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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

ESCOLA DE CIÊNCIAS EXATAS E DA COMPUTAÇÃO


CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM FÍSICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Física e Realidade
Soluá Daniele Ferreira da Costa

GOIÂNIA – GO

JUNHO DE 2021
Soluá Daniele Ferreira da Costa

Física e Realidade

Trabalho de Conclusão de Curso submetido à


Pontificia Universidade Católica de Goiás como pré-
requisito necessáio para a obtenção da aprovação
na disciplina MAF1319, TCC II, bem como para a
conclusão do curso de Licenciatura Plena em Física.
Monografia realizada sob a orientação do professor
Dr. Francisco Aparecido Pinto Osório.

GOIÂNIA – GO

JUNHO DE 2021
Dedicatória:

Dedico este trabalho, primeiramente à minha mãe que sempre acreditou no


meu potencial, ao meu grande amigo Márcio que sempre esteve comigo e ao
meu orientador que, com muita paciência e sabedoria,esteve comigo,
auxiliando e ensinando.
Agradecimentos

Agradeço aos meus professores da Pontifícia Universade Católica de Goiás,


por terem acreditado em meu potencial de ser física, mesmo quando eu não
acreditei. Agradeço a minha mãe por ter sido meu porto seguro no decorrer de
todo curso, me ajudando e apoiando com tudo que precisei. Agradeço aos
meus amigos, em especial ao Márcio, que esteve do meu lado me fortalecendo
no momento mais difícil da minha vida, graças a este grande amigo venci a luta
contra depressão, por encontrar, além de um grande amigo para dar todo apoio
que precisei também, me transmitiu forças para ter vontade de continuar minha
caminhada ao longo do curso. Agradeço especialmente a Deus, por me permitir
chegar até aqui e por ter providenciado tudo que eu precisei para realizar um
dos meus maiores sonhos que é ser física e durante esse trajeto, ter cuidado
da minha filha, para que ela se sentisse segura.
RESUMO

O propósito deste trabalho é fazer uma breve comparação sobre as bases


teóricas e experimentais da mecânica clássica e da mecânica quântica,
ressaltando as principais diferenças conceituais entre elas. Apresentamos os
conceitos principais da mecânica quântica, como a equação de Schroedinger, a
função de onda, a interpretação probabilística e o princípio da incerteza.
Apresentamos o experimento mental do gato de Schroedinger e discutimos o
papel do observador sobre o resultado final do experimento. Desenvolvemos
então o tema do papel do observador na definição da realidade, da origem do
universo e se haveria um observador primordial para tornar possível o universo
em que vivemos. Desenvolvemos este tema sempre à luz das teorias da física,
citando experimentos e teorias, mas sem o receio de abrir nossa mente para
novas ideias e conceitos no mundo da física. Mesmo que parte da física nos
pareça real e parte nos pareça ficção; vamos tentar entender o papel do
observador na definição da realidade, fazendo uma breve comparação e
diferenciação entre as visões clássicas e as quânticas.
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...................................................................................................8

CAPÍTULO 1 Mecânica Clássica Versus Mecânica Quântica.........................10

• Entendendo a Mecânica Clássica.........................................................10

• Mecânica Quântica................................................................................12

• Sobre o Surgimento da Teoria Quântica...............................................14

• Albert Einstein Entra em Cena..............................................................15

• A Hipótese de Louis de Broglie............................................................16

• Princípio da Incerteza...........................................................................17

CAPÍTULO 2 Equação de Schroedinger e a Função de Onda.......................18

• A Probabilidade de Born.......................................................................19

CAPÍTULO 3 Experimento Mental; O Gato de Schroedinger.........................20

CAPÍTULO 4 O Papel dos Observadores.......................................................24

• O Observador.......................................................................................24

• O Observador Que Deu Início ao Todo................................................26

• A Realidade Depende do Observador?................................................28

CAPÍTULO5 Comentários Finais....................................................................30

BIBLIOGRAFIA...............................................................................................31

APÊNDICE A Algumas Aplicações da Mecânica Quântica.............................32

APÊNDICE B Algumas Constantes Físicas Fundamentais.............................33

APÊNDICE C Bibliografia dos Principais Cientistas Citados...........................34


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INTRODUÇÃO

A Mecânica Quântica é um ramo importante e fundamental da física,


que estuda sistemas físicos com dimensões diminutas, tais como átomos e
moléculas. Para entender melhor a mecânica quântica, é importante entender a
mecânica clássica e ressaltar suas diferenças. Um exemplo de sistema físico
em que podemos aplicar a mecânica clássica é o deslocamento de um veículo,
em que podemos retirar dados do sistema e saber com antecedência o horário
da chegada do automóvel em seu destino. Usamos o resultado da variação do
espaço dividido pela variação de tempo, caso queiramos encontrar a
velocidade média.

Figura 1–Deslocamento de um veículo (brainly.com.br)

Para entender sistemas físicos próximos ou abaixo da escala atômica,


usamos da mecânica quântica e suas variadas definições, tal como entender o
sistema atômico. Onde numa visão clássica simplista se assemelha ao sistema
solar; com elétrons circulando o núcleo; como representado na Figura 2.
Página |9

Figura 2–Modelo atômico simples (www.coladaweb.com/química/físico)

Por conta dos estudos no ramo da mecânica quântica, temos várias


tecnologias utilizadas hoje em dia, graças às descobertas de grandes gênios e
à dedicação de mentes brilhantes ao longo da história, por exemplo, a
nanotecnologia; celulares e computadores que estão deixando o mundo cada
vez mais tecnológico.

Figura 3–Nanotecnologia, chip (revistapegn.globo.com)

¹A nanotecnologia é uma ciência que se dedica ao estudo da manipulação da matéria numa escala
atómica e molecular lidando com estruturas entre 1 e 1 000 nanômetros.
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CAPÍTULO 1

MECÂNICA CLÁSSICA VERSUS MECÂNICA QUÂNTICA

Mecânica clássica

Entendemos que a Mecânica Clássica trata fenômenos físicos em escala


macroscópica. Temos eventos reais para entendimento dessa teoria cientifica.
Tratando-se de fenômenos envolvendo tempo, posição, velocidade,
aceleração, força e etc. Dentro da Mecânica Clássica, quando queremos
resolver um problema, coletamos dados do sistema em questão, executamos
cálculos, geralmente, temos uma resposta exata. Então entre as principais
características da mecânica clássica está o determinismo; que aplicado no
mundo macroscópico nos leva a leis que permitem a determinação de eventos
antes mesmo do seu acontecimento, o universo e a mente humana estão
submetidas a leis necessárias e imutáveis.
A Mecânica Clássica também é conhecida como Mecânica Newtoniana,
e grandes cientistas foram os responsáveis pela elaboração de suas bases
como Galileu Galilei, Kepler e Isaac Newton, graças a eles a física nos trouxe
onde estamos hoje. Com a Mecânica Clássica calculamos a velocidade de um
automóvel, a pressão da água em um encanamento, ou a energia necessária
para o lançamento de um foguete e sua colocação em órbita em torno da
Terra.
Consideremos um sistema isolado; esse sistema obedece a certo
conjunto de leis, que regem os fenômenos e que descrevem a configuração
dos componentes do sistema levando em consideração a sua evolução com
o tempo. Para resolver um problema, recorremos, geralmente, à Mecânica
Newtoniana, buscando desvendar e retirar o máximo possível de informações
para então, usarmos as fórmulas da física que sejam compatíveis e encontrar o
resultado parcial ou final, isto nos fornece uma visão do mundo real; palpável,
calculável e possível de descrever, sendo possível chegar a
uma conclusão final.
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Por exemplo, uma bola arremessada a partir do solo, descreve uma


