Genero, Agencia e Escrita - Série Charles Bazerman - v.2
Genero, Agencia e Escrita - Série Charles Bazerman - v.2
Genero, Agencia e Escrita - Série Charles Bazerman - v.2
CHARLES
VOLUME 2 BAZERMAN
Charles Bazerman
SÉRIE
CHARLES
BAZERMAN
VOLUME 2
Charles Bazerman
Gênero, Agência e
Escrita
2ª edição
Pipa Comunicação
Recife, 2021
ESTA OBR A ESTÁ LICENCIADA COM UMA LICENÇA CREATIVE COMMONS
ATRIBUIÇÃO-NÃOCOMERCIAL 4.0 INTERNACIONAL.
Catalogação na publicação
Elaborada por Bibliotecária Janaina Ramos – CRB-8/9166
B362
Bazerman, Charles
(Charles Bazerman)
Livro em PDF
230 p.
ISBN 978-65-87033-19-8
CDD 410
As organizadoras
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APRESENTAÇÃO DO AUTOR
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Espero que a reedição destes trabalhos, em versão
eletrônica, continue a ser útil na medida em que novos
estudiosos contribuem e transformam a nossa compreen-
são da escrita. Nossas formas e práticas da escrita estão
sempre se ampliando, informadas por nossa compreensão
cada vez maior a respeito dela e em resposta às mudanças
nas condições e nas oportunidades de nossas vidas e da
tecnologia.
Agradeço a Angela Paiva Dionisio e a Judith Chambliss
Hoffnagel por possibilitarem as edições impressas e ele-
trônicas desses trabalhos. Registro meu reconhecimento a
Editora Cortez pelas edições impressas dos meus trabalhos
no Brasil. Neste momento, fico especialmente feliz com o
interesse do Programa de Pós-Graduação em Linguagem
e Ensino da UFCG, da Editora da Universidade Federal de
Campina Grande e da Pipa Comunicação em socializarem
os meus livros gratuitamente para a comunidade acadê-
mica.
Charles Bazerman,
Santa Barbara, setembro de 2020.
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GÊNERO, AGÊNCIA E ESCRITA
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Referências
BEZERRA, Benedito Gomes; PIMENTEL, Renato Lira.
Interlocuções teóricas nos estudos de gênero: um estudo de
caso sob o prisma da complexidade. Revista Investigações,
Recife, v. 33, n. 2, p. 1-24, 2020.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Apresentação. In: BAZERMAN,
Charles. Gênero, agência e escrita. São Paulo: Cortez, 2005.
MATOS, Francisco Gomes de. Notas sobre livros/booknotes.
DELTA, 21, 2, p. 325-326, 2005.
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su
má
rio
19 INTRODUÇÃO DO AUTOR
39 CAPÍTULO 1
A vida do gênero, a vida na sala de aula
57 CAPÍTULO 2
Uma relação entre leitura e escrita: o modelo
conversacional
71 CAPÍTULO 3
O que é interessante?
79 CAPÍTULO 4
Onde está a sala de aula?
93 CAPÍTULO 5
Escrevendo bem, científica e retoricamente:
consequências práticas para escritores da ciência
e seus professores
123 CAPÍTULO 6
A produção da tecnologia e a produção do
significado humano
135 CAPÍTULO 7
Intertextualidade: como os textos se apoiam em
outros textos
163 CAPÍTULO 8
Da crítica cultural à participação disciplinar:
vivendo com palavras poderosas
177 CAPÍTULO 9
Performance textual: localizando a ação a distância
205 REFERÊNCIAS
“O movimento de escrita
pessoal é uma tentativa
de enfrentar o peso
potencialmente opressivo
da autoridade. Os
alunos são, pelo menos,
as autoridades de
suas próprias vidas e
sentimentos. A escrita
pessoal pode ser de
grande interesse para
as pessoas que os
cercam.”
