POP 2021 USA Atualizado 3 1
POP 2021 USA Atualizado 3 1
POP 2021 USA Atualizado 3 1
OPERACIONAL
PADRÃO (POP)
DO SERVIÇO DE
ATENDIMENTO
MÓVEL DE URGÊNCIA
– SAMU 192 –
UNIDADE DE SUPORTE
AVANÇADO (USA)
1
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................... 4
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 5
3. ROTINAS GERAIS ...................................................................................................................... 7
3.1. POP – PAPEL E RESPONSABILIDADES DA EQUIPE DE APH ........................................................ 7
3.2. POP – REALIZAÇÃO CHECK LIST DIÁRIO ................................................................................. 10
3.3. POP – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI’s ................................................... 11
3.4. POP – PREENCHIMENTO FICHA DE ATENDIMENTO USA ........................................................ 14
3.5. POP – PREENCHIMENTO DA FICHA ELETRÔNICA E CONDUTA PADRÃO PARA TODOS OS
ATENDIMENTOS ............................................................................................................................ 16
3.6. POP – REGISTRO DE INTERCORRÊNCIA .................................................................................. 20
3.7. REPOSIÇÃO/TROCA DE EQUIPAMENTOS PARA A USA ........................................................... 21
4. FARMÁCIA ............................................................................................................................. 22
4.1. POP – CONTROLE DE VALIDADE DE MEDICAMENTOS ............................................................ 22
4.2. POP – EMPRÉSTIMO/DOAÇÃO DE MEDICAÇÃO .................................................................... 24
4.3. POP – REPOSIÇÃO DE MATERIAIS NAS BASES DESCENTRALIZADAS ....................................... 26
4.4. POP - PADRONIZAÇÃO DE MEDICAÇÕES: INDICAÇÃO, CONTRAINDICAÇÃO E DILUIÇÃO ....... 26
4.5. POP – PADRONIZAÇÃO DE DILUIÇÕES – BOMBA DE INFUSÃO/BOMBA DE SERINGA ............ 66
4.6. POP – PERDAS DE MEDICAMENTOS....................................................................................... 75
4.7. POP – ABASTECIMENTO DE MEDICAÇÕES NAS BASES DESCENTRALIZADAS .......................... 75
4.8. POP – VALIDADE DOS MEDICAMENTOS DA BASE .................................................................. 79
4.9. POP- REGISTROS DE INTERCORRÊNCIAS DE MEDICAMENTOS ............................................... 80
5. LIMPEZA E DESINFECÇÃO ....................................................................................................... 81
5.1. POP – LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE MATERIAIS ..................................................................... 81
5.2. POP – LIMPEZA TERMINAL DA AMBULÂNCIA ........................................................................ 94
6. PROTOCOLOS DE ATENDIMENTOS......................................................................................... 99
6.1. POP – MANEJO DO PACIENTE COM DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS E USO DE EPI’s ......... 99
6.2. POP – MANEJO DA DOR NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ....................................................... 104
6.2. POP - PARADA CARDIORESPIRATÓRIO................................................................................ 106
6.3. POP – PARADA CARDIORESPIRATÓRIA EM PEDIATRIA ........................................................ 112
6.4. POP – ATENDIMENTOS EM CASOS DE DOR TORÁCICA ........................................................ 122
6.5. POP – SUSPEITA DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE) ............................................. 127
6.6. POP – BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR ................................................................................ 132
6.7. POP – ATENDIMENTO INICIAL DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM SAÚDE MENTAL.............. 143
6.8. POP – SÍNDROMES HIPERTENSIVAS NA GESTAÇÃO ............................................................. 149
2
6.9. POP – ATENDIMENTO AO TRAUMA NA GESTANTE .............................................................. 153
6.10. POP – ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE ACIDENTE DE TRÂNSITO ................................... 160
6.11. POP – AVALIAÇÃO DA CINEMÁTICA DO TRAUMA (PADRÃO BÁSICO DE LESÕES) ........ 178
6.12. POP – TRAUMA TORÁCICO........................................................................................... 192
6.13. POP – ATENDIMENTO AO TRAUMA ABDOMINAL ........................................................ 207
6.14. POP – TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO .......................................................................... 214
6.15. POP – ATENDIMENTO AO TRAUMA PEDIÁTRICO ......................................................... 224
6.16. POP – ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE QUEDA ............................................................. 232
6.17. POP – ATENDIMENTO À QUEIMADURA TÉRMICA ........................................................ 238
6.18. POP – ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE AFOGAMENTO ................................................. 246
6.19. POP – CONDUTAS EM CASOS DE ÓBITO ....................................................................... 250
6.20. APLICAÇÃO DO TORNIQUETE DE EXTREMIDADE NO TRAUMA .................................... 253
7. EQUIPAMENTOS .................................................................................................................. 259
7.1. POP – MANIPULAÇÃO DO CARDIOVERSOR.......................................................................... 259
7.2. POP – VENTILADOR MECÂNICO ........................................................................................... 269
7.3. POP – MANIPULAÇÃO DA INCUBADORA ............................................................................. 276
7.4. POP- MANUSEIO DA BOMBA DE INFUSÃO .......................................................................... 282
7.5. MANUSEIO DA BOMBA DE SERINGA ................................................................................... 288
8. ROTINAS RELACIONADAS A VIATURA .................................................................................. 294
8.1. POP – RESPONSABILIDADES ADICIONAIS EM RELAÇÃO ÀS AMBULÂNCIAS ......................... 294
8.2. POP- CHECK LIST DAS AMBULÂNCIAS .................................................................................. 304
9. ANEXOS ............................................................................................................................... 306
ANEXO I – EVIDÊNCIAS DE MORTE ÓBVIA NA CENA ................................................................ 306
ANEXO II – CONTATOS DOS MUNICÍPIOS PÓS CONSTATAÇÃO DE ÓBITO ................................ 307
3
APRESENTAÇÃO
Foi elaborado por profissionais do Consórcio Público Intermunicipal de Saúde Rede de Urgência e
Emergência da Macrorregião do Triângulo Norte (CISTRI). Ainda está em construção e passa por
atualizações periódicas.
Existem várias ressalvas que foram necessárias após o início da pandemia da COVID-19.
4
INTRODUÇÃO
5
Com poder de autoridade sanitária, o médico regulador comunica a urgência ou emergência aos hospitais
públicos e conveniados ao SUS e, assim, encaminha os pacientes seguindo a grade de pactuação e garante que o
atendimento de urgência tenha continuidade. O SAMU 192 – Macro Triângulo Norte atua ainda em parceria com
os serviços de salvamento e resgate do corpo de bombeiros, da polícia militar, da polícia rodoviária, da defesa
civil, ou das forças armadas quando se fizer necessário. Regula e garante as transferências interhospitalares de
pacientes graves internados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no âmbito macrorregional, ativando equipes
apropriadas para tal e participa dos planos de socorros em caso de desastres ou eventos com múltiplas vítimas.
O SAMU do Triângulo Norte atende a uma população residente nos 26 (vinte e seis) municípios
pertencentes à região que compõe o Consórcio. Para um adequado atendimento é necessária a seguinte
infraestrutura:
- 05 (cinco) Unidades de Suporte avançado (USAs);
6
3. ROTINAS GERAIS
NA BASE OPERACIONAL:
Realizar o check list da viatura, materiais, medicamentos e equipamentos no início e ao
término de cada plantão, incluindo checagem do equipamento médico hospitalar, de
oxigenioterapia fixo e portátil, equipamentos de comunicação e abastecimento de
combustível;
Providenciar reparos necessários na viatura logo ao início de cada plantão;
Providenciar a reposição de materiais de consumo ao início do plantão e/ou após cada
atendimento;
Realizar limpeza da ambulância e dos equipamentos conforme protocolos de limpeza
concorrente e terminal;
Zelar pela ordem e limpeza da Base Descentralizada;
Fazer o primeiro login no tablet no nome do médico;
RECEBIMENTO DO CHAMADO/OCORRÊNCIA:
Dar ciente da ocorrência pelo tablet, e enviar J9 – Saída para atendimento.
Atentar aos dados das ocorrências enviadas pelo tablet. É de responsabilidade de toda
equipe estar com o tablet, sendo cabíveis medidas administrativas para toda equipe
7
caso seja perdido ou esquecido em qualquer lugar. O registro de atendimento é
realizado todo pelo tablet, sendo equipamento fundamental para a ocorrência.
Todos os equipamentos e materiais para o atendimento devem estar devidamente
conferidos e dentro da ambulância, não sendo permitido usar cabos ou qualquer
acessório para outra finalidade.
Tempo previsto para saída da base após a recepção do chamado:
- Código vermelho: 1 minuto
- Código amarelo: 2 minutos
- Transferências interhospitalares: Máximo de 10 minutos.
- Demais códigos, quando houver: até 5 minutos.
NA CENA DO ATENDIMENTO:
Enviar J10- Chegada no local do atendimento;
Estacionar ambulância em local adequado, sinalizar a via e garantir a segurança de toda
equipe do SAMU, além da vítima e circundantes;
Apresentar-se como profissional do SAMU;
Avaliar a vítima, enviar J14 com dados vitais para a Central de Regulações, e informar
todas os procedimentos realizados e condutas tomadas ao médico regulador e
previstas em Protocolo;
Encaminhar paciente, quando orientado pelo médico regulador, e apenas para o local
determinado por ele;
Enviar J9 – Saída para hospital
8
Todos os tripulantes da viatura devem trafegar sempre com cinto de segurança
afivelado;
Realizar um transporte seguro;
Transportar o acompanhante no banco da frente, ao lado do motorista, com o cinto de
segurança devidamente afivelado;
Manter observação e cuidados constantes da vítima, acompanhando-a SEMPRE no
salão da ambulância;
Preencher de forma completa a ficha de APH com letra legível;
NO HOSPITAL:
Enviar J10 – Chegada no hospital;
Solicitar a presença de médico ou enfermeiro para informar à equipe da Unidade de
Emergência do Hospital sobre tipo de ocorrência, condições da vítima e os
procedimentos e medicações realizadas;
Entregar os pertences da vítima junto com o formulário ao responsável da unidade e
colher assinatura na ficha de APH;
Deixar a 2ª via da ficha de APH no hospital após ter sido assinada pelo profissional que
recebeu a vítima;
Enviar J11 – Unidade liberada (Quando terminar o atendimento, ainda na Unidade de
Saúde)
CHEGADA NA BASE:
Enviar J12- Chegada na base (Quando já estiver na base.)
Finalizar ocorrência.
Repor materiais utilizados;
Limpar ambulância e fazer desinfecção para o próximo atendimento;
Lavar materiais que sujaram, bem como colocar de molho em solução para desinfecção
todos os materiais que estiverem com sujidades e contaminados para serem utilizados
no próximo atendimento ou para o próximo plantão poder utilizar.
Deixar a ambulância e todos os equipamentos e materiais em condições de uso para o
próximo atendimento.
9
REFERÊNCIAS
-Regimento Interno Consórcio Intermunicipal da Região Ampliada Triângulo Norte-MG;
- Portaria nº 2048/2002, Ministério da Saúde.
10
das ocorrências;
- Conferir a validade dos medicamentos presentes na bolsa de medicação, sendo
que a maleta reserva também deverá ser conferida. Atentar a data de validade
e quantidade de todas as medicações e seguir orientações de devolução
conforme orientação do POP da farmácia.
- Qualquer problema identificado no check list deve ser comunicado, à
coordenação direta.
EQUIPAMENTOS:
• Uniforme: Usar uniforme limpo e levá-lo para casa dentro de saco plástico. Será
fornecido o uniforme (macacão e camiseta), que deverão ser utilizados durante a
assistência aos pacientes.
11
• Calçado de Segurança: Usar Botina tipo bota fornecida pelo empregador, limpa e
fechada, para proteção dos pés do usuário contra impactos de quedas de objetos sobre
os artelhos, contra agentes abrasivos, escoriantes e contra choques elétricos.
• Máscaras com filtro biológico (N95, PFF2): Colocar a máscara N95 e moldar o apoio
para o nariz, usando os dedos de ambas as mãos para ajustar no formato do seu nariz.
Após colocar a máscara N95 realizar o teste de posicionamento adequado. Faça a
expiração e inspiração certificando-se que a máscara se encontra devidamente ajustada
a sua face, se for detectado algum escape de ar nas bordas, ajuste a posição da máscara
e do suporte do nariz, faça o teste novamente, até que a máscara esteja ajustada
corretamente. Garantindo a devida proteção das vias respiratórias contra poeiras,
névoas, fumos e redução da transmissão de gotículas e perdigotos.
Após o uso realizar a higienização das luvas por dentro e por fora, secar com pano limpo
e lavar as mãos após a retirada das mesmas.
12
• Aventais: Utilizar os aventais sempre que houver risco de contato com pacientes com
doenças infecto contagiosas, contra umidade provenientes das atividades com o uso de
água e/ou sob intempéries. Para retirar o avental contaminado deve ser realizada
tocando somente em sua face interna e avessado para trás (com a ajuda do seu colega
de trabalho) e, em seguida enrolar o avental de dentro para fora, descartando no lixo
contaminado.
Face Shield: Deverá utilizar o protetor facial obrigatoriamente para atendimento dos
RESPONSABILIDADES:
13
- Participar dos treinamentos relativos aos EPIs promovidos pelo CISTRI;
- Realizar a devolução dos EPIs na ocasião da demissão, aposentadoria, nos períodos
prolongados de afastamento ou no vencimento do prazo de validade dos
equipamentos.
- Não fazer adaptações de qualquer natureza no EPI.
- Não compartilhar o EPI, sendo uso restrito e Individual.
- Realizar a troca imediata quando extraviado e/ou quando estiver impróprio para
uso, com os EPIs dispostos nas Ambulâncias e nas bases descentralizadas.
- Preencher a ficha de atendimento sistematizado, marcando todos os EPIs utilizados
durante cada atendimento.
DISPOSIÇÃO:
Os EPIs deverão permanecer sempre em quantidade suficiente nas bases
descentralizadas, e também nas Ambulâncias para troca rápida para controle,
neutralização e/ou mitigação dos riscos ocupacionais, comprometendo-me a requisitar
a reposição dos EPI, caso haja necessidade, ou com a periodicidade normal requerida.
OBSERVAÇÕES GERAIS:
14
PROCEDIMENTO:
- Preencher sempre a data, número da ocorrência e nome do médico regulador;
- Preencher dados pessoais da vítima (conferidos no documento pessoal) e endereço;
- Transcrever o J14 que contém os sinais vitais para a ficha de atendimento;
- No campo medicamentos em uso, em casos clínicos preenchê-lo e em casos de trauma
preencher quando for possível.
- Marcar todos os campos necessários de acordo com o tipo de atendimento;
- Ao final da ocorrência marcar no controle de consumo de materiais (verso da primeira
página), quais foram os materiais e medicações utilizadas. As fichas que vierem faltando
a marcação dos materiais serão devolvidas para equipe preencher;
- No campo Achados do Exame Físico, é preenchido pelo médico a partir da anamnese
e exame físico realizado pelo profissional.
15
Neste espaço anotar as medicações prescritas,
dose, e via de administração.
- Caso o atendimento seja recusado, pedir que o solicitante ou responsável assine pela
desistência do atendimento.
- Preencher campo óbito no local e a USA preencher a ficha de Evidência de Morte óbvia
na cena, quando a vítima for deixada no local.
16
OBJETIVO:
Padronizar as informações básicas que devem ser registradas na ficha eletrônica.
RESPONSÁVEL:
Médico (a), enfermeiro (a), condutor (a) socorrista
CONSIDERAÇÕES GERAIS:
A ficha eletrônica deve conter todas as informações do atendimento e é o principal
registro do serviço, levando em consideração que, em casos de solicitações judiciais,
tudo fica registrado e não pode ser questionado e nem alterado.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
TUDO que é digitado no TABLET fica registrado na ficha eletrônica do paciente/vítima,
logo, deve-se preenchê-la com bastante critério e detalhes, evitar digitar mensagens
esdrúxulas e desnecessárias. Escrever somente o essencial e evitar colocações e
mensagens informais.
Todas as informações que forem trocadas via telefônica, devem ser registradas.
Exemplo: Conforme orientado por telefone, iniciadas manobras de RCP.
A ficha eletrônica é parte integrante importante do prontuário do paciente/vítima,
portanto o NOME COMPLETO SEM ERROS deve estar registrado.
A EQUIPE DE ATENDIMENTO deve enviar à regulação uma FOTO LEGÍVEL do
documento de identificação do paciente, onde consta o NOME LEGÍVEL.
Ao digitar o “J14 – DADOS VITAIS”, a EQUIPE DE ATENDIMENTO deverá preencher
CORRETAMENTE: NOME COMPLETO, IDADE E SEXO. Preencher corretamente a ECG:
Abertura ocular, Resposta Verbal e Resposta Motora. Preencher todos os sinais vitais:
Frequência respiratória, Frequência cardíaca, Pressão arterial, Oximetria, Glicemia
capilar, Temperatura axilar. Preencher CORRETAMENTE o tipo de atendimento
(Clínico, Trauma, Pediátrico, Psiquiátrico e Obstétrico).
TODO atendimento de TRAUMA com suspeita de FRATURA, a EQUIPE DE
ATENDIMENTO DEVERÁ registrar com FOTO antes e após a IMOBILIZAÇÃO seguindo
os protocolos.
As medicações prescritas pelo MÉDICO REGULADOR deverão ser especificadas com
NOME pelo princípio ativo, DILUIÇÃO, VIA E FORMA DE ADMINISTRAÇÃO. Os (as)
17
técnicos (as) de enfermagem, após administrarem, deverão digitar no Tablet como o
fizeram. É OBRIGATÓRIO o registro do que foi utilizado: especificar medicação e
diluente.
EQUIPE DE ATENDIMENTO:
Ao iniciar o plantão, fazer login no TABLET, respeitando a seguinte ordem:
USA: Médico (a), Enfermeiro (a), Condutor (a) socorrista.
OBS.: A responsabilidade das informações digitadas no TABLET é dos médicos, por
isso, seus nomes devem aparecer na ocorrência. Porém, os demais profissionais
podem auxiliar na digitação, enquanto os outros estiverem realizando procedimentos.
Ao receber uma ocorrência, a equipe aciona no TABLET: “CIENTE DA OCORRÊNCIA”
Ao sair para ocorrência, a equipe aciona no TABLET “J9 – SAÍDA PARA
ATENDIMENTO”
Lembrando que, para CÓDIGO VERMELHO, o tempo de saída de base é de NO
MÁXIMO, 1 MINUTO.
Para o CÓDIGO AMARELO, o tempo MÁXIMO de saída da base é de 2 MINUTOS.
Para as transferências interhospitalares, o tempo MÁXIMO de saída de base é de 10
MINUTOS, salvo casos em que haja necessidade de organizar algum material
específico que demande mais tempo.
OBS.: Ressaltando-se que, o tempo de saída de base é monitorado pela
movimentação da ambulância, logo, nosso sistema detecta se a equipe manda o “J9”
e não inicia o deslocamento.
A caminho da ocorrência, a EQUIPE DE ATENDIMENTO deve, quando possível, fazer
questionamentos pertinentes que não tenham sido passados pelo MÉDICO
REGULADOR.
Ao chegar no local, a EQUIPE DE ATENDIMENTO aciona o “J10 – CHEGADA NO LOCAL
DO ATENDIMENTO”
A EQUIPE DE ATENDIMENTO deve realizar o atendimento seguindo os protocolos
específicos, realizar anamnese cuidadosa, exame físico e enviar à REGULAÇÃO o “J14
– DADOS VITAIS”.
A equipe da USA deverá descrever resumidamente os procedimentos realizados.
18
Após o envio do “J14”, a equipe deve enviar a anamnese resumida e relatar alterações
no exame físico.
Após enviar anamnese e exame físico ao MÉDICO REGULADOR, a EQUIPE DE
ATENDIMENTO deverá aguardar a conduta médica.
Caso o médico demore para enviar a conduta, a EQUIPE DE ATENDIMENTO pode acionar
o “J15 – SOLICITAÇÃO DE CONDUTA MÉDICA PARA” OU, preferencialmente, entrar
em contato com a REGULAÇÃO.
OBS.: O telefone de contato direto com a REGULAÇÃO, quando não conseguem acionar
pelo 192, é 2589-1799.
