Caderno Biologia
Caderno Biologia
Caderno Biologia
Universitários da Unesp
Antonio Francisco Marques
Maria da Graça Mello Magnoni
Editores
Ciências da Natureza
Biologia
Ana Maria de Andrade Caldeira
Organizadora
Volume 3
São Paulo
2016
Realização Diagramação e capa
Pró-Reitoria de Extensão – PROEX Edevaldo Donizeti dos Santos
Rua Quirino de Andrade, 215 – 10° andar
São Paulo, CEP 01049-010 – SP
Tel (11) 5627-0264
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Produção planejada pelo Projeto "Inovação nos pro- Camila Sanches Miani
cessos de gestão e pedagógico dos Cursos Pré-Vesti- João José Caluzi
bulares da Unesp" Maria Inês de Moura Campos Pardini
Osmar Cavassan
Thais Benetti de Oliveira
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-7983-822-4
Prefácio
1
Atualmente, existem 27 Cursinhos Pré-Universitários UNESP e 4 Cursinhos em convênios com Prefeituras,
em funcionamento, localizados em 23 cidades do interior paulista, junto a Unidades Universitárias da UNESP. O
modelo implantado atende a alunos regulares e egressos da rede pública de ensino e oferece aulas ministradas por
graduandos dos diversos cursos da UNESP – bolsistas e voluntários –, que visam a suprir lacunas de formação de
alunos regulares do 3º ano e egressos do ensino médio, com vistas a oferecer reforço de ensino e preparo para o
ingresso e permanência na universidade. Para isso, a UNESP, por meio da Pró-Reitoria de Extensão Universitária,
mantém um Programa Institucional com bolsas de extensão universitária para alunos de seus cursos de graduação
atuarem como tutores de ensino.
Apresentação
Sumário
1 BIOLOGIA......................................................................................................... 13
1.1 A Biologia como ciência.................................................................................... 13
1.2 Hipóteses sobre a origem do universo e da Terra................................................ 14
1.2.1 Hipóteses sobre a origem do Universo............................................................ 15
1.2.2 Hipóteses sobre a origem da Terra.................................................................. 19
1.3 Hipóteses sobre a origem dos seres vivos............................................................ 21
1.3.1 O debate sobre a origem dos seres vivos no século XIX: Louis Pasteur
(1822 – 1895) e Félix-Archimède Pouchet (1800 - 1872).............................. 21
1.3.2 O debate sobre a origem dos seres vivos no século XX.................................... 26
1.3.2.1 Hipótese Oparin- Haldane.......................................................................... 26
1.3.2.2 Mundo do RNA.......................................................................................... 29
1.4 Métodos, Técnicas e experimentação na Biologia............................................... 30
1.4.1 A ilustração biológica..................................................................................... 30
1.4.2 Utilização de instrumento: microscópio e lupa............................................... 31
1.4.3 Preparação de amostras para microscópio....................................................... 32
1.4.4 Laboratório – in vitro – fotomicrografia......................................................... 33
1.4.5 Biotérios......................................................................................................... 34
1.4.6 Uso de computadores na Biologia................................................................... 34
10 GENÉTICA...................................................................................................... 245
10.1 Princípios básicos que regem a transmissão de características hereditárias........ 245
10.2 Concepções pré-mendelianas sobre a hereditariedade...................................... 246
10. 3 Primeira Lei de Mendel.................................................................................. 247
10. 3.1 Quadro de Punnet....................................................................................... 250
10. 3.2 Cruzamento teste....................................................................................... 251
10. 3.3 Noções de probabilidade envolvidas com a primeira lei............................... 251
10. 3.4 Heredogramas............................................................................................. 254
10.4 Outras proporções fenotípicas além da mendeliana na herança monogênica.... 255
10.4.1 Dominância incompleta............................................................................... 255
10.4.2 Codominância.............................................................................................. 256
10.4.3 Alelos letais.................................................................................................. 256
10.4.4 Herança de cromossomos sexuais................................................................. 257
10.4.4.1 Daltonismo............................................................................................... 258
10.4.4.2 Hemofilia.................................................................................................. 259
10.5 Herança de alelos múltiplos............................................................................. 260
10.5.1 Grupos sanguíneos ...................................................................................... 262
10.6 Segunda Lei de Mendel................................................................................... 266
10.6.1 Probabilidades aplicadas à herança de várias características com segregaçã
o independente.............................................................................................. 269
10.6.2 Quando a segunda lei não é válida................................................................ 271
10.7 Interação gênica.............................................................................................. 271
10.7.1 Epistasia....................................................................................................... 272
10.7.2 Herança quantitativa.................................................................................... 273
10.8 Aspectos genéticos do funcionamento do corpo humano................................. 274
10.8.1 Distúrbios cromossômicos............................................................................ 274
10.8.1.1 Síndrome de Down................................................................................... 274
10.8.1.2 Síndrome de Turner................................................................................... 275
10.8.1.3 Síndrome de Klinefelter............................................................................. 276
10.8.1.4 Síndrome da Super fêmea ou Triplo X ...................................................... 277
10.8.1.5 Síndrome do duplo Y ou Super macho...................................................... 278
10.8.2 Distúrbios monogênicos .............................................................................. 279
10.8.3 Distúrbios de herança multifatorial ............................................................. 279
10.9 Neoplasias e a influência de fatores ambientais................................................ 280
10.9.1 Tumores benignos........................................................................................ 280
10.9.2 Tumores malignos........................................................................................ 280
10.9.3 Fatores geográficos e ambientais................................................................... 281
10.10 Mutações gênicas e cromossômicas................................................................ 282
10.10.1 Mutação gênica ou mutação de ponto........................................................ 282
10.10.2 Mutação cromossômica ou aberração cromossômica................................... 282
10.2.1 Numéricas.................................................................................................... 282
10.10.2.2 Estruturais .............................................................................................. 283
10.11 Biotecnologia................................................................................................ 284
10.11.1 Aconselhamento Genético.......................................................................... 284
10.11.2 Tecnologia do DNA recombinante............................................................. 285
11 EVOLUÇÃO.................................................................................................... 286
11.1 Explicações pré- darwinistas para a modificação das espécies............................ 286
11.1.1 Um panorama da “teoria da evolução” desde a antiguidade até Darwin....... 287
11.1.1.1 Aristóteles.................................................................................................. 287
11.1.1.2 Lucrécio.................................................................................................... 288
11.1.1.3 Lactânio.................................................................................................... 288
11.1.1.4 Al-Jahiz..................................................................................................... 289
11.1.1.5 Al-Biruni................................................................................................... 289
11.1.1.6 Matthew Hale........................................................................................... 290
11.1.2 A teoria fixista e transformista e seus principais defensores............................ 290
11.1.2.1 Teoria fixista.............................................................................................. 290
11.1.2.2 Teorias transformistas................................................................................ 292
11.2 A teoria evolutiva de Charles Darwin.............................................................. 297
11.3 Teoria sintética da evolução............................................................................. 300
11.3.1 Bases genéticas da evolução.......................................................................... 300
11.3.2 Mecanismos evolutivos................................................................................. 301
12 ECOLOGIA..................................................................................................... 305
12.1 Nutrição.......................................................................................................... 306
12.1.1 Energia no ecossistema................................................................................. 307
12.1.2 Níveis tróficos em um ecossistema................................................................ 308
12.1.3 Pirâmides ecológicas..................................................................................... 310
12.2 Os caminhos da matéria no ecossistema.......................................................... 311
12.2.1 Ciclo da água............................................................................................... 311
12.2.2 Ciclo do Carbono........................................................................................ 312
12.2.3 Ciclo do Nitrogênio..................................................................................... 313
12.2.3.1 Fixação atmosférica................................................................................... 314
12.3 Ecologia de populações.................................................................................... 315
12.3.1 Modificações na densidade........................................................................... 316
12.3.2 Competição intraespecífica........................................................................... 316
12.4 Ecologia de comunidades................................................................................ 317
12.4.1 Interações desarmônicas............................................................................... 319
12.4.1.1 Predação ................................................................................................... 319
12.4.1.2 Parasitismo ............................................................................................... 320
12.4.2 Interações harmônicas.................................................................................. 321
12.4.2.1 Mutualismo .............................................................................................. 321
12.4.2.2 Simbiose ................................................................................................... 321
12.5 Sucessão ecológica........................................................................................... 322
12.6 Biomas terrestres............................................................................................. 324
12.6.1 Florestas tropicais pluviais............................................................................ 326
12.6.2 Savanas......................................................................................................... 326
12.6.3 Florestas temperadas caducifólias.................................................................. 327
12.6.4 Taiga ou Floresta de Coníferas...................................................................... 327
12.6.5 Tundra Ártica............................................................................................... 328
12.6.6 Campos........................................................................................................ 329
12.6.7 Deserto........................................................................................................ 329
Referências.............................................................................................................. 345
1 Biologia
1.1 A Biologia como ciência
Quando iniciamos o estudo de determinada ciência, podemos nos pergun-
tar: Qual sua origem? Ela sempre existiu ou é uma ciência recente? Ela possui um
método e técnicas específicas ou compartilha isto com outras ciências?
Neste capítulo, buscaremos responder a essas e outras questões sobre a
ciência Biologia. Como possivelmente já visto nos curso de Biologia, o termo é com-
posto de duas partes: do grego βιος - bios significa vida; e λογος - logos significa
o que estuda, conhece. Ou seja, o que estuda a vida ou estudo da vida. A palavra
Biologia aparece, aparentemente, pela primeira vez no livro Filosofia natural ou físi-
ca dogmatica: geologia biologia, fitologia geral e dendrologia, publicada em 1776, de
autoria do meteorologista e historiador alemão, Michael Christoph Hanov (1695
– 1773). O termo, no sentido moderno, foi introduzido no século XIX por vários
autores, ao que tudo indica, de forma independente. Por exemplo, o fisiologista ale-
mão Karl Friedrick Burdach (1776-1847), em 1800; o naturalista e botânico alemão
Gottfried Reinhold Treviranus (1776 – 1837), em 1802, na obra Biologia; ou a filo-
sofia da natureza viva para os cientistas naturais e médicos; e o naturalista francês Jean
Baptiste Lamarck (1744 – 1829), em 1802, na obra Hidrogeologia.
Antes do sentido moderno, era utilizado outro termo para designar os es-
tudos de animais e plantas: História Natural. Ela também incluía o estudo de mine-
ralogia e outros campos não biológicos. Se voltarmos ainda mais no tempo, veremos
que os temas estudados pela História Natural incluem ainda outros, por exemplo,
a Geologia, a Física, a Química e a Astronomia, no sentido moderno dos termos.
No período entre a Idade Média e a Renascença, esses estudos recebiam o nome de
Filosofia Natural. Algumas questões discutidas nestes períodos eram bastante simila-
res às nossas. Por exemplo: Por que os organismos existem? Qual sua origem? Por que
eles são como são? Como podemos classificá-los?