trajetória bem definida, sob os efeitos da atração gravitacional. Desprezando a
resistência do ar ela descreverá uma trajetória parabólica, e a posição da
bola e sua velocidade em função do tempo são definidas pelo conjunto de
equações;
𝑔𝑡 2
𝑦(𝑡) = 𝑦𝑜 + 𝑣0𝑦 𝑡 − 𝑥 = 𝑥0 + 𝑣𝑥 𝑡 𝑣𝑦 = 𝑣0𝑦 + 𝑔𝑡
2

Sendo g a aceleração da gravidade. Assim como a trajetória da bola será dada


por:
𝑔𝑥 2
𝑦(𝑥) = 𝑡𝑔(𝜃𝑜 )𝑥 − 2
2𝑣0𝑥

Onde 𝜃𝑜 é o ângulo de lançamento em relação ao eixo x. Assim, um


observador com uma câmera, poderia filmar o movimento e realizar
comparações com os resultados das equações, posição por posição, para cada
intervalo de tempo. O fato de filmar o evento não mudaria a trajetória da bola,
não interferiria no estado final do sistema; na verdade não influenciaria no
sistema mecânico.
Entretanto, mesmo se tratando de mecânica clássica, observadores
poderiam discordar quanto ao tipo de movimento da bola. Por exemplo, um
observador em repouso em relação ao referencial da bola veria um movimento
parabólico; já um observador com uma velocidade uniforme na direção
x, igual à da bola, veria um movimento vertical para cima e depois vertical para
baixo; e finalmente um observador em um carrossel girando, veria um
movimento totalmente diferente dos outros dois e difícil de descrever
matematicamente.
Mesmo na física clássica a posição, a velocidade e a aceleração do
observador influenciam na descrição do movimento. Mas a realidade clássica
aparentemente nada tem a ver com a presença do observador. As coisas
e eventos são reais e sempre ocorrem. Portanto, entendemos que nós,
observadores, não interferimos no resultado final do sistema; realizando as
medidas não interferimos no resultado das mesmas. (NEWTON, 1687)
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Mecânica Quântica

A Mecânica Quântica é a teoria da Física que com sucesso é


utilizada no estudo dos sistemas físicos com dimensões próximas ou abaixo da
escala atômica. Quando estamos na escala dos átomos e moléculas, as leis da
física macroscópica, que são capazes de descrever os estados dos
movimentos dos corpos que vemos ao nosso redor, tornam-se incapazes de
determinar quaisquer grandezas físicas em escalas tão diminutas.
O que acontece no mundo quântico é que as leis da Física não são mais
determinísticas, não são capazes de dizer onde alguma partícula se
encontra, ou qual a sua velocidade; não tem um lugar exato no tempo ou
espaço, daí as medidas obtidas de sistemas quânticos são expressas em
probabilidades. Em 1859 Gustav Kirchhof enunciou o problema da radiação de
corpo negro e em 1900, Max Planck, formulou a hipótese que toda energia é
irradiada e absorvida na forma de elementos discretos chamados quanta de
energia, aí se deu o nascimento da Física Quântica. (SAKURAI, 2013)
A descrição do comportamento de sistemas em física
quântica foi estabelecida a partir de 1925 com o advento da equação de
Schroedinger, e então os cientistas logo viram que mesmo possuindo uma
equação para descrever o comportamento das ondas de matéria, as coisas
não estavam tão bem estabelecidas. As previsões da mecânica quântica são
diferentes das previsões da mecânica clássica. “Começando pelo fato de que
na equação de Schroedinger, que “descreve” os eventos quânticos, aparece
um fator imaginário “ 𝑖 = √−1 ”, que faz com que a função de onda, que
descreve sistemas físicos reais, seja complexa!”
Uma grandeza complexa possui uma parte real e uma parte
imaginária. Qual é o sentido da parte imaginaria da função de onda? Ninguém
sabe! Mas contornaram esse fato interpretando a função de onda em termos de
probabilidade. Assim o módulo ao quadrado da função de onda (|Ψ|²) é uma
grandeza real e foi interpretada como é a densidade de probabilidade de
encontrar a partícula em uma posição entre x e x+dx, no caso
unidimensional. Dessa forma não se sabe mais onde se localiza a partícula,
apenas podemos falar na probabilidade de a partícula ser encontrada em uma
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medida realizada. Isto é totalmente contrária a física clássica determinística;


agora não se pode determinar a posição da partícula. O mundo quântico é
repleto de incertezas; não se pode conhecer posição e momento linear ao
mesmo tempo, ou seja, não é possível escrever "p=p(x)”, isto que é
estabelecido no princípio da incerteza de Heisenberg.
À medida que os sistemas físicos foram sendo estudados, novos
fenômenos acabaram sendo descobertos, como o tunelamento quantum-
mecânico. Partículas atravessando barreiras de potencial, sendo que elas não
possuíam energia suficiente para fazê-lo. Na mecânica quântica o mistério da
dualidade da onda-partícula domina o cenário. Só o experimento, ou seja, a
ação do observador pode definir o comportamento da matéria e da energia no
mundo atômico. (SAKURAI, 2013)
Por outro lado, a aplicação da equação de Schroedinger na Física de
Estado Sólido nos levou à teoria das bandas de energia, fundamental para
entender as propriedades elétricas dos isolantes, condutores
e semicondutores. O mundo tecnológico em que vivemos é feito de
conhecimento do mundo quântico; sem esse conhecimento não haveria
transistores, chips, processadores eletrônicos, geradores de laser, leds e etc.
Os avanços na medicina nos últimos tempos têm por trás a teoria quântica, nas
máquinas de Raios-X, de Ressonância magnética de ultrassom etc.
Na química, a interpretação probabilística nos leva aos orbitais
eletrônicos, que junto com o princípio de Pauli nos permitem ter uma visão do
átomo e compreender as ligações químicas entre os elementos. Muita evolução
de ordem prática foi conseguida pela teoria quântica. Entretanto, mesmo com
todas essas aplicações tecnológicas as estranhezas da mecânica quântica
continuam despertando espanto e curiosidade, é sobre uma dessas
estranhezas, o fato da presença do observador definir o sistema e, é sobre
isso que trataremos neste trabalho.

