Apostila Do Módulo de Logistica e Planejamento Da Produção - Prof. Oldemar
Apostila Do Módulo de Logistica e Planejamento Da Produção - Prof. Oldemar
Apostila Do Módulo de Logistica e Planejamento Da Produção - Prof. Oldemar
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FACULDADE DE SINOP
Centro de Pesquisa e Planejamento – CPP
GESTÃO DO AGRONEGÓCIO / T7
LOGÍSTICA E PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO
1. Ementa
Logística: conceitos gerais. Canais de suprimento e distribuição. Cadeias de suprimento.
Custos logísticos. Sistemas de transporte. Armazenagem de produtos e localização de depósitos.
Controle de estoques e programação da produção.
Carga Horária
20 Horas- aula
1.2 Objetivos
Proporcionar conhecimento amplo da Logística e suas principais atividades, bem como
fornecer informações valiosas para a condução das operações logísticas no agronegócios, em
firmas industriais, comerciais e de serviço.
1.4 Metodologia
As aulas serão expositivas e interativas com demonstrações de exercícios resolvidos. Será
proporcionado um momento de debates e discussões a partir de artigos acadêmicos envolvendo a
temática Logística, para a realização dos cálculos envolvendo os custos logísticos serão utilizadas
planilhas do EXCEL e também a calculadora HP-12C.
1.5 Critérios de avaliação
Será realizada uma avaliação através de um portfólio de atividades, onde o aluno fará a
resolução de problemas propostos durante as aulas, no final o aluno juntará todas as atividades e
formara seu portfólio avaliativo. O peso dessa avaliação corresponde a 50% da nota, das demais
notas compõe: trabalho em grupo, trabalho cientifico e avaliação em grupo.
LOGÍSTICA E PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO
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11. LEITE, P. R. Logística Reversa: meio ambiente e competitividade. São Paulo: Prentice
Hall, 2003.
12. MEYER, H. Many happy returns. Journal of Business Strategy, vol. 20 (4): p. 27-31,
1999.
13. MELLO, Sonia (trad.). Logistics training international. Gerenciamento da logistica e
cadeia de suprimentos. São Paulo: IMAM, 1997. 285 p., il.
Poucas são as áreas de estudo que apresentam impactos significativos no padrão de vida
das pessoas – A LOGÍSTICA é uma dessas áreas.
Todas as áreas da atividade humana são afetadas, direta e indiretamente pelo processo
logístico.
Tentem imaginar uma campanha publicitária de vários milhões de dólares e quando
o comprador vai procurar o produto ele não o encontra?
profissionais da contabilidade maiores cuidados quanto à classificação dos custos, para que se
possa ter de forma transparente e precisa a contribuição dos custos com logística sobre os
resultados das empresas, como veremos no decorrer deste trabalho.
A Logística preocupa-se com a gestão dos fluxos físicos que começam na fonte de
abastecimento e terminam no ponto de consumo. É claramente mais do que uma preocupação com
os artigos finais – a visão tradicional da Distribuição Física. A Logística preocupa-se tanto com a
localização da unidade produtiva e do armazém, como com os níveis de inventário, com os
sistemas de informação e com o transporte e armazenamento.
A seguir conheceremos algumas definições mais utilizadas pelos autores em relação à
logística, cabe aqui nesta disciplina discutirmos e adequarmos a nossa realidade para que façamos
mais compreendidos desses conceitos.
2. Faça um esboço do que você observa em relação a logística dentro de uma empresa
ou loja, na sua comunidade?
O Comércio e a Literatura dos Negócios deram a Logística uma grande variedade de nomes:
Distribuição Física
Engenharia de Distribuição Todos os nomes
Logística Empresarial significam a mesma
Logística de Distribuição
coisa: Gerenciamento
Logística de Marketing
Gerenciamento de Materiais do fluxo de materiais
Gerenciamento Logístico de Materiais do ponto de origem ao
Gerenciamento de Cadeia de Distribuição
Logística Industrial ponto de consumo
Logística de Transporte
Muito se fala a respeito da logística como sendo, atualmente, a responsável pelo sucesso ou
insucesso das organizações. Porém, o que se pode perceber no mercado é que muito pouco se sabe
sobre as atividades logísticas e como as mesmas devem ser definidas nas organizações. É
importante então evitar que situações de modismo acabem por influenciar o uso errado da palavra
e, o que seria muito pior, de suas técnicas e atividades. Mas, afinal, o que é realmente a logística?
“A Logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e
armazenagem de materiais, peças e produtos acabados (e os fluxos de informações correlatas)
através da organização e seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades
presente e futura através do atendimento dos pedidos a baixo custo”. (CHRISTOPHER, 1997)
Logística - É uma ciência que estuda a viabilização e a movimentação física-econômica
das coisas. Oldemar Weth
A LOGÍSTICA se preocupa em encontrar o caminho mais ágil e econômico para juntar
demanda e oferta, permitindo preços acessíveis, dentro dos prazos e dos padrões exigidos pelo
cliente.
Logística – Do francês Logistique, parte da arte da guerra que trata do planejamento e da
realização de projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição,
LOGÍSTICA E PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO
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2. Como podemos definir o termo Mercado Globalizado? O isso tem haver com a
economia local do estado de Mato Grosso? Onde que está implicada a logística nesse
termo?
Na Antiguidade, as mercadorias que as pessoas desejavam não eram produzidas onde elas
gostariam de consumi-las ou não eram acessíveis quando desejavam. Alguns alimentos só estavam
disponíveis em certa época do ano. As pessoas tinham que consumir as mercadorias
imediatamente. Aqui já se tem a noção da importância de local e tempo de consumo. Essas
limitações dos sistemas de movimentação e de armazenagem forçaram as pessoas a viverem perto
das fontes de produção e a consumirem uma estreita gama de mercadorias.
