Apostila - Saúde Coletiva
Apostila - Saúde Coletiva
Apostila - Saúde Coletiva
Epidemiologia ................................................................................................................ 11
Imunização ..................................................................................................................... 36
Referências ..................................................................................................................... 71
Durante muito tempo predominou o entendimento de que saúde era sinônimo de ausência de
doenças físicas e mentais, assim os serviços de saúde privilegiam sua organização a atenção
médica curativa. O conceito hoje adotado se refere ao da Organização Mundial de Saúde
(OMS), discutido na Conferência Internacional de Alma- Ata (1979):
“Saúde é o completo bem estar físico, mental e social e não a simples ausência de doença”.
Teoria multicausal: a doença como resultante de várias causas que ordenam dentro de três
categorias: o agente, o hospedeiro e o meio ambiente.
Exemplo:
1
Modelo de determinação social do processo saúde-doença
Interação do homem com osambientes físicos e sociais (relacionamento com outros homens,
condição de trabalho).
3. A porta de saída: local por onde o agente causador é eliminado (boca, nariz, aparelho
digestivo, etc.);
4. O modo de transmissão: maneira como o agente causador passa do doente para o sadio
(novo hospedeiro);
5. A porta de entrada para o novo hospedeiro: local por onde o agente causador entra para o
organismo;
LEIA MAIS:
https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unidade01/unidade01.pdf
Saúde Pública
Definição
“Saúde pública é o campo de conhecimento e atividades que tem por objetivo a promoção,
proteção e recuperação da saúde da comunidade, identificar e elevar os níveis de saúde da
comunidade através de medidas de alcance coletivo, da motivação e participação ativa da
população e da organização de seus recursos, assim como algumas práticas para conservar a saúde
impedindo a instalação da doença”.
2
Características da Saúde-pública
3
- Intersetorial: setores ligados à alimentação e nutrição, ao trabalho, a habitação, ao meio
ambiente, a educação, ao transporte e lazer.
Visa evitar ou remover fatores de risco ou causais antes que se desenvolva o mecanismo
patológico que levará à doença. Recorre a meios dirigidos ao nível individual, a grupos
selecionados ou à população em geral. Assim, espera-se a diminuição da incidência da doença
pelo controle de fatores de risco ou causas associadas.
4
Prevenção Terciária – Reabilitação da Saúde
De acordo com o conceito de saúde preconizado pela OMS, as causas das doenças encontram-
se na relação do homem com seu meio ambiente podendo ser estas, portanto, bastante
extensas e variáveis:
Agentes biológicos: podem pode chegar ao organismo transportados pela água, ar, utensílios,
mosquitos
5
Ambiente: iluminação, má ventilação, ruídos.
Dessa forma as medidas ligadas à profilaxia e controle da saúde são extremamente amplas,
necessitando, portanto, de um efetivo compromisso de todos para sua conquista.
Proteção pessoal
Ela engloba o cuidado e preservação com o corpo, bem como a manutenção da saúde mental.
São exemplos dessas medidas: banho, cuidado com os dentes, boa alimentação, imunização,
lazer, atividades de relaxamento, cuidado no uso de medicações, cuidados ligados a pratica
sexual, cuidados relacionados a pratica profissional (uso de EPI´s), entre outros.
Saneamento básico é a condição essencial para o bem estar humano, oferecendo situações de
produtividade e melhor atuação na vida em sociedade. Pode-se definir saneamento segundo a
OMS, como sendo “O controle de todos os fatores do meio físico do homem, que exercem ou
podem exercer efeito nocivo sobre o seu bem estar físico, mental ou social”.
A história do SUS
Antes da criação do SUS, a saúde não era considerada um direito social. O modelo de saúde
adotado até então dividia os brasileiros em três categorias: os que podiam pagar por serviços
de saúde privados; os que tinham direito à saúde pública por serem segurados pela
previdência social (trabalhadores com carteira assinada); e os que não possuíam direito algum.
Assim, o SUS foi criado para oferecer atendimento igualitário e cuidar e promover a saúde de
toda a população. O Sistema constitui um projeto social único que se materializa por meio de
ações de promoção, prevenção e assistência à saúde dos brasileiros.
- O Sistema Único de Saúde - SUS - foi criado pela Lei Orgânica da Saúde n.º 8080/90 com a
finalidade de alterar a situação de desigualdade na assistência à Saúde da população, tornando
6
obrigatório o atendimento público a qualquer cidadão, sendo proibida cobrança de dinheiro
sob qualquer pretexto.
Do Sistema Único de Saúde fazem parte os centros e postos de saúde, hospitais - incluindo os
universitários, laboratórios, hemocentros (bancos de sangue), além de fundações e institutos
de pesquisa, como a FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Vital Brasil. Através
do Sistema Único de Saúde, todos os cidadãos têm direito a consultas, exames, internações e
tratamentos nas Unidades de Saúde vinculadas ao SUS, sejam públicas (da esfera municipal,
estadual e federal) ou privadas, contratadas pelo gestor público de saúde.
O Sistema Único de Saúde tem como meta tornar-se um importante mecanismo de promoção
da equidade no atendimento das necessidades de saúde da população, ofertando serviços com
qualidade adequados às necessidades, independente do poder aquisitivo do cidadão. O SUS se
propõe a promover a saúde, priorizando as ações preventivas, democratizando as informações
relevantes para que a população conheça seus direitos e os riscos à sua saúde. O controle da
ocorrência de doenças, seu aumento e propagação são algumas das responsabilidades de
atenção do SUS, assim como o controle da qualidade de remédios, de exames, de alimentos,
higiene e adequação de instalações que atendem ao público.
O setor privado participa do SUS de forma complementar, por meio de contratos e convênios
de prestação de serviço ao Estado – quando as unidades públicas de assistência à saúde não
são suficientes para garantir o atendimento a toda à população de uma determinada região.
7
O controle social no SUS
Universalidade
"A saúde é um direito de todos", como afirma a Constituição Federal. Naturalmente, entende-
se que o Estado tem a obrigação de prover atenção à saúde, ou seja, é impossível tornar todos
sadios por força de lei.
Integralidade
A atenção à saúde inclui tanto os meios curativos quanto os preventivos; tanto os individuais
quanto os coletivos. Em outras palavras, as necessidades de saúde das pessoas (ou de grupos)
devem ser levadas em consideração mesmo que não sejam iguais às da maioria.
Equidade
Todos devem ter igualdade de oportunidade em usar o sistema de saúde; como, no entanto, o
Brasil contém disparidades sociais e regionais, as necessidades de saúde variam. Por isso,
enquanto a Lei Orgânica fala em igualdade, tanto o meio acadêmico quanto o político
consideram mais importante lutar pela equidade do SUS.
Participação da comunidade
O controle social, como também é chamado esse princípio, foi melhor regulado pela Lei nº
8.142. Os usuários participam da gestão do SUS através das Conferências de Saúde, que
ocorrem a cada quatro anos em todos os níveis, e através dos Conselhos de Saúde, que são
órgãos colegiados também em todos os níveis. Nos Conselhos de Saúde ocorre a chamada
paridade: enquanto os usuários têm metade das vagas, o governo tem um quarto e os
trabalhadores outro quarto.
