Cvi 122160
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b) Classe de espaços: a área abrangida pelo Plano 3. A Câmara Municipal pode proceder à legalização
está dividida nas seguintes classes e categorias de construções efectuadas ilegalmente, sem licença de
de espaço, de acordo com as delimitações construção, comprovadamente edificadas antes da entrada
constantes da planta de ordenamento: em vigor do Plano de Desenvolvimento Urbano e que
i) Espaços canais e equipamentos, nomeadamente obedeçam, cumulativamente, aos requisitos seguintes:
espaços canais e infra-estruturas viárias, a) Satisfaçam a legislação aplicável ao licenciamento
espaços canais de infra-estruturas técnicas e municipal de obras particulares;
equipamentos técnicos;
b) Não prejudiquem, de forma grave, quer o
ii) Áreas não edificáveis, nomeadamente, interesse público quer o ordenamento do
agro-silvo-pastoril, verde de protecção de território municipal;
enquadramento, costeiras; e
iii) Áreas edificáveis, nomeadamente: c) Não prejudiquem a capacidade construtiva das
aglomerado rural, habitacional mista, urbana parcelas confinantes; e
estruturante e equipamentos sociais. d) Cumpram o definido nos demais diplomas
Artigo 6º vigentes pertinentes a matéria.
Plano Detalhado
Artigo 9º
1. Nas áreas edificáveis, e particularmente nas zonas
Realização do plano
de expansão promover-se-á a elaboração do Plano Deta-
lhado da zona de Ponta Bacio de forma a: 1. A administração municipal formula programas sec-
a) Garantir a inserção da edificação no meio urbano toriais, anuais e plurianuais, que constituem o guia de
e na paisagem; actuação urbanística municipal no quadro de realização
do PDU-PC;
b) Adaptar e pormenorizar as disposições contidas
neste PDU; 2. Estes programas incidem sobre as seguintes matérias:
c) Definir as características arquitectónicas e a) Habitação: definindo as acções a desenvolver
técnicas a que devem obedecer as construções, pelo município, pelos órgãos de administração
as infra-estruturas, os equipamentos e os central e pelos particulares na construção
espaços exteriores; e na recuperação de alojamentos, para um
d) Servir de base a elaboração de projectos e ao período determinado de tempo, de acordo
licenciamento de obras; com os diferentes programas e esquemas de
e) Que as suas definições sejam constitutivas de financiamento público da habitação
direitos urbanísticos; e b) Espaços verdes: definindo o faseamento da sua
2. O PD pode redefinir os parâmetros urbanísticos realização;
salvaguardando os usos definidos nas classes de espaços c) Infra-estruturas: definindo as diferentes obras de
deste PDU. arruamento e vias, redes de saneamento básico,
Artigo 7º
de distribuição de energia e iluminação pública,
Cedência de áreas dotacionais a serem realizadas por iniciativa do município;
1. Os proprietários de terrenos cedem gratuitamente
d) Aquisição de terrenos: estabelecendo os terrenos
à Câmara Municipal as parcelas destinadas a áreas do-
a adquirir necessários à realização do PDU-
tacionais, de acordo com o plano, projecto ou norma apli-
PC e dos diferentes programas sectoriais.
cável, nos termos da lei em vigor pertinente a matéria.
2. Os terrenos dotacionais cedidos à Câmara Municipal 3. A Câmara Municipal regula o faseamento e a execução
são afectos especificamente à finalidade prevista no pla- dos trabalhos de urbanização, adoptando o processo ad-
no, projecto ou norma aplicável. ministrativo mais conveniente em cada caso, de acordo
com a legislação em vigor, de forma a garantir uma con-
3. O cedente tem direito de reversão sobre as parcelas
veniente execução das orientações do PDU-PC.
cedidas nos termos dos números anteriores sempre que
sejam afectas a fins diversos daqueles previstos no plano, CAPÍTULO II
projecto ou norma aplicável, nos termos da lei em vigor.
Disposições Especificas
Artigo 8º
Emissão da licença de utilização Artigo 10º
2. Após a reparação de quaisquer estragos ou deterio- 1. Até que o PD, referido no artigo 6º, entre em vigor, a
rações que possam ter sido causados em equipamentos e título de medida preventiva, a Câmara Municipal interdita
infra-estruturas públicas ou noutros edifícios. a criação de novos lotes na área circunscrita pelo PD.
