Fundações 11 TCC - Ippl

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República de Angola

Ministério da Educação

Instituto Politécnico Pascoal Luvualu-Namibe


IPPLN

TCC

11ª /Desenhador Projectista

Nº 2

2.FUNDAÇÕES.

PROF:. SERPA PINTO SIPATA

MOÇÂMEDES, OUTUBRO DE 2023


Índice

1. Introdução
2. Estudo Geotécnico
3. Escolha do Tipo de Fundação
4. Tipo de Fundação
5. Fundação directa
6. Fundação Indirecta
7. Bibliografia
1. INTRODUÇÃO

As cargas que actuam sobre as edificações são distribuídas para o solo, este que por sua vez
tem de suportar todas as cargas existentes. O solo nem sempre apresenta resistência
suficiente para suportar estas cargas, houve então a necessidade de criar elementos que
possam suportar tais cargas a ponto de evitar possíveis rupturas ou até mesmo colapso da
edificação. Estes elementos são denominados por fundações.

As fundações, são elementos de uma estrutura constituída de elementos estruturais


geralmente construídos a baixo do terreno natural, que tem por finalidade transmitir as
cargas dos restantes elementos da estrutura à camada resistente do solo.

Objectivo das fundações:

➢ Assegurar a ligação entre qualquer estrutura e o terreno;

➢ Transferir as cargas das estruturas para o terreno;

➢ Elementos fundamentais na estabilidade das estruturas.

2. ESTUDO GEOTÉCNICO (SONDAGEM)


É sempre aconselhável a execução de sondagens, no sentido de conhecer o subsolo e
escolher a fundação adequada. A investigação geotécnica é de importância fundamental
para o conhecimento do terreno a ser construído. Pode ser realizado em qualquer tipo de
obra como forma de facilitar a escolha do tipo de fundação sendo uma das primeiras fases
do processo construtivo.

O estudo geotécnico do solo é um procedimento que consiste no levantamento de


informações sobre as características de um determinado solo.

Objectivos do estudo geotécnico:

1. Verificar a adequabilidade do terreno de fundação face ao projecto proposto


(interação terreno-estrutura);

2. Permitir uma concepção adequada e económica;

3. Permitir prever e mitigar eventuais problemas que possam surgir durante a


construção.

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Fases do estudo:

1. Reconhecimento do terreno de fundação (por exemplo, inspeção visual ao local e


análise das cartas geológicas);

2. Investigação detalhada (utilização de meios complementares de diagnóstico, por


exemplo, piezómetros e ensaios SPT);

3. Monitorização da estrutura durante a fase de construção.

Podemos citar cinco (5) tipos de sondagem:

1. Poços;
2. Trincheiras;
3. Sondagens rotativas;
4. Sondagens a trado;
5. Sondagens a percução (SPT).

Dos tipos de sondagens acima citados, estudaremos a sondagem a percução (SPT), também
conhecido como ensaio de simples reconhecimento.

2.1 ENSAIO SPT

A abreviatura SPT tem origem da sua designação em inglês (Standard Penetration Test),
que em Português quer dizer Ensaio de Penetração Padrão.

A sondagem é realizada contando o número de golpes necessários à cravação de parte de


um amostrador no solo realizada pela queda livre de um martelo de massa e altura de queda
padronizadas. A resistência à penetração dinâmica no solo medida é denominada S.P.T. A
execução de uma sondagem é um processo repetitivo, que consiste em abertura do furo,
ensaio de penetração e amostragem a cada metro de solo sondado. Desta forma,, em cada
metro faz-se, inicialmente, a abertura do furo com um comprimento de 55cm, e o restante
dos 45cm para a realização do ensaio de penetração. (Figura 1) As fases de ensaio e de
amostragem são realizadas simultaneamente, utilizando um tripé, um martelo de 65kg, uma
haste e o amostrador.

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Fig 1: Esquema do processo de sondagem

Fig 2: Equipamento de sondagem à percução (ensaio SPT)

Fig 3: Equipamento de sondagem à percução (ensaio SPT)

3 ESCOLHA DO TIPO DE FUNDAÇÕES

A qualidade e o comportamento de uma fundação dependem de uma boa escolha, que


melhor concilie os aspectos técnicos e económicos de cada obra. Qualquer insucesso nessa
escolha pode representar, além de outros inconvenientes, custos elevadíssimos de
recuperação ou até mesmo o colapso da estrutura ou do solo.