Caso haja prescrição de medicações ou realização de procedimentos:
o A EQUIPE DE USA deverá descrever brevemente os procedimentos realizados,
identificando e especificando os materiais utilizados, bem como descrever as
medicações pelo nome comercial com as doses e diluições conforme prescrito.
o A EQUIPE DE ATENDIMENTO deve acionar o “J16 – MEDICAMENTOS E MATERIAIS
UTILIZADOS” (OBS.: Caso o “J” não esteja disponível, deve-se enviar por mensagem
todas as medicações prescritas.) A PARTIR DA DATA DESTE PROTOCOLO,
MEDICAÇÕES E MATERIAIS SOMENTE SERÃO RESPOSTOS COM TODOS OS
REGISTROS EM FICHA ELETRÔNICA. SERÁ RESPONSABILIDADE DE TODA A EQUIPE
DE PLANTÃO, CASO HAJA FALHAS NESTE REGISTRO.
Ao receber orientação do fluxo para onde encaminhar o paciente, a EQUIPE DE
ATENDIMENTO deve acionar o “J9 – SAÍDA PARA HOSPITAL” e se deslocar em
velocidade permitida pela via, sem ultrapassar o limite de velocidade.
Ao chegar ao hospital de destino, a EQUIPE DE ATENDIMENTO deve acionar o “J10 –
CHEGADA NO HOSPITAL”
A EQUIPE DE ATENDIMENTO deve descer o paciente imediatamente e entrar com o
paciente/vítima pela entrada de urgência e emergência, não devendo aguardar
autorização dentro da viatura, subentendendo-se que se trata de uma emergência
que deve ser atendida prontamente.
Após transferir o paciente de maca, a equipe deverá recolher todo o material do
SAMU, fazer registro de retenção de material (caso ocorra) e solicitar assinatura na
ficha de APH do responsável por receber o paciente/vítima. (OBS.: Ressaltamos que
19
é responsabilidade de TODA a equipe o cuidado e zelo com os
equipamentos/materiais.) Caso haja pertences da vítima/paciente, estes deverão ser
entregues para o responsável no hospital e registrado na ficha de atendimento de
APH.
Antes de sair do hospital, a EQUIPE DE ATENDIMENTO deve acionar o “J11 – UNIDADE
LIBERADA”, o que permite que a Unidade Móvel seja acionada para outra ocorrência,
se necessário.
Ao chegar à base, a EQUIPE DE ATENDIMENTO deve acionar o “J12 – CHEGADA NA
BASE” e registar no TABLET “Ocorrência finalizada”.
OBS.: NÃO finalizar a ocorrência antes de chegar à base, pois quando isto ocorre, não
há mais possibilidade de envio de mensagens para Unidade Móvel pelo médico
regulador.
Em transferências interhospitalares, a EQUIPE DE ATENDIMENTO, deverá descrever
RESUMIDAMENTE o quadro clínico do paciente, enviar medicações em BIC,
parâmetros de ventilação mecânica e descrever qualquer intercorrência ocorrida
durante o transporte e deverá ser preenchido o CHECK LIST DO TRANSPORTE
SEGURO.
PROCEDIMENTO:
20
Qualquer divergência que ocorra com medicamentos deverá ser registrada no
sistema da velp contido no tablet de cada base.
Procedimento de registro da intercorrência: selecione menu em seguida unidade no
final da tela toque em intercorrências, em seguida preencha seu usuario e senha e clica
em fazer login, escolha o tipo de intercorrência FARMÁCIA digita o que ocorreu, por
exemplo: quebra acidental, falta de algum medicamento, diluição errada (substituição),
quando terminar selecione salvar e adicione a foto quando estiver pronto clicar no icone
da câmera tia a foto e clica ok ou se quiser fazer outra foto clica em repetir e ok. Depois
basta clicar em voltar.
Mesmo fazendo o registro da intercorrência no tablet deverá solicitar o
medicamento no formulário de solicitação de medicamentos.
A cada quinzena a farmacêutica irá tirar um relatório verificando assim as
intercorrências para reposição.
OBJETIVO:
RESPONSÁVEL:
PROCEDIMENTO:
21
- Conforme necessidade a equipe do plantão irá identificar o problema ocorrido com o
equipamento, fazer contato com a coordenação de enfermagem, informando
detalhadamente, através de descrição e fotos do defeito.
4. FARMÁCIA
4.1. POP – CONTROLE DE VALIDADE DE MEDICAMENTOS
PROCEDIMENTO:
- Verificar mensalmente os prazos de validade de todos os medicamentos da mochila e
caixa reserva.
22
- Medicamentos com prazo de validade menor, ou seja, que vencem primeiro, devem
ficar disponíveis para uso imediato nas ambulâncias. O QUE VENCE PRIMEIRO, PRECISA
SER USADO PRIMEIRO.
- Para maior controle dos medicamentos com validades próximas do vencimento, estes
deverão ser identificados com etiquetas coloridas para facilitar a identificação dos
mesmos. A identificação deverá ser realizada mensalmente (última semana do mês)
com retirada dos vencidos.
- Cada base deve solicitar a reposição de tais itens por meio de requerimento eletrônico
ao e-mail da farmácia: [email protected].
- Caso ocorra quebra acidental de ampolas, SOMENTE serão repostas com requerimento
eletrônico via e-mail da farmácia e preenchimento do formulário de intercorrência
registrado no Tablet, com foto.
23
4.2. POP – EMPRÉSTIMO/DOAÇÃO DE MEDICAÇÃO
PROCEDIMENTO:
- Durante os atendimentos de urgência e emergência do SAMU e em transferências
interhospitalares pode existir necessidade de uso de medicações não padronizadas pelo
CISTRI, em falta e/ou quantidade menor que o necessário para estabilização da
vítima/paciente, ou ainda, para garantir um transporte seguro, sem intercorrências.
24
UNIDADE DE SAÚDE FORNECE
O MEDICAMENTO
ADMINISTRADO NÃO
ADMINISTRADO
NÃO
DOAÇÃO DEVOLUÇÃO
SIM
25
4.3. POP – REPOSIÇÃO DE MATERIAIS NAS BASES DESCENTRALIZADAS
OBJETIVO:
Realizar previsão e provisão de materiais para manutenção do quantitativo nas bases
descentralizadas e reposição de acordo com o uso nas unidades móveis através das
requisições quinzenais.
RESPONSÁVEL:
Almoxarife e enfermeiros (as), com auxílio dos médicos (as) e condutores (as) socorristas.
PROCEDIMENTO:
Quinzenalmente, com datas previstas pelo CISTRI, conforme escala ou conforme definido
por ambulância, um profissional é designado para realizar os pedidos de materiais:
- Conferência dos armários de estoque da base descentralizada, para definir a
necessidade da solicitação de cada material médico hospitalar, medicamentos,
resgate, EPI, produtos de limpeza e desinfecção, cilindro de oxigênio e ar
comprimido e materiais de escritório;
- Medicamentos são solicitados a partir do caderno de anotações de uso, contendo
número da ocorrência, data da ocorrência, profissional que administrou a
medicação, data de validade da medicação e número do lote;
- Preenchimento da ficha de solicitação e envio para o e-mail
[email protected] para pedidos exceto medicação e para solicitação da
farmácia enviar para o e-mail [email protected];
- Os pedidos devem ser encaminhados na sexta-feira que antecede a data da entrega,
com limite máximo de envio na segunda-feira da semana da entrega;
- Os profissionais devem seguir a escala de pedido de material.
26
DILUIÇÃO
OBJETIVO:
- Padronizar a diluição das medicações que fazem parte do estoque do serviço;
- Orientar sobre as indicações, contraindicações, efeitos colaterais das medicações;
- Garantir prescrição médica padronizada: Médico intervencionista na Unidade de
Suporte Avançado e Médico regulador na Unidade de Suporte Básico;
- Autorizar os (as) técnicos (as) de enfermagem à ministrar medicamentos por via oral
e parenteral mediante prescrição do médico regulador por telemedicina (Conforme
previsto pela Portaria 2048, de 5 de Novembro de 2002).
REGULAÇÃO MÉDICA:
O médico regulador deverá fazer a prescrição indicada para cada caso específico,
conforme protocolos do serviço, descrevendo, com as respectivas doses/volumes:
Medicação pelo princípio ATIVO e NOME COMERCIAL + Diluente
Via de administração
Velocidade de infusão
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Água destilada 10ml Fenobarbital sódico 100mg/ml – Amp
2ml
Ácido acetilsalicílico 100mg (AAS) Flumazenil 0,1mg/ml – Amp 5ml
Ácido tranexâmico 50mg/mL – amp 5 mL Furosemida 10mg/ml – Amp 2ml
Adenosina 3mg/ml – Amp 2ml Gliconato de cálcio 10%
Adrenalina, Cloridrato 1mg/ml – Amp 1ml Glicose hipertônica 50% - Amp 10ml
Brometo de Vecurônio 4mg Haloperidol 5mg/ml – Amp 1ml
Butilbrometo de Escopolamina + Dipirona Hemitartarato de Noradrenalina 2mg/ml
(Buscopam composto) – Amp 4ml
4mg/ml + 500mg/ml – Amp 5ml
Captopril 25mg Lidocaína geleia estéril 2%
Citrato de Fentanila 50mcg/ml – Amp 5ml Lidocaína + Epinefrina
20mg/ml (2%) + 0,005mg/ml – Amp
20ml
Clopidogrel 75mg Lidocaína sem vasoconstritor
Cloreto de Amiodarona 50mg/ml – Amp Midazolam 5mg/ml – Amp 3ml e Amp
3ml 10ml
Cloreto de Suxametônio 100mg Nitroglicerina 5mg/ml – Amp 5ml
TRIDIL
Cloreto de sódio 20% - 10 mL Nitroprussiato de sódio 25mg/ml – Amp
2ml
NIPRIDE
Cloridrato de Cetamina 50mg/ml (Ketamin) Salbutamol 100mcg/dose Spray – 200
doses
Cloridrato de dobutamina 250mg/20 mL Succinato Sódico de Hidrocortisona
100mg e 500mg
Cloridrato de Naloxona 0,4mg/ml – Amp Sulfato de atropina 0,25mg/ml – Amp
1ml (NARCAN) 1ml
Cloridrato de Ondansetrona 2mg/ml – Amp Sulfato de magnésio 50% - Amp 10ml
2ml
28
Cloridrato de Prometazina 25mg/ml – Amp Sulfato de morfina 10mg/ml – Amp 1ml
2ml (FENERGAN)
Cloridrato de Tramadol 50mg/ml (TRAMAL) Tartarato de Metoprolol 1mg/ml – Amp
– Amp 2ml 5ml - SELOKEN
Diazepam 5mg/ml – Amp 2ml (COMPAZ) Tenoxicam 40mg (TILATIL)
Dinitrato de isossorbida 5mg Bicarbonato de sódio 8,4% 250 mL
(ISORDIL SUB-LINGUAL)
Dipirona sódica 500mg/ml – Amp 2ml Soro Fisiológico 0,9% 100ml, 250ml,
500ml
Etomidato 2mg/ml – Amp 10ml Glicose 5% 250ml e 500ml
Fenitoína sódica 50mg/ml – Amp 5ml Solução Ringer Lactato 500ml
b. Indicações:
29
o Pentose biológica de meia vida ultracurta (9 segundos), primeira escolha na
cardioversão de TSVP em paciente estável ou no instável quando a
cardioversão não está disponível, ou mesmo antes desta, se devido a WPW.
Eficaz em 70% dos casos.
c. Contraindicações:
o BAV de segundo e terceiro grau sem marca-passo. Doença do nodo sinusal.
Asma grave.
3. ÁCIDO TRANEXÂMICO (Transamin®):
a. Forma farmacêutica:
b. Indicações:
O ácido tranexâmico é destinado ao controle e profilaxia de hemorragias
provocadas por hiperfibrinólise e ligadas a várias áreas, como cirurgias cardíacas,
ortopédicas, ginecológicas, obstétricas, otorrinolaringológicas, odontológicas,
urológicas e neurológicas; em pacientes hemofílicos e nas hemorragias digestivas e
das vias aéreas. No pré-hospitalar, é utilizado nas hemorragias importantes por
trauma.
c. Contraindicações:
O ácido tranexâmico é contraindicado em portadores de coagulação
intravascular ativa, vasculopatia oclusiva e em pacientes com hipersensibilidade aos
componentes da fórmula.
4. ADRENALINA/EPINEFRINA (Adren®):
a. Forma farmacêutica:
30
b. Indicações:
o Eficaz mais pelo seu efeito de vasoconstrição e sustentação da PA (melhorando
a perfusão coronariana), que pelo seu efeito beta (inotrópico e cronotrópico).
Se existe acidose associada, a correção com bicarbonato melhora o efeito das
catecolaminas.
- Aumenta a FC
- Aumenta a contratilidade miocárdica
- Aumenta a resistência vascular periférica
- Aumenta a PA (devido aos efeitos acima)
- Aumenta a demanda de oxigênio miocárdico
- Aumenta a automaticidade
- Melhora o padrão da fibrilação e a susceptibilidade a desfibrilação
- Efeito broncodilatador
Correção prévia da acidose melhora a eficácia.
Nunca associar bicarbonato na mesma via.
Útil também na asma, choque anafilático, sustentação inotrópica, obstrução alta
(nebulização)
c. Contraindicações:
o A Epinefrina é contraindicada em pacientes que apresentam
hipersensibilidade conhecida a qualquer componente da fórmula.
A Epinefrina é normalmente utilizada em situações de emergência. Nesses casos,
qualquer contraindicação é relativa.
Não se deve administrar Epinefrina em pacientes que estão sobre tratamento
com beta-bloqueadores em virtude do potencial elevado de desenvolvimento de
hipertensão severa e hemorragia cerebral.
5. AMIODARONA (Ancoron®/Atlansil®):
a. Forma farmacêutica:
31
b. Indicações:
o Antiarrítmico Classe III: prolonga potencial de ação e período refratário.
Profilaxia e tratamento de arritmias ventriculares graves (FV recidivante,
taquicardia ventricular recidivante, extra-sístoles ventriculares)
Profilaxia de fibrilação, flutter e taquicardia atriais.
Profilaxia de TSVP, associada a WPW e resistentes a drogas menos tóxicas.
Emergência: na fibrilação ou taquicardia ventricular refratária a
desfibrilação ou cardioversão.
É o mais potente antiarrítmico como droga isolada, mas, pela sua
toxicidade, não deve ser considerada droga de primeira escolha. Efeito pode
demorar dias ou meses para atingir o máximo de eficiência.
c. Contraindicações:
o BAV II ou III ou distúrbio de condução trifascicular em pacientes sem
marcapasso. QT longo, choque cardiogênico ou hipotensão grave, doença
tireoidiana, disfunção grave do nodo sinusal ou bradicardia sinusal
sintomática, disfunção hepática, pneumopatia crônica grave.
6. ATROPINA ( Plasmodex®/ Atropin®):
a. Forma farmacêutica:
b. Indicações:
o Parassimpaticolítico (bloqueio vagal), indicado nas bradicardias
sintomáticas, BAV sintomático.
Indicação discutível na assistolia.
Espamolítico; anticolinérgico, broncodilatador, midriático. Redução de salivação de
secreções.
- Como uma das principais causas de bradicardia é a hipóxia, a prioridade é ventilar e
oxigenar bem o paciente, sustentar a circulação (volume, inotrópicos e corrigir a acidose)
32
- Indicado na bradicardia sintomática (hipoperfusão ou hipotensão) não relacionada à
hipóxia (bradicardias vagais causadas por inalação de gases irritantes, estimulação do seio
carotídeo e compressão ocular, estimulação peritoneal e injeção de contrastes iodados) e
bradicardia com BAV sintomático.
- Doses pequenas induzem a bradicardia paradoxal. Uso pré-intubação ou broncoscopia
mascar a bradicardia da hipóxia e exige monitorização da oxigenação por saturimetria.
- Bloqueio AV: melhora FC idioventricular.
c. Contraindicações:
o Glaucoma de ângulo fechado, doença obstrutiva gastrointestinal,
miastenia, uropatia obstrutiva, taquicardia, tireotoxicose
7. BICARBONATO DE SÓDIO:
a. Forma farmacêutica:
b. Indicações:
o O bicarbonato de sódio é indicado na parada cardíaca, acidose metabólica
nos casos de diabetes, diarréia, intoxicações por ácidos exógenos ao
organismo (bórico e salicílico), retenção de ácidos não voláteis, uremia,
acidose lática.
c. Contraindicações:
o Presença de edemas, gravidez, alcalose metabólica ou respiratória (excesso
de bicarbonato), perda de cloreto causada por vômito ou drenagem gastrintestinal,
hipocalemia (diminuição do nível potássio no sangue).
Está contraindicado para crianças menores de 6 anos.
Este medicamento se enquadra na categoria C, de acordo com a tabela que trata
das categorias de risco de fármacos destinados às mulheres grávidas.
8. BUTILBROMETO DE ESCOPOLAMINA + DIPIRONA (Buscopam Composto®):
a. Forma farmacêutica:
33
CONCENTRAÇÃO POR AMPOLA APRESENTAÇÃO VOLUME POR AMPOLA
20 mg + 2500 mg 4 mg/ml + 500mg/ml 5 ml
b. Indicações:
c. Contraindicações:
34
- Contraindicado a partir dos 6 meses de gravidez.
9. CAPTOPRIL (Capoten®):
a. Forma farmacêutica:
Comprimidos – 25mg
b. Indicações:
c. Contraindicações:
35
b. Indicações:
c. Contraindicações:
- Síndrome coronária aguda – Nos pacientes com SCA sem elevação do segmento ST
(angina instável ou IM sem onda Q), incluindo tanto aqueles controlados clinicamente,
quanto os submetidos à Intervenção Coronária Percutânea (ICP) (com ou sem
colocação de stent), Bissulfato de Clopidogrel demonstrou uma redução na taxa de
ocorrência do desfecho combinado de morte cardiovascular, IM ou AVC, assim como
na taxa de ocorrência do desfecho combinado de morte cardiovascular, IM, AVC ou
isquemia refratária.
36
- Para os pacientes com IM com elevação do segmento ST, Bissulfato de Clopidogrel
mostrou reduzir a relação de morte por qualquer causa e a relação do desfecho
combinado de morte, reinfarto ou AVC.
- Fibrilação atrial – Em pacientes com fibrilação atrial (FA) que possuem pelo menos um
fator de risco para eventos vasculares e que não podem fazer uso de terapia com
antagonistas da vitamina K (AVK) [ex. risco específico de hemorragia, avaliação médica
de que o paciente é incapaz de cumprir com o monitoramento pela RNI (razão
normalizada internacional) ou que o uso de AVK é inapropriado], Bissulfato de
Clopidogrel é indicado em combinação com o ácido acetilsalicílico (AAS) na prevenção
de eventos aterotrombóticos e tromboembólicos, incluindo acidente vascular cerebral
(AVC). Bissulfato de Clopidogrel em combinação com AAS demonstrou reduzir a taxa
do desfecho combinado de AVC, infarto do miocárdio (IM), embolismo sistêmico fora
do sistema nervoso central, ou morte vascular, basicamente devida à redução de AVC.
- Em pacientes com fibrilação atrial com risco aumentado para eventos vasculares, que
podem fazer uso de terapia com AVK, estes demonstraram ter um benefício clínico
melhor que o AAS isoladamente ou em combinação com Bissulfato de Clopidogrel na
redução de AVC.
c. Contraindicações:
- Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer dos componentes do produto;
- Sangramento patológico ativo, como úlcera péptica ou hemorragia intracraniana.
37
b. Indicações:
- A solução injetável do cloreto de sódio 20% é indicada como fonte de cloreto sódio e
água para hidratação, nos casos de distúrbios do equilíbrio hidro-eletrolítico.
- É indicado no tratamento de choque hipovolêmico e como base para preparações de
soluções parenterais.
c. Containdicações:
b. Indicações:
c. Contraindicações:
Absolutas:
- Glaucoma de ângulo fechado;
38
- Em pacientes com risco de retenção urinária, ligado à problemas uretroprostáticos;
- Uso concomitante com levodopa;
- Comas barbitúricos e etílicos; sensibilidade às fenotiazinas; doença cardiovascular grave;
depressão severa do sistema nervoso central.