O sistema logístico foi desenvolvido com o intuito de abastecer, transportar e alojar tropas
– propiciando que os recursos certos estivessem no local certo e na hora certa. Este sistema
operacional permitia que as campanhas militares fossem realizadas e contribuía para a vitória das
tropas nos combates.
Quando o sistema logístico melhorou, o consumo e a produção começaram a separar-se
geograficamente. O excesso de produção poderia ser transportado de forma econômica para outras
áreas produtivas ou consumidoras, enquanto que os produtos necessários que não fossem
produzidos no local seriam importados.
A necessidade de administrar as diferenças espaciais entre produção e consumo gerou o
interesse pela educação formal em Logística. Em 1901, foi publicado o primeiro texto sobre custos
de distribuição de produtos agrícolas pois, nos USA, as áreas de produção se tornavam mais
distantes dos grandes mercados de consumo. Em 1916, Weld discute em Harvard os aspectos
estratégicos relativos aos serviços de transporte de bens industriais para as fronteiras agrícolas do
Midwest que por sua vez forneciam cereais para os centros urbanos da costa Atlântica. Estes fluxos
ocorriam em lugares distantes e em tempos diferentes. Nota-se, então, que as variáveis de tempo
e de lugar são consideradas em conjunto como instrumentos de marketing e distribuição em massa.
Weld dedicou muita atenção à concepção dos canais de distribuição e também definiu marketing
como um processo que somente se concretiza com a dinâmica dos fluxos físicos de produtos de
um lado e com a troca de informações em sentido contrário (tempo + lugar + informação).
Em 1960, a Michigan State University desenvolveu e iniciou os primeiros cursos formais
para treinamento de "logisticians" práticos e acadêmicos. Desta iniciativa surgiram os fundadores
acadêmicos que, em conjunto com estrategistas do exército, reuniram conhecimentos da logística
militar para uma ampla aplicação e utilização em atividades domésticas.
Em 1969, o professor Donald Bowersox sustentou em um artigo no Journal of Marketing,
o conceito de integração entre marketing e administração logística (tempo + lugar + forma +
posse).
Nesta concepção, as transações que legitimam o processo e todas as funções do sistema de
marketing não são efetivadas sem que exista a coordenação e a conjunção de atividades de
marketing e a dinâmica dos fluxos físicos de produtos e dos fluxos de comunicação ao longo dos
canais de distribuição. A tendência à globalização da economia e a criação e a implantação de
zonas de livre comércio, como o Nafta e o Mercosul, fazem óbvia a aderência as técnicas logísticas
que sejam adequadas para a efetivação de utilidades de tempo e de lugar, como forma racional de
se criar valor agregado às transações de mercado. O crescimento dos mercados nacionais e
internacionais, a expansão das linhas de produtos e as possibilidades enormes das
telecomunicações, fazem da distribuição e do processo logístico um conjunto importante das
operações gerenciais. As chamadas fronteiras logísticas, em geral, são consideradas como as
últimas etapas que podem ser exploradas para aumentar a praticabilidade das empresas de qualquer
categoria para obter e manter "vantagens diferenciais competitivas".
LOGÍSTICA E PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO
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Com o progresso industrial, a disponibilidade de ofertas mais amplas por parte de mais
competidores ocorre simultaneamente à agilidade de escolha de fontes de suprimento e de compra
muito mais amplas, desta forma, o mercado espera e exige níveis de serviço de maior eficiência e
efetividade. O aumento das atividades nos setores de agricultura, indústria, comércio e exportação
propiciou o surgimento de mercados regionais, nacionais e internacionais. Nestes mercados, as
funções e atividades de distribuição tornam-se ao mesmo tempo mais complexas e relevantes, pois
o ponto de produção distancia-se significativamente dos pontos de demanda e consumo. Como
requisito fundamental, a gestão destas operações não pode ser mais executada de modo empírico,
sob pena de as empresas que operam desta forma não apresentarem condições de competir ou
perderem rapidamente suas posições de mercado. Neste contexto, não só há danos de natureza
macroeconômica para a economia como um todo, mas também para os consumidores que comprar
em menos, com mais dificuldade de oferta, qualidade inferior e preços inflados pela ineficiência
das funções logísticas.
O período atual da economia brasileira apresenta desafios e oportunidades no que tange às
práticas de administração logística. Entre os fatores desfavoráveis ou limitativos devem ser
citados: as péssimas condições das redes ferroviárias – limitadas, obsoletas e sucateadas: a malha
rodoviária em condições precárias, sem investimentos em expansão e manutenção nos últimos 20
anos e portos de capacidade e calado reduzidos, sem equipamentos atuais que permitam conexões
intermodais e rotinas de embarque e desembarque rápidas e de custo razoável, legislação tarifária
e trabalhista incompatíveis com sistemas similares nos USA, Leste Europeu e Franja Asiática.
Esse princípio, quando aplicado, ao mercado mundial ajuda a explicar o alto nível do comércio
internacional hoje. Para uma empresa operar em uma economia de alto nível, uma boa atividade
logística é vital. A produção fica localizada em poucos pontos e o produto chega a qualquer ponto.
