Práticas Restaurativas
Práticas Restaurativas
Práticas Restaurativas
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ÍNDICE
Introdução
Reuniões de Círculos...........................................................................................14
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Transforming Conflict
Introdução
Por favor, não se sinta constrangido por estas palavras – adapte-as ao seu
próprio estilo – mas assegure que sua intenção é sempre de buscar reparar o
dano causado, respeitando as necessidades e sentimentos de todos os
envolvidos e permitindo todos aqueles com problemas, a encontrarem suas
próprias formas de seguir em frente. Mesmo em uma interação com uma única
pessoa, esteja aberto à perspectiva dela, não faça suposições e mantenha a
crença de que a pessoa tem a chave para colocar as coisas em ordem –
eventualmente.
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Uma Abordagem Restaurativa Proativa para a Construção de Comunidade,
Confiança e Respeito Mútuo – Algumas Ideias Chave
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• Encontros regulares de Hora de Círculo e Círculos de grupos de jovens e
equipe
• Grupos de Suporte
• Conferências de Grupos Familiares
• Mediações familiares
• Encontros de inquilinos
• Mediação de pares e monitores
• Práticas que fortalecem habilidades emocionais e sociais da equipe e
usuários dos serviços
• Habilidades administrativas restaurativas
Você pode imaginar formas da sua organização construir algo similar?
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conflito, ou que sofreram algum dano decorrente de um crime, estão mais
preparadas a ouvir às perspectivas e respostas emocionais dos outros, e assim
a empatia é desenvolvida. Como o respeito mútuo e a consideração vão sendo
desenvolvidos, isto pode mudar as escolhas feitas em situações futuras.
Até mesmo respostas não punitivas podem ser inúteis caso sejam impostas,
ainda que de forma bem intencionada. A chave para um bom resultado é se
este é alcançado pelas pessoas que realmente estão envolvidas no conflito.
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OS CINCO TEMAS RESTAURATIVOS FUNDAMENTAIS:
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que todos sigam com suas vidas e para que o dano seja reparado. Esta
‘apropriação’ da tomada de decisão e resolução do problema, demonstra
respeito e confiança, desenvolve habilidades e convicção pró-sociais e fortalece
as conexões.
Você sabe o que seus colegas precisam para dar o melhor de si? Você
normalmente faz tudo que pode para atender a estas necessidades?
Você sabe o que o seu gerente precisa de você para ser capaz de desempenhar
bem o trabalho dele? Vocês discutem as necessidades que têm e como
administrá-las diariamente?
O que vem a seguir, é uma sugestão de uma forma de engajar equipes de todos
os tamanhos em uma discussão acerca do que necessitam e o que precisam
fazer para atender a estas necessidades. Cada local de trabalho pode decidir a
melhor forma de entrar neste exercício, mas geralmente todos serão convidados
a participar:
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Lembre-se do Tema Restaurativo 1:
O que vocês precisam uns dos outros para darem o melhor de si?
Essa atividade utiliza princípios do Círculo, então lembre-se como ele funciona
antes de você começar.
1) Escreva a seguinte pergunta em um quadro ou flipchart: "o que precisamos
uns dos outros para dar o nosso melhor?" e convide as duplas a discuti-la
primeiro antes de pedir contribuições.
2) Em seguida explique a diferença entre uma estratégia que é descrita em
termos de uma ação (eu preciso que a pessoa.../ a pessoa precisa de) e uma
necessidade real, que será um apoio substancial; aceitação, inclusão.
3) Coloque um kit de cartões de necessidades no centro do círculo para ilustrar
o que você está querendo dizer.
4) Convide as pessoas a trabalharem em pares (você pode querer ajeitar os
pares dando uma volta ao redor do círculo para conferir que ninguém foi deixado
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de fora) e escolherem a necessidade que é mais importante para eles.
Quando as duplas estiverem prontas ande pelo Círculo pedindo por uma
contribuição de cada uma delas, sem comentá-las ou discuti-las, a não ser
quando necessitar esclarecimento. Repita o procedimento se necessário até que
todas as ideias sejam escritas. Ex: encorajamento, suporte, clareza, respeito,
positividade, reconhecimento.