Relativas:
- Uso concomitante com álcool, lítio e sultoprida;
- Avaliar risco-benefício: Discrasias sanguíneas; câncer da mama; distúrbios hepáticos;
doença de Parkinson; distúrbios convulsivos; úlcera péptica.
- Deverá ser administrado com cautela em pacientes idosos e/ou debilitados. (retenção
urinária por problemas de próstata ou uretra).
b. Indicações:
c. Contraindicações:
39
- Este medicamento não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade aos
benzodiazepínicos ou a qualquer excipiente do produto, glaucoma de ângulo agudo,
insuficiência respiratória grave, insuficiência hepática grave (pois os benzodiazepínicos
podem levar à ocorrência de encefalopatia hepática), síndrome da apneia do sono ou
miastenia gravis. Benzodiazepínicos não são recomendados para tratamento primário de
doença psicótica.
- Eles não devem ser usados como monoterapia na depressão ou ansiedade associada com
depressão, pela possibilidade de ocorrer suicídio nesses pacientes.
- É contraindicado para menores de 12 anos de idade.
40
doença arterial coronariana é causa da insuficiência cardíaca congestiva, sendo neste caso,
seu efeito antianginoso de grande importância.
c. Contraindicações:
b. Indicações:
41
b. Indicações:
42
b. Indicações:
c. Contraindicações:
43
19. ETOMIDATO (Hypnomidate®):
a. Forma farmacêutica:
b. Indicações:
44
b. Indicações:
b. Indicações:
c. Contraindicações:
- Absolutas:
Porfiria;
Hipersensibilidade conhecida aos barbitúricos;
Insuficiência respiratória severa;
Insuficiência hepática e renal graves;
Uso de saquinavir, daclatasvir, dasabuvir, paritaprevir, ombitasvir, ledipasvir e
sofosbuvir.
45
- Relativas:
b. Indicações:
c. Contraindicações:
46
- É contraindicado para o tratamento da dor aguda ou da dor pós-operatória, já que não
se pode fazer uma titulação adequada das doses em um curto período de uso e porque
pode ocorrer hipoventilação grave ou trazer risco à vida;
- Para menores de 2 anos de idade.
b. Indicações:
- É indicado para promover a reversão completa ou parcial dos efeitos sedativos centrais
dos benzodiazepínicos.;
- É usado em anestesia e em unidades de terapia intensiva, nas seguintes indicações: Em
anestesiologia; Encerramento de anestesia geral induzida e mantida com
benzodiazepínicos em pacientes hospitalizados; Neutralização do efeito sedativo dos
benzodiazepínicos usados em procedimentos diagnósticos e terapêuticos de curta
duração em pacientes hospitalizados e de ambulatório. Em terapia intensiva e manuseio
de inconsciência de origem desconhecida: Para diagnóstico e tratamento de superdose
com benzodiazepínicos; Para determinar, em casos de inconsciência de causa
desconhecida, se o fármaco envolvido é um benzodiazepínico; Para neutralizar,
especificamente, os efeitos exercidos sobre o sistema nervoso central causados por doses
excessivas de benzodiazepínicos (restabelecimento da respiração espontânea e da
consciência a fim de evitar a intubação e posterior extubação).
c. Contraindicações:
47
- É contraindicado a pacientes com reconhecida hipersensibilidade a flumazenil ou a
pacientes que recebem benzodiazepínicos para controle de condições potencialmente
fatais (por exemplo, controle de pressão intracraniana ou controle do estado epiléptico);
b. Indicações:
48
- Uso por lactantes.
25. GLICONATO DE CÁLCIO:
a. Forma farmacêutica:
b. Indicações:
c. Contraindicações:
b. Indicações:
- A glicose funciona como fonte ideal de carboidratos, por ser um nutriente de fácil
metabolismo a dióxido de carbono e água, via ácido pirúvico ou láctico. Durante o
processo metabólico, a glicose libera energia que é rapidamente absorvida no trato
gastrointestinal;
49
- A solução hipertônica de glicose, administrada por via intravenosa, provoca desidratação
celular, podendo assim beneficiar no tratamento de edema cerebral, choque e colapso
circulatório.
c. Contraindicações:
- Não deve ser utilizada nos seguintes casos: coma diabético e insuficiência renal. A glicose
é contraindicada para pacientes com anúria (ausência de produção de urina), hemorragia
intracraneal ou intraespinhal, em delirium tremens ou desidratação aguda não
compensada;
b. Indicações:
50
28. HIDROCORTISONA (Cortisonal®/ Gliocort®):
a. Forma farmacêutica:
b. CONCENTRAÇÃO POR APRESENTAÇÃO VOLUME POR
AMPOLA AMPOLA
100 mg 100 mg/ml 1 ml
c. Indicações:
d. Contraindicações:
- Succinato Sódico de Hidrocortisona não deve ser utilizado por pacientes com
hipersensibilidade aos componentes da fórmula;
- É contraindicado nos casos de infecções fúngicas sistêmicas;
- Devem-se evitar tratamentos de longa duração com os corticosteroides.
51
CONCENTRAÇÃO POR AMPOLA APRESENTAÇÃO VOLUME POR AMPOLA
20mg/ml + 0,005mg/ml 2% 20 ml
b. Indicações:
c. Contraindicações:
b. Indicações:
52
- Náuseas e vômitos de origem central e periférica (cirurgias, doenças metabólicas e
infecciosas, secundárias a medicamentos).
c. Contraindicações:
53
b. Indicações:
c. Contraindicações:
b. Indicações:
54
- É uma droga indutora de sono de ação curta e indicada a pacientes adultos, pediátricos
e neonatos para:
c. Contraindicações:
OBS.: Doses maiores que 0,1mg/kg/h são recomendadas nos casos de estado de
mal convulsivo refratário às demais medidas. Considerar o uso de 20% a 50% da dose
em pacientes idosos, renais crônicos ou em uso de outros depressores do SNC.
b. Indicações:
55
- É um analgésico opióide forte, sistêmico, usado para o alívio da dor intensa. Deve ser
reservado para as manifestações dolorosas mais graves, como no infarto do miocárdio,
lesões graves ou dor crônica severa associada ao câncer terminal;
- É indicado também no alívio da dor do parto quando administrado pela via intratecal; - -
- Também é eficaz no controle da dor pós-operatória e na suplementação da anestesia
geral, regional ou local. Além da analgesia, o fármaco pode aliviar a ansiedade e reduzir o
trabalho do ventrículo esquerdo, diminuindo a pressão pré-carga. É também usada no
tratamento da dispneia associada à insuficiência ventricular esquerda aguda e edema
pulmonar.
c. Contraindicações:
b. Indicações:
56
- É um antagonista de opioide indicado para o tratamento de emergência de superdose
ou intoxicação aguda por opioide, suspeita ou comprovada, que se manifesta por
depressão respiratória e/ou depressão do sistema nervoso central. Este medicamento
também pode ser usado para a reversão completa ou parcial dos efeitos adversos de
opioides, especialmente depressão respiratória, causados com seu uso terapêutico e para
o diagnóstico de superdose aguda, suspeita ou conhecida, por opioides. São exemplos de
opioides: morfina, metadona, nalbufina, tramadol, buprenorfina e sufentanila;
- Também é utilizado para a reversão da depressão respiratória em neonatos de mães que
receberam opioides durante o trabalho de parto.
c. Contraindicações:
b. Indicações:
c. Contraindicações:
57
- Glaucoma de ângulo fechado;
- Traumatismo craniano ou hemorragia cerebral (por elevação da pressão intracraniana);
- Anemia severa; Hipotensão; Hipovolemia não corrigida; Circulação cerebral inadequada;
- Pacientes com tamponamento pericárdico, cardiomiopatia restritiva ou pericardite
constritiva, pois o débito cardíaco é dependente do retorno venoso;
- Risco na gravidez: Categoria C.
b. Indicações:
- Nipride® tem ação vasodilatadora, indicado no AVC agudo, se PAS > 220mmHg e/ou PAD
> 120mmHg;
c. Contraindicações:
- Não deve ser usado por pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula,
na hipertensão compensatória; pacientes com atrofia ótica congênita ou com ambliopia
(turbação visual); por tabagismo; no tratamento da insuficiência cardíaca congestiva
aguda, associada com resistência vascular periférica reduzida.
b. Indicações:
58
- Destinado ao controle da pressão sanguínea em certos estados hipotensivos agudos (por
exemplo, feocromocitomectomia, simpatectomia, poliomielite, infarto do miocárdio,
septicemia, transfusão sanguínea e reações a drogas). É indicado também como
coadjuvante no tratamento da parada cardíaca e hipotensão profunda.
c. Contraindicações:
59
CONCENTRAÇÃO POR AMPOLA VOLUME POR AMPOLA diluente
40 mg 10 ml
b. Indicações:
c. Contraindicações:
b. Indicações:
c. Contraindicações:
60
- Pacientes que apresentam hipersensibilidade conhecida a qualquer componente da
fórmula;
- Tendo como base os relatos de hipotensão profunda e perda de consciência quando
Cloridrato de Ondansetrona foi administrado com cloridrato de apomorfina, o uso
concomitante dessas substâncias é contraindicado.
b. Indicações:
c. Contraindicações:
61
- Deve ser evitado em pacientes que tomaram inibidores da monoamina oxidase até 14
dias antes;
- Este medicamento é contraindicado para menores de 2 anos de idade.
b. Indicações:
c. Contraindicações:
b. Indicações:
62
- Tratamento de hipomagnesemia;
- Controle de convulsões causadas por uremia aguda, eclampsia e tétano.
c. Contraindicações:
b. Indicações:
63
44. TENOXICAM (TILATIL®):
a. Forma farmacêutica:
b. Indicações:
c. Contraindicações:
64
CONCENTRAÇÃO POR APRESENTAÇÃO VOLUME POR
AMPOLA AMPOLA
50 mg 50 mg/ml 2 ml
b. Indicações:
- A substância ativa do Tramal é um analgésico que pertence à classe dos opioides que age
no sistema nervoso central. Desta forma alivia a dor agindo nas células nervosas
c. Contraindicações:
tratamento com inibidores da MAO, ou pacientes que foram tratados com esses fármacos
nos últimos 14 dias. Não deve ser utilizado em epilepsia não-controlada adequadamente
com tratamento;
- O uso crônico durante a gravidez pode levar à síndrome de abstinência nos recém-
nascidos.
65
a. Forma farmacêutica:
b. Indicações:
c. Contraindicações:
66
1. BUTILBROMETO DE ESCOPOLAMINA
+ DIPIRONA (Buscopam Composto®):
DILUIÇÃO SOLUCÃO TEMPO DE INFUSÃO
1 ampola SF0,9% 35 gotas/min
(5ml) 100ml
2. DIAZEPAM (Compaz®):
DILUIÇÃO SOLUCÃO TEMPO DE INFUSÃO
1 ampola SF0,9%/SG5% 10 inutos
250ml
3. DIPIRONA (Novalgina®):
DILUIÇÃO SOLUCÃO TEMPO DE INFUSÃO
1 ampola AD 18ml Infundir lento
(2ml)
4. METOCLOPRAMIDA (Plasil®/Noprosil®:
DILUIÇÃO SOLUCÃO TEMPO DE INFUSÃO
1 ampola AD 18ml Infundir lento
(2ml)
5. MORFINA (Dimorf®):
6. CETAMINA
CONCENTRAÇÃO POR AMPOLA FORMA FARMACÊUTICA VOLUME POR AMPOLA
500 mg 50 mg/ml 10ml
67
80 2,4 - 3,2 DOSE: 0,3 – 1,0MG/KG/H
85 2,55 - 3,4 PESO BOMBA INFUSÃO
90 2,7 - 3,6 CONTÍNUA (ML/H)
95 2,85 - 3,8 45 2,7 - 9,0
100 3,0 - 4,0 50 3,0 – 10,0
105 3,15 - 4,2 55 3,3 – 11,0
110 3,3 - 4,4 60 3,6 – 12,0
65 3,9 – 13,0
70 4,2 – 14,0
7. DOBUTAMINA 75 4,5 – 15,0
80 4,8 – 16,0
85 5,1 – 17,0
90 5,4 – 18,0
95 5,7 – 19,0
100 6,0 – 20,0
105 6,3 – 21,0
110 6,6 – 22,0
CONCENTRAÇÃO POR AMPOLA FORMA FARMACÊUTICA VOLUME POR AMPOLA
250 mg 12,5 mg/ml 20 ml
8. ETOMIDATO
CONCENTRAÇÃO POR AMPOLA FORMA FARMACÊUTICA VOLUME POR AMPOLA
20 mg 2 mg/ml 10ml
68
DOSE ATAQUE: 0,3 MG/KG
PESO (KG) VOLUME (ML)
45 6,75
50 7,50
55 8,25
60 9,00
65 9,75
70 10,50
75 11,25
80 12,00
85 12,75
90 13,50
95 14,25
100 15,00
105 15,75
110 16,50
9. FENTANILA
CONCENTRAÇÃO POR AMPOLA FORMA FARMACÊUTICA VOLUME POR AMPOLA
250 mcg 50 mcg/ml 5ml
69
PESO BOMBA INFUSÃO CONTÍNUA (ML/H)
45 4,5 – 45
50 5,0 – 50
55 5,5 – 55
60 6,0 – 60
65 6,5 – 65
70 7,0 – 70
75 7,5 – 75
80 8,0 – 80
85 8,5 – 85
90 9,0 – 90
95 9,5 – 95
100 10 – 100
105 10,5 – 105
110 11,0 – 110
10. MIDAZOLAM
CONCENTRAÇÃO POR AMPOLA FORMA FARMACÊUTICA VOLUME POR AMPOLA
15 mg 5 mg/ml 3ml
50mg 5mg/ml 10ml
DOSE ATAQUE: 0,2-0,3MG/KG
PESO (KG) VOLUME (ML)
45 1,8 – 2,7
50 2,0 – 3,0
55 2,2 – 3,3
60 2,4 – 3,6
65 2,6 – 3,9
70 2,8 – 4,2
75 3,0 – 4,5
80 3,2 – 4,8
85 3,4 – 5,1
90 3,6 – 5,4
95 3,8 – 5,7
100 4,0 – 6,0
105 4,2 – 6,3
110 4, 4 – 6,9
DILUIÇÃO SOLUCÃO CONCENTRAÇÃO
2 ampolas SG5%/SF0,9% 1mg/ml
50mg 80ml
(20 ml)
1 ampola 15mg AD 12ml 1mg/ml
(3ml)
DOSE: 0,05-0,6 MG/KG/H
PESO BOMBA INFUSÃO CONTÍNUA (ML/H)
45 2,25 – 27
70
50 2,50 – 30
55 2,75 – 33
60 3,00 – 36
65 3,25 – 39
70 3,50 – 42
75 3,75 – 45
80 4,00 – 48
85 4,25 – 51
90 4,50 – 54
95 4,75 – 57
100 5,00 – 60
105 5,25 – 63
110 5,50 – 66
71
DILUIÇÃO SOLUCÃO CONCENTRAÇÃO
1 ampola SG5% 200mcg/ml
50mg (2ml) 250ml
13. NORADRENALINA
CONCENTRAÇÃO POR AMPOLA FORMA FARMACÊUTICA VOLUME POR
AMPOLA
4mg 2mg/ml 4ml
72
70 0,26 – 78,75
75 0,28 – 84,38
80 0,30 – 90,00
85 0,32 – 95,62
90 0,34 – 101,25
95 0,36 – 106,88
100 0,38 – 112,50
105 0,40 – 118,14
110 0,42 – 123,77
15. SUXAMETÔNIO
CONCENTRAÇÃO POR AMPOLA FORMA FARMACÊUTICA VOLUME POR
AMPOLA
100 mg 50 mg/ml 2 ml
16. VECURÔNIO
73
20mg 200ml
74
4.6. POP – PERDAS DE MEDICAMENTOS
RESPONSÁVEIS
Enfermeiros (as), Médicos (as)
PROCEDIMENTO
Quando ocorrer quebra de ampolas na base (seja por queda de maleta ou por queda
da ampola) deverá ser feita uma intercorrência para farmácia no tablet sistema da velp,
tirar uma foto para anexar a solicitação de quebra do medicamento.
Em caso de medicamento sujeito a controle especial (Portaria 344/98), tirar foto da
ampola e também do lote.
A reposição de tais medicamentos será feita SOMENTE mediante justificativa e
requerimento preferencialmente envaido por e-mail, preenchido completamente, até a
data limite de cada quinzena.
Medicamentos preparados errado ou quando o médico solicitar troca de
medicamento antes de ser administrado, deverá ser relatado na ocorrência e solicitados
na requisição eletrônica. As fichas de atendimento eletrônica serão conferidos para
reposição.
O nome, lote e validade da ampola quebrada deverão ser anotados e passados para
a farmacêutica na requisição eletrônica, juntamente com a medicação usada durante a
quinzena, na data especificada, via e-mail, [email protected].
O mesmo se aplica para comprimidos que apresentarem desvio da qualidade após
o picote.
Deverá ser descartada em caixa apropriada para o descarte de perfuro-cortante.
75
OBJETIVO: Estabelecer critérios para a realização do abastecimento de medicamentos
para as bases descentralizadas do SAMU de forma correta e organizada.
76
incompletos, pedidos fora da data ou fora do padrão. Anotar imediatamente a
medicação usada após cada ocorrência e notificar a farmacêutica e coordenação direta
caso não haja quantitivo das medicações na reserva, para não comprometer o estoque
da base.
Cabendo advertência da coordenação em caso de descumprimento.
Nossa FARMÁCIA é regida por normas da Vigilância Sanitária para armazenamento,
abastecimento e reposição. A RASTREABILIDADE da medicação é imprescindível e
somente é garantida com o número da ocorrência, que é registrado em cada baixa
feita no estoque da FARMÁCIA.
2.2. O pedido para a troca de medicamentos a vencer deve ser feito imediato à
retirada do medicamento da bolsa de medicações, bem como da caixa reserva, por
exemplo, medicamento com validade 06/2018 deverá ser retirado do estoque uma
semana antes do dia 30/06/2018 e já solicitada na requisição a reposição.
77
3. SOBRE A PERDA POR QUEBRA DE AMPOLAS
3.1. Quando acontecer de haver quebra de ampolas na base (seja por queda de maleta
ou por queda da ampola) esta deverá ser requisitada na própria requisição manual, e
no campo que seria descrito a ocorrência deverá estar relatado “QUEBRA”,
justificando-se quebra de ampola, data e o nome do profissional.
3.2. Deverá registrar uma intercorrência no tablet, que possibilita o acesso via sistema
VELP, e anexar a foto do medicamento quebrado descrito em POP específico).
78
ANEXO I
REQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS
Base Descentralizada: _______________________________________________
Data do Pedido: ____________________________________________________
Responsável pelo pedido: ____________________________________________
Medicamentos Utilizados
Medicamento Profissional Data da Ocorrência Qtdade Lote
Ocorrência
Ex: Dipirona Francisca 03/07/2018 0580 1 Xk180
79
PROCEDIMENTO:
OBJETIVO:
Padronizar o registro de qualquer divergência de medicamentos nas bases
80
descentralizadas do Consórcio Público Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência e
Emergência da Macrorregião do Triângulo do Norte.
RESPONSÁVEIS:
Enfermeiros, técnicos de enfermagem e médicos
PROCEDIMENTO:
- Qualquer divergência que ocorra com medicamentos deverá ser registrada no Tablet.
- Após fazer login, escolha o tipo de intercorrência: FARMÁCIA, digite o que ocorreu,
por exemplo: quebra acidental, falta de algum medicamento, diluição errada
(substituição), quando terminar selecione salvar e adicione a foto.
Quando estiver pronto clique no ícone da câmera, tire a foto e clique “ok” ou se quiser
fazer outra foto clique em repetir e “ok”. Depois basta clicar em voltar.
5. LIMPEZA E DESINFECÇÃO
5.1. POP – LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE MATERIAIS
81
OBJETIVO: Limpar objetos e equipamentos prevenindo infecções cruzadas, bem como
mantendo uma adequada higienização da Unidade Móvel de Saúde e das bases
descentralizadas.
CONCEITOS:
Esterilização: É o procedimento utilizado para a completa destruição de todas as formas
de vida microbiana (bactérias, fungos, vírus e esporos), com o objetivo de evitar infecções
pelo uso de artigos hospitalares contaminados, principalmente os materiais considerados
críticos. O processo de esterilização pode utilizar agentes químicos ou físicos. Os materiais
a serem esterilizados são encaminhados, perante contratos ou termos de Cooperação, aos
hospitais parceiros de cada município.