Cada época deu respostas diferentes para essas perguntas e, para respondê-
-las, foram desenvolvidas diferentes técnicas de estudo e instrumento. Ao longo deste
texto, buscaremos apresentar as respostas que a Biologia atual deu a essas perguntas
e a outras, tão interessantes quanto essas. Veremos que a Biologia, ao longo de seu
desenvolvimento como ciência, fez, basicamente, um duplo movimento. A partir do
organismo, ela buscou ir ao seu interior ver sua constituição (tecido, células, molécu-
las). A Biologia também buscou e busca estudar como esse organismo interage com seu
ambiente. Esses dois movimentos ocorrem ao mesmo tempo. Alguns pesquisadores
preferem estudar a constituição dos organismos e outros, a sua interação com o am-
biente. Esse conjunto de estudos constitui o vasto campo de conhecimento chamado,
hoje em dia, de Biologia, e, como em toda ciência, é um empreendimento cooperativo.
Figura 3: Podemos imaginar o universo como uma bexiga que está sendo inflada. No início,
os pontos brancos que representam as galáxias estão mais próximas que no final
Fonte: <http://ocientistaportugues.blogspot.com.br/2012/07/meu-querido-universo-o-que-queres-ser.html>.
Acesso em: 17 set. 2015.
um ovo de galinha”. Alguns dias mais tarde, o caldo de carneiro estava povoado de
animalúnculos. Needham concluiu que eles não teriam podido vir do exterior, uma
vez que o vaso estava fechado. Também não poderiam vir da matéria da infusão ou
das paredes do vaso, uma vez que tudo havia previamente aquecido. Ele imaginava
que todas as matérias vivas seriam destruídas em uma fervura equivalente à que co-
agulava a clara de ovo. Needham conclui então que existe na matéria orgânica (ou
ao menos em algumas matérias orgânicas) uma “força plástica ou vegetativa” capaz
de gerar corpúsculos organizados. (MARTINS, L.; MARTINS, R., 1989, p. 8).
Tabela 1: Análise dos gases produzidos pelos aparelhos utilizados por Miller em seus
experimentos
Análise dos gases
Aparelho 1 Aparelho 2 Aparelho 3
H2 % 74,6 76,3 50,6
CO2 % 10,0 5,8 1,2
CH4 % 10,4 9,5 39,5
N2 % 5,0 8,4 8,7
NH3 % 8,6 10,5 3,7
Carbono como compostos orgânicos. % 53 58 22
Fonte: MILLER, 1955.
Note que os aparelhos com descarga elétrica por faísca foi superior à descarga
elétrica silenciosa, na produção de compostos orgânicos. O aparelho 2, que utiliza um
sistema de aspiração, é mais eficiente que o aparelho 1, sem o dispositivo. Após essa
fase, Miller faz a análise dos compostos orgânicos por diferentes métodos. No primeiro
artigo, publicado em 1953 (MILLER, 1953), ele apresenta os dados obtidos por papel
cromatográfico (ver Figura 6). Miller (1953) conclui: “As substâncias identificadas foram
glicina, α-alamina e β-alamina. Os ácidos aspártico, α-amino e n- butanoico são menos
prováveis, pois as manchas são bastantes fracas. As manchas A e B são foram identificadas
ainda, mas podem ser aminoácidos beta e gama.” (MILLER, 1953, p. 529, grifo nosso).
Estes dados foram obtidos com as substâncias produzidas pelo aparelho 1.
Figura 6: Papel cromatográfico com a identificação de parte das substâncias obtidas por Miller
Fonte: MILLER, 1953, p. 529.
Compare a descrição com as figuras (ver Figura 8). Note que a figura feita
por Marcgrave representa melhor um tatu.
1.4.5 Biotérios
Ao longo da história, a utilização de animais nos estudos biológicos e mé-
dicos foram uma constante. Com o passar do tempo, as exigências, tanto do ponto
de vista biológico (considerações genéticas, nutricionais, contaminações biológicas,
etc.) quanto do ponto de vista ético, aumentaram. Se não tivermos cuidado na ma-
nipulação dos animais utilizados em experimentos, os resultados obtidos podem ser
inválidos. Do ponto de vista ético, devemos levar em consideração a minimização
do sofrimento dos animais utilizados, bem como no número utilizado. Vários proto-
colos foram criados para regulamentar a utilização de seres vivos em experimentos.
No artigo “Caracterização de biotérios, legislação e padrões de biossegurança”, os
autores afirmam:
Em paralelo às preocupações e legislações sobre o uso de animais de laboratório,
desenvolveu-se também a preocupação com o bem estar e a segurança das pessoas
que manuseiam os animais de laboratório, uma vez que estas correm riscos de ad-
quirirem doenças ocupacionais pela presença de contaminações zoonóticas ou por
desenvolvimento de reações alérgicas. A prevenção requer a aplicação de modernos
avanços tecnológicos no desenho do biotério e nas rotinas de trabalho. (POLITI,
2008, p. 17).
2. Moléculas e células
2.1 Estrutura e fisiologia celular
O estudo das células é denominado citologia. De forma geral, uma célula
é constituída por material genético, citoplasma e membrana plasmática. O cito-
plasma corresponde ao espaço interno da célula onde se acomoda o hialoplasma (ou
citosol), um líquido viscoso e semitransparente composto por água, sais minerais,
enzimas e nutrientes. No citoplasma, há muitas estruturas que podem ou não ser
envoltas por membrana.
As células procariotas (ou procarióticas) constituem organismos, como
bactérias, cianobactérias e arqueas (denominados organismos procariontes), en-
quanto as células eucariotas (ou eucarióticas) constituem fungos, algas, protozoá-
rios, animais e plantas (organismos eucariontes). As células procariotas são notavel-
mente mais simples e menores que as eucariotas.
1. Fímbrias
2. Plasmídeos
3. Ribossomos
4. Citoplasma ou hialo-
plasma
5. Membrana celular
6. Parede celular
7. Cápsula
8. Nucleoide
9. Flagelo
núCleo
O núcleo armazena, em células eucariotas, o material genético na forma de
cromatina (filamentos compostos por DNA e proteína histona). O envoltório do
núcleo, a carioteca, possui poros por onde há comunicação entre o nucleoplasma
ou cariolinfa (líquido de preenchimento nuclear) e o citoplasma. O nucléolo é uma
estrutura presente no núcleo, não delimitado por membrana, e é formado por RNA
ribossômico (RNAr). Os ribossomos são originados do nucléolo.
Figura 15: Esquema de uma célula animal. (1) Nucléolo; (2) Núcleo; (3) Ribossomos; (4)
Vesícula; (5) Retículo endoplasmático rugoso; (6) Complexo de Golgi; (7) Citoesqueleto; (8)
Retículo endoplasmático liso; (9) Mitocôndria; (10) Vacúolo; (11) Citosol; (12) Lisossomo;
(13) Centríolos; (14) e Membrana celular.
Fonte: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Animal_Cell.svg>. Acesso em: 10 out. 2016.
Figura 17 - (A) Esquema de um cloroplasto. Há duas membranas, uma interna e outra exter-
na, e um espaço intermembrana entre elas. Os tilacoides se agrupam em pilhas, o granum. Há
membranas denominadas lamelas, e, preenchendo o espaço interno, há uma matriz deno-
minada estroma, onde estão acomodados o DNA do cloroplasto, RNA, ribossomos e alguns
plastoglóbulos (glóbulos de lipídio). (B) Imagem microscópica de células de uma planta com
vários cloroplastos.
Fonte: adaptado de <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Scheme_Chloroplast-en.svg>
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Plagiomnium_affine_laminazellen.jpeg
Fonte: Elaborada pela autora.
Figura 18 - Esquema de uma célula vegetal. O revestimento mais externo é a parede celular,
perfurada por orifícios denominados plasmodesmos. O próximo revestimento é a membra-
na plasmática. O citoplasma contém o núcleo, que é conectado ao retículo endoplasmático
rugoso. Há um enorme vacúolo central, que ocupa grande parte do volume celular, e o clo-
roplasto: ambos são estruturas presentes apenas em células de plantas e algas.
Fonte:<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Plant_cell_structure.png>. Acesso em: 10 out. 2016.
Figura 19: Esquema da secreção celular mediada pelo sistema de endomembranas: (1) cario-
teca; (2) poro nuclear; (3) retículo endoplasmático rugoso (RER); (4) retículo endoplasmáti-
co liso (REL); (5) ribossoma ligado a RER; (6) macromoléculas; (7) vesículas de transporte;
(8) complexo de Golgi; (9) face cis do Golgi; (10) face trans do aparelho de Golgi; (11)
cisternas do aparelho de Golgi.
Fonte: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Nucleus_ER_golgi.svg>. Acesso em: 10 out. 2016.
Figura 22: Esquema de uma membrana plasmática animal em corte transversal. A dupla ca-
mada fosfolipídica mantém as porções hidrofóbicas (“pernas” dos fosfolipídios) no interior da
membrana, e mantém as porções hidrofílicas (“cabeças” dos fosfolipídios), de um lado para o
meio extracelular e de outro para o meio interno (citoplasma).
Fonte: adaptado de <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cell_membrane_detailed_diagram_en.svg>.
Acesso em: 10 out. 2016.
Figura 23: Esquema de uma proteína canal, a aquaporina. Tal proteína possui um corredor
hidrofílico que permite e passagem de moléculas de água pela membrana plasmática.
Fonte: adaptado de <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:2625_Aquaporin_Water_Channel.jpg>. Acesso
em: 10 out. 2016.
Figura 24: Esquema da difusão de moléculas de fora para dentro de uma célula. No início do
processo, a maior concentração das moléculas estava no fluido extracelular. Com a passagem
do tempo, as moléculas se difundem para a região menos concentrada, no caso, o citoplasma,
até que as concentrações de dentro e de fora da célula se igualem.
Fonte: adaptado de <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:0305_Simple_Diffusion_Across_Plasma_Membra-
ne.jpg>. Acesso em: 10 out. 2016.
2.1.3.1.1 Osmose
A passagem de água pela membrana plasmática é um tipo de transporte
passivo e recebe o nome de osmose, que pode ser entendida como a difusão da água
através da membrana. A água atravessa uma membrana semipermeável que separa
duas proporções diferentes de água e solutos (substância dissolvida em uma solução).
A direção da água é de uma região de menor concentração de soluto para uma região
de maior concentração.
A capacidade de uma célula ganhar água depende da concentração de solutos
que não conseguem cruzar a membrana. Se dentro da célula houver muito mais soluto
do que fora dela, a tendência é que a água entre na célula. Se ao contrário, houver mais
soluto fora da célula, a água tende a sair da célula em direção ao meio externo.
