYLLA MONIZA DE SÁ OLIVEIRA
Banca Examinadora:
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ITABAIANA – SE
2021
DEDICATÓRIA
Primeiramente a Deus, que esteve ao meu lado e me deu força e ânimo para não desistir
e continuar lutando por este objetivo de vida, não somente nestes anos como universitária,
mas em todos os momentos. A Ele eu devo minha gratidão!
Agradeço à minha mãe Creuza, que sempre foi a minha maior fonte de inspiração e força.
Sou grata também, ao meu pai Miúdo, por sempre acreditar e apoiar todos os meus
sonhos. Amo vocês!
Agradeço ao meu namorado Léo, sem o seu apoio e companheirismo esse TCC não seria
possível. Obrigada por ser tão atencioso e por entender minha ausência em diferentes
momentos. Te amo!
A minha família e a todos os meus amigos meu agradecimento, porque nunca duvidaram
da minha capacidade e tornaram possível a realização do meu objetivo.
Um agradecimento infinito ao meu orientador João Paulo Mendonça Lima, por
compartilhar sua sabedoria, o seu tempo e sua experiência. Obrigada, por exigir de mim
muito mais do que eu imaginava ser capaz de fazer.
Aos grandes amigos que a UFS me presenteou Marilene, Dayane, Jucemira, Beatriz,
Taciane, Joyce, Jazielle, Luiz Felipe, Eduardo, Jéssica, Edilene, Ivete, Suely, Wadson,
Carioca, Amanda, Geilson e Anderson, agradeço imensamente pela amizade e
companheirismo de sempre.
As professoras Alexandra Epoglou e Thayná Souza dos Santos, por aceitarem o convite
de fazer parte da banca examinadora.
Agradeço a Universidade Federal de Sergipe Campus Professor Alberto Carvalho que me
proporcionou um ensino de primeira e tudo que era necessário para iniciar minha carreira
profissional.
Aos professores do DQCI, agradeço por toda orientação, paciência e disponibilidade.
Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), pelo apoio ao
processo de formação inicial e continuada de professores.
As professoras Assicleide da Silva Brito e Thayná Souza dos Santos, pelo apoio e partilha
de ideias durante a validação do roteiro de entrevista.
Aos supervisores do PIBID/Química que participaram do edital n°. 7/2018 pela paciência,
tolerância e partilha de suas experiências durante a coleta de dados.
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, contribuindo com
todas as conquistas em minha vida, o meu muito obrigada!
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
AC – Análise de Conteúdo
COVID-19 - Coronavírus
NOTAS INTRODUTÓRIAS
condições para a formação continuada dos supervisores. Vale ressaltar, que no contexto
da UFS Campus de Itabaiana, não foram encontrados trabalhos nesse viés.
13
1. INTRODUÇÃO
Desde o início dos anos 1980 há uma grande preocupação e interesse em estudos
sobre a formação de professores. Isso ocorre, devido a compreensão que a melhoria da
qualidade de ensino, é acompanhada de renovação, e mudança na prática docente
(MARÇAL, 2012).
No processo de formação docente, o curso de licenciatura, deve viabilizar a
interação entre teoria e prática, além de introduzir os estudantes de graduação nas escolas.
No entanto, essa inserção não é fácil pois, necessita da compreensão dos problemas e
desafios que existem no cotidiano escolar e a necessidade de desenvolvimento de um
projeto curricular que favoreça a aprendizagem significativa (ZEULLI, et al., 2012).
Ser professor não significa está apenas formado em uma licenciatura, mas sim está
em um constante processo de formação, seja como um ser reflexivo através de ações que
atendam às necessidades sociais ou como um pesquisador (MELLO, 2000). Pensando na
continuação do processo de formação de professores, a seguir, serão discutidas seções
referentes a: (1) Formação Continuada de professores; (2) Modelos Formativos Triádicos;
(3) PIBID e (4) Funcionamento do PIBID no Departamento de Química do Campus de
Itabaiana.
1
Neste trabalho os professores formadores são os professores universitários, que formam professores para
o Ensino Básico.
15
1.3 PIBID
16
O PIBID surgiu no Brasil no ano de 2007 (BRASIL, 2007), desde o seu início o
programa vem passando por modificações. A constituição do programa, necessita da
presença de um coordenador de área (Professor Universitário), supervisor (Professor da
Educação Básica) e o licenciando (aluno do curso de licenciatura) (MESQUITA, 2015;
BRASIL, 2007).
Os objetivos principais do programa são:
I - incentivar a formação de docentes em nível superior para a educação básica;
II - contribuir para a valorização do magistério;
III - elevar a qualidade da formação inicial de professores nos cursos de
licenciatura, promovendo a integração entre educação superior e educação
básica;
IV - inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de
educação, proporcionando-lhes oportunidades de criação e participação em
experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter
inovador e interdisciplinar que busquem a superação de problemas
identificados no processo de ensino-aprendizagem;
V - incentivar escolas públicas de educação básica, mobilizando seus
professores como coformadores dos futuros docentes e tornando-as
protagonistas nos processos de formação inicial para o magistério;
VI - contribuir para a articulação entre teoria e prática necessárias à formação
dos docentes, elevando a qualidade das ações acadêmicas nos cursos de
licenciatura (BRASIL, 2018, p. 1).
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Investigar o papel do PIBID na formação continuada de supervisores do
subprojeto de Química da Universidade Federal de Sergipe Campus Professor Alberto
Carvalho, referente as atividades do Edital n°. 7/2018 da CAPES (BRASIL, 2018).
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A abordagem utilizada foi de cunho qualitativo. De acordo com as afirmações de
Flick (2009) a pesquisa qualitativa é importante e necessária para as relações sociais, pois,
a sua finalidade não é comprovar as teorias, mas desenvolvê-las a partir das experiências
testadas. Assim, o presente trabalho busca analisar a visão dos supervisores durante as
ações e reflexões desenvolvidas no PIBID, permitindo apresentar maior confiança, a
partir da compreensão e investigação da pesquisa.
indicadores e com isso constrói informações sobre os dados que foram analisados
(BARDIN, 2011).
Bardin (2011), orienta o uso da AC em três fases: a primeira é a fase de pré-análise
que visa o planejamento da atividade a ser elaborada. A segunda é a fase de exploração
do material, que consiste na codificação, categorização em que consiste em reduzir os
registros para melhor compreensão dos dados. E por fim, a terceira, é a fase do tratamento
dos resultados obtidos e interpretação, permitindo ao pesquisador ter interpretações,
conclusões e inferências a partir do progresso da pesquisa.
Dessa forma, a AC foi utilizada nesta pesquisa aos dados que foram coletados por
meio da entrevista e posteriormente realizou-se uma leitura flutuante das respostas para
que as opiniões fossem interpretadas e fez-se uma separação por categorização. As
categorias foram definidas a priori, sendo elas: (1) Perfil dos supervisores; (2) Formação
inicial dos supervisores; (3) Formação continuada; (4) Efetivação do modelo triádico; e
(5) PIBID como espaço para formação continuada.
23
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para melhor entendimento dos resultados, estes serão abordados em cinco
categorias: (1) Perfil dos supervisores; (2) Formação inicial dos supervisores; (3)
Formação continuada; (4) Efetivação do modelo triádico; e (5) PIBID como espaço para
formação continuada.
De acordo com a fala de PS3, nota-se que a experiência que obteve com as
atividades práticas durante a sua formação inicial foi o ingresso na carreira profissional,
pois, o professor enquanto licenciando, já lecionava em uma escola da rede pública,
através de um contrato. Dessa forma, durante a sua formação inicial PS3 não obteve
disciplinas as quais o ajudaria em novas práticas e metodologias de ensino para serem
aplicadas em sala de aula.
Já em relação ao PS1, teve sua formação mais recente em que, as diretrizes
curriculares dos cursos de licenciaturas já estavam reformuladas e foram incluídas
disciplinas voltadas para a prática docente, logo no primeiro período participou de
projetos envolvendo o curso e as escolas da Educação Básica durante a formação inicial:
26
A partir, dessa fala pode-se notar, que o PS1 a partir de seus anos iniciais como
licenciando teve como ponto de partida a participação no evento OCMEA (Oficina de
Ciências, Matemática e Educação Ambiental), onde colocou em prática conhecimentos,
como também, adquiriu experiências essenciais para a sua formação acadêmica, seja na
produção de materiais didáticos e após as atividades desenvolvidas, pode fazer uma
reflexão sobre o que poderia ser melhorado a experiência do primeiro contato com a
Educação Básica.
[...] alguns materiais didáticos que eram produzidos na Universidade
naquele momento eu aplicava na sala e aí analisava os resultados e via
o que poderia melhorar para poder replicar novamente (PS1).
A partir da análise dos dados coletados, nota-se que PS2 e PS3 tiveram
experiências com a Educação Básica apenas na disciplina de estágio durante a sua
formação inicial.
No que se refere a disciplina de estágio, pode-se afirmar que é um momento
fundamental para a formação de qualquer profissional, pois a partir dele é onde inicia a
2
É um evento onde são ofertadas diversas oficinas para alunos(as) e professores(as) da Educação Básica.
27
aproximação do licenciando com a realidade a qual atuará. Para Silva e Schnetzler (2005),
o estágio é um componente curricular importante para aproximar o licenciando da
Educação Básica. É a partir dele que construímos uma maior compreensão sobre o
exercício da profissão.
O PS1, afirma que:
Tinha umas disciplinas Temas Estruturadores Para Ensino de Química
acho que foi de I à IV e nesses temas a gente conseguia produzir
materiais didáticos e aplicou no caso. Quando eu comecei a aplicar, eu
já era docente, então, eu fazendo a disciplina o material que eu
produzia com a orientação dos professores da Universidade eu
aplicava na minha própria sala de aula (PS1).
A partir dos relatos dos supervisores, nota-se que, eles não haviam participado de
projetos de formação continuada. Porém ela foi criada com o PIBID, pois é um programa
que consegue efetivar uma formação continuada para os professores, algo que as gestões
educacionais ainda não conseguem efetivar, pois há diferenças entre as escolas de tempo
integral e as outras, nas quais os professores não têm nem tempo para reuniões periódicas
(tendo uma por semestre apenas para planejamento).
O PS1, fala que atualmente participa de um projeto de formação continuada que é
o PROLICE3 (Projeto Apoio Pedagógico Licenciando na Escola), enquanto os PS2 e PS3
falam que consideram o PIBID como uma formação continuada para a sua carreira
profissional. Assim como o PROLICE, o PIBID pode possibilitar uma formação
continuada para os supervisores e até mesmo para os colaboradores4 e o próprio
coordenador de área que trabalha com novas perspectivas, com novos experimentos, além
de discutir muito a área da educação, a estrutura a parte pedagógica, a montagem do
material, a reformulação de conceitos químicos ajudando tanto os licenciandos como os
supervisores a montarem uma aula, através de uma atividade temática. De acordo com
Mesquita (2015), o PIBID fortalece as ações que são realizadas, além de contribuir na
aproximação entre escola e universidade ajudando tanto a formação inicial como
continuada para os profissionais da educação.
PS1, relata que:
[...] pra nós supervisores a gente fala também, nessa formação
continuada, nessa vivência com o aluno da Universidade, porque as
vezes a gente está lá na sala de aula e não tem essa vivência. A
Universidade está trabalhando com pesquisa da área de ensino direto,
sempre, então é uma coisa que a gente [...] precisa tá conectado com a
Universidade até porque a gente precisa pegar [...] essas novas
metodologias, essas metodologias mais ativas, no Ensino de Química.
Pra gente, a gente teve esse ganho enorme, pros colaboradores
3
Esse projeto é uma iniciativa da UFS, que tem por finalidade prestar apoio a estudantes da Educação
Básica por meio da inserção de discentes dos cursos de licenciaturas no cotidiano de escolas da rede pública.
4
Os colaboradores são os professores do Departamento de Química do Campus de Itabaiana (DQCI), os
quais foram convidados para acompanhar e orientar os bolsistas nas atividades que iriam ser desenvolvidas
durante o projeto.
29
Ele ainda cita, a sua preocupação em fazer uma aula diferente, porém a escola não
apresenta estruturas adequadas para aquela aula.
