O Quarterback Que Eu Odeio (Estrelas Do Al - Lana Silva
O Quarterback Que Eu Odeio (Estrelas Do Al - Lana Silva
O Quarterback Que Eu Odeio (Estrelas Do Al - Lana Silva
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Sumário
Sinopse
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Epílogo
Epílogo bônus
Agradecimentos
Redes Sociais
Ethan Lewis é a maior estrela do futebol americano
universitário, então quando ele desloca o ombro correndo
atrás do seu amigo bêbado, e só de cueca ele sabe que está
ferrado.
Abby
— Péssimo dia.
— Eu sei.
— Sinto muito.
Dou de ombros.
— Bacon?
— Tchau, baby.
— Tchau, querida.
— Mãe.
Sorrio ironicamente.
— Não.
— Cuide-se, mãe.
— Qual notícia?
se você aceitar.
Bufa irritado.
— Inacreditável.
Não há justificativas.
Engulo em seco.
— Estou liberado?
— Está.
Eu fico em pé e estendo minha mão em sua direção.
— Um pouco.
Não é a primeira vez que Aiden se desculpa por ter sido ele
a sugerir que deixássemos a piscina e corrêssemos atrás de
Josh.
— Eu concordo.
Sorrio debochado e ele faz uma careta.
— Eu estava brincando.
— Idiota.
— Hoje à tarde.
— Obrigada.
— Como foi?
Assente.
Faço uma careta. Contar a Liam será o mais difícil, ele foi
meu treinador durante a escola e hoje é o meu agente.
— Dylan, você sabia que foi Liam que fez Josh desistir do
futebol americano?
— Idiota.
— Um cafuné talvez.
Josh segue debochando de mim.
— Uma sopinha?
Dylan complementa.
— Hey, treinador.
Encaro o teto.
— Ontem Dylan, um dos caras que mora comigo, soube que
irá ser o novo capitão do time de basquete.
— Sim, eu estou.
— Hey, Miller.
— Bem.
Abby
— Entre.
— Licença.
Deparo-me com um homem negro, aparentemente forte,
com os cabelos praticamente raspados e com um olhar
gentil. Ele
— Sente-se.
— Estou à disposição.
Sorrio e ele faz uma careta. Droga, algo está errado, será
que é comigo?
— Precisamos de muita disposição.
Ele tem uma caneta em mãos e bate com ela na sua mesa
de madeira.
— Integralmente.
— E a remuneração?
Está explicado.
— E as minhas aulas?
Assinto.
— Abigail, ele lesionou o ombro direito, então será
necessário que você copie e escreva por ele.
Ótimo, superdivertido.
— E quem é o atleta?
— Ethan Lewis.
— Você o conhece?
Pela forma como me encara ele não sabe que eu sou sua
filha. É claro que ele não sabe, ninguém sabe.
— Não.
— Irei.
— Ethan Lewis.
Dá de ombros.
Dou de ombros.
Dakota dá de ombros.
— Nunca se sabe.
Dakota resmunga.
Dá de ombros.
Ethan
Permaneço um tempo encarando o teto, porém desvio os
meus olhos quando minha barriga ronca. Eu preciso comer,
porque desde ontem à noite que não como nada.
Caralho!
— Última opção.
Ri e balança a cabeça.
Suspiro.
— Ele é um merda.
Ele assente.
— Como assim?
Suspiro e faço uma pausa, porque sei que assim que Aiden
souber o que isso quer dizer exatamente ele irá rir.
— Aparentemente sim.
Resmungo.
— Idiota.
— Eu levo você.
— Obrigado.
Ele assente.
— Não!?
— Amanhã.
Assente.
Suspiro irritado.
Sorrio.
Aiden suspira.
— Eu espero.
Não estou com meu melhor humor, não foi o meu melhor
sono, minhas costas estão doendo e meu ombro continua
imobilizado. Eu esperava o quê? Que acontecesse um
milagre enquanto estava dormindo? Suspiro, não faz nem
vinte e quatro horas que estou com a tipoia e já estou
morrendo de vontade de tirá-la.
— Nós vamos.
— Crimson Giants.
— Um pequeno acidente.
Pisca sem parar e acho que essa é a sua forma de dizer que
está afim. Não é tão sexy quanto talvez ela pense que é,
porém não é desagradável. Ela é bonita e não me
importaria de ter um momento com ela.
