SaberPAS 201
SaberPAS 201
SaberPAS 201
PAS 1
Subprograma 2015-2017
PAS 2
Subprograma 2014-2016
PAS 3
Subprograma 2013-2015
1
2015
BRASÍLIA/DF, 2019
Márcia Abrahão Moura
Reitora
Enrique Huelva
Vice-Reitor
Sergio Antônio Andrade de Freitas
Decano de Ensino de Graduação
Wilson Roberto Theodoro Filho
Diretor Técnico de Graduação
Ligia Maria Cantarino da Costa
Diretora de Acompanhamento e Integração Acadêmica
Symone Rodrigues Jardim
Diretora de Inovação e Estratégias para o Ensino de Graduação
Comentadores
Ana Cristina Almeida Liege Pinheiro dos Reis Sidnei Felix Vieira
Edivaldo Santos Lucas Gomes da Silva Silvio Augusto Moreira da Rocha Miranda
Eduardo Fernandes Luciano Dartora Tiago Batista Dantas de Lucena
Fábio Ferreira Monteiro Marcelo Freire Waldemar de Andrade Júnior
Flora Laviola Martins Corrêa Marcos Sampaio Brandão
José Hélio de Souza Paloma Piorno Baltore
Juliana Freire Fernandes Patrícia Melo
Laura Garcia Dias Paulo Ferreira
Leonardo Carneiro de Morais Sá Renata Portella de Moura
S115
SaberPAS: 2015 – Brasília: Cebraspe, 2019.
ISBN 978.85.5656.007-0
© Cebraspe, 2019.
Qualquer parte desta publicação poderá ser utilizada e transmitida
de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, desde que citada a fonte.
Envie seu comentário para [email protected].
www.cebraspe.org.br
SUMÁRIO
Apresentação............................................................................................................................................6
Matriz de Referência...............................................................................................................................8
Objetos de Conhecimento..................................................................................................................10
Composição da prova.......................................................................................................................... 12
Prova de conhecimentos........................................................................................................... 12
Tipos de item (A, B, C, D)............................................................................................................ 13
Redação........................................................................................................................................... 15
Folhas de respostas............................................................................................................................. 16
Como se preparar para a prova....................................................................................................... 18
Orientações de leitura........................................................................................................................20
Prova................................................................................................................................................20
Coleção........................................................................................................................................... 23
Ícones..............................................................................................................................................25
PAS 1 ........................................................................................................................................................ 26
PAS 2 ........................................................................................................................................................98
PAS 3 .......................................................................................................................................................169
APRESENTAÇÃO
O Programa de Avaliação Seriada (PAS) da Universidade de Brasília (UnB) é uma
modalidade de acesso ao ensino superior criada pela UnB e que responde,
atualmente, pela ocupação de 50% das vagas oferecidas em cada ano letivo. O
exame, dividido em três etapas, realiza-se ao final de cada série do ensino médio
e tem como principal característica a combinação de interdisciplinaridade e
contextualização, além de valorizar a formação do estudante como sujeito crítico.
A coleção SaberPAS foi criada para ser utilizada como recurso didático
complementar em sala de aula ou como material de apoio extraclasse para
professores e estudantes que se preparam para o PAS, além de poder servir
também como laboratório crítico para o aperfeiçoamento de métodos de
avaliação. Um de seus objetivos é fortalecer a interação universidade/ensino
médio, estimulando a relação entre a comunidade dos estudantes que buscam
ingressar na universidade e os professores do ensino médio e superior.
Este livro apresenta uma seleção de itens e de redações comentadas das três
etapas das provas aplicadas nos subprogramas de 2015. Todos os comentários
estão divididos em duas partes complementares, cada uma direcionada aos
destinatários dos textos: os estudantes e os professores. Acompanham esses
comentários informações que subsidiaram as análises dos especialistas e que
auxiliam o leitor na compreensão dessas análises: o tipo de item (A, B, C ou D),
o gabarito, o nível de dificuldade, a habilidade e a competência exploradas, os
aspectos microestruturais e macroestruturais dos itens tipo D e da redação,
bem como as estatísticas de desempenho dos estudantes em cada item.
6
7
MATRIZ DE REFERÊNCIA
I
8
II
Ressalta-se que a Matriz de Referência não pode ser confundida com um currículo
ou com algo pronto e definitivo imposto pela Universidade às escolas. Trata-se de
um documento construído conjunta e democraticamente, submetido a constante
processo de aperfeiçoamento e que subsidia a elaboração dos itens para as provas.
III
9
OBJETOS DE CONHECIMENTO E
QUADRO DE HABILIDADES E COMPETÊNCIAS
Os Objetos de Conhecimento e o Quadro de Habilidades e Competências
encontram-se disponíveis na página do PAS, e podem ser acessados no site do
Cebraspe nos links: Subprograma 2015-2017 (PAS 1), Subprograma 2014-2016
(PAS 2), Subprograma 2013-2015 (PAS 3).
10
11
COMPOSIÇÃO DA PROVA
Em cada etapa do PAS, é aplicada uma prova objetiva – composta de duas partes – e
uma prova de redação, todas elaboradas de acordo com a Matriz de Referência.
PROVA DE CONHECIMENTOS
Parte 1 – Língua Estrangeira (espanhol, francês ou inglês, de acordo com a opção
do estudante).
Parte 2 – Artes Cênicas, Artes Visuais, Biologia, Filosofia, Física, Geografia, História,
Língua Portuguesa, Literaturas de Língua Portuguesa, Matemática, Música, Química
e Sociologia.
12
TIPOS DE ITEM (A, B, C, D)
TIPO A
O item deve ser julgado de acordo com
o comando a que se refere e tem como
resposta CERTO (C) ou ERRADO (E). No
cálculo do resultado da prova, ao item
do tipo A cuja resposta coincida com o
gabarito oficial definitivo é atribuído o
valor positivo +x; ao item cuja resposta
divirja do gabarito oficial definitivo é
atribuído o valor negativo –x; ao item
deixado em branco ou com dupla mar-
cação na folha de respostas é atribuído
valor igual a zero.
TIPO B
Item em que se propõe um problema
cuja resposta seja um número inteiro
de 000 a 999. Todos os algarismos – o
das centenas, o das dezenas e o das
unidades – devem ser obrigatoriamen-
te marcados na folha de respostas,
mesmo que sejam iguais a zero. No
cálculo do resultado da prova, ao item
do tipo B cuja resposta do estudante
coincida com o gabarito oficial defini-
tivo é atribuído o valor positivo +2x; ao
item em branco ou cuja resposta do
estudante divirja do gabarito oficial de-
finitivo é atribuído o valor igual a zero.
13
TIPO C
O item contém quatro opções de res-
posta, designadas pelas letras A, B, C
e D, das quais apenas uma constitui
o gabarito do item. Deve ser marcada
apenas uma opção na folha de respos-
tas. No cálculo do resultado da prova,
ao item do tipo C cuja resposta coin-
cida com o gabarito oficial definitivo é
atribuído o valor positivo +2x; ao item
cuja resposta divirja do gabarito oficial
definitivo é atribuído o valor negativo
–0,667x; ao item em branco ou com
mais de uma marcação no caderno de
respostas é atribuído valor igual a zero.
TIPO D
É um item de resposta construída, ou
seja, aberto, cuja resposta deve ser
elaborada pelo estudante. No cálculo
do resultado da prova, ao item do tipo
D cuja resposta atenda totalmente ao
solicitado é atribuído o valor positivo
+3x; ao item cuja resposta atenda
parcialmente ao solicitado é atribuído
valor positivo inferior a +3x; ao item em
branco ou cuja resposta não atenda ao
solicitado é atribuído valor zero.
14
REDAÇÃO
A prova de redação em língua portuguesa vale dez pontos e é elaborada de acordo
com a Matriz de Referência da etapa correspondente. Ela avalia o estudante quanto
à expressão na modalidade escrita em prosa e à aplicação das normas da língua
escrita padrão.
15
FOLHAS DE RESPOSTAS*
* Exemplos meramente ilustrativos. Número e tipos de itens variam a cada prova aplicada.
16
17
COMO SE
PREPARAR PARA A PROVA
Ser curioso
Prestar atenção em telejornais, entrevistas, programas educativos e informativos,
sites e outras fontes; discutir questões e problemas com os colegas; construir
opiniões próprias sobre vários assuntos.
Ser crítico
Acompanhar a evolução dos acontecimentos, comparar as diversas versões
apresentadas pelos meios de comunicação e refletir acerca das diferentes
perspectivas para elaborar interpretações próprias e propor alternativas diante dos
problemas apresentados.
Estar ligado
Ler editoriais de jornais e revistas; ficar atento às grandes reportagens de revistas
e sites confiáveis; analisar os fatos do dia a dia, a fim de transformá-los em material
para estudo e aprendizagem; pensar no que acontece em seu cotidiano.
Ajudar a memória
Fazer anotações, resumos e fichamentos de textos e obras; reler e reescrever
rotineiramente essas anotações.
Identificar as dificuldades
Algumas vezes é preciso revisar assuntos básicos para avançar.
18
Ampliar o universo existencial
Mergulhar nas obras, principalmente nas indicadas pelo PAS, como uma experiência
de vida, não como uma obrigação; ler os textos devagar e sempre; analisar e discutir
as obras com os amigos.
Aperfeiçoar a linguagem
Ouvir com atenção, ler com atenção; relacionar-se com as palavras (grafia e
significado); escrever todos os dias: resumos, sínteses, ideias, diários, anotações de
aula, cartas, narrativas e dissertações.
Aproveitar a vida
Cinema, exposições, música, poesia, teatro, tudo isso pode trazer novas informações
e aprimorar suas habilidades de forma prazerosa e divertida.
19
ORIENTAÇÕES DE LEITURA
Um dos elementos motivadores da coleção SaberPAS é a possibilidade de contribuir para
que a experiência dos estudantes com o Programa não se dê apenas no momento da
realização de uma das três provas ao final do ano. Se este volume, de fato, entrar em sala
de aula, estimulando atividades didático-pedagógicas em torno da Matriz de Referência
(ver p. 8), se o estudante servir-se dele para trabalhar em casa, um passo importante será
dado para que diminua a distância entre o ensino médio e a universidade.
PROVA
Exemplo de itens do tipoCESPE/UnB
AeC | CEBRASPE – PAS 3.ª ETAPA
CESPE/UnB | CEBRASPE – PAS 3.ª ETAPA
CESPE/UnB | CEBRASPE – PAS 3.ª ETAPA
aturalismo na Eliminamos o mundo verdadeiro: que mundo restou? O
aturalismo na aparente,Eliminamos o mundo
talvez?...CESPE/UnB
Mas não! Ao verdadeiro:
eliminar que mundoverdadeiro,
o mundo restou? O
aturalismo
m instinto na
m instinto de
de aparente, Eliminamos
talvez?... o mundo
Mas não! verdadeiro:
Ao
| CEBRASPE
eliminar que
o
–mundo
mundo
PAS 3.ª restou?
ETAPA
verdadeiro, O Texto de
referência
também eliminamos
aparente, talvez?... o aparente!
Mas não! Ao eliminar o mundo verdadeiro,
mhido
instinto
por umde também eliminamos o aparente!
aturalismo
hido por um na Eliminamosooaparente!
também eliminamos mundo Friedrich
verdadeiro:
Nietzsche. que mundo
Crepúsculo restou?
dos ídolos ou comoO se
hido
”, por um
quaisquer aparente, talvez?... Mas não! Friedrich Ao
filosofaeliminar
com o
o martelo.
Nietzsche. mundo
Porto Alegre:
Crepúsculo verdadeiro,
dos L&PM,
ídolos 2009,
ou comop. 41.
se
m instinto
”, quaisquer de Friedrich Nietzsche.
filosofa com Crepúsculo
o martelo. dos L&PM,
Porto Alegre: ídolos ou como
2009, se
p. 41.
”,são,
quaisquer
assim, também eliminamos o aparente!filosofa com o martelo. Porto Alegre: L&PM, 2009, p. 41.
hido
são, por um
assim, Com base na obra Crepúsculo dos ídolos ou como se filosofa com
são, que
moral assim,
até Com base nadeobra
o martelo, Crepúsculo
Nietzsche, dos ídolos
Friedrich
e no trecho ouCrepúsculo
Nietzsche.
acima, como se
julgue dosfilosofa
os com
ídolos ou como
itens e 38
37 com se
Comando
”, quaisquer
moral que até Com base na
oe martelo, deobra Crepúsculo
Nietzsche, e no dos
trecho ídolos
filosofa oujulgue
com o martelo.
acima, como se filosofa
Porto Alegre:
os L&PM, 2009,
itens 37 ep.3841.
moral que até
ao contrário, assinale
martelo,adea opção correta
Nietzsche, no item 39, que é do tipo C.
aosão, assim,
contrário, eo assinale opção corretaeno noitem
trecho
dos 39,
acima,
queou é julgue
do tipoosseC.
itens 37 e 38
aocondenação
contrário, eCom base na
assinale a obra Crepúsculo
opção correta no item ídolos
39, que
37 O trecho apresentado é um aforismo, recurso utilizado por
é como
do tipo filosofa com
C.
moral que até
condenação de Nietzsche, e no trecho acima, julgue
condenação o martelo,
37 O trecho
Nietzsche apresentado
na formulação é um aforismo,
de conceitos recursoosutilizado
filosóficos.
itens 37 epor 38
ao contrário, O
e37assinaletrecho apresentado
a opção
Nietzsche correta noé item
na formulação um aforismo, recurso
39, que éfilosóficos.
de conceitos do tipo C. utilizado por
os condenação
ídolos ou como se
38 Nietzsche
Na frase “Masna formulação de conceitos
não!”, é reiterada a dúvida filosóficos.
expressa na sentença
37 Na
38 O frase
trecho “Mas não!”,
apresentado é reiterada
é um a dúvida
aforismo, expressa
recurso na sentença
utilizado poro Itens do
e:s L&PM,
ídolos ou como
2009, se
p. 46. 38 Na frase “Mas não!”, é reiterada a dúvida expressa evidencia
que a antecede, e o uso do ponto de exclamação na sentença
tipo A
s: L&PM,
ídolos ou como
2009, se
p. 46. que a
Nietzsche
emprego antecede,
na
da e o uso
formulação
função do
emotiva,de ponto
conceitos
já de exclamação
presente filosóficos.
no título evidencia
da obra deo
: L&PM, 2009, p. 46. que a antecede,
emprego da e o uso
função do ponto
emotiva, já de exclamação
presente no título evidencia
da obra de o
38 Na quefrase
o fragmento
emprego “Mas foi extraído.
não!”,
da função é reiterada a dúvida expressa na sentença
uas múltiplas
s ídolos ou como se que o fragmento foi emotiva,
extraído. já presente no título da obra de
:as múltiplas
L&PM, 2009, p. 46. 39 que oa fragmento
Segundo antecede, efoi
Nietzsche, o uso do ponto de exclamação evidencia o
extraído.
as
pede múltiplas
no item Segundo Nietzsche,
39 emprego
pede no item Segundo da função emotiva, já presente no título da obra de
Nietzsche,
pede no item 39 A existem o mundo verdadeiro e o mundo aparente, nos
que o fragmento
existem foi extraído.
o mundo
as múltiplas A fenômenos
A existem naturaisverdadeiro
o mundo e na filosofia. e o mundo aparente, nos
39 Segundo fenômenos naturaisverdadeiro
Nietzsche, e na filosofia. e o mundo aparente, nos
pede no itema
erra contra B fenômenos
o único mundo naturaisque e na importa
filosofia.é sempre produto da
erra contra a B o
A único o mundo
existem
interpretação; mundonãoque importae oénem
verdadeiro
há aparência sempre
mundo produto
aparente,
verdade, somente da
nos
erra contra a
feiçoamento. B o único mundo
interpretação; não que
há importa énem
aparência sempre
verdade, produto
somente da
feiçoamento. fenômenos
perspectivas
interpretação; naturais e
provisórias.
não há na filosofia.
aparência nem verdade, somente
feiçoamento. perspectivas provisórias.
ntadocontra
erra acima a B oo mundo
único aparente
C perspectivas mundo que
provisórias.
