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LISTA 1 Solução

Cálculo 2 (2023.2) Equações Separáveis


EDOs Lineares de 1a Ordem

Exercício 1

Verifique que a função indicada é uma solução da equação diferencial dada.


x
a) y = e− 2 ; 2y ′ + y = 0. b) y = e3x cos(2x); y ′′ − 6y ′ + 13y = 0.

Exercício 2

Em cada item, a expressão da esquerda define y = y(x) (ou x = x(t)) implicitamente. Verifique que tais funções
são soluções implícitas da equação diferencial dada.
 
a) −2x2 y + y 2 = 1; 2xydx + (x2 − y)dy = 0. 2x − 1 dx
b) ln = t; = (x − 1)(1 − 2x).
x−1 dt

Exercício 3

Verifique que todo membro da família de funções indicada é uma solução da equação diferencial dada.

Cex dy b) y = C1 x + C2 x ln x + 2; x2 y ′′ − xy ′ + y = 2.
a) y = ; = y(1 − y).
1 + Cex dx

Exercício 4

Considere a equação diferencial xy ′ − 2y = 0.

a) Verifique que as funções (


2 ax2 x≥0
y1 (x) = ax e y2 (x) =
−ax2 x<0
onde a é um número real, são soluções da equação diferencial no intervalo (−∞, +∞).
b) Verifique que ambas as soluções satisfazem condição inicial y(0) = 0.

Exercício 5

Encontre o valor de m de forma que a função y = emx seja a solução da equação diferencial

y ′′ − 5y ′ + 6y = 0.
Exercício 6

Resolva as seguintes equações diferenciais separáveis.

dy y  2
a) = x+1
dx x e) (ln y)dy − dx = 0
y

b) (y 2 + xy 2 )y ′ = 1 dy ey senx
f) =
dx y sec x
c) (y + seny)dy = (x + x3 )dx dy
g) = x2 y − y + x2 − 1
dx
dy x dy
d) = y+x2 h) + (1 + y 2 )et = 0
dx ye dt

Exercício 7

dy x
Considere a equação diferencial = ,
dx y
a) Resolva a equação diferencial e esboce os gráficos das soluções.
b) Encontre a solução da equação diferencial que satisfaz a condição inicial y(0) = 3 e esboce seu gráfico.

Exercício 8

Determine se cada equação diferencial a seguir de 1a ordem é linear.

a) x − y ′ = xy d) ysenx = x2 y ′ − x

b) y ′ + xy 2 = x e) (x + 1)dy − xey dx = 0
dy 1 1
c) = + f) xydx + (x2 + 1)dy = 0
dx x y

Exercício 9

Encontre a solução geral para cada equação diferencial linear de 1a ordem.

a) y ′ = x − y d) (x ln x)dy + (y − xex )dx = 0


b) xy ′ − 2y = x2
dy 2 1
c) (x + 1)dy = (1 + x − 4y)dx e) + y= 2
dx x + 1 x +1

Solução do Exercício 1

x x x x
a) De y = e− 2 , temos y ′ = − 12 e− 2 e 2y ′ + y = 2(− 12 )e− 2 + e− 2 = 0.
x
A equação é satisfeita e assim y = e− 2 é uma solução.
b) De y = e3x cos(2x), temos

y ′ = 3e3x cos(2x) − 2e3x sen(2x)


y ′′ = 5e3x cos(2x) − 12e3x sen(2x) + 12e3x
y ′′ − 6y ′ + 13y = 5e3x cos(2x) − 12e3x sen(2x) + 12e3x sen(2x) − 18e3x cos(2x) + 13e3x cos(2x) = 0

A equação é satisfeita e assim y = e3x cos(2x) é uma solução.

2
Solução do Exercício 2

a) Por derivação implícita, obtemos


dy 2xy
= .
dx −x2 + y
Reescreva essa equação na forma 2xydx + (x2 − y)dy = 0. Portanto, −2x2 y + y 2 = 1 é uma solução
implícita.
 
dx 2x − 1
b) Por derivação implícita, obtemos = (x − 1)(1 − 2x). Portanto, ln = t é uma solução
dt x−1
implícita.

Solução do Exercício 3

a) Derivamos y e obtemos
dy cex
= .
dx (1 + cex )2
Logo
cex cex cex
 
dy
− y(1 − y) = − 1− =0
dx (1 + cex )2 1 + cex 1 + cex
cex
A equação é satisfeita e assim y = é uma solução para cada constante c.
1 + cex
b) Derivamos y duas vezes e obtemos

y ′ = c1 + c2 ln x + c2
c2
y ′′ =
x

Logo
c2
x2 y ′′ − xy ′ + y = x2 () − x(c1 + c2 ln x + c2 ) + c1 x + c2 x ln x + 2 = 2
x
A equação é satisfeita e assim y = c1 x + c2 x ln x + 2 é uma solução para cada par de constantes c1 e c2 .