— Talvez.
— Eu adoraria.
Ela abre a boca, mas antes que consiga dizer algo, alguém
para ao nosso lado e a interrompe.
afasta de mim.
Olho para Kim e ela está sorrindo, então sorrio de volta. Ela
apenas quer ser vista comigo por tudo que represento, ela
ama um atleta principalmente se ele tem certa fama.
— Hey, Kim.
— Hey, QB.
— Sozinha?
Eu sei que ela está mentindo e ela sabe que eu sei, mas
nenhum de nós se importa. Esse é o nosso joguinho. Eu
ainda a estou encarando quando algo chama minha
atenção, olho em frente e me deparo com uma garota
caminhando na minha direção.
— Você a conhece?
Dá de ombros e sorri.
Sorrio.
É claro que ela sabe quem eu sou, mas por que está agindo
como se já nos conhecêssemos?
Dá de ombros.
— Talvez.
Sussurra, então antes que Kim possa fazer uma cena, bebo
o resto da cerveja que há em meu copo e o deixo sobre o
balcão.
Caralho!
— Quem é você?
— Eu não sei.
— Eu preciso ir embora.
...
Abby
Ethan me encara surpreso e apreensivo. Ele tem medo que
eu conte para Miller onde ele estava na noite passada. E eu
poderia ter contado, mas não contei.
Não o respondo.
— Vocês se conhecem?
Miller assente.
Assinto.
— Claro.
É um bom cheiro.
— Ok.
ironia.
— E você, Ethan, não tente trapacear.
— Ok, treinador.
— Você me denunciou.
— Não fui eu, confesso que poderia ter sido, mas não fui,
afinal se algo tivesse acontecido a você ontem não seria
problema meu.
— Por diversão.
Suspira.
— A minha classe?
— Posso?
seguir.
— Sem chance.
— Estou.
Sinto seu olhar sobre mim e sei que ele está me analisando,
não é algo desconfortável, mas faz com que me sinta
estranha, diferente, uma mistura de vergonha com
ansiedade.
— Eu estou, bonitinha.
— Idiota.
Eu saio do carro e bato a porta com força. Não espero por
Ethan e caminho até a calçada. Analiso a casa mais uma
vez e realmente é algo mais do que se espera de um
universitário.
— Vamos.
Dou de ombros.
— Conheço o suficiente.
— DR... DR.
Ethan
Josh começa.
— De cueca?
Dá de ombros.
Lê em voz alto e pelo som da sua voz ela não parece muito
feliz com o cardápio.
— Não gosta?
— Nada saudável.
Dá de ombros.
— Nem academia?
— Você não.
Sorrio debochado.
— Bonitinha é péssimo.
Posso ouvir Josh e Aiden rindo, mas não me viro para eles,
sigo encarando Abigail que termina de mastigar e sorri, um
sorriso totalmente falso.
— Eu ajudo você.
— Não precisa.
Josh debocha.
— Não é um cara.
— Não sei, juro que não imaginei que ela fosse a sua babá,
talvez alguém que você estivesse tentando se livrar, ou
alguma pobre coitada que estivesse sendo obrigada a fazer
algum trabalho com você.
Resmungo.
— E Abby?
— Não irá assistir ao jogo e foi buscar seu Ipad.
Suspiro.
— Não, obrigada.
Desligo meu Ipad e fico em pé.
Ele é bem mais alto que eu, mas não me intimida. Homens
grandes não me intimidam, aliás nada na vida me intimida.
Sorrio.
— Eu sou estranha.
— Você bebeu?
falando a verdade.
Josh, reclama.
— Um filme de terror?
— Eu busco.
...
— Ok.
— Está doendo?
— Mais ou menos.
— Ok.
Assinto. — Legal.
Fico em silêncio, porque não acho que ele queira saber que
acho o futebol uma péssima escolha. Sinto seu olhar sobre
mim e minha respiração se altera. Ethan é bonito, alguém
que não posso me permitir ser amiga e ele está tão perto.
— Pronto.
— Obrigado.
— Até amanhã.
Eles acenam na minha direção, então sorrio e sigo para a
porta, uma porta que já está aberta por Ethan. Eu vou até
ele e paro à sua frente.
— Eu ficarei em casa.
— Ótimo.