8
Descentralização político-administrativa
O SUS existe em três níveis, também chamados de esferas: nacional, estadual e municipal,
cada uma com comando único e atribuições próprias. Os municípios têm assumido papel cada
vez mais importante na prestação e no gerenciamento dos serviços de saúde; as transferências
passaram a ser "fundo-a-fundo", ou seja, baseadas em sua população e no tipo de serviço
oferecido, e não no número de atendimentos.
Hierarquização e regionalização
Os serviços de saúde são divididos em níveis de complexidade; o nível primário deve ser
oferecido diretamente à população, enquanto os outros devem ser utilizados apenas quando
necessário. Quanto mais bem estruturado for o fluxo de referência e contra-referência entre os
serviços de saúde, melhor a sua eficiência e eficácia. Cada serviço de saúde tem uma área de
abrangência, ou seja, é responsável pela saúde de uma parte da população. Os serviços de
maior complexidade são menos numerosos e por isso mesmo sua área de abrangência é mais
ampla, abrangência a área de vários serviços de menor complexidade.
9
Programas de saúde do SUS
Conceitos
10
Epidemiologia
Conceito
“Epidemiologia é o estudo da frequência, da distribuição e dos determinantes dos eventos
relacionados à saúde em específicas populações e a aplicação desses estudos no controle dos
problemas de saúde."
Objetivos da Epidemiologia
Caracteres Epidemiológicos
Definição:
Terminologias Epidêmicas
FÔMITES: objetivos de uso pessoal do caso clínico ou portador, que podem estar
contaminados e transmitir agentes infecciosos e cujo controle é feito por meio da desinfecção.
FONTE DE INFECÇÃO: pessoa, animal, objeto ou substância a partir da qual o agente é
transmitido para o hospedeiro.
HOSPEDEIRO: organismo simples ou complexo, incluindo o homem, que é capaz de ser
infectado por um agente específico.
12
IMUNIDADE: resistência usualmente associada à presença de anticorpos que têm o efeito de
inibir microorganismos específicos ou suas toxinas responsáveis por doenças infecciosas.
IMUNIDADE ATIVA: imunidade adquirida naturalmente pela infecção, com ou sem
manifestações clínicas, ou artificialmente pela inoculação de frações ou produtos de agentes
infecciosos ou do próprio agente morto, modificado ou de uma forma variante.
IMUNIDADE PASSIVA: imunidade adquirida naturalmente da mãe ou artificialmente pela
inoculação de anticorpos protetores específicos (soro ou imunoglobulina). INCIDÊNCIA:
número de casos novos de uma doença ocorridos em uma população particular durante um
período específico de tempo.
INFECÇÃO: penetração, alojamento e, em geral, multiplicação de um agente etiológico
animado no organismo de um hospedeiro, produzindo-lhe danos, com ou sem aparecimento
de sintomas clinicamente reconhecíveis.
PROFILAXIA: conjunto de medidas que têm por finalidade prevenir ou atenuar as doenças,
suas complicações e consequências. Quando a profilaxia está baseada no emprego de
medicamentos, trata-se da quimioprofilaxia.
VIA DE ELIMINAÇÃO: (porta de saída) a forma como o agente atinge o meio ambiente
(trato digestivo, respiratório, lesões na pele, trato geniturinário).
VIA DE PENETRAÇÃO: (porta de entrada) trajeto pelo qual o agente introduz-se no novo
hospedeiro. Basicamente são as mesmas de saída.
ZOONOSES: infecção ou doença infecciosa transmissível, sob condições naturais, de
homens a animais e vice-versa.
Vigilância Epidemiológica
✓ Notificação de doenças:
Notificação Ativa: procedimento que tem por objetivo detectar casos que não foram captados
pelo sistema de Notificação. É realizada através de visitas periódicas a serviços de saúde
como hospitais e laboratórios, instituições de ensino, ambulatórios, busca em prontuários,
CCIH e outros locais que possam ser fontes de notificação.
14
(2) quando a incidência da doença é baixa, e pode haver um período mais ou menos longo
sem que ocorram casos; dessa forma, os serviços de saúde obrigando-se informar que não
houve casos, estão sempre vigilantes.
1. Coleta de dados
2. Processamento dos dados coletados
3. Analise e interpretação dos dados processados
4. Recomendações das medidas de controle apropriadas
5. Promoção das ações de controle indicadas
6. Avaliação da eficácia das medidas adotadas
7. Divulgação de informações pertinentes.
15
16
Modelo de ficha de notificação
18
7
Doenças de controle, eliminação ou erradicação
Introdução
Serão descritas a seguir, de forma sintetizada, as características gerais de algumas doenças
cujo controle, eliminação ou erradicação estão vinculados ao trabalho de vacinação.
O objetivo final da vacinação, ou seja, da administração de um imunobiológico, não é apenas
a proteção do indivíduo contra determinada doença, ou seja, não é somente possibilitar a
imunidade individual. Na verdade, a vacinação realizada pela rede de serviços públicos de
saúde busca, principalmente, produzir imunidade coletiva, o que vai permitir o controle ou a
erradicação ou a eliminação da doença.
Caxumba
Descrição
A caxumba (parotidite epidêmica) é doença sistêmica transmissível, de etiologia viral,
caracterizada pela inflamação das glândulas salivares.
Agente infeccioso
O agente é o vírus da parotidite infecciosa, do gênero paramixovirus, da família
paramixoviridae.
Reservatório e fonte de infecção
O reservatório e a fonte de infecção é o homem infectado.
Modo de transmissão
A caxumba se transmite por meio do contato direto com secreções nasofaríngeas da pessoa
infectada.
Período de incubação
O período de incubação é de 12 a 25 dias, sendo a média de 18 dias.
Período de transmissibilidade
A transmissibilidade ocorre entre seis e sete dias antes da parotidite, principalmente nas 48
horas antes, até nove dias depois do início da doença.
Coqueluche
Descrição
A coqueluche é uma doença infecciosa causada por uma bactéria que afeta a traquéia e os
pulmões, e que se caracteriza por apresentar três fases: catarral, paroxística e de
18
convalescença.
Na primeira fase, inicial ou catarral, o doente apresenta tosse e expectoração de muco claro e
viscoso, com duração de uma a duas semanas, aproximadamente.
Na segunda, denominada paroxística, o doente passa a apresentar acessos de tosse que
terminam com um “guincho” ou então com vômitos, quando é eliminada uma secreção
viscosa. Esta fase tem duração aproximada de dois meses.
A terceira fase é a de convalescença, quando a tosse torna-se branda e pouco frequente, com
duração de uma a três semanas.
Agente infeccioso
O agente infeccioso da coqueluche é um bacilo gram-negativo: a Bordetella pertussis.
Reservatório
O único reservatório é o homem.
Modo de transmissão
A coqueluche se transmite de pessoa a pessoa, por meio das secreções nasofaríngeas,
especialmente na fase catarral, ou seja, no início da doença. A transmissão ocorre, também,
pelo contato com objetos contaminados por essas secreções.
Período de incubação
O período de incubação varia entre sete e 14 dias, sendo a média de sete dias.
Período de transmissibilidade
A transmissibilidade é maior durante a fase catarral, diminuindo nas três semanas seguintes,
quando é insignificante.
