D10026 Polpas
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Secretaria-Geral
Subchefia para Assuntos Jurídicos
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV,
da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 13.648, de 11 de abril de 2018,
DECRETA:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Este Decreto regulamenta o disposto na Lei nº 13.648, de 11 de abril de 2018, sobre a
produção de polpa e de suco de frutas artesanais em estabelecimento familiar rural.
II - polpa de fruta - produto não fermentado, não concentrado, obtido de fruta polposa, por processo
tecnológico adequado, atendido o teor mínimo de sólidos em suspensão, conforme estabelecido no
Decreto nº 6.871, de 4 de junho de 2009, e que atenda ao padrão de identidade e qualidade do produto
previsto em regulamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
III - suco de fruta ou sumo de fruta - bebida não fermentada, não concentrada e não diluída, obtida
da fruta madura e sã ou de parte do vegetal de origem, por processamento tecnológico adequado,
submetida a tratamento que assegure a sua apresentação e conservação até o momento do consumo,
conforme estabelecido na Lei nº 8.918, de 14 de julho de 1994, que atenda ao padrão de identidade e
qualidade do produto previsto em regulamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
VII - aditivo - ingrediente adicionado intencionalmente à polpa e ao suco de fruta, sem propósito de
nutrir, com o objetivo de conservar ou modificar as características físicas, químicas, biológicas ou
sensoriais, conforme os limites estabelecidos pela legislação específica da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária - Anvisa;
XI - prazo de validade - período em que a polpa e o suco de fruta mantêm suas propriedades, em
condições adequadas de acondicionamento, armazenamento e utilização ou consumo;
XIII - alteração acidental - modificação dos caracteres sensoriais, físicos, químicos ou biológicos da
polpa e do suco de fruta, em decorrência de causas não intencionais, por negligência, imperícia ou
imprudência, e que traga prejuízo ao consumidor;
XIV - alteração proposital - modificação intencional dos caracteres sensoriais, físicos, químicos ou
biológicos da polpa e do suco de fruta, desde que a alteração se converta em vantagem econômica para a
empresa ou traga prejuízo ao consumidor;
XV - adulteração - alteração proposital da polpa e do suco de fruta, por meio de supressão, redução,
substituição ou modificação total ou parcial de matéria-prima ou ingrediente ou pelo emprego de processo
ou de substância não permitidos;
XVI - falsificação - reprodução enganosa da polpa e do suco de fruta por meio de imitação da forma,
dos caracteres e da rotulagem que constituam processos especiais de privilégio ou exclusividade de
outrem ou por meio do emprego de denominação em desacordo com a classificação e a padronização da
polpa e do suco de fruta;
XVII - fraude - engano ao consumidor por meio de adulteração ou falsificação da polpa e do suco de
fruta;
XIX - boas práticas de elaboração - procedimentos necessários para a obtenção de polpa e suco de
fruta inócuos, saudáveis e sãos, conforme regulamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.
CAPÍTULO II
Art. 3º As atividades administrativas relacionadas com a produção de polpa e suco de fruta são:
I - controle;
II - inspeção;
III - fiscalização;
IV - padronização;
V - classificação;
VI - análise de fiscalização;
X - registro de estabelecimento; e
III - fiscalização - ação direta do Poder Público para verificação do cumprimento da lei;
IV - padronização - definição dos padrões de identidade e qualidade da polpa e do suco de fruta pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
VII - análise de controle - procedimento laboratorial realizado em amostra de polpa e suco de fruta
com a finalidade de controlar a transformação e a exportação;
VIII - análise pericial ou perícia de contraprova - determinação analítica realizada por perito em
amostra de polpa ou suco de fruta coletada para este fim, quando da contestação do resultado da análise
de fiscalização que considerou a polpa ou o suco de fruta amostrado fora dos padrões de identidade e
qualidade estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
CAPÍTULO III
Art. 4º A classificação geral dos estabelecimentos, de acordo com suas atividades, isoladas ou em
conjunto, é a seguinte:
III - exportador - estabelecimento que exporta polpa e suco de fruta e que deverá ser
cumulativamente registrado como produtor e envasilhador, na forma do disposto nos incisos I e II.