— E eu gostei deles.
Uma parte minha diz que estou sendo grossa demais com
Ethan ao ouvir sua pergunta, mas aí eu lembro do meu pai.
Raiva volta a borbulhar em meu peito e olho para trás.
Abby
— Como foi?
— Eu não choro.
— Adivinha?
— Em uma festa?
...
Idiotas.
— Ethan, eu cheguei.
— Eu sabia.
— Me analisando, bonitinha?
— Você está.
— Não estou.
— Ninguém.
Mordo meu lábio inferior por alguns segundos.
Suspira.
Além disso, ela não faz o meu tipo e não acho que eu seja o
seu tipo.
— Ela é diferente.
Assinto.
— E bonita.
— Problema é seu.
Olho em frente.
— Não ligue para ele, Abby. — Ele faz questão de frisar que
pode usar o seu real apelido. — Ele é um bebezão
implicante.
Ela encara meu amigo e a raiva some de seus olhos.
Sorri debochada.
Ela dá de ombros.
— Talvez.
Ela sorri, porém noto uma sombra em seus olhos. Ela não
está brincando cem porcento, ou seja, ela realmente leva a
sério isso da vida ser injusta. Guardo essa informação em
minha mente e olho em frente.
Sentamos os três na mesma fileira, comigo entre Dylan e
Abigail. Ela suspira ao ler o nome da matéria no quadro.
— Nenhuma chance.
— Prefiro escrever.
— Vamos?
Dylan faz com que percebamos que algo não está certo,
então ela desvia seus olhos dos meus e puxa seu braço para
longe de mim.
— Vamos.
Assinto.
— Até mais.
— Sim, senhorita.
Volto a provocá-la com o apelido que usei, o que faz com
que ela revire os olhos.
— Não é.
— Ok.
Ela morde seus lábios para não rir e sorrio satisfeito. Ela
quase sorriu.
Ela apenas balança a cabeça, mas mais uma vez posso ver
o inicio de um sorriso em seus lábios.
Afasta-se de mim.
— Deixe-me tentar.
— Quanto deu?
— Eu sou um cavalheiro.
— Pobre do garoto.
Ethan
Vamos para a segunda e última aula do dia em silêncio, o
que é extremamente difícil para mim, porque sou
barulhento e gosto de conversar. Ficar quieto me deixa
inquieto.
— Eu não fiz isso.
Minto, ela não parece acreditar em mim, mas não diz mais
nada, apenas me entrega o caderno e as canetas, eu
guardo e em seguida ficamos em pé e deixamos a sala.
Sua voz soa mais arrastada que o normal, então olho para o
lado e me deparo com seu semblante um pouco abatido.
Assente.
— Isso é normal?
— Enxaqueca.
— Não é.
— Estamos sozinhos?
— Obrigada.
— Às vezes sim.
— Fique à vontade.
— Hey, mãe.
— Bem, e a senhora?
— Mãe, é sério.
— Verdade?
Sua voz soa tão incrédula que acabo rindo.
— Não, está tudo bem, ela não é tão ruim e além disso me
ajuda com as coisas que não estou conseguindo fazer por
estar com braço imobilizado.
Escuto-a rir.
Provoco-a.
— Está?
Aiden pergunta.
— O quarto é seu.
— Eu acabei dormindo.
— Você melhorou?
— Sim.
— Impróprio perguntar.
Abby
— E somos nós que temos que treinar com ela, porque ela
disse que sabia jogar.
— Eu sei jogar.
Brooke se justifica.
— Ele é fofo e acho que talvez ele não seja como você
pensa que ele é.
...
Enfrentar aula com cálculo e física logo cedo foi tudo que
tentei evitar na vida e agora estou aqui, copiando vários
números e anotando tudo que a professora está falando.
Deus, por que Ethan gosta tanto de anotar?
— Eu fui.
Ela não olha para trás. Suspiro e sinto meu rosto queimando
. É lógico que estou vermelha. Olho para o lado e Ethan está
com os lábios comprimidos um no outro para não rir.
— Isso é bom.
— Hey, Miller.
— Hey, cara.
Ele insiste, porém para minha sorte seu celular toca. Sigo
olhando em frente, mas pelo canto do olho o vejo pegando
o aparelho em seu bolso, aceitando a ligação e levando o
celular até sua orelha.