Limpeza: Remoção física das sujidades visíveis, através da ação mecânica e/ou química,
mediante o uso de água e detergente neutro.
82
concentra maior quantidade de material contaminado.
Área de Preparo e Desinfecção: é o ambiente onde ocorre a inspeção dos artigos já limpos.
Semicríticos: São todos aqueles que entram em contato com a mucosa íntegra, mas não
invadem os tecidos subepiteliais, como acessórios de equipamentos de assistência
ventilatória, máscara do reanimador pulmonar manual, laringoscópio, máscara de alto
fluxo, máscara laríngea, tubo laríngeo, etc.
Não Críticos: São todos aqueles que entram em contato apenas com a pele do paciente,
como Esfigmomanômetros, termômetros, oxímetros, estetoscópios, etc;
83
Instituições Parceiras para processamento de artigos:
Todo o processo será realizado pela equipe de Enfermagem, com auxílio dos médicos, que
serão responsáveis pela limpeza, controle de diluição dos agentes desinfetantes, tempo
do processo, empacotamento, identificação e envio dos materiais, que necessitem de
esterilização, aos hospitais parceiros. Todos os passos serão seguidos conforme protocolo.
Após a realização dos processos, os materiais estarão disponíveis para o atendimento.
LIMPEZA E DESINFECÇÃO
Limpeza: a limpeza deve sempre ser feita antes dos processos de desinfecção ou
esterilização, pois a maioria dos germicidas são inativados em presença de matéria
orgânica. Normalmente a limpeza é realizada com água e detergente neutro, com ou sem
ação mecânica (esfregação).
84
Imersão total do artigo;
Preencher o interior dos tubos e reentrâncias;
Observar o tempo de exposição;
Manter recipientes tampados;
Observar a validade da solução;
Enxaguar em água potável, com múltiplos enxagues;
Secar e acondicionar.
MÉTODO DE LIMPEZA
Limpeza manual:
Realizar a limpeza manual de todos os artigos e materiais que forem passar por
desinfecção e esterilização;
Utilizar EPI’s adequados: luva grossa de borracha antiderrapante de cano longo, avental
impermeável, botas, gorro, protetor facial ou máscara e óculos de proteção;
Utilizar escovas não abrasivas;
Friccionar os artigos sob água para evitar aerossóis de microorganismos;
Enxaguar abundantemente com água até remover a sujidade e o detergente;
HIPOCLORITO DE SÓDIO
Para obter hipoclorito a 1% (imersão dos materiais) - solução líquida;
Utilizar o hipoclorito 1% sem diluir para obter a quantidade de solução a 1%;
Utilizar recipiente fotoprotetor;
A quantidade de solução diluída deverá ser de acordo com a necessidade;
Utilizar identificação para preparo de soluções, contendo data e horário da diluição,
validade, assinatura do profissional que a realizou e nome da solução;
A solução preparada tem validade máxima de 24 horas ou se a solução ficar com cor
alterada;
Não utilizar em metal, nesse tipo de artigo será usado álcool 70%.
Cálculo da diluição do Hipoclorito de Sódio
Quantidade final de solução Usando hipoclorito a 2,5% Usando hipoclorito a 5%
de hipoclorito a 1% Água Hipoclorito a Água Hipoclorito
85
2,5% a 5%
01 Litro 600 ml 400 ml 800 ml 200 ml
02 Litros 1200 ml 800 ml 1600 ml 400 ml
03 Litros 1800 ml 1200 ml 2400 ml 600 ml
04 Litros 2400 ml 1600 ml 3200 ml 800 ml
05 Litros 3 litros 2 litros 4 litros 1 litro
86
TÉCNICAS DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO DOS MATERIAIS
ALMOTOLIAS
Limpeza: Lavar com água, detergente neutro e esfregar com escova.
Desinfecção: Imergir em um balde escuro com tampa contendo solução de Hipoclorito
diluído a 1%, e deixar por 30min;
Enxaguar com água corrente;
Deixar secar naturalmente;
Embalar em saco plástico e selar.
BOLSA DE EMERGÊNCIA
Limpeza:
Lavar com água, detergente neutro e esfregar com escova;
Enxaguar com água corrente até tirar todo sabão;
Deixar secar naturalmente.
BRAÇADEIRA DO ESFIGMOMANÔMETRO
Limpeza:
Lavar com água, detergente neutro e esfregar com escova;
Enxaguar com água corrente até tirar todo sabão;
Deixar secar naturalmente.
COLAR CERVICAL
Limpeza:
87
Imergir em um balde com tampa contendo solução de hipoclorito e deixar por 5 minutos,
caso tenha sangue retirar com água oxigenada.
Esfregar com escova se necessário;
Enxaguar com água corrente.
Desinfecção:
Imergir em um balde escuro com tampa contendo solução de Hipoclorito diluído a 1% e
deixar por 30min;
Enxaguar com água corrente;
Deixar secar naturalmente;
Embalar em saco plástico e selar.
COLCHÃO DA MACA
Descontaminação prévia:
Remover o excesso de resíduos com papel toalha ou compressa se necessário;
Em locais com matéria orgânica (sangue, secreções, tecidos etc.), aplicar solução de
água oxigenada, deixar reagir e enxaguar com água corrente;
Passar hipoclorito a 1% nos locais possivelmente contaminados e deixar por 10 minutos;
Limpeza:
Lavar com água, detergente neutro e esfregar com escova;
Secar com pano limpo.
Desinfectar por 03 vezes com álcool a 70%.
ESTETOSCÓPIO
Limpeza:
Lavar com água, detergente neutro e esfregar com pano limpo;
Desinfecção:
Friccionar com pano umedecido com álcool 70%, apenas nas partes metálicas;
Deixar secar naturalmente;
- Repetir o processo por 3 (três) vezes;
88
FIO GUIA
Limpeza:
Realizar a limpeza utilizando hipoclorito 1% e encaminhar para Unidade que fará
esterilização;
Embalar e identificar o artigo com etiqueta própria;
Realizar o processo de esterilização e acondicionar em recipiente próprio, fechado e
identificado.
Limpeza:
Lavar com água, detergente neutro e esfregar com escova;
Deixar secar naturalmente.
INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS
Limpeza:
Imergir em um balde com tampa contendo solução de hipoclorito 1% e deixar por 5
minutos;
Esfregar com escova se necessário;
Enxaguar com água corrente;
Secar manualmente uma a uma para não causar avarias no instrumental cirúrgico;
Embalar as pinças destravadas protegidas por compressa.
89
Limpe o cabo do laringoscópio com compressa umedecida em água e detergente neutro;
Remova o detergente com compressa umedecida com água;
Remover o excesso de resíduos com papel toalha ou compressa se necessário;
Em locais com matéria orgânica (sangue, secreções, tecidos etc.) aplicar solução de
água oxigenada, deixar reagir e enxaguar com água corrente;
Friccionar com pano umedecido em álcool etílico a 70% e deixar secar repetindo este
procedimento por 3 (três) vezes.
Seque o cabo com a gaze seca.
Friccione com álcool 70% no cabo por 20 a 30 segundos.
Limpe a lâmina do laringoscópio com gaze umedecida em água e detergente.
Enxágue abundantemente com água corrente.
Seque a lâmina com gaze seca sem deixar umidade ao redor da lâmpada.
Monte o laringoscópio protegido em saco plástico ou recipiente limpo com tampa.
PÊRA DE ASPIRAÇÃO
Limpeza:
Lavagem prévia com água e detergente para retirada de sujidades, enxaguar com água
90
corrente;
Injetar, com uma seringa, solução de hipoclorito 1% diluído, até retirar todo o ar
interno para realizar limpeza interna;
Imergir em um balde com tampa contendo solução de hipoclorito 1% diluído e deixar por
5 minutos;
Esfregar com pano úmido e limpo, se necessário;
Enxaguar com água corrente interna e externamente.
MACA
Limpeza:
Lavar a maca usando água e detergente;
Retirar detergente com pano úmido;
Utilizar pano seco para finalizar a limpeza.
Desinfecção:
Desinfectar com uso de álcool 70% fazendo 3 fricções;
Após secagem do álcool, forrar com lençol descartável.
91
minutos;
Esfregar com escova se necessário;
Enxaguar com água corrente;
Deixar secar em ar ambiente ou com ar comprimido.
Desinfecção:
Imergir em um balde com tampa contendo solução de hipoclorito a 1% e deixar por 30
minutos;
Enxaguar com água corrente em abundância;
Deixar secar naturalmente ou em ar comprimido;
Embalar em saco plástico e lacrar;
Ideal passar por processo de esterilização.
92
Em locais com matéria orgânica (sangue, secreções, tecidos etc.) aplicar solução de água
oxigenada, deixar reagir e enxaguar com água corrente;
Esfregar com escova e detergente, e em seguida enxaguar.
Desinfecção:
Imergir em um balde com tampa contendo solução de hipoclorito a 1% e deixar por
30minutos;
Enxaguar com água corrente em abundância;
Pendurar e deixar secar naturalmente em área limpa da sala de utilidades.
93
Deixar secar naturalmente em área limpa da sala de utilidades.
CONSIDERAÇÕES
É obrigatório o uso de Equipamentos de Proteção Individual (Luva, óculos, máscara, touca)
pelos profissionais que façam a limpeza e desinfecção;
Os EPIs não descartáveis são de uso individual. Quando forem atingidos por sangue e/ou
secreções, devem ser higienizados após o uso. Diariamente, os calçados, luvas e avental
de borracha devem ser lavados, desinfetados, secos e armazenados em local arejado;
REFERÊNCIAS
- BH, Secretaria Municipal de Saúde de. Manual de Normas e Rotinas Técnicas – Central
Distrita de Material Esterelizado – SMSA/PBH – Belo Horizonte. 119p.
- Brasil. Ministério de Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. Exposição a Materiais Biológicos (Série A. Normas e Manuais
Técnicos. Saúde do Trabalhador; 3. Protocolos de Complexidade Diferenciada). 1ed.
Brasília; 2006. 76p.
-SOBECC. Práticas Recomendadas. São Paulo: SOBECC; 4ª ed.;2007.
- Ministério da Saúde. Portaria n.50, 21/02/2002.
- Ministério de Saúde. Portaria n. 307, 14/11/2002.
RESPONSÁVEL:
Médico (a), enfermeiro (a) e condutor (a) socorrista
94
MATERIAIS NECESSÁRIOS:
- Balde
- Água
- Hipoclorito
- Álcool 70%
- Rodo
- Vassoura
- Flanelas
- Detergente Neutro
- EPI
PROCEDIMENTO:
- Comunicar a Central de Regulação sobre a necessidade de realizar o procedimento;
- Usar equipamento de proteção individual apropriado: luvas de borracha, máscara,
avental e óculos de proteção;
95
gases, grades de ar condicionado e superfície dos cilindros de oxigênio, entre
outros;
- Retirar o excesso de detergente com pano umedecido em água;
- Secar com pano limpo.
PISO
DESINFECÇÃO:
Material necessário:
- Álcool 70% e hipoclorito de sódio 1%;
- 3 panos de limpeza (mobiliários, parede e piso separadamente);
Após a fase de limpeza e secagem, realizar fricção com:
- Pano umedecido com solução de hipoclorito a 1%: para revestimento da parede,
bancos, colchonetes, armários de madeira, acrílico e piso. Não utilizar no metal;
- Pano umedecido em álcool 70%: para partes metálicas (incluindo metais da maca
e cadeira de rodas, dentre outras);
- Permitir secagem espontânea.
Limpeza de cabine do condutor
- Realizar a limpeza da cabine do condutor com água e detergente, seguida de
enxague com pano umedecido apenas com água e secagem com pano limpo;
- Iniciar pelo teto na direção do fundo para o vidro dianteiro, seguida da limpeza do
painel, direção e estofamentos.
Obs.: Durante o período da pandemia é necessário que os bancos sejam encapados
com sacos plásticos.
96
- Preparar ambulâncias para novo atendimento: reposicionamento dos materiais,
equipamentos, coletor de resíduos e lençol;
- Registrar a realização da limpeza terminal: data, horário e equipe responsável;
- Comunicar à Central de Regulação a conclusão do procedimento e a
disponibilidade da equipe para acionamento à Central de Regulação.
OBS.:
A realização da limpeza da ambulância é uma ação coletiva e de responsabilidade
de TODOS os componentes da equipe. Sua realização de forma coordenada minimiza o
tempo consumido e agiliza a disponibilização da equipe para atendimentos.
Seguir a escala de limpeza terminal colocada no site mensalmente.
O procedimento será realizado nas áreas destinadas para limpeza da ambulância.
97
- Dobrar o pano umedecido em 2 ou 4 partes e iniciar a limpeza por uma das
partes, desdobrando sempre que houver excesso de sujidade para utilizar
todas as partes;
- Friccionar em sentindo unidirecional;
- Lavar o pano no balde que contém apenas a água, após utilizar todas as
dobras;
- Reiniciar o procedimento de limpeza com água e detergente;
- Retirar o excesso de detergente com pano umedecido apenas em água;
- Trocar a água dos baldes sempre que estiver visivelmente suja;
- Desprezar a água suja na área de expurgo da base;
Cuidados com o hipoclorito de sódio a 1%: corrosivo para metais, irritante para
olhos, pele e mucosa; é inativado na presença de matéria orgânica;
Cuidados com álcool: inflamável, volátil, opacifica acrílico e resseca plástico e
borracha; é inativado na presença de matéria orgânica;
Ao retirar os materiais de consumo e descartáveis dos armários e gavetas, checar
a validade e condições das embalagens.
Todo resíduo gerado dentro da ambulância deverá seguir as normas e rotinas
estabelecidas para o gerenciamento de resíduos de saúde:
Resíduos infectantes (presença de agentes biológicos): acondicionar em saco
de lixo branco leitoso e descartar em unidade de saúde que conte com
armazenamento e coleta especializada para destinação final;
Resíduos perfurocortantes: descartar imediatamente após o uso, em
recipientes de parede rígida com tampa e identificados. A caixa de
perfurocortante é trocada a cada dois meses ou de acordo com a necessidade.
É expressamente proibido o esvaziamento desses recipientes para
reutilização.
Resíduos comuns: podem ser descartados em sacos de lixo do tipo comum,
conforme legislação do município.
As ações de reorganização do ambiente incluem a lavagem e secagem dos baldes e
panos;
98
Dos frascos de aspiração e outros dispositivos de oxigenoterapia, extensões,
dispositivo bolsa-válvula-máscara, materiais de resgate (colar cervical, tala de
imobilização, imobilizador de cabeça e pescoço e tirante aranha) são tirados
secreções, sangue e outras sujidades com sabão neutro, e depois são colocadas em
solução de hipoclorito 1% conforme protocolo de desinfecção de materiais.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Manual Suporte Básico de Vida-Ministério da Saúde
6. PROTOCOLOS DE ATENDIMENTOS
6.1. POP – MANEJO DO PACIENTE COM DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS E USO
DE EPI’s
- Ações:
99
Lavar as mãos antes e após contato com paciente, quando não for possível usar álcool
gel;
As luvas devem ser utilizadas para:
o Manipulação de sangue e outros fluidos corporais;
o Manipulação de membranas mucosas ou pele não íntegra de todos os pacientes;
o Procedimentos em equipamentos ou superfícies contaminadas com sangue ou
outros fluidos corporais;
o Venopunção, punção arterial e outros procedimentos de acesso vascular.
- Observações:
Após a retirada das luvas, realizar sempre a lavagem das mãos;
As luvas devem ser trocadas após o contato com cada paciente;
Jamais lavar as luvas ou as reutilizar;
Jamais tocar em qualquer objeto inanimado com luvas (maçanetas de portas, canetas,
lápis, pranchetas, teclado de computadores, monitores);
Desenvolver o hábito de somente calçar as luvas imediatamente antes de realizar o
procedimento; certificar-se de ter todo o material necessário à mão para evitar
desparamentar-se ou circular com luvas;
Utilizar mangas longas do uniforme quando houver contato direto com o paciente
(sangue e/ou fluidos corporais).
PRECAUÇÃO DE CONTATO
- Indicação: No cuidado de pacientes com infecção suspeita ou reconhecida de
importância epidemiológica que seja transmitida pelas mãos/pele, tais como infecção ou
colonização por agente multirresistente, herpes simples, abscessos, celulite,
furunculose, piodermites, pediculose, escabiose, conjuntivites, contato entérico
(hepatite “A”, diarreia infecciosa), contato com secreções respiratórias (vírus sincicial
respiratório, parainfluenza, enterovirus), etc.
- Ação:
Lavar as mãos, antes e após contato com paciente.
100
As luvas devem ser utilizadas para: manipulação de sangue e/ou fluidos corporais,
membranas mucosas ou pele não íntegra de todos os pacientes, procedimentos em
equipamentos ou superfícies contaminadas com sangue ou outros fluidos corporais,
venopunção, punção arterial e outros procedimentos de acesso vascular.
Equipamentos individualizados;
Desinfecção e esterilização conforme rotina.
- Ação:
Todos os cuidados da Precaução – Padrão ou Universal;
O local onde estiver o paciente deverá obrigatoriamente estar com as portas fechadas;
Equipamentos de Proteção Respiratória uso de máscara N95 para todos os profissionais
Transporte do paciente: uso de máscara cirúrgica no paciente
- Ação:
Todos os cuidados da Precaução – Padrão ou Universal; ênfase para máscara para
distâncias menores que 1 metro do paciente;
Pessoas suscetíveis (sarampo, varicela) não devem realizar o transporte;
Não deverá transportar outra pessoa junto ao paciente;
101
No transporte utilizar (quando possível) máscara cirúrgica no paciente;
Realizar lavagem a desinfecção de equipamentos usados no paciente: termômetro,
estetoscópio, manguito;
Desprezar perfurocortante em recipiente adequado;
Após realizar o transporte do paciente, realizar limpeza e desinfecção da unidade
móvel;
Acompanhante deverá permanecer na cabine junto ao condutor e fazer uso de máscara
cirúrgica.
102
síndrome Respiratória Aguda Grave e de surtos de síndrome Gripal em ambientes
restritos
OBJETIVOS:
• Adotar medidas de precaução e isolamento para os casos suspeitos e confirmados da
gripe H1N1
• Prevenir a disseminação do vírus H1N1 entre pacientes e equipe profissional envolvida
na assistência, bem como acompanhantes dos pacientes suspeitos
PROCEDIMENTO:
• Precauções de contato e gotículas;
• Higienize as mãos com frequência;
• Utilização de máscara cirúrgica descartável para abordagem do paciente e realização
de procedimentos de cuidados gerais, tais como: cuidados básicos, administração de
medicamentos, passagem de SVD
• Utilização de máscara de proteção respiratória (N95) para realização de procedimentos
com risco de geração de aerossóis, são exemplos: intubação traqueal, aspiração
nasofaringea e nasotraqueal, passagem de SNE ou SNG
•. Observar a sequência de paramentação para evitar autocontaminação: avental, luvas,
máscaras, óculos de proteção e gorro.
OBSERVAÇÕES:
• A máscara de proteção respiratória (N95) deverá ser de uso pessoal e estar
apropriadamente ajustada a face e poderá ser reutilizada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:
• MINISTÉRIO DA SAÚDE. Protocolo de Manejo Clínico de Síndrome Respiratória Aguda
Grave: Brasília 2010.
ANVISA. Orientações para manejo de pacientes com Influenza. 2010. Disponível em:
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/influenza/orientacao.htm. Acesso em 12/03/2010
103
6.2. POP – MANEJO DA DOR NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
OBJETIVO:
Definir e padronizar o manejo da dor durante os atendimentos de urgência e emergência,
garantindo conforto ao paciente/vítima e bloqueando a resposta sistêmica causada por
esta.
104
renina, angiotensina II, aldosterona, glucagon e interleucina-1, com concomitante
diminuição da secreção de insulina e testosterona. Estas alterações são traduzidas
por um estado catabólico caracterizado por hiperglicemia, aumento do catabolismo
proteico, lipólise, retenção renal de água e sódio, com aumento da excreção de
potássio e diminuição da taxa de filtração glomerular.