CAPÍTULO IV
Art. 6º Os estabelecimentos familiares rurais de produção de polpa e suco de fruta referidos neste
Decreto serão registrados por meio do Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários -
Sipeagro, disponível no portal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Art. 7º O registro de que trata o art. 6º será realizado com a apresentação dos seguintes
documentos por meio do Sipeagro:
a) cor;
b) turbidez;
c) pH;
d) coliformes totais; e
e) cloro residual.
Parágrafo único. A declaração de que trata o inciso III do caput será datada, assinada e identificada
e conterá a seguinte redação: “Declaro, para fins de registro de estabelecimento familiar rural de produção
de polpa e suco de fruta, regulamentado pela Lei nº 13.648, de 11 de abril de 2018, que (nome, número no
Cadastro de Pessoas Físicas - CPF ou no CNPJ, caso o estabelecimento possua, e endereço do
estabelecimento familiar rural) faz parte do programa de assistência técnica prestada por este órgão que
inclui supervisão por técnico habilitado”.
Art. 8º A polpa e o suco de fruta produzidos no estabelecimento familiar rural serão registrados por
meio do Sipeagro, disponível no portal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Parágrafo único. Poderá ser solicitado laudo analítico da polpa ou do suco de fruta e laudo analítico
e detalhamento dos componentes da matéria-prima ou dos demais ingredientes no caso de ser necessário
esclarecer a composição ou de envolver riscos à saúde do consumidor.
Art. 9º Os registros de que tratam os art. 6º e art. 8º terão validade no território nacional pelo prazo
de dez anos, renovável por igual período, observada a validade da Declaração de Aptidão ao Programa
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar ou de documento correlato apresentado no momento da
solicitação de registro.
Art. 10. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento poderá recusar ou cancelar o registro
da polpa e do suco de fruta produzidos por estabelecimento familiar rural nos casos em que a rotulagem, a
embalagem ou outras características possam induzir o consumidor a erro quanto à classe, ao tipo ou à
natureza do produto.
CAPÍTULO V
II - painel principal do rótulo - área visível do rótulo, incluído o neck label, em condições usuais de
exposição, no qual são impressas as indicações relativas à marca, à denominação e ao conteúdo da polpa
e do suco de fruta em comercialização; e
III - vista principal da embalagem - área visível da embalagem, em condições usuais de exposição,
na qual está localizado o painel principal do rótulo.
Art. 12. O rótulo da polpa e do suco de fruta conterá, em cada unidade, as seguintes informações,
em caracteres visíveis e legíveis:
II - o nome do agricultor familiar e o endereço do estabelecimento familiar rural onde foi produzido;
§ 1º O rótulo da polpa ou do suco de fruta não poderá conter informação que suscite dúvida, que
seja falsa, incorreta, insuficiente ou que venha induzir a equívoco, erro, confusão ou engano, em relação à
identidade, à composição, à classificação, à padronização, à natureza, à origem, ao tipo, à qualidade, ao
rendimento ou à forma de consumo da polpa ou do suco de fruta, nem lhe atribuir qualidade terapêutica ou
medicamentosa.
CAPÍTULO VI
Art. 14. A polpa e o suco de fruta destinados exclusivamente à exportação poderão ser elaborados,
denominados e rotulados de acordo com a legislação, os usos e os costumes do país a que se destinem,
hipótese em que será proibida a sua comercialização no mercado interno.
Parágrafo único. A elaboração e a denominação das polpas e dos sucos de frutas típicas do Brasil
deverão atender aos padrões de identidade e qualidade estabelecidos para o território nacional.
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO VIII
DO CONTROLE DE ESTABELECIMENTOS
Art. 16. Os estabelecimentos de produção de polpa e de suco de fruta, de acordo com as atividades
desenvolvidas, observarão as disposições deste Decreto.
CAPÍTULO IX
Art. 18. A inspeção e a fiscalização nos estabelecimentos e nos locais previstos neste Decreto
constituirão atividade de rotina e terão caráter permanente.
Art. 19. As auditorias das ferramentas de controle da qualidade utilizadas pelos estabelecimentos
abrangidos por este Decreto também constituem ações de inspeção e fiscalização, sem prejuízo do
disposto nos art. 3º e art. 20.