é produtoimporta é sempre produto
da interpretação e, portanto, da
ntado acima C o mundo aparente éháproduto da interpretação e, sujeito
portanto,
Item do
ntado
ado a
feiçoamento.acima
“moral C o interpretação;
só existe
mundo um não
mundo: aparência
o nem
verdadeiro, verdade,
não somente
portanto,àà
ado a “moral só existeaparente
um é produto
mundo: da interpretação
o verdadeiro, nãoe, sujeito
eado a “morala
submetem perspectivas
interpretação.
só provisórias.
existe um mundo: o verdadeiro, não sujeito à tipo C
ntado
submetem acimaa interpretação.
submetem a C oo mundo
mundo aparente
D interpretação. verdadeiro é produto da interpretação
é o da interpretação e, portanto,
filosófica, que
ado a “moral D o só mundo
existe
elimina asverdadeiro
um mundo:
aparências. é o da o interpretação
verdadeiro, filosófica,
não sujeitoque à
D o mundo
elimina verdadeiro
as aparências. é o da interpretação filosófica, que
rmulados
submetemno a interpretação.
elimina as aparências.
rmulados no 1 No caso da Sociologia, foi no século XIX que
rmulados
o poderia ser no 1
D o mundo No verdadeiro
caso é o da interpretação
da esforços
Sociologia, foi no de filosófica,
século XIX que que
o poderia ser 1 surgiram
elimina os
No primeiros
caso da
as aparências. Sociologia, sistemáticos
foi no delimitação
século XIX de
que
oãopoderia
instintiva,ser surgiram os primeiros esforços sistemáticos de delimitação dea
rmulados
ão instintiva, no objetos
surgiram de
os estudo
primeiros e de estratégias
esforços sistemáticos metodológicas
de delimitação para de
ão instintiva, objetos
produçãode estudo e de estratégias metodológicas para a
14 objetos Node
de conhecimento
caso
estudo da
e deSociologia, fidedigno.
estratégias no ComséculoasXIX
foimetodológicas grandes
paraquea
20
o poderia ser 4 produção de conhecimento fidedigno. Com as grandes
4 transformações
surgiram
produção osde que acompanharam
primeiros esforços fidedigno.
conhecimento sistemáticosa revolução industrial,
de delimitação
Com as grandes de
acima podem transformações
ão instintiva,
acima podem foram muitos
objetos osque
de estudo
transformações que
acompanharam
pensadores
eacompanharam
de estratégias
a revolução
que se dedicaram
a metodológicas
revolução
industrial,
a entender para os
industrial, a
acima
Estamirapodem no foram muitos os pensadores que se dedicaram a entender os
Exemplo de itens do tipo AeB
CESPE/UnB | CEBRASPE – PAS 3.ª ETAPA
RASCUNHO
21
Exemplo de item do tipo D
CESP
RASCUNHO CESP
RASCUNHO
CM
Texto de
referência
Internet: <pt.imagixs.com>.
Internet: <www.pt.imagixs.com>.
CM
Item do
tipo D
Internet: <pt.imagixs.com>.
Não sou lá uma pessoa muito das ciências, mas sou bastante curiosa.
Também não sou prolífica o suficiente para criar poesias românticas.
Mas a curiosidade me faz gostar muito de aprender sobre física, e quan-
do penso nas coisas mais básicas, tenho vontade de escrever sobre a
beleza de "uma onda longitudinal que só se propaga em meios materiais
e que tem frequência na faixa entre 20 Hz e 20.000 Hz, que gera um
fenômeno sonoro: o som". A audição faz parte do conjunto de sentidos
associados com a sobrevivência: o choro de um neném é a primeira
tentativa de comunicação, um grito é uma arma de defesa, o canto de
um pássaro é ferramenta de sedução. O som faz parte do cotidiano que
conhecemos. O silêncio não. Principalmente para quem mora em zonas
metropolitanas, onde mesmo à noite é barulhento. Sempre acho engra-
çado voltar para a casa dos meus pais, em uma cidade pequena e "ouvir
o silêncio da noite": grilos e, às vezes, uns gatos acasalando.
118
1
La forma verbal acudió (ℓ. 16) puede ser substituida por recurrió, sin que
ocurran variaciones semánticas o gramaticales en el texto.
23
Após as informações descritivas, o leitor encontra o comentário do item que valoriza o
conteúdo (objeto de avaliação) cobrado, chamado de ênfase estudante.
Por último, está o comentário que faz uma abordagem pedagógica do item, destinado
ao professor.
24
ÍCONES
COMANDO
ÊNFASE ESTUDANTE
ÊNFASE PROFESSOR
25
Provas
Aplicadas
PAS 1
Subprograma 2015-2017
PAS 2
Subprograma 2014-2016
PAS 3
Subprograma 2013-2015
26
PAS 1
Subprograma 2015-2017
27
PARTE I – LÍNGUA INGLESA
28
Look carefully at M. Escher’s work above. Based on the mathemati-
10 cal solid shape classification, identify the option where the three solids
mentioned are found in the picture.
O item apresenta uma imagem com vários sólidos geométricos e solicita que
o estudante aponte, dentre as opções apresentadas, aquela em que os três
sólidos mencionados estão presentes na imagem inicial.
29
Nesse sentido, ao analisar a imagem, o estudante deve ser capaz de reconhecer
um tetraedro (ou pirâmide de base regular), um hexaedro (ou cubo), um octaedro
(ou bipirâmide quadrada) e um dodecaedro. Para chegar a essa conclusão, é
necessário que ele saiba que um:
A partir daí, tendo em vista que os nomes dos sólidos em língua inglesa apresen-
tam semelhanças gráficas com as versões em língua portuguesa, o estudante
deveria encontrar facilidade de perceber que o gabarito é a opção B, uma vez
que os sólidos dodecaedro, cubo e octaedro podem ser vistos na imagem trazi-
da pelo item. Não fazem parte da imagem o tetraedro (opção A); o icosaedro e o
cilindro (opção C); e o trapézio, o tetraedro e o cone (opção D).
30
Uma das formas de contribuir para o sucesso dos estudantes no tema abor-
dado no item, é a proposição de atividades interdisciplinares, envolvendo
Matemática e Língua Portuguesa, de modo que, enquanto a primeira oferece
práticas pedagógicas acerca dos sólidos e de seus usos nas diversas áreas
da vida em sociedade, a segunda aprofunda o estudo etimológico dos nomes
dessas formas.
31
PARTE II
32
Embora Maquiavel faça referência a uma “massa vulgar que constitui
33
1
Ó meu túmulo e meu tálamo nupcial, ó lar cavado na rocha
que me guardarás prisioneira pra sempre! Para aí avanço ao
encontro dos meus, de que Perséfone recebeu o maior
4
número entre os mortos; dentre eles, restava eu, em muito a
mais perversa; a caminho já vou, antes que se tivesse cumprido
o destino da minha vida. Espero, porém, confiadamente, que,
7
ao chegar, serei bem-vinda para o meu pai, e querida para ti,
minha mãe, e cara a ti, meu irmão, pois, quando morrestes, eu,
pelas minhas próprias mãos, vos lavei e adornei, e derramei
10
sobre o túmulo as libações. E agora, Polinices, por ter dado
sepultura ao teu corpo, obtenho esta recompensa. (…) Por eu
ter preferido honrar-te, devido a este princípio, é que eu apareci
13
aos olhos de Creonte como culpada e ousada, ó meu caro
irmão! Qual foi a lei divina que eu transgredi? Porque hei de
eu, ai de mim, olhar ainda para os deuses? Quem invocarei
16
para me valer, já que por usar de piedade fiquei possuída de
impiedade?
Sófocles. Antígona. Tradução comentada
de Maria H. da Rocha Pereira. Fundação
Calouste Gulbenkian, p. 77-8.
34
Autores e encenadores teatrais retomaram a tragédia de Sófocles tra-
duzindo-a e adaptando-a à sua época. É possível, por exemplo, corpo-
rificar a heroína grega no momento presente ou no futuro, projetando-
-a em tribunais ultramodernos, discutindo os imperativos religiosos em
Para confirmar a assertiva, o aluno poderia lembrar que temas como o autorita-
rismo e a opressão das minorias estão presentes na peça e podem ser adap-
tados para qualquer época. Os elementos da encenação também podem ser
modificados para ressignificar o texto clássico.
35
Para julgar o item 22, o aluno deveria relacionar seu conhecimento sobre o
conteúdo da peça, e os elementos da encenação, a conhecimentos básicos
sobre direitos humanos, aspectos sociológicos e filosóficos, entre outros. Essa
habilidade em relacionar assuntos (Habilidade H3) como o direito a liberdades
individuais, a situação da mulher na sociedade, ética e poder político, a partir
de um texto teatral, é muito importante para que o indivíduo compreenda as
manifestações culturais e artísticas além de seu contexto e função originais.
36
Ao punir Creonte, que havia desrespeitado duas vezes as leis divinas,
sepultando uma alma viva ― Antígona ― e deixando insepulto um cor-
25 po morto ― Polinices ―, os deuses demonstram que nenhum decreto
dos homens pode derrogar a lei eterna, divina. Essa questão ilustra um
dos tipos de conflitos presentes no texto de Sófocles: o religioso.
O aluno precisou julgar o item à luz da tradição grega antiga, aceitando que
a força divina subjuga as pretensões humanas. Porém, essa é uma discussão
presente ainda hoje. Questões como a descriminalização do aborto, a eutanásia
e o casamento homoafetivo, atingem o comportamento de vários grupos na
sociedade e têm sido debatidas a partir de um ponto de vista religioso também.
Sendo assim, é possível encontrar discussões que estão ligadas à abordagem
do item nos Objetos 2 (Indivíduo, cultura e identidade), 5 (Energia, equilíbrio e
movimento), 7 (A formação do mundo ocidental contemporâneo).
37
Para julgar o item, o aluno precisou inter-relacionar conhecimentos de áreas dife-
rentes sendo, no mínimo, a Literatura Dramática e as Ciências Humanas (História,
Antropologia, Sociologia, Filosofia). A partir dessa habilidade (Habilidade H3), ele
pode mostrar que compreende as manifestações culturais, artísticas, políticas e
sociais, bem como processos filosóficos e históricos, identificando articulações,
interesses e valores envolvidos, apresentando uma importante competência
(Competência C2).
38
1
Por toda parte eu vou persuadindo todos, jovens e velhos, a
não se preocuparem exclusivamente, nem tão ardentemente,
com o corpo e com as riquezas, como devem se
4
preocupar com a alma, para que ela seja quanto possível
melhor. E vou dizendo que a virtude não nasce da riqueza,
mas da virtude vêm, aos homens, as riquezas e todos os outros
7
bens, tanto públicos como privados.
Se, falando assim, eu corrompo os jovens, tais raciocínios
são prejudiciais; mas se alguém disser que digo
10
outras coisas que não essas, não diz a verdade.
Platão. Apologia de Sócrates. Maria Lacerda
de Souza (Trad.) (com adaptações).
A O trecho “mas da virtude vêm, aos homens, as riquezas e todos os outros bens,
tanto públicos como privados” (ℓ. 6 e 7) poderia ser corretamente reescrito da
seguinte forma: mas as riquezas e todos os outros bens, tanto públicos como
privados, vêm da virtude aos homens.
B No trecho “mas da virtude vêm, aos homens” (ℓ. 6), a forma verbal “vêm” está
flexionada no plural porque concorda com “homens”.
C Em “Se, falando assim” (ℓ. 8), “Se” classifica-se como pronome reflexivo.
D O trecho é apresentado sob o ponto de vista de uma terceira pessoa onisciente.
A opção B, errada, afirma que a forma verbal “vêm” (ℓ. 6) está flexionada no plu-
ral porque concorda com “homens”. Na verdade, ela concorda com “riquezas”
– aspecto que fez parte da reescrita proposta na opção A.
40
A opção C, errada, classifica a partícula “Se” (ℓ. 8) como pronome reflexivo
quando, na verdade, trata-se de uma conjunção subordinativa condicional.
Provavelmente o item foi considerado com nível de dificuldade médio por trazer
como texto de referência uma obra com temática e tipologia textual distantes da
realidade imediata dos alunos do 1º ano do ensino médio. No entanto, a principal
cobrança do item, referente aos elementos linguísticos e interpretativos, não
apresentou alto nível de dificuldade – pelo contrário, foram opções que corres-
pondem a conteúdos e práticas já desenvolvidos desde o ensino fundamental.
41
M. Escher. Relativity. Litogravura, 1953.
42
A obra Relativity, assim como outras obras de Escher, caracteriza-se
por linhas predominantemente diagonais e luz direcionada. Além
30
disso, observam-se, em suas obras, a utilização da técnica do cla-
ro-escuro, a construção de planos diferenciados e uma composição
arquitetônica geométrica, como as figuras com cabeças em forma de
bulbo e vestidas em trajes idênticos na obra Relativity.
A C Fácil H3 C2 Materiais
Para resolver a questão, o estudante deve conhecer as razões das formas geo-
métricas na arte, suas funções e objetivos de construção e desconstrução de
formatos estabelecidos. Além disso, deve estar atento aos movimentos artísticos
do século XX e os impactos estéticos que marcaram esse período.
43
Compreensão dos fenômenos geométricos, das formas de se produzir arte e
dos materiais essenciais na construção artística, inter-relacionando a matéria
básica do fazer, do pensar e do sentir.
44
Benze-se o poeta de várias ações que observa na sua pátria
1 Destes que campam no mundo
Sem ter engenho profundo
e, entre gabos dos amigos,
4 os vemos em papa-figos
sem tempestade, nem vento:
Anjo Bento.
7 De quem com letras secretas
tudo que alcança é por tretas,
baculejando sem pejo,
10 por matar o seu desejo,
desde a manhã té a tarde:
Deus me guarde.
13 Do que passeia farfante,
muito prezado de amante
por fora luvas, galões,
16 insígnias, armas, bastões,
por dentro pão bolorento:
Anjo Bento.
19 Destes beatos fingidos,
cabisbaixos, encolhidos,
por dentro fatais maganos,
22 sendo nas caras uns Janos,
que fazem do vício alarde:
Deus me guarde.
(...)
25 Que pregue um douto sermão
Um alarve, um asneirão,
e que esgrima em demasia
28 quem nunca lá na Sofia
soube por um argumento:
Anjo Bento.
31 Deste santo emascarado,
que fala do meu pecado,
e se tem por Santo Antônio,
34 mas em lutas com o demônio
se mostra sempre cobarde:
Deus me guarde.
37 Que atropelando a justiça
só com virtude postiça,
se premie o delinquente,
40 castigando o inocente
por um leve pensamento:
Anjo Bento.
Tendo como referência o poema Benze-se o poeta de várias ações que observa na
sua pátria, de Gregório de Matos, julgue os próximos itens.
O poema, embora escrito à maneira de uma oração (ladainha), com
46
O comando pede que se tome como referência o poema do autor Gregório
de Matos para julgar os próximos itens. Portanto, para que o item seja julgado
correto, a informação precisa ter sido apresentada no poema, ainda que impli-
citamente. Este é o caso do item. No poema não há menção ao termo crítica
social. Porém, por inferência, implicitamente, percebe-se que o poeta fez sim
duras críticas sociais quando, em todas as estrofes, reprova determinados com-
portamentos de pessoas que se dizem religiosas. A título de exemplo, analiso a
penúltima estrofe que diz: "Deste santo emascarado / que fala do meu pecado
/ e se tem por Santo Antônio / mas em lutas com o demônio / se mostra sempre
cobarde: / Deus me guarde". Nessa estrofe, o poeta critica o santo emascarado,
que interpreto como uma pessoa que utiliza uma máscara metafórica, represen-
tando a face que mostra para o mundo, escondendo a verdadeira. O falso santo
aponta os pecados do eu lírico e se considera o próprio Santo Antônio, mas se
acovarda quando precisa lutar contra o demônio.
O contexto do item é o século XVII, época em que o poema foi escrito. E o autor,
Gregório de Matos, é um dos principais nomes do Barroco brasileiro. Fez duras
críticas à Igreja Católica e à burguesia, ficando conhecido pelo apelido de "Boca
do Inferno". É importante ressaltar que o contexto histórico é de religiosidade
forte e presente.
47
O item foi avaliado como fácil e observa-se que realmente a grande maioria
foi capaz de respondê-lo adequadamente. Conforme exposto anteriormente,
atribuo o maciço índice de acertos à facilidade de identificação do aluno com o
tema abordado no poema.
48
Albert Eckhout. Servo com
caixa de ouro, 72 cm × 60 cm.
Museu Nacional da Dinamarca.
No que se refere à obra de Albert Eckhout e a seu quadro Servo com caixa de
ouro, ilustrado acima, julgue os itens a seguir.
Na obra apresentada, observam-se fundo sem paisagem natural e
composto de cores predominantemente quentes, o que ilumina
42
e ressalta a expressão do protagonista. As mesmas cores quentes
são retomadas na retratação da caixa de ouro, que contrasta com as
cores dos trajes da personagem. Esse contraste cria um ponto focal
na composição.
A C Fácil H3 C2 Materiais
O item aborda o uso das cores, conteúdo básico no ensino das artes. As cores
quentes correspondem às que transmitem sensação de calor e estão associa-
das ao sol, ao fogo e ao sangue.
50
As três principais cores quentes, situadas no lado direito do círculo, são o ama-
relo, o laranja e o vermelho.
Compreensão das matérias que compõem o fazer artístico, suas diversas possi-
bilidades e suas infinitas competências, inter-relacionando-as com o pensamen-
to filosófico de instrumentalização do fazer artístico. Como as pinturas são feitas?
Quais matérias básicas são necessárias para a criação de uma pintura?
51
Internet: <folha.uol.com.br>.