[...] as vezes você planeja uma atividade extremamente interessante, só
que aí você vai precisar de uma caixa de som, de um data show, você
precisa de um iluminador, você vai precisar de um microscópio, então
você prepara aquela aula show, quando você chega na escola não tem
(PS1).
A partir dos relatos do PS1, observa-se uma certa preocupação do professor com
relação as estruturas da escola na qual atua, pois, segundo sua fala, a escola não o
possibilita a praticar metodologias diferentes durante as suas aulas devido à falta de
materiais, como também a sua estrutura física. Para Zanon e Schnetzler (2003), diante da
realidade escolar o professor pode se deparar com problemas cotidianos durante sua
prática pedagógica, porém, deve-se buscar novos meios para aprimorar suas metodologias
de ensino, pois o processo de aprender a ser professor é contínuo.
Foi uma relação muito boa, nós tínhamos grupos no WhatsApp com
eles [...] eu tive reuniões presenciais com os bolsistas, porque tinha os
bolsistas que a gente era responsável (PS1).
O PS3, relata que a sua relação com os bolsistas em geral foi uma relação ativa,
porém a relação se intensificou mais com os pibidianos que o mesmo ficou responsável,
pois o coordenador de área dividiu os pibidianos em três grupos, cada supervisor ficou
responsável por um grupo de oito alunos para desenvolverem as ações.
[...] é uma pessoa bastante metódica e por ser metódico ele quer tudo
certinho, isso é bom para o projeto do PIBID. Então, ele sempre deixou
uma interligação entre os supervisores, ele e os bolsistas, essas
relações sempre foram de contato direto (PS3).
O PIBID é um programa que reúne condições necessárias para essa interação entre
professores Formadores e professores da Educação Básica. Quando as ações entre esses
diferentes sujeitos são bem planejadas pode se tornar um processo de formação
continuada para professores (Educação Básica) quanto para (Universitários)
(MALDANER, 2006).
32
Para os PS2 e PS3, a relação que tiveram com os colaboradores foi um pouco
distanciada, porém em seus relatos eles falam que o contato maior dos colaboradores era
entre os bolsistas, auxiliando-os sempre na produção do material didático.
O pessoal que nos ajudou, eles trabalhavam, até tinham um contato
[...] até tive um contato menos com eles, dadas as dificuldades de
horários que é extremamente normal, mas a relação com o pessoal da
universidade é muito boa, [...] , quando eles (bolsistas) trazem as
ideias, eles trazem essas ideias pra nós e para o pessoal da
universidade que são os colaboradores [...]essa aproximação é muito
boa, as informações que eles colocam, as vezes os meninos trazem para
a gente [...] aí a gente começa a ter uma discussão saudável em relação
disso. É extremamente bem vinda a relação com os colaboradores, é
muito boa! (PS2).
[...] tive reuniões separadas para poder analisar daquele tema, o que é
que se pode trabalhar e aí dá as minhas sugestões eu dava as minhas
sugestões o coordenador dava as sugestões dele até construir essa
oficina, a elaboração foi muito nesse sentido, quando eles começaram
a escrever a oficina eles mandavam pra mim, colaborador e depois a
oficina pronta, foi enviada para (professor cita o nome do
coordenador) (PS1).
Meu envolvimento nessa parte, foi justamente com alguns bolsistas que
me procuraram para fazer correção do material que eles estavam
produzindo, artigo sobre o material que foi produzido, a minha
participação foi fazer uma reavaliação, uma correção que eu achava
34
É válido ressaltar que, houve envolvimento por parte de todos que compõem o
PIBID, o qual pode-se dizer que houve a efetivação do modelo triádico, ajudando assim
na formação continuada dos supervisores, como também, do coordenador de área, pois
estão em contato com os trabalhos através de correções e sugestões. Além, de mostrar
que os supervisores não estão exercendo tal papel apenas para receber alunos nas escolas,
mas que também possibilita uma formação a mais para eles.
Segundo Mesquita (2015), o professor que atua com novas metodologias de
ensino, sendo um pesquisador, apresenta uma aprendizagem mais significativa para a sua
carreira profissional, proporcionando assim um espaço para discussão de práticas
reflexivas sobre questões de aprendizagens, ensino e o contexto escolar.
O PS2 afirma que, a sua participação no PIBID, abriu caminhos para novas práticas
pedagógicas favorecendo assim, uma formação contínua.
[...] porque muitas coisas que eu vi no PIBID, eu não tinha visto antes,
já podem ser aplicadas, então você acaba criando um novo caminho,
porque a partir do momento, você já consegue ver novas práticas
pedagógicas e de repente você pode modificar alguma coisa e tentar
35
Nota-se que, o PS2, apresenta uma nova visão relacionada as práticas de ensino e
que saindo um pouco da visão conteudista, começou a priorizar outros aspectos sem
deixar de lado a parte Química, fazendo com que suas metodologias de ensino sejam um
centro de atenção e interesse para o alunado.
Para Maldaner (1999), a formação de professores se dá por meio de um processo
permanente, ou seja, desde quando o indivíduo tem o seu primeiro contato com o
professor, até o dia que ele se forma em um curso de licenciatura, ressaltando que é um
processo inacabado.
O PIBID abre caminhos para que os professores possam mudar sua prática docente
através do contato com os bolsistas, pois eles observam como utilizar novas práticas
pedagógicas. Através da análise das intervenções dos bolsistas, o PS1, começou a inserir
mais jogos didáticos em suas aulas.
[...] comecei a colocar mais jogos didáticos para praticar junto com os
estudantes. Porque eu percebi, que eles [...] acharam interessante
aquela metodologia, aí eu comecei a implementar na sala, mais por um
pedido deles (PS1).
De acordo com essa fala, observa-se que a inserção de jogos didáticos favorece o
interesse do aluno pelo conteúdo e com essas novas práticas pedagógicas ocorre
ampliação do interesse em aprender os conteúdos.
O PS3 afirma que não é fácil mudar suas metodologias de ensino devido ao
contexto da rede de educação de ensino, porém ele pode vivenciar algumas metodologias
novas que o PIBID ofereceu, contribuindo para a sua formação continuada.
[...] Eu diria que mudar, mudar, mudar muito não né? Porque como eu
disse o sistema está em nossa volta, são metas, são avaliações que têm
que ser colocadas daquela maneira as vezes tradicional, mas o que é
que pode fazer ou sempre tem que fazer é vivenciar uma coisa nova,
como eu disse a você, eu quero aplicar novas metodologias em sala de
aula baseadas nessa experiência que eu tive com o PIBID (PS3).
O PIBID pode ser considerado como uma formação continuada, pois durante as
suas ações, trabalha com novas metodologias que podem ser aplicadas em suas aulas de
forma atualizada, através de experimentos, jogos, elaboração e aplicação de materiais
didáticos como também a discussão de conceitos sobre determinados temas.
Maldaner (2006) afirma que, quando o professor detém de todo conhecimento sem
deixar com que os alunos expressem suas ideias e reflexões, pode ser considerado como
um modelo tradicional. Por isso que a formação continuada é importante, pois o professor
37
pode aprender por meio dos alunos que estão em sua formação inicial, algo, que possa
melhorar suas práticas pedagógicas.
Ao realizarem uma avaliação crítica sobre a sua participação no PIBID e sobre a
forma que as atividades foram desenvolvidas os supervisores relataram que:
Para Mesquita (2015), o PIBID possibilita uma maior aproximação entre escola e
universidade, pois fortalece a formação continuada de professores, priorizando uma
aproximação entre o cotidiano com a prática. A partir dos relatos dos professores
supervisores verifica-se que, o PIBID cria oportunidades para a construção permanente
da identidade docente, possibilitando a reflexão sobre a prática pedagógica e a troca de
conhecimentos entre licenciandos, professores da Educação Básica e Universitários.
5. CONCLUSÃO
A partir da análise dos resultados, é possível afirmar que o PIBID pode ser um
espaço para a formação contínua tanto para os professores da Educação Básica quanto
para os do Ensino Superior.
Por meio dos relatos dos supervisores, pode afirmar que a tríade formativa foi
efetivada principalmente, com o coordenador de área, mas, seria necessário um maior
envolvimento com os colaboradores durante as ações que foram desenvolvidas no PIBID.
Mas, mesmo assim, essa relação apresentou efeitos positivos, pois aproximou o Ensino
Básico com o Ensino Superior através de novas ferramentas pedagógicas facilitando a
aprendizagem através da interação e troca de informações entre professores da Educação
Básica e Formadores e licenciandos.
Por fim, o programa conseguiu atingir os objetivos através das práticas docentes
possibilitando a formação continuada dos supervisores, onde não vinha ocorrendo ao
38
longo da carreira dos professores e o PIBID efetiva essa situação, promovendo uma maior
interação entre a escola e a universidade criando oportunidades para a melhoria da
formação dos profissionais.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARDIN, L. Análise de conteúdo. 11. ed. Lisboa: Edições 70, 2011.
FLICK, U. Introdução à pesquisa qualitativa. 3ª ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2009.
PIMENTA, S. G., LIMA, M. S. Estágio e Docência. 7ª ed. São Paulo: Cortez, SP, 2012.
APÊNDICES
Este roteiro de entrevista foi elaborado com base nos trabalhos de LIMA (2018)
e SOUZA; LIMA (2017), o seu desenvolvimento vem ocorrendo nas disciplinas de
Pesquisa em Ensino de Química I e II da Universidade Federal de Sergipe
(UFS/Itabaiana), o produto dessa pesquisa é o Trabalho de Conclusão de Curso, de autoria
da discente Thaylla Moniza de Sá Oliveira e orientada pelo Prof. Dr. João Paulo
Mendonça Lima.
Peço que responda às questões abaixo. Sei que isto requer a sua paciência e
tolerância; porém, não dispomos de dados atualizados sobre o papel do PIBID na
formação continuada de professores de Química. Os dados serão tratados de modo a
garantir o anonimato dos respondentes. Para tal, serão adotados procedimentos éticos: na
apresentação dos dados, as suas respostas serão embaralhadas às do grupo e códigos serão
usados para identificação dos sujeitos. A primeira parte da entrevista é relacionada à
identificação do seu perfil. Em seguida, são apresentadas as questões mais específicas do
trabalho. Sua participação é muito importante. Desde já agradeço pela colaboração,
colocando-me à disposição para outros esclarecimentos.
Identificação:___________________________________________________________
IV: PIBID
14. O que você poderia falar sobre o subprojeto do PIBID/Química da UFS, que você
participou?
15. Como você avalia a sua relação com os bolsistas, coordenador de área do
subprojeto e os professores colaboradores do Ensino Superior?
16. Fale um pouco sobre o seu envolvimento nas atividades:
A) elaboração, avaliação e aplicação de materiais didáticos;
B) elaboração, apresentação e publicação de trabalhos científicos;
C) participação nas reuniões coletivas;
D) escrita do diário individual;
43
17. O que você poderia apresentar de destaque em relação ao efeito do PIBID na sua
formação?
18. Realize uma avaliação crítica sobre a sua participação no PIBID e sobre a forma
que as atividades foram desenvolvidas.
19. Quais aspectos positivos e negativos, em relação as ações desenvolvidas no
PIBID.
20. Após participar do PIBID, você sente ou já sentiu necessidade de mudar sua
prática docente? Justifique sua resposta.
21. Qual o seu olhar sobre as atividades que foram desenvolvidas em sua escola?
22. Se tivesse que sugerir algo a ser modificado nas ações do PIBID, o que seria?
Explique sua resposta.
23. Existe algo que deseja acrescentar e que considere relevante para o
desenvolvimento dessa pesquisa?
44
Obs: E: Thaylla
PS1: Professor Supervisor 1
depois já fiquei como docente. Então, o material que era produzido na Universidade a
gente aplicava na escola.
E: Fale um pouco como se deu esse processo na elaboração desses materiais?
PS1: Então, como eu lhe falei, era nas disciplinas a gente tinha um acompanhamento
semanal, quinzenal mais ou menos, os professores pediam para a gente escolher temas e
a partir daquele tema você ia desenvolver algum material geralmente eu gosto muito da
experimentação, então todas as oficinas, todos os meus trabalhos tinha lá algum
experimento e eles iam acompanhando a formação daquele material e depois também a
aplicação, como foi, os resultados, quais resultados a gente poderia mudar daquele
material que foi produzido, que as vezes a gente produzia um material e tinha um tempo,
vamos demorar 50 minutos nessa atividade e as vezes 50 minutos era pouco ou as vezes
50 minutos era muito e a gente foi melhorando o material a cada aplicação.