Solução do Exercício 4

a) De y = ax2 , temos y ′ = 2ax. Logo

xy ′ − 2y = 2ax2 − 2ax2 = 0, ∀x ∈ (−∞, +∞).

Portanto, y1 (x) = ax2 é uma solução no intervalo (−∞, +∞).


( (
ax2 x≥0 2ax x≥0
De y = , temos y ′ = (confira que realmente y ′ (0) = 0).
−ax2 x < 0 −2ax x < 0
Logo
xy ′ − 2y = 0, ∀x ∈ (−∞, +∞).
(
ax2 x≥0
Portanto, y2 (x) = é uma solução no intervalo (−∞, +∞).
−ax2 x<0

b) Basta substituir x = 0 em cada solução, obtendo y1 (0) = y2 (0) = 0.

Solução do Exercício 5

Seja y = emx uma solução. Temos y ′ = memx e y ′′ = m2 emx .

3
Substituindo y, y ′ e y ′′ na equação diferencial y ′′ − 5y ′ + 6y = 0, obtemos

m2 emx − 5memx + 6emx = 0

(m2 − 5m + 6)emx = 0
Observando que emx ̸= 0 e dividindo a equação por emx , temos

m2 − 5m + 6 = 0

Então m = 2 ou m = 3.

Solução do Exercício 6

a) Se y ̸= 0,
1 1
dy = dx
y x
Z Z
1 1
dy = dx
y x
ln |y| = ln |x| + c
|y| = eln |x|+c = ±ec |x|
y = ±ec x
Denotando ±ec por C, obtemos y = Cx, C ̸= 0.
Observe que y = 0 também é uma solução. Podemos escrever os dois casos juntos em
y = Cx, C ∈ R.

b)
dy
y 2 (1 + x) =1
dx
1
y 2 dy = dx
Z Z x
1 +
1
y 2 dy = dx
1+x
1 3
y = ln |1 + x| + C1
3
y 3 = 3 ln |1 + x| + C

c)
(y + seny)dy = (x + x3 )dx
Z Z
(y + seny)dy = (x + x3 )dx
1 2 1 1
y − cos y = x2 + x4 + C1
2 2 4
1
y 2 − 2 cos y = x2 + x4 + C
2

d) Pela equação diferencial, sabemos que y ̸= 0.


dy x x
= y+x2 = y x2
dx ye ye e
2
yey dy = xe−x dx
Z Z
2
yey dy = xe−x dx

4
Calculemos as integrais acima. Na primeira, usamos integração por partes:
Z
yey dy = yey − ey + C1 .

Na segunda, usamos a substituição u = −x2 (du = −2xdx):


Z Z
−x2 1 1 1 2
xe dx = − eu du = − eu + C2 = − e−x + C2
2 2 2
Logo
1 2
yey − ey + C1 = − e−x + C2
2
Reescrevemos C2 − C1 como C e obtemos
1 2
yey − ey = − e−x + C
2
e) Pela equação diferencial, sabemos que y ̸= 0.
(x + 1)2
(ln y)dy = dx
y2
y 2 (ln y)dy = (x + 1)2 dx
Z Z
y 2 (ln y)dy = (x + 1)2 dx

A primeira integral se resolve por partes:


Z
1 1
y 2 (ln y)dy = (ln y)y 3 − y 3 + C1
3 9
enqaunto a segunda pode ser feita (por exemplo) substituindo u = x + 1:
Z Z
1 1
(x + 1) dx = u2 du = u3 + C2 = (x + 1)3 + C2
2
3 3
Logo
1 1 1
(ln y)y 3 − y 3 + C1 = (x + 1)3 + C2
3 9 3
3(ln y)y 3 − y 3 + 9C1 = 3(x + 1)3 + 9C2
Reescrevendo 9C2 − 9C1 como C, vem
3(ln y)y 3 − y 3 = 3(x + 1)3 + c.

f) Pela equação diferencial, sabemos que y ̸= 0.


senx
ye−y dy = dx
Z Z x
sec
ye−y dy = senx cos xdx

A primeira integral sai por partes:


Z
ye−y dy = −ye−y − e−y + C1

e a segunda sai substituindo u = senx (du = cos xdx):


Z Z
1 1
senx cos xdx = udu = u2 + C2 = sen2 x + C2
2 2
Logo
1
−ye−y − e−y + C1 = sen2 x + C2
2
1
ye−y + e−y + sen2 x = C
2