52
Considere que, no mapa apresentado, a distância, em linha reta, en-
tre os limites da área urbana de São Paulo, em 1880 e em 1972, seja
47 de 2,3 cm, e que a distância real entre esses dois limites seja de 5,75
km. Nesse caso, é correto afirmar que o mapa foi confeccionado na
escala de
A 1:25.000
B 1:50.000
C 1:200.000
D 1:250.000
C D Médio H7 C3 Espaços
A matéria geográfica cobrada no item faz parte da cartografia, ciência que repre-
senta graficamente a superfície terrestre através dos mapas em uma superfície
plana. Em seus cálculos, as fórmulas trabalham com três unidades: escala (E);
distância cartografada (d); e distância real (D). A imagem que segue é muito usa-
da para que os estudantes façam a fórmula entre as três variáveis.
Internet: <geografalando.blogspot.com/2013/02/
cartografia-escalas-cartograficas.html>. Acesso
em 22 fev. 2019.
53
A imagem significa que a variável que se queira calcular, se estiver no mesmo
nível perante o triângulo mostrado, deve-se multiplicar e, caso o cálculo seja
sobre uma variável de nível diferente, dividimos. Como exemplo, o cálculo de
E é igual a D/d; o cálculo de D é igual a E×d; e o cálculo de d é igual a D/E. As
referidas fórmulas possuem interdisciplinaridade direta com a Matemática, mas
em uma proporção simples (regra de três) poderia facilitar o cálculo das variáveis
mostradas no triângulo, onde 1 estaria para a escala (E) e a distância cartografada
(d) estaria para a distância real (D), ou seja,
1 E
D D
A resolução para se chegar ao gabarito, usando a regra mostrada acima, levará
a uma conta em que os 5,75 km da distância real (D) serão divididos pelos 2,3 cm
da distância cartografada (d), isto é, a variável E é igual a D/d. Como o indicativo é
que o aluno trabalhe com a mesma unidade de medida, transforma-se os quilô-
metros da distância real para centímetros, que é a unidade de medida da escala
numérica pedida no gabarito, o que vai dar E = 575.000/2,3, com resultado de
250.000 ou 1:250.000 na grafia correta de mostrar a escala numérica como
infere o gabarito. Importante ressaltar que, para resolver a questão, o estudante
deve ter conhecimento sobre escalas métricas ensinadas na Matemática.
54
O processo relacional entre a Matriz de Referência e o que foi avaliado no item
versa sobre a capacidade discente de analisar e resolver problemas. Confor-
me grafia que consta no Objeto de Conhecimento 9, há distintas definições
de espaço nas diversas áreas de conhecimento e é preciso reconhecer essa
complexidade, por mais simples que ela seja, no intuito de buscar articular dife-
rentes perspectivas. Portanto, nesse caso interdisciplinar com a Matemática, a
articulação e o reconhecimento se dão através do uso de dados apresentados
em gráficos e as representações do espaço são cobradas por meio dos concei-
tos cartográficos e dos elementos que envolvem a escala e suas variáveis das
distâncias cartografada e real, um cálculo considerado simples para o estudante
da 1ª Etapa do PAS.
55
Oração dos Desesperados
1
Que a pele escura
Não seja escudo para os covardes,
Que habitam na senzala do silêncio,
4
Porque nascer negro é consequência
Ser
É consciência
7
Dói no povo a dor do universo
Chibata, faca e corte
Miséria, morte
10
Sob o olhar irônico
De um Deus inverso
Uma dor que tem cor
13
Escorre na pele e na boca se cala
Uma gente livre para o amor
Mas os pés fincados na senzala.
16
Dói na gente a dor que mata
Chaga que paralisa o mundo
E sob o olhar de um Deus de gravata...
19
Doença, fome, esgoto, inferno profundo.
Dor que humilha, alimenta cegueira
Trevas, violência, tiro no escuro
22
Pedaço de pau, lar sem muro
Paraíso do mal
Castelo de madeira
25
Oh! Senhores
Deuses das máquinas,
Das teclas, das perdidas almas
28
Do destino e do coração!
Escuta o homem que nasce das lágrimas
Da dor, do sangue e do pranto,
31
Escuta esse pranto
(Que lindo esse povo)
(Quilombo esse povo)
34
Que vem a galope com voz de trovão
Pois ele se apega nas armas
Quando se cansa das páginas
37
Do livro de oração!
56
No poema de Sérgio Vaz, os parênteses (v. 32 e 33) isolam um co-
48 mentário, na forma de uma saudação elogiosa, que se distancia do
tom de lamento no qual o poema é escrito.
A C Fácil H3 C3 Estruturas
57
52 A respeito do texto, assinale a opção correta.
A A expressão “Oh! Senhores / Deuses das máquinas, / Das teclas, das perdidas
almas / Do destino e do coração!” (v. 25 a 28) exerce a função de aposto.
B A forma verbal “Escuta” (v. 29 e 31) está no imperativo em ambas as ocorrências.
C O segmento “que nasce das lágrimas / Da dor, do sangue e do pranto” (v. 29 e
30) é uma oração adjetiva explicativa.
D A ideia introduzida por “Pois” (v. 35) também poderia ser introduzida, sem
prejuízo de sentido, por Portanto.
A opção A, errada, considera que a expressão “Oh! Senhores / Deuses das má-
quinas, / Das teclas, das perdidas almas / Do destino e do coração!” (v. 25 a 28)
exerce a função de aposto. Os versos exercem a função de vocativo, o que se
confirma nos versos 29 e 31 com a presença dos verbos no imperativo.
A opção B, correta, afirma que a forma verbal “Escuta” (v. 29 e 31) está no impe-
rativo em ambas as ocorrências. Todos os verbos regulares terminados em -ar,
encaixam-se, na conjugação do modo imperativo, no modelo “(Tu) radical + -a”.
58
A opção C, errada, classifica o segmento “que nasce das lágrimas / Da dor, do
sangue e do pranto” (v. 29 e 30) como uma oração adjetiva explicativa. Trata-se
de uma oração adjetiva restritiva, pois não há a presença das vírgulas isolando-a.
A opção D, errada, afirma que a ideia introduzida por “Pois” (v. 35) também
poderia ser introduzida, sem prejuízo de sentido, por “Portanto”. Tal permuta
só poderia ser aceita caso o sentido no texto da conjunção “Pois” fosse o de
conclusão ou explicação, e no poema ela assume o sentido de explicação
59
60
Nas tiras de número III e IV da figura acima, é apresentada uma re-
ASPECTOS MACROESTRUTURAIS
2 Desenvolvimento do texto
Total 3,00
ASPECTOS MICROESTRUTURAIS
● Grafia/Acentuação
● Morfossintaxe
● Propriedade vocabular
1
Os quesitos avaliados encontram-se na planilha de correção e variam de acordo com os Objetos de Conhecimento
explorados no item.
2
O estudante é avaliado por meio de conceitos que são intervalos de nota prefixados que variam de acordo com o número
de quesitos da planilha de correção. O corretor não atribui uma nota à resposta, mas um conceito que corresponde aos
referidos intervalos. Ao corrigir a prova, o corretor avalia em qual intervalo de nota a resposta do estudante se encontra,
atribuindo-lhe o conceito 1, 2, 3 ou n.
61
DESEMPENHO DOS ESTUDANTES NO ITEM
0 0,86%
0,1 21,78%
0,2 77,36%
0 45,13%
0,2 8,70%
0,4 2,01%
0,6 0,60%
0,8 43,55%
0 39,18%
0,35 10,63%
0,7 9,45%
1,05 16,28%
1,4 24,47%
62
Gráfico 4 ― Percentual de estudantes por conteúdo
0 - 0,5 31,85%
0 ,5 - 1 11,59%
1 - 1,5 17,48%
1,5 - 2 12,90%
2 - 2,5 26,18%
0 - 0,5 31,85%
0 ,5 - 1 11,59%
1 - 1,5 17,48%
1,5 - 2 12,90%
2 - 2,5 26,18%
63
O item trata da avaliação da Competência C4, que consiste na construção de
argumentos congruentes e plausíveis, e pede para relacionar a consequência
do predatismo para ambas as espécies em relação ao crescimento populacio-
nal. Com isso, o aluno precisa demonstrar a importância do predatismo mes-
mo para a presa, evitando a superpopulação, pois se trata de um importante
acontecimento para o equilíbrio do ambiente, conteúdo pertinente com a Matriz
de Referência da 1ª Etapa. Analisando os dados estatísticos, percebemos que a
identificação da relação (quesito 2.1) foi de simples resolução, visto que mais de
40% dos alunos obtiveram a pontuação máxima. Porém, relacionar o predatismo
com o controle do crescimento populacional foi um fator de maior dificuldade
para os alunos, diminuindo a pontuação máxima para menos de 25%, pois,
como já citado, para relacionar o benefício da predação para a espécie predada
seria necessária uma argumentação consistente. Em sala de aula, o professor
deve abordar o predatismo sem esquecer de relacioná-lo com o mecanismo
de dinâmica das populações, mostrando a importância do equilíbrio de todas
as espécies do meio. O gráfico a seguir está presente em quase todos os livros
didáticos e é essencial para a compreensão do aluno sobre o tema.
Fonte: <educacao.globo.com/biologia/as-
sunto/ecologia/dinamica-de-populacoes.
html>. Acesso em: 6/3/2019.
64
Considere a tabela abaixo, que mostra a densidade média de alguns
areia
água
biocarvão
A
biocarvão
água
areia
B
água
biocarvão
areia
C
água
areia
biocarvão
D
C B Difícil H3 C2 Materiais
65
Para a resolução do item, o estudante deve utilizar o conceito de densidade,
uma vez que o item busca uma relação entre as densidades dos materiais e a
posição de cada um no novo sistema formado.
“As substâncias podem ser extraídas dos materiais por diversas técnicas e
são identificadas, principalmente, por suas propriedades físicas: temperatura
de ebulição, temperatura de fusão, densidade e solubilidade”.
O alto índice de erro, cerca de 72%, pode ser explicado pelo fato dos estudantes
não terem levado em consideração as unidades, observando apenas o valor
numérico. Esse é um erro bastante observado em sala durante a introdução do
conceito, porém com o desfecho da explicação e com a utilização de material
didático, com exercícios específicos, tais erros podem ser minimizados.
66
Os fermentos são muito utilizados como ingredientes na produção de
pães e bolos: servem para dar maciez a esses alimentos. Os fermentos,
que podem ser químicos ou biológicos, funcionam, basicamente, da mes-
ma maneira: produzem, por meio de reações químicas, gás carbônico,
que areja as massas dos alimentos. Para melhor compreender o funciona-
mento dos fermentos, considere os experimentos I e II descritos a seguir.
experimento I
farinha de trigo
açúcar
água
fermento biológico
experimento II
farinha de trigo
açúcar
água
fermento biológico
67
da reação, sem perdas, de maneira que se forme um cubo maior.
Suponha que, para cada mol de CO2 formado, haja um incremento
de 20 L em gás carbônico. Com base nessas informações, calcule
o volume final do cubo, em cm3, após expansão da massa. Divida o
valor encontrado por 10. Após ter efetuado todos os cálculos solicita-
dos, despreze, para a marcação no Caderno de Respostas, a parte
fracionária do resultado final obtido, caso exista.
O item traz, de forma bastante clara, que o estudante deveria encontrar o vo-
lume final do cubo. Este, inicialmente com arestas de 10 cm (v = 1.000 cm3 = 1
litro) e com 8,4 g de bicarbonato de sódio, após a sua decomposição térmica,
liberaria gás carbônico aumentando assim seu volume. Portanto, o estudante de-
veria utilizar a equação de decomposição térmica, citada no texto de referência,
extraindo dela os coeficientes estequiométricos para a resolução do item.
68
2 mol de NaHCO3 → 1 mol de CO2
A partir do comando do item, tem-se que para cada 1 mol de gás carbônico há
um incremento de 20 litros no volume do cubo. Dessa forma, com 0,05 mol
teríamos um incremento de 1 litro. Assim, o volume do cubo é igual a 2 litros,
sendo 1 litro inicial mais 1 litro após a reação.
Fazendo a transformação de litros para cm3 teremos 2.000 cm3; ao se dividir por
10, obtém-se o valor de 200 como resposta ao item.
69
Os parques eólicos localizados no município gaúcho de Osório formam o
maior complexo gerador de energia a partir do vento da América Latina.
Com 150 MW de energia instalada, o empreendimento destaca-se, entre
outros aspectos, por produzir energia limpa e renovável, sem emissões de
dióxido de carbono (CO2), um dos gases responsáveis pelo efeito estufa.
70
Considere que, para a avaliação da rotação nominal de operação das
turbinas eólicas, utiliza-se a fórmula prática RPM = 1.150/D, em que
Para ser bem-sucedido, o estudante precisa perceber que 1 RPS (rotação por
segundo) corresponde a 60 RPM (rotações por minuto), e que a velocidade
linear da ponta de uma pá de comprimento R pode ser escrita em função da
frequência de rotação, como:
71
A quantidade de acertos muito baixa (20%) permite classificar o item com tendo
nível de dificuldade difícil. Contudo, a expressão que associa a velocidade linear
à frequência de rotação é relativamente simples e, talvez, o real motivo do au-
mento do índice de erro no item tenha sido o uso da frequência em uma unidade
de medida diferente do SI.
72
espaço (m)
tempo (s)
ASPECTOS MACROESTRUTURAIS
1 Desenvolvimento do texto
Total 3,00
ASPECTOS MICROESTRUTURAIS
● Grafia/Acentuação
● Morfossintaxe
● Propriedade vocabular
1
Os quesitos avaliados encontram-se na planilha de correção e variam de acordo com os Objetos de Conhecimento
explorados no item.
2
O estudante é avaliado por meio de conceitos que são intervalos de nota prefixados que variam de acordo com o número
de quesitos da planilha de correção. O corretor não atribui uma nota à resposta, mas um conceito que corresponde aos
referidos intervalos. Ao corrigir a prova, o corretor avalia em qual intervalo de nota a resposta do estudante se encontra,
atribuindo-lhe o conceito 1, 2, 3 ou n.
74
DESEMPENHO DOS ESTUDANTES NO ITEM
0 79,16%
0,6 8,78%
1,2 5,29%
1,8 1,55%
2,4 5,22%
0 79,16%
0,605 8,78%
1,209 5,29%
1,814 1,55%
2,418 5,22%
0 79,16%
0,605 8,78%
1,209 5,29%
1,814 1,55%
2,418 5,22%
75
O item avalia a habilidade do estudante em aplicar as leis da cinemática na des-
crição do deslocamento retilíneo de um móvel. Ele explora a possibilidade de
inter-relacionar a posição e a velocidade do móvel a partir do uso de gráficos.
76
O ato de “inter-relacionar objetos de conhecimento nas diferentes áreas” e a
“compreensão dos fenômenos naturais” são classificados na Matriz de Referên-
cia de Objetos de Conhecimentos do PAS como Habilidade H3 e Competência
C2, respectivamente.
77
Em um laboratório de fisiologia vegetal, um grupo de plantas do gênero
Pinus foi cultivado em um solo pobre em nutrientes, mas rico em fungos
da classe dos ascomicetos; outro grupo foi cultivado apenas em um
solo pobre em nutrientes, sem a presença dos fungos. Após algumas
semanas, observou-se a presença de associações entre as raízes das
plantas de pinheiro e os fungos, tendo as mudas cultivadas no solo rico
em fungos apresentado um crescimento bastante acentuado em com-
paração com aquelas cultivadas em solo pobre em nutrientes e com
ausência dos fungos.
78
Com base na situação apresentada, assinale a opção correta acer-
82 ca da relação ecológica estabelecida entre as raízes das plantas
e os fungos.
79
O item é totalmente coerente com a Matriz de Referência da prova, pois trata de
uma essencial relação presente no Objeto de Conhecimento: ambiente e analisa
de maneira clara a competência do aluno de compreender um fenômeno natu-
ral (Competência C2) através da análise de uma situação problema (Habilidade
H10). Muitos alunos conseguiram acertar a questão, porém a maioria marcou a
opção errada. Mesmo sendo um conteúdo abordado em exaustão pela maioria
dos professores, o item é difícil, pois a partir da leitura do texto, o aluno necessita
identificar a relação de mutualismo e concluir que é uma relação interespecífica
e harmônica. Caso ele não consiga identificar um dos pontos ou confundir a
classificação, haverá um item distrator que ele pode marcar como resposta. Em
sala de aula, o professor deve abordar de maneira comparativa o benefício da
presença de alguns fungos no solo para o crescimento de plantas através de
figuras e vídeos, caso a escola tenha estrutura de laboratório, ou horta, onde
é possível demonstrar na prática o experimento em questão, enriquecendo o
processo de ensino-aprendizagem.