O responsável pela a escolha da fundação, ao planear e desenvolver o projecto, deve obter


todas as informações possíveis referentes ao problema: estudar as diferentes soluções e
variantes; analisar os processos executivos; prever suas repercussões; estimar os seus custos
e, então, decidir sobre as viabilidades técnicas e económicas da sua execução.
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Parâmetro para a escolha da fundação:

➢ Relativos à superestrutura;

➢ Características e propriedades mecânicas do terreno em profundidade;

➢ Aspectos técnicos dos tipos de fundações;

➢ Edificações na vizinhança;

➢ Aspectos económicos;

➢ Limitações construtivas no local.

4 TIPOS DE FUNDAÇÕES

As fundações são classificadas de acordo com a sua profundidade, o seu método


construtivo e com o material de construção.

a) Quanto ao método construtivo:

1. Pré-fabricadas

2. Moldadas in loco

b) Quanto ao material de construção:

1. Betão Armado

2. Ciclópicas

3. Metálicas

4. Madeira

Relactivamente à profundidade podem ainda ser divididas em:

➢ fundações superficiais (rasas ou directas)

➢ fundações profundas (Indirectas)

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4 FUNDAÇÕES DIRECTAS (RASAS OU SUPERFICIAL)

São aquelas em que a carga é transmitida ao terreno pelas tensões distribuídas sob a base da
fundação, e a profundidade de assentamento em relação ao terreno adjacente a fundação é
inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação.

Principais características:

➢ A distribuição de carga do pilar para o solo ocorre pela base do elemento de fundação.

➢ As fundações rasas apoiam-se sobre o solo a uma pequena profundida

4.1 BLOCO DE FUNDAÇÃO


Elemento de fundação dimensionado de modo que as tensões de tracção, nele resultantes
sejam resistidas pelo betão, sem necessidade de armadura. Pode ter suas faces verticais,
inclinadas ou escalonadas e apresentar normalmente em planta secção quadrada, rectangular
ou trapezoidal. Podem ser construídos de pedra, tijolos maciços, betão simples, betão
ciclópico.

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Fig 4 – Bloco com face vertical. Fig 5 – Bloco com face escalonada (em degraus).

Fig 6 – Bloco de fundação.

Sequência Construtiva dos Blocos de Fundação:

1. Marcação do eixo e faces laterais no terreno;

2. Escavação do bloco (com ou sem escoramento lateral);

3. Verificação se o solo previsto para a cota de apoio é compatível com a capacidade


de carga do projecto;

4. Execução da cofragem lateral do bloco;

5. Execução do lastro no fundo do bloco (betão magro);

6. Colocação das armaduras do fundo e armaduras de espera do pilar;

7. Betonagem – betão ciclópico, observar cuidados com a betonagem;

8. Descofragem e reaterro.

4.2 SAPATAS
Trata-se de um elemento de fundação em betão armado, com altura menor que o bloco de
fundações, contendo armadura suficiente para resistir aos esforços de tração. Pode ter
espessura constante ou variável e sua base, em planta, é normalmente quadrada, retangular
ou trapezoidal.

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4.2.1 Classificação das Sapatas
As sapatas podem ser classificadas quanto a rigidez e quanto a posição:
Quanto a rigidez:
De acordo com as seguintes expressões:
(𝑎−𝑎𝑝 )
Se h ≤ ⇒ sapata flexível
3
(𝑎−𝑎𝑝 )
Se h ˃ ⇒ sapata rígida
3

onde:
a é a dimensão da sapata na direcção analisada;
h é a altura da sapata;
ap é a dimensão do pilar na direcção em questão.

Sapatas flexíveis: São de uso mais raro, sendo mais utilizadas em fundações sujeitas a
pequenas cargas. Outro factor que determina a escolha por sapatas flexíveis é a resistência
do solo.
Sapatas rígidas: São comummente adoptadas como elementos de fundações em terrenos
que possuem boa resistência em camadas próximas da superfície.
Quanto à posição:
Sapatas isoladas: transmitem acções de um único pilar centrado, com secção não
alongada. É o tipo de sapata mais frequentemente utilizado. Tais sapatas podem apresentar
bases quadradas, rectangulares ou circulares, com a altura constante ou variando
linearmente entre as faces do pilar à extremidade da base.