— Hey, Liam?
Ele está falando de mim, será que ele sabe que sou? Não,
se ele soubesse já teria me enviado algum e-mail.
Sorrio debochada.
Josh
provoca
amigo,
então
Ethan
suspira
— Eles já se conheciam.
Olho para Josh e espero que ele explique.
Aiden assente.
Josh concorda.
Josh implora.
— Por favor.
sério.
— Eu vou?
...
Eu nunca pensei que organizar uma festa fosse tão
trabalhoso, mas é. Estou exausta quando acabamos e juro
que enquanto dirijo para casa para trocar de roupa pondero
não voltar e ficar dormindo em minha cama.
— Uau.
— Vamos lá.
— Hey, eu cheguei.
— Estamos na cozinha.
É Aiden quem responde, então dou a volta e sigo para a
cozinha, escuto os passos das meninas e sei que elas estão
me seguindo. Encontro Aiden e Josh abastecendo o freezer
com mais cerveja.
— E as suas amigas.
— Vocês se conhecem?
Dakota responde.
— E eu preciso de horas.
— E Ethan e Dylan?
— Só hoje, Abigail.
Ergo minha cabeça e encontro seu olhar me desafiando,
então, eu tenho a péssima ideia de pegar o copo e trazê-lo
até a minha boca.
Abby
— Isso é justo.
Posso não gostar de Ethan, mas tenho que admitir que ele é
bonito e gostoso.
— Quem disse?
Desvencilho-me dele.
— Fechado.
— Beba, Abigail.
Sorrio.
Ele enlouqueceu?
— Nem pensar.
— À nossa amizade.
— À nossa amizade.
— Por quê?
— Preto.
Ele sorri.
Ele assente.
— Gato, e você?
Ela leva sua mão até sua testa e a pressiona com seus
dedos.
— Não mesmo.
Ela suspira.
— Seu ombro está doendo? — Assinto e é a sua vez de fazer
uma careta. — Nós fomos muito irresponsáveis.
Ela olha para mim e faz um gesto com a mão para que eu
levante.
com cerveja.
limpo.
Ela morde seu lábio para não rir e uma satisfação vibra em
meu peito. Talvez, meu primeiro objetivo como alguém que
quer
Ela assente, então olho para ela uma última vez e vou para
o banheiro.
Nunca tive uma garota tão perto, não sem intenção sexual.
Bufa.
Ela não faz o que pede, mas se joga para trás e se deita na
minha cama com os olhos fechados.
— Ethan?
— Sim.
— Prontinho.
— Ok, obrigada.
— Eu preciso da camisa.
— É a maior.
Abby
Droga!
Eu tento avisá-lo e me dou conta de que não tenho seu
número. Espero que ele e Dylan tenham guardado um lugar
para mim.
Sussurro.
— Hey, Abby.
— Hey, Abigail.
— Desculpe, professor.
Ethan debocha.
— Como você sentiu dor ontem acho melhor irmos para sua
casa e fazermos uma compressa de água fria.
— Obrigada.
Mesmo sem estar vendo seu rosto sei que ele está sorrindo,
o sorriso lateral que ele usa quando está fazendo uma das
suas piadinhas.
Provoco-o.
— A minha bonitinha.
— Sua?
— Não é verdade.
— É sim.
Sorrio irônica.
— Azedinhas?
— Sente-se no sofá.
Eu sorrio.
— Ainda não.
Engulo em seco.
Ele ergue seu braço e afasta alguns fios do meu cabelo que
insistem em cair em meu rosto, ele os coloca atrás da
minha orelha.
— Eu tenho.
— Vamos.
— Eu sou surpreendente.
Ele está tão perto e respiro fundo. É a segunda vez que ele
me faz essa pergunta.
— Porque eu adoro esportes, embora seja péssima os
praticando.
— Os caras chegaram.
O problema é hoje.
— Você falou?
Soa surpresa.
Ela assente
Quero que ela saiba que não somos tão ruins quanto ela
pensa, quero ajudá-la a superar o que a incomoda mesmo
que não saiba o que é. Ela hesita, mas por fim assente e eu
sorrio.
— Nem morta.
Abigail pode não admitir nem para si mesma, mas ela nunca
me odiou, não realmente.
— Essa é a Abigail.