Revendo diretrizes
Completar sentença
Tome uma diretriz e use-a como uma oportunidade para completar a sentença,
para realçar que apesar de que todos possam precisar das coisas mencionadas,
precisamos das mesmas de maneiras um pouco diferentes e vale a pena
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perguntar às pessoas exatamente o que precisam. Ex: A diretriz “Todos
apoiamos uns aos outros” pode ser explorada por todos completando a
sentença:
A diretriz “Todos respeitamos uns aos outros” pode ser explorada completando a
sentença:
E com a sentença
Lembre-se:
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Reuniões em Círculo
Círculos podem ser utilizados para pensar em um problema que atinge a todos
na família, na comunidade, ou em um grupo menor. Podem ser utilizados para
revisar um incidente que afeta ou que envolve o grupo. Podem também ser
utilizado para planejar um evento, um projeto. Ao invés dos profissionais/adultos
pensarem na solução e contarem aos outros o que acontecerá, qualquer
problema ou tarefa deve oferecer uma oportunidade de aprender como resolver
problemas, como negociar e como dividir responsabilidade quando as coisas
tornam-se complicadas. Este formato de reunião usa os mesmos cinco temas
que embasam as mesmas cinco questões usadas em outros processos
restaurativos.
“estamos sentados aqui para falar sobre o que fazer em relação a X, para que
cada um de nós explique como vê as coisas, como é afetado pelo o que esta
acontecendo ou pelo que pode vir a acontecer, para pensar no que cada um de
nós precisa para seguir em frete e assim tentarmos chegar a um consenso sobre
o que nós todos podemos fazer para resolver esta situação”.
• por favor, lembrar que somente a pessoa segurando a peça de fala que
tem o direito de se colocar.
• tentem não falar por muito tempo, deixem que todos tenham a chance de
expor suas ideias.
• permita que seu vizinho, quando segurando a peça de fala, termine o que
quer falar e passe o objeto para você antes de você começar a falar.
• Lembre que você tem o direito de passar a peça de fala, mas você vai ter
que esperar até que a peça de fala passe por todos ao redor do círculo até que
você possa falar novamente.
• por favor, respeite o que todos têm a dizer mesmo que você não
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concorde, e faça apenas expressões e gestos respeitosos.
Você pode querer abordar o tema confidencialidade se esta for uma questão,
mas lembre-se de deixar as pessoas saberem sua responsabilidade legal de
expressar sua preocupação com o bem estar se for este o caso. Isso pode ser
discutido com aqueles que estão preocupados, se e quando aparecer.
Depois desse momento de boas-vindas você estará pronto para começar cinco
rodadas, usando a peça de fala e dando a todos a chance de participar:
Rodada 3/Tema 3 – Eu sou afetado com isso por que... e eu também acho
que...está sendo afetado porque...
Rodada 4/Tema 4 – O que eu preciso para que as coisas fiquem bem é...
Rodada 5/Tema 5 – Então o que precisa acontecer para resolver esse problema
é... e o que eu posso fazer para ajudar é...
Essas 5 rodadas vão fazer mais sentido depois de ler a próxima sessão do
manual, que foca em respostas restaurativas e o uso dos 5 temas e o ‘Perguntar
Restaurativo’ (páginas 18 a 30)..o
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Introdução ao Perguntar
Restaurativo, Conversas
Restaurativas e Encontros
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Conversas Restaurativas
Você pede para eles pensarem sobre quem mais foi afetado
ou envolvido? Sim/Não
Você os convida a pensar sobre quais as necessidades pessoais eles têm para
reparar o dano sofrido? Sim/Não
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Perguntar Restaurativo
Sem Julgamento
Sem avisos
Sem repreensões
O que vem a seguir é uma explicação detalhada de como fazer a maior parte
das perguntas chave que fluem a partir dos cinco temas fundamentais. Na sua
forma detalhada, este enquadre pode ser útil para preparar diferentes pessoas
para um encontro face a face, descrito mais adiante.
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Uma versão curta pode ser usado para:
“O que aconteceu? “
Olhe o seu tom de voz, sua expressão facial e sua linguagem corporal – e
onde você está neste momento.
Linguagem corporal – Você está indo para cima da pessoa ou está no mesmo
nível que ela? Você está tenso? Você está parecendo ameaçador? Cheque suas
mãos – elas estão fechadas ou abertas? Seus gestos estão demonstrando
respeito e preocupação?
Onde você está? – Você pode conversar com o outro sem estar no meio de um
monte de pessoas ou o resto do grupo estar ouvindo? É um lugar neutro?
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reagir agressivamente. O propósito da sua intervenção é encorajar o diálogo e a
reflexão.
Use algumas técnicas simples para encorajar a pessoa a falar a fim de:
- ajudar a você mesmo a ter um quadro claro do que eles pensam que está
acontecendo.
- O que aconteceu?
- O que está acontecendo?
Encorajamentos mínimos:
“Prossiga...,,,,,”
“Conte mais.......”