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| CAPÍTULO 1
A VIDA DO GÊNERO,
A VIDA NA SALA DE AULA1
Gêneros não são apenas formas. Gêneros são formas de vida,
modos de ser. São frames para a ação social. São ambientes
para a aprendizagem. São os lugares em que o sentido é cons-
truído. Os gêneros moldam os pensamentos que formamos e
as comunicações através das quais interagimos. Gêneros são
os lugares familiares para onde nos dirigimos para criar ações
comunicativas inteligíveis uns com os outros e são os modelos
que utilizamos para explorar o não familiar.
Mas a paisagem simbólica que construímos para viver é pre-
cisamente aquela que mais se ajusta a nós e aos outros com
quem a compartilhamos. Mesmo quando achamos que os gê-
neros aos quais estamos habituados estão repletos de conflitos,
disfunções ou até decepções, e queremos buscar alternativas,
tais gêneros ainda formam os hábitos discursivos e cognitivos
que carregamos conosco.
Outras pessoas têm outros lugares que construíram, aos
quais regularmente se dirigem para interagir. Quando viajamos
para novos domínios comunicativos, nós construímos nossa
percepção sobre eles com base nas formas que conhecemos. Até
mesmo os nossos propósitos e desejos de participar daquilo que
a nova paisagem parece nos oferecer originam-se dos propósitos
e desejos moldados em paisagens anteriores.
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| CAPÍTULO 2
UMA RELAÇÃO ENTRE LEITURA
E ESCRITA: O MODELO
CONVERSACIONAL1
A conexão entre o que uma pessoa lê e o que ela depois
escreve parece tão óbvia que chega a ser um truísmo. Teorias
e pesquisas atuais sobre a escrita se contentaram em deixar a
relação como um truísmo, sem fazer nenhum esforço sério para
definir os mecanismos e as consequências da interação entre
leitura e escrita. A falta de atenção para essa relação essencial do
letramento resulta, em parte, dos muitos divórcios disciplinares
nos estudos da linguagem durante a última metade do século
XX: o discurso público foi embora levando consigo a retórica;
a linguística chama para si todo comportamento linguístico
hábil, mas tem se concentrado principalmente na linguagem
oral; a sociologia e a antropologia têm oferecido um lugar mais
satisfatório para o estudo do contexto social e do significado do
letramento; e o inglês tem com grande satisfação se livrado da
leitura ordinária para se preocupar apenas com a leitura mais
prestigiosa da crítica literária. A escrita, em suas três encarna-
ções - a composição, a escrita criativa e a vestigial exposição
avançada -, continua como uma hóspede pouco apreciada da
literatura. Todas essas separações fazem com que seja difícil
para aqueles que se interessam pela escrita concebê-la em
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| CAPÍTULO 3
O QUE É
INTERESSANTE?1
É difícil ler coisas que não achamos interessantes. Você sabe
disso, eu sei disso, quando escolhemos algo para levar conosco
no avião ou quando enfrentamos uma mesa cheia de obriga-
ções. Mas pode ser que não tenhamos essa consciência quando
indicamos leituras obrigatórias para nossos alunos. Tampouco
estamos sempre conscientes do papel crucial do interesse nos
sucessos e insucessos na leitura de nossos alunos.
É fácil perceber interesse apenas como uma idiossincrasia de
gosto que pode adicionar um pouco mais de atenção e energia
à tarefa de leitura. Poderíamos pensar que, se conseguíssemos
aproveitar daquela atenção e energia de nossos estudantes, as
aulas seriam mais tranquilas, as lições progrediriam um pouco
mais rápidas e estaríamos todos mais felizes enquanto sentamos
juntos na sala de aula.
Pesquisas cognitivas, porém, já começaram a nos ensinar
algo mais fundamental sobre leitura. Os leitores ativamente
constroem significados na interseção das palavras de um texto
com suas experiências, conhecimentos e metas anteriores, or-
ganizados no esquema do leitor. É através de nosso esquema
que fazemos sentido do que lemos. Nesta visão da leitura, o
interesse é a ligação entre nossos mecanismos de fazer-sentido
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Evocando interesse
Se desejamos que nossos alunos queiram prestar atenção
aos textos e queiram fazer sentido deles, precisamos interessá-
-los nos textos. Somente depois de termos evocado neles os
mecanismos de fazer-sentido é que, além de sentirem, serão
capazes de trabalhar as habilidades e técnicas que darão pre-
cisão e profundidade a suas leituras.
