Glicolise e Ciclo de Krebs
Glicolise e Ciclo de Krebs
Glicolise e Ciclo de Krebs
A glicólise (ou via glicolítica) é uma via central, A glicose que está no sangue, precisa então,
quase universal de catabolismo de carboidratos. É o entrar na célula, para que a glicólise aconteça. Para
primeiro estágio do metabolismo, e consiste em um isso, inicia-se a Via de Sinalização da Glicose, no qual o
processo anaeróbico (processo de fermentação), com hormônio insulina, produzido no pâncreas, atua
saldo positivo de 2 ATP (adenosina trifosfato) e 2 estimulando uma cascata de reações bioquímicas ao
piruvatos (que podem ser convertidos a lactato ou a se ligar ao seu receptor IR. Ao se ligar ao IR, este
Acetil-CoA, e entrar no Ciclo de Krebs). Mas para estímulo prossegue pelas proteínas IRS1->PI3K->AKT,
entender esta via, é necessário que saibamos de onde respectivamente, até que o GLUT (transportador de
veio a glicose que será usada para a formação dessa glicose) receba este estímulo e haja a sua translocação
energia. para a membrana da célula, abrindo um canal para a
O corpo humano (assim como todos os seres entrada da glicose do meio extracelular, para o
vivos) necessita de energia para a realização de suas interior da célula.
funções vitais. Os carboidratos são fontes rápidas de
energia, e serão degradados por enzimas
digestivas para que passem da luz intestinal ao
sangue, visto que o organismo não é capaz de
absorver moléculas maiores. Esses carboidratos serão
degradados até que cheguem ao monossacarídeo
glicose. A glicose é uma molécula formada por 6
átomos de carbono que, além de um excelente
combustível, é também uma precursora muito Glicose na corrente sanguínea, e insulina
versátil, capaz de suprir uma enorme variedade de estimulando sua entrada nas células. Fonte: Google.
intermediários metabólicos em reações biossintéticas. Agora sim, temos glicose dentro da célula, e
A glicose proveniente da alimentação será a podemos começar a descrever a glicólise, que possui
base para a formação de energia necessária para a 10 reações para a conversão da glicose, e é divida em
manutenção do nosso organismo, e para que duas fases: preparatória e fase de pagamento.
realizemos nossas funções diárias.
A partir do momento em
que dissacaridoses degradam dissacarídeos em
glicose, na luz do intestino, estas moléculas seguirão
para a corrente sanguínea. Para isso, a glicose associa-
se ao sódio, e assim, atravessa microvilosidades e
canais específicos.
Podemos então definir a concentração de
glicose no sangue como glicemia:
· 10ª etapa
No último passo da glicólise, há a transferência
de fosfato do fosfoenolpiruvato para o ADP, pela
enzimapiruvato-quinase, formando
o piruvato (inicialmente na forma enólica) e ATP.
Depois, há uma tautomerização (ação não
enzimática), e o piruvato alcança a forma cetônica,
que predomina em pH 7,0. A reação enzimática
inicial requer K+ e Mg2+ ou Mn2+ pela enzima. Como
você mesmo lembra, tudo está acontecendo em
dobro, e por isso, há 2 moléculas de piruvato e 2 ATP.
Vamos rever o Ciclo mais uma vez e fazer Repare que essa quantidade de moléculas é
algumas anotações: apenas da conversão do Piruvato à Acetil-CoA, mas
nós começamos este estudo sabendo que estávamos
com saldo positivo de mais 2 NADH e 2 ATP, que
foram produzidos na glicólise. Por isso, essa conta vai
aumentar mais um pouco:
6 moléculas de CO2
2 moléculas de FADH2
10 moléculas de NADH
4 moléculas de GTP (ATP)
Os 2FADH2 e 10NADH resultantes das duas fases Esquema dos complexos transportadores de elétrons
anteriores são oxidados em uma cadeia de reações. da Cadeia Respiratória.
Essas reações são de transferências de elétrons. A cadeia respiratória consiste de uma seqüência de
reações redox pela qual os elétrons são transferidos
Na membrana existem proteínas são responsáveis das coenzimas reduzidas (NADH ou FADH2) para o
pela reação. oxigênio.
Ao final dessa cadeia existe a ATP sintase, uma
Fluxo de elétrons e prótons na cadeia respiratória.
proteína que com o movimento de H+ regenera ATP.
Por fim a regeneração do ATP (= geração de energia).
Saldo das três área da respiração celular= 32 ATP.
