Wesley - Short Triathlon Caracteristicas Gerais de Periodizacao

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTO

WESLEY DA COSTA LOPES

SHORT TRIATHLON: CARACTERÍSTICAS GERAIS DE PERIODIZAÇÃO

VITÓRIA - ES
2019
WESLEY DA COSTA LOPES
SHORT TRIATHLON: CARACTERÍSTICAS GERAIS DE PERIODIZAÇÃO

Trabalho de conclusão de curso realizado


no Centro de Educação Física e Desportos
da Universidade Federal do Espírito Santo
para obtenção do título de Bacharel em
Educação Física.

Orientador: Prof. Dr. Edson Castardeli.

VITÓRIA – ES
2019

Wesley da Costa Lopes


SHORT TRIATHLON: CARACTERÍSTICAS GERAIS DE PERIODIZAÇÃO

Trabalho de conclusão de curso realizado no Centro de Educação Física e Desportos da


Universidade Federal do Espírito Santo para obtenção do título de Bacharel em Educação Física.

Orientador: Prof. Dr. Edson Castardeli.

Aprovado em: ____ de _______ de _____.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________
Prof. Dr. Ubirajara de Oliveira

__________________________________________
Prof. (a) Dra Mariana Zuaneti Martins
Dedico este trabalho primeiramente a
Deus, pela força e coragem durante
toda minha jornada de formação, ao
meu pai Antônio Lopes, minha mãe
Célia Lopes, a minha companheira,
aos familiares e camaradas.

RESUMO
Triathlon é um esporte recente no âmbito olímpico e que consiste na união de
três disciplinas esportivas (natação, ciclismo e corrida), o qual possui uma
grande variedade de provas, tornando o esporte mais atrativo aos indivíduos que
desejam ingressar. Todavia, devido a junção de três modalidades específicas,
torna-se difícil a elaboração de uma rotina de treinamentos, portanto, se torna de
extrema necessidade a criação de uma periodização para o esporte. Pois o
planejamento extrai melhores resultados dos atletas e os deixa menos expostos
à lesões. Objetivo: O objetivo do presente estudo é identificar características de
periodização do treinamento do short triathlon. .Método: Trata-se de uma
revisão bibliográfica de caráter exploratório, a qual não é pura e simplesmente a
transcrição do que já foi dito ou escrito sobre o assunto discutido, mas possibilita
o exame de um tema sob novo aspecto ou abordagem, chegando a conclusões
inovadoras. Conclusão: Foi observada neste estudo, a grande dificuldade na
elaboração de periodização do treinamento no short triathlon e a escassez das
obras literárias sobre o tema. Fazendo com que grande parte da contribuição da
modalidade seja através do empirismo.

Palavras-chave: Short triathlon; Treinamento; Periodização

ABSTRACT
Triathlon is a recent sport in the Olympic area and consists of the union of three
sports (swimming, cycling and running). It has a great variety of races, making
the sport more attractive to individuals who wish to enter. However, due to the
combination of three specific modalities, it becomes difficult to elaborate a training
routine, therefore, it becomes of extreme necessity to create a periodization for
the sport. Because the planning extracts better results from the athletes and
leaves them less exposed to injuries. Objective: The objective of this study is to
identify the characteristics of the periodization of short triathlon training. Method:
This is an exploratory bibliographic review, which is not simply a transcription of
what has already been said or written on the subject discussed, but allows the
examination of a theme under new aspect or approach, arriving at innovative
conclusions. Conclusion: In this study, it was observed the great difficulty in
elaborating the periodization of training in the short triathlon and the scarcity of
literary works on the subject. Making a great part of the contribution of the
modality be through empiricism.

Keywords: Short triathlon; Training; Periodization

SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 8

2 OBJETIVO........................................................................................................ 11

3 METODOLOGIA ............................................................................................. 13

4 DESENVOLVIMENTO .................................................................................... 14

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 18

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 19

1. INTRODUÇÃO
O triathlon é um esporte que consiste na união de três disciplinas esportivas:
natação, ciclismo e corrida. A versão mais disseminada sobre a criação do
triathlon argumenta que o esporte se iniciou na Califórnia, por volta de 1974
durante um camping de atletismo. O qual os treinadores, durante as férias dos
atletas, elaboraram uma atividade durante o período de transição esportiva que
consistia em nadar, pedalar e correr. Diante disso, os atletas aderiram ao
treinamento, de maneira que organizaram posteriormente, competições da
modalidade (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE TRIATHLON, 2019).