80
Internet: <dightonrock.com>
Para resolver o item 89, o estudante precisa dominar a linguagem matemática in-
serida no enunciado e fazer a relação entre os diferentes conteúdos abordados,
pois envolve conhecimento sobre o Teorema de Pitágoras e sobre triângulo re-
tângulo isósceles, cálculo de área de triângulo retângulo e indução ao conteúdo
de progressão aritmética. Então, para resolvê-lo, vale lembrar alguns conceitos:
82
Para resolver o item, o estudante precisa calcular por Pitágoras o valor dos
catetos da vela menor e da vela maior, e em seguida a área de cada uma des-
sas velas. Como no enunciado é falado que os triângulos retângulos formados
pelas velas da caravela são isósceles, tem-se:
Assim:
De forma semelhante:
Assim:
Sejam (50, A2, 200) termos de uma P.A, como a razão é constante, é só
perceber que o 3º termo é o 1º termo adicionado de 2 vezes a razão. Assim,
200 = 50 + 2r, ficando fácil perceber que r = 75. Somando 75 ao 1º termo
para encontrar o 2º termo tem-se 50 + 75 = 125.
Assim,
83
O item, se analisado separadamente, não apresenta muita dificuldade. Ela surge
da possibilidade de o aluno não conseguir entender a linguagem matemática,
interpretar o enunciado e relacionar conteúdos básicos da disciplina de uma
forma organizada. O item exige atenção e domínio de alguns conceitos matemá-
ticos vistos principalmente no ensino fundamental. O alto índice de erro ou de
respostas em branco no item mostra que, no geral, os estudantes apresentam
essa dificuldade de relacionar os conteúdos e relembrar conceitos. É impor-
tante o professor lidar sempre com esses conceitos separadamente e trazer
exercícios que trabalhem de forma conjunta, fazendo o aluno pensar no que ele
precisa para resolver o item. É indispensável trabalhar em sala de aula questões
de interpretação e trazer sempre o uso da linguagem matemática para o aluno
se acostumar e assimilar as informações. Sugestão: mostrar em vários exemplos,
inclusive os trazidos pelos alunos, a possibilidade de se enxergar formas geomé-
tricas e trabalhar sempre suas propriedades.
84
Tendo como referência o documentário Atlântico Negro — Na Rota dos
Orixás, julgue o item 94 e faça o que se pede no item 95, que é do tipo B.
Segundo o documentário, os escravos homens eram obrigados a
dar 9 voltas em torno da “árvore do esquecimento” e as escravas
mulheres, 7 voltas. Considere que a soma das quantidades de voltas
dadas em torno da “árvore do esquecimento” pelos membros de de-
Para resolver o item, o aluno precisa ler e interpretar o que está sendo pedido.
O conteúdo abordado envolve interpretação matemática e função do 1º grau,
também conhecida como função afim.
Então, pelo texto tem-se que os homens escravos têm que dar 9 voltas em
torno da árvore enquanto as mulheres escravas têm que dar 7 voltas. Em um
grupo com 50 mulheres escravas e X homens escravos, foram dadas 1.358
voltas ao todo. Deve-se pensar em uma função que determina o total de voltas
de um grupo em função da quantidade de homens nele, pois a quantidade de
mulheres é fixa.
86
Dessa forma: . Fazendo as devidas operações, encontra-se
h = 112.
Importante reforçar que existem outras formas de resolução, por raciocínio lógi-
co, por exemplo, todas válidas.
87
O Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (DETER)
do INPE indicou que em agosto e setembro de 2014 foram devastados
1.626 km² de florestas na Amazônia Legal, um crescimento de 122%
em relação ao mesmo período em 2013. Em agosto, foram desmatados
890,2 km², um salto de 208% considerados os 288,6 km² desmatados
no mesmo mês de 2013. Em setembro, foram 736,66% mais que em
setembro do ano anterior.
88
A serrapilheira, de onde as árvores e plantas da Amazônia extraem
100 praticamente todos os nutrientes de que necessitam, é constituída de
uma camada de
C B Médio H7 C2 Ambiente
89
Acerca do item, a Matriz de Referência de objetos de avaliação pede a
análise e um método para a resolução de problemas na compreensão de
fenômenos naturais. Nesse caso, a composição versa sobre a compreensão
do conceito de um processo natural sobre o solo da formação florestada
contida no bioma amazônico.
90
Entretanto, é preciso admitir que o termo serrapilheira é considerado raro nos
livros didáticos. A abordagem sobre florestas (p. 274 a 290) e sobre solos (p.
333 a 335) do Almanaque Brasil Socioambiental 2008 expõe a matéria orgânica
como horizonte superficial do solo, mas, em nenhum momento, cita a palavra
como sinônimo de tipo nutriente natural do solo.
91
REDAÇÃO
ATENÇÃO: Nesta prova, faça o que se pede, utilizando, caso deseje,
o espaço indicado para rascunho no presente caderno. Em seguida,
escreva o texto na folha de texto definitivo da prova de redação em
língua portuguesa, no local apropriado, pois não serão avaliados frag-
mentos de texto escritos em locais indevidos. Respeite o limite máximo
de linhas disponibilizado. Qualquer fragmento de texto além desse
limite será desconsiderado. Na folha de texto definitivo da prova de
redação em língua portuguesa, utilize apenas caneta esferográfica de
tinta preta, fabricada em material transparente. Identifique-se apenas
nos locais apropriados, pois será atribuída nota zero ao texto que tenha
qualquer assinatura ou marca identificadora fora desses locais.
92
Considerando que os textos acima têm caráter unicamente motivador, redija,
utilizando a modalidade escrita formal da língua portuguesa, um texto disser-
tativo a respeito do seguinte tema.
2 Desenvolvimento do texto
0,00 a
2.2 Progressividade textual 0 1 2 3
3,30
Total 10,00
ASPECTOS MICROESTRUTURAIS
● Grafia/Acentuação
● Morfossintaxe
● Propriedade vocabular
0 0,04%
0,35 11,58%
0,7 88,38%
1
Os quesitos avaliados encontram-se na planilha de correção e variam de acordo com os Objetos de Conhecimento
explorados no item.
2
O estudante é avaliado por meio de conceitos que são intervalos de nota prefixados que variam de acordo com o número
de quesitos da planilha de correção. O corretor não atribui uma nota à resposta, mas um conceito que corresponde aos
referidos intervalos. Ao corrigir a prova, o corretor avalia em qual intervalo de nota a resposta do estudante se encontra,
atribuindo-lhe o conceito 1, 2, 3 ou n.
94
Gráfico 2 ― Percentual de estudantes por conceito no quesito 2.1
0 0,36%
2 13,32%
59,99%
4
6 26,34%
0 0,24%
1,1 9,06%
2,2 55,73%
3,3 34,97%
0 0,13%
1-2 0,18%
2-3 0,14%
3-4 4,63%
4-5 7,80%
5-6 4,29%
6-7 39,39%
7-8 1,68%
8-9 24,70%
9 - 10 17,06%
95
Gráfico 5 ― Percentual de alunos por nota final
0 1,41%
1-2 2,21%
2-3 4,24%
3-4 7,18%
4-5 10,44%
5-6 21,64%
6-7 19,02%
7-8 13,45%
8-9 8,19%
9 - 10 12,22%
96
ainda persistente na sociedade brasileira como forma de não se restringir aos
textos motivadores.
97
Provas
Aplicadas
PAS 1
Subprograma 2015-2017
PAS 2
Subprograma 2014-2016
PAS 3
Subprograma 2013-2015
98
PAS 2
Subprograma 2014-2016
99
PARTE I – LÍNGUA ESPANHOLA
Internet:<kdimagens.com>.
100
10 Considerando la viñeta de arriba, señale la opción correcta.
5.364 1.811 99 5
101
sos filosóficos, históricos e geográficos, identificando articulações, interesses
e valores envolvidos) da Matriz de Referência 2ª Etapa do PAS. É considerado
de nível fácil devido à familiaridade do vocabulário tecnológico utilizado com o
cotidiano dos estudantes da atualidade, tendo assim: 5.364 acertos, 1.811 erros,
99 em branco e 5 duplas marcações. O Objeto de Conhecimento abordado é o
2 (Indivíduo, cultura e mudança social), uma vez que o item aprofunda o ques-
tionamento sobre a relação do indivíduo, com a sua "cultura de aprender", em
contextos históricos distintos. A Matriz de Referência propõe nesse Objeto de
Conhecimento uma profunda reflexão sobre as mudanças sociais e a construção
da identidade a partir da história e da cultura dos indivíduos e a relação entre
esses fatores em contextos diversos. Portanto, faz-se necessário provocar tais
reflexões sobre identidades sociais, culturais e históricas em sala de aula por
meio de debates, interpretações de textos críticos, dissertações, obras teatrais,
composições musicais etc.
102
PARTE II
1 — Para que lutar? dizia ele. Vou com as polcas... Viva.
a polca.
Homens que passavam por ele, e ouviam isto, ficavam
4 olhando, como para um doido. E ele ia andando, alucinado,
mortificado, eterna peteca entre a ambição e a vocação...
Passou o velho matadouro; ao chegar à porteira da estrada de
7 ferro, teve ideia de ir pelo trilho acima e esperar o primeiro trem
que viesse e o esmagasse. O guarda fê-lo recuar. Voltou a si e
tornou a casa.
10 Poucos dias depois, — uma clara e fresca manhã de maio
de 1876, — eram seis horas, Pestana sentiu nos dedos um
frêmito particular e conhecido. Ergueu-se devagarinho, para
13 não acordar Maria, que tossira toda a noite, e agora dormia
profundamente. Foi para a sala dos retratos, abriu o piano, e, o
mais surdamente que pôde, extraiu uma polca. Fê-la publicar
16 e com um pseudônimo; nos dois meses seguintes compôs
e publicou mais duas. Maria não soube nada; ia tossindo e
morrendo, até que expirou, uma noite, nos braços do marido,
19 apavorado e desesperado.
Era noite de Natal. A dor do Pestana teve um acréscimo,
porque na vizinhança havia um baile, em que se
22 tocaram várias de suas melhores polcas. Já o baile era duro
de sofrer; as suas composições davam-lhe um ar de ironia e
perversidade. Ele sentia a cadência dos passos, adivinhava os
25 movimentos, porventura lúbricos, a que obrigava alguma
daquelas composições; tudo isso ao pé do cadáver pálido, um
molho de ossos, estendido na cama... Todas as horas da noite
28 passaram assim, vagarosas ou rápidas, úmidas de lágrimas e de
suor, de águas da Colônia e de Labarraque, saltando sem parar,
como ao som da polca de um grande Pestana invisível.
31 Enterrada a mulher, o viúvo teve uma única preocupação:
deixar a música, depois de compor um Réquiem, que faria
executar no primeiro aniversário da morte de Maria.
34 Escolheria outro emprego, escrevente, carteiro, mascate,
qualquer coisa que lhe fizesse esquecer a arte assassina e surda.
Começou a obra; empregou tudo, arrojo, paciência,
37 meditação e até os caprichos do acaso, como fizera outrora,
imitando Mozart. Releu e estudou o Réquiem deste autor.
Passaram-se semanas e meses. A obra, célere a princípio,
40 afrouxou o andar. Pestana tinha altos e baixos. Ora achava-a
incompleta, não lhe sentia a alma sacra, nem ideia, nem
inspiração, nem método; ora elevava-se-lhe o coração e
43 trabalhava com vigor. Oito meses, nove, dez, onze, e o
Réquiem não estava concluído. Redobrou de esforços,
esqueceu lições e amizades. Tinha refeito muitas vezes a obra;
47 mas agora queria concluí-la, fosse como fosse. Quinze dias, oito,
cinco... A aurora do aniversário veio achá-lo trabalhando.
Machado de Assis. Um Homem Célebre. In: Obra
Completa, vol. II, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994
104
propósito. Com relação ao Objeto de Conhecimento cobrado no item (O ser
humano como um ser que pergunta e quer saber), pode-se ressaltar a dicotomia
entre realidade e ficção. As obras realistas, como já foi mencionado aqui antes,
prezavam por retratar a realidade de forma fidedigna, colocando sempre em
questão os limites entre o real e o ficcional.
105
O item foi avaliado como possuidor de nível médio de dificuldade e é interessan-
te constatar que a grande maioria foi capaz de respondê-lo adequadamente. A
forma como o item cobrou a habilidade de interpretação foi satisfatória, pois boa
parte dos estudantes foi capaz de fazer a relação entre as informações do trecho
e do conto e o texto do item.
18
Assinale a opção que apresenta corretamente a oração e a ideia por
ela introduzida no período em que ocorre.
C B Fácil H7 C1 Estruturas
106
A opção A, errada, afirma que a oração “para não acordar Maria” (ℓ. 12 e 13)
apresenta a ideia de “contrariedade”. A ideia correta é a de “finalidade”, pois se
trata de uma oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo.
A opção B, correta, afirma que a oração “e publicou mais duas” (ℓ. 17) apresenta
a ideia de “adição”. A presença da conjunção “e”, usualmente utilizada para in-
troduzir orações coordenadas aditivas, confirma a resposta.
A opção C, errada, afirma que a oração “Enterrada a mulher” (ℓ. 31) apresenta
a ideia de “causa”. A ideia correta é a de “tempo”, pois se trata de uma oração
subordinada adverbial temporal reduzida de particípio.
Por fim, a opção D, errada, afirma que a oração “que tossira toda a noite” (ℓ. 13)
apresenta a ideia de “tempo”. A ideia correta é a de “explicação”, pois se trata
de uma oração subordinada adjetiva explicativa.
107
— Bem sei o golpe que o feriu; mas lá vão dois anos. Venho pro-
por-lhe um contrato: vinte polcas durante doze meses; o preço
antigo, e uma porcentagem maior na venda. Depois, acabado o
ano, podemos renovar.
(...)
108
21
A respeito do sistema eleitoral do Brasil do Segundo Reinado, assi-
nale a opção correta.
109
A opção D diz que a Constituição do Império, de 1823, previa o voto feminino,
mas que as mulheres optavam por não votar. No Brasil, o voto feminino só foi
regulamentado em 1932, no governo Vargas, quando foi instituído o 1º Código
Eleitoral Brasileiro.
A opção correta é, portanto, a C, que afirma que, mesmo após a Lei Saraiva, o
voto continuou a ser censitário. A Lei Saraiva foi uma das primeiras formas de
legislação eleitoral do Brasil. Redigida por Rui Barbosa, ela instituiu o voto direto,
secreto e censitário para todos os cargos eletivos do Império, além de proibir
o voto de analfabetos. Os eleitores de paróquia e os de província, assim como
os candidatos, precisavam comprovar uma renda mínima, o que fazia com que
somente a elite fosse representada na política.
110
A peça Casa de Bonecas, de Henrik Ibsen, escrita em 1879, foi considerada revo-
lucionária para a época, ao levar o cotidiano de uma família burguesa para dentro
do teatro. Trata-se de uma história de ficção, mas que poderia se encaixar como
a realidade de muitas pessoas naquele tempo, de um casal comum de classe
média que vive uma vida tradicional. No entanto, a esposa resolve abandonar
tudo no final da trama. Dois trechos da peça são apresentados a seguir: o primeiro
é um diálogo entre o casal Nora e Helmer, em que Helmer faz sugestões sobre o
vestuário de Nora para uma festa a fantasia; o segundo é um diálogo do momento
em que Nora resolve partir e abandonar sua família.
Trecho I
Nora: Não, era Kristina; está me ajudando a consertar a roupa. Você verá que
sensação farei!
Nora: Uma ótima ideia. Mas também não foi gentil de minha parte seguir a sua
sugestão?
Helmer: Vou. (mostrando papéis) Está vendo? Fui ao banco. (dirige-se para o es-
critório)
Trecho II
Nora: Já não creio nisso. Creio que, antes de tudo, sou um ser humano, tanto
quanto você … ou pelo menos, devo tentar vir a sê-lo. Sei que a maioria lhe dará
razão, Torvald, e que essas ideias também estão impressas nos livros. Eu, porém,
já não posso pensar pelo que diz a maioria nem pelo que se imprime nos livros.
Prefiro refletir sobre as coisas por mim mesma e tentar compreendê-las.
27
derações psicológicas sobre os personagens principais, por meio da
exposição, no decorrer da história, do que pensam e de como agem
Nora e Helmer.
112
Os textos de referência são importantes para representar as transformações
das personagens e mostrar um pouco de seus pensamentos e comportamen-
tos. Porém, é imprescindível o conhecimento da obra para compreender o
contexto em que esses diálogos acontecem. Portanto, para compreender a
abrangência dos Objetos de Conhecimento no item, é preciso conhecer pro-
fundamente as personagens, o enredo, a estética realista e o contexto em que
a peça foi concebida.
113
A dramaturgia de Casa de Bonecas é extremamente atual, dada a
existência de muitas sociedades em que a mulher ainda é subjugada.