Para as células animais, as diferenças de concentração entre os lados exter-
no e interno da membrana plasmática são descritas em três condições:
• Ambiente extracelular hipertônico (solução hipertônica): a solução de fora
da célula tem altas concentrações de soluto, acima dos níveis de concentração
de dentro da célula. Nessa situação, a célula perde água para o meio externo e,
perdendo volume, pode morrer.
• Ambiente extracelular isotônico: as concentrações são semelhantes em am-
bos os lados da membrana e a água flui igualmente para as duas direções, sem
alterar o volume de uma célula.
• Ambiente extracelular hipotônico (solução hipotônica): a concentração do
meio é menor do que a concentração interna da célula e a água tende a entrar na
célula, aumentando o volume do citoplasma. A célula pode sofrer lise (ruptura).
Figura 26: Alterações do volume de células vegetais em função das variações de concentrações
de solutos do meio. Em meio hipertônico (mais concentrado que o citoplasma), há perda
de água da célula e a redução de volume desgruda a membrana plasmática da parede celular,
a plasmólise. Em meio isotônico, não há ganho de volume e a célula torna-se flácida. Em
meio hipotônico (meio menos concentrado que a célula), há ganho de água e a célula se torna
túrgida (preenchida).
Fonte: adaptado de <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Turgor_pressure_on_plant_cells_diagram.svg>.
Acesso em: 10 out. 2016.
Figura 28: Esquemas de transporte por difusão facilitada por (A) proteínas canais, que pos-
suem um corredor hidrofílico interno, e por (B) proteínas carreadoras, que se ligam a uma
substância e, após uma mudança de conformação, depositam as moléculas no interior da
célula.
Fonte: adaptado de <https://en.wikipedia.org/wiki/File:Blausen_0213_CellularDiffusion.png> e adaptado de
<https://en.wikipedia.org/wiki/File:Blausen_0394_Facilitated_Diffusion.png>. Acesso em: 10 out. 2016.
Figura 29: Esquema de uma membrana plasmática com vários tipos de proteínas que faci-
litam a difusão: proteínas canais (com corredor hidrofílico interno) e proteínas carreadoras
(que alterando a conformação, permitem a entrada de substâncias no meio intracelular).
Fonte: adaptado de <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Scheme_facilitated_diffusion_in_cell_membrane-
-en.svg>. Acesso em: 10 out. 2016.
A difusão facilitada da glicose: no fígado, armazenamos a glicose na for-
ma de glicogênio (que é insolúvel e não altera a regulação osmótica das células ainda
Figura 30: Esquema simplificado da estrutura do ATP. Há uma base nitrogenada (adenina),
uma ribose e três grupos fosfatos.
Fonte: adaptado de <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:ATP.svg>. Acesso em: 10 out. 2016.
Figura 31: Esquema do transporte de íons sódio e potássio contra seus gradientes de concen-
tração. A molécula de ATP fornece energia e altera a conformação da proteína carreadora, que
envia K+ para dentro da célula e Na+ para o meio extracelular.
Fonte: adaptado de <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Scheme_sodium-potassium_pump-en.svg>. Acesso
em: 10 out. 2016.
Figura 33: Esquema da exocitose. Uma vesícula transporta um conteúdo interno em direção
à membrana plasmática, funde-se a ela e expõe o conteúdo para o meio extracelular.
Fonte: adaptado de <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Exocytosis_diagram_jp.svg>. Acesso em: 10 out.
2016.
Figura 35: Esquema do ciclo celular. Observe que na fase M (mitose) há produção de células-
-filhas. Após a fase M, na circunferência externa, há a fase I (laranja) − a intérfase − que pode
ser decomposta em fase G1 (azul), fase S (vermelha) e fase G2 (verde).
Fonte: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cell_Cycle_2-2.svg>. Acesso em: 10 out. 2016.
2.2.1 Mitose
A mitose (ou fase M) é a divisão celular que ocorre em células somáticas e
em algumas células germinativas de animais e vegetais. Nesta fase, ocorrem a sepa-
ração das cópias das cromátides-irmãs (hastes que compõem um cromossomo) e a
divisão da célula. A principal característica dessa divisão celular é a formação de cé-
lulas-filhas geneticamente idênticas à célula-mãe. Por exemplo, uma célula diploide
(com dois conjuntos cromossômicos) produz duas células-filhas também diploides.
Esta fase é dividida em cinco estágios: os quatro (ou cinco) estágios da mitose (pró-
fase, prometáfase, metáfase, anáfase e telófase) e a citocinese.
Figura 37: Esquema do processo de divisão celular, a mitose. Os cromossomos são duplicados
e passam a conter duas cromátides-irmãs. O material genético é dividido igualmente para
duas células-filhas. Perceba que a célula-mãe do início do processo é idêntica às duas células-
-filhas formadas.
Fonte: adaptado de <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:%C3%89v%C3%A9nements_importants_en_mi-
tose.svg>. Acesso em: 10 out. 2016.
Figura 38: Esquema representativo da Prófase. Os tubos alaranjados são os centríolos (du-
plicados) e os bastões azuis são as fibras do fuso em formação. Nucléolo e carioteca estão se
fragmentando.
Fonte: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Mitotic_Prophase.svg>. Acesso em: 10 out. 2016.
Figura 39: Esquema representativo de uma fase inicial e de uma fase avançada da metáfase
Fonte: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Mitotic_Prometaphase.svg>,
<https://de.wikipedia.org/wiki/Datei:Mitotic_Metaphase.svg>. Acesso em: 10 out. 2016.
Figura 43: Esquema que representa resumidamente as principais etapas da mitose: 1: intérfa-
se; 2: prófase; 3: Prometáfase; 4: Metáfase; 5: Anáfase; 6: Telófase e citocinese.
Fonte:<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Mitosis_Stages.svg>. Acesso em: 10 out. 2016.
Figura 44: Microscopia óptica de diferentes estágios de mitose em células de uma raiz de
planta
Fonte:<https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1c/Mitosis_%28261_10%29_Pressed%3B_root_me-
ristem_of_Vicia_faba_%28cells_in_anaphase%2C_prophase%29.jpg>. Acesso em: 10 out. 2016.
2.2.2 Meiose
Em organismos com reprodução sexuada, um indivíduo é formado a par-
tir de uma única célula inicial, o zigoto, a qual resulta do encontro dos gametas, ou
seja, espermatozoide e óvulo, no caso dos animais. Do zigoto até a formação de um
organismo adulto ocorrem inúmeras divisões do tipo mitose. No entanto, para a
formação dos gametas, é necessário outro tipo de divisão celular, chamada meiose, na
qual o número de cromossomos é reduzido pela metade, uma vez que, para manter
o número cromossômico da espécie, é necessário que os gametas contenham metade
do número de cromossomos presentes nas outras células.
A redução dos cromossomos é decorrente de uma única duplicação cro-
mossômica e, depois, duas divisões nucleares sucessivas, a meiose I e a meiose II. Ao
final, uma célula diploide ou 2n (com dois lotes cromossômicos) produzirá quatro
células haploides ou n (com um lote cromossômico único).
Figura 45: Esquema com as principais etapas da meiose: A: duplicação do material genético;
B: meiose I; C: meiose II. Observe que a meiose origina quatro células-filhas (que podem ser
os gametas).
Fonte:<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:MajorEventsInMeiosis_variant_int.svg>. Acesso em: 10 out. 2016.
Principais Eventos
cos. De todos os elementos químicos conhecidos (mais de 100), apenas 19 são essen-
ciais para todas as células.
Em torno de 98% da massa total da célula são constituídas por seis não
metais: Carbono, Hidrogênio, Oxigênio, Nitrogênio, Fósforo e Enxofre.
Os seres vivos são compostos quimicamente por compostos orgânicos
(compostos de carbono: glicídios, lipídios, proteínas, vitaminas e ácidos nucleicos) e
inorgânicos (compostos de carbono com origem mineral e pelos demais elementos
como: água e sais minerais). A relativa quantidade desses compostos pode variar de
um organismo para outro. A Tabela 4 apresenta alguns dos principais minerais e suas
respectivas funções.
A água é o principal componente da matéria viva e apresenta papel funda-
mental na configuração e propriedades biológicas de macromoléculas, estando pre-
sente em 83% dos músculos, 48% dos ossos e 12% da dentina (encontrada nos den-
tes). Quanto mais água tem um tecido, maior a sua taxa metabólica, e quanto maior
a idade de uma célula, menos água ela tem. A taxa de água também varia de espécie
para espécie, por exemplo, 70% da massa corporal humana e 80% nos moluscos.
Os sais minerais estão essencialmente presentes na rotina bioquímica da
célula, sendo importantes para a regulação osmótica, distribuição elétrica, equilíbrio
ácido-base, ativação de enzimas e formação de estruturas esqueléticas. São encontra-
dos na matéria viva dissociados, ou seja, na forma iônica, e também não dissociados,
cristalina ou compondo moléculas orgânicas.
Com relação à forma iônica, podemos citar sódio, potássio e cloro (Na+,
K+ e Cl-), cujas concentrações são de extrema importância para a manutenção do
equilíbrio osmótico. Com o aumento desses íons no interior da célula, ela ganha
água, se diminuir ela perde.
Cada estrutura celular e cada tipo de célula apresenta um pH ideal, não
sendo possíveis grandes variações. Desta forma, a concentração de H+ é essencial
para manutenção do metabolismo celular.
Figura 26: Esquema representativo dos tipos de estrutura de proteína. A-) Estrutura primá-
ria; B-) Estrutura secundária; C-) Estrutura terciária; D-) Estrutura quaternária
Fonte: <https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQXXXcAqr8ckH03NZ3eTmfbQm TeRl5mH-
GYbovGEMs6QeLE7sVZnGA>. Acesso em: 17 set. 2015.
As proteínas ainda podem ser classificadas como simples, quando são for-
madas apenas por aminoácidos, por exemplo: as histonas e albuminas; ou como
conjugadas, quando, além dos aminoácidos, apresentam um grupo prostético, por
exemplo: as lipoproteínas, que é a junção de aminoácidos mais lipídios.
As principais funções das proteínas são: a estrutural, como o colágeno; a
hormonal, como a insulina; a de defesa, como os anticorpos; a energética, biocata-
lizadoras, como as enzimas; a de movimento, como actina e miosina; e a de reserva,
como a albumina.
Com relação aos compostos orgânicos, podemos ainda citar os ácidos nu-
cleicos, o DNA (ácido desoxirribonucleico) e o RNA (ácido ribonucleico), que são
biopolímeros cujos monômeros são os nucleotídeos. Os nucleotídeos são compostos
por um radical fosfato, uma pentose e uma base nitrogenada.
O DNA é o material genético informacional de cada indivíduo, o qual
armazena toda informação genética nas sequências definidas de nucleotídeos. Já o
RNA está envolvido diretamente no processo de síntese protéica.
