Perguntas das aulas de Impacte das Alterações Climáticas nos

Sistemas marinhos e costeiros

1. Qual ou quais os tipos de indicadores estão disponíveis quando se trabalha acima da
linha das árvores no Ártico?

Indicadores químicos a partir de cores de gelo tais como a concentração de CO 2 e ⸹O2 ,

variações de temperatura e precipitação, indicadores físicos tais como a textura e composição e
cor do sedimento que nos indicam o transporte e origem do sedimento a partir de sedimentos
marinhos e varvas de lagos do Ártico, possivelmente espeleotemas depósitos continentais que
nos indicam ambiemtes passados no interior de cavernas e a precipitação associada desse clima,
alquenonas (lípidos extraídos de algas) que são biomarcadores indicativos do ambiente marinho.

2. Que tipo (s) de proxy/indicador estão disponíveis nos oceanos?

Nos oceanos podemos encontrar proxies como os recifes de coral, gelo, sedimentos marinhos,
alquenonas e microfósseis. Indicadores físicos, indicadores químicos, indicadores biológicos.

3. Que tipos de proxies são baseados em indicadores biológicos?

Pólens e esporos permitem reconstruir padrões de vegetação do passado e do seu clima

associado.
Macrofósseis vegetais permite inferir o clima e o ambiente do passado.
Carvão permite reconstruir mudanças na frequência e magnitude dos incêndios no ecossistema.

Microfósseis permitem reconstruir a constituição do ambiente marinho em concentrações de

HCO3 - e CO2 – e variações devido à sensibilidade das suas conchas carbonatadas. (diatomáceas
silicatadas, indicadoras da qualidade da água e condições extremas de temperatura)

4. Qual é a vantagem de usar registos com vários proxies?

A utilização de vários proxies em conjunto permite-nos aferir com maior exatidão as alterações
que ocorreram ao longo do tempo.

5. Quais as pressões que os compartimentos ambientais, sistemas hídricos, atmosfera,

oceanos e zonas costeiras estão a sofrer?

1. mudança de habitat;
2. mudanças climáticas, incluindo mudanças na média eventos climáticos e extremos, bem como
concentração de CO2 atmosférico;
3. dispersão de espécies exóticas invasoras;
4. exploração e gestão, incluindo uso da terra intensificação, agricultura insustentável, consumo de
recursos naturais e adaptação tecnológica;
5. poluição e enriquecimento de nutrientes, incluindo deposição atmosférica, uso de fertilizantes e
pesticidas, irrigação e acidificação do solo, massas de água doce e marés.

6. Quais as pressões que os setores da energia, biodiversidade e agricultura, neste caso a

desertificação estão a sofrer?

Setor Energia – Um rápido e progressivo aumento do consumo energético e da sua demanda,

tanto pelo crescimento populacional como pela variabilidade climática.
Biodiversidade – Fragmentação de habitats pela maior disponibilidade para atividades agrícolas
e pecuárias, também pela própria destruição de habitat pelas alterações climáticas e eventos
climáticos associados. Espécies invadoras pela tropicalização.

Agricultura – Escassez de recursos para a o consumo associado, aumento da temperatura e

secas, escassez de água, doenças.

7. Quais os impactes que as alterações climáticas nestes compartimentos/setores podem

provocar?

Setor energia: O aumento da temperatura, a mudança dos padrões de precipitação e possíveis

aumentos na severidade e frequência das tempestades podem ter também um impacte nos geradores
de eletricidade renováveis e convencionais. Consumos de energia dispares daqueles que estamos a
ter. As infraestruturas de transporte de energia estão expostas a riscos substanciais devido ao
aumento da frequência e magnitude de eventos extremos induzidos pelas mudanças climáticas.

Setor agrícola: Impactes em termos de projeções de água e irrigação

Biodiversidade: Mudanças climáticas induzidas pelo aumento de CO2- aquecimento global;

Acidificação oceanos; Anoxia oceanos -> Perda habitat e posteriormente da sua fauna e flora.

8. Quais as soluções que se podem apontar na minimização e mitigação destas pressões?

• Usar os recursos hídricos de forma mais eficiente; • Adaptar os edifícios às condições climáticas
futuras e a eventos climáticos extremos; • Construir defesas contra enchentes; • Desenvolvimento de
culturas tolerantes à seca; • Reservar corredores terrestres para ajudar as espécies a migrar;
Substituir o uso de pesticidas por produtos naturais; Uso de energia renovável; Uso de combustíveis
biológicos (?)