No Brasil, a história da Logística é ainda muito recente, e podemos destacar os seguintes
fatos:
Anos 70
Desenvolvimento do termo e da abrangência da logística;
Informática ainda era um mistério e do domínio restrito;
Iniciativas no setor automobilístico, principalmente nos setores de movimentação e
armazenagem de peças e componentes em função da complexidade de um automóvel que
envolvia mais de 20.000 diferentes SKUs;
Fora do segmento automobilístico, o setor de energia elétrica definia normas para a
embalagem, armazenagem e transporte de materiais;
Em 1977 são criadas a ABAM – Associação Brasileira de Administração de Materiais e a
ABMM – Associação Brasileira de Movimentação de Materiais, que não se relacionavam
e nada tinham de sinérgico;
Em 1979 é criado o IMAM – Instituto de Movimentação e Armazenagem de Materiais;
Anos 80
Em 1980 surge o primeiro grupo de estudos de logística, criando as primeiras definições e
diretrizes para diferenciar Transportes de Distribui cão e de logística;
Em 1982 é trazido do Japão o primeiro sistema moderno de logística integrada, o JIT – Just
in Time e o Kanban, desenvolvidos pela Toyota;
Em 1984 é criado o primeiro Grupo de Benchmarking em logística;
Em 1984 a Abras – Associação Brasileira de Supermercados cria um departamento de
logística para discutir e analisar as relações entre Fornecedores e Supermercados;
É criado o Pálete Padrão Brasileiro, conhecido como PBR e o projeto do Veículo Urbano
de Carga;
Em 1988 é criada a Aslog - Associação Brasileira de Logística;
Instalação do Primeiro Operador Logístico do Brasil ( Brasildock’s);
LOGÍSTICA E PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO
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Anos 90
Estabilização da economia a partir de 1994 com o Plano Real e foco na administração dos
custos. ;
Evolução da microinformática e da tecnologia de informação, como o desenvolvimento de
software para o gerenciamento de armazéns com o WMS- Warehouse Management
System, códigos de barras e sistemas para roteirização de entregas;
Entrega de 06 novos operadores logísticos internacionais
(Ryder,Danzas,Penske,Tnt,Mclane,Exel) e desenvolvimento de mais de 50 empresas
nacionais;
Privatização de rodovias, portos telecomunicações, ferrovias e terminais de contêineres;
Investimentos em monitoramento de cargas;
Ascensão do e-commerce
de embalagens e rótulos e a preparação de kits comerciais (“compre dois e leve três”, por
exemplo).
3. Estoques - Estoques são todos os bens e materiais mantidos por uma organização para
suprir demanda futura.
4. Controle de Estoques - O controle de estoques consiste em todas as atividades e
procedimentos que permitem garantir que a quantidade correta (ou o número correto de
unidades) de cada item seja mantida em estoque.
5. Armazenagem - Armazenagem é a atividade que permite manter bens e materiais, secos
ou refrigerados, em instalações adequadas para manter suas características ideais para
consumo, podendo ser depositada transitoriamente na alfândega, no caso de bens e
materiais com origem ou destino no exterior, ou não, no caso de bens com origem e destino
no território nacional.
É a logística em ação!
Antes de qualquer coisa, tenha isto aqui em mente: sem cadeias de suprimentos eficientes,
o mundo praticamente para. Elas são responsáveis, entre outras coisas, por colocar comida na sua
mesa, providenciar a cama em que você dorme, o carro em que você anda, a roupa que você veste
e, provavelmente, até o chão em que você pisa. Entender seu funcionamento e como geri-la da
melhor maneira possível, então, é tarefa obrigatória a todo empreendedor.
Seja nas grandes indústrias ou num modesto pequeno negócio, sempre existirá uma cadeia
de suprimentos. Ela pode ser simples, compreendendo seu negócio, seus clientes e seus
fornecedores. E pode ser mais com complexa, aglutinando fornecedores de fornecedores,
representantes, provedores de serviços terceirizados e intermediários em geral, por exemplo.
Um estudo de caso
Exemplo
A fabricante e distribuidora de CDS e DVDs Videolar.
A Videolar é uma fabricante e distribuidora nacional de DVDs e CDs musicais, com
faturamento próximo de US$ 450 milhões/ano, com aproximadamente 2.000 funcionários e três
plantas (uma em Barueri, SP, e duas em Manaus, AM).
Sua principal função é a fabricação e a distribuição de CDs musicais e DVDs solicitados
pelas produtoras musicais ou de filmes.
Da produção, em Manaus, ela transfere para Barueri, em seu Centro de Distribuição, a
função de entrega aos clientes finais (locadoras de vídeo, lojas especializadas, supermercados etc.).
Seus insumos vêm do Extremo Oriente (resinas), transportadas de navio até Manaus ou de
fornecedores em São Paulo — ou seja, não possui um limite geográfico para se adquirir o melhor
para atender às necessidades dos seus clientes.
A visualização geral dessa intricada engrenagem é simples, mas o difícil é imaginar o
trabalho gerado para que milhares e milhares de lançamentos cheguem no tempo certo às lojas
para comercialização, mesmo convivendo com problemas de roubo ou falsificações destes
produtos.
A logística aqui empregada pode parecer simples em um primeiro momento, mas vamos
analisá-la em partes:
1. Logística de Suprimentos:
As resinas que chegam do Extremo Oriente têm suas compras centradas em Barueri, SP.
O fornecedor coreano, ao atender o pedido de Barueri, faz os embarques marítimos
LOGÍSTICA E PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO
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semanais rumo a Manaus os materiais gráficos são produzidos em São Paulo e embarcados
por via aérea com destino a Manaus.
A figura a seguir, representa um esquema de uma cadeia produtiva de produto de origem vegetal,
segundo metodologia da EMBRAPA.
Dado este novo contexto, os desafios para gerenciar uma rede global de informações e
materiais são maiores que aqueles presentes em um sistema de logística nacional.