5.2 Fotossíntese
Processo que consiste na síntese de substâncias orgânicas a partir de CO2
e energia luminosa.
A energia é absorvida por pigmentos (como clorofila, licopeno, carotenos e
ficobilinas) que possibilitam sua transformação em energia química na forma de ATP
(Adenosina trifosfato), molécula responsável pelo armazenamento de energia, e de
NADPH, coenzima importante. Esses produtos originam-se da reação da energia solar
com a clorofila das folhas. Essas moléculas são usadas na geração de carboidratos e
outros componentes orgânicos a partir de CO2 e H2O. Os pigmentos absorvem de-
terminados comprimentos de onda, refletindo os demais, isso caracteriza sua cor. Os
principais pigmentos são: as ficobilinas, as clorofilas (a, b e c) e os carotenóides.
A folha é responsável pela fotossíntese, apresentando grande superfície
para aumentar a captação de luz e pequena espessura, o que permite a passagem de
luz. A folha é formada por:
• Epiderme com estômatos, para todas as trocas gasosas, e a cutícula, que é uma
película que impede a excessiva perda de água por transpiração.
• Tecidos vasculares: xilema (lenho), que vai até a folha conduzindo água, mi-
nerais, que são absorvidos no solo; e floema (líber), que transporta os açúcares
produzidos na fotossíntese para outras partes da planta.
• Parênquimas clorofilianos, que apresentam células ricas em cloroplastos, nas
quais são realizados todos os fenômenos da fotossíntese.
A fotossíntese pode ser luminosa ou fotoquímica (ocorrendo nas lame-
las e grana do cloroplasto) e química, escura ou enzimática (ocorrendo na matriz
ou estroma do cloroplasto). Observe a Figura 27, ilustrando o cloroplasto e seus
compartimentos.
Na fase fotoquímica (fase clara, ver Figura 28), a qual ocorre somente na
presença de luz, o processo depende de pigmentos, moléculas capazes de absorver
a luz visível. Na fotossíntese, os principais tipos de pigmentos envolvidos são as
clorofilas.
Em princípio, a energia luminosa é absorvida pelas moléculas de clorofila
e isso fará com que os seus elétrons sejam excitados. Elétrons excitados tornam-se
instáveis e serão transferidos para bombas de íons H+, localizadas nas membranas
dos tilacóides.
Figura 29: A luz incide sobre as clorofilas de ambos os fotossistemas e em ambos os casos
ocorre a liberação de elétrons de alta energia
Fonte: <http://2.bp.blogspot.com/-T-MVONMuscE/T8otdrTP8_I/AAAAAAAABO4/G1SLOsByfV8/ s1600/
CTE+da+fotoss%25C3%25ADntese.gif>. Acesso em: 17 set. 2015.
turbina acoplada que pode girar e fosforilar ADP para formar ATP, graças à energia
fornecida pela passagem dos íons H+ através dela, conforme Figura 30.
Cada glicose gera duas moléculas de piruvato. Para cada molécula de gli-
cose, nessa etapa, são liberados dois CO2, restando apenas quatro átomos de carbono
da molécula inicial. Posteriormente, acetil-CoA entra na série de reações do ciclo de
Krebs:
molecular é movida pela passagem dos íons H+ e o movimento gera uma energia,
que é necessária para que ela atue como enzima e realize a catálise da fosforilação das
moléculas de ADP em ATP (Figura 32).
Figura 34: Comparação da estrutura dos dois tipos de ácidos nucleicos presentes nos seres
vivos: o DNA e o RNA. O RNA tem uma única fita, e as bases nitrogenadas se distribuem
individualmente ao longo da cadeia formada por pentose (ribose) e fosfato. O DNA tem fita
dupla, e as bases se distribuem em pares complementares, sempre pareando citosina com
guanina (C-G) e timina com adenina (T-A). Observe que a base uracila só está presente no
RNA e a base timina só está presente no DNA.
Fonte: adaptado de <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Difference_DNA_RNA-EN.svg>. Acesso em: 10
out. 2016.
Figura 35: Esquema da localização do DNA em célula eucariótica que, enovelado com prote-
ínas histonas, forma os cromossomos localizados no interior do núcleo da célula.
Fonte: adaptado de <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Eukaryote_DNA-en.svg>. Acesso em: 10 out. 2016.
Figura 36: Esquema que representa uma molécula de DNA duplicada. As fitas do DNA ori-
ginal são representadas em cor roxa, enquanto a fita nova possui cor alaranjada. Observe que
toda molécula formada na replicação do DNA conserva uma fita original.
Fonte: <https://www.flickr.com/photos/genomicseducation/13081032424>. Acesso em: 10 out. 2016.
Figura 37: Esquema da duplicação do DNA. A dupla hélice se desfaz e as duas fitas se despren-
dem gradualmente uma da outra, formando uma “forquilha” de duplicação. As fitas do DNA
original tornam-se fitas-molde para a associação de nucleotídeos livres. Cada fita origina uma
nova molécula de DNA.
Fonte: adaptado de <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:0323_DNA_Replication.jpg>. Acesso em: 10 out. 2016.
Figura 38: Esquema da transcrição gênica. A fita-molde é transcrita e origina uma fita de
RNA complementar à fita de DNA.
Fonte: adaptado de <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:DNA_transcription.svg>. Acesso em: 10 out.
2016.
Figura 39: Esquema que representa um RNAm contendo várias trincas de bases, ou códons,
que podem codificar aminoácidos (códons de 1-6 na figura), códons de iniciação e de parada
(códon 7 da figura)
Fonte: adaptado de <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:RNA-codons-aminoacids.svg>. Acesso em: 10 out.
2016.
sequência determinada pelo RNAm. Os aminoácidos trazidos ao sítio A por RNAt são con-
tinuamente transferidos à cadeia de alongamento localizada no sítio P.
Fonte: adaptado de <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ribossomo_tradu%C3%A7%C3%A3o_mRNA.
svg>. Acesso em: 10 out. 2016.
Na fase de terminação, o sítio A, posicionado em um códon de terminação
do RNAm (que pode ser UAA, UAG ou UGA), é ocupado por proteínas do citoplas-
ma, encerrando a síntese da molécula polipeptídica. Terminada a formação da cadeia
polipeptídica (ou da proteína), a mesma é liberada, e o complexo RNAm-ribossomo
se desfaz.
Se a síntese proteica for realizada em ribossomos livres no citosol, a cadeia
polipeptídica formada é liberada no próprio citoplasma, onde serão utilizadas; se a
síntese ocorrer no retículo endoplasmático granuloso, a proteína é liberada no inte-
rior do retículo e pode ser secretada via complexo de golgi e vesículas secretoras. As
proteínas formadas no retículo podem ainda atuar em lisossomos e vacúolos.
As proteínas formadas na tradução podem ter alterações pós-traducionais
ao sofrer modificações ou perdas de aminoácidos, ao realizar dobras que originam es-
truturas proteicas complexas (como a secundária e a terciária) e ao receber carboidra-
tos que se associam. Tais alterações, somadas às combinações de diferentes sequências
de éxons (regiões codificantes do DNA) na transcrição (síntese do RNA), originam
muitos tipos de proteínas.
Os íntrons também são muito importantes no contexto da coordenação
dos produtos da célula, visto que muitos deles participam da regulação da expressão
dos genes, estimulando ou inibindo a expressão. Isso explica porque cada tipo de
célula (neurônio, hepatócito, leucócitos, etc.) tem morfologia e fisiologia distintas,
mesmo possuindo as mesmas sequências de DNA. Ou seja, as células de um organis-
mo possuem o mesmo material genético, mas cada tipo de célula tem uma porção de
genes ativos, enquanto os demais genes podem estar ativos em outros tipos celulares.
seria a leucina. Assim, por ser degenerado, o código genético permite mutações que
não têm efeito na expressão gênica. No entanto outras mutações podem alterar o
aminoácido codificado e as consequências podem ser neutras, prejudiciais ou bené-
ficas ao portador.
Mutações cromossômicas: podem ser numéricas ou estruturais. As mu-
tações cromossômicas numéricas alteram o número de cromossomos de uma célula
e podem ser classificadas em
6.5 Células-Tronco
As células-tronco surgem através da fecundação do óvulo pelo esperma-
tozoide e formação do zigoto, que sofre mitoses, gerando várias células, que irão se
diferenciar gerando os folhetos germinativos, responsáveis por dar origem a todos os
órgãos e tecidos do organismo. O zigoto, ao sofrer mitoses, origina as células-tronco,
que apresentam capacidade de autorrenovação e diferenciação em diversas categorias
de células, podendo também se dividir e se transformar em outros tipos de células.
Esse tipo de célula pode ser programado para desenvolver funções específicas, pois
não possuem ainda nenhuma especialização.
A Figura 41 exemplifica a capacidade das células-tronco.
com altas taxas de dengue. Nestas áreas competem com os machos não modificados
pelas fêmeas, fecundando-as. Como sua prole não sobreviverá até a fase adulta, as
próximas gerações de mosquitos vão ficando comprometidas.
Os seres vivos que são formados por apenas uma célula recebem o nome
de unicelulares. Nesse grupo temos, por exemplo, as bactérias e os protozoários. Os
seres vivos que são formados muitas células são chamados de multicelulares ou plu-
ricelulares. Os seres humanos, assim como os outros animais, as plantas e os fungos
são pluricelulares.
Figura 44: Esquemas de vírus com nucleocapsídeo não envelopado e de vírus envelopado
Fonte: Adaptado de <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Non-enveloped_icosahedral_virus.svg>; Adaptado
de <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Enveloped_icosahedral_virus.svg>. Acesso em: 10 out. 2016.
Alguns vírus têm estrutura mais complexa, como os bacteriófagos – vírus
que infectam bactérias.
Figura 45: Esquema de um vírus bacteriófago (que infecta bactérias) e microscopia eletrônica
de um bacteriófago
Fonte: Adaptado de <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Head-tail_phage.svg>, <https://commons.wikime-
dia.org/wiki/File:Phage_S-PM2.png>. Acesso em: 10 out. 2016.
Figura 46: Vírus bacteriófago injetando material genético no interior da célula bacteriana
Fonte: Adaptado de <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Prophage-ar.JPG->. Acesso em: 10 out. 2016.
No ciclo lisogênico, o DNA viral injetado é incorporado ao DNA original
da célula bacteriana. Sendo assim, as bactérias descendentes recebem o DNA viral
(denominado profago). Após várias gerações de bactérias, um ciclo lítico pode ser
iniciado e o profago passa a ser transcrito em RNAm, que irá comandar a síntese de
proteínas virais. Os componentes sintetizados por ação do profago formarão novos
vírus, que causam um rompimento da célula e os expõem ao ambiente externo, onde
irão infectar novas células. O ciclo lítico, portanto, é um ciclo que implica a morte da
célula hospedeira. A exposição de vírus ao ambiente externo permite novas invasões
virais em outras células.