É caracterizada como um a prova contra-relógio, a qual objetiva sua realização


no menor tempo possível, completando as três fases (nadar, pedalar e correr),
nessa exata seqüência e sem intervalo entre as modalidades.

Em meados de 1982, o triathlon chegou ao Brasil. E no ano 2000, conquistou


um fato histórico ao ingressar nos jogos olímpicos de Sydney, na Austrália, com
a prova que consiste em 1.5 km de natação, 40 km de ciclismo e 10 km de corrida
(DOMINGUES FILHO, 1995).

Mesmo com a grande popularização do esporte no mundo, as grandes distâncias


que algumas provas possuem, como por exemplo, a “ironman”, causa espanto
aos não praticantes. Segundo Bentley et al. (2003), o sprint triathlon e o triathlon
olímpico são as provas mais populares, entretanto o Iron Man é a mais conhecida
no mundo esportivo.

Com o intuito de abranger o público em geral, se fez necessário criar mais


opções de provas (BENTLEY et al., 2002). Desse modo, o triathlon conseguiu
alcançar desde atletas infantis e iniciantes, até os profissionais e idosos.
Segundo a ITU (international triathlon union), existem as seguintes variações da
prova: Sprint, também conhecida como Short triathlon que consiste em 750 m de
natação, 20 km de ciclismo e 5 km de corrida, essa sendo a versão mais rápida
até então da modalidade. Olímpica, também chamada de Standard, com
1.5 km de natação, 40 km de ciclismo e 10 km de corrida. Longa distância,
segundo a ITU pode ser o dobro ou até o triplo da distância standard, com
3 km de natação, 80 km de ciclismo e 20 km de corrida ou
4,5 km de natação, 120 km de ciclismo e 30 km de corrida. Meio-Ironman,
também conhecido como 70.3, 1.9 km de natação, 90 km de ciclismo e 21 km de
corrida. E por fim, a prova mais longa e uma das mais famosas a nível mundial,
o Ironman, 3.8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42 km de corrida (ITU, 2019).
E há uma grande novidade, na edição das Olimpíadas de Tóquio 2020, é uma
nova versão chamada de triathlon super sprint, a qual é composta por 300m de
natação, 8 km de ciclismo e 2 km de corrida, que é completada por equipes
compostas por quatro membros, seguindo a ordem: mulher-homem-mulher-
homem. Sendo que cada membro completa o curso e marca o próximo
companheiro de equipe (COMITÊ ORGANIZADOR DE TÓKYO DOS JOGOS,
2019).

Segundo Carvalho (1995), devido à democratização do esporte, a porta de


entrada na modalidade ae tornou o sprint triathlon ou também chamada de short
triathlon. Essa prova possui mais adeptos iniciantes por conta de suas distâncias
menores, se comparadas às demais, o que a torna mais acessível aos indivíduos
que queiram ingressar no esporte. Nas provas do sprint triathlon, um atleta de
elite dura em média, uma hora para completar a prova, enquanto em uma prova
de ironman, cerca de oito a nove horas.

Com o passar dos anos se fez extremamente importante o planejamento para


as sessões de treinamento do triathlon. Sendo contributiva desde prevenção de
lesões ao alto desempenho (BOMPA, 2001). Além dos altos volumes de
treinamento normalmente realizados para esportes de resistência, o treinamento
para três modalidades esportivas diferentes requer simultaneamente um
planejamento cuidadoso de um grande número de sessões de treinamento a
cada semana (L. MUJICA, 2014; GP MILLET, 2011).

Assim, Salo e Riewald (2008) definem periodização como um processo o qual a


temporada é dividida em diversas fases. Um dos maiores benefícios em fazer
uma periodização é que o técnico pode planejar o treinamento, determinando
assim quando ele quer que o atleta atinja o ápice.

Para uma temporada de sucesso do atleta, os programas de treinamento


esportivos são de extrema importância e devem ser personalizados, tendo em
vista que os limites dos atletas se diferem uns dos outros. Ainda que possuam o
mesmo porte, para se obter adaptações ótimas, o treinamento necessita ser
personalizado. Por exemplo, se uma equipe realizar o mesmo trabalho de força,
no final do programa de treinamento serão obtidos resultados diferentes de
desempenho.

O segredo para se elaborar um programa de treinamento ótimo é identificar as


variáveis que devem ser controladas para se obter os melhores resultados
possíveis. A maior dificuldade na prescrição de exercício do treinamento de força
é a identificação do desenvolvimento e conseqüentemente, a evolução dos
níveis de treinamento de um indivíduo. O grande desafio é fazer as alterações
necessárias no programa de treinamento de força à medida que a performance
do atleta evolui e suas necessidades e exigências esportivas específicas tornam-
se mais evidentes (KRAEMER, 2004).