Sobre o surgimento da Teoria Quântica

A partir da segunda metade do século XIX, foi estabelecida a primeira


grande descoberta rumo à Mecânica Quântica, que foi a quantização de
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energia, realizada por Max Planck em dezembro de 1900. Ele chegou a esta
descoberta na tentativa de explicar os dados experimentais do espectro de
radiação de corpos aquecidos, em especial do chamado “corpo negro”, que
absorve (e emite) toda radiação incidente. De acordo com Max Planck a
energia absorvida não seria contínua; a radiação é absorvida ou emitida por um
corpo aquecido não sob a forma de ondas, mas por meio de pequenos
“pacotes de energia”. A estes pacotes, Planck deu o nome de “quantum” e seu
plural é “quanta” que significa quantidade mínima. Indivisível, já que o quantum
seria a unidade definida de energia proporcional à frequência da radiação. Foi
daí que surgiu a expressão Teoria Quântica. Atualmente um quantum de luz é
chamado de fóton. “O trabalho inicial de Planck foi feito tratando,
detalhadamente, o comportamento de elétrons nas paredes de corpo negro e
seu acoplamento ou interação com a radiação eletromagnética dentro da
cavidade.” (SAKURAI, 2013)

Planck postulou que a energia emitida, ou emitida pelos átomos que


formavam as paredes de uma cavidade de corpo negro, se dava em múltiplos
inteiros de ℎ𝜈 onde ℎ = 6,626 × 10−34 𝐽. 𝑠 é a constante de Planck; e 𝜈 é a
frequência da radiação. O valor de ℎ𝜈, o quantum de energia, é muito pequeno
se comparado às energias requeridas para realizar mudanças físicas ou
químicas dos materiais do cotidiano. Isso nos mostra que “h” nos remete a um
mundo de pequenas dimensões, o mundo quântico. A constante de Planck é
uma das mais importantes do mundo quântico, pois ela é fundamental para o
entendimento de vários conceitos e interpretações físicas e químicas.
Este fato histórico apresentado mostra que sem as descobertas de
Planck talvez a Física Moderna não tivesse alcançado o desenvolvimento que
alcançou no século XX, de tal forma que vários outros estudos em Física
Quântica que foram realizados posteriormente, pelo próprio Planck e por outros
pesquisadores, seriam inviabilizados. Dessa forma, se não tivéssemos contado
com o Pai da Teoria Quântica, não teríamos os vários avanços tecnológicos
que temos hoje. Continuaremos, agora, aprofundando-nos no mundo da
Mecânica Quântica, a seguir Einstein entra em cena resolvendo o problema do
efeito fotoelétrico, usando a expressão da energia de Planck e dando
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sentido físico aos pacotes de energia luminosa que passaram a ser chamados
de “fótons”.

Albert Einstein entra em cena

Conhecemos Einstein como um dos principais cientistas de toda a


história, um dos rostos mais conhecidos do mundo, um gênio, mas mesmo os
gênios podem entrar em conflito e se fechar para novas ideias, foi isso que
ocorreu com ele em relação à física quântica. Contudo, é possível que se
apoiando em conhecimentos já estabelecidos possa tirar suas próprias
conclusões e aprofundar o conhecimento de determinado assunto; neste caso
podem surgir grandes descobertas; grandes contribuições para o mundo, para
o avanço tecnológico. Mesmo um grande gênio poderia se irritar com algo que
parece mais ficção e menos realidade, mas mesmo assim usar o que parece
ser ficção para contribuir com novas descobertas. Einstein é conhecido,
principalmente, por elaborar a Teoria da Relatividade, embora ele não
concordasse inteiramente com a Mecânica Quântica e não é considerado um
dos pais dessa teoria, ele fez descobertas muito importantes.
Em 1905, para explicar o efeito fotoelétrico Einstein usou uma ideia
similar a de Newton, segundo a qual, ao invés de pensarmos na luz como uma
onda, deveríamos imaginá-la como constituída de corpúsculos, denominados
fótons. Com o sucesso da explicação do efeito fotoelétrico, ficou provado que a
luz tem um caráter dualístico. Dependendo das circunstâncias, poderia ser
vista como onda (apresentando, o fenômeno da interferência e da difração), ou
como partícula (apresentando o efeito fotoelétrico). (EISBERG, RESNICK,
1979)

A hipótese de Louis de Broglie

Em 1924 de Broglie formulou a hipótese de que toda matéria,


dependendo do experimento, apresenta-se com características ondulatórias ou
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corpusculares; de Broglie desenvolveu o conceito das ondas de matéria,


gerando grandes contribuições para a área da Mecânica quântica. Em 1924,
postulou em sua tese de doutorado que deveria existir
uma dualidade entre matéria e onda, assim como é para o caso da luz; que
pode comportar-se tanto como partícula quanto como onda.
A relação de Louis de Broglie afirma que o comprimento de onda (λ) da
onda de matéria que acompanha a partícula é dado pela razão da constante de
Planck (h=6,63 x 10-34 J.s) e pela quantidade de movimento (p=mv) desse
corpo: =h/p. Assim completando o ciclo da dualidade onda-partícula, Louis de
Broglie sugeriu que a onda associada à
partícula poderia comandar comportamento da partícula. (HALLIDAY,
RESNICK, 1996)
De modo análogo ao caso da luz, o caráter ondulatório de uma partícula
deveria ser comprovado através de uma experiência de difração ou
interferência das ondas de matéria. O trabalho de de Broglie foi publicado em
1923, e já em 1927, foi realizado um experimento na qual se observava a
difração de um feixe de elétrons através de um cristal de níquel. Embora esta
tenha sido a primeira experiência comprovando o caráter ondulatório de uma
partícula, ela não é uma experiência do tipo dupla fenda como a que Young
realizou com a luz. “Como o movimento de uma partícula está relacionado com
a propagação de uma função de onda associada (a relação de de Broglie),
estes dois entes devem estar associados no espaço.” (EISBERG, RESNICK
,1979)
Também é possível observar o comportamento ondulatório da matéria
experimentalmente por meio da difração de elétrons e nêutrons. Quando essas
partículas deslocam-se em baixas velocidades e atravessam uma região
entre dois ou mais átomos cuja distância seja comparável ao
seu comprimento de onda, elas sofrem difração: um fenômeno
essencialmente ondulatório. Diferentemente daquilo que sabemos pela Física
clássica, no domínio quântico (das partículas muito pequenas), as Leis da
Física são diferentes: não existem ideias definidas como posição,
velocidade ou trajetória. Na Mecânica Quântica, as “partículas” são uma
distribuição espacial de probabilidades, como se fossem “campos de matéria”.
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Esses campos, por sua vez, propagam-se no espaço como ondas, sofrendo,
assim, todos os tipos de fenômenos que uma onda pode sofrer: reflexão,
refração, transmissão, difração, interferência etc. Fundamentalmente, esse
comportamento está relacionado com
a impossibilidade de se determinar com total precisão e simultaneamente as
grandezas posição e velocidade das partículas quânticas, em razão do princípio
da incerteza de Heisenberg.

