Tecido Muscular
Tecido Muscular
Tecido Muscular
1. Introdução...................................................................... 3
2. Músculo Estriado Esquelético................................ 5
3. Músculo Estriado Cardíaco....................................27
4. Músculo Liso...............................................................33
Referências Bibliográficas .........................................42
HISTOLOGIA DO TECIDO MUSCULAR 3
INTRODUÇÃO
Músculo liso
Alongada fibras musculares
Proteínas citoplasmáticas
contráteis
Miosina
Actina
HISTOLOGIA DO TECIDO MUSCULAR 5
Figura 2. Corte longitudinal de músculo estriado esquelético. Coloração – Hematoxilina e Eosina; grande aumento.
Fonte: ANDRADE, Fábio Goulart de; FERRARI, Osny. Atlas Digital de Histologia Básica. Londrina: Uel, 2014.
Tabela 1. Comparação dos Tipos de Fibras Musculares Estriadas Esqueléticas; disponível em Tratado de Histologia,
Gartner, 3º edição
Epimísio
Fascículo muscular
Endomísio
Perimísio
Figura 3. Organização geral do músculo esquelético. Fonte: PAWLINA, Wojciech. Ross Histologia: Texto e Atlas. 7.
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Ltda, 2016
Figura 4. Corte transversal de músculo estriado esquelético. Coloração – Hematoxilina e Eosina; pequeno aumento.
Fonte: ANDRADE, Fábio Goulart de; FERRARI, Osny. Atlas Digital de Histologia Básica. Londrina: Uel, 2014.
HISTOLOGIA DO TECIDO MUSCULAR 9
Núcleo periférico
Pouca mioglobina
Envolve cada fibra muscular Endomísio
Fibra muscular
Miofibrila
Linha M Z – Sarcômero - Z
Molécula de actina G
Microfilamentos
Filamento de actina F
Filamento miosina
Figura 6. Organização geral do músculo esquelético. Fonte: L.C.JUNQUEIRA; CARNEIRO, José. Histologia Básica:
Texto e Atlas. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Ltda, 2013
HISTOLOGIA DO TECIDO MUSCULAR 12
(Extremidade -)
(Extremidade +)
A. Filamento fino
Braço IT
Actina da troponina
Figura 7. Filamento fino de actina. Fonte: PAWLINA, Wojciech. Ross Histologia: Texto e Atlas. 7. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan Ltda, 2016
quatro cadeias leves. As cadeias pe- para o ATP, com atividade de ATPa-
sadas se assemelham a dois tacos se, e outro para a actina.
de golfe, cujas cadeias polipeptídicas Cada monômero de miosina contém
estão enoveladas umas às outras de uma cadeia leve essencial e uma pro-
modo a constituir uma α – hélice. Cada teína leve reguladora que envolvem
cabeça globular representa um domí- a região do braço de alavanca, logo
nio motor de cadeia pesada e contêm abaixo da cabeça da miosina.
dois sítios de ligação específicos, uma
Figura 8. Diagrama esquemático de uma molécula de miosina II. Fonte: PAWLINA, Wojciech. Ross Histologia: Texto e
Atlas. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Ltda, 2016
Zona desnuda
A banda I é formada
A banda H, somente
somente por A banda A é formada
por filamentos grossos
filamentos finos por filamentos finos e
grossos
Ocupam a região
Vão até a borda Filamentos
central do sarcômero
externa da banda H finos
Possui duas
Tem local específico
proteínas Quatro cadeias leves
que se prende um
reguladoras
complexo de troponina
Cabeça globular
Liga fortemente à
TnT
tropomiosina Sitio de ligação para a actina
Figura 10. Eletromicrografia de corte transversal de músculo de peixe. Mostra as invaginações do sarcolema forman-
do os túbulos do sistema T. Vemos grânulos de glicogênio na parte inferior esquerda da figura. Fonte: L.C.JUNQUEI-
RA; CARNEIRO, José. Histologia Básica: Texto e Atlas. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Ltda, 2013
Em cada lado de cada túbulo T existe Desse modo, concluímos que a des-
uma expansão ou cisterna terminal do polarização que promove a liberação
retículo sarcoplasmático. Este com- dos íons de cálcio inicia na placa mo-
plexo formado por um túbulo T e duas tora (junção do músculo com o ner-
expansões do retículo sarcoplasmáti- vo) e é transmitida à membrana do
co, é conhecido como tríade. Na trí- retículo sarcoplasmático por meio dos
ade, a despolarização dos túbulos T, túbulos T. Nesse sentido, o sistema
derivados do sarcolema, é transmiti- de túbulos T é responsável pela con-
da ao retículo sarcoplasmático. tração uniforme de cada fibra muscu-
lar esquelética.
