Código de Obras
Código de Obras
Código de Obras
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre as regras gerais e específicas a serem obedecidas no
projeto, licenciamento, execução e manutenção das obras e edificações, dentro dos limites
dos imóveis situados no Município de Igarapé/MG, sejam elas residenciais, comerciais e
de serviço, industriais, especiais, mistas ou institucionais.
Parágrafo único O exercício das funções a que se refere este artigo não implicam a
responsabilidade da Prefeitura do Município de Igarapé e de seus servidores pela
elaboração de qualquer projeto ou cálculo, nem pela execução de qualquer obra ou
instalação.
Art. 14. A aprovação de projetos será precedida de análise preliminar pelo setor
responsável pela aprovação, com a presença do responsável técnico.
IV. planta baixa de cada pavimento a construir, na escala 1:50 (um para
cinqüenta) determinando:
a) as dimensões exatas de todos os compartimentos, inclusive dos vãos de
iluminação, de ventilação, garagem e estacionamento;
b) a finalidade de cada compartimento e de cada pavimento;
c) os traços indicativos dos cortes longitudinais e transversais do terreno;
d) a indicação das espessuras das paredes e as dimensões internas da obra;
e) a determinação da localização das peças dos banheiros, das cozinhas e
das áreas de serviço;
f) o sentido de abertura das portas;
g) a planta do pavimento térreo poderá ser coincidente com a planta de
implantação.
VI. elevação das fachadas voltadas para via pública, na escala de 1:50 (um
para cinqüenta);
VIII. gradil, escala 1:50 (um para cinqüenta), indicando o greide da via;
Art. 16. Uma vez aprovado o projeto, a Prefeitura fará entrega ao interessado, de 2
(duas) cópias do referido projeto, com registro da aprovação, devendo uma delas
permanecer na obra.
Art. 17. A Prefeitura Municipal terá o prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar da
data de entrada do processo, para se pronunciar quanto ao projeto apresentado.
§ 1º Todo projeto que contrariar os dispositivos desta Lei será devolvido ao autor,
para o devido esclarecimento, correção ou inclusão das omissões encontradas pela
Prefeitura.
Art. 19. Serão exigidos, de acordo com as normas de combate a incêndio e pânico,
equipamentos destinados a essa finalidade e aprovados pelo Corpo de Bombeiros Militar
do Estado de Minas Gerais nos seguintes casos:
I. para qualquer edificação a ser executada nos fundos do lote, com área
não superior a 30m² (trinta metros quadrados);
Parágrafo único Incluem-se neste artigo os galpões para obra, desde que
comprovada a existência de projeto aprovado para o local.
Art. 25. Não será expedida licença para qualquer obra em imóvel tombado e/ou em
áreas onde existam ruínas ou quaisquer vestígios de edificação e sítios arqueológicos e
que possam ser considerados como patrimônio histórico, artístico, cultural e ambiental
sem a prévia anuência do órgão federal, estadual ou municipal competente e dos
conselhos municipais específicos.
I. nomes do proprietário;
Art. 27. Os alvarás expedidos fixarão os prazos para início e conclusão das obras,
findos os quais os proprietários poderão solicitar sua revalidação, pelo mesmo prazo e por
uma única vez, mediante solicitação do interessado, desde que a obra tenha sido iniciada.
§ 4º Nenhuma obra pode ser iniciada sem que o construtor responsável tenha
enviado à Prefeitura, com pelo menos 24h (vinte e quatro horas) de antecedência, a
respectiva comunicação de início de obra.
§ 5º Os prazos para início e conclusão das obras, contados sempre a partir da data
da aprovação do projeto, serão os seguintes:
Art. 28. O prazo estipulado no Alvará de Construção não será contado durante os
seguintes impedimentos documentalmente comprovados:
Art. 29. Para as obras com projetos aprovados e não executados, poderão ser
concedidos novos Alvarás de Construção, até 2 (dois) anos contados da data da aprovação
respeitadas as disposições de Lei.