A estimulação nociceptiva do tronco cerebral causa taquipneia, secundária às
doenças torácicas e abdominais, resultando em espasmos musculares e fadiga
involuntária da musculatura, com consequente hipoventilação e piora na relação
ventilação/perfusão; e a resposta simpática descrita contribui para o aumento da
viscosidade sanguínea, aumento do tempo de coagulação, fibrinólise e agregação
plaquetária.
A supressão do eixo adrenal-pituitário da resposta hormonal ao estresse tem sido
descrita como o principal objetivo do controle da dor. Logo, a persistência deste
quadro clínico pode ser deletério, visto que a resposta neuroendócrina a dor pós
traumática é suficiente para desencadear estado de choque.
ESCALA ANALGÉSICA:
105
DIPIRONA DIPIRONA MORFINA
BUSCOPAM COMPOSTO BUSCOPAM COMPOSTO FENTANIL
TENOXICAM TENOXICAM
TRAMADOL
OBJETIVO:
Padronizar a conduta de atendimento à parada cardiorrespiratória pelas equipes de
atendimento, conjuntamente com as orientações dadas pela Central de Regulação
Médica.
106
o - Se o paciente não responde e não tem pulso, iniciar IMEDIATAMENTE as compressões
torácicas – 30 compressões para 2 ventilações com bolsa-válvula-máscara;
- Ao mesmo tempo em que o médico (a) checa o pulso e avalia a respiração, o
(a)enfermeiro (a) punciona o acesso. O condutor socorrista inicia a RCP;
- Enquanto o condutor inicia a RCP, o médico liga o cardioversor. A primeira monitorização
do paciente deve ser com as pás, para que seja feita a desfibrilação imediata, caso seja
indicada.
- Após conduta inicial, monitorizar o paciente e acompanhar o ritmo no monitor.
- Caso sejam necessárias desfibrilações sucessivas, manter nas pás.
OBS.: O tempo de RCP deve ser definido pelo médico intervencionista, levando-se em
consideração a fadiga da equipe e/ou julgamento de cada caso. Por exemplo, pacientes
jovens com etiologia definida: trauma, hipotermia, intoxicação, afogamento, etc., deve-se
tratar a causa específica e manter RCP por mais tempo, visto a grande chance do RCE.
PROCEDIMENTO PADRÃO:
- Nas compressões, suas mãos devem ficar sobre a extremidade inferior do esterno,
posicionadas 2 dedos acima do processo xifoide; o que fica aproximadamente, na linha
intermamilar. Trace uma linha imaginária entre os mamilos, o ponto médio localiza-se no
exato local que sua mão deverá posicionar-se para as compressões torácicas.
- Coloque o “calcanhar da mão” no esterno com a outra mão por cima, com os dedos de
ambas as mãos apontando na direção oposta à sua. Entrelace os dedos ou estenda-os,
mantendo-os afastados do tórax da vítima. Os braços do socorrista devem estar
estendidos à frente do tronco, ficando perpendiculares a ele, sendo que a força deve ser
gerada na coluna lombar e somente transferidas aos braços.
107
- Para ventilar, o socorrista deve se posicionar de joelhos atrás da cabeça da vítima e
segurar o reanimador manual (“AMBU”) com a técnica EC, ou seja, os dedos polegar e
indicador formando um C segurando a máscara na face e os demais dedos formando um
E no ângulo da mandíbula, assim garantindo um posicionamento efetivo da máscara. A
máscara na face deve estar com a parte estreita na ponte do nariz.
- Lembre-se sempre que para as ventilações serem eficazes, é necessário abrir via aérea.
Para isso podem ser realizadas duas técnicas: a de inclinação da cabeça – elevação do
queixo, ou anteriorização da mandíbula.
108
2) ASSISTOLIA:
3) FIBRILAÇÃO VENTRICULAR:
109
QUALIDADE DA RCP VIA AÉREA AVANÇADA
110
Comprima com força (pelo Intubação endotraqueal ou
menos 5cm) e rapidez (100- via aérea supraglótica
120/min) e aguarde o avançada (máscara laríngea)
retorno total do tórax. Quando houver uma via
Minimize interrupções nas aérea avançada, administre
compressões. 1 ventilação a cada 6
Evite ventilação excessiva. segundos (10
Alterne as pessoas que ventilações/min) com
aplicam as compressões a compressões torácicas
cada 2 minutos ou antes se contínuas
houver fadiga.
Sem via aérea avançada,
relação compressão-
ventilação 30:2.
CARGA DO CHOQUE PARA RETORNO DA CIRCULAÇÃO
DESFIBRILAÇÃO ESPONTÂNEA (RCE)
Bifásico: Dose inicial de Pulso e pressão arterial.
200J e doses subsequentes
de 250J
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO CAUSAS REVERSÍVEIS
Dose IV/IO de Hipovolemia
epinefrina/adrenalina: Hipóxia
1mg (Aspirar em 01 seringa Hidrogênio, íon (acidemia)
de 1ml = 1 ampola de Hipo/hipercalemia
1ml) a cada 3 a 5 minutos Hipotermia
Dose IV/IO de amiodarona: Tensão do tórax por
Primeira dose: Bolus de pneumotórax
300mg (Aspirar em 01 Tamponamento cardíaco
seringa de 10ml = 2 Toxinas
ampolas de 3ml) Trombose pulmonar
Segunda dose: 150mg Trombose coronária
(Aspirar em 01 seringa de
5ml = 1 ampola de 3ml)
OBS.: Flush de 20ml de
SF0,9% após cada
medicação, com
elevação do membro.
CONDUTA PÓS-RCP:
Caso o paciente retorne à circulação espontânea, o MÉDICO REGULADOR deve
orientar encaminhamento à Unidade de Referência pactuada e entrar em contato
com a mesma para informar a chegada do paciente.
111
EQUIPE DE ATENDIMENTO:
o Devem enviar ao médico regulador todas as medicações utilizadas através do
J16.
MÉDICO REGULADOR:
o Deve cobrar o J16, caso a equipe não informe.
PARTICULARIDADES:
● Para o manejo de PCR, dividimos as pessoas em três grupos:
● Bebês: < 1 ano de idade (com exceção dos que estão na sala de parto);
● Crianças: >1 ano de idade até antes de entrar na puberdade;
● Adultos: pessoas a partir da puberdade. Para fins de suporte de vida em pediatria,
consideramos que meninas entram na puberdade a partir do momento que tem
desenvolvimento mamário e meninos a partir do momento que apresentam pelos
no peito e/ou nas axilas.
112
Reconhecimento da PCR: Ausência de pulso ou FC menor que 60bpm (Contar pulso por 6
segundos e multiplicar por 10)
CRIANÇA
- 1 socorrista: 30 compressões para 2 ventilações com bolsa-válvula-máscara.
- 2 socorristas: 15 compressões para 2 ventilações com bolsa-válvula-máscara.
Técnica: Para a maioria das crianças, uma ou duas mãos podem ser usadas para
administrar compressões torácicas. Para a maior parte delas, a técnica de compressão será
igual à de adulto: duas mãos (base de uma das mãos com a base da outra sobre a primeira).
Para toda criança pequena, as compressões com uma mão podem ser adequadas para a
obtenção de uma profundidade de compressão adequada.
Comprima no mínimo 1/3 do diâmetro anteroposterior do tórax (em torno de 5 cm) a cada
compressão, permitindo o retorno completo do mesmo, após cada compressão, com uma
frequência entre 100-120 compressões por minuto.
113
LACTENTE
- 1 socorrista: 30 compressões para 2 ventilações com bolsa-válvula-máscara.
- 2 socorristas: 15 compressões para 2 ventilações com bolsa-válvula-máscara.
Técnica:
- 1 socorrista: Coloque dois dedos no centro do tórax do lactente, logo abaixo da linha
mamilar, na metade inferior do esterno. Não pressione a ponta do esterno.
Comprima no mínimo um terço do diâmetro anteroposterior do tórax (em torno de 4 cm).
No final de cada compressão, permita o retorno completo do tórax, não se apoie no tórax.
114
Na chegada do monitor, o condutor assume as compressões torácicas, o enfermeiro
assume a instalação de um acesso venoso para serem feitas as medicações necessárias,
enquanto o médico já verifica o ritmo da PCR com as pás do desfibrilador.
- Caso o ritmo seja chocável (Fibrilação Ventricular ou Taquicardia Ventricular sem Pulso),
é colocado gel nas pás e realizado o primeiro choque. Se criança menor que 10 kg utilizar
as pás pediátricas.
Cargas para Desfibrilação: 1° choque: 2J/kg; 2° choque: 4J/kg; e assim sucessivamente até
o máximo de 10J/kg ou 200J.
Caso seja confirmado um ritmo de PCR Não-chocável (Assistolia ou Atividade Elétrica Sem
Pulso – AESP), não é realizada a desfibrilação e é retomada a RCP por mais 2 minutos, o
médico assume a via aérea e, caso, já se disponha de acesso venoso, já pode ser feita a
primeira dose de Epinefrina.
115
Administração de Epinefrina:
- Administração EV ou IO: 0,01 mg/kg
- Deve-se diluir 1 ml de Epinefrina para mais 9 ml de Água Destilada, desta solução
(Epinefrina 1:10.000) deve-se administrar 0,1 ml/kg de peso a cada 3 a 5 minutos por via
EV ou IO, sempre seguido de "flush" de 5 ml de Solução Fisiológica 0,9% e elevação do
membro.
- Caso não se tenha conseguido Acesso Venoso ou Intra-ósseo, pode ser realizada a
Intubação Orotraqueal e realizada uma primeira dose de Epinefrina Endotraqueal (0,1
ml/kg da solução 1:1.000).
- Caso não se tenha conseguido um Acesso Venoso, deve-se proceder a instalação de um
Acesso Intra-ósseo para a realização das medicações.
- O médico (a), responsável pela Via Aérea, inicia a Ventilação com Bolsa-Válvula-Máscara,
em conjunto com o condutor socorrista nas compressões torácicas (técnica com dois
socorristas 15:2).
- Para “ambuzar”, o médico deve se posicionar de joelhos atrás da cabeça da vítima e
segurar o reanimador manual (AMBU) com a técnica EC, ou seja, os dedos polegar e
indicador formando um C segurando a máscara na face e os demais dedos formando um
E no ângulo da mandíbula, assim garantindo um posicionamento efetivo da máscara. A
máscara na face deve estar com a parte estreita na ponte do nariz.
- Lembre-se sempre que para as ventilações serem eficazes, é necessário abrir as vias
aéreas. Para isso podem ser realizadas duas técnicas: a de inclinação da cabeça – elevação
do queixo, ou anteriorização da mandíbula. A manobra de anteriorização da mandíbula é
usada quando a inclinação de cabeça não funciona ou quando há suspeita de lesão na
coluna.
116
- O médico(a) será responsável por definir se a Ventilação com este dispositivo está sendo
efetiva ou se é necessário proceder à Intubação Orotraqueal imediata para uma ventilação
adequada.
- Assim que conveniente, sem causar grandes interrupções nas compressões torácicas, o
médico deve proceder à Intubação Orotraqueal ou passagem de Máscara Laríngea.
- Após IOT ou passagem de máscara laríngea, a RCP segue com compressões cardíacas
contínuas (100-120 por minuto) e a ventilação também ocorre de forma contínua (1
ventilação a cada 6 segundos – 10 ventilações/minuto).
- O enfermeiro deve proceder à monitorização do paciente com eletrodos, o que facilitará
a nova checagem de ritmo, e após este deverá revezar com o condutor socorrista nas
compressões cardíacas. A sequência do atendimento vai seguir fluxogramas diferentes
caso o ritmo seja chocável ou não chocável (fluxograma em anexo).
117
- Deve-se proceder uma nova checagem de ritmo a cada 2 minutos, cessando as
compressões torácicas e a ventilação e afastando-se do paciente para a leitura do ritmo.
Se RITMO CHOCÁVEL:
- Foi realizada a primeira desfibrilação (2J/kg) e não foi administrada nenhuma medicação,
retornando a RCP por 2 minutos (conforme já mencionado acima).
- Após este período se persistir com ritmo chocável, é realizada nova desfibrilação (4J/kg)
e feita primeira dose de Epinefrina e retornada a RCP por mais 2 minutos.
- Após nova checagem de ritmo, é realizada a terceira desfibrilação (Doses sucessivas) e
realizada dose de Amiodarona EV (5mg/kg) e retornada a RCP por mais 2 minutos.
- Se a amiodarona não estiver disponível, pode-se administrar lidocaína em uma dose de
ataque de 1 mg/kg IV seguida por uma infusão de manutenção de 20 a 50 mcg/kg/min.
- Após nova checagem de ritmo, realizada nova desfibrilação (caso mantenha ritmo
chocável) e feita nova dose de Epinefrina, sempre retornando com 2 minutos de RCP antes
da nova checagem de ritmo.
- Caso mantenha ritmo chocável, nova desfibrilação deve ser administrada e realizada uma
segunda dose de Amiodarona EV (5mg/kg).
- E na sequência segue-se com uma dose de Epinefrina EV a cada dois ciclos e não é mais
administrada a Amiodarona EV.
- Se em algum momento desta avaliação este ritmo se tornar não chocável, segue-se a
partir de então o fluxograma para ritmo não chocável.
118
- Sendo confirmada a Assistolia, segue-se a RCP por mais 2 minutos e é administrada uma
dose de Epinefrina a cada 2 ciclos (de 2 minutos cada).
- Se nesta análise de ritmo for encontrado Atividade Elétrica, deve-se checar pulso central
(conforme a idade do paciente, como citado acima).
- Se pulso central ausente, confirmada AESP e é reiniciada a RCP por mais 2 minutos e
segue-se com uma dose de Epinefrina EV a cada 2 ciclos.
- Se pulso central presente, deve-se contar a frequência em 6 segundos e multiplicar por
10:
- Se maior que 60 bpm, considera-se Retorno da Circulação Espontânea (RCE) a segue-se
os Cuidados Pós Parada;
- Caso a FC seja menor que 60, é reiniciada a RCP por mais 2 minutos e segue-se com o uso
da Epinefrina a cada 2 ciclos; até que se encontre uma FC maior que 60 bpm, com pulso
central presente, nesta análise de ritmo (RCE); para então se prosseguir com os Cuidados
Pós Parada.
Durante a RCP sempre tratar causa reversíveis de PCR (5”H”s e 5”T”s)
119
> 1 ano: 70 + (2 × idade em anos)
- Tratar causa reversíveis de PCR (5”H”s e 5”T”s), que porventura ainda não tenham sido
tratadas
- Neuroproteção: Evitar hipertermia e tratar crises convulsivas
- Evitar hipoglicemia.
Caso não haja RCE, entrar em contato com a regulação para definir a unidade de saúde
para a referência e manter as manobras de RCP, até a chegada à Unidade de Saúde. Não
há indicadores seguros de resultados para orientar quando terminar os esforços de
reanimação no paciente pediátrico.
120
REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) EM LACTENTES E CRIANÇAS – MEDICINA DE CUIDADOS CRÍTICOS – MANUAIS MSD EDIÇÃO
PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE
121
6.4. POP – ATENDIMENTOS EM CASOS DE DOR TORÁCICA
OBJETIVO:
Alinhar diagnóstico, medidas iniciais de suporte, realização precoce de ECG e
encaminhamento à Unidade de Referência correta dos casos de suspeita de infarto agudo
do miocárdio.
PROCEDIMENTO:
Manter a vítima em posição semissentada e tranquilizá-la. Realizar avaliação
primária e secundária.
Monitorização contínua multiparamétrica (PA, FC, FR,9 SatO2, Tºax)
Acesso venoso periférico
Oxigênio sob máscara a 4L/min, apenas se evidência de desconforto respiratório
ou se SatO2 < 90%
Clopidogrel = 300MG (04 comprimidos) VO, para pacientes 75 anos; para aqueles
com mais de 75 anos, administrar 75mg VO (01 comprimido)
o Contraindicações: Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer dos
componentes do produto, sangramento patológico ativo (úlcera péptica ou
hemorragia intracraniana), intolerância à galactose (devido à presença de
lactose nos excipientes)
122
Isordil (Dinitrato de isossorbida) = 5MG VO, sublingual. Pode ser repetido até 2
vezes (Dose máxima = 15mg (03 comprimidos), com intervalos de 3 a 5minutos
entre as doses e limitar a redução da PA em 10%, se paciente normotenso, ou até
30%, se hipertenso. Controlar PA e FC.
o Contraindicações: PA sistólica 90 mmHg; frequência cardíaca < 50 ou >
100bpm; em vítimas com suspeita de infarto de ventrículo direito (VD) ou
infarto de parede inferior com possiblidade de envolvimento do VD; se a vítima
fez uso de inibidores da fosfodiesterase-5: Sildenafil (Viagra) ou Vardenafil
(Levitra, Vivanza) ou Lodenafil (Heleva) nas últimas 24 horas; Tadalafila
nas últimas 48h; ou disfunção erétil, como Alprostadil (Aplicav, Caverget),
Fentolamina (Herivyl), loimbina (Yomax) nas últimas 24 horas.
Morfina = 2 a 4mg IV (Em um seringa de 10ml = 01 ampola diluída em 09ml de AD
= 2 a 4ml de solução), repetir a cada 5 a 10minutos até seu alívio, observando a
possibilidade de depressão respiratória.
Administrar, se a dor isquêmica não for aliviada pelo nitrato.
o Contraindicações: Infarto de VD, PA sistólica 90mmHg, FC < 50 ou > 100,
depressão respiratória ou hipovolemia; se ocorrer hipotensão após
administração, infundir volume.
Trombólise:
o Critérios clínicos de indicação:
Dor sugestiva de isquemia miocárdica aguda com até 12 horas de evolução
o Critérios eletrocardiográficos:
Supradesnível do segmento ST em duas derivações contíguas: Frontais
1mm e Precordiais (V2-V3) – Mulheres 1,5mm; Homens acima de 40 anos
2mm e Homens abaixo de 40 anos 2,5mm.
Presença de bloqueio completo de ramo esquerdo (BRE) associado a dor
típica
BRD novo com dor refratária*
*Dor refratária: Dor que se mantém apesar de terapia antianginosa máxima:
123
Beta bloqueador se não houver contraindicação: pacientes hipotensos, com PR >
240ms, que não tenham BAV avançados, Killip 2, 3 ou 4, doença pulmonar em
atividade;
Nitratos como Isordil, no máximo 15mg
Nitroglicerina – doses progressivas a cada 5 a 10minutos, até a dose anterior
àquela que reduziu a pressão arterial em mais de 20mmHg, ou para menos de
100mmHg, e/ou aumento da frequência cardíaca para mais de 10% do basal;
Terapia antiplaquetária (AAS e clopidogrel) e antitrombóticas (uso de HNF ou
enoxaparina).
O analgésico deve ser usado também com ressalva, atualmente o uso de morfina
tem sido questionado em muitos trabalhos por reduzir a absorção dos
antiplaquetários, mas ainda é contemplada nas diretrizes.
DICAS:
Imagem em “espelho” – Se houver dúvida se há supradesnivelamento de ST na parede
inferior (D2, D3 e aVF), as derivações D1 e aVL terão infradesnivelamento de ST
124
DERIVAÇÕES DIREITAS:
V1: Com a posição normal.
V2: Com a posição normal.
V3R: A meio caminho entre os eletrodos V1 e
V4R.
V4R: No quinto espaço intercostal direito, na
linha hemiclavicular.
V5R: No quinto espaço intercostal direito, na
linha axilar anterior.
V6R: No quinto espaço intercostal direito, na
linha axilar média.
ELETROCARDIOGRAMA:
o Elevação do segmento ST
125
IAM ANTERIOR EXTENSO
IAM INFERO-LATERO-DORSAL
OBS.: No infarto de parede inferior (D2, D3, aVF), deve-se sempre descartar
comprometimento do ventrículo direito. Ficar atento aos sinais de baixo débito e realizar
volume, quando necessário.
126
6.5. POP – SUSPEITA DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE)
OBJETIVO:
Padronizar o atendimento da suspeita de acidente vascular encefálico, com diagnóstico
clínico precoce e encaminhamento dos pacientes dentro da janela para trombólise ao
Hospital de Clínicas de Uberlândia, observando as indicações e contraindicações ao
procedimento.