O que é, então, que faz uma leitura interessante? O interesse
não é, obviamente, um atributo de um texto em si; antes, é
um atributo do leitor em resposta ao texto. Potencialmente,
muitos tipos de relações entre um leitor e um texto podem
evocar interesse. Com frequência, quando pensamos sobre
que textos poderiam interessar a um leitor, pensamos em um
único tipo de relação: aquela em que o texto fala diretamente
do mundo do qual o aluno participa. O aluno então conhece
aquele mundo tão bem que esperamos que seu aparato de
fazer-sentido esteja bem situado, e poucos desafios ao proces-
so de fazer-sentido interfiram com o simples prazer de ver seus
mundos refletidos na página. Mas acontece que nem todos os
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Motivação interna
Outros tipos de interesse podem engajar os alunos com uma
variação mais ampla de textos. O tipo de aluno que obteve
êxito na escola ou que desde cedo se interessou pela leitura,
com frequência, estará interessado numa leitura obrigatória
simplesmente porque apresenta um desafio dentro do contex-
to escolar e este aluno já encontrou repetidas recompensas
ao vencer desafios escolares. Alunos não tão bem-sucedidos
raramente compartilham tal tipo de padrão motivacional. É
mais provável que vejam esses desafios escolares descontex-
tualizados como ocasiões para dor e castigo. Mesmo assim, ao
começarem a ter sucesso na leitura, mesmo tardiamente, os
alunos podem chegar a se deliciar com o aumento de poder
que isso lhes oferece. Quase todo texto pode, por um tempo,
ser interessante, contanto que não apresente problemas téc-
nicos insuperáveis.
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| CAPÍTULO 4
ONDE ESTÁ A
SALA DE AULA?1
Qualquer que seja a disciplina que ensinamos, é fácil — muito
fácil — imaginar que a sala de aula é simplesmente o lugar onde
transmitimos nossa disciplina aos alunos. Assim, o trabalho do
professor — presumindo-se que é competente na disciplina — é
saber como fazer um “pacote de informações” e apresentá-lo aos
alunos, e saber como estruturar tarefas e atividades de modo
que os alunos, com rapidez e profundidade, ganhem mestria no
objeto de estudo da disciplina e desenvolvam certas habilidades.
Todo o resto do universo no qual esse momento paira suspenso,
como a Terra no cosmo miltoniano, é considerado como algo
dado e que não deve ser questionado — a não ser por um crítico
social que vê, na sala de aula, as consequências e/ou a reprodu-
ção dessas iniquidades, irracionalidades ou crueldades que as-
sombram toda a nossa organização social, econômica e política.
Apesar dos grandes experimentos no ensino da escrita durante
as últimas duas décadas, a sala de aula continua algo naturalizado.
Muito do trabalho em nossa área tem sido o de tornar explícitos
e consensualmente validados esses aspectos da competência
escrita que nós, pessoas letradas, conhecemos como algo de
ordem prática, e somar a isso novos insights práticos. Outra par-
cela desse trabalho profissional tem sido desenvolver e testar
novos métodos e materiais para transmitir essa competência.
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das discussões nos cafés, por si só, oferece uma estrutura para
a construção do conceito de sala de aula de cada professor.
Então, como o professor concebe a sala de aula influenciará os
gêneros dentro dos quais ele interage com os alunos, os gêneros
de materiais e das leituras que o professor trará para dentro da
sala de aula e os gêneros escritos e orais que o professor eliciará
e receberá dos alunos.
O papel do professor em definir a dinâmica da sala de aula é
realizado não apenas através de compromissos intelectuais e
escolhas conscientes, mas também através da história pessoal
que dá forma à personalidade, às competências e às atitudes
da pessoa que caminha na frente da sala de aula. A história do
professor — de participação em diferentes situações e de de-
senvolvimento da habilidade e afinidade com aqueles gêneros
por meio dos quais essa participação se realiza — o prepara e
predispõe a agir segundo modos já comprovadamente fadados
ao sucesso. Que competências o professor tem mais a oferecer,
que habilidades interacionais o professor pode utilizar, que
persona habitual, comportamento e estilo reacional o professor
encarna — tudo isso produz ambientes de sala de aula e eventos
quase além do controle do pensamento consciente que, no en-
tanto, podem — todos — estar abertos à reflexão e à mudança.