Art. 35. Cabe ao responsável pela obra cumprir e fazer cumprir as normas oficiais
relativas à segurança, higiene e medicina do trabalho, da ABNT, da CLT e estabelecer a
sua complementação, em caso de necessidade ou de interesse local.
Parágrafo único As placas a que se refere o presente artigo são isentas de quaisquer
taxas.
Art. 37. Do lado de fora dos tapumes não será permitida a ocupação de nenhuma
parte de via pública, devendo o responsável pela execução das obras manter o espaço do
passeio em perfeitas condições de trânsito para dois pedestres.
CAPÍTULO II - DO HABITE-SE
Art. 38. Uma vez concluída qualquer edificação, sua ocupação somente se dará
mediante a concessão, pela Prefeitura, do respectivo Habite-se, expedido após verificação,
em vistoria, da correta execução do projeto aprovado e licenciado, assim como das suas
condições de uso e do cumprimento das demais exigências da legislação municipal.
Art. 42. Poderá ser concedido Habite-se em separado para cada bloco quando a
construção possuir dois ou mais blocos dentro do mesmo lote ou terreno, desde que
constituam unidades autônomas, de funcionamento independente, e preencham as
condições de utilização, separadamente por bloco e as obras tenham sido liberadas por
um único alvará.
Art. 44. A vistoria no imóvel para a concessão do habite-se será efetuada no prazo
máximo de 30 (trinta) dias, a contar da data do seu requerimento.
Parágrafo único Se as vistorias não forem feitas dentro deste prazo, considerar-se-
á as obras como aprovadas, podendo o prédio ser habitado, ocupado ou utilizado pelo
proprietário.
Art. 45. O Habite-se será concedido ou recusado dentro dos 15 (quinze) dias
subseqüentes à vistoria a que se refere o artigo anterior.
Parágrafo único A licença para demolição será expedida juntamente com a licença
para construção, quando for o caso.
Art. 51. Se a paralisação ocorrer por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, a
construção terá:
Parágrafo único Findo este prazo, se o responsável da obra não tiver atendido à
intimação, o Município promoverá a demolição e cobrará os custos dos serviços,
acrescidos de 10% (dez por cento), a título de taxa de administração.
Art. 54. Para que um lote de terreno possa receber edificação é necessário que ele
se enquadre nas exigências relativas à ocupação e uso para a respectiva zona e faça parte
de parcelamento aprovado pela Prefeitura Municipal, nos termos da legislação federal,
estadual e municipal.
Art. 57. Toda edificação onde se reúne grande número de pessoas disporá de
instalações preventivas e de combate a incêndios, de acordo com a CLT, normas da ABNT
e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais.
Art. 59. A fundação, qualquer que seja o seu tipo, ficará situada inteiramente nos
limites do lote de terreno, não podendo, em nenhuma hipótese, avançar sobre o passeio
do logradouro ou sobre os imóveis vizinhos.
Art. 62. As paredes que constituírem divisa entre distintas unidades habitacionais,
terão espessura mínima de 20cm (vinte centímetros).
Art. 63. As espessuras mínimas das paredes poderão ser alteradas quando for
utilizado material de natureza diversa, que garanta a segurança e a privacidade e desde
que especificados em projeto.
§ 3º Quando não for possível o escoamento dentro do próprio terreno, pela sua
declividade, as águas pluviais serão escoadas através dos lotes inferiores, neste caso
ficando todas as obras de canalização às expensas do interessado e executadas nas faixas
lindeiras às divisas.