127
ESCALA PRÉ HOSPITALAR DE AVE DE CINCINNATI
Alteração na fala: Pedir para que a vítima repita a frase: “O rato roeu a roupa
128
do rei de Roma”
Normal: Repete usando as palavras corretamente e pronunciando-as sem fala pastosa;
Anormal: Mistura as palavras, usa palavras inarticuladas ou erradas ou é incapaz de
falar.
CONDUTAS
- Na avaliação inicial, com suspeita do diagnóstico, utilizar a Escala Pré-hospitalar de
Cincinnati, Escala de Coma de Glasgow e exame neurológico, e repassar à
regulação, que informará o destino do paciente;
- Confirmar o início dos sintomas (hora exata do ictus) – Não é a hora que o
acompanhante viu o paciente com o déficit pela primeira vez, é a ÚLTIMA HORA
EM QUE O PACIENTE FOI VISTO BEM. (Exemplo: O paciente foi dormir bem às 22h
e acordou às 6h sem movimentar o hemicorpo direito. Hora do ictus – 22h do dia
anterior, portanto, fora da janela.)
- Realizar avaliação primária e secundária;
- Administrar O2 sob máscara para manter SatO2 94%; realizar ventilação assistida,
se necessário;
- Manter a permeabilidade das vias aéreas – Realizar intubação traqueal se vítima
comatosa (Glasgow 8) ou necessidade de proteção de vias aéreas;
- Se não houver suspeita de hipertensão intracraniana (cefaleia intensa, vômitos,
rebaixamento do nível de consciência e/ou disfagia importante, com risco de
broncoaspiração), manter a cabeceira a 0C (tentativa de melhora da perfusão
cerebral);
- Instalar acesso venoso (2 acessos periféricos calibrosos - Abocath 16 ou 18), se
possível) e manter monitorização cardíaca e de oximetria contínua;
- Avaliar glicemia e tratar prontamente a hipoglicemia;
- Tratar T > 37,5C, se necessário;
129
- No caso de convulsões: administrar Fenitoína 15mg/kg;
ATENÇÃO:
Na fase aguda do AVE, deve-se ter cuidado com o uso de medicação para redução
da pressão arterial, pois os anti-hipertensivos podem levar à diminuição da
perfusão cerebral e agravar o quadro neurológico; a redução da PA deve ser
gradativa e cuidadosa, realizada dentro do hospital – portanto, apenas tentar
reduzir a PA no APH caso maior ou igual a 180x105mmHg (se candidato à
trombólise) ou maior ou igual a 220x120mmHg (se não candidato), se não houver
sinal de lesão de órgão-alvo (sinais de edema agudo de pulmão ou IAM, por
exemplo).
- PAS > 220mmHg e/ou PAD > 120mmHg: Iniciar Nitroprussiato
Nitroprussiato de sódio: 1 ampola = 50mg Diluir em 250ml de SG5%.
(200mcg/ml)
Dose: 0,5-8,0mcg/kg/min
130
médico regulador, no prontuário eletrônico e, este deverá fornecer uma forma de
contato da Unidade de AVC com os familiares para que possam confirmar a história
corretamente)
Exemplo: No transporte realizado pelo Arcanjo não é possível a presença do
acompanhante. Logo, o MÉDICO REGULADOR pode fornecer o telefone de contato do
familiar ao médico da Unidade de AVC para que este entre em contato.
Seguir o check list para atendimento ao AVC agudo (ANEXO 06), verificando critérios
de inclusão e exclusão para trombólise
NA CHEGADA AO HC-UFU:
- Aguardar o atendimento inicial até a realização da tomografia para definir se o
paciente ficará no serviço ou retornará à origem (Caso o tempo de espera seja
superior a 1 hora, a equipe deve informar a regulação e o MÉDICO REGULADOR
deve entrar em contato com a regulação interna do Hospital, solicitando a liberação
da equipe).
OBS.: Casos fora da janela, com algum critério que contraindique a trombólise e que
não tenham sido observados antes do encaminhamento do paciente DEVEM
OBRIGATORIAMENTE ser CONTRAREFERENCIADOS e o transporte de retorno à
Unidade de origem deve ser realizado pelo SAMU.
Caso a condição clínica do paciente não possibilite o retorno e o mesmo não possa
ser recebido no Hospital de Clínicas de Uberlândia, este deverá ser inserido no SUS fácil
e aguardar o leito que necessita, no hospital. Nestes casos, a equipe do SAMU deverá
ser liberada.
131
6.6. POP – BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR
OBJETIVO:
Padronizar a conduta de atendimento ao bloqueio atrioventricular, conjuntamente com as
orientações dadas pela Central de Regulação Médica.
INTRODUÇÃO
Bloqueio atrioventricular é o termo usado para designar atraso ou mesmo impossibilidade de
transmissão do estímulo elétricoatrial, em qualquer nível do sistema de condução sinoventricular,
especialmente em nível da junção AV (atrioventricular).
ETIOLOGIA:
● Congênita: BAV congênito (lúpus eritematoso materno) e Cardiopatia congênita.
● Infeccioso: Endocardite infecciosa, Doença de Lyme, Febre reumática aguda, Doença de
Chagas, Toxoplasmose.
● Inflamatória/infiltrativa: miocardite, amiloidose, sarcoidose cardíaca, doença
reumatológica (esclerose sistêmica, artrite reumatoide, síndrome de Reiter).
● Isquêmica: Infarto agudo do miocárdio, angina instável, cardiopatia isquêmica crônica.
● Degenerativa: doença de Lev e Lenegre.
● Associada ao aumento do tônus vagal/vagotonia: apneia obstrutiva do sono, coração atleta.
● Metabólico/endócrino: distúrbio ácido-básico, intoxicação exógena (mercúrio, cianeto,
monóxido de carbono), doença tireoideana (hipo e hipertireoidismo), doença adrenal
(feocromocitoma, hipoaldosteronismo).
● Doença neuromuscular: distrofia miotônica.
● Iatrogênico: relacionado a medicação, ablação por cateter, cirurgia cardíaca, ablação por
álcool.
132
o Troncular: quando o bloqueio se localiza no tronco do feixe de Hiss
o Ramos do feixe de Hiss: bilateral (bifascicular), triofascicular (associação de bloqueio do
ramo direito a duas das divisões do ramo esquerdo – ântero superior, póstero inferior
ou antero-medial) e tetrafascicular (associação dos anteriores com aumento do
intervalo PR)
● Quanto a duração - Pelo comportamento clínico:
o Transitório (reversível);
o Intermitente;
o Permanente (irreversível).
● Quanto à causa:
o Aguda ou crônica
o Congênita
o Adquirida
o Inflamatória
o Degenerativa.
CLASSIFICAÇÃO ELETROCARDIOGRÁFICA:
● BAV 1° grau:
o Ocorre na presença de ritmo supraventricular e os intervalos P-R excedem 0,20
segundos em adultos com frequência cardíaca dentro dos limites normais, e todos os
impulsos atriais conseguem ativar os ventrículos (relação AV 1:1).
● BAV 2° grau:
o Alguns estímulos sinusais ou atriais não são conduzidos aos ventrículos. Traduz-se no
eletrocardiograma por uma série de despolarizações atriais em que pelo menos uma ou mais
ondas P estão totalmente bloqueadas, não atingindo o ventrículo.
133
o Mobitz I: comumente denominado bloqueio tipo Wenckeback e caracteriza-se pelo aumento
progressivo do intervalo P-R até que uma onda P não é seguida de complexo QRS. O primeiro
intervalo PR que segue a pausa é menor entre todos e é seguido do PR que apresenta o maior
aumento percentual do ciclo. Em consequência ocorre redução gradativa do intervalo RR até
ocorrer a falha. O intervalo que contém a pausa é menor que o dobro, porém maior que 1,5
vezes o intervalo que a precede.
● BAV 3° grau:
o Atividade elétrica atrial não atinge os ventrículos
o Achados eletrocardiográficos - Pacientes com bloqueio AV de terceiro grau (completo)
terão evidências de atividade atrial (ondas P) e ventricular (complexos QRS) que são
independentes entre si no eletrocardiograma de superfície (ECG). Em quase todos os casos, a
frequência atrial será mais rápida do que a frequência de escape ventricular e não haverá
associação entre as ondas P e os complexos QRS. Como regra geral, quanto mais distal for o
134
nível de bloqueio e o ritmo de escape resultante, mais lenta será a frequência ventricular. Os
ritmos juncionais tendem a ter uma frequência ventricular entre 40 e 60 batimentos por
minuto, enquanto os ritmos de escape ventricular normalmente têm taxas de 40 batimentos
por minuto ou menos e frequentemente são instáveis.
✔ Se o bloqueio AV de terceiro grau ocorrer dentro do nó AV, cerca de dois terços dos ritmos
de escape têm um complexo QRS estreito (ou seja, um ritmo juncional ou nodal AV).
✔ O bloqueio ao nível do feixe de His também está tipicamente associado a um complexo QRS
estreito.
✔ Pacientes com bloqueio infra-hissiano têm um ritmo de escape subjuncional com um amplo
complexo QRS.
DIAGNÓSTICO
● Em quase todos os casos, o diagnóstico de bloqueio AV de terceiro grau (completo) pode
ser feito em um paciente com sintomas sugestivos (por exemplo, fadiga, dispneia, pré-
síncope e / ou síncope) por meio da obtenção de um eletrocardiograma de superfície (ECG),
idealmente com 12 derivações.
MANEJO
O manejo inicial do paciente com bloqueio AV de terceiro grau (completo) depende da presença
de sinais e sintomas relacionados ao ritmo de escape ventricular.
● Pacientes instáveis:
o Pacientes com bloqueio AV de terceiro grau (completo) que são hemodinamicamente
instáveis devem ser tratados com urgência com atropina e estimulação cardíaca
temporária (com estimulação transcutânea ou, se imediatamente disponível,
transvenosa).
135
o A dopamina pode ser administrada em pacientes hipotensos, enquanto a dobutamina é
uma opção para pacientes com sintomas de insuficiência cardíaca.
o Os sinais e sintomas de instabilidade hemodinâmica incluem hipotensão, estado mental
alterado, sinais de choque, dor torácica isquêmica contínua e evidência de edema
pulmonar agudo.
✔ A atropina deve ser administrada imediatamente se o acesso intravenoso (IV)
estiver disponível, mas o tratamento com atropina não deve atrasar o tratamento
com estimulação transcutânea ou um agente cronotrópico. A dose inicial de
atropina é de 0,5 mg IV. Esta dose pode ser repetida a cada três a cinco minutos até
uma dose total de 3 mg. Uma resposta favorável à atropina também sugere que o
bloqueio AV é devido à condução anormal no nó AV. Não é provável que a atropina
seja eficaz para pacientes com ritmo de escape igual ou abaixo do feixe de His, pois
o sistema de condução mais distal não é tão sensível à atividade vagal.
✔ Deve ser fornecida estimulação cardíaca temporária. Na ausência de acesso venoso
central, a maneira mais imediata de fornecer estimulação cardíaca temporária é por
meio de estimulação transcutânea. A estimulação transcutânea é desconfortável
para o paciente e pode ter eficácia variável dependendo de quão bem os impulsos
são transmitidos ao miocárdio; como tal, a estimulação transcutânea deve ser vista
como uma medida temporária até que a estimulação transvenosa temporária possa
ser fornecida.
✔ Em pacientes com hipotensão associada a bloqueio AV de terceiro grau (completo),
administrar dopamina por infusão IV, começando com uma dose de 5
mcg/kg/minuto e titulando até 20 mcg/kg/minuto, se necessário, ou epinefrina 2-
10 mcg/minuto para aumento da frequência cardíaca e pressão arterial.
✔ Em pacientes com insuficiência cardíaca e disfunção ventricular esquerda associada
a bloqueio AV de terceiro grau (completo), administramos dobutamina via infusão
IV, começando com uma dose de 5 mcg/kg/ minuto e titulando até 20
mcg/kg/minuto, se necessário, para aumento da frequência cardíaca e da pressão
arterial.
136
● Pacientes estáveis:
o Pacientes com bloqueio AV de terceiro grau (completo) que são hemodinamicamente
estáveis não requerem terapia urgente com atropina ou estimulação cardíaca
temporária. No entanto, muitos ritmos de escape ventricular não são confiáveis e são
potencialmente instáveis, portanto, os pacientes devem ser monitorados
continuamente com eletrodos de estimulação transcutânea.
o Enquanto os pacientes estáveis estão sendo monitorados, a avaliação e o tratamento
devem proceder da seguinte forma:
✔ Causas reversíveis de bloqueio AV de terceiro grau (completo), como isquemia
miocárdica, aumento do tônus vagal, hipotireoidismo, hipercalemia e drogas que
deprimem a condução, devem ser excluídas em pacientes antes do implante de um
marca-passo permanente.
✔ Pacientes com bloqueio AV de terceiro grau (completo) no cenário de um infarto
agudo do miocárdio devem ser tratados com estimulação temporária e
revascularização; após a revascularização, a maioria das anormalidades de
condução melhora ou remite e não exige estimulação permanente.
✔ Pacientes com bloqueio AV de terceiro grau (completo) considerado induzido por
medicamento devem ser observados enquanto o agente causal é retirado; esses
pacientes frequentemente apresentam melhora ou resolução do bloqueio AV após
a remoção do medicamento.
✔ Pacientes com bloqueio AV de terceiro grau (completo) no cenário de hipercalemia
devem receber terapia para reduzir os níveis de potássio sérico; da mesma forma,
os pacientes com hipotireoidismo devem receber terapia de reposição da
tireoide. Se o bloqueio AV de terceiro grau (completo) for resolvido
subsequentemente, geralmente não é necessário um marca-passo permanente
137
FLUXOGRAMA ADAPTADO ADVANCED CARDIOVASCULAR LIFE SUPPORT (ACLS) 2020
SIM
NÃO
TABELA DE DOSES
1- Atropina dose EV
- Primeira dose: 1mg em bolus
- Repetir a cada 3-5 minutos (dose máxima de 3 mg)
138
2- Dopamina infusão endovenosa
- Diluição sugerida: 1 ampola de dopamina (50mg) + 40ml de SF0,9% 🡪 1000mcg/ml
- Dose: 5-20mcg/kg/minuto. Titular até resposta do paciente
139
4. Na modalidade marcapasso, serão aplicados suscessivos choques para promover a
contração ritmada do coração, o que torna o procedimento doloroso, sendo necessário
sedar* o paciente
5. Ativar o modo marcapasso
140
EXEMPLO
Paciente feminino, 81 anos, portadora de hipertensão arterial e doença de Chagas forma
cardíaca, encaminhada ao pronto atendimento por familiares com relato de perda de consciência
ocorrida há 30 minutos, com duração de 1 minuto, sem liberação de esfíncter, sem relato de abalos
tônico-clônicos, com recuperação completa do nível de consciência. Apresenta no momento da
avaliação, regular estado geral, acianótica, palidez cutânea, extremidades frias e mal perfundidas,
com tempo de enchimento capilar de 3 segundos, PA: 84x36 mmHg, FC: 40 ppm, FR 24 irpm e SatO2
89%, ACV: BRNF 2T sem sopros; Respiratório: MV reduzido difusamente; Neurológico: confusa e
sonolenta.
Medicaçãoes em uso: Enalapril 10mg BID; Metoprolol 50mg BID, Espironolactona 25mg;
Digoxina 0,25mg. Feito ECG conforme evidenciado abaixo:
Paciente foi monitorizada, recebeu O2 sob cateter nasal, realizado acesso venoso e
eletrocardiograma de 12 derivações. Evidenciado em ECG: bloqueio atrioventricular de terceiro
grau, de etiologia multifatorial (medicamentoso? Chagásico? Metabólico? Degenerativo?). Diante
da instabilidade hemodinâmica foi realizado Atropina 0,5mg EV com melhora discreta da FC porém
ainda instável hemodinamicamente, sendo instalado dopamina e optado por posicionar marca-
passo transcutâneo. Procedido sedo-analgesia com tramadol e diazepam em baixa dose, iniciado
estimulação:
Programado: FC 60bpm
141
Carga: 10Ma
Carga: 20mA
Carga: 40mA
142
6.7. POP – ATENDIMENTO INICIAL DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM
SAÚDE MENTAL
PROCEDIMENTOS:
Regulação Questionar:
- O que está acontecendo (Descrever a situação):
Conteúdo do discurso
Ideação ou tentativa de suicídio
Comportamento (Agitação, ameaça de auto e/ou heteroagressão, ansiedade)
Uso de substâncias
- USB:
Nos demais casos, sem risco iminente à vida do paciente.
SOLICITAÇÃO DE APOIO:
- As equipes de atendimento deverão avaliar a segurança da cena, antes de se aproximar:
vítimas agressivas, agitadas, em situações de risco para si e/ou para terceiros e/ou que
apresentem impossibilidade do manejo verbal.
- PM:
Casos em que o paciente tenha alguma arma e/ou instrumento que possa causar dano para
si e/ou para terceiros
COBOM:
Demais casos
* Ressalta-se que, a maioria dos municípios apenas conta com o apoio da Polícia Militar.
143
Deverá ser imediatamente acionada pela Central de Regulações caso o solicitante informe
que o paciente está armado e/ou com algum objeto que cause risco iminente para si e para
terceiros, antes do encaminhamento da equipe.
A presença da Polícia é unicamente para dar SEGURANÇA para cena, oferecer retaguarda
para que a equipe do SAMU faça a intervenção, NÃO para abordagem do paciente. A PM só
atuará caso seja necessário, por solicitação da equipe de atendimento.
Antes da contenção física, deve-se sempre tentar a abordagem verbal, tentar tranquilizar o
paciente e convencê-lo a ser atendido, tanto pela equipe, como pela PM.
Evitar que o paciente seja tratado como “bandido”, nunca solicitar que o mesmo seja contido
algemado.
*Se solicitante referir que o paciente está em via pública, movimentando, sem lugar de
referência, orientar que devem conseguir localizá-lo para depois acionar o SAMU. O serviço de
urgência e emergência não faz busca de paciente desaparecido. Solicitar busca pela equipe do
COBOM e, quando o paciente for encontrado, acionar o SAMU para atendimento conjunto.
Tentativa de autoextermínio:
- O SAMU pode ser acionado pelo próprio paciente ou terceiros. Manter diálogo para
compreender se há motivações e oferecer ajuda.
144
- Caso consiga bom manejo verbal, paciente calmo e colaborativo que aceite
tratamento (descartado risco iminente), poderá ser encaminhado para o CAPS ou
orientado a procurar o serviço e liberado no local, desde que esteja acompanhado
por algum responsável.
- Caso paciente resista a abordagem, mantenha agitação e a ameaça para si (mesmo
que verbal), após esgotado as tentativas de manejo verbal, solicitar apoio do COBOM
ou PM para auxiliar condução ao PS (para mantê-lo em ambiente protegido adequado
pelo alto risco de suicídio.)
- Se permanecer agitado e resistente mesmo com o apoio do COBOM/PM, na
abordagem, avaliar necessidade de contenção física e mecânica e posterior
encaminhamento ao PS, garantindo a segurança do paciente e da equipe.
Portaria 2.048/GM afirma que uma das funções do SAMU durante o atendimento é
“reconhecer a necessidade de acionar outros atores no atendimento às urgências
psiquiátricas, quando implicar a segurança das equipes de APH (vítimas agressivas em
situações de risco para si e para os outros) ”.
Contenção física:
A contenção está formalmente indicada em todos os casos em que houver intensa agitação
psicomotora com risco à integridade física do paciente ou de terceiros, e nos casos em que o
paciente apresenta grave comprometimento do julgamento da realidade e necessita de
intervenção médica, mesmo contra sua vontade. Ex.: Abstinência alcoólica grave, tentativa de
suicídio.
Não utilizar a contenção física antes de esgotar todos os recursos de manejo da crise ou na
tentativa de disciplinar, retaliar ou coagir o paciente;
A decisão pela contenção, assim como seus critérios, deverá sempre estar prescritos em
prontuário ou em encaminhamentos realizados pelo profissional responsável.
Se possível, promover a contenção conhecida por “grupo de oito”, isto é, oito pessoas
imobilizam suavemente o paciente, contendo-o dois a dois em nível de cabeça, ombro, quadril e
pernas. Nesse momento, poderão ser utilizados espectadores externos ao cenário que
demonstrem preparo para colaborar, lembrando-se de manter o contato verbal contínuo com a
145
vítima durante a contenção, tentando acalmá-la, informando que a medida tomada se destina a
protege-la.