Aids
O vírus HIV, causador da Aids (síndrome da imunodeficiência adqui-
rida), foi espalhado pelo mundo principalmente devido às migrações, às relações
sexuais desprotegidas, ao uso de drogas injetáveis e à transfusão de sangue. O vírus
HIV é envelopado, formado por moléculas de RNA e algumas enzimas (transcriptase
reversa, integrase e protease). A especificidade das moléculas externas do vírus HIV
lhe confere afinidade com células de defesa, ou seja, células que atuam no sistema
imunológico, mais especificamente o linfócito T auxiliador (CD4). Por ser envelo-
pado, o vírus tem facilidade de penetrar na célula, pois sua membrana fusiona-se à
membrana do linfócito, e o material genético viral, após a degradação do capsídeo,
fica exposto no citoplasma. A enzima transcriptase reversa sintetiza, a partir do
RNA viral, um trecho de DNA. A enzima integrase proporciona a integração do
DNA viral ao DNA do linfócito. Toda célula-filha de linfócito originada de uma
divisão celular passa a receber o DNA viral incorporado, fazendo com que a infec-
ção, uma vez ocorrida, seja permanente. Após sair de um estágio de latência, o DNA
viral passará a comandar a síntese de proteínas virais. A enzima protease promove a
organização final das proteínas para originar o capsídeo e as enzimas constituintes do
HIV, e, após organizar-se, o vírus se desprende do linfócito levando consigo parte da
membrana plasmática da célula hospedeira (continua envelopado). Devido à produ-
ção de DNA a partir de RNA, o vírus HIV é denominado retrovírus, uma vez que
inverte a ordem normal da transcrição de RNA (DNA → RNA).
O vírus não produz sintomas no início da infecção, podendo levar até dez
anos para produzir os primeiros sintomas. Mesmo nesse estágio de latência, o por-
tador já pode transmitir o vírus. Devido à destruição de linfócitos T auxiliadores, o
sistema imunológico se torna muito debilitado, e um portador de HIV pode não ser
capaz de responder a infecções comuns que passam a se manifestar de forma muito
mais grave. São as chamadas infecções oportunistas, que se manifestam em condi-
ções de baixa imunidade.
A transmissão do vírus ocorre a partir de portadores do HIV que tenham
contato sexual sem preservativo, por transfusão sanguínea, por órgãos transplanta-
dos, pelo uso de materiais cirúrgicos não esterilizados, de mãe para filho (no parto),
na amamentação e por sêmen contaminado pelo HIV. Para prevenir a contaminação,
indicam-se: (a) o uso de preservativo em relações sexuais; (b) uso de objetos médicos
esterilizados ou descartáveis; (c) e orientação para que as mães conheçam os riscos
envolvidos no parto e na amamentação.
Gripe e resfriado
Também chamada de Influenza, a gripe é causada por diferentes vírus do
gênero Influenzavirus. Os vírus da gripe sofrem mutações frequentemente, o que
torna a vacina da gripe limitada a um período de tempo. Por isso a vacina é tomada
anualmente, para que possa prevenir as doenças causadas pelos novos vírus que so-
freram mutações recentes. A transmissão do vírus da gripe ocorre por secreções que
se espalham pelo ar.
A gripe aviária (gripe do frango) é causada pelo vírus H5N1, que in-
fecta principalmente as aves, mas também pode infectar o homem. A transmissão
inicial ocorre pelo contato com aves em criadouros, no abate ou manuseio de aves
infectadas.
Figura 49: Fêmea do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue e da febre amarela, alimentan-
do-se de sangue humano. O mosquito é escuro e tem manchas brancas no corpo e nas pernas.
Fonte: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Aedes_aegypti_during_blood_meal.jpg>. Acesso em: 10 out. 2016.
A catapora (ou varicela) também é uma virose que causa feridas na pele,
que desaparecem em alguns dias, sendo mais frequente na infância. É transmitida
por vias respiratórias e o vírus se mantém em latência por duas semanas até que as
primeiras feridas apareçam. O mesmo vírus causador da catapora pode originar o
herpes zoster (ou cobreiro), pois, apesar de tornar o organismo imune, ao final da
catapora não há destruição do vírus. Em períodos de estresse ou queda de imunidade,
o vírus pode reincidir na pele por meio de nervos e provocar bolhas cheias de líquido
e dores intensas. O contato com as lesões da pele pode originar catapora em uma pes-
soa que não seja imune (que nunca teve catapora); posteriormente, em um período
de queda de imunidade, também poderá desenvolver herpes zoster.
Há outros tipos de herpes causados por outros vírus. O herpes se manifesta
em vesículas na pele contendo líquido. É muito frequente nos lábios (herpes sim-
ples) e em regiões genitais (herpes genital). Embora alguns medicamentos reduzam
os sintomas, uma vez infectado, não há cura. A transmissão ocorre por meio do con-
tato direto com a região de vesículas formadas na pele.
O HPV, uma DST (doença sexualmente transmissível), é manifestado na
forma de verrugas na região genital e é causado pelo papilomavírus ou vírus HPV.
Pode originar câncer no pênis ou no colo do útero. Atualmente, há vacinação dispo-
nível com distribuição gratuita para mulheres adolescentes.
A rubéola é uma virose manifestada por manchas vermelhas na pele, febre
e inchaço de gânglios. A transmissão ocorre por contato com secreções nasais e go-
tículas de saliva.
A poliomielite (paralisia infantil) é caracterizada por sintomas, como
febre e mal-estar, e pode (ou não) originar paralisia e morte quando o vírus ataca a
medula. A transmissão ocorre através da água, alimentos, saliva ou fezes contamina-
dos. Atualmente, há vacinação, e a doença está praticamente erradicada.
A varíola também é uma doença viral que produz feridas na pele e é trans-
mitida por saliva e objetos contaminados com o vírus. Atualmente, há vacinação.
8.1.2 Reprodução
As bactérias reproduzem-se por bipartição ou cissiparidade (reprodução
assexuada – uma célula se divide em duas). Diferente de outros organismos, algumas
espécies de bactérias podem realizar transferência de material genético entre si. A
Aspiração do ar contaminado;
Streptococcus pneu- Alimentação e sono adequa-
Pneumonia contato com secreções contami-
moniae dos.
nadas.
Evitar, principalmente, a
ingestão de alimentos em
Botulismo Clostridium botulinum Alimentos contaminados
conserva com embalagem
danificada.
8.2.2 Reprodução
A reprodução da maioria dos protozoários é assexuada, um se divide em
cópias dele mesmo. Algumas espécies possuem reprodução sexuada. Algumas espé-
cies também são capazes de produzir esporos.
Doença do sono Trypanosoma gambiensis Picada da mosca tsé-tsé Eliminação da mosca vetor
8.3 Fungos
Os fungos são eucariontes e podem ser unicelulares (leveduras) ou multice-
lulares. Suas células possuem parede celular composta por quitina. São heterótrofos e
se alimentam por absorção (digestão extracorpórea). Eles podem se desenvolver em
vários ambientes e até mesmo no corpo de outros seres vivos. Alguns exemplos de
fungos estão representados na Figura 48.
8.3.2 Reprodução
A reprodução dos fungos pode ser sexuada ou assexuada. Nos fungos uni-
celulares (leveduras), a reprodução é assexuada por brotamento. Nos fungos multice-
lulares, pode ocorrer reprodução sexuada ou assexuada.
8.4 Plantas
As plantas ocupam praticamente todos os ambientes, exceto o topo de
algumas montanhas, alguns locais polares e alguns desertos. As plantas evoluíram a
partir de algas verdes, por isso há muitas características compartilhadas entre plantas
e algumas algas, como: multicelularidade, célula eucariótica, fotossíntese, parede ce-
lular celulósica e cloroplastos com clorofilas a e b. A passagem do ambiente aquático
das algas para o ambiente terrestre da maioria das plantas se deu, principalmente,
devido à proteção contra a dessecação existente no zigoto das algas ancestrais das
plantas. Distinguir plantas e algas verdes é um desafio para os biólogos e ainda não
há consenso sobre incluir ou não algas verdes no Reino Plantae. Normalmente, são
consideradas plantas as denominadas “embriófitas”, ou seja, aquelas que apresentam
embrião, que será a concepção adotada aqui. As plantas são comumente divididas em
quatro grupos: briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.
Briófitas são plantas herbáceas (ou seja, não são lenhosas, uma vez que não produzem
madeira como tecido de suporte) subdivididas em três grupos principais: hepáticas,
antóceros e musgos.
Grupos de Briófitas
Musgo Hepática Antócero
Figura 56. Tendências evolutivas observadas no Reino Plantae originado a partir de um ances-
tral de algas verdes. Para interpretar uma representação como essa (um esquema simplificado
de cladograma), basta fazer uma leitura da esquerda para a direita. Os pontos que surgem
na linha diagonal representam características compartilhadas por todos os grupos que estão
situados à direita de cada ponto.
Fonte: elaborada pela autora.
alternânCia de Gerações
Plantas apresentam uma característica peculiar quanto à ploidia (número
de cromossomos presente no núcleo de uma célula) dos indivíduos: há indivíduos
formados por células diploides (esporófito), mas também há indivíduos com célu-
las haploides (gametófito). As gerações se alternam entre haploides e diploides, o
que é denominado alternância de gerações, uma característica presente em todas as
plantas. O estágio diploide é denominado esporófito, que, por meiose, produz cé-
lulas haploides denominadas esporos. Um esporo não precisa se fusionar com outra
célula para originar um organismo; assim, ao encontrar substrato favorável, germi-
na, originando (por mitoses) um organismo haploide denominado gametófito. O
gametófito origina gametas por mitose. Dois gametas (masculino e feminino) se
unem, originando células diploides que, por mitose, darão origem a um esporófito,
reiniciando o ciclo.
Figura 57. O gametófito (fase dominante) de um musgo fica localizado abaixo do esporófito
(fase efêmera). Quando o gameta masculino, produzido no ápice de um gametófito, encon-
tra o ápice de outro gametófito que possui arquegônio, ocorre a fecundação (anterozoide +
oosfera), e um zigoto é retido no arquegônio. O zigoto germina, originando um esporófito,
que fica fisicamente unido ao gametófito. O esporófito produzirá esporos que, ao encontrar
substrato úmido, germinam, originando um novo gametófito.
Fonte: adaptado de <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Asexual_reproduction_moss_svg_diagram_PL.svg>.
8.4.1.2 Pteridófitas
Samambaias, cavalinhas e psilotum são exemplos de pteridófitas. Trata-se
de plantas com folhas, caule e raízes verdadeiras. Há tecido vascular, e a reprodução
ocorre por meio de esporos (não há semente, flor ou fruto).