Principio da Incerteza

Consiste num enunciado da Mecânica Quântica formulado em 1927 por


Werner Heisenberg, também chamado de Principio da Incerteza de
Heisenberg, afirma que não podemos determinar com precisão a posição e o
momento de uma partícula; o Principio da Incerteza relaciona duas grandezas,
como posição e quantidade de movimento ou energia e tempo, por meio do
produto das incertezas das medidas realizadas sobre elas. “O principio da
incerteza nos dá a justificativa fundamental de por que a mecânica quântica se
expressa na forma de probabilidades, e não de certezas.” (EISBERG,
RESNICK ,1979)
Quanto maior for a precisão da posição de um corpo, menor será a
precisão na medida de sua quantidade de movimento. Na Mecânica Quântica
uma propriedade leva o nome de observável, pois não existem propriedades
inobserváveis neste contexto, para a determinação de um observável, é
necessária que se tenha uma preparação conveniente do aparato de medida a
fim que se possa obter uma coleção de valores.
Qual o papel do Princípio da Incerteza para Mecânica Quântica? De
acordo com esse princípio, toda vez que tentarmos obter medidas, estaremos
interferindo de alguma forma na própria medida. Não por falta de habilidade de
quem está executando as medidas ou por falta de instrumentos adequados,
mas sim a incerteza está presente de qualquer forma, é intrínseco aos
sistemas, o ato de medir determinada grandeza, interfere na medição de outra
grandeza conjugada. Suponhamos um elétron, se quisermos medir a
velocidade e a posição, ao observá-lo forneceremos energia a ele, assim
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mudamos seu estado energético, sua velocidade, por exemplo, se tivermos


dessa forma uma informação da sua posição, não conheceremos por este
processo seu momento linear, por isso os métodos da física clássica não se
aplicam na física quântica.
Veremos que no mundo quântico objetos minúsculos, como os elétrons,
podem se comportar como partícula, ou como onda, podem em dado momento
se comportar como partícula e já no momento seguinte se comportar como
onda, dependendo de como um observador tenta medi-lo ou da forma
que ele os observa. A observação determina o estado comportamental e
determina, também, a realidade, isso é claro; não determina o estado do
mundo macroscópico e que as pessoas vivenciam no dia-a-dia.

CAPÍTULO 2

Equação de Schroedinger e a Função de Onda

A partir da equação de Schroedinger, é possível obter soluções capazes


de fornecer informações fundamentais sobre o comportamento de uma
partícula-onda. Nela, são contempladas até mesmo as influências de forças
externas, o que marca um nítido avanço em relação à proposta de de Broglie.
A equação de Schroedinger tem um papel análogo, na Mecânica Quântica, ao
desempenhado na Física Clássica pela segunda lei de Newton, que relaciona,
através de uma equação diferencial, força e posição de uma partícula.
A equação de Schroedinger descreve as funções de onda, os
estados, das partículas; a função de onda é aceita como uma distribuição de
probabilidade. “O valor da função densidade f(x,t), indica o quão provável é que
um objeto seja detectado na posição x, no instante de tempo t.” Assim,
sabemos que objetos quânticos são descritos ou representados através de
densidades de probabilidade. Que são medidas obtidas através de variáveis
escolhidas aleatoriamente. (ROSENBLUM; KUTTNER, 2017)
A equação de Schroedinger é usada para encontrar os níveis de energia
permitidos dos sistemas de mecânica quântica, como átomos ou elétrons
em transistores. A função de onda associada dá a probabilidade de encontrar a
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partícula em uma determinada posição. “Um objeto quântico não possui


posição definida antes que seja realizada uma medição de sua posição.”
A equação de Schroedinger é:
−ℏ2 2 𝜕Ψ
∇ Ψ + 𝑉(𝑟, 𝑡)Ψ = 𝑖ℏ
2𝑚 𝜕𝑡

A solução para esta equação é uma função de onda que descreve os


aspectos quânticos de um sistema. Entretanto, interpretar fisicamente a função
de onda é um dos principais problemas filosóficos da mecânica quântica. Não é
possível se chegar a uma dedução da equação de Schroedinger a partir de
outros princípios; ela é o principio em si. Resolver a equação de Schroedinger
conduz ao conhecimento da evolução temporal e espacial da forma de onda
associada a uma partícula qualquer. No entanto, a função Ψ não permite, em
conformidade com o princípio da incerteza, que se determine com precisão
arbitrária qualquer grandeza associada à partícula. O estudo da função de
onda, é uma grande fonte de informação estatística, podemos conhecer
apenas valores esperados para os observáveis físicos. (ROSENBLUM;
KUTTNER, 2017)

A probabilidade de Born

Max Born formulou a interpretação padrão de hoje da função de


densidade de probabilidade (citado anteriormente), baseada no módulo ao
quadrado da função de onda, Ψ ∗ Ψ = |Ψ|2, que é uma grandeza real, mesmo Ψ
sendo uma grandeza complexa. A interpretação probabilística da função de
onda, proposta por Max Born, é considerada o terceiro alicerce que mantém,
juntamente com o princípio da complementaridade de Niels Bohr, a realidade
dos fenômenos físicos que se apresenta sob duas imagens; corpuscular e
ondulatória, que são recíprocas, bem como as relações de incerteza de Werner
Heisenberg segundo a interpretação de Copenhague. “O princípio da
complementaridade refere à observação de dois aspectos do comportamento
da partícula, ondulatório e corpuscular e foi enunciado por Niels Bohr, em
1927.” (MOVAES, STUDART, 2016)
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Born assumiu que a onda de matéria, representada pela função de onda,


tem uma amplitude tal que |Ψ|2 , que está relacionada ao número de partículas
por unidade de volume. Essa equação representa a probabilidade de encontrar
a partícula nas vizinhanças do ponto considerado. Como dissemos essa
grandeza é real, porque conforme veremos mais adiante, ψ não é
necessariamente uma grandeza real, pode ser grandeza complexa com parte
real e uma parte imaginária. A parte imaginária da função consiste de uma
função multiplicada pelo número imaginário 𝑖 = √−1. Para uma partícula que se
desloca em três dimensões, a grandeza |ψ(x,y,z)|² é a probabilidade de que
uma partícula seja encontrada no tempo t dentro de um volume em torno do
ponto (x,y,z). Para que a partícula seja encontrada na região, devemos ter uma
região grande, pois quanto maior a região, maior a chance de encontrar,
lembrando que estamos falando de mecânica quântica, “universo” muito
pequeno. Isso requer que haja uma normalização da função de onda, ou seja,
a ∫|ψ|² dv no espaço total seja exatamente igualada a 1. Em outras palavras,
existe uma probabilidade de 100% de encontrar a partícula em algum lugar do
Universo.