Estes desafios envolvem os seguintes aspectos:
- a tendência de especialização da produção em diversas partes do mundo, que faz com que
muitos produtos recebam componentes vindos de três ou quatro continentes diferentes. Isto leva a
um aumento potencial do lead-time;
- o crescimento potencial da rede de fornecedores e da rede de distribuição;
- transportes mais demorados em função da complexidade e, eventualmente, sobrecarga do
sistema;
- múltiplas opções de escolha quanto a mercado, canais de distribuição e formas de
transporte;
- possibilidade de montagem durante transporte e possibilidade de acabamento próximo ao
consumidor;
- ciclo de vida cada vez mais curto, exigindo constante redimensionamento e modificações
na rede logística;
- barreiras políticas, culturais, de regulamentação, de línguas e geográficas;
LOGÍSTICA E PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO
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4. OPERAÇÕES LOGÍSTICAS
As principais operações de logística são:
1. Armazenagem
2. Movimentação de materiais
3. Transporte
4. Centro de distribuição
Vamos conhecê-las uma a uma.
4.3 Armazenagem
4.1.1 Operações básicas de armazenagem
Os custos básicos de uma operação de armazenagem que requerem maior atenção em seu
controle são os descritos abaixo.
1. Espaço para armazenagem e atendimento de pedidos
2. Forma de ocupação do espaço físico destinado à armazenagem
3. Equipamento utilizado
4. Mão-de-obra empregada
5. Sistema de controle da armazenagem
LOGÍSTICA E PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO
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O sistema de armazenagem a ser empregado difere para cada tipo de material, política de
estoques que a empresa emprega e mercado em que atua. Para tanto, teremos diversos tipos de
sistemas de armazenagem, com tecnologias cada vez mais diferenciadas ao longo das necessidades
da empresa.
12. Princípio da flexibilidade: Procurar sempre equipamentos versáteis, pois o seu valor
é diretamente proporcional à sua flexibilidade.
13. Princípio do peso morto: Quanto menor for o peso próprio do equipamento móvel em
relação à sua capacidade de carga, mais econômicas serão as condições operacionais.
14. Princípio do tempo ocioso: Reduzir tempo ocioso ou improdutivo, tanto do
equipamento quanto da mão-de-obra empregada na movimentação de materiais.
15. Princípio da movimentação: O equipamento projetado para movimentar materiais
deve ser mantido em movimento.
16. Princípio da manutenção: Planejar a manutenção preventiva e corretiva de todos os
equipamentos de movimentação.
17. Princípio da obsolescência: Substituir os métodos e equipamentos de movimentação
obsoletos sempre que métodos e equipamentos mais eficientes vierem a melhorar as operações.
18. Princípio do controle: Empregar o equipamento de movimentação de materiais para
melhorar o controle de produção, controle de estoques e preparação de pedidos.
19. Princípio da capacidade: Usar equipamentos de movimentação para auxiliar a atingir
a plena capacidade de produção.
20. Princípio de desempenho: Determinar a eficiência da movimentação de materiais em
termos de custo por unidade movimentada.
5. SISTEMAS DE TRANSPORTE
Vantagens e desvantagens
b) Rodoviário
É o mais expressivo no transporte de cargas no Brasil,
atingindo praticamente todos os pontos do território nacional, pois
desde a década de 50 com a implantação da indústria automobilística
e a pavimentação das rodovias, esse modo se expandiu de tal forma
que hoje é o mais procurado. Difere do ferroviário, pois se destina
principalmente ao transporte de curtas distâncias de produtos
acabados e semi-acabados. Por via de regra, apresenta preços de frete mais elevados do que os
modais ferroviário e hidroviário, portanto sendo recomendado para mercadorias de alto valor ou
perecíveis. Não é recomendado para produtos agrícolas a granel, cujo custo é muito baixo para
este modal.
Em relação aos serviços, além da distinção entre transportadoras regulares e frota privada,
existem também transportadores contratados e isentos. Quando os clientes desejam obter um
serviço mais adequado as suas necessidades, isentando-se de despesas de capital ou problemas
administrativos associados a frota própria, estes se utilizam de transportadores contratados. Os
transportadores contratados são utilizados por um número limitado de usuários em contratos de
longa duração. Já os transportadores isentos são aqueles livres de regulamentação econômica,
como por exemplo, veículos operados e contratados por fazendeiros ou cooperativas agrícolas.
O transporte rodoviário apresenta custos fixos baixos (rodovias estabelecidas e construídas
com fundos públicos), porém seu custo variável (combustível, manutenção, etc.) é médio.
LOGÍSTICA E PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO
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O mercado de transporte rodoviário de cargas está organizado conforme segue. Além das
Empresas de Transporte de Carga (ETC) que são pessoas jurídicas legalmente constituídas e
cuja atividade consiste em transportar cargas para terceiros, o mercado ainda conta com
Carreteiros (TCA), Empresas de Carga Própria (ECP) e transportadores individuais.
O Carreteiro é pessoa física proprietária ou co-proprietária de um ou mais veículos,
conduzidos pelo próprio ou por motorista, sem vínculo empregatício, e utilizados na prestação de
serviços de transporte rodoviário de carga para terceiros. As Empresas de Carga Própria
correspondem a empresas industriais, comerciais, agrícolas, agroindústrias e cooperativas que
utilizam veículos de sua propriedade ou afretados para a movimentação das cargas que
comercializam ou produzem. Eventualmente também podem realizar transporte remunerado de
cargas para terceiros. O transportador individual realiza atividade similar à da Empresa de Carga
Própria, embora seja pessoa física. Inclui fazendeiros, pequenos empreiteiros e outros.
c) Hidroviário
LOGÍSTICA E PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO
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d) Aeroviário
e) Dutoviário
Rodoviário 60,49%
Ferroviário 20,86%
Hidroviário 13,86%
Dutoviário 4,46%
Aéreo 0,33%
Fonte: GEIPOT- Empresa brasileira de planejamento de transportes.