A fosforilação é a forma de energia usada pelas células
para realizar os processos biológicos, os elétrons ricos
em energia capturados na glicólise (NADH) e no ciclo
de Krebs (na forma de NADH e FADH2) devem ser
convertidos para ATP. Este processo dependente de
O2 ocorre na parte interna da membrana interna da
mitocôndria e envolve uma série de carreadores de
elétrons, conhecida como cadeia de transporte de
elétrons (CTE). Complexo I:
É o maior dos 4 complexos, formado por 26 cadeias
Os componentes da cadeia de transporte de elétrons polipeptídicas, incluindo 7 centros de ferro/enxofre e
estão organizados em ordem crescente de potenciais a flavoproteína ligada ao FMN. Seu sítio de ligação
de oxido-redução, desde as coenzimas reduzidas até o com o NADH está voltado para a matriz mitocondrial,
oxigênio. favorecendo a transferência de elétrons. A ubiquinona
As transferências de elétrons de um componente para reduzida pelo complexo I difunde pela bicamada
o seguinte constituem reações de óxido-redução que lipídica da membrana mitocondrial interna até o
se processam sempre com liberação de energia, que é complexo III, este processo é mediador da
aproveitada para a síntese de ATP. transferência dos elétrons dos complexos I e II ao
O processo chamado fosforilação oxidativa se refere complexo III. Os prótons que acompanham os elétrons
àfosforilação do ADP em ATPutilizando a energia são lançados da matriz para o espaço intermembranas
liberada por essas reações de óxido-redução. e deste, para o citosol da célula.
Complexo II:
Os transportadores de elétrons sempre funcionam em Formado principalmente pela desidrogenase do
uma seqüência determinada. succinato, a única enzima do ciclo de Krebs que está
embebida na membrana mitocondrial interna. Possui
Os potenciais redox-padrão dos componentes da 4 subunidades, incluindo 2 proteínas com grupos
cadeia são sucessivamente mais positivos quando se ferro/enxofre, e uma delas ligada ao FAD, a exemplo
encaminham em direção ao oxigênio do complexo I, seus sítios de oxirredução do succinato
- Os elétrons tendem a fluir dos sistemas também estão voltados para a matriz mitocondrial.
Complexo III:
eletronegativos para os eletropositivos, levando a
Formado por 2 tipos de citocromo b (bL e bH), pelo
uma diminuição da energia livre.
citocromo c1, uma proteína ferro/enxofre e entre 4 a
Cada membro da cadeia é específico para um dado 6 proteínas adicionais. O caminho dos elétrons através
doador e para um dado receptor de elétrons. do complexo III é sinuoso e complexo: o citocromo c
que os recebe está localizado no lado do espaço
intermembranas da mitocôndria. O citocromo c, por
ser hidrossolúvel, tem baixa afinidade com a Um termo chamado razão P/Oé usado para indicar o
bicamada lipídica da membrana mitocondrial interna acoplamento da produção de ATP ao transporte de
e se difunde através desta, mediando a conexão entre elétrons.
os complexos III e IV. O processo leva ao transporte de A razão P/O razão P/O fornece o número de moles de
elétrons até o citocromo c, e ao bombeamento de Pi (ADP + Pi →ATP) consumidos, para cada mol de
prótons da matriz mitocondrial para o espaço átomos de oxigênio (½ O2+ 2 H+ + 2 e-→H2O)
intermembranas. consumidos na reação .
Complexo IV: O oxigênio é o aceptor final de elétrons do NADH e ½
Contém cerca de 13 subunidades polipeptídicas e 2 mol de moléculas de O2 (um mol de átomos de
átomos de cobre, além dos grupos heme oxigênio) é reduzido para cada mol de NADH oxidado.
característicos dos citocromos a e a3. Os elétrons A razão P/O determinada experimentalmente é
doados pelo citocromo c são transportados através 2,5 quando o NADH é o substrato oxidado. A razão
dos átomos de cobre e ferro até o lado da matriz P/O é 1,5 quando FADH2 é o substrato oxidado (valor
mitocondrial, onde vão reduzir o O2 em H2O. A experimental).
redução incompleta do O2 pode levar à geração de
espécies químicas como o íon superóxido, o peróxido Inibidores da Cadeia Respiratória
de hidrogênio e o radical hidroxil, todos muito *Rotenona: Extremamente tóxico. Extraído de plantas
reativos e tóxicos à célula. e usado como veneno, pelos índios na Amazônia.
Bloqueia o transporte de elétrons entre NADH e
Esquema do transporte de elétrons *Ubiquinona Antimicina A: Antibiótico tóxico.
Os co-fatores reduzidos (NADH e FADH2) podem Bloqueia o transporte de elétrons entre Ubiquinona
transferir seus elétrons para substratos específicos da E
cadeia de transporte de elétrons, a seguir, os elétrons *Citocromo C: Cianeto Bloqueia a redução do O2
são transferidos pelo Citocromo aa3
sucessivamente para outro substrato.
Deste modo, parte da energia liberada na oxidação do
primeiro substrato pode ser utilizada para impulsionar Agentes Desacopladores
a redução de um segundo substrato. Permitem que o transporte de elétrons ocorra na mit
ocôndria
Etapas da Cadeia Respiratória que Permitem a Impedem a fosforilação oxidativa do ADP em ATP
Fosforilação do ADP em ATP Desacoplam a ligação essencial entre o transporte de
A designação fosforilação oxidativa resulta da elétrons e a síntese do ATP
possibilidade de conjugação entre oxirredução e
fosforilação de ADP a ATP.
Como a formação de ATP a partir de ADP + Pi
necessita de cerca de 7,5 kcal, poder-se-ia concluir
que cada etapa da cadeia respiratória na qual a
energia liberada fosse superior a 7,5 kcal permitiria a
síntese de 1 ATP. De fato, não é essa,
exatamente, a estequiometria do processo. Mas são,
sem dúvida, essas etapas que geram energia para a
síntese do ATP.