Depois há as definições dos alunos sobre a situação e sobre
eles mesmos dentro da situação. Suas compreensões sobre para
onde vão, de onde vêm e quanto podem trazer de seu próprio
ser histórico e de seus desejos para dentro da sala de aula dão
forma àquilo que os alunos fazem da sala de aula e das exigências
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“(...) a determinação
de como ensinar
a escrever é uma
questão de escolha
social e ética, mas
os eventos reais
da sala de aula e
a aprendizagem são
produtos dinâmicos da
interação acima de
qualquer controle do
indivíduo.”
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| CAPÍTULO 5
ESCREVENDO BEM, CIENTÍFICA E
RETORICAMENTE: CONSEQUÊNCIAS
PRÁTICAS PARA ESCRITORES DA
CIÊNCIA E SEUS PROFESSORES1
As formas de escrita são fenômenos históricos — criados,
reconhecidos, mobilizados e fortalecidos dentro da mente de
cada escritor e leitor em momentos sócio-históricos específi-
cos, mas transmitidos na acumulação de textos. A experiência
textual acumulada e socialmente contextualizada aumenta o
repertório formal e o comando processual de cada escritor e
leitor. Bazerman (1988) explorou o repertório variável dentro
do domínio da escrita científica e as consequências sociais,
empíricas e epistemológicas desse repertório em uso dentro
de contextos também variáveis.
O repertório tem crescido e mudado à medida que os indi-
víduos têm confrontado problemas retóricos específicos. Ao
adotar o papel de cientista, os indivíduos se comprometem a
criar novas asserções que persuadem outros cientistas sábios e
experientes nas suas especialidades. Eles têm que fazer uso de
suas leituras, sua experiência empírica e suas interações com
seus pares para que possam usar o sistema simbólico existente
com o propósito de apontar para os fenômenos antes não con-
templados pelos símbolos, mas reproduzíveis, reconhecíveis
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A autoconsciência retórica
e a invenção da ciência
Alguns indivíduos que têm transformado significantemente
a escrita científica tiveram algum grau de autoconsciência re-
tórica, como, por exemplo, os cientistas Newton e Oldenburg.
Outros indivíduos parecem velar sua consciência retórica atrás
de outros conjuntos de crenças, como a psicologia experimen-
tal dos meados do século XX. Ali a retórica é negada ao mesmo
tempo em que é praticada, porque os psicólogos experimentais
sentem que não há outra alternativa, como ouvi vários deles
dizerem em resposta ao que escrevi sobre a escrita naquele
campo: “A prática que você descreve não é retórica, é apenas
boa ciência”. Alguns indivíduos com pouca autoconsciência da
sua prática de formulação continuam fazendo o que a situação
parece demandar, o que é compensado pelo sucesso persua-
sivo, como parece ser o caso de muitos dos colaboradores dos
primeiros números do periódico Philosophical Transactions.
Quando práticas elaboradas são profundamente encaixadas no
treinamento e socialização de cientistas, como entre os físicos
do século XX, inovações no processo simbólico provavelmente
não serão percebidas como sendo retóricas ou inovações, mas
apenas como a continuação da mesma coisa.
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3. George A. Kennedy escreveu os livros padrões da retórica clássica: The Art of Persuasion
in Greece (1963), The Art of Rhetoric in the Roman World: 300 B.C.-A.D. 300 (1972) e Classical
Rhetoric and its Christian and Secular Tradition from ancient to Modern Times (1980).
Introduções úteis ao campo são também fornecidas por James J. Murphy em A Synoptic
History of Classical Rhetoric (1983).