Eu vou até ela e seguro sua mão com a minha. Ela hesita e
balança a cabeça, então aproximo minha boca da sua
orelha.
— Vamos lá, eles não irão te morder. — Fuzila-me com os
olhos e eu sorrio. — Não seja uma medrosa, Abigail Ela
suspira, mas seus braços voltam à posição normal.
— Eu sei.
— Dependendo do quê?
— Você é adorável.
— Não sou.
Assim como ela volto a prestar a atenção no treino e dessa
vez, sou obrigado a ficar em pé e gritar com meu time.
Como eles podem estar errando tantas besteiras?
— Relacionamento ruim?
Muda de assunto.
Assente.
— Em qual a academia?
— Na da minha casa.
Ela ri debochada.
— Eu duvido.
— Sim.
Pela sua voz dá para perceber que não têm uma boa
convivência.
— Problema com jogadores, com pais... — Faço uma
associação em minha cabeça. — Seu pai era jogador?
Vamos?
— Vamos.
— Isso é seu?
— Ela é sim.
Abby
Sussurro.
— Ótimo.
— É a minha mãe.
Seu dedo desliza pela tela, mas não leva o celular até sua
orelha e sim posiciona-o em frente ao seu rosto.
— Hey, mãe.
— Eu vou sair.
Sem ter o que fazer, ergo minha mão e aceno para a loira
bonita da tela, ela acena de volta e sinto meu rosto
vermelho. Eu vou matar o Ethan.
— Prazer, querida.
— O prazer é meu.
Ela ri.
— Ok, Karen.
— O quê?
Sua mão não está mais em meu ombro e ele está com o
corpo apoiado na mesa.
— Pare.
Pisca em minha direção e para que ele não veja que estou
sorrindo viro-me ficando de costas. Eu vou até a mesa de
estudos para pegar meu celular e sinto seu olhar sobre
mim. Meu corpo se aquece, sinto um calor diferente e
minha respiração se altera.
Suspira.
— Está ótima.
— Você é má.
Sorrio.
Ethan conseguiu.
— Um pouco melhor.
— Ainda.
— É normal, hoje é o primeiro dia em 20 dias que está com
ele livre.
— E se continuar doendo?
— As meninas chegaram.
— Que meninas?
— É claro, gatinha.
Dylan se voluntaria.
— Não.
— Só um pouco.
Ela ri.
Abigail concorda e nós dois rimos. Por fim, nós dois ficamos
em pé e seguimos para a cozinha, pegamos o gelo para a
compressa e vamos para o meu quarto.
— É o meu trabalho.
Sussurra.
ainda pior sentir seu toque e mais uma vez preciso respirar
fundo.
— Não tenho.
Não explico e espero por sua reação. Ela abre e fecha sua
boca sem saber o que dizer.
— Assunto complicado?
Assente.
— Minha mãe é ótima, além disso, meu avô e o meu tio, pai
de Aiden são presentes em minha vida.
— Talvez.
— Prontinho, quarterback.
— Dorme comigo?
— Aqui?
Assinto e sorrio.
Não é por isso que a quero aqui, nós dois sabemos disso.
Abby
Sorri debochado.
Viro-me de costas para que ele não possa ver meu rosto e
vou até seu armário.
posso pegar?
— Fique à vontade.
— Você está.
Ele dá um passo para trás e abro meus olhos. Ele ainda está
me encarando como se quisesse mais, como se precisasse
de mais. Sua mão deixa minha cintura e sinto falta do seu
toque.
Provavelmente.
— Assim é melhor.
— Não, não é.
...
— Café?
— E Brooke?
— Com Aiden.
— Ok, ok.
— Nada.
— Vá se foder, Oliver.
Não nego que não temos nada e nem eu mesmo sei explicar
o porquê.
Assim que o treino acaba não vou com os caras para o
vestiário, e sim, tiro minha camisa suada, pego minha
mochila e sigo para a arquibancada. Abigail olha na minha
direção e ela sorri, seu sorriso debochado e faz com que
parte da minha chateação desapareça.
— Eu vou.
— Você é nojento.
Ela dá de ombros.
Sorrio animado.
Abigail sorri.
Dylan pergunta, franzo minha testa, por que logo Dylan está
sabendo dessa festa? Ele e Kim nunca tiveram contato, não
que eu saiba pelo menos.