Art. 71. Nas habitações coletivas consideram-se corredores principais, os que dão
acesso às diversas unidades dos edifícios, que terão obrigatoriamente:
Art. 73. Nas escadas, os degraus estarão dispostos de tal forma que assegurem
passagem com altura livre de 2,10m (dois metros e dez centímetros), espelho (h) entre
16cm (dezesseis centímetros) e 19cm (dezenove centímetros) e piso (p) entre 27cm (vinte e
sete centímetros) e 32cm (trinta e dois centímetros), segundo a proporção dada pela
fórmula 63<2h+p<64, e ainda:
h
h
Art. 75. As escadas e rampas de uso comum ou coletivo atenderão aos seguintes
aspectos:
patamar patamar
Guarda-corpo
ou parede
corrimão
interno
Piso
Antiderrapante
0,30
0,30
§ 2º Nas escadas de uso coletivo, sempre que houver mudanças de direção ou que
a altura a ser vencida for superior a 3m (três metros), será obrigatório intercalar um
patamar de profundidade mínima igual à largura da escada.
Art. 76. A altura de guarda-corpo será, no mínimo, de 1,05m (um metro e cinco
centímetros), exceto para o uso residencial unifamiliar, ao longo dos patamares, dos
corredores, das rampas, dos mezaninos, dos jiraus e dos outros elementos, podendo ser
reduzida para 92cm (noventa e dois centímetros) nas escadas internas, de acordo com a
NBR 9050 da ABNT.
II. quando de uso coletivo: ter curvatura externa com raio mínimo de
2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) e os degraus a largura mínima de 27cm
(vinte e sete centímetros) medida da linha do piso a uma distância de 1m (um metro) da
borda interna.
Art. 79. As escadas em caracol terão, pelo menos, 1,40m (um metro e quarenta
centímetros) de diâmetro, em projeção horizontal da escada, não apresentando menos de
30cm (trinta centímetros) na parte mais larga do piso de cada degrau, conforme fig. 04.
Art. 81. As escadas de uso coletivo estarão de acordo com a norma técnica NBR
9077 da ABNT.
IV. não admitir nas caixas de escada quaisquer coletores de lixo, caixas
de incêndio, portas de compartimento ou de elevadores, chaves elétricas e outras
instalações estranhas à sua finalidade, exceto os pontos de iluminação;
Art. 84. Os requisitos mínimos para iluminação e ventilação natural das escadas
enclausuradas atenderão às seguintes disposições:
§ 2º É obrigatório o uso de rampas para carga e descarga, assim como nas saídas
de emergência e nos acessos a elevadores de emergência.
Art. 86. Para rampas curvas, admite-se a inclinação máxima de 8,33% (oito vírgula
trinta e três por cento) e raio mínimo de 3m (três metros), prevendo patamar igual à
largura da rampa a cada 10,80m (dez metros e oitenta centímetros) de desenvolvimento,
todos medidos no perímetro interno à curva.
Art. 88. Será obrigatória a instalação de no mínimo 1 (um) elevador nas edificações
com mais de 3 (três) pavimentos que apresentarem, entre o piso do primeiro pavimento e
do último, uma distância vertical superior a 12,50m (doze metros e cinqüenta
centímetros).
Art. 95. As portas de acesso das edificações destinadas a locais de reunião, centros
comerciais e indústrias atenderão às seguintes disposições:
II. as folhas das portas de saída dos locais de reunião abrirão para fora e
nunca, em nenhuma hipótese, abrirão diretamente sobre o passeio do logradouro público;
§ 1º Nas áreas abertas, nos abrigos, nos terraços e nas varandas o pé-direito será,
no mínimo, de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros);
II. todas as edificações localizadas nas áreas onde não houver sistema de
tratamento dos esgotos sanitários apresentarão solução para disposição final das águas
servidas, que consiste em:
a) fossa séptica, filtro anaeróbio e sumidouro ou;
b) fossa séptica, filtro anaeróbio e ligação à rede de águas pluviais, quando
houver, conforme fig. 07.
(a)
(b)
Figura 07 – Instalações Hidrossanitárias
Art. 103. Quando o sistema de abastecimento público não puder promover o pleno
suprimento de água a qualquer edificação, esse poderá ser feito por meio de poços
freáticos, artesianos ou semi-artesianos, segundo as condições hidrológicas e higiênicas
locais, de acordo com a legislação ambiental pertinente e autorização dos órgãos
competentes.