Samambaias Cavalinhas Psilotum
Tem caule horizontal, que origina folhas O caule articulado é o prin-
O caule se ramifica em
chamadas fondes, que são subdivididas em cipal órgão fotossintetizante,
duplas (ramificação dico-
pinas. O crescimento da folha ocorre pelo e as folhas podem ramificar
tômica).
desenrolamento do báculo. do eixo central.
Figura 58. (A) Gametófito (protalo) de uma samambaia com um jovem esporófito germinan-
do (destacado na seta). (B) Folha jovem de uma samambaia, comumente chamada de báculo
(devido à semelhança com o báculo dos bispos). (C) Soros de uma folha de samambaia.
Fonte:<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Onoclea_sensibilis_3_crop.JPG>;<https://en.wikipedia.org/wiki/
Fern#/media/File:Athyrium_filix-femina.jpg>;<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Fern-frond-sori.jpg>.
Figura 59. Representação do ciclo reprodutivo das pteridófitas. As samambaias são esporófitos
(2n) produtores de esporos (n). Os esporângios localizados abaixo das folhas (nos soros) produ-
zem, por meiose, esporos haploides que germinam ao encontrar substrato favorável. O indivíduo
originado é haploide, um gametófito (o protalo). Os gametas serão formados nos gametângios do
gametófito cordiforme (em formato de coração): os anterozoides (n) serão formados no anterídio
e se deslocarão até a oosfera, situada no interior de arquegônios no gametófito. A fecundação ori-
gina o zigoto (2n), e este, ao germinar, produz um esporófito, que se mantém inicialmente ligado
ao gametófito. O esporófito cresce e produz esporos, reiniciando o ciclo. Após o crescimento do
esporófito, já não será mais possível encontrar o gametófito que lhe deu origem.
Fonte: adaptado de <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Life_Cycle_of_the_Fern.jpg>.
Esporos Sementes
8.4.1.3 GiMnosPerMas
As coníferas constituem o maior grupo das gimnospermas e incluem os
pinheiros e outras árvores enormes, como a sequoia. Além dos pinheiros, também
outras plantas constituem o grupo das gimnospermas, como as cicas (que possuem
folhas parecidas com palmeiras), o Ginkgo biloba (com folhas flabeliformes – forma
de leque) e as gnetófitas.
Fonte: https://
Fonte: https://openclipart.
openclipart.org/ Fonte: https://openclipart.org/ Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cur-
org/detail/179837/ginkgo-
detail/140917/ detail/188428/cycas tis%27s_botanical_magazine_(8272606272).jpg
-biloba-leaf
spruce
Fonte: https://com-
Fonte: https://commons. Fonte: https://commons.
mons.wikimedia.
wikimedia.org/wiki/File:S- wikimedia.org/wiki/ Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/Fi-
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tarr_020630-0042_Cycas_re- Ginkgo_biloba#/media/ le:Welwitschia_mirabilis_S%26J5.jpg
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voluta.jpg File:Ginkgo_Stamm.jpg
dia_0463.jpg
Fonte: Elaborada pela autora.
Figura 60. (A, B e C) Árvores da espécie Sequoia sempervirens, coníferas normalmente encon-
tradas na Califórnia. Algumas atingem a altura de 110 metros.
Fonte:https://commons.wikimedia.org/wiki/File:A_thousand_year_old_redwood_tree_2013-04-9_22-54.jpg, ht-
tps://commons.wikimedia.org/wiki/File:Looking_up_MG_2117.jpg, https://commons.wikimedia.org/wiki/Cate-
gory:Sequoia_sempervirens#/media/File:Williams_Grove_-_Humboldt_Redwoods_State_Park_-_DSC02396.JPG
Figura 61. (A) Gimnospermas da espécie Cycas revoluta. (B e C) Estruturas reprodutivas das
cicas: (B) estruturas femininas e (C) estruturas masculinas.
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cycas_revoluta_(2).JPG?uselang=pt-br, https://commons.wiki-
media.org/wiki/File:Starr_080716-9526_Cycas_revoluta.jpg
Figura 62. Folhas aciculadas da espécie Pinus contorta e cone reprodutivo (estróbilo).
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pinus_contorta_37636.JPG
Figura 63: (A) representação do pinhão (semente de pinheiro), (B) representação de cone fe-
minino e cones masculinos (no topo dos ramos), (C) representação do cone feminino aberto.
Fonte: https://openclipart.org/detail/5066/pine-seed, https://openclipart.org/detail/173819/fir-branch-with-cones,
https://openclipart.org/detail/245396/cone-coloured
Imagem 64: (A) Cone ovulado (estróbilo feminino), (B) cone polínico (estróbilo masculino)
de plantas do gênero Pinus.
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pine_cone_with_nuts.jpg, https://commons.wikimedia.org/wiki/
File:Pine_cone_crop_bgiu.jpg
de número em progressão geométrica, passam por uma forte luta pela sobrevivência
em algum momento das suas vidas, idade, época ou ano (o que também não pode
ser contestado); então, considerando a infinita complexidade de relações que existe
entre todos os seres vivos, e entre cada um deles e as suas condições de vida, relações
essas que conduzem a uma infinita diversidade de estrutura, constituição e hábitos
que lhes é vantajosa, então, dizíamos, seria um facto deveras extraordinário se jamais
tivesse havido uma variação útil para o bem-estar de cada ser vivo, quando são tantas
as variações que ocorreram e são proveitosas para homem. Mas se considerarmos que
alguma vez surgiram num organismo variações que lhe são benéficas, então temos de
aceitar que esse organismo tem. Mais hipóteses de vencer a luta pela sobrevivência
e de ser preservado. E, devido ao forte princípio da hereditariedade, esse organismo
tenderá a produzir descendentes semelhantes, transmitindo-lhes os caracteres que lhe
deram vantagem. A este princípio de conservação dos caracteres, ou da sobrevivência
do mais apto, dei o nome de selecção natural. (DARWIN, 2009, p. 121, grifo nosso).
Esta crítica tinha como propositor o biólogo inglês St. George Jackson
Mivart (1827-1900). Os biólogos que aceitavam as críticas buscavam contorná-las,
aceitando a teoria dos caracteres adquiridos de Lamarck, também aceita por Darwin.
No final do século XIX, a teoria da herança dos caracteres adquiridos foi colocada em
dúvida por fortes argumentos teóricos e experimentos realizados pelo biólogo alemão
Friedrich Leopold August Weismann (1834 – 1914). Essas discussões colocaram em
dúvida a teoria de Darwin. O historiador da ciência Nils Erik Nordenskiöld (1872 –
1933), em seu livro História da biologia, publicado originalmente no início da década
de 1920, resume a discussão em torno da teoria de Darwin:
Todo esse problema da evolução é, naturalmente, envolvente e sua discussão deve,
até em nosso próprio tempo, chegar a uma série de perguntas sem respostas. Antes
de tudo, a seleção não opera sob a forma imaginada por Darwin, mas, certamente,
deve ser considerada como provada. Mas afinal, ela realmente existe? (NOR-
DENSKIÖLD, 1933, p. 616, grifo nosso).
e se reproduzir mais que outros indivíduos. Por causa desses e outros elementos evolu-
tivos, a composição gênica de uma população vai se alterando com o passar do tempo.
Vimos algumas hipóteses científicas para entender a origem da vida. Não
sabemos como a primeira célula surgiu e se desenvolveu até se tornar organismos
complexos. Hoje, sabemos que todos os organismos possuem uma composição gê-
nica. Esta composição pode ser alterada por mutações e outros mecanismos que
acontecem ao acaso. Vale ressaltar que todos os novos genes e novas informações,
numa população, surgem por meio da mutação e recombinação. A maior parte dessas
mutações é neutra. Uma pequena parte é deletéria. A seleção natural diminui com as
mutações deletérias, mas não as elimina. A seleção natural atua no indivíduo como
um todo, e não apenas em uma característica. Embora possa haver uma mutação
deletéria, o conjunto de características da espécie pode favorecer a adaptação.
Órgãos vestigiais
São estruturas atrofiadas que não apresentam funções vitais ao organismo.
A presença deles indica que um ancestral já possuiu essa estrutura em versões mais
desenvolvidas. O apêndice vermiforme humano é um órgão vestigial, originado do
ceco de nossos ancestrais herbívoros. Em ancestrais herbívoros, o ceco era grande e
auxiliava na digestão de celulose, porém nós não temos mais a capacidade de digerir
celulose, e o apêndice vermiforme não tem uma função vital no organismo humano.
12 Ecologia
A vida na terra - A Biosfera é a camada superficial do planeta Terra onde
existe vida. A Biosfera recobre três compartimentos da Terra: atmosfera (camada ga-
sosa que envolve a Terra); hidrosfera (camada de água que envolve a Terra, oceanos,
lagos e rios); litosfera (camada sólida da Terra, continentes). Como visto anterior-
mente, os seres vivos que compõem a Biosfera são organizados em DNA, células,
tecidos, órgãos e sistemas. Todos os seres vivos (organismos) têm dois tipos de neces-
sidades básicas: necessidades de vida vegetativa – para manter-se vivo – nutrição e
necessidades de vida reprodutiva – para manter a espécie viva – reprodução. Neste
capítulo, iremos estudar aspectos da vida dos seres vivos que envolvem suas neces-
sidades básicas por meio da Ecologia, uma ciência que estuda as relações dos seres
vivos entre si e com os componentes abióticos do ambiente.
12.1 Nutrição
Os seres vivos necessitam de alimentos inorgânicos e orgânicos.
Alimento é toda substância ingerida por um ser vivo para obtenção de
energia, crescimento e reposição de células mortas. Biomassa: massa orgânica que
forma os seres vivos.
Os alimentos inorgânicos são representados principalmente pela água e sais
minerais. Podem ser obtidos diretamente do ambiente não vivo (meio abiótico) ou
alimentando-se de outro ser vivo. O alimento orgânico é formado de moléculas mais
complexas, principalmente de glicídios ou acúcares, proteínas e lipídios ou gorduras.
Os seres vivos podem ser classificados de acordo com a obtenção de ali-
mento orgânico:
Autótrofos – sintetizam seu próprio alimento – representados principal-
mente pelas plantas verdes que sintetizam matéria orgânica através da fotossíntese.
Heterótrofos – obtêm a matéria orgânica alimentando-se de outros se-
res vivos – representados principalmente pelos animais, plantas parasitas, fungos e
bactérias.
A principal fonte de energia para a fotossíntese é o sol. As plantas captam
a energia radiante do sol, o que nós chamamos de luz. A matéria orgânica sinte-
tizada armazena uma forma de energia potencial denominada energia química. A
fotossíntese feita pelos autótrofos sintetiza a matéria orgânica.
Figura 216: Esquema para a produção de açucares por meio da energia radiante
Fonte: Esquema do autor.
Energia potencial é a energia que um corpo ou substância possui armazenada quando se encontra
numa determinada posição e que pode ser liberada transformando-se em outro tipo de energia.