Fig 7 – Sapata de isolada.

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Fig 8 – Grupo de sapatas isoladas de um edifício em construção.

Campo de aplicação:
➢ Terrenos com características constantes;

➢ Níveis de carga pequenos a médios;

➢ Superestrutura sem exigências especiais relativas a assentamentos diferenciais.

Fig 9 – Sapatas isoladas de base retangular e trapezoidal.

Sapatas contínuas
São fundações sujeitas à acção de uma carga distribuída linearmente ou de pilares ao longo
de um mesmo alinhamento. Diferente das isoladas, são contínuas ao longo do perímetro das
paredes da edificação e apresentam um formato de viga. Esse tipo de sapata é muito
utilizado em edificações térreas em geral de cargas baixas e em muros

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Também chamada de "sapata corrida", é um tipo de fundação de fácil execução e de baixo
custo, usada em construções baixas. Pode ser executada com betão ciclópico (betão com
pedra marroada) ou com betão armado lançado em valas rasas escavadas manualmente no
terreno (máx. 50cm de profundidade). A execução segue o projecto arquitetónico, de acordo
com a direção das paredes da edificação.

Fig 10 – Sapatas corridas.

Fig 11 – Armaduras sapatas corridas.

Campo de aplicação:

➢ Terreno com características não uniformes;

➢ Níveis de cargas elevados ou terreno com pequena capacidade resistente;

➢ Pilares no contorno do terreno ou muros de suporte;

➢ Paredes resistentes ou painéis pré-fabricados.

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Sapatas agrupadas
É a união de várias sapatas por intermédio de uma viga de fundação.

Campo de aplicação:

➢ Terreno com características variáveis

➢ Superestrutura sensível a assentamentos diferenciais);

➢ Junto a sapatas excêntricas ou a muros de suporte cujas sapatas não estão


autoequilibradas; em regiões sísmicas.

Fig 12 – Sapatas agrupadas.

Sapatas associadas
As sapatas associadas, também conhecidas como sapatas combinadas, são sapatas que
contêm mais de um pilar. São utilizadas, na maioria das vezes, quando há pilares muito
próximos ou quando as sapatas isoladas podem se sobrepor. Nestes casos, em que os pilares
são muito próximos ou que as sapatas isoladas podem se sobrepor, ao invés disto executa-
se apenas a sapata associada.

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Fig 13 – sapatas associadas (a – com três pilares; b – com dois pilares)
Importante ressaltar que, em alguns casos, as sapatas podem ser alavancadas, ou seja
quando surge a necessidade de entre duas sapatas executarmos uma viga de equilíbrio.
Nestes casos, essas sapatas com vigas de equilíbrio recebem a denominação de sapatas
alavancadas.

Fig 14 - Sapatas alavancadas (as duas sapatas estão ligadas através de uma viga, denominada de equilíbrio)
A sapata alavancada é utilizada em situações em que há a necessidade de equilibrar as duas
sapatas.

Quanto a solicitação

Sapatas sob carga centrada:

Ocorre quando a carga vertical do pilar passa pelo centro de gravidade da sapata

Sapatas sob carga excêntrica:

Em muitas situações práticas, as cargas verticais dos pilares são aplicadas excentricamente
em relação ao centro de gravidade da sapata.

4.2.2 Processo construtivo das Sapatas

1. Abertura das cavas;

2. Esgotamento de água, se for o caso;

3. Compactação do fundo;

4. Lançamento de betão de limpeza (betão magro) no fundo;

5. Posicionamento das formas (cofragens);

6. Posicionamento da armadura do fundo;

7. Posicionamento da armadura do pilar


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8. localização do eixo pela tabeira de locação da obra;

9. Betonagem;

10. Retirada de formas (cofragens) após o endurecimento do betão;

11. Cura do betão

4.3 ENSOLEIRAMENTO GERAL (RADIER)


Quando todas as paredes ou todos os pilares de uma edificação transmitem as cargas ao solo
através de uma única sapata, tem-se o que se denomina uma fundação em ensoleiramento
geral.