Art. 20. A inspeção e a fiscalização consistem no conjunto de ações diretas, executadas pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com o objetivo de controlar:
Art. 21. A inspeção e a fiscalização previstas no art. 20 serão exercidas no âmbito da competência
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por servidores da carreira de Auditor Fiscal Federal
Agropecuário, identificados funcionalmente, que poderão:
a) verificar a conformidade das instalações, dos processos produtivos, dos equipamentos, dos
utensílios, das matérias-primas e dos demais ingredientes, dos rótulos, das embalagens, dos vasilhames e
dos produtos frente às normas legais vigentes; e
b) apurar a prática de infrações ou de eventos que tornem a polpa e o suco de fruta passíveis de
alteração e lavrar o respectivo termo;
III - realizar vistoria nos estabelecimentos para fins de registro e emitir o respectivo laudo;
XI - proceder à inutilização, por meio de o processo legal, da polpa e do suco de fruta e dos demais
produtos de que trata este Decreto.
§ 1º No desempenho das atividades de que trata este artigo, o Auditor Fiscal Federal Agropecuário
disporá de livre acesso aos estabelecimentos e poderá requisitar o auxílio de autoridade policial nos casos
de risco à sua integridade física ou de impedimento à execução das suas atividades.
§ 2º A atividade de que trata o inciso I do caput poderá ser desempenhada por servidor técnico de
nível médio do quadro efetivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que tenha a devida
habilitação profissional.
CAPÍTULO X
I - o termo de inspeção;
II - a intimação;
V - o auto de infração;
IX - o termo de liberação;
X - o termo de interdição;
XI - o termo aditivo;
Parágrafo único. Os modelos dos documentos previstos no caput e as suas finalidades são aqueles
definidos em ato do Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
CAPÍTULO XI
Art. 23. Na fiscalização será coletada amostra da polpa e do suco de fruta constituída de três
unidades representativas do lote ou da partida, da seguinte forma:
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica à análise de que trata o art. 24.
Art. 24. Para análise de controle, será coletada uma unidade de amostra representativa do lote ou
da partida.
Art. 26. O interessado que não concordar com o resultado da análise de fiscalização poderá
requerer análise pericial ou perícia de contraprova, exceto para os casos de que trata o § 1º do art. 23.
Art. 27. Nas análises laboratoriais previstas neste Decreto, serão aplicados os métodos oficiais e as
tolerâncias analíticas estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Art. 28. Outros métodos de análises previamente reconhecidos pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento poderão ser utilizados na fiscalização de polpa e do suco de fruta e de sua
matéria-prima.
CAPÍTULO XII
DAS INFRAÇÕES
Art. 29. Constitui infração administrativa a prática isolada ou cumulativa das seguintes condutas:
IIII - transportar, armazenar, expor à venda ou comercializar polpa e suco de fruta sem comprovação
de procedência, por meio de documento fiscal, e sem registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento;
IV - adulterar, falsificar ou alterar propositalmente a polpa e o suco de fruta de que trata este
Decreto;
VI - fazer funcionar o estabelecimento familiar rural para a produção de polpa e suco de fruta de que
trata este Decreto sem a infraestrutura básica exigida ou em condições higiênico-sanitárias inadequadas;
VII - alterar a composição da polpa e do suco de fruta registrados sem comunicar previamente ao
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
IX - adquirir ou manter em depósito substância que possa ser empregada na alteração proposital ou
adulteração da polpa e do suco de fruta, com exceção das substâncias necessárias e indispensáveis às
atividades do estabelecimento, que deverão ser mantidas sob rigoroso controle em local isolado e
apropriado;
X - deixar de atender à notificação ou à intimação realizada no âmbito da ação fiscalizatória no prazo
estabelecido;
XII - fazer uso de processo, de substância ou de aditivo não autorizados para a polpa e o suco de
fruta de que trata este Decreto;
XIV - fazer uso de sinal de conformidade instituído pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento sem a autorização do órgão;
XVI - manter matéria-prima, outros ingredientes, polpa e suco de fruta de que trata este Decreto
armazenados em condições inadequadas quanto à segurança e à integridade dos produtos, deteriorados
ou com validade vencida;
XVII - utilizar, no acondicionamento de polpa e suco de fruta de que trata este Decreto, matéria-prima,
embalagens e recipientes que não atendam às normas técnicas e sanitárias; e
XVIII - utilizar ingrediente não permitido para elaboração ou fabricação de alimentos, polpa ou suco
de fruta.