Idiota 2: Eu topo, é sexta-feira, dia de festas, último fim de
semana antes dos jogos começarem (e eu ser obrigado a
ser responsável).
— Devemos?
Sorrio e assinto.
— Sim, haverá uma festa e os rapazes marcaram presença.
— Oi, meninas.
Aceno para elas, que acenam de volta. Abigail e eu
entramos e enquanto ela segue para o banheiro, eu me
sento no chão já que ainda estou sujo do treino, logo ao
lado da porta e de frente para o sofá que Dakota e Brooke
estão ocupando.
Festa?
— Vamos, bonitinha.
— Vamos, perfeitinho.
Levo-a até meu carro e ela sorri assim que se depara com
ele.
— Estou.
— Eu vou ao banheiro.
Sorri maldosa.
Kim fala algo, mas não escuto, porque saio atrás de Abigail.
Há muitas pessoas e não posso correr. Ela deixa a casa,
caminha na direção da calçada e é quando consigo alcançá-
la.
— Abigail.
— Você é um idiota.
— Porra, Abigail.
Encaro-o indignada.
Ele pensa que estou imune a tudo? É ele que hora flerta
comigo, hora me trata como apenas uma amiga.
— Eu não fugi.
— Kim estava dizendo que estão falando por aí que nós dois
estamos juntos.
Sussurro.
Fecho meus olhos, subo minhas mãos pelas suas costas até
estar com uma delas em sua nuca.
Ele tem seus olhos brilhando e leva seus dedos até sua boca
e os chupa. O simples gesto faz com que um arrepio
percorra meu corpo e eu acabei de gozar.
— Não me provoque.
— Diga, Abigail.
— Diga, Abigail.
— Camisinha?
— No porta-luvas.
Abby
— Não é.
Assente.
— Banho?
— Com certeza.
Sorrio e assinto.
— Shrek 2?
— Ele é ótimo, pena que o final dele não seja tão legal
assim.
Nós terminamos de comer, colocamos os guardanapos e
restos na caixa e a deixamos no chão. Eu estou sentada no
meio da cama com minhas pernas dobradas enquanto
Ethan tem as costas apoiadas na cabeceira.
Suspiro dramaticamente.
Sorrio.
Sorrio animada.
Sua mão paira sobre minhas costas e ele continua sem ação
esperando por mim, então olho em seus olhos uma última
vez e minha boca encontra a sua outra novamente.
Aos poucos o beijo ganha intensidade e quando minha
língua pede passagem ele simplesmente permite que
explore sua boca. A cada segundo é como se uma chama se
acendesse e percorresse meu corpo.
Ele beija minha testa e sua mão sobe e desce pelas minhas
costas.
Ethan
— Sério?
— Sério.
...
Assim que eu acordo e percebo que não há nenhum peso
sobre mim abro meus olhos e procuro por Abigail. Ela não
está ao meu lado. Será que foi embora? Onde ela está? Não
gosto da sensação de perda que ecoa em meu peito e nem
do medo de que ela tenha se arrependido.
— Vocês transaram.
— Vocês transaram?
Abigail resmunga.
Dá de ombros.
— Otário.
— Com certeza.
— Você é má.
Dá de ombros.
— Exigente.
Dá de ombros.
— Ele adoraria, é?
— Ciúmes, quarterback?
Ela não discorda, então a levo até meu carro e dirijo para a
sua casa. Assim que entramos em seu apartamento nos
deparamos com Brooke preparando algo para comer, ela
nos encara e um sorrisinho surge em seu rosto.
— Sim.
— Você é linda.
— É?
— O que eu quiser?
Abby
“Já chegou?”
Ele sabe que estou indo para a aula, porque conversamos
antes de eu sair de casa, aliás, sempre estamos
conversando por mensagens se não estamos juntos e já que
ele não está mais
Quarterback.
— Hey, Abby.
— Hey, Benjamin.
— Bem, e você?
Ele pega minha mão e a leva até seus lábios, então beija
meus dedos.
— Por mim?
Assente.
Ele assente.
Demy[19].
Grito.
— No jardim.
Ele cobre minha boca com a sua e por alguns segundos, nos
perdemos um no outro. É Ethan a se afastar e me encarar
com malícia. Ele não fala nada, mas entendo o que ele irá
fazer assim que fica em pé comigo em seu colo.