Matveev (1997), afirma que a periodização possui como objetivo proporcionar ao


atleta nas competições a forma desportiva, que é o estado no qual o atleta está
preparado para a obtenção de resultados desportivos. Este fenômeno é
composto principalmente pelo aspecto físico, psicológico, técnico e tático para
obtenção dos resultados, portanto, somente com a presença de todos esses
fatores, atuando de forma linear, poderá se afirmar que o atleta está em plenas
condições e pronto para o período de competição.

A periodização é dividida comumente em três seguimentos, são eles: macrociclo,


mesociclo e microciclo. O macrociclo é o período do início dos treinamentos até
a principal competição. Já o mesociclo diz respeito a lapsos temporais em que
se persegue atingir uma meta e está contido dentro do macrociclo. Finalmente o
microciclo é o menor período de treinamento e se encontra dentro do mesociclo,
com duração, em regra, de uma semana (AHARON et. al, 2017).

Sendo assim, os atletas treinam vários meses com o objetivo de estar na melhor
forma possível nas competições principais. Isso requer um planejamento
organizado e bem executado, o que favorece a adaptação fisiológica e
psicológica do atleta. Pode-se elevar o nível do planejamento anual periodizando
o treinamento e utilizando abordagens progressivas no desenvolvimento físico
do atleta (BOMPA, 2002). Tendo como objeto de pesquisa o triathlon, pode se
notar uma maior dificuldade em sua periodização por conta da simultaneidade
de esportes variados.

A utilização dos princípios do treinamento desportivo facilita a elaboração de


programas de treino para os nadadores, ciclistas e corredores. Porém, quando
se elabora um programa de treinamento para um atleta que faz as três
modalidades seqüencialmente são criados questionamentos sobre: Quais os
tempos de recuperação entre cada estímulo? O princípio da sobrecarga e como
adequar ao treinamento das três modalidades? Se Isto possibilitará ao
organismo do atleta uma melhor adaptação aos estímulos aplicados? Ou ainda,
como programar melhor as sessões de treinamento para cada uma das
modalidades, sem que ocorra uma sobrecarga excessiva, levando o atleta ao
declínio no rendimento? (DE VITO, 1995; O’TOLLE, 1995)

2. Objetivo
O objetivo do presente estudo é identificar características de periodização do
treinamento do short triathlon.

3. METODOLOGIA
Trata-se de um estudo baseado na análise do treinamento de um atleta de
triathlon em sua fase final pré competição, também chamada, fase de polimento.
Sendo assim, houve a necessidade de realização de estudos transversais
(qualitativos, quantitativos, observacionais, descritivo/analíticos observacionais).

Além disso, foram pesquisados artigos publicados nos periódicos, revistas e


bibliotecas virtuais, SCIELO, PubMed e MEDLINE nas áreas da saúde, além de
livros que abordam os temas propostos. Foram selecionamos artigos e
publicações do período de 1994 a 2019, que abordassem a temática triathlon.

Os artigos publicados são oriundos de pesquisas realizadas que objetivam


oferecer uma forma eficaz de periodização de treinamento do short triathlon.

4. DESENVOLVIMENTO
O alto desempenho no esporte ocorre com a junção de diversos fatores, entre
eles estão a bagagem genética do atleta e não menos importante, o
conhecimento sobre treinamento esportivo. Houve com o passar dos anos,
modificações nos modelos de treinamento, modelos estes, que hoje se baseiam
em achados científicos. O treinamento é fracionado em ciclos, os quais
compõem a rotina do atleta e o prepara desde sua base no esporte, até o período
de competições.

Esse processo de melhora do rendimento ou desempenho do atleta é complexo


e vem sendo buscado de inúmeras formas, tais como inovações nos uniformes,
desenho dos equipamentos, adequação nutricional específica para as
modalidades, uso de suplementos ergogênicos e até de drogas anabólicas.
Porém, o único fator de influência no desempenho é o treinamento físico, que
deve ser planejado adequadamente, com um desenvolvimento lógico e
sequencial das habilidades ou capacidades biomotoras a serem melhoradas
pelo indivíduo. Esse planejamento detalhado é chamado de periodização do
treinamento desportivo. A palavra periodização deriva de período, uma porção
ou divisão do tempo em pequenos segmentos mais fáceis de controlar, a fim de
propiciar o desempenho máximo nas principais competições. É um processo de
estruturação das fases de treinamento para atingir níveis máximos de
condicionamento em capacidades biomotoras gerais e específicas (BOMPA,
2002).