Energia química é um tipo de energia potencial, liberada durante uma modificação química.
Exemplo: uma porção de batatas tem energia química, pois, quando ingeridas por um animal, as
moléculas orgânicas que a formam, ao serem metabolizadas, fornecerão energia para a realização de
várias funções do seu organismo.
Metabolismo é o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos
organismos vivos.
Fonte: Elaborada pelo autor.
é uma ciência que estuda as relações dos seres vivos entre si e com os componentes
abióticos do ambiente.
Quando temos interesse em estudar as relações ecológicas em um deter-
minado local onde existem componentes bióticos e abióticos interagindo, estamos
estudando um Ecossistema. É possível definir ecossistema de várias maneiras.
Ecossistema é o conjunto de organismos juntos incluindo seus ambientes
físicos e químicos. (RICKLEFS, 2003, p. 483, grifo nosso).
Ecossistema é a comunidade biótica junto com o ambiente abiótico em que
ela está estabelecida. (BEGON; TOWNSEND; HARPER, 2007, p. 499, grifo nosso).
No estudo de um ecossistema terrestre, por exemplo, conhecemos a adap-
tação dos seres vivos daquele local às variações de umidade, temperatura e luminosi-
dade. Da mesma forma, em ecossistemas aquáticos, estudamos a adaptação dos seres
vivos à pressão, salinidade, turbidez e velocidade da água. A presença da luz é um
importante fator abiótico em todos os ecossistemas. Dela depende a sua produtivi-
dade. Produtividade é a quantidade de matéria orgânica produzida pelos autótrofos
de um ecossistema, na unidade de tempo e espaço. Temos:
• Produtividade bruta é a quantidade total de matéria orgânica produzida pelos
autótrofos de um ecossistema, na unidade de tempo e espaço.
• Produtividade líquida é a produtividade bruta menos o que é gasto na respira-
ção dos seres vivos presentes no ecossistema.
a) A densidade populacional de uma espécie de peroba que ocupa uma reserva flo-
restal, sendo amostradas 840 árvores em 4 hectares. Lembrem-se: um hectare
(ha) possui 10.000m2.
b) A densidade de uma população de uma espécie de rã existente em um brejo, sen-
do que foram amostradas 30 rãs e o brejo tem 200m de comprimento por 40m
de largura. Lembrem-se, aqui vocês deverão calcular a área do brejo.
12.4.1.1 Predação
É a relação em que um consumidor (predador) mata e come outro ser vivo
(presa). Muitas vezes, é difícil distinguir um predador de um saprótrofo. Um urubu
é considerado um saprótrofo, pois se alimenta de cadáveres animais, muitas vezes ao
encontrar uma presa agonizante, não espera sua morte para se alimentar.
12.4.1.2 Parasitismo
O parasitismo ocorre quando um organismo (parasita) vive sobre ou no
interior de outro (parasitado), obtendo dele seu alimento. Essa interação não leva,
pelo menos a curto prazo, o parasitado à morte. Os organismos parasitados são cha-
mados também de hospedeiros.
Muitas vezes, as relações de parasitismo são duradouras, tais como uma es-
pécie de microrganismo da tuberculose, que penetra no organismo de um mamífero
e lá permanece por várias gerações. Em outros casos, uma espécie de inseto hemató-
fago (animais que se alimentam de sangue), tais como o Anopheles gambiae e o Aedes
aegypti , parasitam um mamífero apenas durante o tempo necessário para obter seu
alimento. Curiosamente, nesses dois insetos, transmissores dos vírus da malária e da
dengue, respectivamente, apenas as fêmeas são hematófagas.
Muitos casos de parasitismos são descritos para explicar várias doenças
contraídas pelo homem. Podemos citar, como exemplo, as micoses causadas por fun-
gos; as doenças causadas por vermes intestinais, tais como lombriga e tênia; e as do-
enças intestinais causadas por protozoários, como a ameba (Entamoeba histolytica).
12.4.2.2 Simbiose
Simbiose é uma associação entre dois indivíduos de espécies diferentes,
na qual um deles (simbionte) vive no interior do organismo do outro (hospedeiro).
Essa associação não ocorre necessariamente em casos de mutualismo, como as algas
e fungos, que formam os liquens. Muitas vezes, podem ocorrer casos de parasitas
simbiontes, tal como organismos que parasitam células dos hospedeiros. Portanto, a
simbiose pode ocorrer em interações harmônicas e desarmônicas.
Nem sempre é possível classificarmos um tipo de interação. Em muitos
casos de predação, frequentemente citados como casos de interação desarmônica ou
maléfica, verificamos que, dentro de uma comunidade, os predadores podem manter
a população de presas sob densidades compatíveis com a quantidade de alimento
para ela. Sem o predador, a população de presas aumentaria e não haveria recursos
alimentares para todos os indivíduos da população. Não haveria também a seleção
natural, em que os indivíduos mais doentes, velhos e incapazes seriam mais facilmen-
te predados, mantendo a população mais saudável.
Existem casos, dentro da comunidade, onde um ser vivo serve de hábitat
para o outro. Como exemplo, temos o epifitismo, em que algumas plantas vivem
sobre as outras, sem prejuízo ou benefício para a hospedeira (forófito).
Epifitismo são os casos em que algumas plantas pequenas vivem sobre
caules e ramos de vegetais maiores, tais como arbustos e, principalmente, árvores.
Essas plantas são conhecidas como epífitas e as plantas hospedeiras, como forófitos.
Nesta interação, a epífita não é parasita do forófito. No Brasil, os principais exemplos
de plantas epífitas são encontrados em florestas tropicais pluviais e são representados
tiva da menos apta àquelas condições. Tais etapas, denominadas estádios seriais, ou
estágios seriais, ou sere, vão se sucedendo até a comunidade adquirir características
estruturais próprias com espécies adaptadas àquela situação. Dizemos que a comuni-
dade se tornou madura ou em clímax.
Clímax é quando a comunidade expressa o máximo de desenvolvimento
possível sob as condições do local em que a sucessão ocorreu.
As dimensões finais da estrutura de uma comunidade em clímax são li-
mitadas, principalmente, por fatores ecológicos abióticos, tais como tipo de clima
ou solo. A partir do clímax, as mudanças continuam a ocorrer, porém são meno-
res, não alterando as características dominantes da comunidade. Por exemplo, sobre
uma rocha magmática recentemente formada pela solidificação da lava de um vulcão
ocorreria uma sucessão primária, sendo a comunidade pioneira formada por espécies
de liquens, musgos, alguns pequenos insetos. Posteriormente, chegariam espécies de
ervas, pequenos arbustos, algumas aves e lagartos, e a comunidade teria a fisionomia
de um campo. Nas etapas seguintes, a comunidade já com aspecto savânico seria for-
mada por espécies de árvores, pequenos mamíferos, aves, répteis e anfíbios. Em sua
fase madura ou em clímax, a fisionomia seria florestal, com todas as espécies com seu
nicho ecológico já definido. A partir daí, muitas mudanças ocorreriam a cada clareira
que se forma, a partir de uma árvore que morreu, por exemplo. No entanto, essas
clareiras se recuperariam através de processos de cicatrização e voltariam a recompor
a fisionomia florestal.
Essas pequenas sucessões que ocorrem em ambientes onde já existia uma
comunidade e foi perturbada, como no caso do estabelecimento de uma clareira, são
chamadas de sucessão secundária.
Durante o processo de sucessão ecológica, verifica-se um progressivo au-
mento no número de espécies e na biomassa total. As teias e cadeias alimentares,
simples e lineares nas comunidades pioneiras, tornam-se cada vez mais complexas
e ocorre a constante formação de novos nichos. A estabilidade de uma comunidade
clímax está em grande parte associada ao aumento da variedade de espécies e da com-
plexidade das relações alimentares.
recursos e condições oferecidas pelo seu hábitat e manter-se vivo até, pelo menos, no
período de reprodução.
Um dos principais fatores ecológicos que determinam as condições para a
vida em um local é o clima. Clima é o conjunto dos fenômenos meteorológicos que
caracterizam o estado médio da atmosfera de um lugar, ao longo dos anos. A ciência
que estuda o clima é a climatologia. Clima é diferente de tempo, que é definido como
o estado físico da atmosfera num dado instante, em determinado lugar. A ciência que
estuda o tempo é a meteorologia.
As variáveis meteorológicas que caracterizam o clima são: temperatura,
pressão, umidade, precipitação, ventos e radiação solar. Estas variáveis são determi-
nadas por: latitude, altitude e relevo, cobertura vegetal e solos, continentes e mares,
correntes oceânicas e circulação e massas de ar. Por exemplo, na região compreendida
entre o Trópico de Câncer e Trópico de Capricórnio (região tropical), onde se tem a
linha do Equador separando o Hemisfério Norte do Sul, a Terra recebe maior inten-
sidade de radiação luminosa do sol. Consequentemente, a temperatura da atmosfera
é mais elevada. Nesta região, por causa dos ventos alísios carregados de umidade,
que sopram das latitudes médias para o Equador, chove mais do que em maiores
latitudes. Latitude é a distância de qualquer ponto da Terra até a linha do Equador.
Quanto mais distante, maior a latitude.
Na região tropical, portanto, vivem organismos que suportam elevadas
temperaturas e grande umidade atmosférica, provocada pela alta pluviosidade.
À medida que nos distanciamos da linha do Equador, a incidência de luz é
menor e as temperaturas tornam-se em média menos elevadas, sendo que nos polos
encontramos ambientes gelados, cobertos de neve e gelo. Nestes ambientes, as pou-
cas espécies existentes são aquelas que conseguem suportar essas condições climáticas
com muito frio.
A quantidade de espécies nos biomas terrestres do planeta, portanto, é
maior nas zonas tropicais, decresce gradualmente nos biomas temperados e é baixo
nos ambientes gelados do Ártico e Antártico.
A biodiversidade nos biomas terrestres do planeta é inversamente propor-
cional à latitude.
Essa mesma distribuição é verificada em diferentes altitudes. Quanto mais
alta uma montanha, a temperatura média é menor, além de menor a pressão atmos-
férica. Portanto, apenas espécies adaptadas a essas condições conseguem se adaptar a
esses ambientes.
A biodiversidade nos biomas terrestres do planeta é inversamente propor-
cional à altitude.
12.6.2 Savanas
O bioma savana também é tropical. No entanto ocorrem em ambientes
onde existe um clima cuja umidade atmosférica não é uniforme o ano todo: há um
período de pluviosidade mais intensa e outro seco. Muitas savanas ocorrem em am-
bientes com características edáficas (tipo de solo, considerando-se sua estrutura física
e/ou química) diferentes da mata. No Brasil, as savanas são conhecidas popularmente
com o nome de cerrado. Outras savanas ocorrem também na África e Austrália. A
fauna apresenta grandes mamíferos, tais como: girafas, elefantes, leões e zebras, na
África; antas, veados, tatus e tamanduás, no cerrado brasileiro; e cangurus, coalas e
dinos, nas savanas australianas.