O item avalia o conhecimento que o estudante tem sobre a obra e exige dele
um posicionamento crítico acerca do assunto principal: a situação da mulher
na sociedade. Ele deveria refletir sobre o tema de forma crítica, julgando a
sociedade em que faz parte e confirmando a permanência de fatores que pre-
judicam a vida das mulheres. Assim, a resolução do item dependia do conhe-
cimento geral do aluno, pois, ele deveria comparar a obra com a atualidade,
identificando situações reais que ainda provam a condição injusta em que
muitas mulheres vivem. O Objeto de Conhecimento 7 (A formação do mundo
ocidental contemporâneo) relaciona o contexto em que a peça Casa de Bo-
necas foi escrita, período de transformações em meados do século XIX, com
os conflitos sociais, morais, de gênero e econômicos, vividos ainda hoje, que
também estão presentes no texto.
114
Conhecimento 7 (A formação do mundo ocidental contemporâneo) e Objeto
de Conhecimento 9 (Espaços).
Apesar de, infelizmente, constatar que muitas mulheres ainda são subjugadas
em vários aspectos, esse tema tem sido debatido cada vez mais. Nas escolas,
na mídia, em livros de áreas de conhecimento diversas, a situação da mulher
tem sido abordada com mais frequência, quando comparada a outras épocas.
Os Objetos de Conhecimento 1, 3, 6, 7 e 9 tratam desse assunto e proporcionam
discussões envolvendo toda a comunidade escolar. Os estudantes têm demons-
trado muito interesse pelo texto Casa de Bonecas, pois além da facilidade da
leitura e extremo domínio dos elementos dramatúrgicos que o autor apresenta,
a relevância do tema é o fator principal. A atualidade do texto leva a questiona-
mentos profundos sobre a historicidade dos conflitos entre gêneros e a urgência
da transformação de preconceitos e violências contra as mulheres.
115
Texto I
1
Esclarecimento (Aufklärung) significa a saída do homem
de sua minoridade, pela qual ele próprio é responsável. A
minoridade é a incapacidade de se servir de seu próprio
4
entendimento sem a tutela de outro. É a si próprio que se deve
atribuir essa minoridade, uma vez que ela não resulta da falta
de entendimento, mas da falta de resolução e de coragem
7
necessárias para utilizar seu entendimento sem a tutela de
outro. Sapere aude! Tem a coragem de te servir de teu próprio
entendimento; tal é, portanto, a divisa do Esclarecimento.
Immanuel Kant. Resposta à Pergunta: O que
é Esclarecimento? Luiz Paulo Rouanet e Luiz
Martins da Silva (Trad.). Brasília: Casa das Musas,
2008 (com adaptações).
Texto I
1
A equação razão = virtude = felicidade diz meramente
o seguinte: é preciso imitar Sócrates e estabelecer
permanentemente uma luz diurna contra os apetites obscuros
4
— a luz diurna da razão. É preciso ser prudente, claro, luminoso
a qualquer preço: toda e qualquer concessão aos instintos, ao
inconsciente conduz para baixo. (...). Faz-se ainda
7
necessário indicar o erro que repousava na crença na
“racionalidade a qualquer preço”? — Imaginar a possibilidade
de escapar da décadence através do estabelecimento de uma
10
guerra contra ela é já um modo de iludir a si mesmo criado
pelos filósofos e moralistas. O escape está além de suas forças:
o que eles escolhem como meio, como salvação, não é senão
13
uma nova expressão da décadence. (...) A luz diurna mais
cintilante, a racionalidade a qualquer preço, a vida luminosa,
fria, precavida, consciente, sem instinto, em contraposição aos
16
instintos não se mostrou efetivamente senão como uma
doença, outra doença. — Ela não concretizou de forma alguma
um retorno à “virtude”, à “saúde”, à “felicidade”. Os instintos
19
precisam ser combatidos, esta é a fórmula da décadence.
Enquanto a vida está em ascensão, a felicidade é igual aos
instintos.
F. Nietzsche. Crepúsculo dos Ídolos,
São Paulo: Hemus, 1976, p. 22-3 (com
adaptações).
116
No Brasil, autores ligados ao Arcadismo, como Cláudio Manoel da Cos-
31
ta e Tomás Antônio Gonzaga, foram influenciados pelas ideias políticas
e filosóficas iluministas, tendo esse sido um dos fatores que os levaram
a participar na malsucedida Inconfidência Mineira.
117
Segundo a Matriz de Referência, o item exige do estudante a habilidade de
inter-relacionar objetos de conhecimento nas diferentes áreas (Habilidade H3)
e competência para compreensão dos fenômenos naturais, da produção tec-
nológica e intelectual das manifestações culturais, artísticas, políticas e sociais,
bem como dos processos filosóficos, históricos e geográficos, identificando
articulações, interesses e valores envolvidos (Competência C2). Desse modo,
para resolver o item o estudante deve ser capaz de identificar as articulações
entre o Arcadismo, o Iluminismo e a Inconfidência Mineira.
118
Sabendo-se que Kant, em Fundamentação da Metafísica dos
Costumes, expressa o comando moral que faz nossas ações se-
rem moralmente boas no imperativo categórico: “age só segundo
37
máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne
lei universal”, é correto afirmar que, para ele, o abandono da mi-
noridade é, necessariamente, um dever moral imposto por esse
imperativo, uma vez que a escolha pela minoridade não pode ser
universalizada.
119
Apesar da ênfase temática na questão moral, o item se apoia no Objeto de
Conhecimento 1 (O ser humano como um ser que pergunta e quer saber), desta-
cando a conexão entre o pensamento deontológico e epistemológico kantiano.
Pode-se também relacionar o conteúdo do item a outros Objetos como o 2
(Indivíduo, cultura e mudança social) e o 7 (A formação do mundo ocidental con-
temporâneo), dada a importância do pensamento de Kant no desenvolvimento
da Filosofia humanista nos séculos subsequentes.
120
Félix Taunay. Mata reduzida a carvão,
1843, óleo sobre tela, Museu Nacional
de Belas Artes, Rio de Janeiro.
O artista Taunay retratava em suas obras o Brasil do século XIX e suas infinitas
riquezas naturais: suas belas florestas, rios, fauna e flora, em especial a Mata
Atlântica. Ele usava sua pintura para criticar e questionar o avanço do homem na
natureza. Com o crescimento e desenvolvimento das grandes cidades e indús-
trias, Taunay criticava a ação do homem na natureza e, consequentemente, sua
futura destruição. Suas pinturas geravam perguntas em seu público com relação
ao uso da terra, a interferência do homem nos espaços naturais e principalmente
se aquelas belíssimas paisagens iriam permanecer intactas. Sua fonte de inspira-
ção era a beleza da natureza, já que ele considerava as matas como uma fonte
inesgotável de inspiração artística e que não deveria sofrer com os avanços do
homem moderno.
122
A questão tem um nível de dificuldade médio, dado o número de acertos em re-
lação à soma dos erros, em branco e duplicados. Verifica-se que o item manteve
seu nível de dificuldade dentro do esperado.
123
Embora pertencentes a diferentes períodos da história da música bra-
sileira, as obras O Guarani e Sobradinho apresentam temáticas seme-
lhantes e relacionadas às questões éticas e aos valores humanos. A
dominação territorial e cultural é um dos temas centrais de O Guarani,
de Carlos Gomes. Seu enredo destaca o conflito instalado entre Portu-
gal e Espanha pela conquista do Brasil e pela posse de minas de prata,
localizadas em terras indígenas. Em Sobradinho, o desrespeito ao
desenvolvimento sustentável e a voracidade da exploração dos manan-
ciais hídricos foram fontes de inspiração para a dupla Sá e Guarabyra.
124
50 Na música Sobradinho, alternam-se partes vocais e trechos instru-
mentais em que se destacam a gaita e instrumentos de corda.
A C Médio H3 C1 Materiais
125
Assim, o item deve ser respondido fazendo uma associação aos nomes que
podemos usar para determinar a sanfona em suas múltiplas regiões, portanto,
associar a gaita à sanfona. Como o outro instrumento pedido no item refere-
-se a um “instrumento de corda”, de forma genérica que seria representado
pelo violão, o foco da resolução do item deve ser dedicado ao instrumento de
sopro: gaita.
Ao solicitar que o aluno tente identificar os sons emitidos por uma gaita (ae-
rofone) e um instrumento de corda (violão), o item propõe a possibilidade de
identificação dos materiais e a conscientização de sua diversidade timbrística.
126
Portanto, ao se ter quase o mesmo número de acertos e erros somados aos
brancos, o nível do item foi realmente proposto de forma correta, ou seja,
dificuldade média.
Como já foi sugerido, para que o item seja melhor respondido e interpretado,
deve ser trabalhado em sala de aula o conteúdo de Organologia Musical, que é
o estudo da classificação dos instrumentos musicais de acordo com a produção
sonora. Esse estudo deve estar associado ao regionalismo nas músicas propos-
tas pela Matriz de Referência dos objetos de avaliação.
Também, em se tratando dos livros didáticos, bom seria se eles viessem com
imagens dos instrumentos e sua classificação, facilitando assim o acesso dos
alunos ao conhecimento do conteúdo.
127
In: Jornal do Brasil. 19/2/1997.
128
A tirinha ironiza o fato de que, no modo de produção industrial, a
55 qualidade das mercadorias produzidas depende essencialmente da
habilidade dos trabalhadores assalariados.
A E Fácil H2 C2 Espaços
129
consideradas simples, a qualidade das mercadorias produzidas não depende
essencialmente dos trabalhadores, como depreende o item, mas também de
outros fatores como a qualidade dos produtos e as condições de trabalho.
A base teórica referida no item está na 1ª série do ensino médio, que o aluno
da 2ª série deve ter em mente, pois seguindo a Matriz de Referência em seu
referido Objeto de Conhecimento, esta informa que “na 1ª Etapa, foram tratadas
distintas concepções de espaço, pensadas em diferentes sociedades. Agora, o
ponto de partida é pensar como se constrói a noção de espaço na sociedade
brasileira e as implicações vinculadas a essa noção. Além disso, é preciso com-
preender diversas outras percepções de espaços também já enunciadas na
130
etapa anterior”. Portanto, a concepção de base é clara na Matriz de Referência
e deve transparecer ao docente quando da abordagem em sala sobre o espaço
brasileiro em sua composição política, econômica e social. No contexto do item,
os livros didáticos trazem nos capítulos que envolvem a industrialização, a exi-
gência de uma abordagem docente basilar para explicar que a industrialização
brasileira se desenvolveu nos moldes fordistas a partir da Era Vargas e foi in-
tensificada com o desenvolvimentismo juscelinista, tendo um dos pés do “tripé
econômico” de JK aquele que respondia pelo capital multinacional alicerçado
na produção fordista.
131
A Revolução Industrial foi um processo de grandes mudanças econômicas e
sociais, sendo a Inglaterra considerada a pioneira. Foi quando aconteceu a
substituição das manufaturas por maquinofaturas (máquinas), que possibilita-
vam a ampliação e padronização da produção.
132
Na Savana tropical mais diversificada do planeta — o Cerrado —, os in-
cêndios geralmente são breves. A maior parte das queimadas é provo-
cada pelo homem. Também há casos de queimadas naturais, causadas
por raios. Tanto em uma situação como em outra, o fogo favorece o
brotamento de muitas plantas, além de estimular a floração, a abertu-
ra de frutos e a liberação de sementes. Compreende-se, atualmente,
que uma série de características próprias desse ecossistema é fruto
da adaptação dessa vegetação ao fogo. A frequência das queimadas
influencia a fisionomia da vegetação, por diminuir a quantidade de ár-
vores e aumentar a do estrato herbáceo, em especial de gramíneas,
cujas raízes são mais superficiais e utilizam os nutrientes depositados
na forma de cinza.
Idem, ibidem.
C C Médio H3 C4 Espaços
O item cita o Cerrado brasileiro, que tem certa similaridade com a Savana africa-
na, porém, não leva o estudante a uma análise fitogeográfica ou climatobotânica
para chegar ao gabarito. O contexto de cobrança para o item de múltipla esco-
lha, tipo C, é sobre a colonização do continente africano pelo europeu, apesar
de citar, em duas das quatro letras, um contexto de plantio para subsistência e
desmatamento para implantação de centros urbanos, respectivamente. O con-
teúdo requerido ao aluno, para que a marcação do item seja correta, é sobre
a colonização e seus reflexos da dominação inserida sobre o espaço social do
colonizado.
134
O gabarito cobra a interdisciplinaridade da Geografia com a História, disciplinas
que trabalham relações de poder no tempo e no espaço, categorias que não
são passíveis de dissociação. Sobre o referido item, cabe ao aluno a capaci-
dade de argumentação consistente ao entendimento da colonização como um
processo social em que a relação de dominação é extremamente prejudicial ao
povo colonizado, por ser imposta uma lógica diferente e exploratória sobre sua
organização socioespacial.
Em sua primeira ideia e apenas para não perder a relação com o texto de refe-
rência, o comando do item versa sobre a fitogeografia predominante no conti-
nente africano, com uma vegetação similar ao Cerrado brasileiro, mas é após o
ponto de segmento que vem o verdadeiro comando para a marcação da opção
correta. O comando que realmente leva ao gabarito não se relaciona com o texto
de referência (temática fitogeográfica), porém, duas das letras do item fazem a
ligação com a temática do texto. A consistência na interpretação e o entendi-
mento do contexto colonizador como sendo social é a premissa de compreen-
são discente que leva ao êxito, ou seja, essas são as principais competências
e habilidades cobradas na Matriz de Referência, pois envolvem diretamente os
objetos de conhecimento do estudante ao PAS da 2ª Etapa.
O item foi classificado pela banca como de dificuldade média, mas depois da
análise percentual de acertos, erros e questões deixadas em branco, pode-se
considerar como sendo um item difícil, pois 39% dos estudantes acertaram;
135
45% marcaram opções que não eram o gabarito; e 16% deixaram o item em
branco. Portanto, 61% dos estudantes não obtiveram êxito no item, o que cau-
sa preocupação quando o ligamos aos eixos cognitivos de competências e
habilidades, pois estas versam sobre a inter-relação entre o conhecimento de
diferentes áreas para a construção de uma argumentação consistente. Enfim, os
percentuais mostram um caminho em que a interdisciplinaridade não está sendo
tocada como deveria entre as disciplinas de Geografia e História e a possível
capacidade interpretativa dos estudantes fez mais da metade deles não conse-
guirem executar o item de forma correta.
136
Internet: <cirvascular.com>.
138
Em relação à dificuldade, pode-se afirmar que ela se enquadra em um nível
médio, considerando que cerca de 55% dos estudantes marcaram o item
como certo. Também se entende que o nível de dificuldade é médio se se
comparado ao número daqueles que erraram, deixaram em branco ou realiza-
ram dupla marcação, algo próximo a 45%.
139
Na parte superior da atmosfera, a partir de 50-60 km de altitude, encon-
tra-se uma região ionizada, chamada de ionosfera, onde existe grande
quantidade de íons gerados pela influência da radiação de partículas
cósmicas e solares. Essas partículas carregadas formam um plasma
ionosférico, que interfere na propagação de ondas de rádio. A figura a
seguir mostra, de forma simplificada, uma antena emissora de ondas de
rádio que atingem a ionosfera no ponto A. A figura também mostra uma
antena receptora equidistante da emissora com relação ao ponto A.
Terra
140
Considerando a situação em que se registrem, no receptor, ondas
refletidas pela ionosfera, sendo os ângulos de incidência das ondas
66
de rádio inferiores ao ângulo de reflexão interna total (ângulo crítico),
esboce, na figura abaixo, vetores que indiquem a direção e o sentido
de raios refletidos e refratados da onda de rádio no ponto A, na inter-
face entre a atmosfera e a ionosfera.
Terra
ASPECTOS MACROESTRUTURAIS
1 Desenvolvimento do texto
Total 2,274
ASPECTOS MICROESTRUTURAIS
● Grafia/Acentuação
● Morfossintaxe
● Propriedade vocabular
1
Os quesitos avaliados encontram-se na planilha de correção e variam de acordo com os Objetos de Conhecimento
explorados no item.
2
O estudante é avaliado por meio de conceitos que são intervalos de nota prefixados que variam de acordo com o número
de quesitos da planilha de correção. O corretor não atribui uma nota à resposta, mas um conceito que corresponde aos
referidos intervalos. Ao corrigir a prova, o corretor avalia em qual intervalo de nota a resposta do estudante se encontra,
atribuindo-lhe o conceito 1, 2, 3 ou n.
141
DESEMPENHO DOS ESTUDANTES NO ITEM
Gráfico 1 – Percentual de estudantes por conceito no quesito 1.1
0 50,69%
0,569 7,87%
1,137 20,63%
1,706 13,54%
2,274 7,27%
142
O item explora o Objeto de Conhecimento 5 (Energia e oscilações) e exige
que o estudante seja capaz de aplicar as leis da óptica geométrica na des-
crição dos fenômenos de reflexão e refração das ondas de rádio na fronteira
atmosfera-ionosfera.
143
Internet: <sobiologia.com.br> (com
adaptações).
144
Infere-se dos gráficos da figura que a concentração ótima de auxina
68 para o crescimento do caule tem efeito inibitório sobre o crescimento
da raiz e do botão vegetativo.