9. Com base em observações e projeções, em que regiões da Terra os efeitos das

mudanças climáticas são mais fortes? Explicar.

De forma global, os pólos Ártico e Antártico vão sofrer as maiores consequências devido ao
aumento da temperatura atmosférica e de águas superficiais, despoletando o derretimento de
gelo e de áreas congeladas tais como o permafrost que poderá contribuir para as emissões de
CO2. Estas emissões por sua vez irão causar um desequilíbrio no controlo da Tº pelos GEE que
em conjunto com a insulação, a regressão do gelo e a diminuição do albedo contribuem para o
aumento continuo da Tº e da subida do nível do mar. Estes fatores também influenciam a
circulação termohalina e a sua capacidade de redistribuir calor.

A nível da macroescala, a Europa Sul e Sudeste serão as áreas mais afetadas por eventos
extremos tais como secas (que irão afetar a disponibilidade de água e agricultura), queda da
precipitação associada e diminuição dos acudais dos rios, aumento de temperatura generalizado
e também no Norte Africano com maior probabilidade de incêndios florestais, ondas de calor e
cheias síncronas que contribuem para a perda de biodiversidade, contaminação por águas
residuais e pestes.
No geral também não podemos deixar de referir o efeito negativo da subida do nível do mar
para as regiões costeiras principalmente oceânicas, sujeitas a inundações e perda de recursos e
bens para a população incidente (~70%)

Todas as regiões europeias são vulneráveis às alterações climáticas, mas algumas sofrerão impactes
mais negativos do que outras.

→ A Europa do sul e sudeste deverá ser uma região crítica, prevendo-se que enfrente o maior
número de impactes adversos (aumentos do calor extremo e diminuição da precipitação e dos
caudais dos rios, aumentando assim o risco de secas mais severas, menores rendimentos de culturas,
perda de biodiversidade e incêndios florestais).

→ Os ecossistemas e as atividades humanas no Ártico serão também fortemente afetados devido ao

aumento, particularmente rápido das temperaturas do ar e do mar e á consequente fusão do gelo
terrestre e marinho.

10. O que são ciclos ENSO? Como é que eles afetam o clima?

“Os padrões anômalos da circulação atmosférica associados a estes padrões de anomalias de TSM,
hoje conhecidos como padrões que fazem parte dos ciclos do fenômeno El Niño–Oscilação Sul
(ENOS), conduzem a padrões climáticos anômalos em várias áreas do globo que se manifestam em
diversas variáveis como a precipitação, temperatura do ar, pressão ao nível médio do mar entre
outras.”

Existem 2 ciclos:
1. Quando temos ventos predominantes par aleste, temos a deslocação das massas de ar quentes mais
para o lado da austrália e movimentos de upwelling→ interfere com a circulação mais chuva na zona
central americana → La Niña - Anomalias negativas.
2. Quando temos ventos essencialmente de oeste para este, as massas quentes são empurradas para o
continente americano, deixamos de ter upwelling, há convecção e a circulação depois altera-se. → El
Niño - Anomalias positivas.

Quais são os efeitos desta circulação? Zonas em risco de seca; zonas com excesso de chuva;
populações em risco associadas aos períodos de seca extrema.

11. Descreva os feedbacks mais importantes no ciclo do carbono e explique como eles
afetam a acumulação de CO2 na atmosfera e o aquecimento global.

O derretimento de gelo e de áreas congeladas tais como o permafrost poderá contribuir para as
emissões de CO2. Estas emissões e de fontes antropogénicas associadas (queimas, combustíveis
fósseis) por sua vez irão causar um desequilíbrio no controlo da Tº pelos GEE que em conjunto
com a insulação atmosférica, a regressão do gelo e a diminuição do albedo contribuem para o
aumento continuo da Tº global e da subida do nível do mar. Estes fatores também influenciam a
circulação termohalina e a sua capacidade de redistribuir calor ao longo do oceano.

O aumento da concentração de CO2 atmosférico tem consequências diretas na acidificação dos

oceanos, que ultrapassando o seu “threshold” de concentrações capazes de se suportar em HCO 3
e aumentando a dissolução de CaCO3. Perda de biodiversidade marinha incluindo o
branqueamento dos corais.

12. Qual é a estimativa de taxa de subida do nível médio do mar para o final deste século
(pode basear-se nas projeções do IPCC)? Identifique e explique os mecanismos
relacionados com essa subida.