5
g)
dy
= x2 y − y + x2 − 1 = (x2 − 1)y + x2 − 1 = (x2 − 1)(y + 1)
dx
Se y + 1 ̸= 0,
1
dy = (x2 − 1)dx
y+1
Z Z
1
dy = (x2 − 1)dx
y+1

Calculemos as integrais acima:


Z Z
1 1
dy |{z}
= du = ln |u| + C1 = ln |y + 1| + C1
y+1 u
u=y+1
Z
1 3
(x2 − 1)dx = x − x + C2
3
Logo
1 3
ln |y + 1| + c1 = x − x + C2
3
1 3
ln |y + 1| = x −x+C
3
1 3 1 3
−x −x
y + 1 = ±eC+ 3 x = ±eC e 3 x
Denote ±eC por K. Temos
1 3
−x
y + 1 = Ke 3 x , K ̸= 0
Se y + 1 = 0, observamos que y = −1 também é uma solução. Assim podemos resumir a resposta final
como
1 3
y + 1 = Ke 3 x −x , K ∈ R

h)
1
dy = −et dt
1 + y2
Z Z
1
dy = − et dt
1 + y2
arctan y = −et + C

Solução do Exercício 7

a) Pela equação diferencial, sabemos que y ̸= 0.

ydy = xdx
Z Z
ydy = xdx
1 2 1
y = x2 + C 1
2 2
y 2 − x2 = C

que é a família de hiperbóles abaixo (incluindo as semirretas y = x e y = −x), retirado o eixo x (pois ali
y = 0):

6
b) Substituindo y(0) = 3 em y 2 = x2 + C, obtemos

32 = 0 + C, C = 9

A solução implícita y 2 = x2 + 9 define duas soluções explícitas


p p
y = x2 + 9 ou y = − x2 + 9

Como y(0) = 3 > 0, a solução do PVI é y = x2 + 9 (em vermelho na figura acima).

Solução do Exercício 8

a), d), f): sim. b), c), e): Não

Solução do Exercício 9

a) Escrevemos a equação como


y ′ + y = x.
R
1dx
Um fator integrante é I(x) = e = ex .
Multiplicando a equação acima por I(x) = ex , obtemos

ex y ′ + ex y = xex

(ex y)′ = xex .


Integrando ambos os lados em relação a x, obtemos
Z
ex y = xex dx = xex − ex + C (Integração por partes)

A solução geral é y = Ce−x + x − 1, C ∈ R.

b) Escrevemos a equação como


2
y′ − y = x.
x
2
R
−x
Um fator integrante é I(x) = e dx
= e−2 ln |x| = 1
x2 .
1
Multiplicando a equação acima por I(x) = x2 , obtemos
1 ′ 1
( y) =
x2 x

7
Integrando ambos os lados em relação a x, obtemos
Z
1 1
y= dx = ln |x| + C
x2 x

A solução geral é y = Cx2 + x2 ln |x|, C ∈ R.

c) Escrevemos a equação como


dy 4
+ y=1
dx x + 1
4
R
Um fator integrante é I(x) = e x+1 dx = e4 ln |x+1| = |x + 1|4 = (x + 1)4 .
Multiplicando a equação acima por I(x) = (x + 1)4 , obtemos

((x + 1)4 y)′ = (x + 1)4

Integrando ambos os lados em relação a x, obtemos


Z
1
(x + 1)4 y = (x + 1)4 dx = (x + 1)5 + C
5

A solução geral é y = C(x + 1)−4 + 51 (x + 1), C ∈ R.

d) Escrevemos a equação como


dy 1 ex
+ y=
dx x ln x ln x
1
R
Um fator integrante é I(x) = e x ln x dx = eln | ln x| = | ln x|.
Multiplicando a equação acima por I(x) = ln x, obtemos

(y ln x)′ = ex

Integrando ambos os lados em relação a x, obtemos


Z
y ln x = ex dx = ex + C

C ex
A solução geral é y = + , C ∈ R.
ln x ln x

dy 2 1
e) + y= 2
dx x + 1 x +1
2
R
Um fator integrante é I(x) = e x+1 dx = e2 ln |x+1| = (x + 1)2 .
Multiplicando a equação por I(x) = (x + 1)2 , obtemos

(x + 1)2
((x + 1)2 y)′ =
x2 + 1
Integrando ambos os lados em relação a x, obtemos

(x + 1)2
Z Z 2 Z
x + 2x + 1 2x
(x + 1)2 y = 2
dx = 2
dx = (1 + 2 )dx = x + ln(x2 + 1) + C
x +1 x +1 x +1

C x ln(x2 + 1)
A solução geral é y = + + , C ∈ R.
(x + 1)2 (x + 1)2 (x + 1)2

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