E: Durante a sua formação inicial você escreveu, apresentou e/ou publicou trabalhos
científicos na área de Pesquisa em Educação Química?
PS1: Sim, vários!
E: Fale um pouco sobre isso.
PS1: Participei de duas, ou foram três reuniões da SBQ, participei do ENEQ que é o
Encontro Nacional de Ensino de Química, participei do Encontro Nacional de Estudantes
de Químicas e alguns eventos locais, então, a gente produzia muito material na
Universidade, muito por incentivo dos nossos professores, então, nossa turma ela
vivenciou muito a Universidade, nosso curso ele tinha aulas de manhã e a tarde e todo
mundo ficava o dia todo na Universidade, então eu aproveitava muito esse tempo. Quando
não estava no laboratório, estava fazendo pesquisa em Química Inorgânica ou dando
monitoria a gente tava tentando produzir material pra aula mesmo e aplicar esses
materiais, como muitos colegas também conseguiram iniciar a docência antes de concluir
o curso a gente aplicava muito material, então, pedia para aplicar “aplique esse material
aqui pra mim, pra ver como é que dá lá na sua turma”, a gente tinha muita essa troca de
experiência que gerava dados científicos que foram publicados, inclusive, o meu TCC, a
gente tinha a opção se poderia fazer em forma de artigo ou em forma de monografia. Em
forma de artigo ele teria eu ser aceito em algum evento e no caso o meu ele foi como
artigo, não fiz o TCC em forma de monografia e apresentei no Encontro Nacional de
Ensino de Química.
E: Fale um pouco mais, como se deu o processo da escrita desses trabalhos científicos.
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PS1: A escrita, nós tivemos muita, eu acho que assim, quando a gente pensava em
professor de Universidade a gente pensava em uma barreira muito grande entre o aluno e
o professor e no caso da minha turma, os nossos professores a gente não tinha essa
barreira, então, eles auxiliavam e muito a gente a tudo, tudo, tudo mesmo! Precisou, eles
estavam disponíveis, a gente batia lá na porta das salinhas deles “professor a gente precisa
disso aqui e tal” e eles ajudavam, em relação a isso na iniciação científica eu tive ajuda,
além dos professores da área de ensino, porque a forma de escrever o trabalho na área de
ensino é diferente da forma que se escreve, por exemplo o trabalho de química inorgânica,
mais eu tive muita ajuda dos meus dois orientadores (professor cita o nome do seu
orientador) que também fiz trabalhos de ensino com ele e de (professor cita o nome do
seu orientador) que também, foram os meus dois orientadores de Química Inorgânica que
a gente fez trabalho na área de ensino, então eu chegava para [...], inclusive (professor
cita o nome do seu orientador) foi meu orientador do TCC e ele é professor de Química
Inorgânica, então eu chegava pra ele “professor e aí essa [...]”, porque ele foi professor
de Ensino Médio e ele já tinha uma bagagem e ele auxiliava em relação a isso, “professor
e essa questão dessa atividade aqui, tem como a gente se desenvolver e tal?” e ele ia dando
o auxílio tanto na hora de planejar a atividade, quanto também na parte escrita, a gente
mandava pra ele a primeira versão, ele analisava, sentava foi uma coisa que fez muito
melhorar e foi em relação a isso, a gente pegava eu mandava pra ele, ele corrigia e
mandava aquele texto cheio de letra vermelha dizendo tem que melhorar isso e tal, ele
pegava e dizia assim: “Vamos ver aqui, o seu trabalho” e a gente lia linha a linha e sentava
e ia corrigindo linha a linha os dois né? Então, isso facilita muito, principalmente no TCC,
que a gente precisava escrever ou a monografia ou o artigo, a gente decidiu pelo artigo aí
ele ficava [...], aí ele disse você mande todo completo pra mim, e quando ele tiver pronto
a gente vai olhar linha a linha. Então, eu mandei todo pra ele, ele analisou depois ele me
chamou e a gente foi adequando, foi muito produtiva essa forma, como os professores
tratavam a gente.
E: Fale mais um pouco sobre como foi a sua apresentação, durante os trabalhos
científicos.
PS1: A primeira apresentação que eu fiz, foi em banner, em um evento foi no ENEQ, que
foi no Encontro Nacional de Estudantes em Química, em Fortaleza. No início você fica
meio sem saber o que você quer falar um monte de coisa lá na hora do banner e com o
tempo você vai melhorando, vai percebendo o que você deve falar, você deixa o pessoal
ler lá no banner, então, quando [...] foi uma turma daqui do Campus de Itabaiana pra lá,
49
pra esse evento, então todo mundo quando chegava, era todo mundo bastante empolgado
falava introdução, objetivo, todo procedimento, metodologia, resultados e não sei o que,
só faltava falar as referências e aí no evento você começa a circular e buscar pessoas que
já apresentaram há mais tempo, professores e tal e você vai aprendendo no evento como
melhorar as suas apresentações e assim é uma questão de experiência, não tem um
tutorial, você deve fazer isso, e isso é questão de experiência ver o público que tá ali
naquele evento, [...] as vezes a gente está em feiras de ciências né? Eu participo muito de
feiras de ciências e [...] os alunos estão apresentando ali e tal e aí você percebe que é um
linguajar totalmente diferente de quando você eu vou apresentar um trabalho. Então, é
uma questão de adequação, porque você vai aprendendo isso com o tempo, não tem um
tutorial que você vai olhar e dizer se apresentar a nível nacional tem que apresentar desse
jeito, se for a nível internacional tem que ser desse outro jeito. Você vai aprendendo e
percebendo com o tempo, aquela questão de experiência com algo, exemplo, você está
dando aula em uma turma e tem dois primeiros anos e um primeiro ano, pode ser que
você consiga aprofundar mais no assunto, no outro pode ser que não, então, você vai
pegando esse jeito aí dessas apresentações.
E: Você já participou ou participa de algum projeto de formação continuada?
PS1: Eu tô participando do PROLICE, que é um programa novo que tem agora de apoio
pedagógico que é com a (professor cita o nome de uma professora do ensino superior) ele
não é especialmente, um programa de formação continuada, mas que vai dá essa
formação, até porque faz no estilo do PIBID, que é aquelas reuniões de grupo, manda
textos no grupo pra gente ler, então é aquela leitura de texto, discussão de texto e tema
que traz essa formação continuada pra gente e se não tivesse no programa eu não ia buscar
aquele texto pra ler, como estou lá no programa eu vejo aquele texto vejo o título, acho
interessante e vou lá ver o que tem aqui e vou ler.
E: Como se dá a relação entre você e os profissionais responsáveis pelo curso nesse
projeto?
PS1: Bem, eu tenho contato direto com (professor cita o nome de uma professora do
ensino superior) e tem pouco tempo que a gente iniciou, tem acho que menos de um mês
que nós conseguimos aí, alinhar tudo, então é bem tranquilo, (professor cita o nome de
uma professora do ensino superior) eu já conheço faz tempo, então essa questão de já
conhecer ela, facilita muito o contato e tá bem interessante. É uma proposta parecida com
a do PIBID, que eu vivenciei nesse último ano e tá sendo bem relevante.
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E: Sua participação como supervisor do PIBID ela pode ser considerada uma formação
continuada?
PS1: Da mesma forma, que esse outro projeto, [...] os professores que estão coordenando
eles trabalham inicialmente, com estudos teóricos na área de Ensino de Química, no caso
do PIBID foi um tempo muito grande, desse outro do PROLICE como começou agora
não sei quanto tempo vai demorar esse estudo teórico, a gente tem um planejamento aí,
mais o planejamento devido a essa pandemia está meio complexo, e pode ser maior ou
pode ser até fevereiro que é o que está planejado lá, então, no PIBID, a primeira parte
inicial, acho que nos primeiros seis meses, nós semanalmente estávamos na Universidade
discutindo algum artigo, ou algum capítulo de livro, algum texto sobre ensino de ciências.
Nesse ponto, além do que eu te falei, que são textos que eu não iria buscar pra ler e que
como estava no programa ali me incentivou a ler aqueles textos, aquele material, alguns
textos eu li durante a graduação, quando eu li durante a graduação eu tinha uma visão
daquele material que foi publicado, quando eu fui reler esse texto depois de alguns anos
agora para o PIBID, eu tive outra compreensão daquele texto, aí você começa a perceber
algumas coisas de outra forma, porque no início quando eu li, por exemplo, foi um texto
de Marcelo Giordan sobre a experimentação, eu li no primeiro período, então eu não tinha
noção do que era essa vivência na docência e quando eu li depois, agora aí você já pega
outros aspectos o que o texto queria informar, ou o que ele queria dizer, então, tem essa
questão também, essa atualização de ideias e teve a discussão com outros supervisores, a
gente tinha três supervisores a gente discutia, tanto lá quanto fora, a gente conversava no
grupo do WhatsApp “e aí essa atividade?”. Então, teve essa interação, tinha essa interação
com o coordenador de área, e tinha interação com [...] eu não lembro se eles chamavam
de colaboradores, eles eram professores da Universidade e estavam [...] junto com a gente.
Eu tive contato direto com (professor cita nome de um colaborador) que eu não conhecia,
é uma professora que eu não conhecia do departamento, [...] um outro colaborador
(professor cita nome de um colaborador) então, (professor cita nome de um colaborador)
foi o meu professor na Universidade e tava como colaborador, foi muito interessante,
tinha (professor cita o nome do coordenador de área) que foi o próprio coordenador do
projeto mais que também estava orientando alguns alunos que estavam na minha escola
e tinha o contato entre me e os outros supervisores e também os outros estudantes que as
vezes eles traziam umas ideias bem, bem interessantes, até porque eles estavam naquele
processo, naquela vontade, na questão do material diversificado que auxiliou na nossa
prática, [...] principalmente, a questão de jogos, eu não trabalhava muito com a questão
51
de jogos didáticos, eu tinha lá uns três jogos que eu tenho e que utilizo, mais eram só
aqueles três jogos não tinha uma diversidade e com o PIBID, eles [...] com cada dupla fez
pelo menos um jogo didático, então, já abriu um leque para eu poder trabalhar com outros
jogos que estavam ali prontos e só precisava adaptar com relação a conteúdo
programático, então , deu essa formação sobre principalmente essa questão do lúdico,
porque uma parte que eu utilizo muito é a experimentação, eu utilizava, como eu falei eu
tinha três jogos ali, e utilizava sempre com eles, mas, que eu pude acrescentar na minha
formação uma quantidade maior de jogos.
E: Mas, na sua opinião, você acha que o PIBID ele pode ser considerado uma formação
continuada?
PS1: Pode, com certeza! Uma formação continuada para a gente, uma atualização para
todos os [...] não só para a gente, enquanto supervisor, mais também para os
colaboradores, porque teve um episódio que marcou muito lá na escola. (Professor cita o
nome do colaborador) ele foi assistir as oficinas e aí ele ficou numa sala assistindo uma
oficina que estava lá sendo ministrada pelos alunos, quando acabou ele veio e falou
comigo: “Eu não sei, como vocês conseguem dá aula aqui, eu não conseguiria dá aula, eu
dou parabéns a vocês porque vocês não tem estrutura nenhuma”, porque a gente não tinha
e não tem estrutura e ele disse que tem que ter muita paciência com, com adolescente que
ele disse que não tem, ele disse “olhe sinceramente, eu nunca tinha vindo assistir uma
aula na Educação Básica”, então ele não deu aula na Educação Básica, ele disse que nunca
tinha vindo assistir, então aquilo ali serve muito pra ele, e até ele falou para analisar,
quando o aluno chega no primeiro período, as vezes ele pega um aluno do primeiro
período ele não entende muito como ele se deu e como ocorreu essa formação inicial dele
na Educação Básica e a partir do PIBID né? Sem o PIBID ele não ia lá assistir uma aula
da Educação Básica, então particularmente, o PIBID ele também teve essa formação,
também teve essa informação e essa vivência que ele não teria se não fosse o PIBID e se
não tivesse esse programa de colaboração do PIBID e aí, foi um ponto que eu achei [...]
muito interessante essa questão de colaboração de outros professores, até porque quando
você é professor do curso de licenciatura, você deve vivenciar um pouco a licenciatura,
não só a licenciatura lá no departamento porque é bem diferente e eles começaram a
perceber isso e a entender que é diferente de você dá aula lá pro aluno que está focado,
pro aluno que quer se formar em Química pro aluno que não sabe ainda o que quer e nem
sequer então, o PIBID foi uma formação continuada eu acho que pra todos.