Os dados nos permitem observar que 56,67% dos alunos acertaram o item,
o que permite sua classificação em médio grau de dificuldade, considerando
145
ainda que 22,18% marcaram uma alternativa incorreta e 21,15% que deixaram
em branco ou cometeram dupla marcação.
146
Considerando os quadrinhos acima, faça o que se pede no item seguinte,
que é do tipo D.
Indique a modalidade de multiplicação celular ilustrada nos quadri-
71 nhos 3 e 4 e aponte a principal característica observada nas células-
-filhas resultantes dessa multiplicação.
ASPECTOS MACROESTRUTURAIS
2 Desenvolvimento do texto
Total 3,00
ASPECTOS MICROESTRUTURAIS
● Grafia/Acentuação
● Morfossintaxe
● Propriedade vocabular
0 1.69%
0,1 20,90%
0,19 77,41%
1
Os quesitos avaliados encontram-se na planilha de correção e variam de acordo com os Objetos de Conhecimento
explorados no item.
2
O estudante é avaliado por meio de conceitos que são intervalos de nota prefixados que variam de acordo com o número
de quesitos da planilha de correção. O corretor não atribui uma nota à resposta, mas um conceito que corresponde aos
referidos intervalos. Ao corrigir a prova, o corretor avalia em qual intervalo de nota a resposta do estudante se encontra,
atribuindo-lhe o conceito 1, 2, 3 ou n.
148
Gráfico 2 – Percentual de estudantes por conceito no quesito 2.1
0 41,12%
0,24 5,75%
0,47 3,11%
0,71 1,04%
0,95 48,97%
0 22,78%
0,28 2,50%
4,54%
0,57
0,85 10,32%
1,14 59,87%
0 14,93%
[0,8, 1) 1,53%
[1,8, 2) 5,79%
[2,2, 2,274) 0%
2,274 30,24%
149
O item se refere à modalidade assexuada de reprodução presente nos
protozoários denominada divisão binária ou cissiparidade. Esse tipo de
reprodução consiste numa divisão equacional, isto é, onde cada célula vai
gerar duas cópias idênticas geneticamente, sem variabilidade genética. É
uma divisão baseada em um processo de mitose. O aluno deve responder
o item de maneira simples, indicando que acontece um processo de divisão
binária no quadrinho 3 e o resultado disso são duas células geneticamente
iguais no quadrinho 4, e evidenciar a ausência de variabilidade genética. O
item aborda a competência de compreensão de um fenômeno natural que
ocorre em seres unicelulares, permitindo a perpetuação dessas espécies.
O aluno foi avaliado de maneira direta se compreende esse mecanismo de
reprodução com duas orientações claras no comando: qual a modalidade de
multiplicação celular e a principal característica observada.
150
As embalagens cartonadas, utilizadas no envase de alguns produtos
alimentícios perecíveis, são constituídas por multicamadas de papel,
plástico e alumínio. Trata-se de um material compósito, isto é, de uma
combinação de dois ou mais materiais que resultam, no produto final,
em uma associação das propriedades de cada componente. O papel
cartonado dessas embalagens é fabricado com celulose obtida de flo-
restas replantadas e confere suporte mecânico e resistência à embala-
gem. O alumínio atua como uma barreira à entrada de luz e oxigênio. O
plástico — ou polietileno — é útil para isolar o papel da umidade (camada
externa) e impedir o contato direto do alumínio com os alimentos (ca-
mada interna). Esse plástico, obtido da polimerização do etileno, pode
se apresentar de duas formas: polietileno de baixa densidade (PEBD) e
polietileno de alta densidade (PEAD), cujas estruturas estão mostradas
a seguir. Entretanto, na fabricação das embalagens cartonadas, apenas
o PEBD é empregado.
etileno polietileno
A C Médio H2 C2 Materiais
152
“Como as partículas, constituintes da matéria, interagem para formar os diversos
materiais com propriedades tão díspares? ”
153
O ser humano é submetido, no dia a dia, a sons cuja intensidade so-
nora varia a partir de 1,0 × 10-12 W/m2, chamado de limiar de audi-
bilidade, até 1,0 W/m2, denominado limiar da dor. A comparação de
intensidades sonoras de diferentes amplitudes é feita por meio do
decibel (dB). Utilizando-se essa unidade, diz-se que uma onda sonora
de intensidade I W/m² tem 10 log(I/10-12) dB sendo o limiar de audibili-
dade usado como referência.
154
Considere que um amplificador eleve a intensidade de uma onda so-
nora de I/m2 para I × 72 × 109 W/m2. Nesse caso, assumindo que 0,301
e 0,477 sejam valores aproximados para log 2 e log 3, respectivamen-
83
te, calcule a quantidade de decibéis que o amplificador adiciona à
onda sonora original. Após ter efetuado todos os cálculos solicitados,
despreze, para marcação nos outros comandos, sempre que aparece
Caderno de Respostas, este está em negrito. a parte fracionária do
resultado final obtido, caso exista.
Para resolver o item, além de interpretar o comando, o estudante precisa ter uma
noção sobre regra de 3 simples e dominar algumas propriedades básicas de
logaritmo, conteúdo que normalmente aterroriza os alunos. Por isso houve uma
maioria dos alunos que deixaram o item em branco. A seguir, comentários sobre
algumas dessas propriedades.
Logaritmo do produto:
Logaritmo da potência:
Consequências da definição:
155
O aluno tem que inferir do texto que, para transformar a unidade de W/m² para
dB, ele precisará utilizar regra de 3. Como no enunciado uma onda de inten-
sidade I W/m² corresponde a uma onda de , quando utilizamos
um amplificador para elevar a intensidade da onda para I × 72 × 109 W/m² se
descobrirá em dB quanto a intensidade foi elevada, ficando com
Isso quer dizer que em dB essa onda vai ser elevada em 108,57 dB.
Resposta: 108
Apesar de ser um conteúdo com muitas aplicações, ele acaba sendo bem
trabalhoso para o professor porque é preciso definir bem o que é o logaritmo,
ver as condições de existência, traçar as consequências da definição e ainda
trabalhar uma série de propriedades, o que faz com que o aluno desista e não
pense em fazer um item desse conteúdo. Mesmo assim, dentro do conteúdo
de logaritmo, o que mais dificulta a compreensão do item pelo aluno, nesse
caso, é a interpretação e a inferência de proporcionalidade sugerida no texto.
É preciso trazer para sala de aula mais questões contextualizadas de logaritmo
e exponencial para favorecer a interpretação dessas questões.
156
A figura acima mostra as dimensões de um depósito de carvão, que
consiste de um cilindro circular reto e uma cobertura na forma de
semiesfera. O cilindro tem 40 m de altura e o diâmetro de sua base
mede 120 m. A parte superior do depósito (semiesfera) se encaixa
perfeitamente no cilindro. A superfície esférica é feita de metal, as
paredes laterais do cilindro são de concreto e a base que cobre o piso
é de cerâmica.
Assumindo que todo o interior do depósito pode ser ocupado com carvão
e que 3,14 seja o valor aproximado de π e desprezando as espessuras das
paredes, julgue os itens de 101 a 104 e faça o que se pede no item 105, que
é do tipo B.
Determine, em decâmetros cúbicos, a capacidade de armazena-
105
mento total do depósito. Após ter efetuado todos os cálculos so-
licitados, despreze, para a marcação no Caderno de Respostas, a
parte fracionária do resultado final obtido, caso exista.
KM – HM – DAM – M – DM – CM – MM
Como regra geral, vale pensar que cada uma dessas unidades é 10 vezes a
unidade de comprimento imediatamente inferior a ela. Assim, por exemplo: 1 m =
10 dm; 1 hm = 10 dam; 1 cm = 10 mm.
A partir daí, fica fácil perceber que 1 km = 10 hm; 1 hm = 10 dam; 1 dam = 10 m; logo,
1 km = 10 × 10 × 10 m. Ou seja: 1 km = 1.000 m.
158
Relacionando as principais medidas ao metro, nossa unidade padrão tem-se:
1 km = 1.000 m; 1 hm = 100 m; 1 dam = 10 m; 1 dm = 0,1 m; 1 cm = 0,01 m; 1 mm =
0,001 m.
Deve-se proceder de forma análoga para unidades de volume que ficam ele-
vadas ao cubo, pois cada unidade é 1.000 (10³) vezes a unidade de volume
imediatamente anterior a ela.
Volume da esfera:
159
Resolução:
Assim, h = 40 m = 4 dam
= 904,32 dam³
Como o enunciado fala que é uma semiesfera, divide-se esse volume por 2,
obtendo: Vs = 452,16dam³
Esse é o típico item que se pode trabalhar em sala quando o assunto for volu-
mes de sólidos geométricos. É fácil de ser trabalhado para o aluno que domina
o conteúdo e a fórmula, bastando aplicá-la. Mas, por ser um item conteudista,
exige que o estudante saiba a fórmula na hora da sua resolução. Pelo resulta-
do apresentado no item, fica evidente que, em geral, os alunos não lembram
as fórmulas e, quando lembram, ainda esbarraram na conversão de unidades
de medida, o que justifica o alto índice de erro ou de respostas deixadas em
branco no item.
160
REDAÇÃO
A partir dos textos acima, que têm caráter unicamente motivador, redija, utili-
zando a modalidade padrão da língua escrita, um texto dissertativo-argumen-
tativo no qual seja respondida a seguinte questão.
Quem são os agentes de sustentabilidade?
Em seu texto:
> defina sustentabilidade;
> aborde as práticas sustentáveis e os responsáveis sociais pela sus-
tentabilidade.
162
ASPECTOS MACROESTRUTURAIS
2 Desenvolvimento do texto
0,00 a
2.1 Definição de sustentabilidade 0 1 2 3
2,50
0,00 a
2.2 Exemplificação de práticas sustentáveis 0 1 2 3
2,50
0,00 a
2.4 Progressividade textual 0 1 2 3
2,00
Total 10,00
ASPECTOS MICROESTRUTURAIS
● Grafia/Acentuação
● Morfossintaxe
● Propriedade vocabular
1
Os quesitos avaliados encontram-se na planilha de correção e variam de acordo com os Objetos de Conhecimento
explorados no item.
2
O estudante é avaliado por meio de conceitos que são intervalos de nota prefixados que variam de acordo com o número
de quesitos da planilha de correção. O corretor não atribui uma nota à resposta, mas um conceito que corresponde aos
referidos intervalos. Ao corrigir a prova, o corretor avalia em qual intervalo de nota a resposta do estudante se encontra,
atribuindo-lhe o conceito 1, 2, 3 ou n.
163
DESEMPENHO DOS ESTUDANTES NO ITEM
Gráfico 1 – Percentual de estudantes por conceito no quesito 1
0 0,06%
0,25 5,86%
0,5 94,08%
0 11,36%
0,833 19,35%
1,667 40,73%
2,5 28,56%
0 7,61
0,833 17,10%
1,667 42,19%
2,5
33,11%
164
Gráfico 4 – Percentual de estudantes por conceito no quesito 2.3
0 2,93%
0,833 19,31%
1,667 47,38%
2,5 30,38%
0 0,07%
0,667 6,55%
1,333 59,10%
2 34,28%
0 0,080%
[1,2) 0,434%
[2, 3) 2,534%
[3, 4) 4,033%
[4, 5) 7,362%
[5, 6) 12,674%
[6, 7) 26,828%
[7, 8) 14,026%
[8, 9) 13,071%
10 8,880%
165
Gráfico 7 – Percentual de estudantes por nota final
0 1,98%
[1,2) 2,96%
[2, 3) 5,64%
[3, 4) 8,97%
[4, 5) 12,97%
[5, 6) 16,49%
[6, 7) 16,57%
[7, 8) 14,68%
[8, 9) 11,58%
10 0,04%
166
A partir do Objeto de Conhecimento O ser humano como um ser que pergunta e
quer saber, a sustentabilidade pode ser colocada como uma problemática a res-
peito de como tornar o mundo sustentável, como o ser humano pode encontrar
respostas para o equilíbrio entre o consumo e a exploração de recursos naturais,
uma vez que estes são limitados. Assim, o Objeto de Conhecimento apresenta,
por meio de seus textos, uma série de ponderações a respeito de quem é o ho-
mem, qual é o papel dele no mundo, o que é a ciência e como o saber científico
pode auxiliar na redução dos impactos causados pela raça humana.
O tema é abordado com certa frequência no ambiente escolar por vários com-
ponentes curriculares, inclusive Língua Estrangeira Moderna. Os componentes
relacionados a Ciências da Natureza devem abordar as consequências da inter-
ferência do homem no meio ambiente. Os componentes de Ciências Humanas
devem abordar a linha temporal de como a humanidade conseguiu, em tão
pouco tempo, degradar ambientes como também qual foi o raciocínio que a
levou a praticar tal atitude. Códigos e Linguagens devem auxiliar nas manifesta-
ções e argumentações que levem o homem a repensar a sua postura perante
a natureza no presente. A Matemática deve ser capaz de representar nume-
ricamente valores e medidas de tempo e espaço que mensuram os prejuízos
da exploração de recursos naturais. Finalmente, o trabalho escolar deve propor
uma reflexão que leve o aluno a perceber que ele não apenas recebeu o mundo
167
das gerações anteriores, independente da forma e condições, como também é
responsável por corrigir eventuais erros e entregar um planeta melhor para as
gerações futuras.
168
Provas
Aplicadas
PAS 1
Subprograma 2015-2017
PAS 2
Subprograma 2014-2016
PAS 3
Subprograma 2013-2015
169
PAS 3
Subprograma 2013-2015
170
PARTE I – LÍNGUA FRANCESA
85 21 5 0
Para resolver essa questão de múltipla escolha, espera-se que o aluno identifi-
que informações centrais e periféricas apresentadas em diferentes linguagens.
Para tanto, ele faz uso não só de seu domínio na língua francesa, como também
da associação de elementos não verbais próprios a qualquer ato comunicativo.
O gestual dos personagens, suas expressões faciais ajudam a construir o sen-
tido sem o qual a inteligência do texto ficaria comprometida; ter-se-ia o que foi
dito, sem que se soubesse como foi dito. Como será indicado na sequência, a
consideração do item correto se faz, primeiramente, pela imagem.
172
Outro aspecto importante a ser levantado sobre o item é a forma como o
texto se apresenta. Ele se inicia pela expressão “bien sûr”, locução adjetiva
que indica a concordância de algo que acabou de ser dito. Infere-se, pois, que
houve um momento anterior ao colocado no intertexto, deixando entender que
a ação do filho é algo repetido constantemente. Embora não se espere que
o aluno faça inferências na sua interpretação, o fato de essa expressão ter
sido colocada aí transforma a ação reiterada em informação periférica de suma
importância a fim de se entender essa questão.
Logo, a opção A está incorreta, por afirmar que o desenho mostra como a Internet
encoraja a vida em família. Ora, tem-se a representação de uma cena cotidiana
com um conflito de comunicação. A opção B tem a mesma sorte ao afirmar que
os pais desejam ler o diário de seu filho na escola por meio de seu blog. Textual-
mente, eles dizem que podem, não que desejam, ler o diário virtual. A opção C
é a correta, na medida em que o desenho mostra o impacto da tecnologia da
comunicação entre pais e filhos. Já a opção D é incorreta porque a criança não
conta diretamente a seus pais o que acontece na escola. Na legenda, quem
toma a palavra são os pais, sendo a criança representada pelo pronom sujet
“tu”. Infere-se, igualmente, que ela acharia mais conveniente a leitura do blog, de
modo a não repetir os mesmos comentários.
173
uma sequência pedagógica em língua estrangeira. A partir da leitura, formulam-se
hipóteses acerca do tema; introduz-se a fala dos alunos do simples ao complexo,
do concreto ao abstrato (cenário, mobiliário, personagens, suas atitudes, o que
foi dito, quem o disse, o que significa, reação do receptor, hipóteses assumindo
o papel de um dos personagens, dentre outros). As opções que seguem o item
também devem ser utilizadas a fim de melhorar a base analítica dos alunos, indo
além da simples resposta correta e indicando os elementos que transformam as
assertivas em corretas ou incorretas. Por exemplo, identificar o que há de errado
nas opções A, B, D (a Internet provoca o isolamento; os pais preferem ouvir o
filho; a criança prefere ser mais impessoal nos seus relatos) reforça o que há de
correto na opção C, preparando-os para as demais questões dessa natureza.
Ademais, usar o recurso de ensino de produção, externo ao objeto deste item
na prova, faz com que se melhore ainda mais a capacidade de análise do e de
qualquer outro documento, cujo impacto se percebe em questões do Tipo D.
O item foi definido como fácil, e essa facilidade se confirma nos resultados obti-
dos. Com efeito, houve um índice de acertos, superior a 75%, demonstrando ser o
texto de boa assimilação da forma como ele é apresentado nessa assertiva. Con-
tudo, há um número significativo de respostas erradas por parte dos estudantes,
além de uma pequena porcentagem de respostas em branco. Este último quarto
de respostas divergentes da correta sugerem que seja dada prioridade ao assun-
to proposto por esse tipo de texto, em detrimento de uma simples identificação
de elementos linguísticos nele contidos.