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2. Nas áreas não abrangidas por Planos Detalhados, 3. Todas as actividades que sejam sujeitas a legislação
a Câmara Municipal pode licenciar obras, procedendo a: específica relativa à autorização de instalação não ficam
a) Estudos urbanísticos sumários que garantam isentas de uma apreciação de incompatibilidade com base
o alinhamento das fachadas e cércea das nos critérios definidos nos pontos anteriores, podendo a
construções contíguas, para os casos de Câmara Municipal inviabilizar instalação de qualquer
integração urbana; e actividade, bem como contra-ordenar a respectiva licença
de utilização.
b) Planos de loteamentos, para situações onde os
Artigo 14º
estudos sumários não são suficientes para uma
boa integração dos lotes no contexto urbano. Actividade comercial e actividade industrial
Artigo 12º
1. Os pisos destinados a comércio, em construções
Infra-estruturas de habitação uni ou multifamiliar, são exclusivamente
1. É condição imperativa de edificabilidade, seja qual admitidos em rés-do-chão ou cave.
for o tipo ou utilização do edifício, a existência de acesso
2. Quando o piso destinado a comércio ou armazém se
público por via de perfil não inferior a 3m (três metros).
localize na cave do edifício, admite-se uma profundidade
2. As infra-estruturas a construir pelos requerentes máxima de 4m (quatro metros).
ficam preparadas para a ligação às redes públicas exis-
tentes ou que vierem a ser instaladas. 3. O edifício quando integra instalações comerciais em
rés-do-chão ou cave está igualmente sujeito aos afasta-
3. Todas as redes de infra-estruturas, incluindo os mentos definidos no artigo 12º deste Regulamento.
ramais de ligação, são obrigatoriamente colocadas no
subsolo, à excepção das redes de infra-estruturas eléctri- 4. Devem cumprir-se para a construção de instalações
cas e telecomunicações, quando devidamente autorizadas comerciais as condições de estacionamento definidas no
pelas entidades competentes. artigo 20º deste Regulamento.
4. Na remodelação ou alteração das redes de infra- 5. Nos edifícios com acesso por arruamentos com
estruturas existentes deve considerar-se o disposto no largura inferior a 5m (cinco metros) só é permitido o
número anterior. uso habitacional, em casos excepcionais, devidamente
5. A rede de circulação rodoviária e de peões é ordenada justificados, a Câmara Municipal pode permitir o uso
e hierarquizada de acordo com as funções e caracterís- comercial de pequenas unidades.
ticas das vias. 6. O licenciamento das unidades comerciais de dimensão
6. As vias públicas e ou acessos devem garantir boa relevante fica dependente do cumprimento da legislação
visibilidade, permitir a circulação de veículos especiais, específica em vigor e da avaliação do seu interesse social
facilitar operações de carga, descarga, manutenção e económico por parte da Câmara Municipal e é precedido
de edificações ou estacionamento e permitir, em boas pela apresentação de um relatório.
condições, as manobras dos veículos de protecção civil e
7. A localização das unidades industriais e de arma-
recolha de lixo.
zenagem é limitada aos locais indicados na planta de
7. Sem prejuízo do regime legal em vigor, a configura- ordenamento:
ção da rede rodoviária, incluindo a implantação e dimen-
sionamento das vias e cruzamentos, pode ser reajustada a) Não são permitidas a construção, ampliação ou
em função dos estudos de engenharia de tráfego e de renovação de estabelecimentos anteriormente
arruamentos, sem alterar o conceito da rede estabelecida. localizados em áreas residenciais; e
Artigo 13º b) As unidades industriais devem ainda dar
Área habitacional cumprimento aos condicionalismos estipulados
1. As áreas predominantemente habitacionais desti- na legislação específica.
nam-se preferencialmente à localização de habitação, 8. As estações de serviço e as oficinas de reparação
sem exclusão da localização de outras actividades, de- de veículos automóveis não podem ser instaladas, quer
signadamente comércios e serviços, desde que estas não em construções de raiz quer em espaços preexistentes
prejudiquem ou criem condições de incompatibilidade adaptados, se causarem manifesto prejuízo às habitações
com o uso preferencial. ou outras actividades próximas, no que diz respeito à
2. Considera-se que existem condições de incompati- comodidade, à segurança e à salubridade, ou se os res-
bilidade sempre que a legislação específica o imponha e pectivos acessos não estiverem previstos, prejudicando
quando as actividades mencionadas: a fluidez do trânsito.