Art. 104. Todas as edificações que possuírem instalações para banho, privilegiarão
o uso de coletor solar, voltado para norte, para abastecimento de água quente, dispondo
de instalação de água quente com tubulação isolada para os chuveiros.
Art. 105. As instalações elétricas para fins de iluminação obedecerão aos seguintes
dispositivos específicos:
IV. todo material de fácil combustão que se situar em nível inferior ao dos
dispositivos de segurança estará situado a 3 m (três metros) de distância dos recipientes;
VII. a tubulação será executada com tubos sem costura, rígidos ou semi-
rígidos, de aço preto ou galvanizado, cobre ou latão;
Figura 08 – Instalação de ar
condicionado
Art. 111. A instalação de pára-raios será obrigatória nas edificações, que mesmo
com a altura inferior às mencionadas no artigo anterior sejam destinadas a:
I. edifícios públicos;
III. escolas;
Art. 113. As chaminés serão localizadas de tal maneira que o fumo, fuligem, odores
ou resíduos que possam expelir não incomodem os vizinhos, exigindo-se a instalação de
dispositivos que evitem tais inconvenientes, quando necessários.
§ 1º O fechamento de que trata este artigo poderá ser feito com qualquer material
desde que garantida a vedação, a harmonia da paisagem urbana e a segurança dos
munícipes e não poderão exceder o alinhamento da testada do lote urbano.
V. as enfermarias e ambulatórios;
Art. 124. Os compartimentos sem permanência são aqueles que, pela sua
finalidade específica, não comportam permanência humana ou habitabilidade, tais como:
I. as adegas e porões;
III. as caixas-fortes;
Parágrafo único Admite-se área mínima de 4m² (quatro metros quadrados) para
cozinhas, de forma que permitam a inscrição de um círculo de 2m (dois metros) de
diâmetro em qualquer região de sua área de piso.
Art. 133. Sempre que possível, a renovação de ar será garantida por meio de
ventilação cruzada, de preferência com aberturas em paredes opostas, com entrada de ar
em zona de pressão positiva e saída de ar superior na fachada de pressão negativa, contra
o vento dominante, conforme fig. 11.
IV. o vão de iluminação deverá ter comunicação direta com espaços livres.
V. ventilação permanente.
Art. 146. Serão previstas vagas para os usuários com necessidades especiais na
proporção de 1% (um por cento) de sua capacidade, sendo o número de uma vaga o
mínimo para qualquer estacionamento coletivo ou comercial.
Parágrafo único No caso das vagas para usuários com necessidades especiais o
espaçamento entre as vagas será de 1,20m (um metro e vinte centímetros).
Art. 147. As áreas de estacionamento que não estejam previstas neste Código,
serão, por semelhança, estabelecidas pelo órgão municipal competente.
Art. 150. Toda habitação terá no mínimo 35m² (trinta e cinco metros quadrados)
de construção e compreender 1 (um) compartimento habitável, 1 (um) banheiro e 1 (uma)
cozinha.
III. cada uma das unidades obedecerá às normas estabelecidas por este
Código;
II. haverá uma área mínima de 20% (vinte por cento) da soma das áreas
de projeção das moradias destinada ao lazer dentro do conjunto;
IV. o terreno poderá ser desmembrado desde que cada parcela resultante
atenda as normas da Lei de Parcelamento do Solo;
Art. 159. Além de outras disposições deste Código que lhe forem aplicáveis, os
edifícios de apartamentos obedecerão às seguintes condições:
I. hotéis;
II. pensionatos;
IV. albergues;
V. motéis.
Art. 169. Além das disposições do presente Código que lhes forem aplicáveis, as
edificações destinadas ao comércio e ao serviço serão dotadas de depósitos de lixo,
quando possuírem mais de 2 (dois) pavimentos, de acordo com as normas do órgão
competente.