CAPÍTULO XIII
DAS RESPONSABILIDADES
Art. 30. Sem prejuízo das responsabilidades civil e penal cabíveis, as sanções previstas neste
Decreto recairão, isolada ou cumulativamente, sobre:
II - o responsável técnico pela formulação ou composição da polpa e do suco de fruta, pelo processo
produtivo e pelas condições de estocagem ou armazenamento, hipótese em que a autoridade competente
notificará o respectivo conselho profissional;
III - aquele que concorrer para a prática da infração ou dela obtiver vantagem; e
IV - o transportador, o comerciante ou o armazenador, pela polpa e pelo suco de fruta que estiver
sob sua guarda ou responsabilidade, quando a procedência deste não for comprovada por meio de
documento oficial ou quando eles concorrerem para a alteração de identidade e qualidade da polpa e suco
de fruta.
CAPÍTULO XIV
DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS DE APURAÇÃO DE INFRAÇÃO
Art. 32. A autoridade competente que tomar conhecimento, por qualquer meio, da ocorrência de
infração é obrigada a promover a sua imediata apuração, por meio de procedimento administrativo próprio,
sob pena de responsabilidade.
Art. 33. A infringência às disposições do art. 29 será apurada em processo administrativo regular,
iniciado com a lavratura do auto de infração, observados os ritos e prazos legais.
Art. 34. Sem prejuízo das responsabilidades civil e penal, a infringência às disposições do art. 29
sujeita o infrator, isolada ou cumulativamente, às seguintes sanções administrativas:
I - advertência;
IX - cassação do registro da polpa e do suco de fruta, acumulável com a proibição de sua venda e
publicidade.
II - os antecedentes do infrator; e
IV - a infração ter sido cometida acidentalmente, nos termos do disposto no inciso XIII do caput do
art. 2º;
§ 4º É reincidente o infrator que cometer nova infração depois do trânsito em julgado da decisão
administrativa que o tenha condenado pela infração anterior.
I - o infrator ser primário, não ter agido com dolo e, ainda, a infração não constituir adulteração ou
falsificação; e
II - o infrator cometer a infração a que se refere o inciso V do caput do art. 29 e a alteração não
comprometer a inocuidade, a segurança e a qualidade da polpa e do suco de fruta ou dos demais produtos
a que se refere este Decreto.
Art. 37. A multa, no valor de R$ 1.000,00 (mil reais) até R$ 6.000,00 (seis mil reais), será aplicada
independentemente de outras sanções previstas neste Decreto, ainda que o infrator seja primário, nas
hipóteses das infrações a que se referem os incisos I a XIV e XVI a XVIII do caput do art. 29.
§ 1º O valor da multa será recolhido no prazo de trinta dias, contado da data de recebimento da
notificação.
§ 2º A multa que não for paga no prazo previsto será cobrada judicialmente após inscrição na dívida
ativa da União.
Art. 38. A infração prevista no inciso XV do caput do art. 29 será passível de multa no valor de até
R$ 2.000,00 (dois mil reais).
Art. 39. A inutilização de polpa e suco de fruta e de rótulos, embalagens ou vasilhames e demais
produtos previstos neste Decreto, objetos de medida cautelar de apreensão, ocorrerá nos casos de
adulteração e falsificação ou quando, por decisão da autoridade julgadora, a polpa e o suco de fruta
apreendidos não puderem ser reaproveitados.
Parágrafo único. A inutilização será procedida e acompanhada pela fiscalização após a remessa da
notificação ao autuado, no prazo estabelecido, observadas as normas ambientais vigentes, e as despesas
correrão à conta do infrator.
Art. 41. Poderá ocorrer a suspensão de registro da polpa e suco de fruta ou de estabelecimento,
pelo período de até dois anos, quando o infrator for reincidente no cometimento de infração prevista no art.