Difteria
Descrição
É uma doença infecciosa, causada pela toxina de uma bactéria que se localiza nas amígdalas,
faringe, laringe ou na pele. Quando se instala nas vias respiratórias superiores caracteriza-se
pelo aparecimento de uma ou várias placas acinzentadas, circundadas por uma zona
inflamatória de cor vermelha, que podem obstruir a passagem do ar, provocando asfixia e
morte.
Agente infeccioso
O agente infeccioso da difteria é um bacilo gram-positivo, o Corynebacterium diphtheriae.
Reservatório
O reservatório é o homem doente
Modo de transmissão
A difteria se transmite mediante contato direto com o exsudato e secreções das mucosas do
19
nariz e da faringe ou com lesões cutâneas do doente ou portador.
A transmissão pode ocorrer, também, por meio de objetos contaminados por suas secreções.
Período de incubação
O período de incubação é de um a seis dias, podendo ser mais longo.
Período de transmissibilidade
A transmissão ocorre enquanto houver bacilos nas secreções e lesões, durando, em média, de
duas a quatro semanas. Com antibioticoterapia adequada à transmissibilidade cessa 24 a 48
horas depois de iniciado o tratamento do doente ou do portador.
Febre amarela
Descrição
A febre amarela é uma doença infecciosa aguda de curta duração e de gravidade variável. Os
casos mais benignos apresentam quadro clínico indefinido. A doença é súbita, com febre, dor
de cabeça, prostração e vômitos. A forma grave se caracteriza por manifestações de
insuficiência hepática e renal, que podem levar à morte. Apresenta-se sob duas formas
epidemiologicamente distintas: febre amarela silvestre e febre amarela urbana. A febre
amarela silvestre ocorre acidentalmente pela penetração do homem nas áreas onde o vírus
circula entre hospedeiros naturais (macacos principalmente) e onde existe o vetor silvestre
(mosquito). A febre amarela urbana não ocorre no Brasil desde 1942.
Agente infeccioso
O agente infeccioso é o vírus da febre amarela, um arbovirus, do gênero Flavivirus, da família
Flavivirídae.
Reservatório
Na febre amarela urbana o homem é o único reservatório. Na febre amarela silvestre (nas
florestas) os primatas não humanos (macacos, marsupiais) são os principais reservatórios e
hospedeiros do vírus, sendo o homem um hospedeiro acidental.
Fonte de infecção
A fonte de infecção na febre amarela urbana é o mosquito Aedes aegypti infectado (o mesmo
mosquito transmissor do vírus da dengue). Na febre amarela silvestre a fonte de infecção são
mosquitos de hábitos eminentemente silvestres, sendo a espécie Haemagogus a que mais se
destaca no Brasil.
Modo de transmissão
Na área urbana a febre amarela se transmite pela picada do mosquito Aedes aegypti que,
previamente, foi infectado ao picar um doente.
20
Período de incubação
O período de incubação é muito curto, em média de três a seis dias após a picada do mosquito
infectado. No mosquito o período de incubação é de nove a 12 dias.
Período de transmissibilidade
O sangue do doente é infectante para os mosquitos 24 a 48 horas antes do aparecimento dos
sintomas, ou seja, de um a dois dias antes do início da febre e durante os três a cinco
primeiros dias da doença. O mosquito infectado transmite o vírus por toda a vida, cerca de
três a quatro meses.
Hepatite A
Descrição
A hepatite A pode ser assintomática. As manifestações clínicas, quando ocorrem, vão desde a
presença de poucos sintomas até formas fulminantes, o que acontece raramente, não há
evidência de pessoas com a doença na forma crônica. As manifestações clínicas, quando
existentes, podem ser inespecíficas, como um quadro gripal ou então apresentar febre, dor
abdominal (geralmente do lado direito superior - hipocôndrio), icterícia, fezes descoradas e
urina escura.
Agente infeccioso
O agente infeccioso é o vírus da hepatite A (VHA), um hepatovírus da família Picornaviridae.
Reservatório
O reservatório é o homem e alguns primatas não humanos, inclusive os chimpanzés.
Fonte de infecção
A fonte de infecção é o homem e os animais infectados.
Modo de transmissão
A transmissão é fecal-oral, por meio do contato direto pessoa a pessoa, ou indireto pela água e
alimentos contaminados.
Período de incubação
Varia de 15 a 45 dias, sendo a média de 30 dias.
Período de transmissibilidade
A transmissão ocorre a partir da segunda semana antes do início dos sintomas até o final da
segunda semana da doença.
Hepatite B
Descrição
O início da doença, geralmente, é insidioso, com falta de apetite, dores abdominais, náuseas e
21
vômitos. Às vezes, ocorrem dores musculares e fadiga, seguidas, frequentemente, de icterícia.
Pode não haver febre ou aparecer uma febre baixa. Alguns casos não são aparentes e outros se
manifestam de forma fatal e fulminante, com necrose hepática aguda e maciça.
Agente infeccioso
O vírus da hepatite B (VHB), da família Hepadnaviridae.
Reservatório
O único reservatório natural é o homem doente ou portador sadio.
Modo de transmissão
A transmissão ocorre por meio de solução de continuidade na pele e/ou nas mucosas. O vírus
é transmitido na relação sexual; na exposição percutânea (parenteral); e por meio de agulhas
ou outros instrumentos contaminados e uso de drogas endovenosas por exemplo.
Período de incubação
O período de incubação é de 30 a 180 dias, sendo a média de 60 a 90 dias.
Período de transmissibilidade
A transmissão é iniciada antes do aparecimento dos sintomas (duas a três semanas),
mantendo-se durante a fase aguda da doença e no estado de portador crônico. Em muitos
casos, o estado de portador persiste por vários anos e até durante toda a vida.
22
entrada do vírus ocorre, também, pela nasofaringe.
Período de incubação
O período de incubação é desconhecido, mas, provavelmente, é curto, de dois a quatro dias.
Período de transmissibilidade
A transmissão perdura enquanto o agente infeccioso estiver presente no organismo do
indivíduo infectado, o que pode ocorrer num período prolongado, mesmo sem secreção nasal.
A transmissão deixa de ocorrer após 24 a 48 horas do tratamento adequado.
Poliomielite
Descrição
A poliomielite ou paralisia infantil é doença infectocontagiosa viral aguda, provocada por
vírus e que pode ocorrer sob a forma de infecção não aparente (a mais comum) e sob a forma
paralítica que pode provocar sequelas permanentes ou levar à morte. O vírus se instala e se
multiplica no tubo digestivo e logo pode apresentar viremia, com invasão do sistema nervoso
central e ataque às células motoras. Acomete em geral os membros inferiores, tendo como
principais características: flacidez muscular, com sensibilidade conservada e arreflexia no
segmento atingido.
A poliomielite foi de alta incidência no país. Hoje, encontra-se erradicada graças ao trabalho
de vacinação e vigilância epidemiológica, desenvolvidos desde 1980.
Agente infeccioso
O agente infeccioso é o poliovírus pertencente ao gênero Enterovírus da família
Picornaviridae. São três sorotipos: o poliovírus I, o II e o III.
Reservatório
O único reservatório da poliomielite é o homem.
Modo de transmissão
A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto de pessoa a pessoa. A boca é a porta
de entrada do poliovírus que se transmite pela via fecal-oral ou oral-oral.