Levando em conta que apesar de possuir um grande volume de treinamento por


conta das três disciplinas esportivas, o triathlon segue, de forma adaptada, a
mesma rotina de periodização de outros esportes. É evidente que o descanso
acaba se tornando uma incógnita por conta da difícil formação desse quebra
cabeça. Por conta disso, semanalmente, a partir de uma análise feita pelo seu
treinador e o próprio atleta, são definidos os descansos, os quais não passam
de dois dias na semana.

Outro ponto que torna ainda mais difícil a elaboração de um programa de


treinamento é a inserção de atividades para fortalecimento, prevenção de lesões
e acompanhamento psicológico e nutricional dos atletas de elite.
O programa de treinamento pode variar bastante, de treinador para treinador,
pois há uma associação direta com as dificuldades do atleta, como por exemplo:
horários disponíveis para treino (quando se trata de atletas que não vivem
somente do esporte) e problemas demais problemas pessoais, e a necessidade
de adaptação com provas as quais possui menos afinidade. Essa diversidade de
modelos de periodização de treinamento ocorre principalmente por conta da
escassez de obras literárias não só abordando o short triathlon, como também
sobre o triathlon olímpico.

As disciplinas são treinadas de quatro a cinco vezes na semana, com exceção


da corrida, que por conta da sobrecarga com o solo e o acúmulo da fadiga
causada pelas outras modalidades, que são feitas em média, três sessões
semanais. E ainda, podem ser realizadas simulações, pondo as três
modalidades no mesmo dia, como seria nas provas. O dia de treinamento pode
ser dividido em até três períodos por conta da necessidade de inserção do
treinamento de força ou acompanhamento psicológico.

Todavia, como dito anteriormente, poderão ser feitas modificações por conta da
necessidade de cada atleta. O aumento ou diminuição do volume de treino da
modalidade específica, a quantidade de descanso, a necessidade do atleta em
relação ao treino de força, entre outros.

O triatlo é composto de duas transições a T1 e a T2, respectivamente entre a


natação e o ciclismo e entre o ciclismo e a corrida. Para alguns esportistas as
transições seriam a quarta modalidade do triatlo. As boas execuções podem ser
decisivas, principalmente no triatlo de alta performance. Graham Wilson e
Mathew Wilson, relatam que “um treinamento de transição entre cada
modalidade e um treinamento fisiológico específico que ajude os atletas a
fazerem trocas mais rápidas e mais eficientes entre as modalidades”. Portanto,
torna-se extremamente necessário o treinamento desse momento da prova, pois
além da diminuição no tempo de transição, há possibilidade de se um quadro
de intolerância ortostática que caracteriza-se com a visão turva, tontura ou até
mesmo, perda total ou parcial da consciência (AHARON et. al, 2017)
A seguir cronograma abaixo mostra periodização semanal de um atleta de elite
capixaba, o qual lidera atualmente o ranking masculino do sprint triathlon
estadual e disputa também os principais campeonatos a nível nacional.

Vale ressaltar que esse microciclo foi criado por um treinador de triathlon,
graduado em educação física no ano de 2003 e que possui experiência com a
modalidade desde 2004. Trata-se da preparação para a 5ª etapa do circuito
capixaba de triathlon. E que o mesmo foi cumprido restando duas semanas para
a data da competição. Semanas essas que seriam feitas as atividades de
“polimento” para a prova fim.

Quadro 1: Periodização semanal de um atleta de short triathlon

SEGUNDA-FEIRA TERÇA-FEIRA QUARTA-FEIRA


ITALO ÍTALO UFES:
Aquecimento: 5' pulando corda Ativação/Mobilidade Ciclismo Rolo
Ativação/Mobilidade 10x100m cd '130 ritmo 4x 10' ciclismo ritmo 2km corrida ritmo descansa 3'
Core: 30'' Prancha, Lateral, Abdominal,Elevação Pelvica, UFES:
Superman, Flexao estatica,Agachamento Estatico, Panturrilha 10X400 CD 2'
2x Agachamento e Afundo 70% máx repetições 1X4KM RITMO
20x100m cd 1'40 Ritmo de prova

QUINTA-FEIRA SEXTA-FEIRA SABADO/DOMINGO


ITALO CICLISMO e CORRIDA Alphaville 7:30 CICLISMO Alphavile 7:30
Aquecimento: 5' pulando corda 10' T1 e T2
Ativação/Mobilidade 10' Aquecimento 10x 200m Máx Lançado
Core: 30'' Prancha, Lateral, Abdominal,Elevação Pelvica, 40km cilcismo 1x20km Trabalhando no pelote
Superman, Flexao estatica,Agachamento Estatico, Panturrilha 10km corrida
2x Agachamento com salto Melhor ritmo
Natação:
20x 100m cd 2' ritmo 1´08
Ciclismo:
10 subidas Senac
UFES
Corrida:
5' trote
10x400m cd 2'
1x 4km Ritmo

ANOTAÇÔES:

Fonte: Clube de triathlon do Espírito Santo


Antes de qualquer atividade, o atleta realiza um trabalho de mobilidade e/ou
ativação do core, o qual servirá de aquecimento para a atividade fim que será
realizada.