Contenção química:
- Indicado após contenção mecânica, se paciente permanecer agitado, para proteção do
mesmo e redução do sofrimento psíquico.
- Medicações:
- Haldol – 01 ampola (5mg) IM (vasto lateral da coxa ou glúteo)
- Prometazina – 01 ampola (50mg) IM (vasto lateral da coxa ou glúteo)
- Midazolam – 5-15mg IM
- Clorpromazina – 02 ampolas (50mg) IM
Observação:
Paciente com intenção suicida, mesmo que calmo, colaborativo e orientado, não deve ser
liberado no local sem a presença de alguém responsável. A tentativa de suicídio em 95% dos casos
está associada a algum transtorno mental que prejudica a crítica sobre a situação apresentada e
sua capacidade decisória. Caso não tenha um responsável no local, o paciente deve ser
encaminhado para um serviço de saúde, mesmo que de forma involuntária.
*São frequentes os chamados de solicitantes que percebem alguém deitado em via pública e
pedem atendimento. SEMPRE solicitar que vá até a vítima e verifique se há movimentos
respiratórios, se possui ferimentos visíveis, presença de substâncias psicoativas ou álcool próximo
a ele e que o chamem vigorosamente para certificar-se que não responde ou que tenha alguma
queixa. SEMPRE solicitar que a pessoa se mantenha no local até a chegada da equipe.
146
Pacientes intoxicados que sustentam vigília, não elaboram queixas e não estão em situação de
risco podem ser liberados no local e deve ser orientado ao acompanhante/solicitante/responsável
que procure a rede de atenção básica, psicossocial e/ou de assistência social.
Caso percebam algum risco iminente ao paciente de deixá-lo no local, caso haja comoção social
no evento ou não tenha um responsável, o MÉDICO REGULADOR deverá solicitar que o
CONTROLADOR DE FROTAS entre em contato com a Secretaria de Saúde do Município ou Unidade
Básica de Saúde mais próxima e solicite apoio para abordagem e providências necessárias.
De acordo com a Resolução CFM n 1598/2000, “Art. 6 Nenhum tratamento deve ser
administrado a paciente psiquiátrico sem o seu consentimento esclarecido, salvo quando as
condições clínicas não permitirem a obtenção desse consentimento, e em situações de emergência,
caracterizadas e justificadas em prontuário, para evitar danos imediatos ou iminentes ao paciente
ou a outras pessoas. Parágrafo único – Na impossibilidade de obter-se o consentimento esclarecido
do paciente, e ressalvadas as condições previstas no caput deste artigo, deve-se buscar o
consentimento de um responsável legal”.
EQUIPES DE ATENDIMENTO:
- Procedimento:
A:
Arredores, A casa e a presença de Armas ou Artefatos que indiquem o uso de Álcool e drogas;
Altura e Aparência do paciente.
C:
Observar a presença de sinais de Conflito e Crise na rede social do paciente.
E:
Avaliar as expectativas e a receptividade da rede social e do próprio paciente e sobre a Equipe de
atendimento.
N:
Avaliar o Nível de consciência, a adequação à realidade e a capacidade de escolha e Nível de
sofrimento.
A:
Avaliar a presença de sinais de uso de Álcool e drogas, a presença de Agressividade (atual ou
anterior) e a presença de sinais de Auto-agressão.
*Lembrar sempre que a aproximação deve ser calma, porém firme, com um único socorrista
servindo de interlocutor, identificando-se de forma clara, simples e declarando sua intenção de
147
ajuda; esse é o primeiro passo para estabelecer vínculo de confiança com a vítima. Mantenha-se à
uma distância confortável e segura durante a abordagem.
* Permitir que a vítima fale, ouvindo-a com cuidado. Isso é fundamental para consolidar o vínculo.
Mantenha contato visual enquanto o paciente fala; preste atenção e mostre-se interessado;
cuidado em não emitir opiniões precipitadas; não julgue e não critique qualquer atitude dela;
mantenha-se neutro. Comporte-se como um profissional no atendimento, e não em conversa
informal.
COMO NÃO SE COMUNICAR:
Interromper o contato muito frequentemente
Ficar chocado ou muito emocionado
Dizer que você está ocupado
Fazer o problema parecer trivial
Tratar o paciente de maneira que possa colocá-lo numa posição de inferioridade
Dizer simplesmente que tudo vai ficar bem
Fazer perguntas indiscretas
Emitir julgamentos (certo x errado), tentar doutrinar
148
de referência para orientação à distância ou, se possível, que encaminhe alguém da
equipe que já conhece o paciente e pode auxiliar no atendimento “in loco”.
O atendimento no CAPS é de 7-17h todos os dias, exceto finais de semana. Paciente
pode ser encaminhado ou ir de livre demanda.
Inicialmente passará pelo acolhimento realizado por um profissional de nível superior
(psicólogo, enfermeiro, assistente social) que irá identificar as queixas e direcionar
o acompanhamento.
Médico psiquiatra e/ou clínico não permanecem em tempo integral na unidade.
*Transporte de paciente para internação psiquiátrica (Exemplo: Sanatório Espírita de Ituiutaba)
NÃO é responsabilidade do SAMU.
149
Instalar acesso venoso de grosso calibre e administrar SG5%; se diabética, infundir SF0,9%
lentamente, para manter veia aberta
Manter em decúbito lateral esquerdo, elevando 10 a 15cm o lado direito da prancha,
inclinando-a para a esquerda, ou em decúbito lateral esquerdo; ou posição semissentada se
paciente alerta
OBS.: A Hidralazina não é padronizada no serviço, em transportes longos, como são a maioria feitos
pela USA, solicitar a medicação no Hospital de origem (caso disponível).
CONDUTA NA PRÉ-ECLÂMPSIA:
SULFATO DE MAGNÉSIO 50% 4,0g (8ml):
Dose ataque: 4g em 15-20min
Em uma seringa de 20ml Aspirar 8ml de 1 ampola de Sulfato de magnésio (10ml) e diluir em 12ml
de Água destilada, fazer IV em 15 a 20 minutos (bolus).
HIDRALAZINA:
Se PAD 110mmHg:
Em uma seringa de 20ml = Diluir 1 ampola (20mg/1ml) em 19ml AD
Administrar 5mg (5ml) IV a cada 20minutos (Máximo 4 doses)
CONDUTA NA ECLÂMPSIA:
SULFATO DE MAGNÉSIO 50% 4,0g (8ml):
o Dose ataque: 4g em 15-20min
150
Em uma seringa de 20ml Aspirar 8ml de 1 ampola de Sulfato de magnésio (10ml) e
diluir em 12ml de Água destilada, fazer IV em 15 a 20 minutos (bolus).
o Dose de manutenção: 1g/h por 24h
Bomba de infusão volumétrica: Diluir 4 ampolas Sulfato de magnésio 50% (40ml) + 460ml
SG5% e correr IV a 25ml/h
ATENÇÃO: É contraindicado o uso de benzodiazepínicos.
Se houver recorrência das convulsões após 20 minutos da dose de ataque; administrar mais 2g de
Sulfato de magnésio Em uma seringa de 20ml – Aspirar 4ml de 1 ampola de Sulfato de magnésio
(10ml) e diluir em 16ml de Água destilada, fazer IV em 15 a 20minutos (bolus);
Se PA diastólica permanecer 110mmHg após 20 a 30 minutos da dose de ataque do sulfato de
magnésio, administrar HIDRALAZINA.
HIDRALAZINA:
o Diluir 1 ampola (20mg/1ml) em 19ml AD
o Administrar 5mg (5ml) IV a cada 20minutos (máximo 4 doses)
CONDUTA:
o GLICONATO DE CÁLCIO 10%
10ml (1 ampola = 1grama) IV em 3 minutos
151
Indicação de parto de emergência:
o Gestação ≥ 37 semanas
o Eclâmpsia
o Pré-eclâmpsia com características graves, se a gestação ≥ 34 semanas
o Degeneração das funções renais, pulmonares, cardíacas ou hepáticas
o Resultados preocupantes do monitoramento ou teste fetal
REFERÊNCIAS:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032010000900008
http://www2.ebserh.gov.br/documents/17082/3273530/Uso+do+Sulfato+de+Magn%C3%A9sio.pdf/2716dec8-
472d-435d-be40-d68411c32740
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Gestação de Alto Risco Manual Técnico, 5ª edição, p. 70- 88, 2012.
https://www.febrasgo.org.br/media/k2/attachments/12-PRE_ECLAyMPSIA.pdf
https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/329-atendimento-inicial-a-eclampsia
152
6.9. POP – ATENDIMENTO AO TRAUMA NA GESTANTE
153
Km/h, queda de altura maior que 2 metros, ferimentos penetrantes no
tronco;
o Gestante com mais de 20 semanas que evolui com sangramento e/ou
trabalho de parto após o trauma;
o Se por exceção foi empenhada uma USB, assim que reconhecida a gravidade
no local, a regulação médica deverá acionar, em locais onde haja
disponibilidade, a equipe de USA.
154
● Tenha atenção meticulosa ao posicionamento pré-oxigenação e disponibilidade
de equipamento de via aérea difícil. As medicações podem ser as mesmas. O uso
complementar de opióide na indução pode ser necessário em gestações
complicadas por hipertensão ou pré-eclâmpsia;
● Antecipe a possibilidade de vômito. Pacientes no 2º ou 3º trimestre estão em
maior risco de aspiração devido às mudanças anatômicas e fisiológicas (menor
tônus do esfíncter esofágico inferior, retardo do esvaziamento gástrico e pressão
intra-abdominal aumentada). Se necessário, administrar antieméticos
intravenosos, como metoclopramida e ondansetrona. Nas pacientes intubadas,
passar sonda orogástrica para descompressão.
● A elevação do diafragma durante a gestação pode aumentar o risco da drenagem
inadvertida do abdome ao se tentar drenar o tórax. Recomenda-se, portanto, se
no terceiro trimestre utilizar o 4º espaço intercostal, linha axilar média.
Circulação:
● Devido a hipervolemia progressiva, aumentando até em 50% ao termo, as
alterações dos sinais vitais só ocorrem após uma perda de 30 a 35% da volemia.
● A frequência cardíaca se encontra aumentada em até 20 bpm em relação ao basal
da gestante. As pressões arteriais sistólica e diastólica caem de 5 a 10 mmHg
durante o 2º trimestre, normalizando-se até o final da gestação.
● Hipertensão no último trimestre pode sinalizar pré-eclampsia, por outro lado a
hipotensão pode ser resultante da compressão da veia cava inferior pelo útero.
155
● O débito cardíaco pode ser melhorado através de manobras que aliviam a
pressão sobre a veia cava inferior, melhorando o retorno venoso em gestantes
com > 20 semanas, principalmente do 3º trimestre, tais como:
○ Mover manualmente o útero para o lado esquerdo da paciente;
○ Se a paciente não puder ser rodada, elevar a perna direita;
○ Decúbito lateral esquerdo ou, se a restrição de mobilidade vertebral for
indicada, rotacionar a doente para a esquerda em 15 a 20° com a
aplicação de um coxim de lençol com altura de 10 a 15 cm no lado direito
da prancha.
156
● Durante a palpação abdominal, pode ser identificada hipersensibilidade,
contrações uterinas frequentes, tetania ou irritabilidade uterina (se contrai
quando tocado), achados que podem estar associados a hemorragia vaginal
(presente em 70% dos casos) e sugerem fortemente o descolamento prematuro
de placenta.
● Dor abdominal, defesa, rigidez ou descompressão brusca dolorosa sugerem
ruptura uterina. Podem ser palpadas partes fetais.
● Os objetivos do tratamento do choque são os mesmos de qualquer paciente:
administração criteriosa de cristalóides e precoce de hemocomponentes no
choque hemorrágico.
● Não há dados adequados para definir o melhor alvo de pressão arterial para uma
gestante com lesão. Restaurar a pressão arterial para valores normais
provavelmente resultará em uma melhor perfusão fetal, mas aumenta o risco de
promover hemorragia adicional na mãe.
● Vasopressores devem ser evitados ao máximo pois pioram mais ainda a hipóxia
fetal na gestante em choque.
● Obter acesso venoso periférico em fossa antecubital com cateter 14, 16 ou 18 e
iniciar infusão de Ringer Lactato, se houver necessidade, ou seja, se sinais de
choque. Não infundir se PAS > 120mmHg. Porém, o transporte não deve ser
atrasado por medidas como acesso intravenoso e infusão de volume se não
houver sinais de choque. Atenção: a infusão agressiva de fluidos deve ser evitada
para minimizar o sangramento e edema no paciente com choque hemorrágico.
● No caso de hemorragia significativa está indicado o uso pré hospitalar do ácido
tranexâmico (“Transamin”), desde que menos 3 horas do trauma, na dose de 2
gramas, divididos em 1g em bolus (em 100ml de soro fisiológico, correr em
10min) mais 1g ao longo de 8 horas (diluir em soro fisiológico 500ml). Outra
opção aceita é fazer os 2g em bolus.
● Gestantes Rh-negativas devem receber imunoglobulina em até 72h, exceto
quando a lesão é distante do útero (trauma isolado de membro, por exemplo).
Neurológico:
157
● A eclâmpsia, complicação do final da gestação, pode simular complicações do
TCE, pois ambos podem cursar com convulsões. Na primeira, pode estar
associada hipertensão arterial, hiperreflexia, proteinúria e edema periférico.
Neste caso o tratamento deve incluir a administração de Sulfato de Magnésio.
Considerações Intervenções
TRANSPORTE
● Se alguma condição de risco à vida for identificada durante a avaliação primária,
o paciente deve ser removido rapidamente após o início da intervenção na cena.
158
● O tempo na cena deve ser o mais curto possível, exceto em algumas
circunstâncias, sendo limitado a 10 minutos, em particular para pacientes com
hipotensão.
● Sempre considerar a melhor resposta de tempo de transferência, lembrando que
nas interceptações de USB por USA (móvel ou aéreo) deve ser contabilizado o
tempo operacional de troca de viatura.
● O doente deverá ser removido para o Hospital de referência, de acordo com a
pactuação (VAGA ZERO TRAUMA) e fluxogramas. O Pronto Socorro do Hospital
de Clínicas da U.F.U. é a referência em trauma na macrorregião do Triângulo
Norte.
● Na chegada à sala de trauma do Hospital de referência, a equipe que recebe o
paciente deve aguardar a passagem do caso (hands-off hands-over), a menos que
alguma condição com risco imediato à vida seja óbvia, antes de iniciar o
atendimento. Um acrônimo útil para passar o caso é o MIST:
○ M - Mecanismo e tempo do trauma
○ I - Injuries / Lesões encontradas e suspeitas
○ S - Sinais e sintomas
○ T - Tratamento iniciado (procedimentos, medicamentos, fluidos).
159
● Cobrar da equipe de atendimento o preenchimento e envio do J16 e registrar na
ocorrência o uso ou não de medicação.
OBS.: Por se tratar de uma equipe de USB, sem o médico na cena, o objetivo principal do
atendimento é reconhecer possíveis SINAIS DE ALARME e deslocar o paciente o mais
rápido possível.
Em casos de médicos dos municípios tripulando a ambulância, orientá-los a
preencher o CHECK LIST DO TRANSPORTE SEGURO.
MÚLTIPLAS VÍTIMAS
160
● No caso de múltiplas vítimas aplicar o protocolo START:
161
● Ferimentos profundos nas áreas juncionais (raiz da coxa e axila) são melhor
tratados com o empacotamento da lesão ou com torniquete juncional.
162
A – VIAS AÉREAS E CONTROLE DA COLUNA CERVICAL
● O paciente deve ser abordado pela frente pelo MÉDICO (A), realizando
imobilização manual da coluna cervical.
● O (A) CONDUTOR(A) SOCORRISTA deve então assumir a coluna cervical se
posicionando atrás da cabeça da vítima.
● Solicitar neste momento que o paciente abra a boca e responda a perguntas
simples. Atenção à sinais de obstrução de vias aéreas: rouquidão, estridor.
● Realizar a inspeção da face do paciente em busca de sinais de fratura, avaliar a
boca em busca de sangramento em orofaringe, presença de corpo estranho ou
restos alimentares.
● Se necessário, aspirar a orofaringe com aspirador rígido.
● Colocar o oxímetro de pulso e ofertar oxigênio, sob máscara com reservatório a
10-15l/min., caso SatO2<94% ou em todos os traumas graves ou com alteração do
nível de consciência.
163
● Se irresponsivo, realizar as manobras básicas de via aérea: elevação do mento ou
anteriorização da mandíbula (sem mobilizar a coluna cervical). Usar dispositivo
básico (cânula naso ou orofaríngea) para manter a via aérea pérvia.
● Dispositivos Supraglóticos:
Máscara Laríngea - Projetada para uso às “cegas”. Indicada
no paciente inconsciente traumatizado que não tem
reflexo de vômito e está em apnéia ou FR<10irpm. Contra-
indicada se reflexo de vômito presente ou recente ingestão
de substâncias cáusticas.
164
Tamanhos: 1 a 2 (crianças), 3 (30-50Kg), 4 e 5 (adultos). Pode-se usar a orelha como
referência de tamanho.
● Intubação orofaríngea no trauma:
Intubação induzida por drogas: bloqueador neuromuscular (preferência pela succinilcolina
1-2mg/kg) e hipnótico (preferência pelo etomidato 0,3mg/kg). Analgésico também pode
ser feito (fentanil 2mcg/kg ou 0,5 a 1ml). Menores de 1 ano fazer atropina (0,02mg/kg) 2
minutos antes de curarizar.
Manter a coluna imobilizada manualmente durante o
procedimento.
Se possível, manter a cricóide pressionada (manobra de
“BURP” - back up right pressure).
Não ventilar o doente vítima de trauma (exceto se
apnéia), colocar a cânula orofaríngea (“guedel”) e
posicionar o dispositivo bolsa-válvula-máscara (“ambu”)
sobre a face, usando polegar e indicador para selar a boca.
Se houver previsão de via aérea difícil, pode ser usado um Gum Elastic Bougie (figuras
abaixo).
Posicionar o tubo com o número 3 vezes o número do tubo ao nível da rima labial, checar
com ausculta.
165
● Via Aérea Cirúrgica:
○ CRICOTIREOIDOSTOMIA POR PUNÇÃO: Técnica de oxigenação percutânea
transtraqueal por meio da inserção de cateter 14G (16 ou 18G em crianças) através da
membrana cricotireoidea, em direção à traquéia. O cateter é conectado a uma fonte
de O2 a 15L/min com uma conexão em Y. Deve-se posicionar o dedo sobre a abertura,
1 segundo sim, 4 segundos não.
Tempo máximo 30 a 45 minutos.
No entanto, é difícil de ser usada
no pré-hospitalar, pois mesmo um
leve movimento cabeça pode
torcer ou desalojar o cateter e não
protege de broncoaspiração.
166
B – RESPIRAÇÃO
● O MÉDICO (A) deve avaliar:
● Frequência respiratória e sinais de hipoxemia, como agitação e cianose, se não foi
avaliada ainda, checar oximetria de pulso;
● Posicionamento da traqueia e presença de turgência jugular, presença de
hematomas ou ferimentos cervicais que possam comprometer a ventilação, palpar
região cervical anterior em busca de enfisema subcutâneo e crepitação (fratura de
laringe);
167
● Expor o tórax e avaliar a ventilação, simetria de expansibilidade, presença de: sinais
de esforço respiratório ou uso de musculatura acessória, ferimentos e tatuagens
traumáticas;
● Realizar a palpação de todo o tórax em busca de áreas com dor, crepitação
(fraturas de costela e/ou esterno) ou enfisema subcutâneo;
● Realizar percussão no caso de dúvida diagnóstica entre pneumotórax (timpanismo)
e hemotórax (macicez);
○ Realizar ausculta torácica comparativa;
● Se cinemática do trauma sugerir, sempre manter alta suspeição para as lesões
torácicas que levam a risco iminente à vida:
168
média e anterior. Sempre registrar o volume de sangue drenado na passagem.
169
● Buscar fontes de hemorragia: sangramentos externos, hemotórax, hemorragia
intra-abdominal, hemorragia retroperitoneal (fratura de pelve) e fratura de ossos
longos.