Art. 170. Será permitida a subdivisão de lojas, armazéns e depósitos, desde que as
áreas resultantes tenham projeto previamente aprovado.
Art. 171. As lojas que se abrem para galerias comerciais disporão de mecanismos
que garantam a renovação de ar e adequada iluminação, equiparados às condições de
ventilação e iluminação naturais e sua profundidade não excederá 2 (duas) vezes a
largura da galeria.
II. ter iluminação e ventilação adequadas, com proteção solar que evite a
incidência de radiação solar no ambiente interno;
IV. todos os vãos de tais áreas serão vedados com tela milimétrica ou
outros dispositivos firmes e resistente que impeçam o acesso de mosquitos e outros
animais daninhos. ao interior da cozinha/área de produção, despensas e depósitos de
alimentos.
Art. 182. As edificações a que se refere este capítulo terão casa de máquinas própria
para instalação dos motores de refrigeração, constituída de tal forma que os ruídos
gerados não causem desconforto acústico à vizinhança, aos usuários e aos funcionários.
VI. os ângulos das interseções das paredes, entre si com os pisos e com
os tetos, serão substituídos por superfícies curvas de concordância;
II. para o sexo feminino, 1 (um) vaso sanitário e 1 (um) lavatório para
cada 250 (duzentas e cinqüenta) pessoas ou fração.
II. para o sexo feminino, 1 (um) vaso sanitário para cada 100 (cem)
pessoas ou fração e 1 (um) lavatório para cada 150 (cento e cinqüenta) pessoas ou fração.
Art. 188. Nenhuma licença para edificação destinada à indústria será concedida
sem o estudo de impacto ambiental prévio por parte dos órgãos estadual e municipal.
Art. 189. A construção ou adaptação de prédios para uso industrial somente será
permitida em áreas previamente aprovadas pelo Município e indicados na Lei de Uso e
Ocupação do Solo e no Plano Diretor.
Art. 191. As edificações de que trata este capítulo satisfarão às seguintes condições,
além daquelas já estabelecidas nesta lei, relativas a pé-direito e área de iluminação:
Art. 192. As edificações de que trata este capítulo disporão de compartimento para
vestiário, anexo aos respectivos sanitários, dividido por sexo.
Art. 194. Nas edificações para fins de indústrias, cuja lotação por turno de serviço
seja superior a 150 (cento e cinqüenta) operários, será obrigatória a construção de
refeitório, observadas as seguintes condições:
II. piso e paredes revestidos com material liso e impermeável até a altura
mínima de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros).
II. possuir portão cujas folhas não se abram para o exterior, quando
construído no alinhamento do terreno;
V. ter pelo menos 1 (um) acesso independente para veículos com largura
mínima de 3m (três metros) e 1 (um) acesso para público com largura mínima de 1,20m
(um metro e vinte), podendo tais acessos serem substituídos por um único acesso com
largura mínima de 5m (cinco metros);
IV. para lavagem de caminhões, além das paredes citadas no inciso III, é
obrigatória a construção de cobertura, constituída de material firme e eficiente,
convenientemente instalada;
Art. 214. Somente será expedido Alvará de Construção a Postos Revendedores que
satisfaçam, além das exigências da legislação vigente sobre construções, as seguintes
normas:
II. distância mínima de 100m (cem metros) das bocas de túneis, trevos,
rotatórias e viadutos, quando localizados nas principais vias de acesso ou saída;
Art. 216. Qualquer reforma ou ampliação dos postos já existentes só será permitida se
houver conformidade com as normas deste Código.
IV. a edificação for ocupada sem que a Prefeitura tenha feito a sua
vistoria e emitido o respectivo certificado de aprovação, o Habite-se;
I. a gravidade da infração;
Art. 230. As penalidades aplicáveis aos infratores das disposições desta Lei são:
I. multa;
Art. 231. As multas previstas neste Código serão aplicadas em conformidade com a
Tabela de Multas, conforme Anexo I.