Pode se notar que o trabalho de musculação ocorre uma ou no máximo, duas


vezes na semana, e que ainda assim, com a necessidade constante do treino de
uma das modalidades de forma concomitante.

O treinamento de corrida é apresentado na periodização em menores volumes,


e isso pode ser constatado em estudos realizados, pois segundo Zwingenberger
S. et al. (2014), a maioria da lesões, 50% parece derivar da corrida, 43% do
ciclismo, mas apenas 7% com natação.

Os períodos de treinamento podem varias devido à disponibilidade do atleta e


minimamente uma vez por semana, é realizada uma simulação da prova que
poderá ou não ser feita com as medidas reais propostas.

Dificilmente é treinada somente uma disciplina esportiva no dia. Isso ocorre em


casos extremos, pois o gasto energético é muito elevado.

De forma geral, tanto o treinamento de corrida, quanto o de ciclismo, são


conciliados com o de natação, a qual por mais que tenha um estresse alto na
sessão de treino, demanda menos impacto se comparada às outras
modalidades.

O trabalho de transição um ou “t1” (natação para ciclismo) e transição dois ou


“t2” (ciclismo para corrida) também são trabalhados no cronograma, tendo em
vista que por se tratar de uma prova rápida e de elite, um possível erro em uma
dessas transições poderá definir a vitória ou derrota do atleta na competição
realizada.

Vale salientar que através da planilha citada, o atleta logrou êxito na 4ª etapa do
circuito capixaba de triathlon e conseqüentemente, sagrou-se campeão do
campeonato capixaba de sprint triathlon.

Por conta da inserção recente do triathlon no cenário esportivo, o que comanda


o modelo de periodização de treinamento ainda é o conhecimento empírico, ou
seja, os treinadores baseiam – se em erros e acertos para que se possa montar
um cronograma de treinos de forma “ótima” para o atleta.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

No decorrer dos estudos, baseados nas referências, análise de periodização e


achados científicos, foi constatada como principal dificuldade no triathlon, a
elaboração da periodização no esporte, pois o grande desafio consiste em
conciliar a natação, ciclismo e corrida, de modo que a rotina de treinamento seja
eficaz e com baixo risco de lesões.

Portanto, o presente estudo, juntamente com demais obras literárias irão


contribuir para que os treinadores da modalidade tenham uma base de dados
maior para a elaboração de uma periodização no esporte, tendo em vista a
escassez de estudos abordando o short triathlon.

Foi verificado também que a maior parte do conhecimento aplicado pelo


treinador ao atleta, possui bases empíricas, ou seja, conhecimentos nas práticas,
a qual adquiriu ao longo de sua carreira. Ao fim da pesquisa, foi concluído que
não há uma base sólida de estudos que possibilitem uma periodização eficaz ao
triatleta. Portanto, notou-se a importância e relevância deste estudo o qual tem
como finalidade elucidar a relação entre a treinador e periodização no short
triathlon, na qual, ainda, são necessárias mais pesquisas sobre a temática para
ampliar o entendimento das propostas inovadoras sugeridas ao esporte.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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http://www.cbtri.org.br/triathlon/, Confederação Brasileira de triathlon Data de
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15/11/2019.

6. COMITÊ ORGANIZADOR DE TÓKYO DOS JOGOS. 2019. Olímpíadas de


Tókyo 2020. Disponível em: https://tokyo2020.org/en/games/. Data de acesso:
17/11/2019.

7. CARVALHO, E. B. O. Triathlon Olímpico. Rio de Janeiro: Editora Sprint,


1995.

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mundial. International Journal of Sports Physiology and Performance, Estados
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11. SALO, D.; RIEWALD, S. A. Complete Conditioning for Swimming. Illinois:


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13. BOMPA, T.O. Periodização: teoria e metodologia do treinamento. 4ª ed.


São Paulo: Phorte, 2002.

14. MATVEEV, L. P. Treino Desportivo: metodologia e planejamento. 1ª ed.


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