CAPÍTULO 3

EXPERIMENTO MENTAL; O GATO DE SCHROEDINGER

O gato de Schroedinger é uma experiência mental, discutido


frequentemente como sendo um paradoxo. Um paradoxo, como sabemos, é a
falta de lógica que se da à determinada situação, dificultando seu entendimento
e assim tornando impossível determinada ideia ou conceito, não sendo
possível discernir ou chegar a uma conclusão.
Vejamos; neste experimento que descreveremos a seguir para a física
quântica o gato poderá estar vivo ou morto ao mesmo tempo, já para mecânica
clássica, isso seria impossível, pois não se podem ocupar dois lugares ao
mesmo tempo, ou dois corpos ocuparem o mesmo lugar em tempos diferentes,
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assim como não se é possível estar em dois estados, morto e vivo, ao mesmo
tempo, isso é o que sabemos levando em conta o mundo que enxergamos e as
probabilidades possíveis de se saber. Iremos entender, partindo do princípio da
mecânica quântica, como é possível ter um gato morto e vivo ao mesmo
tempo, na situação proposta a seguir.
Temos o objetivo de colocar um gato, inicialmente um gato vivo, dentro
de uma caixa qualquer, uma caixa de papelão, por exemplo, e fechá-lo lá
dentro. Junto ao gato, dentro da caixa, é colocado um frasco contendo gás
venenoso, para esse experimento mental, poderíamos também, usar outro
veneno qualquer, desde que obedeça a ideia de fechar o gato dentro da caixa
com um frasco de veneno. Então, junto ao gato dentro da caixa colocamos um
frasco contendo um elemento radioativo emissor de partículas alfa e um
dispositivo composto de um martelo e um detector de radiação. Se o detector
registrar a presença de pelo menos uma partícula alfa, então o martelo é
acionado quebrando, assim, o frasco, liberando o gás venenoso que se
encontra junto ao gato dentro da caixa e, consequentemente, matando-o. Mas
vamos considerar que a fonte radioativa possa liberar partículas alfa dentro de
um intervalo de tempo determinado, e que também possa não liberar essas
partículas nesse tempo, se não liberar as partículas, temos a possibilidade de o
gato continuar vivo, se liberar as partículas; o gato morre. Existem 50% de
chance de que o elemento libere a partícula e 50% de chance de que ele não
libere. Se ele não libera a partícula, o gato não morre, ou seja, o resultado será
“gato vivo”. Mas se o veneno é liberado, o resultado do experimento será “gato
morto”. Então podemos dizer que temos 50% de chance de ter o gato vivo e
50% de chance de ter o gato morto. Enquanto não abrirmos a caixa, não
poderemos ter certeza se o gato, lá dentro, está vivo ou está morto,
consideremos então que; antes de abrir a caixa temos as duas possibilidades
coexistindo, vejamos; a única forma de ter certeza é abrindo a caixa, certo?!
Pode ser estranho, mas para a mecânica quântica o gato, antes de abrir a
caixa, se encontra nos dois estados; vivo e morto, ao mesmo tempo. Como
isso é possível? Como é dito por Bruce e Fred, no livro O Enigma Quântico, “A
dualidade se apresenta complexa e o gato pode estar vivo e morto ao mesmo
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tempo. A sua observação pode alterar a realidade ou criá-la. Será? Bem-vindo


à Mecânica Quântica!”

Figura 4– Gato inicialmente vivo (blog.biologiatotal.com.br)

Como vimos anteriormente, a matéria também tem natureza ondulatória,


possui uma função de onda associada, que em determinadas situações pode
ditar seu comportamento. Portanto, o gato vivo pode ser representado por uma
função de onda, o gato morto é representado por outra função de onda. A
função de onda do gato é então uma combinação linear destes dois estados. A
ideia de o gato estar vivo e morto ao mesmo tempo, indica que houve uma
superposição dessas duas funções de onda que indica os dois estados
possíveis; vivo ou morto. E se abrirmos a caixa, o que encontraremos? A
resposta para esta pergunta vem do Princípio da Incerteza de Heisenberg, que
diz; que não é possível fazer uma medida sem interferir no resultado da própria
medida.
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Figura 5– Colapso da função de onda (inovacaotecnologica.com.br)

Então, se abrirmos a caixa e olharmos o estado do gato lá dentro,


estaremos interferindo no resultado do sistema, alterando seus resultados,
estaremos realizando uma medida que de maneira direta, irá prejudicar a
própria medida. Esta é uma diferença entre a mecânica clássica e a mecânica
quântica, na mecânica clássica, observar não interfere no resultado final do
sistema, já na mecânica quântica, a não alteração não é possível, pois é o
observador quem dá o resultado final a qualquer sistema físico.

Figura 6– Gato vivo e morto (mecanicaquantica.wordpress.com)


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Digerindo esse conceito; podemos ter duas realidades antes de abrir a


caixa; o gato vivo em uma realidade e na outra o gato morto. Ao abrirmos a
caixa temos apenas uma realidade; o gato morto ou o gato vivo. Ao que nos
parece ser o mundo real, o gato só estará em um estado após abrir a caixa e
ao que nos parece ser um mundo não real e difícil de compreender, existem
duas possibilidades ao mesmo tempo; o gato vivo e morto. A seguir veremos
sobre o papel do observador na mecânica quântica, até aqui, vimos que o
observar altera o estado do sistema, fazendo com que apenas uma realidade
seja possível existir no nosso mundo; o que chamamos de mundo real,
palpável e observável. (ROSENBLUM; KUTTNER, 2017)

CAPÍTULO 4
O PAPEL DOS OBSERVADORES

Sobre o surgimento do universo

Como disse de Grasse, Tyson em “Origens; catorze bilhões de anos de


evolução cósmica”;

“No início, havia a física. A “física” descreve como a matéria, a energia, o


espaço e o tempo se comportam e interagem uns com os outros. A interação
desses atores em nosso drama cósmico está subjacente a todos os fenômenos
biológicos e químicos. Por isso, tudo que é fundamental e familiar a nós
terráqueos começa com as leis da física e nelas se baseia.”

Para de Grasse, tudo que existe no mundo se baseia em leis da física,


desde seu surgimento até os dias de hoje. Mesmo no inicio, era a física que
descrevia como a matéria se comportava e como interagia com a energia,
espaço e tempo. Portanto, as leis da física facilitam o entendimento de todas as
ações da natureza, sendo elas observáveis ou não, sendo em grandes escalas
ou em escalas diminutas. Vejamos a seguir a teoria do Big Bang que
supostamente deu início ao universo.
Conhecemos como “início”, o Big Bang, uma grande explosão cósmica
que é partir de onde surgiria o universo. De Grasse Diz; “Durante essa época,
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os fenômenos descritos pela teoria da relatividade geral de Einstein e pela