A tabela 3 ilustra também uma comparação por uso de modal, em porcentagens, em vários
países:
Hidrovia Ferrovia Rodovia
Países (%) (%) (%)
Holanda 75 8 17
Canadá 35 52 13
Alemanha 29 53 18
EUA 25 50 25
França 17 55 28
Rússia 13 83 4
Brasil* 12 21 63
Exercícios:
1. Quais são os impacto s que uma eficiente atividade de transporte de materiais e mercadorias
impacta na economia de um país?
2. Faça um resumo das principais vantagens, desvantagens e aplicações de cada um dos cinco
modais básicos de transporte.
5. Sabe-se que no Brasil existe uma grave distorção no que tange à distribuição de utilização
de modais de transporte, uma vez que cerca de 75% do volume de cargas é transportado
por via rodoviária. Quais os inconvenientes desta concentração excessiva neste modal? Por
que no Brasil predomina o uso do modal rodoviário, em detrimento dos outros?
6. Quais seriam algumas hipotéticas vantagens de uma maior utilização de ferrovias no Brasil,
com a finalidade de escoamento de produtos da agroindústria? Quais seriam as possíveis
limitações?
LOGÍSTICA E PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO
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6. CUSTOS LOGÍSTICOS
As empresas sempre administraram suas atividades logísticas, mas nem sempre tinham
uma ideia clara e quanto isto lhes custava, pelos menos até meados dos anos 50 (Ballou, 1993). A
primeira aplicação do custo total à atividade logística, foi apresentada sob a tese de que em
situações onde a velocidade e dependência de distribuição aérea produziram outros custos, tais
como armazéns e estoques.
Para compreendermos a alguns conceitos de custos à gestão da logística e ao entendimento
do assunto, inserimos alguns conceitos de custos incorridos na atividade logística. Inúmeras
empresas de serviços (entidades não industriais) passaram a utilizar os princípios e técnicas de
Contabilidade de Custos em função da similaridade da situação, tratando seus gastos como custos.
Como atividade de logística é, eminentemente, prestadora de serviços de outras atividades da
empresa, os consumos dos recursos associados a esta atividade foram tratados como custos, assim
como são tratados por todos os autores e profissionais ligados à atividade de logística.
Quanto ao relacionamento com o objeto (clientes, produtos, regiões ou canais de distribuição),
os custos podem ser classificados em:
Os custos logísticos representam geralmente 5 a 35% das vendas (faturamento), dependendo
do tipo de negócio, da área de processamento de inteligência do valor do uso dos materiais e
produtos em questão. A logística representa um dos maiores componentes de custo de uma
empresa, sendo apenas excedida pelo custo de mercadorias vendidas por atacado ou a varejo.
Apesar de implicar estes custos, a logística é vital para o sucesso de uma empresa. Esta acrescenta
o valor e traduz-se num aumento da competitividade, já que possibilita o aumento do nível de
serviço.
Custos diretos
São aqueles que podem ser apropriados diretamente ao produto ou serviço (desde que haja
uma medida de consumo) (Martins, Eliseu - 2003; 48). No caso da logística são a mão de obra,
embalagem e outros que refletem diretamente na prestação do serviço.
Custos indiretos
São aqueles que não podem ser apropriados diretamente a cada tipo de objeto/produto ou
serviço, no momento de sua ocorrência, tais como os custos com a tecnologia de informação
utilizada em um processo logístico que atenda diversos clientes.
Custos fixos
São aqueles necessários ao funcionamento normal da empresa (podem ser repetitivos ou
não repetitivos). Ex. Aluguel de um galpão para estocagem de produtos, independentemente do
volume transportado, armazenado ou descarregado, esses custos estão incorporados na operação e
deverão ser arcados pela empresa.
Custos variáveis
São diretamente proporcionais ao volume de produção/prestação de serviços. No caso da
atividade de logística variam de acordo com o volume transportado, armazenado e dos serviços
prestados.
Os custos logísticos, normalmente, seguem os padrões contábeis de outras atividades,
cabendo no entanto, ter um bom conhecimento do negócio antes de se alocar, classificar ou ratear
qualquer tipo de custo, evitando-se incorrer em erros conceituais que venham a comprometer a
confiabilidade dos números apresentados pela contabilidade de custos.
LOGÍSTICA E PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO
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protegem o imóvel são incluídos como Custos de Armazenagem, porém impostos que incidem
diretamente sobre os produtos e seguros contra roubos e incêndios do Estoque são considerados
como Custos com Estocagem.
3. Custos com o Risco de Manter Estoques: Todo Estoque corre o risco de se
depreciar, ficar obsoleto, perder – se ou ser furtado. A empresa deve contar este tipo de custo, pois
em alguns casos ele pode ser significativo, como na informática, onde a o nível de obsolescência
é muito alto.