12.6.6 Campos
São biomas onde as árvores não existem ou são muito raras. Ocorrem na
zona tropical e na temperada. Nos cerrados brasileiros, muitas áreas são desprovidas
de árvores e são chamados de campos cerrados. Geralmente, a ausência de árvores
está associada a um solo muito pobre em nutrientes ou solos encharcados forman-
do os campos úmidos de cerrado. Da mesma forma, muitas savanas africanas têm
fisionomia campestre. Nas regiões temperadas, os campos estão associados às regiões
semidesérticas, como é o caso das pradarias americanas, estepes russas, veldt africano.
Na América do Sul, ocorrem no sul do Brasil e na Argentina com o nome de pampas.
Quanto à fauna, destacam-se os bisões e antílopes americanos, muitos roedores e seus
predadores, gaviões e corujas.
12.6.7 Deserto
Os desertos estão localizados, aproximadamente, a 30º de latitude norte,
sendo o Saara africano o maior deserto seco do planeta. Ocorrem em regiões de baixa
precipitação e, consequentemente, baixa umidade atmosférica. O ar seco faz com que
a temperatura varie muito entre o dia e a noite. A rala vegetação é formada por plantas
pequenas na porção aérea, mas, muitas vezes, bastante desenvolvida em sua porção
subterrânea, o que permite suportar grandes períodos sem chuva; mas quando os agua-
ceiros ocorrem, a água é rapidamente absorvida e armazenada. Na fauna, destacam-se
animais que se abrigam em tocas durante o dia e buscam alimentos à noite.
12.7.3 Caatinga
Ocorre no interior dos estados do Nordeste brasileiro, em clima semi-ári-
do. Possui vegetação adaptada a um período de seca anual por volta de seis meses. As
espécies que a compõem são, portanto, adaptadas à falta d’água. Destacam-se duas
características que permitem essa adaptação: a primeira é a queda das folhas quando
não chove na região e que brotam quando retorna o período de chuvas; a outra é a
presença de plantas com caules suculentos, como os cactos, que têm folhas em forma
de espinho, caules cilíndricos e verdes, onde ocorre a fotossíntese e capacidade de
armazenar água em seu interior.
12.7.4 Pantanal
No Sudoeste do estado de Mato Grosso e Noroeste de Mato Grosso do
Sul, encontra-se a bacia pantaneira. Geologicamente, é uma região continental com
altitudes não superiores a 200 metros, delimitada por várias formações rochosas
em forma de chapadas, tais como a Chapada dos Guimarães, ao Norte, e Serra de
Maracaju, ao Sudeste. Para essa bacia fluem rios que nascem nestas chapadas e cons-
tituem afluentes do Rio Paraguai. Dependendo da variação do regime do rio, essa
região sofre alagamento em um período do ano. Quando o rio baixa, deixa um mo-
saico de ambientes com lagoas, áreas encharcadas e outras secas, constituindo-se em
uma diversidade de microambientes que oferece uma grande variedade de hábitats.
De flora e fauna exuberante, atrai muitos pescadores e turistas que apreciam belezas
naturais.
13 Qualidade de vida
A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu qualidade de vida como
a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema
de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões
e preocupações. É um conceito complexo, que reúne diversos aspectos da vida dos
seres humanos. Neste capítulo, iremos estabelecer a relação entre a questão saúde,
entendida como algo que vai além da ausência de doenças, e as condições de vida das
populações humanas.
Noruega 0,944 1
Austrália 0,933 2
Suíça 0,917 3
Cuba 0815 44
Brasil 0,744 79
Peru 0,737 82
Fonte: Relatório de desenvolvimento humano, 2014.
Figura 238: Risco de morte (por 100 mil habitantes) por causa específica para homens e mu-
lheres, segundo faixa etária – Brasil, 2012
Fonte: SVS/MS.
Apesar dos avanços observados, o Brasil ainda sofre com problemas rela-
cionados à sua condição de país em desenvolvimento, com inúmeras desigualdades
entre as regiões. Essa desigualdade pode ser observada no gráfico seguinte, a respeito
dos serviços de saneamento básico oferecidos nas diferentes regiões do país.
Entre esses problemas, encontram-se a permanência de algumas doenças
infecciosas na população brasileira devido à proximidade entre humanos, animais e
insetos vetores, o crescimento populacional desordenado, a alta densidade urbana em
determinadas áreas, a marginalização populações, a migração, ações humanas preju-
diciais ao ambiente e as catástrofes ambientais. Essas doenças afetam em proporções
maiores as camadas mais pobres da população que, devido à falta de proteção, moradia
e alimentação adequada, ficam mais expostos a doenças transmissíveis.
Figura 239: Proporção de municípios com serviços de saneamento básico, por tipo de serviço,
segundo as Grandes Regiões – 2000
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de
Saneamento Básico, 2000.
Manchas. Atinge
Contato íntimo
primeiro pele e nervos
e contínuo com
periféricos. Nas áreas
o doente não
afetadas pela hansenía- Manter o sistema
bactéria Mycobacte- tratado. Trans-
Hanseníase se, o paciente apresenta imunológico
rium leprae mitida através de
perda de sensibilidade eficiente.
gotículas que saem
térmica, perda de pelos
do nariz ou através
e ausência de transpi-
da saliva.
ração.
Febre, mal-estar,
inflamação e dor nos
pelas fezes de um
gânglios, vermelhidão,
Doença de protozoário Trypa- inseto (triatoma) Eliminar o inseto
inchaço nos olhos
Chagas nosoma cruzi conhecido como transmissor
(sinal de Romanã),
barbeiro
aumento do fígado e
do baço.
Fonte: Elaborada pela autora.
Febre constante,
Relações sexuais manchas na pele
Síndrome da imuno- sem preservativo, (sarcoma de Kaposi),
deficiência adquirida. Vírus HIV (vírus transfusões de calafrios, ínguas, dores
AIDS Doença que afeta o da imunodefici- sangue, comparti- de cabeça, de garganta e
sistema imunológico ência humana) lhamento de agulhas dores musculares. Fase
humano e seringas, mãe para avançada: aparecimento
o filho. de inúmeras doenças
oportunistas
Doença que afeta a Bactéria Haemo- Relações sexuais sem Feridas com secreção
Cancro mole
região genital philus ducreyi preservativo purulenta.
Relações sexuais
sem preservativo,
mãe para o filho.
Instrumentos para Infecção pode ser assin-
Infecção que afeta o
Hepatite C vírus VHC manicure, pedicure, tomática.
fígado
tatuagem e colo- Lesões graves no fígado.
cação de piercing.
Compartilhamento
de agulhas e seringas
Doença que não
tem cura e afeta
mucosa da boca e
região genital. Pode
Relações sexuais sem Pequenas bolhas na
reaparecer dependen-
Causada por preservativo, mãe região genital, que se
do de fatores como
Herpes um vírus Herpes para o filho, contato rompem formando
estresse, cansaço,
simplex 1 e 2 direto com as bolhas feridas e desaparecem
esforço exagerado,
que se formam espontaneamente.
febre, exposição ao
sol, traumatismo, uso
prolongado de antibi-
óticos e menstruação.
Inflamação local,
infecção, dor ou ardor
Doença que afeta es- Bactéria Neisseria Relações sexuais sem
Gonorréia ao urinar e saída de se-
pecialmente a uretra gonorrheae preservativo
creção purulenta através
da uretra.
Além dos problemas discutidos nos tópicos anteriores, existem outros fa-
tores que influenciam na qualidade de vida das populações humanas, como o uso de
drogas, a gravidez na adolescência e a obesidade.
13.5.1 Obesidade
O excesso de peso da população passou a ser preocupante, pois é um fator de
risco para doenças crônicas, como as doenças cardiovasculares, a hipertensão e diabetes.
Como dito anteriormente, as principais responsáveis por óbitos no Brasil, nos últimos
anos. De acordo com o Ministério da Saúde, 52% da população brasileira estão acima
do peso e cerca de 17% são obesos. A obesidade possui fatores genéticos envolvidos,
porém o sedentarismo, os padrões alimentares inadequados são responsáveis pelos altos
índices de brasileiros que estão acima do peso.
Outro fator que também influencia é a escolaridade da população. Em
pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por
Inquérito Telefônico (Vigitel 2014), foram detectados que quanto menor a escolari-
dade dos brasileiros, maiores são os índices de pessoas com excesso de peso.
O controle dos índices de obesidade no país envolve medidas de alimenta-
ção saudável e equilibrada, assim como uma rotina de atividades físicas.
a falta de poder, a pobreza e as pressões por parte dos parceiros, colegas, família ou comu-
nidades. Além disso, ela pode ser resultado de violência ou coação sexual.
Com intuito de minimizar a quantidade de adolescentes grávidas, é neces-
sário que novas abordagens sejam propostas, já que esse é um problema complexo,
que envolve muitas particularidades em cada região em que for analisada. O inves-
timento na valorização da educação das meninas e a garantia de acesso à saúde e
orientação sexual podem contribuir nesse processo.
Via de inges-
Tipos de drogas Classe Efeito principal Efeito a longo prazo
tão
Obesidade, impotên-
Relaxamento, quebra
cia, psicose, úlceras,
das inibições, euforia,
Álcool Depressora Oral subnutrição, danos
depressão, diminuição da
cerebrais e hepáticos,
consciência
morte
Oral, Alteração da percepção,
LSD/ Cogume- inalável, especialmente visual, Aumento de ilusões e
Alucinógena
los injetável, aumento da energia, de pânico, psicose
nasal alucinações, pânico
Insônia, excitação,
Aumento da atenção, problemas dermato-
Oral, i
Anfetaminas Estimulante excitação, euforia, dimi- lógicos, subnutrição,
njetável
nuição do apetite ilusões, alucinações,
psicose
Estupor, coma, con-
vulsões, insuficiência
Alívio da ansiedade e da
Oral, cardíaca congestiva,
Antidepressivos Depressora depressão, impotência
injetável danos ao fígado e aos
temporária
glóbulos brancos,
morte
Alucinações, danos ao
Relaxamento, euforia,
Inalantes Depressora Inalável cérebro, aos ossos, rins
coordenação prejudicada
e fígado, morte
Relaxamento, quebra
Inalável, oral, das inibições, alteração
Maconha Alucinógena Fadiga, psicose
injetável da percepção, euforia,
aumento do apetite
Respiração prejudica-
Estimulante/ Relaxamento, contração da, doença pulmonar
Nicotina Inalável, oral
tranquilizante dos vasos sanguíneos e cardiológica, câncer,
morte
Fonte: Elaborada pela autora.
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