4. Em estudos sobre a escrita e seu ensino, pesquisas e teorias têm se virado recentemente
para um exame das bases sociais da escrita, aproximando-se assim das preocupações da
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Considere os processos da
produção de conhecimento
Embora seja a asserção final e publicamente declarada que
tem o poder retórico, não se pode simplesmente pensar apenas
em termos da forma final que as asserções tomarão. As primeiras
escolhas de perguntas a considerar, das asserções a investigar,
da literatura a ler, dos colegas com quem discutir as ideias, das
técnicas investigativas a empregar, das análises a fazer, etc.
afetarão o tipo de produto resultante. Essas escolhas vão gerar
pensamentos, dados, formulações e argumentos que podem
encontrar expressão no artigo final. Além do mais, o artigo
experimental requer uma certa quantidade de representações
explícitas de partes selecionadas do processo que compõem
sua criação, tais como a posterior reconstrução da genealogia
intelectual na revisão da literatura, o relatório processual de
métodos e a narrativa seletiva dos resultados. Por último, a re-
presentação do trabalho final implica uma rede de atividades e
relações na qual o autor se engajou como parte da construção do
argumento; atividades implícitas que podem ser resumidas ao
dizer que o autor tem, na preparação do artigo, agido como um
cientista (qualquer que seja o significado local que esse termo
possa ter dentro da especialidade relevante).
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Os limites da autoconsciência
retórica e o ensino da escrita
Submeter toda declaração a um exame retórico não é obvia-
mente uma demanda realista. Tanto a arte quanto a ciência são
longas e a vida, curta. Precisamos fazer escolhas sobre como
vamos empregar nossas energias. Parece razoável pedir que
um físico aprenda a física e o sistema simbólico da matemáti-
ca. Deveríamos também exigir competência no outro sistema
simbólico das palavras? Quanta competência? Certamente não
um doutorado em retórica. Por outro lado, algo mais do que
um curso de nível médio em gramática e ortografia parece ser
necessário.
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“Apenas com um
conjunto confiável
de formulações
compartilhado
coletivamente será
possível desenvolver
currículos inteligentes
para satisfazer
as necessidades
retóricas locais de
estudantes entrando
em comunidades
específicas geradoras
de conhecimento.”
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| CAPÍTULO 6
A PRODUÇÃO DA TECNOLOGIA E
A PRODUÇÃO DO SIGNIFICADO
HUMANO1
O que é uma retórica da tecnologia? Como a retórica nos aju-
daria a entender a tecnologia? Como uma retórica da tecnologia
se diferenciaria de uma retórica da ciência? Como se distinguiria
de outros domínios da prática retórica? Como melhoraria nossa
compreensão da retórica? Como uma retórica da tecnologia nos
ajudaria a compreender nosso modo de vida atual?
Essas são algumas das questões que eu encontrei quando
escrevi The Languages of Edison’s Light, o qual versa sobre o
trabalho simbólico, representacional e retórico que acompa-
nhou a emergência da luz incandescente como uma tecnologia
cotidiana. Um projeto desse tipo é um estudo pertencente à
retórica da tecnologia porque examina as produções retóricas
que cercam a tecnologia material. Se assumirmos que o mundo
está dividido em áreas de retórica, assim como as pessoas têm
examinado a retórica da ciência, da economia, da sociologia,
da psicologia, das campanhas presidenciais e dos processos
jurídicos, eu trato agora da retórica da tecnologia. O projeto
sobre a retórica edisoniana terminou sendo tanto um projeto da
retórica da tecnologia como um projeto da retórica do sistema
de patentes e dos procedimentos do sistema jurídico civil, da
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Três distinções
As duas últimas perguntas ganham maior destaque se fizer-
mos alguns contrastes entre estudos retóricos de tecnologia e
projetos desenvolvidos sob o rótulo da retórica da ciência. O pri-
meiro contraste trata da identificação dos campos; o segundo,
dos seus limites; e o último, do efeito da materialidade sobre a
atividade simbólica.