174
PARTE II
Foi abordado no item os impactos que a arte tem sobre o pensamento social
e político no qual uma sociedade está inserida, suscitando no público um olhar
mais crítico para os modos culturais que até então eram impostos por um siste-
ma político e religioso.
176
O item se relaciona com a Matriz de Referência através da compreensão das
dinâmicas de interação do indivíduo com o meio em que vive (o indivíduo como
ser gerador e consumidor de bens culturais) e dos fenômenos sociais, políticos
e dos processos históricos.
177
Na música brasileira, produziram-se obras que retratam a enorme di-
versidade cultural do país, como ilustram os exemplos a seguir. Heitor
Villa-Lobos escreveu Bachianas Brasileiras nº 4 entre 1930 e 1941,
utilizando elementos da obra de J. S. Bach e da música popular brasi-
leira. Em 1998, o compositor pernambucano Lenine lançou a canção
A Ponte, que, em 2004, recebeu nova versão do brasiliense Gog, em
uma mistura do rap e da música popular brasileira. Em 2009, o grupo
Barbatuques apresentou a obra Cadeirada, peça musical que utiliza
o corpo humano de forma criativa e inusitada.
Com relação aos elementos musicais e textuais das obras citadas, julgue os
itens seguintes.
178
As estruturas formais de A Ponte e de Cadeirada, bastante com-
15 plexas, apresentam várias seções diferentes, nas quais podem ser
observadas alterações de melodia e da harmonia.
A E Difícil H1 C2 Estruturas
O item afirma que as estruturas formais das obras A Ponte e Cadeirada são
bastante complexas por apresentarem várias seções diferentes, nas quais
podem ser observadas alterações da melodia e da harmonia. É verdadeira
a parte do item que afirma que as duas obras apresentam várias seções
diferentes, porém a obra Cadeirada é uma composição essencialmente rít-
mica baseada na imitação e no improviso a partir da interação com a plateia.
Nesta obra não é possível perceber partes contrastantes (A – B – C etc.) que
sejam associadas a alterações de melodia e da harmonia, uma vez que ela
179
nem mesmo pode ser analisada melodicamente e harmonicamente. Na obra
A Ponte ocorre situação semelhante: a mistura dos gêneros MPB e rap evi-
denciam partes contrastantes, mas o rap, em sua concepção musical, valoriza
o discurso rítmico preterindo a melodia.
Assim como nos demais itens musicais, para responder a sentença apresentada
é imprescindível a audição e análise prévia das obras citadas. A análise deve
levar em consideração os elementos da linguagem da musical, a estrutura e os
materiais utilizados na obra.
180
O Apanhador de Desperdícios
182
O comando pede que se tome como referência o poema O Apanhador de Des-
perdícios, de Manoel de Barros, para julgar o item. Portanto, para que seja o
item seja correto, o seu texto precisa ter relação de concordância com as ideias
apresentadas no poema. Esse não é o caso, conforme exposto anteriormente. O
item está em desacordo com a ideia defendida por Manoel de Barros em todo
o poema. Apesar de ter utilizado a palavra “desimportante” para designar seres
e coisas, o eu lírico não é o referencial para esta análise. O eu lírico demonstra,
em todas as outras passagens do poema, uma conexão forte com a natureza
e prova que não se sente, de forma alguma, superior às coisas e seres simples
(“Sou um apanhador de desperdícios: / Amo os restos / como as boas moscas”).
O contexto é explorado no texto na possibilidade de o estudante se identificar
com a noção de não se julgar/sentir superior aos seres e coisas simples da na-
tureza. Ao fazer essa identificação, demonstrando a consciência do equilíbrio
entre seres humanos e natureza, o estudante poderia fazer a opção correta pela
resposta (item errado) com mais facilidade.
O item foi avaliado como de nível fácil, portanto, é compatível com os dados
estatísticos obtidos, de 65,6% de acertos. Acreditamos ser sim um item fácil, pois
183
o elemento causador da dúvida no item é a palavra “desimportantes”, mas após
uma análise do poema, superficial que seja, já é possível perceber o sentimento
positivo pela natureza e seus seres e coisas.
O gênero lírico é bastante explorado e trabalhado nas escolas e nos livros didáti-
cos de ensino médio. O mesmo acontece com o Modernismo e sua terceira fase
(chamada Geração de 45), talvez pela grande incidência com que as obras deste
período literário aparecem em provas de vestibular. Uma forma satisfatória de
abordar o gênero lírico e, em consequência, as características da escola literária
em sala, é expor o poema (quadro ou projeção) e fazer a análise em conjunto
com os estudantes, estabelecendo um diálogo sobre os temas abordados pelo
poeta e as intertextualidades com outros poemas e autores. A análise em tempo
real configura uma ótima maneira de aproximar os alunos do gênero lírico, que
muitas vezes é tido por eles como complicado e difícil.
184
Texto I
Texto II
23
à aniquilação, é correto concluir que Kant e Nietzsche definem, com
suas filosofias, heróis de maneira diversa, porque os princípios que
afirmam são diversos: Kant, a razão; Nietzsche, a vida.
O item avalia aspectos sobre o pensamento moral dos filósofos Immanuel Kant
e Friedrich Nietzsche. Exige leitura atenta dos textos e análise comparativa das
ideias apresentadas, de modo que se perceba as distinções conceituais das
teorias propostas pelos pensadores em torno do pensamento moral e das ques-
tões concernentes a este, como valores, ideais e fundamentos históricos que
contextualizam as concepções apresentadas nos textos. Na obra Resposta à
Pergunta: O que é Esclarecimento?, de Immanuel Kant, numa perspectiva ilu-
minista defende-se o esclarecimento como produto do uso da razão que, em
sua teoria, é uma estrutura universal a priori. Portanto, para alcançar o nível do
esclarecimento, superando a menoridade, o homem precisa abandonar tutelas,
para pensar e agir de forma autônoma. Contudo, para o pensador Friedrich Niet-
zsche, Kant é um dos últimos e principais representantes do que ele denomina
no texto de “filosofia da décadence”. Na perspectiva nietzscheana, Kant seria um
representante sofisticado de um moralismo apoiado na fórmula socrático-platô-
nica de negação da vida para afirmação de valores que enquadram a realidade
no plano da idealidade, negando o movimento da vida. Tanto para os antigos,
Sócrates e Platão, como para modernos, como Kant, a razão assume a primazia
sobre os instintos, como se ela não fosse em si mesma uma obsessão de valorar
a vida com o ideal de felicidade permanente, numa existência mutável.
186
O item se apoia fundamentalmente no Objeto de Conhecimento 1 (O ser huma-
no como ser que interage), pois trata sobre o pensamento moral dos filósofos,
fator determinante para a práxis humana no mundo. A interação, no caso da
Filosofia, também se constitui no espírito crítico do pensamento, levando-se em
conta a historicidade e a capacidade do homem de promover a mudança a partir
de rupturas conceituais, sociais, políticas e culturais. A Matriz de Referência da
3ª Etapa do PAS indica a obra Crepúsculo dos Ídolos, de Nietzsche, como texto.
Contudo, pelo caráter genealógico de suas obras, o pensador sempre exigirá
do leitor um estudo acerca de outros autores e períodos da história do pensa-
mento filosófico. Percebe-se uma ponte com a Matriz de Referência da 2ª Etapa
em consonância com o espírito da produção filosófica, em especial no caso de
Nietzsche, como se pode observar no item em análise. Levando-se em conta a
interdisciplinaridade como fundamento do processo de ensino e aprendizagem,
apesar da ênfase em Filosofia, é notória a necessidade do diálogo com outras
áreas de conhecimento tendo em vista que a produção do pensamento nessa
disciplina exige competências e habilidades desenvolvidas com destaque na
área de Linguagens e Códigos. A Competência C1 da Matriz de Referência suge-
re a associação entre o domínio da língua portuguesa e das demais linguagens.
A complexidade da produção literária filosófica e os problemas de tradução em
outras línguas gera dificuldades de leitura, interpretação e análise que sugerem
um esforço cooperativo para a aprendizagem numa perspectiva global.
187
A dispersão urbana não corresponde apenas ao tradicional spraw ou
urbanização difusa, que culminou na formação dos subúrbios norte-
americanos, o que teria sido resultado, sobretudo, da segregação.
Essa dispersão resultou em uma forma incomum da metrópole norte-
americana, sendo Los Angeles o melhor exemplo. A dispersão agora
vai mais longe, formando uma nova fronteira além dos subúrbios,
com a implantação de centros de trabalho e também de residências
em locais periféricos. Já o conceito de segregação é um dos mais
discutidos na literatura das ciências sociais. Sua origem histórica
teria se dado na formação do gueto de Veneza, com a reclusão
dos judeus em uma ilhota, com muros e portas, do que resultou o
emprego da palavra gueto como sinônimo de área segregada.
Pedro de Almeida Vasconcelos. Contribuição
para o Debate sobre Processos e
Formas Socioespaciais. In: A Cidade
Contemporânea: Segregação Socioespacial.
São Paulo: Contexto, 2013, p. 20-4 (com
adaptações).
Tendo como referência o fragmento de texto acima, faça o que se pede nos
itens 28 e 29, que são do tipo C.
188
28 A respeito do espraiamento das grandes cidades brasileiras, assinale
a opção correta.
Ao informar que “a dispersão agora vai mais longe, formando uma nova fron-
teira além dos subúrbios, com a implantação de centros de trabalho e também
de residências em locais periféricos”, o texto pede uma interpretação do aluno
em relação à segregação citada anteriormente, ao grafar que “a dispersão
agora vai mais longe”, o que leva ao entendimento do que vai além do conceito
189
clássico de segregação, por formar “uma nova fronteira”, ou seja, uma nova
ocupação periférica que está diretamente ligada ao processo de valorização
dos espaços urbanos, que no item foi posta na dicotomia urbana de centro
versus periferia.
Mesmo o item sendo classificado como fácil, 34% dos estudantes marcaram a
opção que não era o gabarito ou deixaram o item em branco, o que deve de-
monstrar certa preocupação docente voltada para uma necessidade de imprimir
mais leituras sobre temas como segregação socioespacial, especulação imobi-
liária e dicotomia centro versus periferia, associada à analogias com o cotidiano
discente, para interpretação de um processo teórico contemporâneo, considera-
do de entendimento simples para um aluno que faz a prova da 3ª Etapa do PAS.
190
na abordagem dos meios de mídia dos mais variados. A abordagem do tema
nos livros didáticos de Geografia está contida na matéria intitulada Urbanização,
quando trabalhada em sala com os conceitos de crescimento urbano como dis-
persão urbana, a valorização dos espaços tornados centralidade, a segregação
socioespacial, os espaços periféricos das cidades e a gentrificação. Este último
conceito poderia, inclusive, ser usado como analogia à dispersão atrelada ao
preço elevado de áreas internas e mais centrais da cidade, como foi citada na
opção que responde ao gabarito do item.
191
parlamentares femininas
total de
país cadeiras
2000 2005 2009 2014
Angola 35 33 85 81 250
Brasil 30 46 46 51 513
EUA 60 65 73 82 435
192
A média aritmética da sequência de dados apresentados para as par-
Para resolver o item, o aluno precisa saber ler e interpretar os dados de uma
tabela, a definição de média aritmética, ter noção básica das 4 operações e de
comparação de resultados.
Resolução:
193
Soma das médias Brasil, Argentina e EUA (como o denominador é o mesmo,
basta somar os numeradores (173 + 356 + 280) ÷ 4 = 809 ÷ 4.
194
Joaquín Torres García. Norte ao
Sul. Internet: <vitruvius.com.br>.
A Sociologia é uma Ciência Social que tem por objetivo estudar as relações
sociais dos seres humanos. Ela abrange diversas áreas do comportamento
humano e como este é afetado pela família, grupo, religião ou sociedade em
que o indivíduo está inserido, ou seja, o efeito das construções sociais e das
instituições nas escolhas, atitudes e comportamentos aparentemente individuais
dos seres humanos, como religião e sexualidade.
196
Segundo a Matriz de Referência, o item exige do estudante a habilidade de
inter-relacionar objetos de conhecimento nas diferentes áreas (Habilidade
H3) e competência para construção de argumentação consistente (Com-
petência C4). Como indicam o texto do enunciado e a obra apresentada, o
estudante deve ser capaz de relacionar a construção de valores individuais
e coletivos com aspectos históricos e geográficos.
39
Ao inverter o mapa da América do Sul, o artista realiza um gesto de
representação que contradiz as cartografias convencionais.
A C Fácil H3 C2 Espaços
197
Para resolver o item o estudante deve ter uma noção clara sobre os conceitos
de espaço e principalmente o conceito de espaço na arte, identificar que os
conceitos são elásticos e as possibilidades criativas do artista se tornam bem
mais ilimitadas.
198
A partir da leitura cartográfica nada convencional da obra apresenta-
da, na qual Norte e Sul estão invertidos na configuração da América
do Sul, é possível examinar determinadas situações marcantes na
199
Para responder ao item, o estudante deve analisar uma a uma as opções. Mes-
mo que ele não tenha certeza de que a opção B esteja correta, ele pode chegar
a essa conclusão por eliminação.
A opção A afirma que a expansão imperialista do século XIX foi sustentada por
uma ampla aliança política entre grandes potências, o que impediu o acirramen-
to de rivalidades que pudessem levar a conflitos. Ocorreu justamente o contrá-
rio: a corrida imperialista acirrou as rivalidades entre as potências europeias, o
que levou à formação de alianças militares em meio a um período de intensa
corrida armamentista. Sem que houvesse uma guerra declarada, o período ficou
conhecido como Paz Armada e durou até a eclosão da Primeira Guerra Mundial.
200
Segundo a Matriz de Referência, o item exige do estudante a habilidade de
fazer inferências (indutivas, dedutivas e analógicas) (Habilidade H9) e com-
petência para compreensão dos fenômenos naturais, da produção tecnoló-
gica e intelectual das manifestações culturais, artísticas, políticas e sociais,
bem como dos processos filosóficos, históricos e geográficos, identificando
articulações, interesses e valores envolvidos (Competência C2). Para resol-
ver o item, ele precisa não apenas conhecer as situações marcantes da his-
tória do mundo contemporâneo citadas nas opções, mas ser capaz de inferir
o posicionamento de cada nação diante do jogo de interesses e articulações
apresentado ao longo do século XX no cenário político internacional.
201
Química orgânica
1
Há mulheres altas e mulheres baixas; mulheres bonitas e
mulheres feias; mulheres gordas e mulheres magras; mulheres
caseiras e mulheres rueiras; mulheres fecundas e mulheres
4
estéreis; mulheres primíparas e mulheres multíparas; mulheres
extrovertidas e mulheres inconsúteis; mulheres homófagas e
mulheres inapetentes; mulheres suaves e mulheres wagnerianas;
7
mulheres simples e mulheres fatais; — mulheres de toda sorte
e toda sorte de mulheres no nosso mundo de homens. Mas, do
que pouca gente sabe é que há duas categorias antagônicas de
10
mulheres cujo conhecimento é da maior utilidade, de vez que
pode ser determinante na relação desses dois sexos que eu, num
dia feliz, chamei de “inimigos inseparáveis”. São as mulheres
13
“ácidas” e as mulheres “básicas”, qualificação esta tirada à
designação coletiva de compostos químicos que, no primeiro
caso, são hidrogenados, de sabor azedo; e no segundo, resultam
16
da união dos óxidos com a água e devolvem à tintura do
tornassol, previamente avermelhada pelos ácidos, sua primitiva
cor azul.
Vinícius de Moraes. Para Viver um Grande Amor.
Eucanaã Ferraz (Org.). São Paulo: Companhia
das Letras, 2010, p. 174.
A partir das ideias expressas no texto acima e de seus aspectos linguísticos, jul-
gue os itens de 44 a 50 e assinale a opção correta no item 51, que é do tipo C.
202
O emprego das aspas em ‘inimigos inseparáveis’ (ℓ. 12) sinaliza a re-
ferência aos sexos feminino e masculino por meio de uma expressão
A C Médio H3 C2 Estruturas
O objetivo do item é saber se, nas três ocorrências mencionadas das aspas, o
seu uso está correto. A exigência torna-se sofisticada e adequada ao estudante
do ensino médio, pois não se restringe ao conhecimento normativo relativo à
utilização das aspas, já que exige dele o entendimento da referenciação no pri-
meiro uso e da intencionalidade discursiva nos dois restantes.
203
Foram exigidas a Habilidade H3, que trata da capacidade de interpretar as in-
ter-relações de conhecimentos de diferentes áreas, e a Competência C2, que
envolve a compreensão dos fenômenos culturais. Nesse sentido, o contexto
cultural da época de lançamento do livro Para viver um grande amor, no qual o
texto de referência está inserido, é preponderante para o entendimento do uso
das aspas cobrado no item. Lançado em 1962, a obra faz parte do surgimento
de uma grande revolução comportamental, como o feminismo e os movimentos
civis em favor dos negros e dos homossexuais.
