Relatório Análise - Prática 1
Relatório Análise - Prática 1
Relatório Análise - Prática 1
CAMPINA GRANDE
2018
1. INTRODUÇÃO
As soluções são definidas como misturas homogêneas de duas ou mais substâncias
moleculares ou iônicas. Devido ao tamanho de suas partículas, que possuem diâmetro menor
que 1nm, as soluções não podem ser separadas por centrífugas, filtros, dentre outros métodos
tradicionais. Essas misturas são compostas de solutos e solventes. O soluto é a substância que
está dispersa em um solvente, ou seja, é a substância que será dissolvida em um solvente e são
geralmente compostos iônicos. Portanto, um solvente é a substância que irá dissolver o soluto;
é a parte mais abundante em uma solução.
As soluções podem ser classificadas de acordo com seu estado físico (sólidas, líquidas
ou gasosas) ou com relação entre a quantidade de soluto e solvente presente na solução
(insaturadas, saturadas e supersaturadas). Elas também possuem determinadas concentrações
que são obtidas a partir da relação entre as quantidades de solvente e soluto. Nesse relatório
vamos abordar a preparação de duas soluções: ácido clorídrico 0,10 M e hidróxido de sódio a
0,1 M.
Para determinarmos a concentração exata das soluções, realizamos a padronização das
mesmas. Essa é uma técnica analítica onde a solução de concentração conhecida é definida
como solução padrão, e aquela cuja concentração se pretende determinar é designada por
solução a ser padronizada. A titulação termina quando se atinge o ponto final da reação que é
detectado pela variação de uma propriedade física ou química da solução a ser titulada,
utilizando indicadores. Nas aulas práticas foram realizadas as padronizações das soluções de
ácido clorídrico, utilizando carbonato de sódio como padrão primário na solução padrão (que
também foi preparada no laboratório) e o alaranjado de metila 0,4% como indicador e de
hidróxido de sódio citada acima, utilizando o biftalato de potássio como padrão primário e a
fenolftaleína 0,5% como indicador.
2. OBJETIVOS
Revisar conceitos básicos de análise titulométrica, preparar, padronizar e determinar o
fator de correção de soluções de Ácido Clorídrico (HCl) e de Hidròxido de Sodio (NaOH).
3. MATERIAIS UTILIZADOS
3.1. Preparação da Solução de Ácido Clorídrico 0,10 M
● Vidrarias e equipamentos:
- Um béquer de 250 mL;
- Uma pipeta graduada de escoamento completo de 5 mL;
- Um pipetador;
- Um bastão de vidro;
- Um balão volumétrico de 250 mL;
- Um funil de vidro;
- Uma pisseta contendo água destilada.
● Reagentes:
- Ácido clorídrico (HCl).
● Reagentes:
- Carbonato de sódio (Na2Ca3).
● Reagentes:
- Solução de ácido clorídrico 0,10 M, solução de carbonato de sódio (PA) 0,10
M e indicador alaranjado de metila 0,4%.
● Reagentes:
- Hidróxido de sódio (NaOH) P.A em lentilhas.
● Reagentes:
- Fenolftaleína e álcool etílico.
● Reagentes:
- Solução de hidróxido de sódio, padrão primário biftalato de potássio e
indicador fenolftaleína 0,5%.
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.1. Preparação da Solução de Ácido Clorídrico 0,10 M
● Medir 2,13 mL de ácido clorídrico com uma pipeta graduada;
● Sob agitação constante, transferir esse volume para um béquer de 250 mL
contendo cerca de 100 mL de água destilada;
● Utilizando um bastão de vidro, homogeneizar a solução e transferir esse volume
para um balão volumétrico de 250 mL;
● Completar o volume do balão com água destilada e verter o mesmo para
homogeneizar bem a solução.
V c = 2, 13 mL
Onde:
MNa2CO3 = Concentração de carbonato de sódio;
mNaCO3 = Massa em gramas do Na2CO3;
MMNa2CO3 = Massa molar do soluto; e
V = Volume da solução.
Portanto, podemos escrever a equação (ii) da seguinte forma:
mNa2CO3 = M. MMNa2CO3. V(L)
Obtendo:
mNa2CO3 = 0,10M . 106g mol . 0,1L
mNa2CO3 = 1,06 g
MD = 0, 10 M
MHCl = 0,0892 M
Esse cálculo nos permitiu conhecer a real concentração de ácido clorídrico presente na
solução, que ficou bem próximo do valor teórico. Como não obtivemos o valor igual ao
valor teórico, precisamos calcular o fator de correção para essa solução, que é obtido por:
Nr
F= Na (vii)
Onde:
F = Fator de correção;
NR = Normalidade real;
NA = Normalidade aparente ou teórica.
Portanto, substituindo em (vii), temos:
0,0892 mol/L
F= 0,1 mol/L
F = 0,8920
m(g)
MNaOH = M M (g/mol) . V (L)
MNaOH = 40 g/1,0255 g
mol . 0,250 L
O cálculo permitiu que chegássemos à conclusão de que, mesmo pesando uma massa
diferente da calculada, acabamos com a mesma concentração, portanto a diferença foi
mínima e não chegou a modificar o valor da concentração desejada. Porém, ainda
precisamos saber a concentração real dessa solução, pois, até esse ponto, só calculamos o
valor teórico da concentração de hidróxido de sódio, portanto seguiremos ao próximo
passo: a padronização.
m (bif talato)
MNaOH = M M (bif talato) . V (N aOH)
0,2205 g
MNaOH = 204,22 g /mol .0,0113 L
Assim como no item 5.2., também não obtivemos a concentração igual a teórica,
embora tenha sido um valor muito próximo, portanto, calcularemos o fator de correção para a
solução de hidróxido de sódio, seguindo os mesmos passos mostrados em (vii), obtendo:
0,0955 mol/L
F= 0,1 mol/L
F = 0,955
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através da prática I de preparação e padronização de soluções podemos aprender e revisar
alguns conceitos básicos que são muito importantes no dia a dia de um laboratório,
principalmente em um voltado para a área de Engenharia Sanitária e Ambiental, já que
trabalhamos com análises onde são necessários tais conceitos citados.
Trazendo essa temática para a área do saneamento ambiental, podemos considerar a água
como uma solução a ser analisada e qualificada para que se possa obter melhor
aproveitamento. Portanto, as técnicas e métodos aprendidos nessa prática nos serão bastante
útil.
Referências
FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. Indicadores Ácido-Base. Mundo Educação. Disponível
em: <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/indicadores-acido- base.htm>. Acesso em
16 de mar de 2018.