IX. estiver em risco sua estabilidade, com perigo para o público ou para o
pessoal que a executa.
Art. 235. Ocorrendo algumas das hipóteses do artigo anterior, o fiscal de obras,
depois de lavrado o auto para a imposição de multa, se couber, fará o embargo provisório
da obra, por simples comunicação escrita ao proprietário e ao responsável técnico, dando
imediata ciência do mesmo à autoridade superior.
Art. 237. O auto será levado ao conhecimento do infrator, para que ele assine, e, se
se recusar a isso, ou não for encontrado, será publicado em resumo no expediente da
Prefeitura Municipal, seguindo-se os processos administrativo e judicial para a suspensão
da obra.
Art. 240. A interdição será imposta pelo Município, por escrito, após vistoria
efetuada por um técnico especialmente designado.
CAPÍTULO IV – DA DEMOLIÇÃO
prazo que para isso seja julgado conveniente; salvo caso de urgência, esse prazo não
poderá ser inferior a 3 (três), nem superior a 90 (noventa) dias;
I. em flagrante;
Art. 244. Fora das hipóteses definidas no artigo anterior, será expedida contra o
infrator “Notificação Preliminar” para que, no prazo máximo de trinta dias regularize a
situação.
I. pessoalmente;
§ 1º O edital de que trata este artigo será publicado, uma única vez, no órgão oficial
de imprensa ou em jornal de grande circulação, local, considerando-se efetivada a
notificação cinco dias após a publicação.
§ 3º A Via original ficará com a Prefeitura Municipal e a cópia deverá ser entregue ao
notificado.
Art. 247. Esgotado o prazo de que trata os artigos 224 e 228 § 1º desta Lei sem que
tenha regularizado a situação perante lavrar-se-á o Auto de Infração.
Art. 249. O Auto de Infração será lavrado em formulário oficial da Prefeitura, em três
vias e deverá conter a assinatura do atuante e a do atuado ou de quem o represente bem
como toda a descrição clara e objetiva dos fatos.
I. pessoalmente;
§ 1º O edital de que trata este artigo será publicada, uma única vez, no órgão oficial
de imprensa ou em jornal de grande circulação local, considerando-se efetivada a notificação
cinco dias após a publicação.
§ 2º a Via original ficará com a Prefeitura Municipal e as cópias deverão ser entregues
ao autuado e a junta de julgamento.
Art. 251. O infrator terá o prazo de quinze dias corridos para apresentar a defesa
contra a ação da Autoridade Municipal, contados a partir da notificação da lavratura do
Auto de Infração.
Art. 252. A defesa far-se-á por petição devidamente protocolada, facultada a juntada
de documentos.
Art. 253. A defesa contra a ação das autoridades não terá efeito suspensivo da
cobrança de multas ou da aplicação de penalidades.
Art. 255. A autoridade julgadora terá o prazo de dez dias, contados da data do
recebimento da defesa para proferir sua decisão.
CAPÍTULO IX – DO RECURSO
I. de ofício; e
II. voluntário.
§ 1º O recurso de que trata o caput deste artigo deverá ser interposto no prazo de
cinco dias corridos contados da data de ciência pelo autuado da decisão em Primeira
Instância.
§ 2º A autoridade fiscal que teve seu ato revisto pela decisão de primeira instância
poderá interpor recurso de ofício.
Art. 258. A decisão, na instância superior, deverá ser proferida no prazo de trinta
dias contados da data do recebimento do processo.
Art. 259. O Prefeito Municipal não ficará restrito às alegações das partes, devendo
julgar o recurso de acordo com a sua convicção em face às provas produzidas.
Art. 260. A decisão será redigida com simplicidade e clareza, concluirá pela
confirmação ou não da decisão em Primeira Instância Administrativa.