29.
Art. 42. Poderá ocorrer a cassação de registro do estabelecimento ou da polpa e do suco de fruta
quando o infrator for reincidente nos casos de adulteração e falsificação, com antecedentes de não cumprir
às exigências legais ou quando comprovadamente o estabelecimento não possuir condições de
funcionamento.
Art. 43. As sanções administrativas previstas neste Decreto serão executadas por meio de
notificação de julgamento e inscrição do estabelecimento no registro cadastral de infratores.
Parágrafo único. No cumprimento da notificação, caso haja embaraço à sua execução, a autoridade
fiscalizadora poderá requisitar o auxílio de força policial, além de lavrar auto de infração por embaraço ou
impedimento à ação de fiscalização.
Parágrafo único. A decisão de segunda instância será proferida no prazo de trinta dias, contado da
data de recebimento do recurso pela autoridade julgadora, prorrogável por igual período, sob pena de
responsabilidade administrativa.
CAPÍTULO XV
Art. 45. Caberá a apreensão da polpa e do suco de fruta, da matéria-prima e dos demais
ingredientes, da substância, do aditivo, da embalagem, do vasilhame ou do rótulo, por cautela, quando
ocorrerem indícios de alteração dos padrões de identidade e qualidade ou inobservância ao disposto neste
Decreto.
Art. 46. Caberá, ainda, a apreensão da polpa e do suco de fruta, por cautela, quando produzidos,
padronizados, engarrafados ou comercializados em desacordo com as normas previstas neste Decreto.
§ 1º A polpa e o suco de fruta apreendidos ficarão sob a guarda do responsável legal pelo
estabelecimento detentor ou, na ausência deste, sob a guarda de um representante nomeado depositário,
proibida a sua substituição, subtração ou remoção, parcial ou total.
§ 3º A polpa e o suco de fruta apreendidos serão submetidos à análise laboratorial cujo resultado
será dado imediatamente ao conhecimento do interessado.
§ 4º Na hipótese de a análise laboratorial não ser concluída no prazo de trinta dias, contado da data
da lavratura do termo de apreensão, prorrogável motivadamente por igual período, a polpa e o suco de
fruta de fruta apreendidos serão liberados.
I - não confirmar os motivos para a apreensão, a polpa e o suco de fruta serão liberados
imediatamente; e
Art. 47. A recusa injustificada de acesso ao depositário por parte do responsável legal do
estabelecimento detentor da polpa e do suco de fruta objetos de apreensão caracterizará impedimento à
ação da fiscalização, nos termos do inciso XI do art. 29, e o estabelecimento ficará sujeito às sanções
previstas neste Decreto.
Art. 49. A polpa e o suco de fruta a que se refere este Decreto, observados o rito processual e as
normas ambientais vigentes, deverão ser inutilizados quando forem de origem não comprovada ou
procedentes de estabelecimento sem registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, cujas
condições operacionais ofereçam risco iminente à qualidade da polpa e do suco de fruta e à saúde do
consumidor.
CAPÍTULO XVI
Art. 50. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento poderá celebrar convênios, ajustes ou
acordos com órgãos e entidades públicas dos Estados e do Distrito Federal para a execução, sob a sua
supervisão, das competências que lhe foram atribuídas por lei e por este Decreto.
Art. 51. O produto da arrecadação resultante da aplicação de multa será revertido integralmente
para a execução das atividades previstas neste Decreto.
Art. 52. O órgão fiscalizador, no desempenho de suas atividades, poderá requisitar ao detentor dos
produtos a que refere este Decreto mão de obra auxiliar para a coleta de amostras.
Parágrafo único. A recusa em colaborar com as ações de que trata o caput sem justificativa
caracteriza embaraço ou impedimento à fiscalização e sujeita o infrator às sanções previstas neste
Decreto.
Art. 53. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento definirá os processos que serão
objeto de certificação e implementará os meios para sua consecução, conforme o disposto no Decreto nº
5.741, de 30 de março de 2006.
Art. 54. O Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento editará os atos
complementares necessários à execução das disposições deste Decreto.