mecânica quântica eram indistinguíveis.” (TYSON, 2015) Talvez, partindo da
afirmação de deGrasse, nesse intervalo de evolução cósmica, seria onde a
mecânica clássica e a mecânica quântica, se combinavam e partir disso se
diferenciariam mais tarde. Porém, houve uma “época” em que elas estavam
praticamente unificadas.
Seguindo com o Big Bang, entendemos que no inicio havia uma mistura
de partículas subatômicas que se moviam em todos os sentidos com
velocidade alta, próxima à velocidade da luz, à medida que o universo se
esfriava, houve a combinação de elementos, com o passar do tempo
começaram a se formar os mais diversos tipos de átomos, até formarem
galáxias, planetas e até chegar ao universo que temos hoje.
Cabe ressaltar que, para muitos estudiosos de mecânica quântica,
existem multi universos e alguns são regidos por suas próprias leis. Assim
podemos ter combinações de elementos que formaram universos parecidos
com o nosso universo, ou então combinações que levaram a universos
totalmente diferentes. “No multiverso, cada novo universo irrompe com suas
próprias leis físicas e seu próprio conjunto de parâmetros cósmicos, inclusive
as regras que determinam o tamanho da constante cosmológica.” (TYSON,
2015). A constante cosmológica é representada pela letra lambda
maiúscula; Λ, e foi proposta por Einstein quando ele conclui que o universo
deve ser estacionário e não estar em expansão. Mais tarde verificou-se que
esta hipótese de Einstein estava errada, e ele admitiu seu erro, pois o universo
está em expansão.
Os cosmológos dão a essa abordagem, que busca explicar o valor da
constante cosmológica, o nome de princípio antrópico. O princípio antrópico
pode favorecer várias estruturas mentais teológicas e teleológicas. Diante
disso, alguns estudiosos acreditam que a abordagem antrópica ou princípio
antrópico, sustenta as convicções deles, pois ela sugere um papel central para
a humanidade, que sem alguém para observar o cosmos, este como
conhecemos, não estaria aqui, não existiria, ou talvez não existisse da forma
como o conhecemos, pois o universo existe para que nós observadores
possamos observá-lo, sendo assim; esse é o principal objetivo de sua
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existência. Por esse motivo acreditam que algo com poder mais elevado teria
feito o universo para nós (observadores), exatamente como o conhecemos,
com as leis que o regem, as quais podemos compreendê-las.
Analisando os conceitos, de multiversos, e a abordagem antrópica,
podemos incliná-los em diferentes direções para atender às necessidades de
várias crenças diferentes, crenças de estudiosos, religiosos, cientistas e etc.,
mas muitos cosmológos acham suficiente acreditar no multiverso, sem ligá-lo a
qualquer sistema de crenças. No entanto, até mesmo para formular um
conceito, se faz necessário uma “crença”, a partir daí estabelecer hipóteses,
obter provas e formular uma teoria aceitável do ponto de vista coletivo.

O Observador

Sobre o surgimento do universo; a questão abordada aqui é; tudo surgiu


do nada? Houve um observador ou um arquiteto primordial para dar início ao
universo? Se houve ou há um “arquiteto” ele usou das leis da mecânica
clássica e da mecânica quântica para modelar o universo ou ele teria um elo,
para usar o que para nós parece ser divergente. Será que para o arquiteto tudo
que parece impossível na física não seria mero ponto de vista? Ressaltando
que, como falamos anteriormente, acredita-se que houve uma “época” em que
as duas mecânicas estavam praticamente unificadas.
Quando existia o nada, mesmo que estranho, já existia alguma coisa,
talvez o tecido espaço-tempo? Talvez outros universos, e a partir das
combinações; escolhas, consequências ou aleatoriedades daí surge nosso
universo. Imaginemos um lugar onde para cada escolha existe um universo e a
partir de cada universo, à medida que os observadores modelam sua realidade,
surgem outros lugares, com pequenos detalhes diferentes ou totalmente
diferentes. Neste contexto, teria o Observador Primordial, propositalmente ou
não, interferido nas proporções da existência do “nada”, assim interferindo no
sistema e dado início ao universo e, em seguida se fragmentado, ficando
então, ligado a todos os átomos existentes.

O Observador que deu início ao todo


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Um dos físicos donos de uma das mentes mais brilhante dos últimos
tempos Stephen Hawking, nos diz no seu livro, Breves respostas para grandes
questões;

As leis da natureza nos dizem que não só o universo pode ter surgido sem
ajuda, como um próton, e não ter exigido nada em termos de energia, como
também é possível que nada tenha causado o Big Bang. À medida que
viajamos de volta no tempo em direção ao momento do Big Bang, o universo
fica cada vez menor e continua diminuindo até finalmente chegar a um ponto
em que se torna um espaço tão ínfimo que na verdade se trata de um único
buraco negro infinitesimalmente pequeno e denso. E, assim como acontece
com os buracos negros que hoje flutuam pelo espaço, as leis da natureza ditam
algo verdadeiramente extraordinário. Elas nos dizem que aí também o próprio
tempo tem que parar. Não podemos voltar a um tempo anterior ao Big Bang
porque não havia tempo antes do Big Bang. Finalmente encontramos algo que
não possui uma causa, porque não havia tempo para permitir a existência de
uma. Para mim, isso significa que não existe a possibilidade de um criador,
porque ainda não existia o tempo para que nele houvesse um criador.

Conhecemos como tempo o espaço entre um evento e outro, por


exemplo; a data de nascimento de uma pessoa e a data de sua morte, ou o
nascimento de uma estrela e sua morte, para entendermos o espaço entre
estes eventos, do nascimento à morte, é necessário usarmos do que
conhecemos como tempo. Para Hawking, o universo pode ter surgido do nada,
ou seja; não houve necessidade de um criador para dar início ao universo, para
ele tudo que conhecemos hoje surgiu do nada e para ele isso é completamente
possível. Se voltarmos no tempo até o momento do Big Bang, chegaríamos a
um momento em que o tempo ainda não existia, não teria iniciado o tempo para
chegar a catorze bilhões de anos depois; agora. Portanto, se anteriormente não
existia nem mesmo o que chamamos de tempo, então não havia necessidade
ou não seria possível existir um criador. Com isso podemos considerar que
atualmente e no início, não houve necessidade de um arquiteto para formatar o
universo, não foi necessária sua ideia inicial como também não foi necessária
sua existência para dar início ao Big Bang, sendo assim esse arquiteto também
foi e é necessário nos milhares de anos depois, partindo da ideia de que tudo
P á g i n a | 28