Art. 261. O processo será dado por concluso após a publicação da decisão final, no
órgão oficial de imprensa ou em jornal de grande circulação, e a adoção das medidas
impostas.
III. pela notificação do infrator para vir receber no prazo de cinco dias o
saldo das coisas vendidas em leilão;
VI. pela imediata inscrição, como dívida ativa débitos não pagos e referidos
nos itens I e III deste artigo;
Art. 264. Nas edificações existentes que não estejam de acordo com as exigências
estabelecidas na presente Lei, somente serão permitidas obras que impliquem aumento de
sua capacidade de utilização, quando as partes a acrescer não venham agravar as
transgressões já existentes.
Parágrafo único Somente será permitida reforma das edificações que estiverem em
discordância com as disposições deste Código se a obra vier adequá-las às atuais
exigências.
II. opinar sobre os casos especiais e/ou omissos neste Código e sobre as
disposições que dependerem de critério da Prefeitura;
Art. 266. Os prazos previstos neste Código contar-se-ão por dias corridos.
Parágrafo único Não será computado no prazo o dia inicial e prorrogar-se-á para o
primeiro dia útil o vencimento de prazo que incidir em sábado, domingo e feriado.
Art. 267. Para efeito deste Código, as multas serão expressas reais, corrigidas
anualmente mediante Decreto do Executivo, de acordo os mesmos procedimentos
utilizados pelo com o Código Tributário Municipal.
Art. 27O. Esta Lei entra em vigor 60 (sessenta) dias após sua publicação.
ANEXO I
TABELA DE MULTAS
Quantidade
INFRAÇÃO
de UFPI
I. Iniciar ou executar obras sem licença da Prefeitura Municipal:
a) Edificações com até 60m² de área construída 3,5
b) Edificações acima de 60m² e até 100m² de construção 350
5
c) Edificações acima de 100m² de construção 6
II. Iniciar ou executar reforma sem licença da Prefeitura Municipal:
a) Edificações com até 60m² de área reformada 3,5
b) Edificações acima de 60m² e até 100m² de reformada 5
c) Edificações acima de 100m² de área reformada 6
d) Executar obras em desacordo com o projeto aprovado 6
III. Obras de reforma, modificação e acréscimos de prédios com mais de
3,5
30m², sem projeto aprovado
IV. Modificação de projeto aprovado sem autorização da Prefeitura 5
V. Entrega de construção à profissional não habilitado 6
VI. Construir em desacordo com o termo de alinhamento 6
VII. Ocupação do prédio sem atendimento às exigências desta lei 6
VIII. Omitir no projeto, a existência de cursos de água ou topografia
6
acidentada,que exijam obras de contenção de terreno
IX. Demolir prédios sem licença da Prefeitura Municipal 5
X. Não manter no local da obra, projeto alvará de execução da obra 3,5
XI. Deixar materiais sobre o leito do logradouro público além do tempo
7
necessário para descarga e remoção
XII. Deixar de colocar tapumes e andaimes em obras que atinjam
5
alinhamento
XIII. Deixar de pavimentar os passeios fronteiriços a imóveis localizados
5
em logradouros pavimentados e dotados de meio-fio
XIV. Executar obra com Alvará de Construção com prazo de validade 5
vencido
XV. Ocupar o passeio e o leito dos logradouros públicos, durante a
7
execução de obras de qualquer espécie, com terras e demais detritos
XVI. Construir rampa para entrada de veículos avançando na via 7
pública
XVII. Causar danos ao logradouro, devido à execução da obra 7
XVIII. Numeração de prédios sem atendimento ao disposto no presente 3,5
código
XIX. A qualquer pessoa física ou jurídica que deixar de atender
7
intimação para cumprir os preceitos desta Lei
XX. Quaisquer infrações aos dispositivos deste Código, para os quais
7
não tenham sido especificadas as penalidades próprias
ANEXO II
GLOSSÁRIO
ANDAIME - armação auxiliar e provisória de madeira ou metal, com estrado, sobre a qual
trabalham os operários nas construções.