HISTOLOGIA DO TECIDO MUSCULAR 19
RETÍCULO
SARCOPLASMÁTICO E
SISTEMA DE TÚBULOS
TRANSVERSAIS
Quando a membrana
do retículo Armazena e libera Quando cessa a
Tríade
sarcoplasmático é fluxo de Ca2+ despolarização
despolarizada
Responsável pela
contração uniforme de
cada fibra muscular
esquelética.
Duas expansões do
retículo sarcoplasmático
HISTOLOGIA DO TECIDO MUSCULAR 20
Mecanismo de contração
muscular no músculo estriado
esquelético
Banda A
α- actinina Banda H
Desmina
Actina
Proteína C Proteínas da linha M
Distrofina (MyBp C) (miomesina, proteína M,
obscurina
Sarcolema
Anquirina Sarcoglicanos
Distroglicanos
Figura 11. Eletromicrografia de músculo esquelético e estrutura molecular de um sarcômero. Fonte: PAWLINA, Woj-
ciech. Ross Histologia: Texto e Atlas. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Ltda, 2016
HISTOLOGIA DO TECIDO MUSCULAR 21
Cabeça da miosina
Actina
(filamento fino)
Extremidade + Extremidade -
Miosina ATP
(filamento espesso)
(Re)fixação
Ciclo da Liberação
Geração de força III
ligação
cruzada
ADP
P
Geração de força I
Figura 12. Ciclo de ligação cruzada da actina com a miosina. Fonte: PAWLINA, Wojciech. Ross Histologia: Texto e
Atlas. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Ltda, 2016
Figura 13. Junção neuromuscular. Fonte: PAWLINA, Wojciech. Ross Histologia: Texto e Atlas. 7. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan Ltda, 2016
Bem desenvolvido
Responsável pelo
armazenamento dos
íons de cálcio
Retículo Múltiplos e
sarcoplasmático Núcleos localizados na
periferia da célula
“Tudo ou nada”
Células
longas e MÚSCULO
cilíndricas ESTRIADO
Presentes na
ESQUELÉTICO junção entre as
Túbulos T bandas A e I
Tríades
Associado a estruturas
Localização
ósseas
Presença de Organização dos
estriações sarcômeros
Componentes
do tecido
conjuntivo
Endomísio
Epimísio
Perimísio
HISTOLOGIA DO TECIDO MUSCULAR 27
Zônula de adesão
Desmossomo
Junção comunicante
Figura 14. Junções que constituem os discos intercalares. Fonte: L.C.JUNQUEIRA; CARNEIRO, José. Histologia Bási-
ca: Texto e Atlas. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Ltda, 2013
Figura 15. Fotomicrografia de músculo cardíaco em Figura 16. Fotomicrografia de músculo cardíaco em corte
corte longitudinal. As setas apontam para os discos longitudinal. As setas apontam para as ramificações de
intercalares. Fonte: PAWLINA, Wojciech. Ross Histo- algumas fibras. DI – Discos intercalares; TC – Tecido conjun-
logia: Texto e Atlas. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara tivo. Fonte: PAWLINA, Wojciech. Ross Histologia: Texto e
Koogan Ltda, 2016 Atlas. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Ltda, 2016
HISTOLOGIA DO TECIDO MUSCULAR 29
Figura 18. Micrografia eletrônica de corte longitudinal de músculo cardíaco. Observar estriação e a alternância entre
feixes de miofilamentos e mitocôndrias ricas em cristas e muito elétron-densas. Note também o retículo sarcoplas-
mático. Fonte: L.C.JUNQUEIRA; CARNEIRO, José. Histologia Básica: Texto e Atlas. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan Ltda, 2013
HISTOLOGIA DO TECIDO MUSCULAR 31
Não há sarcômeros
Ausência de túbulos T
Numerosas mitocôndrias
Corpos densos
Contração da célula
como um todo
HISTOLOGIA DO TECIDO MUSCULAR 33
Passagem de íons
Junções
entre as fibras
comunicantes
Molécula precursora do Grânulos musculares
peptídeo atrial natriurético secretores
MÚSCULO
ESTRIADO Presentes nas
CARDÍACO linhas Z
Intenso
Túbulos T Um túbulo T
Numerosas
metabolismo
mitocôndrias Díades Uma cisterna
aeróbio
do retículo
sarcoplasmático
Geração e condução do
estímulo cardíaco Central
Nodo sinoatrial
Células Núcleo Um ou dois
cardíacas Presença de
Nodo atrioventricular modificadas estriações
Envolto pelo Região
Feixe atrioventricular alo de glicogênio esbranquiçada
HISTOLOGIA DO TECIDO MUSCULAR 37
Estado inativo
(cadeias leves não-fosforiladas)
Cadeias leves da miosina
Cadeias pesadas
da miosina
Quinase de cadeia
leve da miosina
Ca2+
Canais de Ca2+
sensíveis à voltagem
P
+
ADP P Sítios de ligação da
MLCK P actina
Regulação da atividade da ativa
Cadeias leve de miosina
miosina do musculo liso
Fosforilação
MLCK Miosina do músculo liso ativa
Desfosforilação (quinase da cadeia leve de miosina) (não dobrada)
Figura 24. Diagrama esquemático ilustrando as etapas que levam ao início da contração do músculo liso. Fonte:
PAWLINA, Wojciech. Ross Histologia: Texto e Atlas. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Ltda, 2016
Devido ao fato de que tanto a fosfori- miosina com a actina volte a estar es-
lação como os processos de formação condido. Consequentemente, ocorre
e dissociação das pontes cruzadas de o relaxamento da fibra muscular.