4. Custos com Falta: Este tipo de Custo geralmente passa desapercebido por aqueles
que fazem parte do departamento de Logística, pois eles são invisíveis, não há o desembolso direto
e é de difícil mensuração, porém ele pode ser bastante significativo. O Custo com a Falta é aquele
em que um Cliente procura um determinado produto e ele não está disponível no estoque ou então
ele chega atrasado. Com isso, o Cliente tanto pode desistir da compra como pode até comprar, mas
sua insatisfação pode gerar perdas de vendas futuras. No caso de desistência da compra, o Cliente
cancela o pedido, neste caso, o Custo pode ser calculado apurando o lucro que os produtos
gerariam para a empresa. No caso de vendas futuras perdidas, a empresa deve considerar o quanto
cada Cliente compra de cada produto. Já no caso de atrasos, quando o Cliente aceita receber certo
tempo depois do combinado, deve – se levar em consideração os Custos adicionais para
reprocessar esse pedido, de transporte e suprimento, caso o produto seja entregue fora do canal
normal de distribuição.
CUSTOS
COM
ESTOQUES
Diferentemente dos custos com armazenagem, onde temos que trabalhar com o sistema
de rateio, quando vamos calcular todos os custos de estocagem, temos que trabalhar com o
parâmetro do estoque médio, que é a quantidade média de material mantida em estoque num
determinado período.
Em = Eo + E1 + E2 + ... + En
n = Qde de meses
o Custo do Produto e a Taxa de Juros do Mercado, maior será o Custo de Oportunidade. Então
podemos chegar à seguinte fórmula:
tempo
Estoque Custo Valor do custo novo
custo/ do custo
Produto Médio Unitário Estoque de cada custo do
unidade estoque unitário
(Unid) (R$) (R$) seguro produto
(dias)
A 8000 1 8000 266,67 0,03 15 0,02 1,02
B 5000 2 10.000,00 333,33 0,07 10 0,02 2,02
C 3000 4 12.000,00 400,00 0,13 20 0,09 4,09
16000 30.000,00 1000
custo do seguro
1000
mensal
custo em percentual 3,33%
3. Custos com o Risco de Manter Estoques: Este Custo, como já foi dito, considera
a depreciação dos estoques, bem como a obsolescência, furtos e danos. Apesar de ser um pouco
difícil de se mensurar, eles devem ser considerados. O mais fácil é a depreciação, que é calculada
multiplicando o Custo do Produto pela vida útil que ele tem. A Obsolescência só é calculada
quando é lançado um novo produto e aquele que está em estoque não vende mais. Já as perdas
podem ser verificadas no balanço. Desta forma, a quantidades perdidas devem ser diluídas nas
outras quantidades do mesmo produto. Os roubos devem ser calculados considerando a mesma
forma das perdas.
LOGÍSTICA E PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO
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4. Custos com Faltas: Neste caso, o Custo mais fácil de mensurar seria os Custos
decorrentes do pedido que foi deixado de ser atendido. Neste caso, pega – se cada item do Pedido,
multiplica a quantidade pedida pelo lucro de cada um. Assim sabemos quanto aquele pedido
deixou de prejuízo por não ser atendido.
Estoque Máximo:
EMA = EMI + QR >>>>>> EMA = 60 + 120 >>>>>>
EMA = 180
Gráfico dente de Serra
Perdas em descontos;
Despesas com paralisações na produção
Perda de Margem de Contribuição dos produtos não vendidos;
Perdas associadas a insatisfação de clientes
Uma vez que este processo envolve mercadorias, este apenas produz resultados quando é realizada
uma operação, nas existências em trânsito, com o objetivo de lhes acrescentar valor (Dias, 2005,
p. 189). Pode-se definir a missão da armazenagem como o compromisso entre os custos e a melhor
solução para as empresas. Na prática isto só é possível se tiver em conta todos os fatores que
influenciam os custos de armazenagem, bem como a importância relativa dos mesmos
(Casadevante, 1974, p. 26).
Faria (2009) considera a armazenagem um elo entre o fornecedor, a produção e o cliente,
formando um sistema do abastecimento à demanda e proporcionando, assim, um serviço eficiente
ao cliente. A armazenagem pode ser própria ou pública. Quando o armazém é público o custo
gerado por ele é variável, de acordo com Bowersox e Closs (2009) os depósitos públicos cobram
dos clientes uma taxa básica para manuseio e armazenagem. Esse custo é considerado variável
porque a taxa é cobrada em relação ao uso do depósito, de acordo com a cubagem ou peso, para
taxa de manuseio, e volume ou peso armazenado durante o período, para taxa de armazenagem. O
Instituto dos Contadores Gerenciais – IMA (1989 apud FARIA, 2009, p. 80) identifica fatores que
contribuem para a determinação dos custos de armazenagem, como: Características de
recebimento; Características de acondicionamento; Necessidades de etiquetagem; Necessidade de
mão-de-obra direta e de equipamentos, dentre outros. O Quadro abaixo traz alguns custos que
existem nos armazéns próprios e públicos.
O Instituto dos Contadores Gerenciais – IMA (1989 apud FARIA, 2009, p. 80) identifica fatores
que contribuem para a determinação dos custos de armazenagem, como: Características de
recebimento; Características de acondicionamento; Necessidades de etiquetagem; Necessidade de
mão-de-obra direta e de equipamentos, dentre outros.
O Quadro abaixo traz alguns custos que existem nos armazéns próprios e públicos.
O Custo de Armazenagem (Ca) é constituído dos custos supracitados. O Custo de Manter Estoque
(Ci) segundo Andrade (2009a) é composto pelo Ca somado ao Custo de Capital (CC). Assim pode-
se encontrar o Custo de Armazenagem (Ca) com a seguinte fórmula.
(Ca) = Custo de Armazenagem; (Ci) = Custo de Manter Estoque; (CC) = Custo de Capital.
Ci = Ca + CC >>>>>> Ci = Ca + (I x P x Q/2)
Sendo (CC - Custo de Capital) expresso pela seguinte equação:
CC = (I x P x Q/2)
I = taxa de juros
P = preço do produto
Q/2 = estoque médio (quando não há ES - estoque de segurança, quando tiver, EM= (Q/2)+ES).