Período de incubação
O período de incubação da poliomielite varia de dois a 30 dias, sendo, em geral, de sete a 12
dias.
Período de transmissibilidade
A transmissão acontece num período que varia de sete a dez dias antes do início dos sintomas
até cerca de seis semanas após o aparecimento destas manifestações, ocorrendo, de maneira
geral, uma semana antes e uma semana após.
23
Raiva
Descrição
A raiva é uma encefalite aguda sempre fatal. Os primeiros sintomas são: ansiedade, dor de
cabeça, febre, mal-estar, formigamento e sensação de anestesia, relacionados com o local do
ferimento. A evolução da doença provoca paresia e paralisia, produzindo espasmos nos
músculos da deglutição e sialorréia quando o indivíduo vê ou tenta ingerir líquidos. Delírios,
convulsões e períodos de consciência se intercalam. A morte ocorre por paralisia dos
músculos respiratórios e a doença dura em média de cinco a sete dias.
A raiva é uma doença que representa importante problema de saúde pública, em razão de
sempre evoluir para a morte.
Agente infeccioso
O agente infeccioso é o vírus da raiva e pertence ao gênero Lyssavirus, da família
Rhabdoviridae.
Reservatório
No ciclo urbano os principais reservatórios são animais domésticos, como o cão e o gato. A
cadeia silvestre é mantida principalmente pelo morcego.
Modo de transmissão
A doença se transmite pelo contato com a saliva do animal infectado, principalmente por
intermédio da mordedura e arranhadura. Também ocorre pela lambedura de ferimentos ou
mucosas.
Período de incubação
O período de incubação é muito variável, desde um dia até um ano, com uma média de 45
dias no homem e de 10 dias a dois meses no cão.
Período de transmissão
No cão e na maioria dos animais domésticos, a eliminação dos vírus pela saliva ocorre entre
dois e cinco dias antes de surgirem os sinais da doença, persistindo durante toda a sua
evolução.
Rubéola
Descrição
A rubéola é uma doença exantemática aguda, de etiologia viral, que apresenta alta
contagiosidade, acometendo principalmente crianças. Sua forma mais importante é a
síndrome da rubéola congênita (SRC) ou síndrome do pré-natal, que atinge o feto ou o recém-
nascido cujas mães se infectaram durante a gestação. A infecção na gravidez acarreta
24
inúmeras complicações para a mãe (aborto, natimorto) e para a criança (surdez, problemas
cardíacos, lesões oculares e outras).
Agente infeccioso
O agente infeccioso é um vírus pertencente ao gênero Rubivirus, família Togaviridae.
Reservatório
O reservatório é o homem.
Modo de transmissão
A rubéola se transmite de pessoa a pessoa, por meio do contato direto com as secreções
nasofaríngeas de pessoas infectadas.
Período de incubação
Sarampo
Descrição
O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmissível e
extremamente contagiosa, muito comum na infância. Na fase inicial se caracteriza por
apresentar febre, tosse seca, coriza, lacrimejamento e fotofobia. Ocorre, também, intensa
hiperemia da mucosa oral, sendo que, muito frequentemente, observam-se neste local,
pequenos pontos esbranquiçados chamados manchas de Koplick. Em torno do quarto dia da
evolução da doença surge o exantema; a tosse passa a ser produtiva, com secreção. As
manchas de Koplick desaparecem e a febre vai diminuindo até desaparecer, mais ou menos no
quarto ou quinto dia do exantema.
Agente infeccioso
O agente infeccioso é um vírus pertencente ao gênero Morbillivirus, família Paramyxoviridae.
Reservatório
O único reservatório é o homem doente.
Fonte de infecção
A fonte de infecção é o homem.
Modo de transmissão
O sarampo se transmite de pessoa a pessoa, por meio das secreções nasofaríngeas.
25
Período de incubação
O período de incubação é de sete a 18 dias, sendo a média de 10 dias.
Período de transmissibilidade
A transmissão ocorre quatro a seis dias antes do aparecimento do exantema, até quatro dias
após o início da erupção e durante todo o período febril.
Tétano
Descrição
O tétano é uma doença infecciosa aguda não contagiosa causada pela toxina do bacilo tetânico
que se desenvolve anaerobicamente, ou seja, se desenvolve na ausência de oxigênio, no
interior de um ferimento, como o coto umbilical, por exemplo. A doença se caracteriza
clinicamente por contraturas musculares dolorosas que surgem primeiro nos músculos da
face, do pescoço e depois nos músculos do tronco, podendo se estender por todo o corpo,
produzindo espasmos e convulsões que podem levar à morte por asfixia.
No tétano do recém-nascido, tétano neonatal, os sintomas, em geral, aparece entre o quinto e o
12o dia, mais frequentemente em torno do sétimo dia (“mal de sete dias”).
Agente infeccioso
O agente infeccioso é um bacilo gram-positivo e anaeróbio, o Clostridium tetani.
Reservatório
O reservatório do bacilo é o trato intestinal do homem e de animais domésticos,
especialmente o cavalo, onde vive sem causar nenhum problema. O solo, principalmente o
cultivado para agricultura, a pele e/ou qualquer instrumento perfuro cortante contaminado
com o bacilo também são reservatórios.
Modo de transmissão
O tétano não é uma doença contagiosa e, portanto, não se transmite de pessoa a pessoa. Os
esporos do bacilo são introduzidos no corpo por intermédio de um ferimento, geralmente do
tipo perfurante, contaminado com terra, poeira de rua e fezes humanas e de animais. É o
chamado tétano acidental. Queimaduras e tecidos necrosados favorecem, especialmente, o
desenvolvimento do bacilo anaeróbio.
O tétano neonatal acontece pela contaminação do coto umbilical com esporos do Clostridium
tetani, devido à infecção do umbigo não cicatrizado. A infecção ocorre quando o umbigo é
“tratado” com substâncias e instrumentos impróprios e contaminados com esporos.
Período de incubação
26
O período de incubação é de dois dias a três semanas, variando de acordo com a natureza, a
extensão e a localização da ferida. Quanto menor o tempo de incubação mais grave é o
prognóstico.
Período de transmissibilidade
Como o tétano não se transmite de um indivíduo a outro, não há período de
transmissibilidade.
Tuberculose
Descrição
A tuberculose é uma doença infecto contagiosa. A lesão inicial, em 95% dos casos, ocorre nos
pulmões, constituindo o foco primário. Em seguida, o agente infeccioso atinge os vasos
linfáticos e invade os gânglios regionais, formando, assim, o complexo primário.
A partir dos gânglios regionais, os bacilos podem-se disseminar por via linfo-hematogênica,
determinando as complicações mais graves da doença: as formas miliar e meníngea. Estas
formas graves atingem, principalmente, os menores de um ano, levando-os com frequência a
óbito, sobretudo os desnutridos. As formas graves também são comuns nos casos de
intercorrências de outras doenças como o sarampo e a coqueluche, que deprimem fortemente
o sistema imunológico.
Agente infeccioso
O agente infeccioso é um bacilo, o bacilo de Koch ou Mycobacterium tuberculosis.
Reservatório
O principal reservatório é o indivíduo doente, especialmente o bacilífero.