miosina ocorrerem lentamente, o pro-
cesso de contração das células mus- SE LIGA! Outros fatores além dos íons
cular lisas leva mais tempo do que a cálcio ativam a quinase da cadeia leve
contração das musculaturas esquelé- da miosina II e assim estimulam a con-
tica e cardíaca. Com isso, as cabeças tração das células musculares lisas. A
contração pode ser promovida pelo au-
da miosina permanecem unidas ao mento sarcoplasmático de AMP-cíclico
filamento fino por mais tempo, o que (cAMP), que ativa a quinase da cadeia
exige menos energia. leve da miosina II e a fosforilação des-
sa miosina. Alguns hormônios sexuais
A redução nos níveis de cálcio no sar- atuam dessa maneira sobre o múscu-
coplasma resulta na dissociação do lo liso do útero. Os estrógenos, combi-
complexo Ca2+ - calmodulina, cau- nando-se com receptores específicos,
aumentam o teor de cAMP nas células
sando a inativação da quinase de musculares lisas do útero, estimulando
cadeia leve da miosina. A desfosfori- a contração, enquanto a progesterona
lação da cadeia leve da miosina ca- tem efeito oposto: ativa receptores que
diminuem o teor de cAMP e relaxa o
talisada pela enzima miosina fosfata-
músculo liso do útero.
se, faz com que o sítio de ligação da
HISTOLOGIA DO TECIDO MUSCULAR 39
SAIBA MAIS!
No músculo liso, não há placas motoras. No tecido conjuntivo entre as células musculares li-
sas, as terminações axônicas formam dilatações e liberam os neurotransmissores acetilcolina
e norepinefrina, que podem estimulam ou reduzir a atividade contrátil do músculo. As junções
comunicantes permitem a transmissão da despolarização da membrana entre as células.
SAIBA MAIS!
A célula muscular lisa, além da sua capacidade contrátil, pode também sintetizar colágeno
do tipo III (fibras reticulares), fibras elásticas e proteoglicanos. Quando estão em intensa ati-
vidade sintética estas células apresentam o retículo endoplasmático granuloso desenvolvido.
HISTOLOGIA DO TECIDO MUSCULAR 40
A enzima ativada
fosforila a molécula de
miosina II.
MAPA GERAL
Lâmina basal
Matriz
extracelular
Fibras reticulares Actina
Proteínas citoplasmáticas
contráteis
Miosina
Células
Múltiplos e localizados Alongada fibras musculares
Núcleos musculares
na periferia da célula
Origem mesodérmica
Rápida
Formados pela α - actina
Células Rápida e vigorosa
alongadas e Contração
ramificadas Involuntária e rítmica
Um ou dois
Retículo
Núcleo Pouco desenvolvido
sarcoplasmático
Central
Molécula precursora
Grânulos
do peptídeo atrial
secretores
natriurético
HISTOLOGIA DO TECIDO MUSCULAR 42
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
PAWLINA, Wojciech. Ross Histologia: Texto e Atlas. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koo-
gan Ltda, 2016
L.C.JUNQUEIRA; CARNEIRO, José. Histologia Básica: Texto e Atlas. 12. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan Ltda, 2013
GARTNER, Leslie P.; HIATT, James. L.. Tratado de Histologia em Cores. 3. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2007
ANDRADE, Fábio Goulart de; FERRARI, Osny. Atlas Digital de Histologia Básica. Londrina:
Uel, 2014.
Montanari, Tatiana, Histologia: texto, atlas e roteiro de aulas práticas (recurso eletrônico)/
Tatiana Montanari – 3° Ed. – Porto Alegre: Edição do Autor, 2016.
HISTOLOGIA DO TECIDO MUSCULAR 43