Para uma melhor visualização do Custo de Manter Estoque segue um exemplo do cálculo de
manter estoque.
LOGÍSTICA E PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO
33
Exemplo:
A empresa “W” possui um estoque médio (Q/2) de 20.000 peças, com um preço de compra de R$
75,00. A empresa tem uma taxa (I) de remuneração de 12% ao ano do seu capital. Os seus gastos
com armazenagem são os seguintes: Água – R$ 2.500,00 ao ano; Funcionários – R$ 18.000,00 ao
ano e IPTU – R$ 2.500,00 ao ano. Qual o seu custo de manter estoque?
Taxa de posse:
Ip = Ci / (Pç x EM)
Ip = Ca + ( i x Pç x EM ) / (Pç x EM)
23.000,00 / (20.000 x 75) = 203.000,00 / 1.500.000,00 = 0,1353
Modais 2007
Rodoviário 60%
Hidroviário 20%
Ferroviário 14%
Outros 6%
O custo da operação terceirizada poderá ser obtido por uma cotação junto ao mercado de
fretes, mas a apuração do custo da própria operação demanda a realização de um estudo mais
apropriado para cada tipo de serviços, produtos a serem transportados, horários de operação,
seguro etc.
Apresentamos aqui um método simples para a apuração de custo operacional de frota
própria. Há, logicamente, sistemas de custeio mais abrangentes, porém optamos por uma forma
mais básica, de fácil apuração, que sirva como plataforma para apurações de maior porte.
Despesa
Incorremos em despesa quando se gasta o dinheiro ou se paga uma dívida. Por exemplo,
quando compramos um pneu ou pagamos o IPVA.
Custo
Incorremos em custo quando consumimos aquilo que já compramos. Por exemplo quando
colocamos o caminhão na estrada para rodar e consumimos pneu, combustível e tudo mais que
vamos ver a seguir.
Fazer esta distinção é muito importante, já que sempre nos lembramos mais das despesas
e esquecemos de alguns custos — se não estivermos atentos, somente vamos nos dar conta muito
tempo depois, como veremos na sequência.
Quando falamos em custo, vamos verificar também que existem duas categorias que
precisamos saber distinguir: os custos variáveis e os custos fixos.
Custos Fixos
São aqueles que não dependem da quilometragem rodada. Por exemplo: IPVA, seguro etc.
Tanto faz se você rodar muito ou pouco, o custo mensal será o mesmo.
Depreciação
A depreciação é um custo que você não vê no dia-a-dia, mas é muito importante na sua
atividade. Refere- se ao desgaste e, por conseqüência, à desvalorização do seu veículo. Considere:
você adquiriu um veículo por R$ 60.000,00 e você irá usá-lo por 10 anos (120 meses). A cada mês
ele estará desvalorizando o equivalente a R$ 500,00 (R$ 60.000,00 dividido por 120 meses).
Remuneração do capital
A remuneração do capital é o valor mensal que você deveria receber se, em vez de comprar
um caminhão, tivesse aplicado em algum investimento financeiro, como poupança ou outro.
Licenciamento
É a soma dos valores pagos de IPVA, seguros etc., dividida por 12 meses.
Considerando que o caminhão pode rodar 260 horas por mês, você pode achar o custo da
hora parada dividindo o “custo fixo mensal” do seu caminhão pelas 260 horas mensais e, depois,
dividindo o resultado desta operação pela capacidade do veículo (tonelagem).
Custos variáveis
Para o transporte de cargas
O custo variável é aquele que varia de acordo com a quilometragem rodada, ou seja, quanto
mais você roda, maior o seu custo mensal. Exemplo: combustível ou pneu. Se você rodar pouco,
o custo vai ser pequeno; se rodar muito, o custo será grande.
Combustíveis
Calculamos dividindo a quilometragem mensal pelo consumo, (quantos quilômetros
rodamos com um litro), multiplicado pelo preço do diesel na bomba.
Lavagem e lubrificação
Consideramos uma lavagem e lubrificação geral a cada mês, e estipulamos um valor fixo
de mercado.
Pneus e câmaras
Em primeiro lugar somamos os preços: pneu + câmara + protetor + uma recauchutagem.
Este total é dividido por 105.000 (truque) ou por 117.000 (carreta), que são as quilometragens
médias de vida de um pneu. Depois, multiplicamos pela quilometragem mensal.
Peças e acessórios
Este, sem dúvida, é o item mais difícil de ser calculado, tendo em vista as suas muitas
variáveis. Sendo assim, consideramos um valor de custo médio mensal aceito no setor que é de
1,35% do valor total do veículo.
Exercícios
8. Descreva os custos implicados nos transportes, considerando que a frota seja própria?
LOGÍSTICA E PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO
37
7. LOGÍSTICA REVERSA
Segundo Meyer (1999), empresas americanas estão gastando, por ano, $ 35 bilhões em
manipulação, transporte e estocagem de bens devolvidos por clientes. Estes valores não incluem o
processo de transformação para converter os bens inutilizáveis em bens utilizáveis para consumo.