Primeiramente, a retórica da ciência parece ser, a curto prazo,
não problemática ou apenas limitadamente problemática para
ser definida como uma área especial, embora a longo prazo isso
possa não ser o caso. A única questão de definição recorrente
que tem causado preocupação para a retórica da ciência tem
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| CAPÍTULO 7
INTERTEXTUALIDADE:
COMO OS TEXTOS SE APOIAM
EM OUTROS TEXTOS1
Quase todas as palavras e frases que usamos já havíamos
ouvido ou visto antes. Nossa originalidade e nossa habilidade
como escritores advêm das novas maneiras como juntamos
essas palavras para se adequarem às situações específicas, às
nossas necessidades e aos nossos propósitos específicos, mas
sempre dependemos do repertório linguístico comum que com-
partilhamos uns com os outros. Se nós não compartilhássemos
a linguagem, como os outros nos entenderiam? Normalmente
não chamamos a atenção para o lugar de onde nós obtemos
especificamente tais palavras. Em geral, as palavras que usamos
são tão comuns que parecem se originar de todos os lugares.
Outras vezes, queremos dar a impressão de que estamos falando
enquanto indivíduos a partir da nossa própria individualidade,
preocupados apenas com o momento imediato. Já outras vezes,
simplesmente não conseguimos nos lembrar de onde ouvimos
algo. Por outro lado, há momentos em que realmente queremos
chamar a atenção para o lugar onde obtemos as palavras. A
fonte dessas palavras talvez exerça uma grande autoridade ou
talvez estejamos querendo criticá-las. Talvez queiramos ainda
contar uma história dramática relativa a certas pessoas, com
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Um exemplo
Para oferecer a você uma noção mais concreta do modo
como a intertextualidade opera, observe a seguinte introdução
de uma seção do periódico Education Week, de 05/10/2000, que
trata sobre o estado atual da middle school americana:2
O elo fraco
Ann Bradley
Kathleen Kennedy Manzo
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Conceitos básicos
Intertextualidade. As relações explícitas e implícitas que um
texto ou um enunciado estabelecem com os textos que lhe
são antecedentes, contemporâneos ou futuros (em potencial).
Através de tais relações, um texto evoca não só a representação
da situação discursiva, mas também os recursos textuais que
têm ligação com essa situação e ainda o modo como o texto em
questão se posiciona diante de outros textos e os usa. Apesar de
este ser hoje em dia um fenômeno amplamente reconhecido,
ainda não há um vocabulário analítico padrão comum que dê
conta dos elementos e dos tipos de intertextualidade. Os termos
que apresento a seguir constituem uma tentativa de apreender
as dimensões e os aspectos centrais da intertextualidade.
Níveis de intertextualidade. Para fins de análise, podemos
distinguir os diferentes níveis de intertextualidade por meio dos
quais um texto evoca explicitamente outros textos e se apoia
neles como um recurso consciente.
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1.
O texto pode remeter a textos anteriores como uma fonte
de sentidos, usada como valor nominal. Isso ocorre sem-
pre que um texto apresenta declarações de outras fontes
consideradas autorizadas, repetindo essa informação
autorizada para os propósitos do novo texto. Numa de-
cisão da Corte Suprema americana, por exemplo, alguns
trechos da Constituição dos Estados Unidos podem ser
citados e tomados como dados autorizados, mesmo que
a aplicação ao caso em questão possa ser contestada. No
outro exemplo discutido anteriormente, o título do artigo
jornalístico “O elo fraco” remete a um antigo ditado, não o
questionando: “A corrente sempre se quebra no elo mais
fraco”.
2.
O texto pode remeter a dramas sociais explícitos de textos
anteriores mencionados na discussão. Por exemplo, ao
citar pontos de vista opostos de políticos, do sindicato
de professores, de grupos comunitários ativistas e dos
relatórios de especialistas acerca de alguma controvérsia
recente, ligada aos recursos para educação, um artigo
jornalístico retrata um drama social intertextual. A repor-
tagem do jornal vai delineando uma história de posicio-
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3.
O texto também pode explicitamente usar outras decla-
rações como pano de fundo, apoio ou contraposição. Os
alunos utilizam as fontes dessa maneira sempre que citam
dados de uma enciclopédia, lançam mão de reportagens
jornalísticas para confirmar eventos ou recorrem a cita-
ções de uma obra literária para fundamentar uma análise.