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E: O que você poderia falar sobre o subprojeto do PIBID Química da UFS que você
participou referente ao edital n°. 7/2018?
PS1: A partir, desse edital do projeto do PIBID, eu percebi dos estudantes já que nós
tínhamos lá essas discussões de cursos, amadurecimento muito grande em um intervalo
relativamente pequeno de tempo, porque você imagine aí 18 meses da menos que isso,
porque no final do curso a gente ficou para escrever artigos científicos, até a forma deles
escreverem trabalhos eles melhoraram a escrita científica deles, a oralidade, então, [...]
principalmente os meninos que eu acompanhei o amadurecimento, a forma de se
comunicar, ela melhorou e muito ao longo do PIBID e para os estudantes da licenciatura,
foi um ganho enorme essa participação nesse projeto, eles conseguiram apresentar
trabalhos em eventos científicos, então eu até tava conversando com eles semana passada
que alguns deles estão nesse outro projeto que é o PROLICE e a gente tem reunião né? E
na reunião de semana passada eu tava até conversando com eles que tem professor da
Educação Básica hoje que nunca apresentou trabalho em evento científico durante a
graduação e já está dando aula e nunca apresentou e eles tiveram essa oportunidade de
participar. Eu lembro que eles participaram do ENESQUIM, participaram de dois eventos
do próprio PIBID e essa vivência é muito importante quando você vai pensar lá pra frente,
no futuro, porque cada apresentação de eventos que você faz, você vai melhorando e essa
melhora, deve ser também refletida em sala de aula quando você for trabalhar lá com seus
alunos, então, para os estudantes teve esse amadurecimento, esse ganho, pra nós
supervisores a gente fala também, nessa formação continuada, nessa vivência com o aluno
da Universidade, porque as vezes a gente está lá na sala de aula e não tem essa vivência.
A Universidade está trabalhando com pesquisa da área de ensino direto, sempre, então é
uma coisa que a gente [...] precisa tá conectado com a Universidade até porque a gente
precisa pegar esses novos [...] essas novas metodologias, essas metodologias mais ativas,
no [...] Ensino de Química. Pra gente, a gente teve esse ganho enorme, pros colaboradores
também, em questão de vivência, de analisar como é a Educação Básica e também pro
coordenador do PIBID (professor cita o nome do coordenador de área). (Professor cita o
nome do coordenador de área) ele também foi professor da Educação Básica, mais ele
percebeu, que a Educação Básica não mudou da época que ele deu aula para agora, na
verdade piorou, a gente tem escolas com estruturas físicas muito, muito ruins, então a
escola que eu era supervisor no (professor cita o nome do colégio onde trabalha) é só um
corredor, então, não tem pátio, não tem nada, é só um corredor com algumas salas e vamos
ver o que é que dá sem ventilador, então data show eles tiveram que levar, porque a escola
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não tinha, você percebe uma grande diferença em relação, por exemplo a Educação
Superior, porque até voltando a fala de (professor cita o nome do colaborador) ele chega
na sala te um data show lá instalado, ele pega o controle e liga lá o ar condicionado e foi
sempre assim? Não! A Universidade, ela melhorou de 2006 quando nós entramos para
agora, já a escola lá, a nossa escola de 2006 até agora não melhorou em nada, a única
coisa que eles estão fazendo é pintar e somente, até para (professor cita o nome do
coordenador de área) que é um professor formador de docentes é bom o convívio direto
com a Educação Básica, principalmente ele, os outros professores é importante para cada
um em sua área, mas principalmente para os professores da área de ensino, eles precisam
vivenciar como a situação da [...] Educação Básica sempre, constante e as vezes você
planeja [...] com uma atividade extremamente interessante, só que aí você vai precisar de
uma caixa de som, de um data show, você precisa de um iluminador, você vai precisar de
um microscópio, então você prepara aquela aula show, quando você chega na escola não!
Aqui a gente tem esse quadro quase caindo, tem esses dois tem um pincel aqui e tem um
apagador se vire! Não tem data show, não tem nada, então, é bom sempre tá percebendo
essas realidades, pra quando for trabalhar aí com vocês, trabalhar também nesse ideal que
tem escolas que tem e com o mais real, porque é o que a gente fala ne? Nós enquanto
professores, quando a gente tá conversando sobre isso, a gente diz, que tem as escolas
modelos que tem laboratório de Química, que tem tudo equipado e tem as escolas reais
que é no caso a maioria, que não tem laboratório de Química, não tem laboratório de
informática, tem um data show para a escola toda, até os quadros [...] não são de boa
qualidade, então o PIBID serviu pra esse projeto que eu participei da forma que foi, ele
serviu justamente para essa integração e dá meio que um choque de realidade em alguns
profissionais principalmente, para os professores de Ensino Superior e até mesmo para os
alunos, porque assim, quando [...] nas reuniões iniciais a gente falava: “olha, tem aluno
que você vai falar lá, que quanto é dois menos um ele diz um, se você disser um menos
dois ele vai dizer um também” e ele “que nada cês tão aumentando demais!” e aí na hora,
que eles foram para a sala de aula que começaram a perceber que há uma deficiência
muito grande principalmente, no português e na matemática desses meninos, eles
disseram: “vije! Como vocês sofrem lá!”, porque há essa diferença de realidade e a cada
ano, o que nós professores estamos percebendo é isso que a deficiência em português e
matemática ela vem aumentando, ela vem crescendo [...] o aluno as vezes não sabe [...]
fazer uma divisão simples, não sabe fazer uma multiplicação simples, colocou vírgula
pronto, acabou-se o mundo [...] não sabe até utilizar uma calculadora, então as vezes a
54
gente tem que parar a aula olha vamos ter uma aula aqui de como utilizar uma
calculadora“ esse ano eu fiz para o primeiro ano do Ensino Médio, porque como eles
estão fazendo as atividades em casa e aí muitos estão utilizando a calculadora, só que
muitos não sabem a diferença de vírgula e ponto e aí quando mandamos atividades a gente
teve que parar a aula para ensinar como utilizar uma calculadora, “olhe, vamos pegar a
calculadora do celular e vamos fazer umas continhas aqui, para vocês verem como é que
se faz conta”. Então, está bem complexo [...] a formação desses meninos e quando você
fala em português e matemática, afeta todo mundo, não adianta você falar “Ah! Química
vai afetar só quando você dá um assunto de soluções.” Não! Afeta durante todo o Ensino
Médio, porque tem uma questão de interpretação de linguagem que eles não têm que você
vai ter que tá trabalhando. Então, deu esse choque aí e esse crescimento para todo mundo.
E: Como você avalia sua relação com os bolsistas?
PS1: Foi uma relação muito boa, nós tínhamos grupos de [...] no WhatsApp com eles [...]
eu tive reuniões presenciais com os bolsistas, porque tinha os bolsistas que a gente tinha
reunião com todo mundo, com todos os supervisores os três supervisores e o coordenador
de área, alguns colaboradores e todos os bolsistas e a gente fazia reunião, por exemplo,
dos bolsistas do (professor cita o nome do colégio que foram desenvolvidas as ações do
PIBID). Então, eu tive reunião com (professor cita o nome de um colaborador) e as duas
bolsistas dele, eu tive reunião com (professor cita o nome de um colaborador) e os dois
bolsistas dela e tive reunião também com o (professor cita o nome do coordenador de
área) que tinha alguns bolsistas. Então, a gente tinha esse contato e até hoje tem né? Eles
de vez em quando entram em contato pra perguntar se eu tenho algum material, para
responder alguma questão, então a gente tem esse contato até hoje, contato direto.
E: Como você avalia a sua relação com o coordenador de área do subprojeto?
PS1: O coordenador (professor cita o nome do coordenador de área) ele foi o meu
professor da Universidade, então a gente já tinha esse contato, já tínhamos trabalhado em
projetos nas disciplinas que ele ministrava na Universidade, então foi uma parceria que
continuou da graduação e a gente trouxe pro PIBID, então, muito produtivo.
E: Como você avalia a sua relação com os professores colaboradores do Ensino Superior?
PS1: Também, extremamente produtiva! (professor cita o nome de um colaborador) eu
conheço ele da graduação, então foi um professor meu, a gente tem um contato direto
sempre e (professor cita o nome de um colaborador) eu não conhecia, conheci no PIBID
e a gente criou uma amizade e uma parceria muito boa e (professor cita o nome do
coordenador de área) que já era [...] supervisor do programa já! Então, já era esses três
55
professores do Ensino Superior que trabalharam comigo diretamente nesse projeto. Foi
essencial, essa participação eu acho que em todos os projetos do PIBID, em todos os
editais que tiveram eu acho essencial colocar esses professores colaboradores que o
programa, os professores, todo mundo os docentes eles vão ganhar um aprendizado maior
quando você tem esse professor da Universidade lá e começa a ver outras coisas de outra
maneira e também colaborem muito, como falei, meus orientadores principalmente na
graduação e que a gente fez trabalho em Ensino de Química eram de Inorgânica, eles me
ajudavam e muito com a experiência de professor e mais, eles eram da área de Inorgânica.
Com (professor cita o nome do coordenador de área) a gente, fazia trabalho mais na
disciplina dele, eu acho muito importante, por eles serem professores formadores de [...]
outros docentes. No Campus a gente só tem licenciatura em Química, então quem dá aula
em Química Inorgânica, Orgânica, Físico-Química tá formando professor, não tem outro
pensamento, essa aproximação com a Educação Básica é essencial.
E: Fale um pouco sobre o seu envolvimento nas atividades de elaboração, avaliação e
aplicação de materiais didáticos.
PS1: Na elaboração, nós discutimos inicialmente qual seria o tema de cada oficina eles
buscaram temas relacionados a cidade de (professor cita o nome da cidade) já que a escola
era de lá. Eu dei algumas sugestões, dei temas, eu falei que tinha muitos alunos que
trabalhavam na casa de farinha lá, duas oficinas foram relacionadas a casa de farinha e
também que muitos pais de alunos trabalhavam na Usina Pinheiro [...] e as outras duas
oficinas foram realizadas sobre isso, então, a gente teve essa discussão inicial sobre os
temas a partir dessa discussão inicial eles começaram a pensar sobre conteúdos científicos
que iam trabalhados naquele tema e aí foi quando eles iniciaram com reuniões por
exemplo, eu tive reunião com (professor cita o nome de um colaborador) e com as duas
bolsistas, eu tive reunião (professor cita o nome de um colaborador ) e com dois bolsistas,
tive reunião com (professor cita o nome do coordenador de área) e com os bolsistas e teve
reuniões separadas para poder analisar daquele tema, o que é que se pode trabalhar e aí
dá as minhas sugestões, por exemplo, [...] um tema foi sobre a produção do açúcar e aí as
meninas queriam falar sobre muitos conceitos científicos e durante o intervalo pequeno
de tempo e aí eu falei “olhe, se isso aqui você, [...] tudo isso que você quer falar, não vai
ter como, porque você vai embananar mais a cabeça dos meninos”, eu dava as minhas
sugestões o coordenador dava as sugestões dele até construir essa [...] oficina, a
elaboração foi muito nesse sentido, quando eles começaram a escrever a oficina eles
mandavam pra mim, colaborador e depois a oficina pronta, foi enviada para (professor
56
cita o nome do coordenador), essa oficina ela foi testada lá no grupo, antes de ser aplicada
para os alunos da Educação Básica, então, eles apresentaram pra gente e para os outros
colegas, então cada supervisor, cada colaborador, cada aluno, cada bolsista pode dá as
suas sugestões nessa oficina, a partir dessas sugestões a gente conversava de novo até ter
esse material pronto, a elaboração e o planejamento foi dessa forma. No caso da aplicação,
eles primeiro fizeram a aplicação no evento no ENESQUIM e aí eu não assistir a oficina
deles, porque eu levei uma turma de lá da escola e a ideia é que eles assistissem uma
oficina que não fosse apresentadas lá na escola, então, assistir uma outra oficina sobre o
cangaço e na aplicação lá na escola, as duplas pediam para que eu não assistisse, porque
eles diziam que ficavam muito nervosos, tal que não sei o que, que tinha problema de eu
ficar na sala e que eles preferiam ficar entre eles lá com os meninos e na aplicação eu vi
assim mesmo [...] só em um evento que fizemos depois lá na própria escola com todas as
oficinas, que foram propostas aí eu assistir uma, mais em relação a aplicação mesmo no
dia lá as quatro duplas pediram pra ficar sozinhos com os alunos, porque eles se sentiam
mais a vontade e aí eu ficava na sala dos professores e dizia: “qualquer coisa, você dê um
grito aí, que eu venho e vejo no que é que dá!” e foi assim.