As atividades de logística reversa, são responsáveis por 4% dos custos de logística totais de uma
empresa. Desta forma, a logística reversa está emergindo como um fator de extrema importância
dentro da cadeia de suprimento
A logística reversa, segundo Leite (2003), divide-se em duas grandes áreas. A primeira
área compreende a logística reversa de pós-consumo, onde se operacionaliza o fluxo físico de
partes de produtos originados após o fim de sua vida útil, tais produtos poderão ser desmanchados
e reciclados, destinando-se para o mercado secundário de matérias-primas, ou desmanchados e
LOGÍSTICA E PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO
38
Serviço ao cliente
O serviço ao cliente como sendo o processo utilizado pela empresa para acrescentar valor
ao produto ou serviço. Este valor agregado pode ser com objetivos de curto prazo como, por
exemplo, em uma única transação comercial, ou de longo prazo como, por exemplo, contratos
comerciais. Com isto, busca-se prover benefícios ao cliente e, ao mesmo tempo, efetivar um
retorno financeiro consistente para a empresa. O serviço ao cliente deve ser oferecido de forma
equilibrada, buscando atender suas necessidades e expectativas. O atendimento ao consumidor
pode ser, para muitas empresas, o melhor método de ganhar vantagem competitiva.
A crescente preocupação em oportunizar um bom atendimento aos clientes, buscando a
retenção dos mesmos, tem influenciado as empresas na tarefa de serviços a serem oferecidas aos
seus clientes tais como, prazo de execução e confiabilidade dos serviços; tempo de processamento
do pedido; disponibilidade de pessoal e equipamentos para um melhor atendimento; ferramentas
para facilitar e agilizar o processo de resolução de erros e falhas do sistema; ferramentas que
possibilitem agilidade no rastreamento de cargas em processamento ou em trânsito; estrutura
tarifária fácil de entender e simples de aplicar; entre outros.
Kotler (2000) afirma que o valor entregue ao cliente é a diferença percebida, para o mesmo,
entre o valor total e o custo total. Sendo que o valor total envolve todos os benefícios que os
clientes esperam de um determinado produto ou serviço e o custo total engloba os custos que os
clientes sujeitam-se a pagar para avaliar, obter, utilizar e descartar um produto ou serviço. O
mesmo autor, afirma que “a satisfação consiste na sensação de prazer ou desapontamento
resultante da comparação do desempenho (ou resultado) percebido de um produto em relação às
expectativas do comprador”.
A figura a seguir:
LOGÍSTICA E PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO
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Determinante do valor
entregue ao cliente
Motivo Percentual
Insatisfação do cliente 32,16
Produto defeituoso 26,05
Pedido defeituoso 10,44
Produto na garantia 8,27
Produto danificado 7,10
Produto não vendido 1,35
Produto para recondicionar 0,80
Produto para reciclar 0,67
Renovação de produto 0,64
Outros 8,50
Fonte: (Kotler, 2000)
Assim, para que a logística reversa possa efetivamente proporcionar resultados benéficos
para a empresa, melhorando a rentabilidade, atendendo as expectativas dos clientes e também os
mantendo leais, faz-se necessário uma estruturação do processo para que possa ser executado
dentro da empresa. Christopher (1986) apresentou um modelo de conexão entre os objetivos
corporativos integrando-os com as estratégias de atendimento e estratégias de distribuição de
forma a organizar todo o processo gerencial.
De acordo com Ballou (2001), o atendimento ao consumidor normalmente inclui os
elementos que compõem o ciclo do pedido, são eles: i) consolidação do pedido, ii) transmissão do
pedido para o armazém, iii) preparação do conhecimento de embarque, iv) liberação de crédito, v)
montagem do pedido no armazém e, vi) embarque a partir do armazém com destino ao cliente.
A seguir, cada uma das etapas propostas para o bom desenvolvimento de estratégias de
logística reversa é descritos.
1) Coletar informações sobre processos reversos da empresa. Etapa inicial que tem o
objetivo de verificar como o processo reverso está sendo efetuado pela empresa e quais resultados
estão sendo alcançados, também, verificam-se quais os custos que estão sendo incorridos. Nesta
etapa, pode-se verificar se o processo já apresenta algum resultado positivo, como, por exemplo,
gerando receita para a empresa.
2) Identificar necessidades de clientes. Nesta etapa busca-se identificar, através de
pesquisas de satisfação, quais as necessidades e expectativas dos clientes no momento de utilizar
o serviço de retorno de produtos de sua residência/empresa para o fornecedor.
3) Identificar ações da concorrência. Uma observação apurada dos processos utilizados por
empresas que tenham um desempenho considerável no processo de logística reversa pode trazer
ensinamentos e contribuições para a elaboração de atividades a serem realizadas pela empresa.
Ganha-se tempo e dinheiro no momento que os erros cometidos pela concorrência pode ser
evitados.
4) Verificar a viabilidade do serviço. Etapa crucial de todo o processo, pois uma nova
atividade, sem incremento de rentabilidade da empresa, tanto em termos econômicos como em
termos estratégicos, torna-se desprezível e inadequada.
5) Posicionar a administração sobre o serviço. Etapa importante de conscientização da
administração e dos acionistas da empresa. Toda e qualquer nova atividade que venha agregar às
existentes devem ser apoiada por todos, dessa forma evita-se que o processo seja prejudicado por
desinformações ou, até mesmo, retaliações por alguns membros da empresa.
6) Desenvolver estratégias de logística reversa. Momento onde todas as atenções devem
estar voltadas para a criação das estratégias que serão o alicerce para a operação da nova atividade
buscando garantir uma agregação de valor e consequente aumento de competitividade da empresa.
7) Implementar as estratégias de logística reversa. Etapa final onde a atividade é colocada
em prática com o objetivo de satisfazer as necessidades e expectativas dos clientes com
LOGÍSTICA E PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO
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rentabilidade para a empresa e acionistas. Ao final, tem-se o processo de feedback, garantindo que
o ciclo de informações mantenha-se constantemente, facilitando e impulsionando a flexibilidade
da estratégia.