30-60 cm até 2100, mesmo que as emissões de gases de efeito de estufa sejam acentuadamente
reduzidas e o aquecimento global seja limitado a abaixo de 2⁰C. OU Atualmente, o nível do mar está
a subir mais de duas vezes mais rápido e irá acelerar ainda mais, chegando a 1,10m em 2100, se as
emissões não forem drasticamente reduzidas.

A subida do nível da água do mar está relacionada com o aumento da temperatura tanto a nível
atmosférico como a nível das próprias águas. Esse aumento da temperatura provocará um aumento
no derretimento dos blocos de gelo e da neve provocando assim um aumento das águas do mar que
trarão muito problemas tanto a nível ambiental como a nível humano.

13. Quais são os impactes biofísicos das alterações climáticas? Como é que esses impactes
biofísicos afetam o sistema socioeconômico nas zonas costeiras?

Impactes dispares conforme a latitude e a altitude, mas no geral são o aumento do nível do mar,
temperatura, precipitação, tempestades, secas/ondas de calor, tornados, cheias. Estes afetam o
sistema socioeconómico nas zonas costeiras, cerca de 70% da população mundial e consequente
investimento para esta população, a nível de habitações, terrenos, sistemas de aquacultura e a
produtividade dos oceanos adjacentes (também por descarga de águas residuais or rios
resultantes de tempestades e cheias), aumento de doenças pela proliferação bacteriana em zonas
anóxicas, morte ambiental por eutrofização devido ao aumento da Tº e períodos de secas
intensas levando à estratificação das camadas de água e excesso de nutrientes e ao aparecimento
de HAB’s, branqueamento de corais pela acidificação dos oceanos e principalmente afetados
nas zonas costeiras.

14. Defina os termos “mitigação” e “adaptação” como estratégias de resposta às alterações

climáticas; dê um exemplo de cada um, qual a melhor estratégia?

A mitigação→ redução da mudança climática - envolve a redução do fluxo de gases de efeito estufa
que aprisionam o calor na atmosfera, reduzindo as fontes desses gases (por exemplo, a queima de
combustíveis fósseis para eletricidade, calor ou transporte) ou melhorando os “sumidouros” que
acumulam e armazenam esses gases (como oceanos, florestas e solo).

A adaptação→ adaptação à mudança climática - envolve a adaptação ao clima futuro, real ou

esperado. O objetivo é reduzir a vulnerabilidade aos efeitos nocivos das mudanças climáticas.
Também inclui aproveitar ao máximo todas as oportunidades potenciais benéficas associadas às
mudanças climáticas

15. O que é um “refugiado climático”? De que maneira os refugiados climáticos são

considerados pelas Nações Unidas diferentes ou similares a outros refugiados? Quais
são as regiões com maior probabilidade de produzir refugiados climáticos e porquê?
Refugiados climáticos é um refugiado que perde casa e comida (devido ao impacte das alterações
climáticas). As regiões com maior probabilidade de produzir refugiados climáticos são então zonas
costeiras (grande parte da população vive nas zonas costeiras (70%), são afetadas pelo aumento do
nível do mar, podendo essas zonas ficar submersas. Parte indireta→ afetação de recursos, de
sistemas marinhos e costeiros que diretamente são a base de sustentação da sociedade humana.),
zonas perto do Equador e África (elevada seca e falta de água).

16. Nenhum lugar na Terra está mais frio hoje do que há 100 anos atrás.
A. Verdadeiro
B. Falso

17. Qual dos seguintes gases não retém o calor?

A. Dióxido de carbono
B. Azoto
C. Vapor de água
D. Metano
18. À medida que a temperatura média global aumenta,
A. A precipitação média aumenta
B. A precipitação média diminui
C. A precipitação média permanece inalterada

19. Onde ocorreram alguns dos impactes mais intensos do aquecimento global?
A. Nos trópicos
B. Nas latitudes a Norte
C. Os impactes do aquecimento global são distribuídos igualmente por todo o planeta.