E: Fale sobre o seu envolvimento nas atividades durante a elaboração, apresentação e
publicação de trabalhos científicos relacionados ao PIBID.
PS1: Depois que a oficina foi aplicada, eles tinham lá uns questionários prévios que eles
fizeram com os alunos e tinha uns questionários avaliativos e a partir dos dados que eles
colheram lá, eles puderam começar a escrever esses trabalhos e na escrita [...] foi da
mesma forma que da elaboração da oficina, eles faziam lá aí mandava pra gente, mandava
pra (professor cita o nome de um colaborador) mandava pra mim, aí a gente combinava
dessa vez (professor cita seu próprio nome) você corrija e depois da sua correção você
manda pra ele e os recorrige e reenvia para (professor cita o nome de um colaborador) e
a gente fez dessa forma, eles faziam e mandavam, eu corrigia uma vez, eles mudavam
aquilo ou aquelas sugestões, outro corrigia de novo e assim a gente foi trabalhando dessa
forma na escrita dos trabalhos que foram apresentados e aí deu para perceber muito em
relação a melhora da escrita científica deles, do primeiro resumo até esse último que já
foi um artigo científico que eles escreveram, então eles deram uma melhorada, porque ele
começaram a pegar o jeito da escrita científica [...] reduzir muito a forma de escrever
igual a de falar, porque é diferente você está falando aqui é diferente do que você vai
escrever lá no seu artigo científico que eles tinham muito disso de como está falando
escreve e é diferente e a gente percebeu a modificação.
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PS1: Como já falei, a inserção de mais jogos, então, uma formação complementar de mais
jogos, a reflexão de atividades, já que com esse trabalho de você aplica, avalia e reflete
no que foi aprendido ou não, a gente começa a perceber isso também na nossa prática
diária e o envolvimento com os bolsistas [...] ele é muito interessante, porque a gente
começa a se rever enquanto licenciando, quando eu era licenciando a gente tinha muitas
ideias daquele bolsista e a gente começa a perceber que essas ideias as vezes se apagam
durante a jornada, o sistema faz com que a gente modificar um pouco as ideias, a gente
sai muito do real, do ideal que a gente quer para o que é oferecido.
E: Realize uma avaliação crítica sobre a sua participação no PIBID e sobre a forma que
as atividades foram desenvolvidas?
PS1: Eu considero a minha participação no PIBID muito produtiva, tanto pra mim, quanto
pros estudantes que tive envolvido, quanto os colaboradores. Sobre o programa em si os
dezoito meses, foram os dezoito meses vividos bem intensamente, por todos os
participantes do projeto, uma sugestão ou sei lá, eu não gosto de falar crítica porque crítica
você não está sugerindo nada, você só tá criticando, eu acho esse negócio de crítica
construtiva ela não exista, uma sugestão ou é crítica mesmo, então, é o início da escrita
científica seja antes do que posterior lá, ao fim do projeto, a escrita científica deles
começou muito tardia eu acho! Acho que essa produção, ela deve ser iniciada
anteriormente, sei lá no meio com nove meses de PIBID, nem que seja escrever artigo de
revisão, “Ah! Vocês leram aqui dez textos sobre [...] O Ensino de Ciências” eles faziam
fichamento desses textos, mas ao invés de continuar com o fichamento e depois, vocês
vão ter que fazer um artigo de revisão para amadurecer mais essa escrita científica do
meio pro final, não deixar pro final, porque eles demoraram muito tempo para escrever
esse artigo, porque foi o primeiro artigo a escrever e tal, eu acho que o PIBID ele poderia
ter esse passo aí, são muitas atividades que eles iriam realizar, mais que seria um
crescimento intelectual muito bom pra eles.
E: Quais os principais aspectos positivos e negativos em relação as ações desenvolvidas
no PIBID?
PS1: Os aspectos positivos é que você trás nova visão até para o aluno ou o aluno que tá
lá na Educação Básica, com essas atividades diversificadas. Talvez, um aspecto negativo
é o tempo, porque o tempo na escola ele não é tão grande, se o projeto ele visa oito meses
e se tivesse vinte e quatro meses, dois anos né? Um ano de planejamento e o outro ano,
completo de aplicação, seria bem interessante e positivo eu acho que todo mundo que
participou do PIBID ele trouxe uma bagagem fundamental teórica e prática muito boa.
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E: Após participar do PIBID você sente ou já sentiu dificuldade em mudar a sua prática
docente?
PS1: Eu modifiquei até no ano passado, comecei a colocar mais jogos didáticos para
praticar junto com os estudantes.
E: Justifique a sua resposta, o porque da necessidade de você implementar mais jogos
didáticos?
PS1: Porque eu percebi, que eles [...] eu não assistia as oficinas, como eu lhe falei, os
meninos não deixaram, só que aí na aula seguinte que eu ia ministrar, os meninos falavam:
“professor também traga jogo, vamos fazer uns joguinhos daquele é interessante!”. Então,
pelos comentários dos estudantes, eles acharam interessante aquela metodologia, aí eu
comecei a implementar na sala, mais por um pedido deles, já que eu não assistia as
oficinas. Eu assistir elas, na Universidade, mais, não com os alunos para entender a
perspectiva deles e aí eles comentavam na aula seguinte que tinham gostado e tal e que
tinham gostado principalmente dos jogos, então, esse pedido dos estudantes [...] química
já é uma disciplina que eles não gostam muito de estudar e aí quando vem um apelo desse,
a gente tem que aproveitar essa empolgação.
E: Qual o seu olhar sobre as atividades que foram desenvolvidas em sua escola?
PS1: Foram muito interessantes, eles perceberam uma realidade totalmente diferente
principalmente, das outras duas escolas já que muitos alunos bolsistas apresentaram as
oficinas lá, tiveram bolsistas que apresentaram na Universidade no ENESQUIM
apresentaram no (professor cita nome do colégio que foram desenvolvidas as ações do
PIBID) ou no (professor cita nome do colégio que foram desenvolvidas as ações do
PIBID) e foram apresentar lá e aí eles perceberam [...] contraditórios muito grande, como
por exemplo, da Universidade lá para o (professor cita nome do colégio que foram
desenvolvidas as ações do PIBID) e até do (professor cita nome do colégio que foram
desenvolvidas as ações do PIBID) e do (professor cita nome do colégio que foram
desenvolvidas as ações do PIBID) pro (professor cita nome do colégio que foram
desenvolvidas as ações do PIBID) que é uma diferença muito grande, principalmente na
estrutura física e [...] as atividades desenvolvidas por eles, os alunos gostaram muito e até
perguntaram: “e aí professor quando é que eles vem de novo e tal, não sei o que!”, então,
nós fizemos dois eventos lá, justamente para que atendesse todo esse público aí, que eles
gostam, os estudantes quando você trás alguma coisa, alguma novidade eles vão sempre
gostar e vão apreciar.
E: Se tivesse que sugerir algo a ser modificado nas ações do PIBID o que seria?
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PS1: Como eu falei, a escrita científica iniciar antes e com a coisa de projeto não tem
como mudar, o tempo de permanência na escola, mas eu acho que implementar essa
questão da escrita científica antes, pode ser uma sugestão que pode ser atendida.
E: Existe algo que deseje acrescentar e que considere relevante para o desenvolvimento
dessa pesquisa?
PS1: Não, eu acho que eu já falei tudo aí, que dá para você aproveitar muita coisa.
E: Então, professor! Gostaria de agradecer novamente a sua participação na minha
pesquisa. Muito obrigada! Tchau!
PS1: Beleza, tchau. Se precisar de mais alguma informação pode entrar em contato.
Obs: E: Thaylla
PS2: Professor entrevistado 2
PS2: Não, não. A gente, foi praticamente terminando o curso com o estágio na Educação
Básica, só! Uma disciplina de estágio diretamente com a Educação Básica, a outra era
preparação de projetos, mais com relação de aplicação de alguma oficina, não teve nada
relacionado a esse tipo na minha formação.
E: Durante o estágio, como foi essa sua experiência?
PS2: Então, no estágio, a gente era [...], a professora (professor cita, a professora de
estágio) era a nossa professora e nossa orientadora, então ela ajudava bastante, ela
desenvolvia, vários métodos, várias práticas e a gente muito verdinhos, muito novo no
caso pegava algumas experiências dela né? [...] Ela sempre mostrava para a gente como
desenvolver nas aulas lá do estágio, a gente levava os materiais lá pra ela, ela corrigia,
ajudava. Então, assim, [...] a gente praticamente trabalhou em cima de um projeto simples
que falava sobre Vitaminas, e aí nesse projeto a gente incluía uma espécie de oficina que
a gente trabalhava com a descoberta da Vitamina C em sucos naturais, sucos
industrializados, então a gente naquele momento, trabalhou de certa forma com oficina
que foi programada rápida, não é como a gente faz no PIBID que tem todo um processo
de desenvolvimento e de junção, mas que teve um efeito positivo sim. Então, a gente
trabalhar em cima dessas oficinas, desses experimentos, mais sempre e muito parecido
com esse trabalho que a gente desenvolve aqui no PIBID, de trazer o máximo de interação
com os alunos e através de experimentos e avaliações, retirada de concepções dos alunos
e foi assim.
E: Como licenciando, você participou de algum projeto ou curso de extensão que
envolvesse a educação básica?
PS2: Não. Eu trabalhei como falei, com a Química teórica, com a Química computacional,
não era vinculada a educação.
E: Durante o curso de graduação foi possível elaborar ou aplicar materiais didáticos na
Educação Básica?
PS2: Basicamente, só o estágio. Essa aplicação de experimento e nada mais. A gente não
trabalhou com jogos, a gente não trabalhou com documentários, com vídeos né? Mesmo
porque na época a facilidade a dificuldade de acesso a internet existia, hoje em dia a gente
tem essa maior facilidade uma ferramenta muito boa, mais antes não. Era tudo no
“mãozão” mesmo.
E: Durante a sua formação inicial você escreveu, apresentou e publicou trabalhos
científicos na área de pesquisa em Educação Química?
PS2: Não. A gente só fez o trabalho final né? Mais não houve publicação nenhuma.
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E: O que você poderia falar sobre o subprojeto do PIBID-Química da UFS que você
participou referente ao edital n° 7/2018?
