Vivências e (Re) Existências Universitárias Pelos Direitos LGBTQIA
Vivências e (Re) Existências Universitárias Pelos Direitos LGBTQIA
Vivências e (Re) Existências Universitárias Pelos Direitos LGBTQIA
O Brasil é um dos países mais hostis mesmo que a educação deva trabalhar
para a população LGBTIQIA+ com temas transversais a fim de reduzir
(BENEVIDES; NOGUEIRA, 2019) e mesmo disparidades sociais na população, há
com avanços político-sociais muitas repressões ou desinteresse pela
importantes nas últimas décadas que introdução/continuidade dos mesmos na
buscam trazer equidade à população, educação.
esta encontra-se distante. É necessária a Contudo, a evasão escolar na educação
reflexão de que a população LGBTQIA+ básica e dificuldade de acesso e
não é uma população hegemônica e, permanência na educação superior é
além disso, é perpassada por diferentes uma realidade para pessoas LGBTQIA+,
vivências e intersecções que impactam principalmente para as pessoas trans e
divergentemente suas experiências, travestis. O Brasil possui, assim, um
como raça/cor, idade, gênero, cenário de grupos sociais sub-
escolaridade, situação socioeconômica e representados e vulnerabilizados,
demais aspectos sociais. marcados pelos determinantes sociais
A educação básica já se apresenta da saúde (limitação de acesso à
desafiadora para aquelas pessoas pela educação, à moradia, à segurança
qual a expressividade de sua identidade alimentar e nutricional, ao trabalho etc.)
é marcada por violências simbólicas, e um contexto educacional no nível
psicológicas e físicas; superior marcado por estudantes de
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¹ Professor Roberto Farina foi pioneiro nas cirurgias plásticas urogenitais para redesignação do sexo. Em 1971 operou Waldirene
Nogueira, mas foi processado pelo Ministério Público e Conselho Federal de Medicina em 1976 a despeito do reiterado interesse e 42
satisfação das pessoas trans à época. Mais informação, ver matéria da CNN: A História de Waldirene. | ² I Fórum LGBTQIA+. Mais
informações: 2016 - I Fórum de Debates Sobre Transexualidade e Travestilidade e Atenção Integral à Saúde. IV Fórum LGBTQIA+ na
Unifesp: Históricos e Desafios: IV Fórum LGBTQIA+ na Unifesp: Históricos e Desafios.
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níveis de representatividade institucional, mas também
por pessoas integrantes das comunidades LGBTI+
quando possível, a qual busque promover junto à
Instituição: linguagem, espaços e educação inclusiva
sem vieses cis-heteronormativos, principalmente os que
trazem segregação.
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movimentos sociais, associações e ONGs LGBTQIA+ que
atuam na fomentação de políticas públicas na saúde e
direitos em geral para compreensão fidedigna das
demandas das comunidades na região da universidade.
³ Encontro Brasileiro de Saúde Trans. I Encontro Brasileiro de Saúde Trans - BRPATH. | 4Em reunião ordinária de 9 de setembro de 2020
o Conselho Universitário da Universidade Federal de São Paulo (Consu/Unifesp) aprovou a ascensão do Núcleo de Estudos, Pesquisa,
Extensão e Assistência à Pessoa Trans Professor Roberto Farina (Núcleo TransUnifesp - NTU) como órgão complementar da
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universidade. Desde a sua criação, em 2016, o NTU viabiliza cuidados em saúde e promoção de cidadania a pessoas trans e intersexo,
por meio de atividades de ensino, pesquisa, extensão e assistência. https://www.unifesp.br/noticias-anteriores/item/4807-nucleo-
transunifesp-torna-se-orgao-complementar-da-universidade#
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e que, a partir da relação estabelecida universidade-
comunidade, possam: produzir conhecimentos, prestar
cuidados na área da saúde, educação e capacitação
profissional estabelecendo vínculo e um diálogo
conjunto entre as partes.
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principalmente da área da saúde e direito, trazendo
vivências e demandas de comunidades diversas, é
essencial para que haja mudanças substanciais na
sociedade a médio e longo prazo.
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https://sig.ifsc.edu.br/sigrh/public/colegiados/filtro_busca.jsf
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