ÁREA ABERTA - aquela que limita com o logradouro público, em pelo menos um de seus
lados.
ÁREA COMUM – aquela que se estende por mais de um lote, caracterizada por escritura
pública, podendo também ser murada nas divisas do lote até a altura de dois metros (2,00
m).
ÁREA CONSTRUÍDA – a soma das áreas dos pisos utilizáveis, cobertos, de todos os
pavimentos de uma edificação.
ÁREA DE DIVISA - aquela limitada por paredes do edifício e por divisas do lote.
BEIRAL - parte da cobertura fazendo saliência sobre a prumada das paredes. Não se
considera como área construída beiral abaixo de 0,75 cm (setenta e cinco centímetros),
exceto quando situado a 1,5 m (um metro e meio) da divisa, pois nesse caso o beiral
máximo permitido é 0,30m (trinta centímetros).
CARNEIRO – cova com as paredes laterais revestidas de tijolos ou matéria similar, tendo,
internamente, o máximo de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) de comprimento
por 1,25m (um metro e vinte e cinco centímetros) de largura e fundo em terreno natural.
CARNEIRO GEMINADO – dois carneiros e mais o terreno entre eles existente, formando
uma única cova, para sepultamento dos membros de uma mesma família.
CASAS GEMINADAS - reunião de duas unidades residenciais, com pelo menos uma de
suas paredes em comum, formando conjunto arquitetônico Único.
COMPARTIMENTO - cada uma das divisões dos pavimentos de uma edificação. Cômodo.
DIVISA DE FRENTE – menor testada na forma que a Lei determinar, por onde de tem o
acesso principal do lote ou terreno não edificado ou para onde estiver voltada a entrada
social principal da edificação nele existente, as quais servirão de base ao Registro de
Imóveis.
FACHADA PRINCIPAL - a que está voltada para a via pública. Se o edifício tiver mais de
uma fachada dando para logradouro público, a principal será a que der frente para o
logradouro mais importante.
FUNDO DO LOTE - lado oposto à frente. Os lotes triangulares e os de esquina não têm
divisa de fundo.
GALERIA COMERCIAL - conjunto de lojas cujo acesso e ligação com a via pública se faz
através de circulação coberta.
GALPÃO - construção com cobertura e sem forro, fechada total ou parcialmente, em pelo
menos três de seus lados, por meio de paredes ou tapumes, destinada a fins industriais
ou depósitos, não podendo servir de habitação.
GREIDE - série de cotas que caracterizam o perfil de uma via, definindo as altitudes de
seus diversos trechos; perfil longitudinal de uma via.
HABITE-SE - documento expedido pela Prefeitura que habilita qualquer edificação ao uso.
LICENCIAMENTO DE OBRA – ato administrativo que concede licença e prazo para início
e término de uma obra.
LOGRADOURO PÚBLICO – espaço das vias, praças e largos que dão acesso aos lotes;
área de terreno destinada pela Prefeitura ao uso e ao trânsito públicos.
LOTE - terreno servido de infra-estrutura básica cujas dimensões atendam aos índices
urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei municipal para a zona em que se situe;
parcela de terreno com frente para logradouro público, com divisas definidas em
documento aprovado pela Prefeitura e em condições de receber edificação.
PORÃO - espaço situado entre o terreno e o assoalho de uma edificação, ou, ainda,
compartimento de uma edificação com o piso situado, no todo ou em parte, em nível
inferior ao do terreno circundante.
SOBRELOJA - parte elevada da loja caracterizada pelo piso sobreposto ao da loja e pé-
direito reduzido.
VERGA - parte superior dos vãos de uma edificação. Viga que sustenta as cargas da
parede acima dos vãos, distribuindo-as em suas laterais.
VISTORIA – diligência efetuada pela Prefeitura, tendo por fim verificar as condições de
uma construção ou obra.