a) Dêem lugar a ruídos, fumos, cheiros, resíduos ou, 9. Não são permitidas a construção, ampliação ou re-
de um modo geral, prejudiquem as condições novação de estabelecimentos anteriormente localizados
de salubridade; em zonas residenciais.
b) Perturbem as condições de trânsito ou de 10. O estabelecimento de unidade obriga a adopção das
estacionamento, nomeadamente com medidas tecnologicamente mais modernas no que res-
operações de carga ou descarga ou com peita ao cumprimento das regras de segurança, como no
incomportável tráfego de pesados; e que respeita à protecção do meio ambiente, recuperação
c) Acarretem graves riscos de incêndio ou explosão. de gases e controlo das descargas de efluentes líquidos.
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Artigo 15º 2. A execução de espaços verdes de acordo com o fim
Lixeiras e parques de sucata a que se destinam é da responsabilidade das entidades
É proibida a instalação de lixeiras, parques de sucata que se indicam:
e depósito de material de qualquer tipo, nomeadamente a) As estruturas verdes são da responsabilidade da
entulho em qualquer área do perímetro deste plano. Câmara Municipal ou do promotor, através
Artigo 16º de protocolo a estabelecer entre as partes;
Alojamentos de animais b) Os espaços verdes de enquadramento e as áreas
Nos espaços urbanos não são permitidos alojamentos exteriores dos lotes são da responsabilidade
para animais, excepto galinheiras, coelheiras e similares, do promotor; e
desde que devidamente instaladas nos lotes destinados a c) Os espaços verdes interiores aos lotes são da
moradias e com parecer favorável do delegado de saúde. responsabilidade do proprietário do lote.
Artigo 17º 3. Os percursos pedonais públicos são na totalidade
Alinhamentos e cérceas da sua extensão arborizados e serão previstos acessos
1. Nas áreas de construção com precedentes constru- a deficientes sempre que os desníveis existentes o justi-
tivos estruturados por acessos existentes, sejam arru- fiquem, através de rampas e outras soluções, de acordo
amentos, estradas ou caminhos municipais, e para os com a legislação em vigor.
quais não existam planos específicos de ordenamento, 4. Nos espaços para utilização pública devem ser
as edificações a licenciar são definidas pelo alinhamento criados áreas, devidamente arborizadas e equipadas, de
existente das fachadas. forma a proporcionar uma vivência urbana eficaz, sendo
2. Os andares recuados não podem exceder a cércea a que nestas áreas é colocado mobiliário urbano, em pas-
estabelecer em cada caso nos artigos específicos de cada seios pedonais bem dimensionados, bem como em espaços
uma das zonas de edificabilidade. públicos e de recreio.
3. É permitido o aproveitamento de vãos de telhado, 5. Os espaços de recreio juvenil e infantil são equipados
desde que a inclinação da cobertura não exceda um plano com áreas de jogo e equipamento infantil.
inclinado com 30º (trinta graus) que passe pela intersecção Artigo 21º
entre a fachada e a laje de tecto do último piso. Acessibilidade aos espaços públicos
c) Caminhos municipais são vias de uso máximas preia-mar”, funcionam como área de equilíbrio
exclusivamente pedonal que atravessam paisagístico ambiental e dos ecossistemas marinho e
Pilão Cão e percorrem áreas de interesse terrestre.
paisagístico, de protecção ou reserva, com Artigo 44º
perfil variável nunca inferior a 1,5 metros de Normas aplicáveis a área costeira
largura; pavimento variável, admitindo-se
em terra batida. As áreas Costeiras têm como uso incompatível a habita-
ção, indústria pesada e ligeira, serviços/terciários, equipa-
d) O perfil transversal mínimo das vias é o definido
mentos sociais, turismo, recreio urbano, pequeno comercio
na planta de ordenamento, à escala de 1:7 500
e grossista, actividades agrícolas e extracção mineira.
Secção II
Artigo 45º
Áreas Não Edificáveis
Índices e parâmetros urbanísticos aplicáveis
Subsecção I
A edificabilidade quando compatível é admissível até
Área Agro-Silvo-Pastoril
um piso (R/chão).