“E então..........?”
“E depois.......?”
“Depois disto........?”
“.................? (SILÊNCIO – sua técnica mais poderosa mas veja sua expressão
facial e linguagem corporal de forma que este seja um silêncio acolhedor).
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Ecoar / Parafrasear
Escolha uma palavra chave ou frase e elabore uma frase como a seguinte –
Sumarizar
“Então você está dizendo que ela.....e daí.....Eu entendi corretamente? Conte
mais.
Questões abertas:
Estas questões geralmente significam que você se refere a uma agenda própria
que pode ser atendida com um “sim” ou “não” que fechará a conversa.
Acima de tudo evite a questão por quê? A sessão sobre o Tema 2 vai te ajudar a
entender mais sobre isto.
A Linha do Tempo
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Quando você pergunta “o que aconteceu?” as pessoas podem partir de qualquer
ponto de suas vidas e normalmente o fazem no ponto mais significativo para
eles. Os encoraje a falar o máximo possível das maneiras sugeridas
anteriormente.
Em algum ponto convide-os a refletir sobre o que pode ter acontecido antes, ou
como as coisas eram antes disso acontecer em relação aos outros envolvidos, e
complete os espaços da narrativa, se isto for apropriado.
Se algum tempo se passou, pode ser útil dar às pessoas a chance de falar sobre
o que eles têm passado desde o ocorrido.
PENSAMENTOS
EMOÇÕES
AÇÕES
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O que você estava pensando...naquele momento?/quando você viu ela fazer
aquilo?/ quando caiu no chão e quebrou? Etc
E como você estava se sentindo? O que você sentiu internamente neste
ponto?
Pode ser útil pensar na narrativa como um gráfico com altos e baixos de suas
experiências emocionais. Como um ouvinte, você nota essas “marcas”
emocionais, e depois de ouvir os detalhes da experiência, convida-os a
considerar o que estavam pensando e como eles estavam se sentindo nesses
momentos específicos.
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“O que você estava pensando naquele momento (espere a resposta e pergunte)
e como você estava se sentindo?”
Para evitar confusão e para manter o foco no que é mais importante para o
falante, mantenha-se atento em onde você está na narrativa.
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Pode não ser necessário ser tão completo com relação aos pensamentos e
sentimentos do passado, mas seja sensível. Algumas vezes algo que aconteceu
anteriormente é o verdadeiro problema, ou a razão para o incidente que você
primeiramente pensou que era a questão central.
Para alguém que se apresentou como a pessoa que sofreu o dano, mas que
depois acaba revelando que pode ter instigado o comportamento do outro, este
pode ser um momento sensível. Eles precisam confiar que o ouvinte vai
continuar oferecendo oportunidades para reparação, agora para ambas as
questões.
Ouvinte:
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Tema Restaurativo 3 – Empatia e consideração pelos outros
Exemplo um:
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Exemplo dois:
Se esse tipo de interação for muito sofisticado para o falante, então, como
quando estávamos tratando de sentimentos, o ouvinte pode arriscar um palpite.
“Eu preciso/quero que você diga a ele que não pode comportar-se deste jeito na
minha casa”
“Eu preciso que você fale com o Pedro sobre o que aconteceu ontem”
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Tema Restaurativo 5 – Confiança e Empoderamento
Ou, se estiver falando com alguém que admitiu a responsabilidade pelo que
aconteceu ou quer ajudar a dar apoio à aqueles que”
M Mesurable (Mensurável)
A Achivable (Alcançável)
R Realistic (Realista)
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Tema Restaurativo 1 – Princípios únicos e igualmente válidos
Faça perguntas como:
O que aconteceu?
O que está acontecendo?
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Perguntar Restaurativo – A Versão Rápida
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Conferência Informal
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Se essa versão rápida não resolver o assunto, as pessoas estiverem muito
bravas para se encontrar naquele momento ou se houver muitas pessoas em
volta, ofereça um lugar silencioso e sugira tentar uma reunião restaurativa (mas
lembre de realizar primeiro o Perguntar Restaurativo completo com cada pessoa
separadamente). Novamente um tempo de trabalho privado com um formulário
reflexivo pode ser útil.
Lembre-se que você pode explicar seu lado também, se você estiver envolvido!
É difícil expressar isso sem parecer chateado ou bravo. Mas lembre-se que o
lado do outro é tão importante quanto o seu e que juntos vocês precisam achar
um caminho a seguir. Se você estiver muito envolvido para ser capaz de fazer
esta conversa, peça a um colega, ou a um jovem capacitado, que ajude sendo o
facilitador.