foi criando forma por si só e através das ações da natureza, e essa natureza
não seria regida por ninguém, ou seja; ela funciona e dá forma às coisas por si
só.
Sendo assim, para alguns cientistas, as ações das pessoas é o que
comprometem a natureza, gerando alterações climáticas, elevando os níveis do
oceano com derretimento das geleiras, aumento da temperatura, entre outros.
Também a ação do tempo vai modificando os sistemas, a natureza, mundo e o
universo em geral, por exemplo, o fenômeno de uma supernova, que dá por si
só com a ação do tempo.
Além de cientistas que acreditam que o universo surgiu por si só, temos
também aqueles que acreditam que houve um “observador primordial.” Sendo
assim, considerando o surgimento do universo e a teoria quântica, teria este
observador primordial criado às leis quânticas que permitiram o acontecimento
do Big Bang?
Em contrapartida temos outra mente brilhante, já citada anteriormente,
Isaac Newton, ele diz; "Então a gravidade pode colocar os planetas em
movimento, mas sem o Poder Divino, nunca poderia colocá-los em um
movimento circulante, como ocorre com o Sol". (TYSON, 2015). Entendemos
que Newton acreditava que um ser divino teria feito o universo e que o mesmo
regia as leis que o governam. Para ele um universo com a precisão e formato
que temos, só poderia ter por trás um arquiteto, que planejou até os mínimos
detalhes. Vale ressaltar que, para Newton e vários outros cientistas e
estudiosos, houve um criador, que chamamos de Observador Primordial, que
teria sido responsável pelo início do universo e pelos acontecimentos das
coisas até os dias de hoje, pois sem ele haveria desordem e as coisas fugiriam
do controle, até mesmo do controle da natureza.
Não temos como ter certeza sobre como iniciou o universo, porém temos
teorias aceitas como é a do Big Bang e, além disso, temos a capacidade de
discernir por nós mesmos se houve e ainda há um observador inicial por trás
do surgimento do universo, ou se o universo surgiu por si só. Para a mecânica
quântica, temos o conceito de entrelaçamento quântico, que falaremos mais a
seguir, que nos diz que partículas podem estar conectadas umas às outras, se
uma partícula é manipulada de determinado ponto do universo, a outra
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partícula é manipulada automaticamente. Neste conceito, partículas também


podem estar em dois lugares ao mesmo tempo ou até mesmo informações
viajar numa velocidade superior à velocidade da luz. Isso não prova a
existência de um observador primordial, mas nos ajuda a pensar em um
observador em termos físicos. Veremos no próximo capítulo, sobre a visão de
Einstein sobre a indeterminação quântica.

A Realidade Depende do Observador?

Sabemos que um fato é uma realidade, ou seja, um fato é uma


ocorrência no mundo real, onde todos sabem que se trata de realidade mesmo
que ninguém observe, se tratando de observadores conscientes. Um exemplo
de um fato é a existência de um vírus que está matando várias pessoas no
mundo todo e isso não depende de quem observa, continuará sendo a
realidade, independentemente da observação. Mas e no nível quântico, fatos
existem?
A teoria quântica nos diz que cada observador enxerga um fato de
determinada maneira. Então, mesmo se tratando de um fato, ele não é visto da
mesma maneira por diferentes observadores. Sabemos que para a ciência é
importante que os fatos sejam iguais para todos que observam, mas para a
mecânica quântica os fatos são subjetivos e pode ser que cada um enxergue
sua própria realidade. Porém isso não quer dizer que os fatos não existem, eles
existem, mas não de maneira objetiva, podendo ser que cada observador
visualize um fato e esse fato pode, também, existir simultaneamente entre eles.
Imaginamos que todo o universo é um sistema quântico, partindo dessa
ideia podemos interpretar o universo como cada um tendo sua própria
realidade, porém a teoria quântica se aplica em escalas diminutas, e para um
universo tão grande os efeitos quânticos se tornam imperceptíveis.
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CAPÍTULO 5

COMENTÁRIOS FINAIS

À medida que a precisão experimental evolui, diminuem os


questionamentos quanto à mecânica quântica. A capacidade de precisão dos
experimentos aumenta significativamente com a aplicação da própria mecânica
quântica. No passado houve quem duvidasse da teoria quântica, como temos
hoje, mas hoje em dia temos mais comprovações cientificas e conseguimos um
melhor discernimento da teoria,
Ainda há muito a ser desvendado, muito a ser investigado no ramo da
física e ao que se diz respeito à mecânica quântica mais ainda, mas estamos
mais confortáveis agora do que no passado com as descobertas dos grandes
cientistas, tivemos grandes avanços na teoria quântica desde a sua concepção,
entretanto estar confortável não quer dizer que as descobertas terminam por aí.
As várias descobertas nos trouxeram a tecnologia que temos hoje e veremos
mais avanços tecnológicos ainda, provenientes da mecânica quântica, no
futuro. O futuro é incerto, mas de certo modo é previsível, não levando em
conta, neste caso, que cada indivíduo cria sua realidade, porém crendo que
coletivamente criaremos uma realidade mais interessante e digna para todos,
através; da ciência, da fé e do conhecimento.
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BIBLIOGRAFIA

J. Andrade E Silva e G. LochokGraos e Campos; A Realidade na Física


Quântica; Instituto de Novas Profissões, Lisboa: José Ramalho Coca;
Departamento de Física; UniversityofLisbon. (acessado em 10 de maio de
2021)

EISBERG, Robert; RESNICK, Robert. Física Quântica; átomos, moléculas,


sólidos, núcleos e partículas. 1. ed. 1979. 936 p.

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert, WALKER; Jearl. Fundamentos de física


Vol. 3. 4a edição. Rio de Janeiro, RJ, LTC, 1996.

SAKURAI, JJ; NAPOLITANO, Jim. Mecânica quântica moderna. Tradução


técnica: Silvio Renato Dahmen. Porto Alegre: 2. ed. Bookman, 2013. 548 p.

MOVAES, Marcel; STUDART, Nelson. Mecânica quântica básica. 1. ed. São


Paulo: Livraria da física, 2016.

ROSENBLUM, Bruce; KUTTNER, Fred. O enigma quântico; o encontro da


física com a consciência. 1. ed. São Paulo: Editora Zahar, 2017. 336 p.

TYSON, Neil de Grasse; GOLDMITH, Donald. Origens: 14 bilhões de anos de


evolução cósmica. 1. ed. São Paulo: Planeta do Brasil, 2015. 384 p. Tradução
de Rosaura Eichenberg.

F. Selleri, Paradoxos e Realidade, Editorial Frangmentos, 1990.

NEWTON, Isaac; Princípios Matemáticos da Filosofia Natural. 1, 2. ed. Inglaterra:


1687.
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HAWKING, Stephen. Uma breve história do tempo: do Big Bang aos buracos
negros. Lisboa: Gradva; Rio de Janeiro: Rocco, 1988. 256 p. (idioma original)
Tradução por Maria Helena Torres. 262 p.

Biografia dos cientistas citados; ebiografia.com (acessado em 10 de maio de


2021)

APÊNDICE A

ALGUMASAPLICAÇÕES DA MECÂNICA QUÂNTICA

A mecânica quântica possui enorme sucesso em explicações do


comportamento e das características do universo, para o nosso mundo a
mecânica quântica possui diversas utilidades, pois sem suas descobertas,
muitas de nossas tecnologias não teriam sido criadas.