Quando a área das sapatas ocuparem cerca de 70% da área coberta pela construção ou
quando se deseja reduzir ao máximo os assentamentos diferenciais. Recorre-se a esse tipo

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de fundação quando o terreno e de baixa. Este tipo de fundação envolve grande volume de
betão, e relativamente onerosa e de difícil execução.

Fig 15 – Ensoleiramento Geral

Fig 16 – Ensoleiramento Geral


Ensoleiramento geral – Campo de aplicação

➢ Solo com características mecânicas elevadas a grande profundidade;

➢ Solo superficial fraco mas susceptível de receber cargas;

➢ Superestrutura extremamente sensível a assentamentos diferenciais;

➢ Carregamentos muito elevados na totalidade ou em parte significativos da fundação;

➢ Se eventualmente tivermos optado por uma solução de sapatas isoladas e


verificarmos que estas ocupam cerca de 50% da área total projectada, opta-se por
um ensoleiramento geral da fundação.

Ensoleiramento geral - Vantagens

➢ A distribuição de tensões no solo é mais uniforme e atinge uma maior profundidade;

➢ Maior uniformização dos assentamentos, tornando o ensoleiramento geral a solução


mais adequada para suportar estruturas sensíveis a assentamentos diferenciais;

➢ Em situações de nível freático elevado, trata-se da melhor solução quando associada


a outros processos construtivos e a técnicas drenagem e impermeabilização

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adequadas;

➢ Para cargas muito elevadas vindas da superestrutura e/ou solos fracos, pode tornar-
se a solução mais económica;

➢ O processo de execução é mais rápido e mais económico.

4.4 GRELHA DE FUNDAÇÃO


Este tipo fundação, grelha, assemelha-se ao ensoleiramento geral porém contém algumas
espécies de vazios ao longo da sua extensão. Esses vazios, ao longo da sua extensão,
permitem uma redução considerável do volume de betão.

Fig 17 – Grelha de fundação

Fig 18 – Grelha de fundação

Campo de aplicação:

➢ As vigas de fundação ligam, os pilares entre si, substitui as sapatas quando as cargas
transmitidas pelos pilares são pequenas.

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5 FUNDAÇÕES INDIRECTAS (PROFUNDAS)

Fundação profunda: elemento de fundação que transmite a carga ao terreno ou pela base
(resistência de ponta) ou por sua superfície lateral (resistência de fuste) ou por uma
combinação das duas, devendo a sua ponta ou base estar assente em profundidade superior
ao dobro de sua menor dimensão em planta, e no mínimo igual a 3,00m.

Fig 19 – Fundações Profundas

Dentro deste grupo de fundações profundas, encontramos as seguintes fundações: Estacas,


Tubulões e Poços ou Pegões

5.1 ESTACAS

São peças alongadas, cilíndricas ou prismáticas, cravadas ou confeccionadas no solo,


essencialmente para:

a) Transmissão de carga a camadas profundas;

b) Contenção de empuxos laterais (estacas pranchas);

c) Compactação de terrenos.

De acordo com o material a ser utilizado, as estacas podem ser de madeira, de aço, ou de
betão.

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Figura 20 –a) Estaca de madeira b) Estaca de madeira

Figura 21 –a) Estaca de betão


De acordo ao modo de fabrico, as estacas podem ser: moldadas in loco e pré-moldadas.

As estacas quando são executadas no local diz-se “moldadas in loco” ou “moldadas in situ”.
As “pré-moldadas” são aquelas executadas fora do local e que são transportadas para o local
desejado e posteriormente cravadas.

As estacas recebem esforços axiais de compressão. Esses esforços são resistidos pela reação
exercida pelo terreno sobre sua ponta e pelo atrito entre as paredes laterais da estaca e o
terreno.

5.5.1 BLOCOS DE CO\MENTO DAS ESTACAS

Os blocos de coroamento das estacas são elementos maciços de betão armado que
solidarizam as "cabeças" de uma ou um grupo de estacas, distribuindo para ela as cargas
dos pilares e dos baldrames.