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(Tema 3) “Quem mais você acha que foi afetado?”
Encontros Restaurativos
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Encontros Restaurativos precisam ser preparados cuidadosamente. Estes
encontros devem ser precedidos por encontros individuais com utilização de
uma versão detalhada do Perguntar Restaurativo (página 18), com todos que
participarão do encontro (tanto com os adultos como com os jovens).
A única diferença com encontros grandes é que pessoas que não estiveram
presentes no incidente, não podem responder a questão “o que aconteceu?” a
partir de uma experiência direta, então ao invés desta questão, deve-se
perguntar “O que você ouviu falar sobre o que aconteceu?”.
A experiência deles foi ouvir a respeito e responderão sobre aquilo que ouviram
do que aconteceu. Estas pessoas precisam ter a chance de falar sobre sua
experiência pessoal e como foram pessoalmente afetados.
Que preparos você vai precisar garantir para que todos concordem em participar
de uma maneira que se sintam seguros?
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Como você se dirigirá aos participantes e como vai descobrir isto?
Você vai precisar recursos extras – locais para as diferentes pessoas esperarem
enquanto estão chegando? Uma sala de espera? Um colega ficará a disposição
para receber as pessoas?
BOAS-VINDAS
Tema Restaurativo 1
Ouvindo as perspectivas únicas
Tema Restaurativo 2
Fazendo o link entre pensamentos e sentimentos
Tema Restaurativo 3
Empatia e Consideração
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Tema Restaurativo 4
Identificando Necessidades
Tema Restaurativo 5
Confiança e empoderamento
Apropriação da resolução do Problema
Construindo um acordo
FECHAMENTO
• Boas Vindas
• Agradecimento pela opção do Encontro
• Apresentações
• Lembrar o propósito do Encontro – para reparar o dano causado pelo
conflito e para encontrar uma forma aceitável de encaminhá-lo.
• Explicação sobre o que vai acontecer
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Função do facilitador
Então OK, vamos começar com ..... você gostaria de explicar o que aconteceu?
Tema Restaurativo 1
Princípios únicos e igualmente válidos
Tema Restaurativo 2
Pensamentos influenciam emoções e emoções influenciam as ações
subsequentes
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pessoas precisam ter a chance de falar sobre sua experiência pessoal e como
foram pessoalmente afetados.
Transição
Este estágio funciona como uma ponte entre o estágio de contar histórias e o
estágio de solução do problema/reparação. Não prosseguir para este estágio se
ainda houver alguma hostilidade. Este é um sinal de que pode ter algo mais a
ser dito.
Tema Restaurativo 3
Tema Restaurativo 4
Necessidades e reparação
Assegure que este estágio não se confunda com o próximo. Convide as pessoas
a pensarem sobre o que elas precisam, mais do que, o que elas irão fazer ou
que querem que os outros façam.
Quais as habilidades que você pensa serem necessárias durante este estágio
do processo?
Tema Restaurativo 5
Confiança e empoderamento
Apropriação da resolução do Problema e tomada de decisão
Construindo um acordo
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Uma vez identificadas as necessidades de todos, esta é a hora que o facilitador
se recolhe e quase se torna invisível, de forma que os participantes tem a
oportunidade de discutir entre eles próprios qual a melhor maneira de seguir
adiante.
Uma vez que todos chegaram a um acordo, o facilitador pode oferecer para
escrever o acordo usando um formulário como o da próxima página. Em um
encontro face a face o acordo pode simplesmente envolver uma desculpa e nem
um lado e nem o outro precisam ou querem uma cópia escrita do acordo. No
entanto com encontros grandes, geralmente utilizados para lidar com assuntos
mais sérios, é recomendado um acordo escrito. Cada um fica com uma cópia
após todos terem assinado o mesmo.
Realistic - Realista
Time-bond - Definido no tempo – todos tem clareza sobre que dias, que horas
etc os acordos vão ser cuidados e por quanto tempo?
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ACORDO
Entre____________________________ e ______________________________
Data _____________________________
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Check list do Observador para um Encontro Restaurativo
Boas-Vindas calorosas
Uso de:
a) Encorajamentos mínimos
b) Ecoar e sumarizar
direcionar questões
Capacidade de reformular estratégias em necessidades quando
apropriado
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Permanecendo neutro durante o estágio de solução de problemas e
empoderar os presentes a encontrarem juntos formas de seguir em
frente
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Nos dezoito anos que nós oferecemos capacitação em Abordagens
Restaurativas em contextos educacionais e juvenis, aprendemos muitas lições.