Fonte de infecção
Considera-se como fonte de infecção o indivíduo que elimina grandes quantidades do bacilo
no escarro: são os bacilíferos. Um indivíduo bacilífero, quando não submetido a tratamento,
infecta cerca de cinco a 10 pessoas por ano e, de maneira geral, se mantém bacilífero por dois
anos, até a recuperação espontânea, a cronificação da doença ou a morte.
O bacilo perde a patogenicidade, com o início do tratamento, dentro de 15 a 30 dias,
aproximadamente.
Modo de transmissão
A tuberculose se transmite de pessoa a pessoa, por meio das gotículas que são eliminadas pela
tosse, espirro e fala principalmente pela tosse dos indivíduos bacilíferos.
Período de incubação
O período de incubação é variável, podendo haver ou não um período de latência entre a
infecção e o aparecimento da doença. O período de latência pode corresponder a alguns anos.
27
Período de transmissibilidade
A doença é transmitida enquanto o indivíduo eliminar os bacilos selvagens, ou seja, bacilos
que não sofreram ainda o efeito da quimioterapia.
Varicela
Descrição
A varicela ou catapora é uma doença infecciosa que se apresenta, habitualmente, com febre
baixa e lesões vesiculares generalizadas, pruriginosas, concentradas, em sua maioria, no
tronco e na face, com menor presença nas extremidades (braços e pernas). As lesões podem
atingir as mucosas e nunca aparecem nas mãos e nos pés. A maioria dos casos (90%) ocorre
em pessoas com menos de 15 anos de idade.
A infecção primária produz a doença. Depois da infecção primária o agente infeccioso pode
permanecer latente nos gânglios nervosos próximos à medula espinhal e a sua reativação
causa o herpes zoster. O herpes zoster é uma doença que apresenta lesões vesiculares e dor
intensa em uma a três zonas do corpo, relacionadas às terminações dos nervos acometidos. O
herpes zoster é menos contagioso que a catapora porque a transmissão ocorre somente pelo
contato direto com as lesões.
Agente infeccioso
O agente infeccioso é o vírus da varicela-zoster ou Herpesvirus varicellae, pertencente à
família Herpesviridae.
Reservatório
O reservatório é o indivíduo infectado.
Fonte de infecção
A fonte de infecção é o homem doente.
Modo de transmissão
A varicela se transmite por intermédio do contato direto com secreções das lesões vesiculares
e da nasofaringe da pessoa infectada. A porta de entrada habitual é a mucosa do trato
respiratória superior.
Período de incubação
O período de incubação é de 10 a 21 dias, sendo, em média, 14 dias.
Hanseníase
Descrição
A hanseníase é uma doença infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, um tipo de
28
bactéria. A hanseníase é conhecida por vários outros nomes, sendo lepra o mais conhecido. O
nome lepra sido evitado devido ao estigma de uma doença deformante, contagiosa e incurável
que a doença carrega.
Transmissão da hanseníase
Atualmente acredita-se que sejam pela via respiratória, as secreções respiratórias,
principalmente nasais, carregam um grande número de bactérias. A transmissão pode ser por
tosse, espirro ou perdigotos da fala. É importante destacar que a hanseníase não é transmitida
com tanta facilidade como infecções respiratórias comuns tipo gripes é necessário contato
íntimo e prolongado que só ocorre em pessoas que moram na mesma casa. O tempo de
Sintomas da hanseníase
A hanseníase se manifesta principalmente acometendo a pele e os nervos. A lesão típica é
uma mancha hipopigmentada (mais clara que a pele) associada à perda de sensibilidade no
local.
A hanseníase é classificada de acordo com a resposta do nosso organismo à presença do
bacilo:
- Hanseníase indeterminada = É aquela que apresenta uma lesão única e evolui para cura
espontaneamente na maioria dos casos. São 90% dos casos.
- Hanseníase paucibacilar ou tuberculóide = São os pacientes com 5 ou menos lesões de
pele, onde não se consegue detectar a bactéria quando se retira amostras das lesões.
São pacientes que apresentam resposta imune parcial ao bacilo. Não conseguem destruí-lo,
mas também não o deixam se alastrar pelo corpo.
- Hanseníase multibacilar ou lepromatosa = É a forma mais grave. Pacientes apresenta-se
com 6 ou mais lesões de pele, com amostras positivas para o bacilo de Hansen. São doentes
com sistema imune ineficaz contra a bactéria. Nas formas indeterminadas e paucibacilar as
lesões são hipopigmentadas ou avermelhadas com bordas levemente elevadas.
Tratamento da hanseníase
O tratamento com o coquetel de drogas, chamado de poliquimioterapia (PQT) consiste no uso
conjunto de Rifampicina, Dapsona e Clofazimina.
Acredita-se que após o início do tratamento o paciente contaminado já não seja mais capaz de
transmitir a doença. Um dos grandes problemas do tratamento da hanseníase é a alta taxa de
reações às drogas, que pode ocorrer em até 25% dos casos.
Dengue
Descrição
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus da família Flaviridae e é
transmitida, no Brasil, através do mosquito Aedes aegypti, também infectado pelo vírus.
Atualmente, a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública de todo o
mundo. Em todo o mundo, existem quatro tipos de dengue, já que o vírus causador da doença
possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.
O vírus da dengue pode se apresentar de quatro formas diferentes, que vai desde a forma
30
inaparente, em que apesar da pessoa está com a doença não há sintomas, até quadros de
hemorragia, que podem levar o doente ao choque e ao óbito.
Sintomas da Dengue: há suspeita de dengue em casos de doença febril aguda com duração
de até 7 dias e que se apresente acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: dor
de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares, dores nas juntas, prostração e vermelhidão
no corpo.
Imunização
A redução da morbidade e da mortalidade por doenças preveníveis por imunização é a
finalidade principal da vacinação. No entanto, para que um imunobiológico possa agir no
organismo e criar defesas ou anticorpos, como no caso da
administração de vacinas, ou para que possa combater
microorganismos já instalados, como no caso da
administração de soros e imunoglobulinas, é preciso que a
31
atividade de vacinação seja cercada de cuidados, adotando-
se procedimentos adequados antes, durante e após a
administração desses produtos na população.
Além disso, a sala de vacinação deve ser mantida em condições de higiene e limpeza e ser
exclusiva para a administração dos imunobiológicos.
33
Conservação dos imunobiológicos
Os imunobiológicos são sensíveis a agentes físicos como a luz e o calor, especialmente por
conterem na sua formulação antígenos e adjuvantes. O calor é bastante prejudicial, pois
acelera a inativação das substâncias que entram na composição dos produtos.
Rede de Frio
Instância local
Na instância local, ou seja, nos centros e postos de saúde, nos hospitais e nos ambulatórios,
todos os produtos são conservados entre +2ºC e +8ºC, em refrigeradores do tipo doméstico ou
em caixas térmicas.
34
Procedimentos básicos na utilização de termômetros
Cuidados gerais
No que se refere aos cuidados gerais com o refrigerador, adotar os seguintes procedimentos:
35
• colocar o equipamento distante de fonte de calor, como estufa e autoclave, e fora do alcance
dos raios solares;
• afastar o refrigerador da parede, pelo menos 20 cm, de modo a permitir a livre circulação
doar no condensador;
• usar tomada ou conexão com a fonte de energia elétrica exclusiva para o refrigerador,
evitando ligá-lo junto com outros equipamentos na mesma tomada, usando “T” ou benjamim;
• regular o refrigerador de forma que a temperatura interna permaneça entre +2ºC e +8ºC;
• O termostato depois de ajustado não deve ser manipulado, nem mesmo durante a limpeza.