204
produto principal componente
vinagre CH3COOH(aq)
amoníaco NH3(aq)
Alguns dos produtos listados na tabela acima podem ser usados para
51 devolver "à tintura do tornassol, previamente avermelhada pelos áci-
dos, sua primitiva cor azul" (ℓ. 16 a 18). Esses produtos são
205
No caso do amoníaco, tem-se a base NH4OH e na água sanitária tem-se o Na-
ClO, hipoclorito de sódio, que é um sal com características básicas. Dessa forma,
somente essas substâncias mudariam a cor da tintura de tornassol avermelhada
para a cor azul.
206
quantidade de mulheres por raça (em milhares)
renda
negra parda branca amarela total
familiar
A partir das informações acima, julgue o item 71 e faça o que se pede no item
72, que é do tipo B.
Calcule a probabilidade de se selecionar, no arquivo, o nome de uma
mulher que seja parda ou branca e pertença a uma família com renda
72 média alta. Multiplique o resultado por 1.000. Após ter efetuado todos
os cálculos solicitados, despreze, para a marcação no Caderno de
Respostas, a parte fracionária do resultado final obtido, caso exista.
Assim como mulheres brancas E com renda média alta: olhando a tabela, obser-
va-se 230 mil mulheres que atendem simultaneamente a esses dois requisitos.
208
Daí tem-se 424 milhares de mulheres que satisfazem a condição do problema
do total de 1,204 milhões de mulheres que estão registradas no arquivo. Assim,
obtém-se 424 ÷ 1204 = 0,352159...
209
1
O célebre astrofísico Stephen Hawking anunciou
recentemente, em Londres, um projeto de US$ 100 milhões
para a busca de vida inteligente extraterrestre. A iniciativa,
4
batizada de Breakthrough Listen, durará dez anos e fará um
levantamento de um milhão das estrelas mais próximas da
Terra. Será a tentativa mais poderosa e completa já feita
7
para descobrir sinais de vida fora do planeta. “Acreditamos
que a vida surgiu espontaneamente na Terra, portanto, em um
universo infinito, deve haver outras ocorrências de vida”, disse
10
Hawking.
O projeto deverá investigar uma parte do céu dez vezes
maior que a pesquisada até hoje por todos os programas
13
dedicados à busca de vida extraterrestre. Além de fazer um
levantamento completo do plano galáctico, a região que contém
o centro e as partes mais densas da Via Láctea, o projeto ouvirá
16
mensagens das 100 galáxias mais próximas em 10 bilhões de
frequências diferentes.
Tendo o texto acima como referência, julgue o item 73 e faça o que se pede
nos itens 74 e 75, que são do tipo C.
210
74 Assinale a opção correta de acordo com as ideias e os sentidos do
texto.
211
A opção B, correta, refere-se ao argumento dos cientistas para propor o em-
preendimento. A redação do item é uma reescrita da fala de Hawking, constante
nas linhas de 7 a 10.
Embora o item seja do tipo C, o que exige do estudante mais concentração para
analisar atentamente todas as opções, as estatísticas mostraram que o percen-
tual maior foi o de estudantes que marcaram a opção B (68,36%) e o percentual
dos que deixaram a resposta em branco foi baixo (11,71%). Esses dados confir-
mam o nível de dificuldade do item como fácil, o que se deve, provavelmente,
ao fato de o texto de referência não apresentar dificuldades de compreensão e
as opções referirem-se, basicamente, aos dois primeiros parágrafos desse texto.
212
A ilha dos Lençóis, no Maranhão, é uma localidade relativamente
fechada, que ficou conhecida pela grande população de albinos:
cerca de 3% dos moradores, maior frequência mundial (a taxa
mundial é de 0,005%). Hoje o número de albinos diminuiu, estan-
do em 1,5%, mas continua alta. A população da ilha foi formada por
migrantes portugueses. Todos os indivíduos albinos apresentam
o mesmo alelo mutado para um gene específico.
Internet: <redeglobo.globo.com> (com
adaptações).
214
A evolução e a genética são áreas da Biologia que se complementam e, no caso
das frequências alélicas, a teoria de Hardy-Weinberg demonstra essa ligação.
215
Internet: <tuasaude.com>.
216
84 A respeito do ciclo menstrual, assinale a opção correta.
217
A reprodução engloba vários conceitos dentro da Biologia, entre os quais o aluno
precisa conhecer sobre o ciclo menstrual, hormônios, divisão celular e células.
Aproximadamente 40% dos estudantes acertaram, o que demonstra que foi uma
questão de nível médio. Mas é importante lembrar que, se o estudante conhecer
o funcionamento do ciclo menstrual e as funções dos hormônios, não terá pro-
blemas em responder à questão, pois o nível de dificuldade do item não é alto.
O item é abordado nos livros didáticos, mas é interessante que o professor apro-
funde mais o conteúdo para que os estudantes possam obter os pré-requisitos
para conseguirem responder à questão.
218
Conforme publicado, em setembro de 2014, na revista da Funda-
ção de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo, pesquisado-
res da EMBRAPA têm desenvolvido espécies biológicas para, por
meio da biorredução, obter nanopartículas de prata com potencial
de utilização em biossensores para detecção de vírus em plan-
tas e no controle de larvas de insetos, de microrganismos e de
células tumorais, além de outras aplicações. A biorredução é um
processo biológico mediado por moléculas como enzimas, pro-
teínas, aminoácidos, polissacarídeos e metabólitos, que podem
ser encontradas, por exemplo, em extratos de cascas de árvores,
sementes e folhas e são capazes de transformar íons — no caso,
íons de prata (Ag+) — em nanopartículas de prata (Ag). Trata-se de
uma rota de síntese alternativa às tradicionais, que visa diminuir o
emprego de solventes nocivos ao ambiente, enquadrando-se no
conceito de nanotecnologia verde.
semirreação Eº( V )
Ag + e → Ag
+ -
0,80
96.500 C → 107,9 g de Ag
X → 1,079 g de Ag
220
Utilizando a 1ª lei de Faraday, tem-se:
965 = i x 1800
i = 0,536A
Como no comando do item foi pedido em miliampere, tem-se “536” como resposta.
Mesmo sendo um conceito complexo, o índice de acerto não deveria ser tão
baixo, visto que é cobrado recorrentemente em avaliações e, além disso, é
sempre abordado em livros de Química e Física, com exercícios similares ao
item em questão.
221
Uma corrente elétrica de intensidade i, que percorre
→
um condutor
retilíneo longo, gera um vetor campo magnético ( B ) em um ponto
localizado à distância d do centro desse condutor.
222
Assinale a opção que apresenta corretamente uma característica do
98 vetor campo magnético — módulo, direção e sentido — gerado pelo
condutor.
223
Tipo Gabarito Dificuldade Habilidade Competência Objeto de Conhecimento
Para ser bem-sucedido, o estudante precisa perceber que, neste caso espe-
cífico, a Lei de Biot-Savart assume uma forma mais simples, em que o módulo
do campo magnético B em um ponto P a uma distância r do fio é dada por B =
μ0i/2πr, onde i e μ0 representam a corrente elétrica e a permeabilidade magné-
tica do vácuo, respectivamente. Assim, para uma corrente específica i, o módulo
do campo magnético B depende apenas da distância r, sugerindo uma simetria
circular e, portanto, as linhas de campo devem ser representadas por círculos
concêntricos ao redor do fio. A direção e sentido do campo no ponto P podem
ser obtidas pela regra da mão direita e determinará o sentido da circulação das
linhas de campo ao redor do fio. Dessa forma, a letra B está errada por não
respeitar a regra da mão direita, as letras A e D estão incorretas por não res-
peitarem a relação de proporção direta entre o campo e a corrente, e portanto,
respeitando a regra da mão direita, a resposta é a letra C.
224
Referência de Objetos de Conhecimentos do PAS como Habilidade H7 e
Competência C2, respectivamente.
O uso dose equações, figuras e gráficos faz com que o item explore mais de
uma dimensão do conteúdo apresentado. Este tipo de abordagem nos livros
didáticos e em sala de aula pode dar ao aluno uma compreensão melhor dos
conteúdos de Física.
Mesmo sendo um conceito complexo o índice de acerto não deveria ser tão bai-
xo, visto que esse conceito é cobrado recorrentemente em avaliações e, além
disso, os livros de Química e de Física sempre abordam tais conceitos em suas
unidades, com exercícios similares ao item em questão.
225
Com frequência, pessoas sofrem descargas ou choques elétricos devido a
instalações elétricas inadequadas. Considerando as figuras I e II acima, que
ilustram, esquematicamente, situações em que tal fenômeno pode ou não
ocorrer, faça o que se pede no item a seguir, que é do tipo D.
226
99
Formulando hipóteses, redija um texto, de forma justificada, preven-
do em qual das situações o indivíduo sofrerá choque elétrico.
ASPECTOS MACROESTRUTURAIS
2 Desenvolvimento do texto
Previsão em qual das situações o
0,00 a
2.1 indivíduo sofrerá choque elétrico e 0 1 2 3 4
2,75
justificativa
Total 3,00
ASPECTOS MICROESTRUTURAIS
● Grafia/Acentuação
● Morfossintaxe
● Propriedade vocabular
1
Os quesitos avaliados encontram-se na planilha de correção e variam de acordo com os Objetos de Conhecimento
explorados no item.
2
O estudante é avaliado por meio de conceitos que são intervalos de nota prefixados que variam de acordo com o número
de quesitos da planilha de correção. O corretor não atribui uma nota à resposta, mas um conceito que corresponde aos
referidos intervalos. Ao corrigir a prova, o corretor avalia em qual intervalo de nota a resposta do estudante se encontra,
atribuindo-lhe o conceito 1, 2, 3 ou n.
227
DESEMPENHO DOS ESTUDANTES NO ITEM
0 0,23%
0,09 4,76%
0,17 95,01%
15,32%
0
0,47 1,46%
0,95 73,34%
1,42 2,15%
1,9 7,73%
0 15,20%
(0,5 - 1) 1,45%
(1 - 1,5) 73,30%
(1,5 - 2) 2,42%
(2 - 2,07) 7,63%
228
O item avalia a habilidade do estudante de aplicar as leis da eletrodinâmica na
formulação de uma hipótese que preveja em que situação haverá risco de cho-
que elétrico.
229
Considerando que, no sistema de coordenadas cartesianas ortogonais
xOy, cada ponto (x,y), cada ponto do plano cartesiano seja identificado
com um número complexo z = x + iy, em que i2 = -1, julgue os itens 109 e
110 e assinale a opção correta no item 111, que é do tipo C.
230
Se o número complexo z correspondente ao ponto (5,5√3) for escrito
109 na forma trigonométrica z = r(cosθ + isenθ), em que 0 ≤ θ < 360º,
então θ será inferior a 50º.
No item não se trabalhará com tangente, mas vale lembrar que a tangente
pode ser definida como a razão entre o seno e o cosseno de um ângulo, assim
tan θ = .
231
Números complexos:
Usando a figura como suporte (porque nesse caso nossa circunferência não terá
necessariamente raio = 1 e sim raio igual a |z|) e a noção de Trigonometria, tem-se
que:
Dessa forma, todo número complexo z = x + yi pode ser escrito na forma trigo-
nométrica:
O enunciado do item diz que escrevendo o ponto (5, 5√3) na forma trigonomé-
trica, obteremos θ < 50º.
232
Deve-se colocar z = 5 + i.5√3 na forma trigonométrica.
Assim tem-se:
Aqui o aluno precisa pensar qual ângulo tem esses valores de seno e cosseno,
e é importante reforçar que só cairão os ângulos notáveis 30º, 45º ou 60º ou
algum dos seus ângulos simétricos no ciclo trigonométrico. Caso caia algum
ângulo diferente desses, o enunciado teria que dar referências de valores.
Vale lembrar que, no final da prova, o aluno encontra uma tabela dos valores das
funções trigonométricas dos ângulos notáveis, porém essa tabela disponibiliza
os ângulos em radianos. Caso o aluno já não saiba essa conversão de graus em
radianos, ele só precisa lembrar que π radianos correspondem a 180º.
Uma das maiores dificuldades do item é que ele envolve dois conteúdos exten-
sos e que são vistos em anos diferentes: na 2ª série o aluno vê Trigonometria,
na 3ª série ele aplica esse conhecimento em números complexos para escrever
o número na forma trigonométrica. Além disso, ele precisa interpretar o texto e
conectar os conteúdos, o que explica o alto índice de itens em branco.
233
REDAÇÃO
ATENÇÃO: Nesta prova, faça o que se pede, utilizando, caso deseje,
o espaço indicado para rascunho no presente caderno. Em seguida,
escreva o texto na folha de texto definitivo da prova de redação em
língua portuguesa, no local apropriado, pois não serão avaliados frag-
mentos de texto escritos em locais indevidos. Respeite o limite máximo
de linhas disponibilizado. Qualquer fragmento de texto além desse
limite será desconsiderado. Na folha de texto definitivo da prova de
redação em língua portuguesa, utilize apenas caneta esferográfica de
tinta preta, fabricada em material transparente. Identifique-se apenas
nos locais apropriados, pois será atribuída nota zero ao texto que tenha
qualquer assinatura ou marca identificadora fora desses locais.
EU ETIQUETA
2 Desenvolvimento do texto
0,00 a
2.1 Consumo na sociedade moderna 0 1 2 3
3,30
0,00 a
2.3 Progressividade textual 0 1 2 3
2,70
Total 10,00
ASPECTOS MICROESTRUTURAIS
● Grafia/Acentuação
● Morfossintaxe
● Propriedade vocabular
1
Os quesitos avaliados encontram-se na planilha de correção e variam de acordo com os Objetos de Conhecimento
explorados no item.
2
O estudante é avaliado por meio de conceitos que são intervalos de nota prefixados que variam de acordo com o número
de quesitos da planilha de correção. O corretor não atribui uma nota à resposta, mas um conceito que corresponde aos
referidos intervalos. Ao corrigir a prova, o corretor avalia em qual intervalo de nota a resposta do estudante se encontra,
atribuindo-lhe o conceito 1, 2, 3 ou n.
236
DESEMPENHO DOS ESTUDANTES NO ITEM
0,7 89,98%
0,35 9,89%
0 0,12%
0 0,10%
1,1 7,63%
2,2 54,95%
3,3 37,32%
0 0,75%
1,1
20,14%
2,2
62,34%
3,3 16,77%
237
Gráfico 4 – Percentual de estudantes por conceito no quesito 2.3
0 0,03%
0,9 2,77%
1,8 49,55%
2,7 47,65%
0 0,010%
[1,2) 0,010%
[2, 3) 0,111%
[3, 4) 0,707%
[4, 5) 4,093%
[5, 6) 13,643%
[6, 7) 26,225%
[7, 8) 17,150%
[8, 9) 26,943%
10 8,550%
238
Gráfico 6 – Percentual de estudantes por nota final
0 0,222%
[1,2) 0,475%
[2, 3) 1,870%
[3, 4) 4,639%
[4, 5) 11,996%
[5, 6) 17,787%
[6, 7) 21,001%
[7, 8) 18,292%
[8, 9) 16,291%
10 0,000%
239
uma vez que os jovens são vulneráveis ao poder da propaganda e, por isso,
seguem uma tendência consumidora. No segundo texto, o Ministério do Meio
Ambiente define o que é o consumo consciente e alerta acerca dos impactos
nas relações sociais, na natureza e até no próprio consumidor, de modo que,
impossibilitadas de consumir de forma legal, alguns segmentos da sociedade
praticam crimes para satisfazer o desejo de possuir bens. Já no terceiro, de Ma-
rina Otoni, destaca que o consumo é estimulado de tal forma que se tornou um
prazer na sociedade moderna e que esse prazer gera impactos psicológicos
como a compulsão e, consequentemente, o desajuste financeiro. Outros pro-
blemas são impactos ambientais, pois a cadeia produtiva é cada vez mais feroz
com a natureza na retirada de matérias-primas e, ao mesmo tempo, a sociedade
descarta mais rapidamente esses bens, produzindo mais lixo, alheia à finitude
de recursos naturais.
240
mação identitária, apelos midiáticos de várias formas e um mercado capitalista
consciente do seu poder sobre esse público. Todo esse universo que o cerca
pode levá-lo a refletir acerca do seu papel no mundo e o impacto bom ou ruim
da sua relação com o consumo.
241
Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos
(Cebraspe), pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, qualificado por meio
do Decreto nº 8.078/2013 como Organização Social (OS), supervisionado pelo Ministério
da Educação (MEC) mediante contrato de gestão, com a interveniência da Fundação
Universidade de Brasília (FUB), tendo como finalidade precípua fomentar e promover
o ensino, a pesquisa científica, o desenvolvimento tecnológico, o desenvolvimento
institucional e a difusão de informações, experiências e projetos de interesse social e
utilidade pública nas áreas de avaliação, certificação e seleção.