Sabemos que para que mesmo uma simples intervenção restaurativa tenha
sucesso – através da ajuda a todos para que sigam em frente e coloquem as
coisas em ordem – as crenças e valores da Instituição em si precisa ser
propícios ao apoio contínuo e focar tanto na reparação dos relacionamentos
quanto na reparação em sentido mais prático.
Mudanças levam tempo e nos anos que temos trabalhado aprendemos que
frequentemente este é o caminho mais árduo. A Tese de Doutorado da Dra.
Belinda Hopkins é um relato honesto da jornada que percorreu entre 2000 e
2006 como uma ouvinte de professores e autoridades locais que coordenavam
projetos e lutaram para introduzir os princípios restaurativos em suas escolas.
Lições de sua pesquisa estão entre os documentos anexados a este manual.
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Oito Recomendações para a implementação das Práticas Restaurativas em
Instituições Locais/Cidades/Municipalidades etc.
Recomendação 1
Recomendação 2
Assegure que todo o grupo gestor tem capacitação suficiente para realizar o
trabalho. Ações de conscientização crescentes são necessárias, mas não
suficientes para conquistarem os céticos. Ofereça uma capacitação inicial para o
grupo gestor que proporcione uma larga e flexível gama de habilidades
restaurativas, mais do que um foco estreito no processo de condução dos
Encontros de modo que haja um amplo entendimento do extenso potencial de
uma abordagem restaurativa para a escola como um todo.
Recomendação 3
Recomendação 4
Recomendação 5
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Recomendação 6
Recomendação 7
Uma vez que o sucesso pela iniciativa está relacionado ao suporte dado pelo
coordenador sênior, e à sua própria utilização das abordagens restaurativas com
a equipe e usuários do serviço, eles devem ser os primeiros a serem
capacitados em qualquer Organização. Cada Instituição ou prestador de serviço
pode precisar de orientação e suporte a nível de captação dos recursos para
cobrir os custos, encorajamento e oportunidade para construir uma rede de
relacionamento com colegas.
Recomendação 8
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Sete Recomendações para a Implementação das Abordagens
Restaurativas em Locais de Trabalho
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jovens)
• Incentivar o uso de uma linguagem restaurativa respeitosa por pessoas
de todas as idades
• Uso cotidiano de um diálogo restaurativo
• Começar a usar suas novas habilidades em um nível informal
• Servir de exemplo de boas práticas e compartilhar histórias bem
sucedidas
• Implementar protocolos para os Encontros Restaurativos
• Assegurar que todos saibam quando devem ser usados os processos
restaurativos mais formais, com quem e em que situações.
• Olhar para a necessidade de mudanças de políticas
• Arrumar tempo para revisões constantes
• Desenvolver avaliação e monitoramento – e boas formas de registro de
procedimentos
Passo 6 Sustentabilidade
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uma avaliação contínua e monitoramento, o desenvolvimento de parcerias em
toda a Instituição, dar continuidade à divulgação e organize a formação contínua
e cursos de reciclagem.
Ordens de
Comportamento Conferências
Anti Social Comunitárias Unidades de
Organizações
Residenciais atendimento
especial
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Longe de ser uma ‘opção fácil’ a abordagem restaurativa é baseada
em uma expectativa de que, quando as pessoas fazem coisas
erradas, querem colocá-las em ordem. No entanto o modo como as
coisas são colocadas em ordem, deve ser acordado por todos os
envolvidos, em vez das soluções ou pazes serem impostas por
outros. Também não é uma opção fácil para os envolvidos, uma vez
que requer um olhar honesto sobre o contexto no qual as coisas
deram errado, e uma vontade de considerar o que pode ter
contribuído para as coisas darem errado”.
Belinda Hopkins
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Bibliografia recomendada
Hopkins, B. (2007) The peer mediation and mentoring trainer’s manual. London:
Optimus Education: A division of Optimus professional Publishing Ltd.
Faber, A. and Mazlish, E. (1980) How to talk so Kids will listen and listen so kids
will talk. New York: Avon Books.
InclusiveSolutions UK Ltd.
52
Restorative Practices in Classrooms, Rethinking
DVDs
Barnet Youth Offending Service (2005) Time to Listen, Time to Talk, Restorative
Ap- proaches in
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Transforming Conflict
T // 01189331520 E // info@transformingconflict.org W //
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54
Tradução realizada pela Equipe Justiça em
Círculo com autorização da autora
justicaemcirculo@gmail.com
Facebook: Justiça em Círculo - Mediativa
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