• evitar abrir o refrigerador de estoque toda vez que for administrar uma vacina; abri-lo
somente duas vezes: no início e no final de cada dia de trabalho;
• fazer uma previsão do número de pessoas que irá procurar o serviço de saúde naquele dia e
retirar as vacinas (quando for o caso acompanhado dos diluentes) acondicioná-las no
refrigerador de uso diário ou em caixa térmica com gelo e termômetro.
Organização do refrigerador
Para que as condições de conservação das vacinas e soros sejam adequadas, organizar e
utilizar o refrigerador de acordo com o seguinte:
• colocar na prateleira central (de modo geral na segunda prateleira) o termômetro de máxima
e mínima, de pé, para evitar quebra na coluna de mercúrio;
• no refrigerador, nunca guardar imunobiológicos em caixas térmicas uma vez que impedem a
condução do frio.
36
- na primeira prateleira as vacinas virais que podem ser congeladas;
- na segunda prateleira as vacinas bacterianas, os soros e as vacinas virais que não podem ser
congeladas;
• não colocar garrafas com água e outros produtos na porta do refrigerador, uma vez que o
peso pode prejudicar a regulagem e a vedação da porta.
• retirar a gaveta plástica, caso exista e, em seu lugar, colocar garrafas com água. As garrafas
com água contribuem para estabilizar a temperatura interna do refrigerador, a água colocada
nas garrafas deve conter um corante para evitar que seja bebida.
• colocar na frente os produtos com prazo de validade mais próximo do vencimento, para que
sejam utilizados primeiro
Limpeza do refrigerador
A manutenção das condições ideais de conservação dos imunobiológicos exige que a limpeza
do refrigerador seja feita a cada 15 dias, ou quando a camada de gelo atingir 0,5cm. Antes de
proceder à limpeza do refrigerador:
• transferir os imunobiológicos para outro refrigerador se houver, ou para uma caixa térmica,
com gelo reciclável ou com gelo em sacos plásticos, mantendo a temperatura recomendada
(+2ºC a +8ºC);
• desligar a tomada e abrir as portas do refrigerador e do congelador, até que todo o gelo
aderido se desprenda.
37
Após a limpeza:
• ligar o refrigerador;
O refrigerador pode deixar de funcionar por motivo de corte de energia elétrica ou por defeito.
Um corte de energia por um período prolongado, em um dia de calor, pode inutilizar
totalmente os imunobiológicos. Nessas situações manter o equipamento fechado até que a
corrente seja reativada ou até que se verifique o tipo de problema, comunicando de imediato
ao responsável pelo serviço de saúde, para melhor orientação sobre as providências a serem
adotadas.
Quando o defeito identificado não é solucionado em até seis horas, providenciar para que os
imunobiológicos sejam colocados em caixas térmicas, mantendo a temperatura entre +2ºC e
+8º, até que sejam transferidos para outro equipamento em um serviço mais próximo, seja no
próprio município ou na instância regional.
Observação
Na caixa térmica não usar gelo em barra ou gelo em escama fora do saco plástico.
Escolher o tamanho adequado de acordo com a finalidade para a qual será utilizada
Observações
Sempre que necessário, as bobinas de gelo reciclável ou o saco plástico com gelo devem ser
trocados. Após utilizar a caixa térmica lavá-la, enxugá-la e guardá-la em local ventilado e
protegido.
Ao organizar a caixa térmica para acondicionar vacinas bacterianas e soros, deixar o gelo
reciclável sobre a pia ou balcão para eliminar a “neve” que normalmente aparece na superfície
externa, uma vez que a temperatura está inferior a 0º C.
39
Organização da caixa térmica
40
Contra-indicações gerais à vacinação
Uma contra-indicação geral para todos os imunobiológicos é a ocorrência de:
✓ Hipersensibilidade (reação anafilática) após o recebimento de qualquer dose;
✓ História de hipersensibilidade aos componentes de qualquer dos produtos;
✓ A presença de neoplasia maligna;
Observações:
- A ocorrência de febre após a administração de uma vacina não constitui contra-indicação à
41
dose subsequente. Quando ocorrer febre administrar o antitérmico comumente utilizado.
- A criança infectada pelo vírus da imunodeficiência humana HIV pode receber todas as
vacinas previstas no esquema básico de vacinação.
42
A injeção é feita na região do músculo deltoide, no nível da inserção inferior do braço
direito.
• O frasco multidoses da vacina BCG-ID, uma vez aberto, pode ser usado por seis horas.
Evolução da lesão vacinal
• Alguns dias depois da vacinação surge, no local, um nódulo que evolui para pústula e
em seguida para crosta e úlcera.
• Esta lesão regride, espontaneamente, em média entre a quinta e a 12ª semana, podendo
se prolongar até a 24ª, deixando pequena cicatriz.
• A úlcera, que resulta da evolução normal da lesão, não deve ser coberta.
• O local deve estar sempre limpo, não sendo necessário colocar qualquer medicamento
ou adotar qualquer cuidado especial, nem realizar curativo.
• Na ausência da cicatriz é indicada a revacinação seis meses após a primeira dose.
O esquema básico da vacina contra a poliomielite corresponde a três doses, com intervalo
de 60 dias entre as mesmas. O intervalo mínimo é de 30 dias. Um reforço é administrado
um ano após a terceira dose.
Cada dose, em geral, corresponde a duas gotas, podendo variar conforme especificações
do laboratório produtor.
A bisnaga da vacina contra a poliomielite, uma vez aberta, pode ser usada durante cinco
43
dias úteis.
Via de administração
A vacina contra a poliomielite é administrada por via oral.
• Esperar a pessoa engolir a vacina; se a mesma cuspir, regurgitar ou vomitar (até uma
hora depois da administração) repetir a dose.
• Não é necessário fazer intervalo entre a alimentação (inclusive leite materno) e a
administração da vacina.
Apresentação
A vacina DTP é apresentada sob a forma líquida, em ampola ou frasco de dose única,
contendo 1,0 ml ou 0,5 ml, ou em frasco multidoses.
Dose e volume
O esquema básico da DTP corresponde a três doses no primeiro ano de vida, com
intervalo mínimo de 30 dias. O reforço é administrado 6 a 12 meses depois da terceira
dose, de preferência aos 15 meses de idade.
Atualmente, o volume correspondente a uma dose é de 0,5 ml, podendo variar de acordo
com o laboratório produtor.
O frasco multidoses da vacina DTP, uma vez aberto, pode ser usado até o vencimento do
prazo de validade.
Observação:
44
• Quando a criança estiver com o esquema vacinal incompleto, faltando uma ou duas
doses, dar continuidade ao mesmo considerando as doses administradas anteriormente.
Via de administração
A vacina tríplice bacteriana (DTP) deve ser administrada por via intramuscular. Nas
crianças menores de dois anos a injeção é feita no vasto lateral da coxa e nos maiores
pode ser utilizada a região do deltóide, na face externa superior do braço.