No artigo “O elo fraco”, as repórteres usaram os dados
do TEIMC e da ANPE como base para os seus argumentos
acerca dos problemas da middle school.
4.
De forma menos explícita, o texto pode se apoiar em
crenças, questões, ideias e declarações amplamente
difundidas e familiares aos leitores, quer sejam relaciona-
das a uma fonte específica, quer sejam percebidas como
senso comum. As garantias constitucionais da liberdade
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5.
Através do uso de certos tipos reconhecíveis de linguagem,
de estilo e de gêneros, cada texto evoca mundos sociais
particulares onde essa linguagem ou essas formas lin-
guísticas são utilizadas, normalmente com o propósito de
identificá-lo como parte daqueles mundos. Este livro, por
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6.
Através apenas do uso da linguagem e de formas linguís-
ticas, o texto recorre aos recursos linguísticos disponíveis,
sem chamar a atenção de modo particular para o inter-
texto. Cada texto, a todo instante, depende da linguagem
disponível no momento histórico e faz parte do mundo
cultural de todos os tempos. No exemplo do artigo jorna-
lístico, a sentença de abertura depende da familiaridade
com o conceito americano da middle school, que surgiu
em meados do século XX, em um movimento para criar
middle school. Também depende da familiaridade com a
expressão “feeling the squeeze”, originada na linguagem do
submundo e então assimilada pelo mundo dos esportes
e dos negócios.
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1. Citação direta.
2. Citação indireta.
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Uma vez que você saiba o que está procurando e por que está
fazendo isso, o próximo passo é identificar quais textos especí-
ficos pretende analisar, tendo o cuidado de que sejam extensos
o suficiente para proporcionar evidências substanciais, mas não
tão amplos que inviabilizem o seu manuseio. Frequentemente,
a análise intertextual é bastante intensa, então talvez você deva
se limitar a um único texto curto, ao menos a princípio, com o
propósito de tornar a sua investigação mais centrada. No entan-
to, se você decidir usar marcadores de intertextualidade muito
óbvios e visíveis (considerando, por exemplo, apenas a lista dos
trabalhos citados no texto para observar em que autores certas
pessoas ou grupos se fundamentam), então é melhor realizar
um estudo quantitativo mais amplo sobre um corpus mais
extenso. Depois de produzir um estudo piloto mais profundo
envolvendo um texto curto, talvez você tenha identificado um
pequeno conjunto de características facilmente observáveis,
relevantes para a sua pergunta, e decida concentrar nelas a
sua pesquisa. A partir daí, você pode seguir para um estudo
mais amplo. Mas lembre-se de que, se você se encaminhar para
análises mais extensas, não deve tentar responder a perguntas
que exijam uma análise detalhada mais profunda.
Tendo selecionado o seu corpus, o próximo passo é identi-
ficar que traços de outros textos você deseja considerar. Isso
é mais fácil de ser realizado quando você pretende analisar as
referências explícitas a outros autores, tal como ocorre nas
citações diretas, nas referências acadêmicas formais ou nas
listas de trabalhos citados.
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Análise aplicada
A intertextualidade mais visível ocorre quando as pessoas
tecem comentários acerca das palavras dos outros, tal como
quando o fazem nos trabalhos escolares. Em uma turma do 6º
ano, por exemplo, à qual se solicitou que escrevesse as suas
reações diante da história “Todo o verão em um dia”, de Ray
Bradbury, um aluno fez referência ao seguinte trecho da obra:
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Conclusão
Tanto esse exemplo da sala de aula quanto o exemplo an-
terior do artigo jornalístico evidenciam flagrantemente que a
intertextualidade não é apenas uma questão ligada a outros
textos a que você se refere, e sim a como você os usa, para
que você os usa e, por fim, como você se posiciona enquanto
escritor diante deles para elaborar seus próprios argumentos.
As pessoas podem desenvolver maneiras sutis e complexas de
elaborar as palavras dos outros. Estamos tão familiarizados com
essas complexas performances intertextuais que dificilmente
as percebemos.