PS2: Esse foi o meu primeiro encontro com o PIBID né? O primeiro edital, era tudo muito
novo, na verdade! Acho que os outros meninos, já tinham participado do PIBID, mas pra
mim era muito novo. O primeiro momento eu achei que seria, um pouco difícil, mais dada
a quantidade de informações que você recebe, mas na verdade essas informações elas são
diluídas durante todos os 18 meses. Então, no primeiro momento a quantidade de
informações que é jogada ela impressiona um pouquinho, mais como a gente vai fazendo
o passo a passo isso vai ficando bem tranquilo. Todos os alunos que estavam lá no PIBID,
os pibidianos tinham uma relação muito boa com a gente, então, isso facilita bastante tudo
muito novo, eles também sem muita informação alguns vindo diretamente acho que do
primeiro período, eles ainda vinculados ao Ensino Médio a Educação Básica, trazendo
uma visão que eles tinham da Educação Básica que era basicamente um jogo aluno contra
professor, eu brinco muito com eles: “Olha, vocês estão tendo uma visão que nós somos
seus inimigos, não é? Mais não é!”. Então, eles ainda tinham essa visão que ao passar do
tempo eles começaram a desmistificar, eles perceberam que é muito mais difícil a relação
de aprendizagem professor-aluno do que o que eles pensam, eles estavam do lado da
Educação Básica e agora eles começaram a se enxergar um pouco como professores ou
potenciais professores dessa Educação Básica. Então, eles começaram a tirar um pouco
mais dessa culpa do professor e passaram a enxergar todo esse ambiente que está por trás
aí de trabalhar com a Educação Básica. Nesse primeiro edital, a gente teve, vários
momentos extremamente bons e momentos que a gente trabalhou com a pesquisa, onde a
gente analisou tópicos da Química, onde a gente analisou as aulas que os meninos deram
pra gente, porque eles passaram, por essa etapa de preparar uma aula e apresentar e
sentirem como é basicamente a Educação Básica, uma outra coisa importante, foi a
discussão de temas que inclusive nesse edital a gente já tem, temas que são relacionados
a área social em que os alunos estão inseridos, temas relacionados a avaliação, a
colocação de experimentos, não é só o experimento pelo experimento tem todo um
bastidor que, precisa ser planejado, a questão da análise de vídeo. Uma coisa que era
extremamente importante, a parte escrita, você deve está fazendo aí o TCC e a escrita é
meio pesada, então, a análise da parte escrita, a questão da validação de dados de pesquisa,
as técnicas, então tudo isso a gente viu dentro do edital passado e foi extremamente
proveitoso, porque, principalmente pra mim, que não tinha visto nada disso, a gente não
teve todas essas discussões, eu particularmente eu tive algumas delas, mais que já tinha
65
passado muito tempo de uma certa forma reavivou e melhorou a condição. Então, o edital
passado a gente teve, por exemplo, correção de atividade dos alunos, nós supervisores
tivemos que ler os trabalhos dos alunos a gente sugeriu, então, a gente trabalhou com a
parte escrita na formação dos relatórios, então isso de uma certa forma, contribui ou
contribuiu enormemente para o nosso desenvolvimento. O edital passado foi cheio de
novidades, e se a gente acha que essas novidades elas cessam elas não cessam, elas
continuam. Mas, nesse edital agora, a gente está vendo coisa nova mais uma base em
relação ao edital passado foi construído, preparação de aula, avaliação de aula, preparação
de experimentos, avaliação de experimentos, avaliação da escrita, tudo isso foi trabalhado
de uma forma muito boa, lá no edital passado.
E: Como você avalia a sua relação com os bolsistas?
PS2: Extremamente boa e sadia. Os meninos, eles têm características diferentes, alguns
conseguem desenvolver um pouco mais rápidos que outros, aí depende também da
educação da base que tiveram outros são poucos mais, demoram um pouco mais para se
desenvolver mais eles acabam se desenvolvendo cada um no seu tempo e uma coisa que
é importante e que eu acho que esse é um dos objetivos do PIBID é que a gente consegue
influenciá-los positivamente, de dizer assim, de ter uma conversa aberto, assim: “Olha,
melhore nisso aqui, controla isso aqui, verifica a parte química disso”, ou seja, a gente
consegue ajudar a consertar os conceitos, a consertar a postura, a pesquisar mais sobre
aquilo que ele está falando, a gente consegue dá uns toques que a experiência que a gente
tem na Educação Básica e eles não, a gente consegue implementar aos poucos, então por
exemplo, a gente teve situações de alunos que não conseguiam se apresentar para a turma,
que por n problema, aquele famoso branco, ficava frio, sentia muito em relação e que com
o passar do tempo, esses alunos foram se desenvolvendo e você percebe nitidamente esse
desenvolvimento. Então, é extremamente gratificante e cria-se uma relação muito boa e
de respeito entre os pibidianos e os supervisores. Ah! Extremamente sadio.
E: Como você avalia a sua relação com o coordenador de área do subprojeto?
PS2: O (professor citou o nome do coordenador de área do PIBID), é um cara muito bom
né? Primeiramente que ele é extremamente empenhado em tudo que faz, trabalha sempre
pensando nos melhores resultados, que é uma das coisas que me fez, inclusive voltar a se
inscrever no edital, melhorar e sempre procurar fazer o meu melhor, então, a relação com
o coordenador de área é extremamente boa desde a arrumação dos nossos horários das
reuniões até a elaboração e correção dos relatórios, tudo muito bem, tudo muito tranquilo,
a relação é extremamente boa. Como eu digo, (professor citou o nome do coordenador de
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olha isso aqui é bom, isso aqui pode dá certo, então a gente fica acho que participa um
pouco mais nessa fase de avaliação.
E: Fale um pouco sobre a elaboração, apresentação e publicação de trabalhos científicos.
PS2: Depois de feitos os relatórios, a gente pode em cima desses relatórios, filtrar
informações. Ah! Eu conseguir aplicar uma oficina com experimentação, então a gente
tem os questionários prévios, a gente tem a execução e a gente tem o questionário final
pós experimentação e aí existe a comparação entre o início a execução e o final, para ver
se de fato houve aprendizagem e a filtragem desses dados, é o que gera basicamente, o
trabalho. Trabalhar em cima de determinada experimentação, elaborar todo um contexto
e conseguir montar um trabalho, esse trabalho passa por todo um crivo que, vai do
supervisor até o colaborador [...] supervisor, coordenador de área e colaborador. Para que
eles sejam apresentados, então ele vai melhorando em função. Então, os meninos, pegam
o que foi executado, consegue escrever em cima do que foi executado e trás para a gente,
a gente analisa, verifica o que pode ser melhorado e a partir daí ele pode virar uma
apresentação, ele pode ser enviado, por exemplo para determinada revista como um
trabalho escrito, ele pode ir para um congresso, ele pode ir para esses encontros que a
gente tem na Universidade. Eu acho que a sequência é basicamente essa, né? A filtração
daquilo que você fez e em cima daquilo que foi feito, a gente conseguir escrever e
verificar se é possível ou se aquilo realmente é para o trabalho em cima disso.
E: Fale um pouco sobre a sua participação nas reuniões coletivas.
PS2: As reuniões coletivas no ano passado, foram muito melhores porque a gente fazia
presencial e presencial a história é outra né? Presencial você tem a emoção ali, você tem
o contato, então é muito mais real e a gente tinha reuniões presenciais todas as semanas,
[...] praticamente todas as semanas, só faltei quando tinha algum problema ou outro e
assim, a gente discutia vários temas, como já falei para você, a gente conversava com
professores que vinham para cá, até mesmo de outros departamentos, se eu não estiver
enganado, a gente fez algumas discussões com outros professores. A gente tinha alunos
visitantes que estavam aí e também colaboraram, alunos de outras áreas, a gente teve
visita de outras pessoas de outras Universidades que também colaboraram, então a gente
sempre trabalhava em cima do tema e discutia esse tema e a cada discussão que a gente
fazia havia um diário uma escrita no diário, que é para que no final você consiga
desenvolver o relatório, baseado em tudo que você fez durante o PIBID, então, criou-se
um ambiente muito rico, porque você tinha uma diversidade de conceitos e de temas que
eram trabalhados com a visão do coordenador de área, com a visão daquela pessoa que
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vinha de fora, com a visão dos supervisores e com a visão dos pibidianos. Então,
englobava uma grande quantidade de opiniões e a discussão rendia muito.
E: Fale um pouco sobre a escrita do diário individual.
PS2: Geralmente, você tem o tema daquele dia, esse tema ele é seguido de algum capítulo
de livro, de algum artigo que você ler previamente e a gente vai para a reunião, discute
exatamente esse artigo, traz isso para a nossa realidade, ou seja, traz para o contato com
os supervisores e o contato com os alunos e depois que toda essa discussão é feita, a
escrita no diário ela é desenvolvida, ou seja, o aluno e a gente também os supervisores
descreve o que aconteceu né? Basicamente, o que aquilo pode ter modificado, ajudando
a desenvolver, na verdade o que ele trouxe de acréscimo para a gente, essa seria a ideia,
não é simplesmente a discussão pela discussão, mais é a discussão e o que ela acrescentou
essa outra visão que a gente insere.
E: O que você poderia apresentar em destaque em relação ao efeito do PIBID na sua
formação?
PS2: Principalmente em relação a questão de preparação de aula, com relação a avaliação
para não ser apenas uma avaliação como a gente faz antigamente, uma avaliação seca,
escrita que as vezes não diz muita coisa, a gente precisa modificar e uma das modificações
é essa questão avaliativa, a questão da apresentação das aulas, a quebra da sequência de
conteúdo, então aquele conteúdo tradicional, que a gente seguia ou que a gente segue
ainda ele pode ser quebrado, ele pode ser desvinculado, claro, dadas algumas que a gente
sabe que, para você ter um você tem que ter o outro né? Você tem que ter um precursor.
Houve uma modificação do aspecto de preparação da aula e no aspecto de
desenvolvimento dela, não é fácil fazer isso, mais a gente vai, é como se você fosse
colocando um pouquinho de cada vez, eu não posso chegar lá e dizer assim: “Olhe, hoje
eu vou mudar completamente!” Não é assim, mas, aos poucos eu percebo que já tem essa
mudança, então o PIBID fez exatamente isso, ele mostrou que não é simplesmente encher
o quadro, explicar e ir embora. Não! A gente tem que ter: concepções dos alunos,
experiências dos alunos, a gente precisa entender um pouco as vezes o contexto social em
que o aluno está inserido, coisas que as vezes a gente acha que não é da nossa alçada, mas
que infelizmente, se é professor tá no contexto, você tem que participar disso. Então, você
começa a ter uma visão um pouco diferente, sai da visão extremamente conteudista e
começa a priorizar alguns aspectos, mais sem deixar de lado a parte química científica,
não pode desvincular, eu acho que isso foi uma grande melhora.
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E: Realize uma avaliação crítica sobre a sua participação no PIBID e sobre a forma que
as atividades foram desenvolvidas.
PS2: Com relação ao PIBID, eu acho que a participação, ou pelo menos a minha
participação, ela foi de uma certa forma, foi uma participação boa, porque? O que houve,
o objetivo principal, eu percebi isso, o objetivo principal ele foi atingido que é
basicamente, colocar ou oportunizar os alunos da Educação Superior, entrar em contato
com a Educação Básica, com a realidade e de uma certa forma, conseguir perceber isso,
então, de uma forma bem simples eu percebi que os alunos tiveram essa aproximação,
que mudaram a relação que existia professor-aluno da Educação Básica, antes os
professores eram inimigos, agora eles já estão no papel de professores e aí houve essa
modificação, então eu percebi isso. Com relação a participação nas reuniões foram boas,
com relação a escrita também participei, acho que contribuiu um pouco com a escrita
também dos alunos, corrigindo também as coisas, eu acho que isso não é nada de
agravante você poder ajudar numa frase, escrever alguma coisa, eu acho que isso ajuda e
engrandece o trabalho do menino e mostra pra ele que você está presente. Então, é, uma
contribuição muito grande e assim, eu acho que eu contribuir também pra, que a escola
recebesse o PIBID e saísse um pouco do tradicionalismo, pra você ter uma ideia a gente
conseguiu parar um Ensino Médio da escola toda, durante acho que duas apresentações,
duas tardes, conversamos com os professores, então, colocando as turmas para trabalhar
diretamente com a Química, então, isso foi uma coisa muito boa e mostrou na verdade
que quem faz o PIBID tem uma vantagem a mais em relação ao outro aluno que tá lá na
graduação e que não tem as vezes a mesma oportunidade, eu até brinco com eles, que eles
são muito privilegiados de participarem do PIBID, eu acho que é importante, como falei,
não é a salvação, mas contribui muito! Eu acho que a minha participação, foi boa em
relação ao PIBID.
E: Quais os principais aspectos positivos e negativos em relação as ações desenvolvidas
do PIBID?