45
vencimento do prazo de validade.
A vacina contra a infecção pelo Haemophilus influenzae tipo b (Hib) é indicada para os
menores de cinco anos, a partir de dois meses de idade.
Apresentação
A vacina é apresentada sob a forma liofilizada, acompanhada do diluente, ou sob a forma
líquida, em frascos de dose única ou multidoses.
Dose e volume
O esquema básico corresponde a três doses no primeiro ano de vida, com intervalo de 60
dias entre as doses. O intervalo mínimo é de 30 dias. As crianças com idade entre 12 e 59
meses, quando não vacinadas ou quando apresentam esquema incompleto, devem receber
uma única dose.
O volume correspondente a uma dose é de 0,5 ml.
Via de administração
A vacina deve ser administrada por via intramuscular, nas crianças com menos de dois
anos de idade, a injeção é feita no vasto lateral da coxa. A região do deltóide, face externa
superior do braço, é utilizada, para a administração da vacina nos maiores de dois anos de
idade.
O frasco multidoses da vacina Hib liofilizada, após a reconstituição, é utilizado até, no
máximo, cinco dias úteis.
O esquema básico da vacina tríplice viral corresponde a uma dose, a partir dos 12 meses,
de preferência aos 15 meses.
Atualmente, o volume correspondente a uma dose é de 0,5 ml.
Via de administração
A vacina tríplice viral é administrada por via subcutânea, na região do deltóide, na face
externa superior do braço.
O frasco multidoses da vacina tríplice viral, após a reconstituição, pode ser utilizado até,
no máximo, oito horas.
Os eventos adversos após a administração da vacina tríplice viral, quando ocorrem, são,
geralmente, benignos:
- 5% a 15% dos vacinados apresentam hipertermia, entre o quinto e 12º dia;
- 5% apresentam discreto exantema, após o sétimo e o 10o dia; e.
Apresentação
A vacina contra a febre amarela é apresentada sob a forma liofilizada, em frasco
multidoses.
Dose e volume
O esquema básico da vacina contra a febre amarela corresponde a uma dose a partir dos
seis meses de idade. O Regulamento Sanitário Internacional exige uma dose de reforço a
cada dez anos.
O volume correspondente a uma dose é de 0,5 ml.
Via de administração
A vacina contra a febre amarela é administrada por via subcutânea. A injeção é feita, de
preferência, na região do deltóide, na face externa superior do braço.
O frasco multidoses da vacina contra a febre amarela, após a diluição, pode ser utilizado
até, no máximo, quatro horas.
Os eventos adversos após a administração da vacina contra a febre amarela, quando
ocorrem, são, geralmente, dor no local da administração, febre e cefaléia.
Apresentação
A vacina contra a hepatite B é apresentada sob a forma líquida em frasco de dose única
ou multidoses.
Dose e volume
As reações mais comuns são: dor local, eritema, febre, mal-estar, fadiga e cefaléia,
orientar a pessoa vacinada ou seu acompanhante para usar compressa fria no caso de dor
ou vermelhidão no local da administração;
Via de administração
A vacina contra a infecção pelo meningococo C é administrada por via intramuscular,
podendo ser utilizada a via subcutânea. A injeção é feita, de preferência, na região do
deltoide, face externa superior do braço.
Sífilis
Conceito: doença infectocontagiosa sistêmica (acomete todo o organismo), que evolui de
forma crônica (lenta) e que tem períodos onde se manifesta agudamente e períodos de
latência (sem manifestações). Pode comprometer múltiplos órgãos (pele, olhos, ossos,
sistema cardiovascular, sistema nervoso). De acordo com algumas características de sua
evolução a sífilis divide-se em Primária, Secundária, Latente e Terciária ou Tardia.
Quando transmitida da mãe para o feto é chamada de Sífilis Congênita.
O importante a ser considerado aqui é a sua lesão primária, também chamada de cancro
de inoculação (cancro duro), que é a porta de entrada do agente no organismo da pessoa.
Agente
Treponema pallidum
Sífilis primária: trata-se de uma lesão ulcerada (cancro) não dolorosa (ou pouco
dolorosa), em geral única, com a base endurecida, lisa, brilhante, com presença de
secreção serosa (líquida, transparente) escassa e que pode ocorrer nos grandes lábios,
vagina, clitóris, períneo e colo do útero na mulher e na glande e prepúcio no homem, mas
que pode também ser encontrados nos dedos, lábios, mamilos e conjuntivas. É frequente
também a adenopatia inguinal (íngua na virilha) que, em geral passa despercebida. O
cancro usualmente desaparece em 3 a 4 semanas, sem deixar cicatrizes. Entre a segunda e
quarta semanas do aparecimento do cancro, as reações sorológicas (exames realizados no
sangue) para sífilis tornam-se positivas.
Sífilis Latente: nesta fase não existem manifestações visíveis, mas as reações sorológicas
continuam positivas.
Sífilis Adquirida Tardia: a sífilis é considerada tardia após o primeiro ano de evolução
em pacientes não tratados ou inadequadamente tratados. Apresentam-se após um período
variável de latência sob a forma cutânea, óssea, cardiovascular, nervosa etc. As reações
sorológicas continuam positivas também nesta fase.
Sífilis Congênita: é devida a infecção do feto pelo Treponema por via transplacentária, a
partir do quarto mês da gestação. As manifestações da doença, na maioria dos casos,
estão presentes já nos primeiros dias de vida e podem assumir formas graves, inclusive
podendo levar ao óbito da criança.
Complicações/Consequências
Aborto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto.
Infecções peri e neonatal.
Sífilis Congênita. Neurossífilis. Sífilis Cardiovascular.
Transmissão
Relação sexual (vaginal anal e oral), transfusão de sangue contaminado, transplacentária
(a partir do quarto mês de gestação). Eventualmente através de fômites.
Tratamento
Medicamentoso. Com cura completa, se tratada precoce e adequadamente.
Prevenção
Camisinha pode proteger da contaminação genital se a lesão estiver na área recoberta.
Evitar contato sexual se detectar lesão genital no (a) parceiro (a).
Candidíase
Conceito: a candidíase, especialmente a candidíase vaginal, é uma das causas mais
frequentes de infecção genital. Caracteriza-se por prurido (coceira), ardor, dispareunia
(dor na relação sexual) e pela eliminação de um corrimento vaginal em grumos
brancacentos, semelhante à nata do leite. Com frequência, a vulva e a vagina encontram-
se edemaciadas (inchadas) e hiperemiadas (avermelhadas). As lesões podem estender-se
pelo períneo, região perianal e inguinal (virilha). No homem apresenta-se com hiperemia
da glande e prepúcio (balanopostite) e eventualmente por um leve edema e pela presença
de pequenas lesões puntiformes (em forma de pontos), avermelhadas e pruriginosas. Na
maioria das vezes não é uma doença de transmissão sexual. Em geral está relacionada
com a diminuição da resistência do organismo da pessoa acometida. Existem fatores que
predispõe ao aparecimento da infecção: diabetes melitus, gravidez, uso de contraceptivos
Agente
Cândida albicans e outros.
Complicações/Consequências
São raras. Pode ocorrer disseminação sistêmica (especialmente em imunodeprimidos).