Artigo 37º
Secção III
Definição da área agro-silvo-pastoril
Áreas Edificáveis
As áreas agro-silvo-pastoril, delimitadas na planta de
Subsecção I
ordenamento, distinguem-se pela sua menor capacidade
agrícola e pela aptidão para o desenvolvimento das acti- Aglomerado Rural
vidades de sequeiro e pastoreio. Artigo 46º
Artigo 38º Definição das áreas de aglomerado rural
Normas aplicáveis a área agro-silvo-pastoril 1. As áreas de aglomerado rural, correspondem aos
As áreas agro-silvo-pastoril têm como uso incompatível núcleos residenciais localizados na periferia dos centros
a indústria pesada, serviços/terciários, turismo, recreio dos aglomerados, delimitado na planta de ordenamento,
urbano, comércio grossista e extracção mineira. e que se caracterizam por serem áreas de grande indefi-
Artigo 39º
nição urbana onde subsiste a vivência rural.
Índices e parâmetros urbanísticos aplicáveis 2. A esta secção aplica-se o disposto no artigo 17º deste
Regulamento, com as devidas adaptações.
A edificabilidade quando compatível é admissível até
1 (um) piso (R/chão). Artigo 47º
Verde de Protecção e Enquadramento As áreas de aglomerado rural têm como uso incompatí-
Artigo 40º vel a indústria pesada, actividades florestais e extracção
Definição das áreas verde de enquadramento e protecção
mineira.
Artigo 48º
As áreas verdes de enquadramento e protecção, deli-
Índices e parâmetros urbanísticos aplicáveis
mitadas na planta de ordenamento, são faixas ou bolsas
de coberto vegetal de valor paisagístico, que servem para A edificabilidade quando compatível é admissível até
constituir áreas de enquadramento visual e paisagístico, 2 (dois) pisos (R/chão +1).
de protecção e de equilíbrio dos ecossistemas do lugar. Subsecção II
Artigo 41º Habitacional Mista
Normas aplicáveis as áreas verde de enquadramento e
Artigo 49º
protecção
Definição da zona habitacional mista
As áreas verde de protecção e enquadramento têm
como uso incompatível a habitação, indústria pesada e 1. A zona habitacional mista, corresponde aos núcleos
ligeira, serviços/terciários, equipamentos sociais, turismo, das proximidades dos centros, delimitados na planta
recreio urbano, pequeno comércio e grossista, extracção de Pilão Cão, caracterizado por ser a área urbana onde
mineira e pesca. predomina habitação.
Artigo 42º 2. A esta secção aplica-se o disposto no capítulo II deste
Índices e parâmetros urbanísticos aplicáveis Regulamento, com as devidas adaptações.
A edificabilidade quando compatível é admissível até Artigo 50º
1 (um) piso (R/chão). Normas aplicáveis a zona habitacional mista
Subsecção III As áreas habitacionais mistas têm como uso incompatí-
Área Costeira vel a indústria pesada, o recreio rural, comércio grossista,
Artigo 43º usos agrícolas, florestais, extracção mineira e pesca.
Definição da área costeira Artigo 51º
Índices e parâmetros urbanísticos aplicáveis
As áreas costeiras, sobrepondo-se à orla marítima,
abrangem toda a faixa de costa até 80m (oitenta me- A edificabilidade quando compatível é admissível até
tros), medidos no plano horizontal, a partir da linha das 2 (dois) pisos (R/chão +2).
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Subsecção III CAPÍTULO V
Urbana Estruturante
Disposições Finais
Artigo 52º
Definição da área urbana estruturante Artigo 59º
ANTE-PROJECTO
- Limite do PD (46.7ha)
N
Proposta
Desenho
Aprovado Homologado
Data
Com. Acomp Pres. CM Ass. Mun. Governo
06/06/07
I SÉRIE
BOLETIM
O FI C I AL
Registo legal, nº 2/2001, de 21 de Dezembro de 2001
I.N.C.V., S.A. informa que a transmissão de actos sujeitos a publicação na I e II Série do Boletim Oficial devem
obedecer as normas constantes no artigo 28º e 29º do Decreto-Lei nº 8/2011, de 31 de Janeiro.