20. Comparado a outros gases de efeito estufa, o dióxido de carbono é o mais eficaz para
reter o calor próximo da superfície da Terra.
A. Verdadeiro
B. Falso

21. Alguns tipos de poluição na atmosfera podem levar à diminuição da temperatura do

planeta, através da redução da quantidade de radiação solar que atinge a superfície da
Terra.
A. Verdadeiro
B. Falso

22. A Terra já esteve mais quente no passado do que é hoje.

A. Verdadeiro
B. Falso

23. Se se removesse o efeito estufa natural da atmosfera e tudo o resto permanecesse o

mesmo, a temperatura da Terra seria:
A. 6 a 11 ° C mais quente
B. 17 a 22 ° C mais quente
 C. 6 a 11 ° C mais fria
D. 28 a 33 ° C mais fria

24. Como é que os cientistas colhem evidências sobre o clima?

A. Usando imagens de satélite
B. Efetuando medições da temperatura da superfície da terra, concentração de dióxido de
carbono e nível médio do mar
C. Interpretando registos de anéis de árvores (proxies), cores gelo, cores de sedimento, e
registos históricos
D. Todas as opções de resposta são corretas

25. O nível médio do mar permaneceu bastante constante ao longo da história da Terra.
A. Verdadeiro
B. Falso

26. O desgelo dos glaciares pode aumentar o nível médio do mar em vários metros.
A. Verdadeiro
B. Falso

27. Além do desgelo das camadas de gelo terrestres, quais desses fatores contribuíram
para a elevação do nível médio do mar nos últimos 100 anos?
A. Aquecimento das águas superficiais dos oceanos
B. Derretimento do gelo do mar
C. Aumento do escoamento dos rios

28. El Niño é o resultado do aquecimento global.

A. Verdadeiro
B. Falso

29. O nível médio do mar nunca foi tão alto quanto é hoje.
A. Verdadeiro
B. Falso

30. O que causa a acidificação dos oceanos?

A. Chuva ácida
B. Níveis crescentes de oxigênio na atmosfera
C. Níveis crescentes de dióxido de carbono na atmosfera
D. Despejo de produtos químicos tóxicos no oceano

31. Os recifes de coral saudáveis contribuem para as economias locais, por exemplo
através do turismo subaquático; algumas propriedades
A. Protegem as margens adjacentes da ação das ondas
B. Auxiliam na fixação de carbono e azoto
C. Ajudam na remoção de nutrientes
D. Todas as opções de resposta são corretas
32. De que forma a saúde humana pode ser afetada pelas mudanças climáticas?
A. Aumento de doenças respiratórias e cardiovasculares
B. Aumento de doenças transmitidas por alimentos e pela água
C. Pode causar ou piorar algumas doenças mentais
D. Todas as opções de resposta são corretas

33. Quem são os mais vulneráveis às alterações climáticas?

A. Crianças
B. Comunidades carenciadas
C. Idosos
D. Todas as opções de resposta são corretas

34. Quais são os possíveis efeitos das alterações climáticas nas espécies vegetais e animais?
A. Alteração na composição de espécies dos biomas
B. Mudança de habitats
C. Perigo e extinção de espécies
D. Todas as opções de resposta são corretas

35. Águas superficiais mais quentes nos lagos e nos oceanos podem:
A. Estimular a proliferação de algas tóxicas
B. Tornar os peixes letárgicos
C. Impedir o crescimento das plantas
D. Manter mais oxigênio dissolvido na água

36. Qual das seguintes formas de gestão é mais eficaz para manter a diversidade ecológica,
aquando o combate às alterações climáticas?
A. Proteger individualmente espécies em todo o mundo
B. Proteger ecossistemas altamente diversificados
C. Proteger áreas economicamente benéficas para as pessoas
D. Proteger ecossistemas de baixa diversidade

37. Qual das alternativas a seguir mais contribuiu para a subida do nível médio do mar?
A. Derretimento do gelo marinho do Ártico
B: Derretimento do gelo terrestre na Groenlândia e Antártica
C. Derretimento dos glaciares nos Himalaias
D. Derretimento dos glaciares no Alasca

38. Nos últimos 30 anos, o gelo marinho que cobre o Oceano Ártico no final do verão:
A. Cobre mais área do que há 30 anos
B. Recuou, mas recuperou para onde estava há 30 anos
C. Desapareceu completamente no verão
D. Cobre menos área do que há 30 anos

39. O Albedo é uma medida da refletividade da superfície. O albedo polar é importante

porque:
A. Reflete gases de efeito estufa, e baixa a temperatura do planeta
 B. Absorve a radiação solar, que derrete a neve
C. Reflete a radiação so
D. Absorve gases de efeito estufa, retirando-os da circulação

40. Porque é que a corrente Circumpolar Antártica é importante para a regulação do

clima?
A. Redistribui a temperatura e a salinidade nos oceanos
B. Permite trocas gasosas de dióxido de carbono com a atmosfera
C. Permite as baixas temperaturas na Antártica
D. Todas as opções de resposta são corretas