O computador quântico, por exemplo, que utiliza fenômenos da


mecânica quântica para obter aumento no poder de processamento. Apesar de
sua tecnologia avançada, é previsto que os computadores quânticos não
acabem com os computadores convencionais, pois utilizar uma máquina
convencional ainda será a opção mais econômica e provavelmente a mais
eficaz. O poder do computador quântico está na sua capacidade de manipular
e de gerar bits quânticos. Na medicina temos o laser quântico, que apresenta
todas as características de um laser clássico e também as características e
propriedades da mecânica quântica; é um laser formado por um único átomo.
Podemos citar também, imagem por ressonância magnética, que é uma
aplicação direta com conceitos quânticos. Temos, também, o microscópio
quântico, o microscópio quântico ou microscópio de corrente de tunelamento é
um instrumento que nos permite visualizar imagens de moléculas, átomos e
etc., ele nos permite visualizar imagens a nível atômico.

Dentre as várias aplicações da mecânica quântica, cabe ressaltar a


energia solar, que é uma forma de economia sustentável. Nesse processo,
toda energia obtida por meio de painéis solares, só existe graças ao efeito
fotoelétrico. Onde; os fótons se chocam com os elétrons contidos no material,
expulsando-os para fora. A energia solar vem se ampliando no mercado,
tomando cada vez mais curiosos, prevê-se que nas próximas décadas serão
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gerados diversos empregos graças ao mercado de energia solar e sua


utilização será cada vez mais prescindível.

APÊNDICE B

ALGUMAS CONSTANTES FÍSICAS FUNDAMENTAIS

Uma constante física é uma grandeza física que não depende do


sistema de unidades e é representada por um número sem dimensão.
Portanto, são constantes universais. Algumas constantes físicas podem ser
muito grandes, como é o caso da constante da velocidade da luz ou sem
dimensão como a constante de Planck.
A tabela a seguir mostra algumas das principais constantes
fundamentais da física.

Constante Física Símbolo Valor Unidade


a velocidade da luz no vácuo c 299792458 ms^-1
constante magnética μ0 12,566370614 e -7 N A^-1
constante elétrica ε0 8,854187817 e -7 M m^-1
constante de Planck h 6,6260693 e -15 Js
carga elementar e 1,60217653 e -19 C
quantum condutância S 7,748091733 e -5 S
constante da gravitação universal G 6,674184x10^-11 m^3 kg^-1 s^-2
massa do elétron Me 9,1093826 e -31 kg
massa do próton Mp 1,67262171 e -27 kg
massa do nêutron Mn 1,67492728 e -27 kg
massa da partícula alfa Mɑ 6,6446565 e -27 kg
impedância característica do vácuo Z0 376,7303135 Ω

Tabela 1 – Constantes físicas (autor; Soluá, maio de 2021)


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APÊNDICE C

BIOGRAFIA DOS PRINCIPAIS CIENTISTAS CITADOS

Max Planck (1858-1947)


Foi um grande físico nascido na
Alemanha mais conhecido como o
pai da mecânica quântica. Em 1918
recebeu o Prêmio Nobel de Física.
Planck nasceu na cidade de Kiel em
23 de abril de 1858. No ano de
1874, Max Planck ingressou na
Universidade de Munique onde
começou a estudar física.

Louis de Broglie(1892-1987)
Foi um físico francês nascido em 15
de agosto de 1892 em Dieppe. Teve
importante contribuição para
formulação da teoria quântica.
Também foi matemático, filósofo,
historiador e físico teórico. Em 1924
de Broglie postulou sua tese de
doutorado que falava sobre
partículas também possuírem um
comprimento de onda. Ganhou o
Prêmio Nobel de Física em 1929.
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Werner Karl Heisenberg (1901-


1976)
Foi um físico teórico, nascido na
Alemanha em 5 de dezembro de
1901. Em 1927 apresentou o
Princípio da Incerteza, Fez,
também, grandes importantes
contribuições, além da mecânica
quântica, nos campos da
hidrodinâmica em escoamentos
turbulentos. Ganhou o Prêmio Nobel
de Física em 1932 “pela criação da
mecânica quântica”.

Albert Einstein (1879-1955)


Einstein foi um físico e matemático
nascido na Alemanha. Conhecido
como um dos maiores gênios de
todos os tempos, por ter
desenvolvido a Teoria da
Relatividade. Desenvolveu a
equação mais conhecida de todas:
E=mc². Por suas descobertas sobre
o efeito fotoelétrico ganhou o
Prêmio Nobel de Física. Depois de
sua teoria ser comprovada,
realizando uma experiência durante
eclipse solar, Einstein tornou-se um
dos cientistas mais conhecidos do
mundo.
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Erwin Schroedinger (1887-1961)


Nascido em 12 de agosto de 1887
na Áustria, desde muito cedo
demonstrou grandes habilidades em
matemática e física. Em 1933
recebeu o Prêmio Nobel de Física
pelos seus trabalhos sobre
mecânica ondulatória. Ficou mais
conhecido por propor a experiência
mental conhecida como o Gato de
Schroedinger.

Niels Bohr (1885-1962)


Nascido em Copenhague em 7 de
abril de 1885. Foi um físico, que
estabeleceu o modelo atômico e
recebeu o Prêmio Nobel de Física
em 1922. Aos 12 anos estou
Humanidades Ciências em
Sortedam Gymnasium. Concluiu o
doutorado em física no ano de
1911. Born formulou a ideia de que
os elétrons giravam ao redor do
núcleo do átomo.
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Max Born (1882-1970)


Nasceu em 11 de dezembro de
1882, na Alemanha, porém mais
tarde foi naturalizado britânico.
Estudou na Universidade de Breslau
e na universidade de Heidelberg e
Zurique. Ganhou o Prêmio Nobel
em Física em 1954, pelas suas
contribuições Teoria Quântica.
Formou a interpretação da
densidade da probabilidade, na
equação de Schroedinger da
mecânica quântica, para o quadrado
da função de onda, por esse estudo
em 1954 recebeu o Prêmio Nobel de
Física.
Stephen Hawking (1942-2018) Física Fundamental.
Nascido na Inglaterra em 8 de
janeiro de 1942, foi um grande
físico. Aos 21 anos Hawking
descobriu uma doença
degenerativa, apesar do
diagnóstico, superou as
expectativas. Realizou importantes
contribuições para a Física
Moderna. Sua importante
contribuição para a mecânica
quântica foi a descoberta da
radiação dos buracos negros.
Ganhou diversos prêmios, sendo
um deles o Prêmio Especial de
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Neil de Grasse Tyson (1958)

Nasceu em 5 de outubro de 1958


em Nova York. Foi convidado por
Carl Sagan para se graduar, porém
Tyson decidiu estudar física na
Universidade de Havard. Concluiu o
doutorado em astrofísica em 1991.
Escreveu diversos artigos
científicos, livros sobre astrofísica e
apresentou programas de tv. Entre
outros vários prêmios, em 2017
ganhou a Medalha Hubbard, da
National Geographic Society.

Isaac Newton (1643-1727)

Newton foi um físico, matemático e óptica.


astrônomo, nasceu no dia 4 de
janeiro de 1643 na Woolsthorpe,
Inglaterra. Descobriu a lei
fundamenta da gravitação, iniciou
as leis básicas da mecânica e,
também, criou os métodos cálculo
diferencial e integral, além de suas
grandes descobertas no campo da
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