PS2: Os aspectos positivos são vários, na verdade eu já falei muito deles aqui no meio da
nossa conversa, então dá oportunidade aos meninos aprenderem apresentarem, a
aproximação com a escola, a criação de ferramentas pedagógicas que facilitem a
aprendizagem do aluno, a interação do graduando com quem está na Educação Básica
essa troca de informações, essa troca de informações também, dos pibidianos com nós
supervisores, a troca de experiências, então, esses são um dos pontos positivos que eu
acho que são os mais positivos. Os pontos que são negativos, que a gente tenta corrigir
70
são pontos que as vezes não dependem apenas da gente, as vezes a Universidade ela não
libera o aluno naquele momento, as vezes o aluno tem problema para reunir, as vezes tem
a questão do horário, as vezes tem o período das provas e aí o professor que está lá ele
cria dificuldade para liberar o aluno, as vezes o aluno por algum motivo, as vezes acontece
também, que o pessoal se ausenta de algumas reuniões e aí ele fica por fora da
continuidade do processo, então, os pontos negativos eles são mais assim, eles são menos
importantes no final da história eu acho assim, a quantidade de pontos positivos eles
superam muito os pontos negativos, tá? Eu acho que é isso!
E: Após participar do PIBID você sente ou já sentiu necessidade em mudar sua prática
docente?
PS2: Na verdade, é o que eu falei para você há um momento atrás, [...] aos poucos eu vou
acrescentando, mudando algumas coisas, tirando o que eu percebo que não dá e tentando
inserir, mais assim, não dá para mudar completamente, mesmo porque a realidade é um
pouco diferente, mais a gente consegue inserir algumas coisas sim, dá para mudar sim um
pouco a prática pedagógica.
E: Qual o seu olhar sobre as atividades que foram desenvolvidas em sua escola?
PS2: As atividades que foram desenvolvidas, foram atividades muito boas,
principalmente porque ela trabalhava com conteúdos químicos que as vezes confundiam
ou deixavam muitos alunos assim, sem entendimento. Quando você consegue aplicar um
material e consegue ter uma resposta melhor do aluno, então isso aí, é um ponto positivo,
o que foi colocado, até os meninos da escola diziam assim: “Professor, quando é que os
pibidianos vêm de novo?”. Então, a saída do tradicionalismo, a mudança de prática
pedagógica ela foi extremamente sadia, trabalhar com os meninos em duplas, trabalhar
com os alunos em sala de aula em equipe que não é nada fácil, não é? Pra eles, acham que
é uma bagunça, né? Mais, tentar organizar essa bagunça, é complicado, mais no final das
contas foi bem proveitoso essa nova interação.
E: Se tivesse que sugerir algo, a ser modificado nas ações do PIBID o que seria?
PS2: Eu acho o programa muito bom, eu acho que uma coisa que favoreceria o PIBID, é
[...] eu acho que seria poder usar o PIBID, sei lá, isso foi até uma das coisas que eu
coloquei no meu relatório, poder colocar o PIBID como se fosse uma disciplina eletiva,
para que os alunos que tivessem participando dela tivessem essa, já que eles estão
trabalhando em cima dessa prática pedagógica que eles estão trabalhando na
Universidade, eles deveriam ter isso aí no currículo, deveriam ser colocado como prática
e ser transformado em horas e créditos. Uma outra coisa que deveria colocar no PIBID, é
71
[...], não sei, agora assim, me fugiu, mais até eu tinha umas coisinhas colocadas aqui,
porque, o que deveria ter colocado no PIBID né? Poderia melhorar? Não sei, me fugiu
agora da ideia.
E: Existe algo que deseja acrescentar e que considere relevante para o desenvolvimento
dessa pesquisa?
PS2: Não, eu acho que você está bem assessorada e sua pesquisa vai bem e você vai bem,
acho que não precisa acrescentar mais nada não!
E: Então professor, quero agradecer a sua participação! Muito obrigada, tchau!
PS2: Por nada, espero ter ajudado. Bom trabalho! Tchau!
Obs: E: Thaylla
PS3: Professor supervisor 3
verdade, não existia por exemplo o PIBID como existe hoje e basicamente como eu disse
a você, eu procurei seguir minha área de formação na licenciatura, trabalhando de maneira
paralela no estado, mas não adquirir nenhuma bolsa dentro da Universidade durante a
minha formação. Eu não tive acesso a bolsa de iniciação científica, porque era muito
limitada e infelizmente minhas notas não permitiam ter esse acesso, porque eu na parte
diversificada do curso, eu iniciei com muitas dificuldades e aí as minhas médias eram
baixas, então isso, não me deu credenciamento para conseguir uma bolsa no PIBIC que
só existia ele na época.
E: Como licenciando você participou de algum projeto ou curso de extensão que
envolvesse a Educação Básica e Superior?
PS3: Não, no máximo teve apenas alguns congressos, que foram mais localizados mesmo
os que eu participei e recebi alguns certificados e nada mais que isso.
E: Fale um pouco como foi sua participação nos congressos.
PS3: Os congressos que eu participei foram congressos mais localizados mesmo,
realmente que eram ofertados dentro da UFS mesmo. Eu não tinha condições de fazer
uma viagem de ir pra fora, pra fazer um congresso fora como alguns poucos colegas meus
fizeram, que era a questão financeira minha não permitia e também minha família não era
muito aceita a esse tipo de situação de eu sair e viajar pra fora, entendeu? Por conta disso
eu só participei dos congressos locais. Mais a experiência foi muito boa, porque a gente
compartilhou, discutiu coisas novas, sobre a área, sobre algum conhecimento específico
que foi falado, a interação com os colegas na hora de participar do evento está todo mundo
junto, foi proveitoso, mas se limitou apenas a local.
E: Durante seu curso de graduação foi possível elaborar e aplicar materiais didáticos na
Educação Básica?
PS3: Só no estágio. A gente construiu o material, montou nossa aula, pegou materiais para
trabalhar com experimentos e trabalhou com o tema de Cálculo Estequiométrico e a partir
daí a gente montou um experimento para comprovar a concentração das massas e a
proporção para a interferência da formação do produto. Basicamente, a gente construiu
esse material, voltado com o texto para fazer um debate inicial e depois se desenvolveu o
conteúdo e com o experimento reforçando o conteúdo que foi desenvolvido e como eu
disse num intervalo no máximo de três semanas.
E: Durante a sua formação inicial você escreveu, apresentou ou publicou trabalhos
científicos na área de Ensino de Química?
PS3: Não! Nem TCC tinha na época.
74
alunos para a Educação Básica inclusive no colégio que trabalho que foi o colégio que o
PIBID atuou sob a minha supervisão e aí eles entraram e desenvolveram essas oficinas
temáticas e tiveram a experiência de atuarem como professores na Educação Básica. Em
que esse é o maior desafio para o pibidiano, dosar o tempo do que você quer desenvolver
dentro da sala de aula, saber que vai existir coisas adversas durante o intervalo daquela
oficina temática e você tem que saber sobre isso aí, tudo isso é administrado pelo tempo,
já que o tempo é uma coisa muito especial para quem está iniciando, porque controlar o
conteúdo que vai desenvolver é um desafio grande, como pude observar nas oficinas que
foram desenvolvidas.
E: Sua participação como supervisor do PIBID ela pode ser considerada uma formação
continuada?
PS3: Pode sim, a minha formação continuada basicamente que eu tive vinculada a minha
área como professor profissional em educação no estado foi justamente o PIBID, eu nunca
participei de nenhuma ou alguma extensão de oferta do estado, porque particularmente,
não me identifiquei com o que queriam colocar pra mim, por exemplo: gestão
democrática, isso nunca me interessei, nunca me interessei em trabalhar como
coordenador ou na direção eu sempre gostei de trabalhar na sala de aula, então, essas
projeções continuadas que é ofertada pelo estado, é mais vinculada a parte administrativa
e eu nunca tive interesse. Então, basicamente, a minha formação continuada na minha
área foi justamente o PIBID. Eu falei do edital 2018, mas eu já participei do PIBID nos
anos anteriores em outra nomenclatura, com outra estrutura e outros professores.
(professor cita o nome do professor universitário que participou do PIBID em editais
anteriores) eu participei com ele nesse edital, então, essa foi a minha formação continuada
que eu tive na minha área foi o PIBID realmente, desde o edital de 2014 a 2018, o primeiro
então foi há quatro anos, o segundo agora foi um ano e meio no caso de dezoito meses no
ano de 2018 e agora esse edital novo de 2020 que vai ser um ano e meio de novo e aí
fecha meu ciclo também.
E: O que você poderia falar sobre o subprojeto Química da UFS que você participou
referente ao edital n°. 7/2018
PS3: Esse edital da forma que (professor cita o nome do coordenador de área) desenvolveu
foi muito proveitoso porque a gente trabalhou com a construção de um material de
oficinas temáticas dentro de cada conceito de maior aflição em relação aos alunos da
escola pública. Primeiro, os alunos fizeram uma pesquisa acompanhados, tipo uma
observação de sala de aula dentro da escola que eles foram lá, para que os alunos falassem
76
das carências, das necessidades que eles tinham dentro do conteúdo de química, qual
conteúdo que mais afligia, qual seria o tema mais importante para eles serem
desenvolvidas para abordarem na oficina temática, isso foi um processo primeiro de
investigação para a construção desse material, dessas oficinas temáticas que foram
aplicadas posteriormente, mais antes dessa construção dessa oficina temática existia uma
roda de discussão para debater e construir ideias sobre os materiais da área da educação,
ensino de pesquisa, experimentação química, reescrita certa da química no conteúdo
científico. Então, foram vários artigos que foram debatidos antes de começar a construir
o material. O edital de 2018 teve uma grande diferença em relação ao edita que participei
em 2014, em que o outro foi mais objetivo, já existia uma oficina produzida e era só fazer
a aplicação para os alunos apresentarem num intervalo que se reservava para os alunos
do PIBID, então na sua aula ir desenvolver a sua oficina temática, então foi algo curto,
apesar de ter sido quatro anos de edital. O de 2018 foram 18 meses mais foi algo intenso,
foi muito proveitoso e que contribuiu muito para a minha formação.
E: Como você avalia a sua relação com os bolsistas?
PS3: Bem, a minha relação com os bolsistas em geral, foi uma relação de um contato ativo
com eles, mas, o contato entre o grupo se intensificou mais no (professor cita o colégio
que foram desenvolvidas as ações do PIBID), porque (professor cita o nome do
coordenador de área) dividiu o grupo do edital de 2018 em certas quantidades, um grupo
foi ao ((professor cita o colégio), outro grupo foi para ((professor cita o colégio) e outro
grupo foi para (professor cita o colégio), então eu tive um contato mais intenso, claro com
o pessoal do grupo que ficou para trabalhar e desenvolver suas oficinas temáticas no
(professor cita o nome do colégio que foram desenvolvidas as ações do PIBID), mais o
contato geral sempre existiu como eu disse a você toda quarta feira existia uma reunião
semanal, do início do processo debatendo materiais, capítulos, artigos vinculadas a área
de educação e educação em química e depois a construção dos materiais, apresentação
deles para a gente e a entrada deles no colégio para a aplicação desses materiais dessas
oficinas temáticas, então, sempre tinha o contato semanal, mais tinha o contato mais
específico com o pessoal do grupo de cada escola. No caso eu tinha um contato mais
intenso com oito alunos que estavam reservados para aplicarem oficinas temáticas
(professor cita o nome do colégio que foram desenvolvidas as ações do PIBID).
E: Como você avalia a sua relação com o coordenador de área?
PS3: Ah! (professor cita o nome do coordenador de área) sempre deixou a gente sempre
em alerta, em contato constante com ele ou quando precisava ele mesmo pedia para a
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gente entrar em contato com os bolsistas, para chamar um pouco a atenção, para deixarem
eles sempre na ativa para que o negócio não atrasasse, para que tudo se desenvolvesse de
maneira correta. (professor cita o nome do coordenador de área) é uma pessoa bastante
metódica e por ser metódico ele quer tudo certinho, isso é bom para o projeto do PIBID.
Então, ele sempre deixou uma interligação entre os supervisores, ele e os bolsistas, essas
relações sempre foram de contato direto, seja pelo WhatsApp que era o contato da
semana, ou seja, pela reunião que existia na quarta feira, em que essa reunião era uma
reunião plausível, o que estava sendo executado, por exemplo atualmente, a reunião se
limita ao contato agora de vídeo conferência, mais antes não, a gente tinha uma reunião
ao vivo, toda quarta-feira.
E: Como você avalia a sua relação com os colaboradores do Ensino Superior?