— Droga, Ethan.
Ele assente.
Ele leva nossas mãos até seus lábios e beija o nódulo dos
meus dedos. Meu coração bate acelerado e mais uma vez,
meu peito aperta. Qual a chance de Liam não ficar irado por
eu estar com seu principal jogador? Porque, eu
definitivamente não quero perder Ethan.
Abby
— E Ethan?
— Sim, senhora.
Ele dá de ombros.
— Continue jogando.
Ele continua dando atenção aos meus seios e sei que se ele
continuar irá me fazer gozar. Respiro fundo e o empurro,
Ethan me encara sem entender e com os olhos repletos de
luxúria.
— Não.
— Fiona e Shrek.
— Estamos fantasiados.
Ethan
— Abby?
Ela assente.
Abby leu esse e-mail? Foi por isso que ela foi embora?
Será que ela foi para seu apartamento? Por que Liam enviou
essa mensagem para Abigail? Ele conhece a mãe dela?
Merda!
— Você é um idiota.
— Olha o jeito como você fala comigo, Ethan, não sou seus
amigos.
— Não, você não vai, não sou um idiota que você pode
manipular, Liam.
Encerro a chamada, encaro o teto por alguns segundos e eu
sei exatamente o que devo fazer. Então, respiro fundo,
coloco uma camiseta, pego a chave do meu carro e de
chinelo e com o celular em mãos deixo meu quarto e corro
para a garagem.
— Eu não vou sair daqui até que você abra essa maldita
porta. — Suspiro. — Seus vizinhos irão chamar a polícia,
bonitinha e eu não posso ser preso, eu tenho um jogo para
vencer.
Finalmente, escuto passos e prendo minha respiração.
— Minha mãe não liga para mim e meu pai me despreza, ele
apenas paga minha faculdade e me deu um carro com
medo de que um dia contasse a alguém que sou sua filha.
Assinto.
— Ele não pode fazer isso, Abigail, quer dizer ele pode
tentar, mas não vai conseguir. — Seguro seu rosto. — Ele
acreditava que eu era um garoto manipulável, mas não sou.
Eu sei quem eu sou e sei que por mais famoso que Liam
seja, ele não tem o poder de acabar com as minhas chances
de ser um jogador profissional.
Seus lábios tremem.
Dou de ombros.
Por mais que seja um pouco doloroso ler o que Liam falou
de mim, eu já esperava. Em vinte anos, eu aprendi a lidar
com o fato de ter pais que não se importam comigo. Minha
mãe pagou babá e seu contato comigo era mínimo, ela
nunca foi amorosa e sempre passou a maior do tempo
viajando. Liam eu conheci só depois dos dez anos e de
implorar para minha mãe, então ela me levou até ele e ele
me desprezou.
— Você não precisa fazer isso por mim, talvez exista outro
jeito e você possa continuar sendo agenciado por ele.
Nega.
— Não vale tudo pelo futebol, não vale tudo pela fama e
pela glória. — Ergue sua mão e coloca alguns fios do meu
cabelo para trás da minha orelha. — Não quero ser nem um
pouco igual ao Liam, você me ensinou que quero mais do
que ser o melhor e invencível jogador de futebol americano.
— Vamos ameaçá-lo.
O que ele está querendo dizer?
— Vamos?
Assente.
— E o que faremos?
Ele assente.
— Liam paga à sua mãe para ela ficar quieta e pelo que
você falou não é pouca coisa, ou seja, é realmente algo que
ele tem medo, não acho que ele queira que todos saibam
que ele chama a própria filha de puta. — Faz uma careta. —
Odeio pronunciar essa palavra e juro que se ele estivesse
em minha frente quebraria seu nariz, e provavelmente
outras partes do seu corpo.
Assinto e suspiro.
— Eu não tenho.
...
Inacreditável.
— Escute.
— Você é louco.
— Eu também te amo.
4 anos depois
Ethan
— Eu consegui.
Ela une seus dedos nos meus e me puxa para cima. Eu fico
em pé e paro com meu rosto a centímetros do seu.
Ele sempre volta trazendo algo para casa, mas flores é algo
inédito, porque ele sabe que não sou muito fã de plantas, já
tentei e matei as coitadas afogadas.
— Obrigada, eu amei.
— Confessa?
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(Modelo de carro).