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Figura 22 - Bloco de coroamento sobre estacas

5.1.2 ESTACAS BORCAS

São feitas a trado, em solo sem água, de forma a não haver fechamento do furo nem
desmoronamento.

➢ Limite de diâmetro : 15 (6") a 25cm (10")

➢ Limite de comprimento: é da ordem de 6,0m, no mínimo. de 3,0 m a 4,0m

➢ Os Ø mais usados são 20cm e 25cm.

A execução das brocas é extremamente simples e compreende apenas três fases:

1. abertura da vala dos alicerces

2. Perfuração de um furo no terreno

3. Compactação do fundo do furo

4. Lançamento do concreto

Ao contrário de outros tipos de estacas, que veremos adiante, as brocas só serão iniciadas
depois de todas as valas abertas, pois o trabalho é exclusivamente manual, não utilizando
nenhum equipamento mecânico. Inicia-se a abertura dos furos com uma cavadeira
americana e o restante é executado com trado.

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Figura 23 – Tipos de Trado

5.1.3 ESTACAS ESCAVADAS


As estacas escavadas caracterizam-se por serem moldadas no local após a escavação do
solo, que é efetuada mecanicamente com trado helicoidal. São executadas através de torres
metálicas, apoiadas em chassis metálicos ou acoplados em caminhões (Figura 24). Em
ambos os casos são empregados guinchos, conjunto de tração e haste de perfuração,
podendo esta ser helicoidal em toda a sua extensão ou trados acoplados em sua extremidade.
Seu emprego é restrito a perfuração acima do nível de água.

Figura 24 – Perfuratriz

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5.1.4 ESTACAS FRANKI

Coloca-se o tubo de aço (molde), tendo no seu interior junto à ponta, um tampão de betão
de relação água/cimento muito baixa, esse tampão é socado por meio de um soquete
(pilão) de até 4t; ele vai abrindo caminho no terreno devido ao forte atrito entre o betão
seco e o tubo e o mesmo é arrastado para dentro do solo. Alcançada a profundidade
desejada o molde é preso à torre, coloca-se mais betão no interior do molde e com o pilão,
provoca se a expulsão do tampão até a formação de um bulbo do betão. Após essa
operação descesse a armadura e betona-se a estaca em pequenos trechos sendo os mesmos
fortemente apiloados ao mesmo tempo em que se retira o tubo de molde.

Figura 25 – Execução das Estacas Franki

5.2 TUBULÕES

Os tubulões são elementos de fundação profunda constituído de um poço (fuste),


normalmente de secção circular revestido ou não, e uma base circular ou em forma de elipse.

Os tubulões dividem-se em dois tipos básicos: à céu aberto e a ar comprimido


(pneumático).

5.2.1 TUBULÃO À CÉU ABERTO

Os tubulões à céu aberto é o mais simples, resulta de um poço perfurado manualmente ou


mecanicamente e a céu aberto.

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Campo de Aplicação:

Pode ser usado em terreno suficientemente coesivo e acima do nível de água, dispensando
o escoramento. O diâmetro depende da carga e do modo de execução, mas sendo aberto
manualmente, o diâmetro mínimo é de 70 a 80 cm, a fim de que, o poceiro possa trabalhar
livremente.

Figura 26 – Tubulão a céu aberto.

5.2.2 TUBULÃO A AR COMPRIMIDO

As fundações em tubulão a ar comprimido são indicadas, e se justificam, para obras que


apresentem cargas elevadas, como é o caso de pontes e viadutos, e quando se tem o NA
elevado. Assim, é utilizado uma “estrutura” fechada para que não ocorra a entrada da água
no ambiente de escavação. Para que se mantenha o ambiente da escavação seco faz-se com
a aplicação de ar comprimido, que “expulsa” – inibe, a entrada da água no ambiente de
trabalho.

Figura 27 – Tubulão a ar comprimido

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Figura 28 - Execução da fundação em tubulão em terra. Figura 29- Execução da fundação em tubulão em
área submersa.

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BIBLIOGRAFIA

CAIRES S. (Eng.); “Tecnologia de construção”, ISPT, (2012)

Bastos P. (2011) - Apostila das disciplinas “CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS -

TECNOLOGIA II”

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