PS3: A relação com os colaborados, foi uma coisa meio distanciada, eu praticamente não
tive contato com colaboradores, quem tinha contato maior com os colaboradores eram os
bolsistas que estavam direcionados para cada colaborador, ou seja, tinha dois ou três
bolsistas para um colaborador e (professor cita o nome do coordenador de área) como
coordenador que fazia essa passagem dos bolsistas com os colaboradores. O contato
maior com os colaboradores, foi os bolsistas. Os supervisores, creio eu, da minha pessoa
particularmente o contato não foi intenso, até em algumas reuniões semanais (professor
cita o nome do coordenador de área) convidou os colaboradores, para participarem do
debate ou assistir as apresentações das oficinas temáticas produzidas, mas o contato na
construção do material com o aluno bolsista, esse contato foi direto, eu particularmente
não tive esse contato com os colaboradores eu tinha com os bolsistas que me mostravam
o material que estavam sendo produzidos e aí qualquer coisa que eu podia ajudar eu
ajudava a implementar alguma coisa dentro do conteúdo, mais já vinham com o material
construído com os colaboradores, ajudando a eles a construírem esse material.
E: Fale um pouco sobre o seu envolvimento nas atividades de elaboração, avaliação e
aplicação de materiais didáticos.
PS3: Com relação a elaboração, vai desde o ponto que você debate um material vinculado
a educação, como por exemplo relacionado a experimentação química em que no debate
o aluno leva a construir a introdução sobre o conteúdo de química e isso é a primeira parte
que é desenvolvida por eles depois vem a parte, justamente que é a parte em que o aluno
vai trabalhar com o conteúdo químico e a gente vai observar pesquisas na literatura para
que o aluno se aproprie de conhecimentos em volta daquele conteúdo químico, para que
ele faça sua oficina temática baseada no conteúdo bem fundamentado, bem estruturado
78
para que ele desenvolva a sua oficina temática na base de uma experimentação ou
também, de um jogo didático que poderia ser essas duas opções para trabalhar na oficina
temática, trabalhar com a experimentação, ou também na construção de um jogo didático
ou os dois, dependendo da oficina temática você pode trabalhar até com os dois [...] ambos
fazem o reforço ou abertura também de um conteúdo químico que podia também, você
fazer uma abertura do conteúdo químico ou fazer o reforço dele, depende muito da oficina
temática que ela era montada isso era livre para escolher, mais que estivesse muito bem
estruturada, não era um roteiro pronto, poderia ser um roteiro flexível desde que fosse
bem estruturado com o conteúdo que você tinha o foco de desenvolver a oficina temática.
E: Fale um pouco sobre o seu envolvimento na elaboração, apresentação e publicação de
trabalhos científicos.
PS3: Meu envolvimento nessa parte, foi justamente com alguns bolsistas que me
procuraram para fazer correção do material que eles estavam produzindo, artigo sobre o
material que foi produzido, a minha participação foi fazer uma reavaliação, uma correção
que eu achava necessário dentro do material que eles estavam [...] escrevendo para depois
colocar para a publicação e eu também, no final do PIBID, eu desenvolvi um relatório
sobre o que aconteceu durante todo o processo e também escrevi um artigo dentro do que
aconteceu na dinâmica das oficinas experimentais, as oficinas temáticas, perdão dentro
do (professor cita o colégio que foram desenvolvidas as ações do PIBID), então eu fiz
uma trajetória desse artigo que eu fiz desde o início das observações do espaço físico do
colégio, até as oficinas que foram colocadas para os alunos da rede pública, onde
aconteceu a [...] a apresentação das oficinas temáticas na UFS numa escola de verão que
teve, depois os alunos tiveram as oficinas temáticas reapresentadas no (professor cita
colégio que forma desenvolvidas as ações do PIBID) contraturno que foi no sábado e que
todas as turmas foram envolvidas, na participação, juntamente com outras oficinas
temáticas que não era do grupo do colégio que trabalho, então, foi o maior leque de
oficinas temáticas que foram apresentadas e teve as oficinas temáticas que foram
apresentadas dentro do horário de sala de aula, que esse foi o principal objetivo da
proposta do PIBID na vivência do PIBID, dentro da sala de aula dos alunos, participando
daquela experiência que era apresentação do conteúdo, [...] um reforço da aprendizagem
do aluno ao que foi desenvolvido, então tudo isso eu escrevi dentro do meu artigo que
(professor cita o nome do coordenador de área) pediu, para que também fosse material a
ser colocado nesse edital de 2018, isso aconteceu no final do projeto, além do relatório
que eu escrevi, eu também escrevi esse artigo contando basicamente toda a vivência.
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E: Fale um pouco como foi o seu envolvimento na participação das reuniões coletivas.
PS3: Sempre foi aberta para todo mundo, desde os bolsistas quanto os supervisores,
estavam sempre conversando porque (professor cita o nome do coordenador de área)
sempre fazia o intermédio de tudo, sempre pedia opinião, fale sobre isso professor
(professor cita seu nome), fale sobre isso colega (professor cita o nome de um supervisor),
fale sobre isso bolsista digamos, João, Maria, ele sempre pedia para se envolver dentro
da discussão que era trabalhado na reunião coletiva, ele sempre intermediando e a gente
sempre trabalhando com as nossas opiniões que eram pedidas dentro do debate do que
estava sendo colocado em prática nas reuniões coletivas, inclusive na apresentação do
conteúdo de química dos alunos, a gente sempre tinha falas posteriores da apresentação
para dá um conselho, indicar um erro para corrigir aquele erro que eventualmente foi
produzido durante aquela apresentação, também elogiar os materiais que foram
produzidos, sempre ocorreu uma voz ativa dos supervisores e também dos pibidianos que
também assistiam as apresentações dos seus colegas e também podiam opinar sobre o que
foi apresentado.
E: Fale um pouco sobre o seu envolvimento na escrita do diário individual.
PS3: Eu participei apenas de algumas escritas das reuniões coletivas, porque esse diário,
ele ficou para ser entregue a um bolsista que iria fazer essa análise dos diários e essa
logística de entregar os diários, as vezes atrasava por algum motivo, então por isso, nem
sempre eu conseguia fazer anotação nesse diário, porque essa logística de pegar o diário
e satisfazer a análise do que tinha escrito no diário pelo aluno bolsista e pelos três
supervisores ela nem sempre era acessível ao retorno desse diário. Então, nem sempre as
reuniões coletivas a gente tinha os diários em mãos para fazer a transcrição.
E: O que você poderia apresentar de destaque em relação ao efeito do PIBID na sua
formação?
PS3: Os materiais que foram produzidos, esse ano infelizmente não foi possível eu
trabalhar com métodos diferentes em que o PIBID me proporcionou durante o edital de
2018, porque infelizmente esse ano, foi um ano pandêmico, mais eu queria já, aplicar
umas metodologias que eu aprendi com a experiência dos alunos bolsistas e com o
coordenador que área que foi o (professor cita o nome do coordenador de área), então,
algumas metodologias eu queria trazer para as minhas aulas, não incisivas, porque não
tem como, porque existe uma demanda na rede estadual. Esse ano não foi possível foi um
ano pandêmico em que as aulas estão sendo remotas é uma experiência nova mais não
muito boa, mais ficou muito pra mim em relação ao que foi produzido no edital de 2018
80
repentina, foi uma coisa que demorou um processo, então é um aspecto positivo que eu
tenho do que foi produzido no PIBID no edital de 2018. O negativo que eu possa citar,
por exemplo, dentro dessas oficinas temáticas que foram [...] produzidas, não seria
negativo, mas eu diria que foi algo desafiador ainda, que é a dosagem do tempo e esse
tempo sem está em sala de aula, não é uma crítica mais é um desafio que ainda precisa
ser lançado para que os alunos comecem a se situar na apresentação da produção da
oficina temática em sala de aula. Porque o horário de aula ele é muito corrido e a gente
tem que ter esse controle, realmente, porque as vezes você tem algo para apresentar
naquela hora e você nem sequer faz [...] ou chega na metade do que você queria
apresentar, porque aparece n coisas dentro da sala de aula, é o aluno que conversa, é o
aluno que distrai, é o aluno que pergunta mais de uma vez sobre uma coisa que ele achou
interessante e aí ele quer entrar mais adentro do assunto essa parte é, não é uma crítica
mas é um desafio que a gente tem que buscar saber dosar o material produzido com o
tempo que é dado para ele ser apresentado.
E: Após participar do PIBID você sente ou já sentiu necessidade de mudar a sua prática
docente?
PS3: Eu diria que mudar, mudar, mudar muito não né? Porque como eu disse o sistema
está em nossa volva, são metas, são avaliações que tem que ser colocadas daquela maneira
as vezes tradicional, mais o que é que pode fazer ou sempre tem que fazer é vivenciar
uma coisa nova, como eu disse a você eu quero aplicar novas metodologias em sala de
aula baseadas nessa experiência que eu tive com o PIBID, assim que for possível, assim
que acabar com essa pandemia, porque o que foi produzido de metodologias elas vão
contribuir para o desenvolvimento da minha formação e no aprendizado do aluno. Então,
isso eu quero inserir se for possível dentro do contexto burocrático que existe na rede de
educação de ensino.
E: Qual o seu olhar sobre as atividades que foram desenvolvidas em sua escola?
PS3: Foi um olhar positivo, que basicamente as atividades que foram desenvolvidas na
escola, elas foram direcionadas para que atendessem, toda a clientela do Ensino Médio,
então, existia atividades produzidas, com conteúdos do 1° Ano do Ensino Médio, do 2°
Ano, do 3° Ano e mesmo que aquela atividade fosse desenvolvida em uma turma que não
fosse daquele conteúdo mais existia uma oportunidade de fazer um entrelaçamento, com
conteúdos daquela série distinta, com conteúdos que estavam sendo colocados nas
oficinas temáticas, eu achei um aspecto super positivo no desenvolvimento das oficinas
dentro da rede de ensino do Ensino Médio na escola.
82
E: Se tivesse que sugerir algo para ser modificado nas ações do PIBID o que seria?
PS3: Não. [...] Particularmente o que eu vivenciei em relação ao edital de 2018, não tem
muita coisa o que mudar não. O que se tem de mudar para mim, por enquanto é
basicamente, novas oficinas temáticas com novas ideias, novas carências que os alunos
podem oferecer ou de ideias partindo de nós supervisores também, para que o
desenvolvimento de um certo conteúdo, dentro de uma nova ideia para gerar uma oficina
temática, então, isso aí é o que eu tenho a propor para modificar, mais a engrenagem em
si eu não tenho muito com o que questionar não, a não ser o que está acontecendo
atualmente, que eu poderia ter sugerido, mais não precisou, que é justamente, a anotação
do diário de cada reunião semanal talvez, isso eu poderia propor, mas já está acontecendo
com o edital atual. Mais no mais não, só novas ideia, novas oficinas temáticas, novas
carências que os alunos podem ter em relação ao conteúdo.
E: Existe algo que deseja acrescentar que considere relevante para o desenvolvimento
dessa pesquisa?
PS3: No momento, não me passa nada muito bem pela minha cabeça não, que eu possa
acrescentar alguma coisa a mais em relação ao que está sendo desenvolvido não. Mais no
momento especialmente, não tenho nada a acrescentar não.
E: Então, professor! Agradeço mais uma vez a sua participação, muito obrigada! Tchau!
PS3: Por nada, tchau!
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ANEXOS
ESTUDO: ____________________________________________________________
Você está sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa acima citado. Sua
colaboração neste estudo será de muita importância para nós, mas se desistir a qualquer
momento, isso não causará nenhum prejuízo a você. Trata-se de uma pesquisa vinculada
ao (Departamento de Química Campus Itabaiana (DQCI)).
Eu, (________________________________________________________________),
portador da Cédula de identidade, RG __________, e inscrito no CPF/MF__________
nascido(a) em _____ / _____ /_______ , abaixo assinado(a), concordo de livre e
espontânea vontade em participar como voluntário(a) do estudo (Título do trabalho).
Declaro que obtive todas as informações necessárias, bem como todos os eventuais
esclarecimentos quanto às dúvidas por mim apresentadas.
( ) Colaborador ___________________________________________________
Testemunha: ___________________________________________________
Nome / RG / Telefone