Transmissão
Ocorre transmissão pelo contato com secreções provenientes da boca, pele, vagina e
dejetos de doentes ou portadores. A transmissão da mãe para o recém-nascido
(transmissão vertical) pode ocorrer durante o parto.
A infecção, em geral, é primária na mulher, isto é, desenvolve-se em razão de fatores
locais ou gerais que diminuem sua resistência imunológica.
Tratamento
Medicamentos locais e/ou sistêmicos.
Prevenção
Higienização adequada. Evitar vestimentas muito justas. Investigar e tratar doença(s)
predisponente(s). Camisinha.
Gonorréia
Conceito
Doença infecto contagiosa que se caracteriza pela presença de abundante secreção
purulenta (corrimento) pela uretra no homem e vagina e/ou uretra na mulher. Este quadro
frequentemente é precedido por prurido (coceira) na uretra e disúria (ardência miccional).
Em alguns casos podem ocorrer sintomas gerais, como a febre.
Agente
Neisseria gonorrhoeae
Complicações/Consequências
Aborto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto.
Doença Inflamatória Pélvica. Infertilidade. Epididimite. Prostatite. Pielonefrite.
Transmissão
Relação sexual
Tratamento
Antibióticos.
Prevenção
Camisinha. Higiene pós-coito.
Linfogranuloma venéreo
Conceito: o linfogranuloma venéreo caracteriza-se pelo aparecimento de uma lesão
genital (lesão primária) que tem curta duração e que se apresenta como uma ulceração
(ferida) ou como uma pápula (elevação da pele). Esta lesão é passageira (3 a 5 dias) e
frequentemente não é identificada pelos pacientes, especialmente do sexo feminino. Após
a cura desta lesão primária, em geral depois de duas a seis semanas, surge o bubão
inguinal que é uma inchação dolorosa dos gânglios de uma das virilhas (70% das vezes
são de um lado só). Se este bubão não for tratado adequadamente ele evolui para o
rompimento espontâneo e formação de fístulas.
Agente
Chlamydia trachomatis.
Complicações/Consequências
Elefantíase do pênis, escroto, vulva. Proctite (inflamação do reto) crônica. Estreitamento
do reto.
Transmissão
Relação sexual é a via mais frequente de transmissão.
Tratamento
Sistêmico, através de antibióticos. Aspiração do bubão inguinal. Tratamento das fístulas
Prevenção
Camisinha. Higienização após o coito.
HIV/AIDS
Conceito: síndrome (uma variedade de sintomas e manifestações) causada pela infecção
crônica do organismo humano pelo vírus HIV (Human Immunodeficiency Virus). O vírus
compromete o funcionamento do sistema imunológico humano, impedindo-o de executar
sua tarefa adequadamente, que é a de protegê-lo contra as agressões externas (por
bactérias, outros vírus, parasitas e mesmo por células cancerígenas).
Com a progressiva lesão do sistema imunológico o organismo humano se torna cada vez
mais susceptível a determinadas infecções e tumores, conhecidas como doenças
oportunísticas, que acabam por levar o doente à morte.
de AIDS.
Diagnóstico
Por exames realizados no sangue do (a) paciente.
Tratamento
Existem drogas que inibem a replicação do HIV, que devem ser usadas associadas, mas
ainda não se pode falar em cura da AIDS.
As doenças oportunas são em sua maioria tratáveis, mas há necessidade de uso contínuo
de medicações para o controle dessas manifestações.
Prevenção
Na transmissão sexual se recomenda sexo seguro: relação monogâmica com parceiro
comprovadamente HIV negativo, uso de camisinha.
Na transmissão pelo sangue recomenda-se cuidado no manejo de sangue (uso de seringas
descartáveis, exigir que todo sangue a ser transfundido seja previamente testado para a
presença do HIV, uso de luvas quando estiver manipulando feridas ou líquidos
potencialmente contaminados). Não há, no momento, vacina efetiva para a prevenção da
infecção pelo HIV. É necessário observar que o uso da camisinha, apesar de proporcionar
excelente proteção, não proporciona proteção absoluta (ruptura, perfuração, uso
inadequado etc.). Repito, a maneira mais segura de se evitar o contágio pelo vírus HIV é
fazer sexo monogâmico, com parceiro (a) que fez exames e você saiba que não está
infectado (a).
Infecção por Trichomonas - Tricomoníase Genital
Conceito: doença infectocontagiosa do sistema gênito-urinário do homem e da mulher.
No homem causa uma uretrite de manifestações em geral discretas (ardor e/ou prurido
uretral e secreção branca, amarelado ou amarelo esverdeada), podendo, eventualmente ser
ausentes em alguns e muito intensas em outros.
É uma das principais causas de vaginite, vulvovaginite e cervicite (infecção do colo do
útero) da mulher adulta podendo, porém, cursar com pouca ou nenhuma manifestação
Agente
Trichomonas vaginalis (protozoário).
Complicações/Consequências
Prematuridade. Baixo peso ao nascer. Ruptura prematura de bolsa etc.
Transmissão
Relação sexual (principalmente). A mulher pode ser infectada tanto por parceiros do sexo
masculino quanto do sexo feminino (por contato genital). O homem por parceiras do sexo
feminino.
É importante considerar aqui que mesmo a pessoa portadora da doença, mas sem
sintomas, pode transmitir a infecção.
Fômites.
Tratamento
Quimioterápicos. O tratamento pode ser oral e local (na mulher).
Prevenção
Camisinha, tratamento simultâneo do (a) parceiro (a).
1 Referencias
1. BennensonAS, editor. Controle das doenças transmissíveis no homem. 13a ed. Washington:
OMS. 1993. Publicação Científica nº 442.
2. Fundação Nacional de Saúde. Cartilha de ofidismo (COBRAL). Brasília; 1991.
3. Fundação Nacional de Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica. 4a ed. Brasília; 1998.
4. Fundação Nacional de Saúde. Manual de vigilância epidemiológica dos eventos adversos após
vacinação. Brasília; 1998.
5. Fundação Nacional de Saúde. Norma técnica de tratamento profilático anti-rábico humano.
Brasília; 1993.
6. Fundação Nacional de Saúde. Guia de controle da hanseníase. Brasília; 1994.
7. Fundação Nacional de Saúde. Manual integrado de prevenção e controle da febre tifóide.
Brasília; 1998.
8. Fundação Nacional de Saúde. Capacitação de pessoal em vacinação: uma proposta de
treinamento em serviço - manual do treinando. Brasília; 1991.
9. Fundação Nacional de Saúde. Manual de procedimentos para vacinação. 3a ed. Brasília; 1994.
10. Ministério da Saúde. Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes ofídicos. Brasília; 1989.
11. Freire LMS, Chagas AJ. Sarampo. In: Tonelli E. Doenças infecciosas na infância. Rio de
Janeiro: Ed. Médica e Científica; 1987.
12. São Paulo. Secretaria de Estado da Saúde. Comissão Técnico-Científica de Controle da Raiva.
Profilaxia da raiva em humanos: Norma Técnica 67/96. São Paulo; 1996.
13. São Paulo. Secretaria de Estado da Saúde. Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof.
Alexandre Vranjac. Norma do Programa de Imunização. São Paulo; 1998