161
| CAPÍTULO 8
DA CRÍTICA CULTURAL À
PARTICIPAÇÃO DISCIPLINAR:
VIVENDO COM PALAVRAS
PODEROSAS1
É lugar-comum na crítica hoje que as disciplinas são constru-
ídas social e retoricamente e que o conhecimento acadêmico
é o produto de atividades sociolinguísticas que promovem os
interesses individuais e grupais. Nos estudos literários, admite-
-se agora que o conhecimento (pelo menos do tipo acadêmico)
é feito de palavras e outros símbolos, que palavras são feitas por
pessoas e que pessoas têm suas próprias preocupações para
cuidar — ou, o que é pior, que as pessoas estão de tal forma
controladas pelas palavras que usam que as palavras usam as
pessoas para reproduzir as palavras. Palavras mais parecem
uma forma de DNA linguístico que inevitavelmente se recria
através dos seres humanos. Simplesmente não se pode con-
fiar em palavras para dizer a verdade. Tal conclusão, até lógica
dentro de suas pressuposições, é uma grande decepção para
quaisquer esperanças que poderíamos ter tido sobre a verdade
e a autoridade universal dos resultados de nossos trabalhos
acadêmicos, mas é um grande incentivo tanto para o caso hu-
manista contra a hegemonia percebida das ciências (naturais
e sociais), como para o caso radical contra todas as formas de
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| CAPÍTULO 9
PERFORMANCE TEXTUAL:
LOCALIZANDO A AÇÃO A
DISTÂNCIA1
Abordagens do estudo da escrita, como a retórica, a análise
de gênero e a análise de atividades, têm realizado trabalhos
importantes ao focar o que os textos fazem in situ e o que as
pessoas fazem umas com as outras através da mediação de
textos.2 Essas abordagens entendem persuasão, influência e
realização de atos através da transmissão de textos entre es-
critores e leitores. A influência textual é vista, às vezes, dentro
de uma situação individual, como na análise retórica de textos
específicos com suas consequências sociais ou políticas; às
vezes, é compreendida dentro das classes de atividades e situ-
ações associadas com um gênero; e outras vezes, é vista dentro
das inter-relações recorrentes entre textos e atores dentro de
sistemas de atividade. Essas compreensões de textos como
realizadores de atos especializados em contexto, contudo, têm
militado contra o exame dos textos como transmissores de
significados, interpretáveis através dos signos na página. Neste
ensaio, desenvolvo uma abordagem de significado mediado por
textos que está em conformidade com descrições interacionais
2. Para exemplos da interseção dessas abordagens, ver: Bazerman & Paradis (1994);
Russell & Bazerman (1997); Bazerman & Russell (2003).
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3. Com a armazenagem eletrônica, a persistência textual é mais tênue, mas supomos que
os arquivos salvos tenham informação suficiente para recompor textos humanamente
legíveis, se temos o hardware e o software corretos e se o arquivo ficar inalterado, etc. Se
estamos incertos sobre a continuidade do artefato textual, podemos iniciar comandos
para relançar o texto ou podemos iniciar rotinas que checam o disco para assegurarmos
que os bits eletrônicos ainda estejam ali e que estejam em boas condições.
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9. Ver Goody (1986) para uma explicação detalhada de algumas das primeiras
consequências sociais do letramento; ver também Bazerman (2000) para um relato
mais histórico.
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| O AUTOR
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Charles Bazerman
É Distinguished Professor na Faculdade de Educação da Universi-
dade da Califórnia, em Santa Barbara nos Estados Unidos. Tem
interesse pela prática e pelo ensino da escrita, entendida em um
contexto sócio-histórico. Usando teorias de gênero, sistema de
atividade, interação, intertextualidade e desenvolvimento cogni-
tivo de base social, investiga a história da escrita científica, outras
formas de escrita usadas no avanço de projetos tecnológicos e
a relação da escrita com o desenvolvimento de disciplinas do
conhecimento. Atua em prol da compreensão da importância da
escrita em todos os domínios da vida moderna.
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Pipa Comunicação Editorial
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SÉRIE
CHARLES
BAZERMAN
― Os Organizadores