○ Realizar avaliação abdominal abreviada: inspeção (feridas cortocontusas,
evisceração, hematomas, escoriações e tatuagens traumáticas) e palpação
(sinais de defesa e/ou peritonite).
○ Palpação de pelve - avaliar sinais de instabilidade.
○ Avaliar fraturas de ossos longos, em especial de fêmur.
170
● O transporte não deve ser atrasado por medidas como acesso intravenoso e
infusão de volume. Atenção: a infusão agressiva de fluidos deve ser evitada para
minimizar o sangramento e edema no paciente com choque hemorrágico.
● O acesso venoso periférico deve ser obtido em fossa antecubital com cateter 14,
16 ou 18. Em pacientes com sinais de choque obter dois acessos. Iniciar infusão de
Ringer Lactato se houver necessidade, ou seja, se sinais de choque. Não infundir
mais de 1L. Não infundir se PAS > 120mmHg.
● Se houver necessidade de acesso de urgência e não for possível o acesso periférico,
pode-se obter acesso por dissecção de veia safena.
171
● No caso de hemorragia significativa está indicado o uso pré hospitalar do ácido
tranexâmico (“Transamin”), um agente antifibrinolítico, desde que menos 3 horas
do trauma, na dose de 2 gramas, divididos em 1g em bolus (10min) mais 1g ao
longo de 8 horas. Outra opção aceita é fazer os 2g em bolus.
● Observação: deve-se considerar a possibilidade de causas menos comuns de
choque, como o choque neurogênico (resultado de lesão medular cervical ou
torácica alta), cardiogênico (por contusão miocárdica ou por evento pré
traumático) e séptico, porém o manejo inicial deverá ser o mesmo.
172
● Resposta Verbal Pergunte nome, local e data para definir
Orientado 5 orientação. Diferencie quando o paciente
Confuso 4
tem discurso coerente mas está
Palavras 3
Sons 2 desorientado, quando apenas fala palavras
Sem Resposta 1
sem formar um discurso e quando
Não Testável NT
apresenta apenas gemidos.
173
ECG - P = ECG - ERP
Exemplo: paciente com abertura ocular (AO) à pressão, resposta verbal (RV) sons,
resposta motora (RM) flexão normal, com as duas pupilas sem reatividade à luz. Temos:
AO = 2, RV = 2, RM = 4 → ECG = 8 / ERP = 2 → ECG-P = 6.
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA:
● Após a conclusão da avaliação primária, tratando todas as lesões com risco de vida
identificadas, o MÉDICO (a) deve proceder com a avaliação secundária nas
situações em que for possível.
● É uma avaliação mais detalhada, da cabeça-aos-pés com objetivo de identificar
lesões ou problemas que não o foram na avaliação primária.
174
● Utilize a abordagem “ver, ouvir e sentir” para cada região topográfica.
● Obter um rápido histórico SAMPLA:
○ S - sintomas (dor, dispneia, parestesias, etc.)
○ A - alergias
○ M - medicamentos de uso regular
○ P - passado médico/comorbidades
○ L - líquidos e alimentos ingeridos / horário
○ A - ambiente relacionado ao trauma
● A avaliação neurológica deve ser completa e incluir a avaliação de coluna, quando
se pode definir através de protocolos a necessidade de manter a imobilização de
coluna cervical (veja em acondicionamento).
Bloqueadores Neuromusculares
● Succinilcolina (suxametônio) 1 - 2 mg/kg / Ampola 100mg (pó)
● Vecurônio 0,1 mg/kg / Ampola 4mg e 10mg (pó)
Hipnóticos
● Etomidato 0,3mg/kg / Ampola (10ml) 2mg/ml
● Midazolam 0,1-0,3mg/kg / variável
● Cetamina 1-2mg/kg / Ampola (10ml) 50mg/ml
Outros
● Atropina (pré intubação em < 1 0,02mg/kg / 0,25mg/ml ou 0,5mg/ml
ano)
ANTIFIBRINOLÍTICO
SINTOMÁTICOS
175
● Dipirona Adulto 1-2 g / Ampola (2ml) 500mg/ml
Crianças 20-25mg/kg / Ampola (2ml) 500mg/ml
Neonatos 10mg/kg / Ampola (2ml) 500mg/ml
ACONDICIONAMENTO:
● Considerar sempre a possibilidade de lesão de coluna no paciente
politraumatizado.
● Se o tempo permitir, devem ser tomadas as seguintes medidas:
○ Estabilização cuidadosa de todas fraturas de extremidades com talas
○ Curativos apropriados, principalmente se sangramento ou evisceração.
● A decisão de se manter ou não o colar cervical pode ser tomada através de
protocolos como o NEXUS e o Canadian C-Spine Rule. Utilizaremos o NEXUS.
176
● Ao tomar a decisão de imobilizar siga os seguintes princípios:
○ Mobilize a cabeça em uma posição neutra apropriada e alinhada.
■ Contra-indicações de alinhamento em posição neutra:
● Resistência ao movimento
● Espasmo muscular do pescoço
● Aumento da dor
● Se causar ou piorar déficit neurológico
● Comprometimento das vias aéreas ou ventilação
○ Examine o pescoço do paciente, meça e coloque um colar cervical adequado e
eficaz.
○ Dependendo da situação e quão críticas são as lesões do paciente, coloque uma
prancha curta ou um dispositivo tipo colete ou use uma manobra de remoção
rápida se estiver dentro de um veículo.
○ Coloque o paciente em uma prancha longa ou outro dispositivo de imobilização
apropriado se estiver deitado no chão.
○ Imobilize o tronco do paciente no dispositivo para que não possa ser movido para
cima, para baixo, para a esquerda ou para a direita.
○ Com o doente em prancha longa, imobilizar as pernas para impedir movimentos
anteriores ou laterais.
○ Fixar os braços na prancha longa.
○ Aplicar os suportes laterais à cabeça.
TRANSPORTE
● Se alguma condição de risco à vida for identificada durante a avaliação primária, o
paciente deve ser removido rapidamente após o início da intervenção na cena.
● O tempo na cena deve ser o mais curto possível, exceto em algumas circunstâncias,
sendo limitado a 10 minutos, em particular para pacientes com hipotensão, trauma
torácico ou lesão penetrante.
● O doente deverá ser removido para o Hospital de referência, de acordo com a
pactuação (VAGA ZERO TRAUMA) e fluxogramas. O Pronto Socorro do Hospital de
Clínicas da U.F.U. é a referência em trauma na macrorregião do Triângulo Norte.
177
● Na chegada à sala de trauma do Hospital de referência, a equipe que recebe o
paciente deve aguardar a passagem do caso (hands-off hands-over), a menos que
alguma condição com risco imediato à vida seja óbvia, antes de iniciar o
atendimento. Um acrônimo útil para passar o caso é o MIST:
○ M - Mecanismo e tempo do trauma
○ I - Injuries / Lesões encontradas e suspeitas
○ S - Sinais e sintomas
○ T - Tratamento iniciado (procedimentos, medicamentos, fluidos).
RESPONSABILIDADE DA REGULAÇÃO MÉDICA:
● Reconhecidos sinais de gravidade da vítima, definir IMEDIATAMENTE o
deslocamento da equipe à Porta de Entrada pactuada e auxiliar o médico da
Unidade nas condutas a serem tomadas até estabilização do paciente para
transferência e/ou tratamento definitivo no local;
● Os casos mais graves (VAGA ZERO TRAUMA) devem ser regulados para o Pronto
Socorro do Hospital de Clínicas de Uberlândia e o transporte deverá ser realizado
por USA, haja vista a gravidade do doente, após serem tomadas todas as condutas
para estabilização da vítima. Caso o médico regulador opte por transporte em
Unidade de Suporte Básico com ou sem acompanhamento médico, como exceção
na falta total de recursos, deverá deixar sua conduta respaldada no prontuário
eletrônico;
● Cobrar da equipe de atendimento o preenchimento e envio do J16 e registrar na
ocorrência o uso ou não de medicação.
OBJETIVO:
Relacionar os princípios e padrões da biomecânica do trauma à suspeição de lesões
específicas, antecipando o diagnóstico e facilitando a tomada de decisões.
178
TRAUMA CONTUSO
1. ACIDENTES AUTOMOBILÍSTICOS
● Considerar: direção do impacto, dano externo ao veículo (tipo e gravidade) e
danos internos (intrusão do compartimento interno do carro, deformação do
volante, quebra do para-brisa em “alvo” ou “olho de boi”, impactos do joelho
contra o painel).
● Mecanismos envolvidos: cisalhamento (aceleração e desaceleração) levando a
separação de estruturas ou órgãos; compressão por pressão direta sobre
estrutura ou órgão.
● Considerar a colisão do veículo contra outro objeto ou veículo, o impacto da
vítima no interior do compartimento interno do carro e por fim o impacto das
estruturas ou órgãos dentro do corpo. Vamos considerar a seguir situações em
que não se usou dispositivos de segurança (cinto de segurança, airbags, sistemas
de restrição).
TIPOS DE COLISÕES:
● Impacto Frontal: a intensidade da deformidade na frente do carro indica a
velocidade estimada. Quanto maior a velocidade, maior a transferência de
energia e com isso maior risco de lesões graves nos ocupantes. A inércia do
movimento leva a vítima para frente, com impacto direto contra o volante,
podendo o corpo se movimentar superior ou inferiormente. Na trajetória para
cima, a cabeça colide contra o pára-brisa. A coluna cervical absorve a energia. O
tórax ou abdome colidem contra o volante. Possíveis lesões:
179
Tórax -Contusão pulmonar, fraturas de costela e
hemopneumotórax
-Fratura de esterno e contusão de
miocárdio
-Ruptura de aorta na transição arco-
descendente.
180
Impacto Frontal de Carro com Movimento para Baixo
181
Impacto Lateral de Carro
182
● Capotamento: o veículo pode receber impactos múltiplos e em diferentes ângulos.
As lesões por cisalhamento são frequentes. Se a vítima estiver sem contenção, a
ejeção do veículo é comum e seu corpo pode ser esmagado pelo carro, a
mortalidade é próxima a 80% nestes casos.
183
Lesões por Uso Inadequado de Cinto de Segurança
184
hemorragia intrapélvica que ameaça a vida - a aplicação imediata de uma cinta
pélvica é uma medida que salva vidas nestes casos.
3. ATROPELAMENTO:
● As lesões causadas por atropelamento dependem da altura e peso da vítima e
altura do veículo. Em geral, o choque ocorre contra a lateral no adulto tentando
185
escapar do veículo, enquanto a criança recebe o impacto frontal. O impacto inicial
ocorre geralmente entre o pára-choques e o membro inferior (acima dos joelhos)
ou na pelve (na criança). O segundo impacto é entre o capô do carro e o tórax da
vítima. O crânio colide contra a parte superior do capô ou pára-brisa e a vítima é
atirada longe do veículo. O pedestre pode cair no chão, com possível trauma na
coluna cervical. Já a criança, pode ser arrastada, ficando com uma parte do corpo
sob a frente do veículo.
186
4. Quedas:
● É importante estimar a altura da queda, superfície onde a vítima caiu e a parte do
corpo que sofreu impacto primeiro. Em adultos, quedas de mais de 6 metros e em
crianças duas a três vezes a altura da criança estão associadas a lesões graves. Em
idosos a principal causa de trauma são as
quedas de própria altura, geralmente
associadas a TCE e fratura de pelve e fêmur,
com elevada morbidade. Quedas sobre os pés
(Síndrome de Don Juan) são associadas a
fraturas bilaterais de calcâneo, fraturas por
cisalhamento dos tornozelos e fraturas distais
de fíbula e tíbia. Depois que os pés aterrissam e
param o movimento, as pernas são a próxima
parte do corpo a absorver energia. Podem
resultar em fraturas de platô tibial, fêmur e
pelve. O corpo é comprimido pelo peso da cabeça e do tronco, que ainda estão em
movimento, causando fraturas de compressão da coluna toracolombar. Se a queda
for para frente, com as mãos esticadas, o resultado pode ser fraturas de um ou
ambos os punhos. Nas quedas sobre a cabeça, por exemplo no mergulho em águas
rasas, o peso e força do tronco, pelve e membros inferiores comprimem a cabeça
e a coluna cervical, podendo causar fraturas.
5. Acidentes de Bicicleta:
● São uma das causas mais comuns de trauma em crianças. O mecanismo pode
envolver a ejeção com trauma craniano ou o impacto contra uma parte da
bicicleta, principalmente o guidão. Um trauma direto sobre o abdome pode levar
a lesões de baço, fígado, intestinos (em especial duodeno) e pâncreas. No corpo
187
da criança, as forças são transmitidas com maior facilidade através da parede
abdominal e existe maior superfície relativa de órgãos sólidos (baço e fígado). Os
sinais clínicos de uma lesão de duodeno e/ou pâncreas podem incluir: tatuagem
traumática pelo guidão, sinal de Cullen (equimose periumbilical) e de Grey Turner
(equimose em flanco)
188
6. Ferimentos Penetrantes:
● Arma Branca: como são lesões de baixa velocidade, geralmente estão associadas
a menor trauma secundários, sendo previsível a trajetória da arma no corpo. Se foi
removida, o socorrista deve tentar identificar o tipo de arma usada. O sexo do
agressor é um fator importante na determinação da trajetória de uma faca.
Homens tendem a segurar a lâmina no lado do polegar e fazer movimento para
cima ou para dentro, enquanto as mulheres tendem a segurar a lâmina no lado do
dedo mínimo e fazer movimentos para baixo.
Quando o agressor gira a faca dentro da vítima (cone de lesão), o orifício externo
pode dar uma falsa sensação de menor gravidade da lesão. Deve-se considerar
sempre a possibilidade de lesões associadas, especialmente na transição
toracoabdominal transfixando o diafragma.
● Arma de Fogo: podem ser divididas em média e alta energia. Armas de média
energia incluem pistolas e alguns rifles com velocidade de bocal de 300m/s. A
cavidade temporal criada por esta arma é de 3 a 5 vezes o calibre da bala. Armas
de alta energia têm velocidade de bocal superior a 600m/s. Elas criam uma
189
cavidade temporária que é 25 ou mais vezes o calibre da bala. À medida que a
quantidade de pólvora no cartucho e o tamanho da bala aumentam, aumenta a
velocidade e a massa da bala e, consequentemente, sua energia cinética. Deve ser
considerado ainda o perfil, rolamento e fragmentação. O perfil é o tamanho inicial
do projétil e se esse tamanho se altera (expande) ao colidir contra a pele. O
rolamento se trata da rotação do projétil dentro do corpo, aumentando a lesão. A
fragmentação é a quebra do projétil ao deixar a arma e ao entrar em contato com
a vítima. Outra consideração ao prever o dano de um ferimento por arma de fogo
é o alcance ou distância de onde foi disparada. A resistência ao ar retarda a bala;
como resultado, o aumento da distância diminui a energia no momento do
impacto e resulta em menos lesões. Os danos se tornam significativamente
maiores quando se combina uma arma de alta energia com fragmentação. Se o
projétil se fragmentar no impacto (muitos não o fazem), o local de entrada inicial
pode ser muito grande e causar lesões graves em partes moles. Mas se a bala se
fragmentar somente ao atingir um osso, uma grande cavitação ocorre neste ponto
de impacto e os fragmentos ósseos se tornam parte do componente do dano. Isso
resulta em destruição significativa de ossos, órgãos e vasos próximos.
A identificação dos orifícios de entrada e saída permite estimar a trajetória
e quais possíveis estruturas anatômicas lesadas. O conhecimento da posição da
vítima e do agressor no momento do disparo também auxiliam. Determinar se o
projétil cruzou a linha média ajuda a prever lesões mais graves.
190
7. Explosões:
● Associadas a mecanismos múltiplos de lesões, classificadas como primárias,
secundárias, terciárias, quaternárias e quinárias. A energia resultante de uma
explosão pode ser cinética e térmica pela onda de choque, cinética pelos
fragmentos do próprio dispositivo ou detritos do meio e eletromagnética. A forma
mais comum de lesão primária de explosão é a ruptura da membrana timpânica. A
próxima lesão principal ocorre (pressão > 40 psi ou 276 kPa) lesões pulmonares,
ou seja, contusão, pneumotórax, embolia aérea, enfisema intersticial e subcutânea
e pneumomediastino. A frente de choque da onda de choque se dissipa
rapidamente e é seguida pelo vento, que conduz fragmentos para criar múltiplas
feridas penetrantes. O vento também impulsiona a vítima contra grandes objetos
ou em direção a superfícies duras, causando contusões (explosão terciária). Esta
categoria de lesão inclui lesões por esmagamento causadas por colapso estrutural.
Lesões quaternárias são aquelas produzidas pelo calor, chamas, gás e fumaça
gerados durante as explosões, incluindo queimaduras, lesões por inalação e
sufocamento. Lesões quinárias ocorrem quando bactérias, materiais químicos ou
radioativos são liberados pelo explosivo.
191
(pulmões, ouvido médio, tubo digestivo)
192
■ Adultos 12 a 20
■ Crianças e adolescentes <30
■ 3-5 anos <35
■ 1-2 anos <40
■ <1 ano < 60
○ Sinais de hipoxemia, como agitação e cianose;
○ Avaliar oximetria de pulso;
○ Avaliar pescoço:
■ Posicionamento da traquéia.
■ Presença de turgência jugular.
■ Presença de hematomas ou ferimentos cervicais que possam
comprometer a ventilação.
■ Palpar a região cervical anterior em busca de enfisema subcutâneo
e crepitação (fratura de laringe);
○ Expor o tórax e avaliar a ventilação, simetria de expansibilidade, presença de:
sinais de esforço respiratório ou uso de musculatura acessória, ferimentos e
tatuagens traumáticas;
○ Realizar a palpação de todo o tórax em busca de áreas com dor, crepitação
(fraturas de costela e/ou esterno) ou enfisema subcutâneo;
○ Realizar percussão no caso de dúvida diagnóstica entre pneumotórax
(timpanismo) e hemotórax (macicez);
○ Realizar ausculta torácica comparativa.
193
1) Pneumotórax Hipertensivo:
● Caracteriza-se por pneumotórax associado a repercussão hemodinâmica
● Dispneia intensa
● Sudorese, taquicardia e hipotensão
● Turgência jugular unilateral
● Desvio da traqueia para o lado oposto
● Lado acometido expandido e imóvel
● MV abolido do lado acometido
● Hipertimpanismo do lado acometido
194
● No atendimento pré-hospitalar, deve-se considerar o risco-benefício da drenagem
torácica na cena. Considerar:
○ Atraso no transporte de doente crítico
○ Distância até o Hospital
○ Complicações do procedimento, incluindo maior risco de infecção
○ Treinamento na técnica.
● Técnica de Drenagem Torácica:
○ Posicionar o doente com o braço estendido para cima, solicitar ao auxiliar
que segure nesta posição;
○ Realizar assepsia do hemitórax;
○ Identificar o local da punção - 5° Espaço Intercostal (ao nível do mamilo ou
sulco infra-mamário), entre a linha axilar média e anterior;
○ Anestesia local, com lidocaína 2%, interessando pele, subcutâneo,
periósteo costal e pleura. Se o tempo permitir, realizar bloqueio de nervo
intercostal (borda inferior da costela), com 2-3ml em cada espaço.
○ Pré avaliar a profundidade estimada, colocando a ponta do dreno ao nível
da clavícula ipsilateral;
○ Fazer incisão de 2 a 3 cm paralela às costelas;
○ Dissecar o tecido subcutâneo com auxílio de uma pinça “Kelly” ou tesoura
metzembaum curva, até atingir a pleura, que deve ser perfurada e alargada,
com o cuidado de não penetrar demais o instrumento;
○ Introduzir o dedo, fazendo uma varredura para identificar pulmão,
diafragma e outros órgãos (estômago, fígado - no caso de hérnia
diafragmática);
○ Colocar uma pinça hemostática tipo “Kelly” na extremidade distal do dreno
outra proximal (mais ou menos 10 cm após o último orifício) e introduza o
dreno no sentido ínfero-apical;
○ Observar a saída de sangue e/ou embaçamento do dreno à expiração;
○ Conectar no coletor em selo d’água e retirar a pinça proximal
195
○ Fixar o dreno à pele com fio de sutura (mononylon 2-0) com ponto em “U” +
bailarina sobre o dreno. Amarrar um cordonê rente à pele e outro no dreno, para
fixar o fio no mesmo;
○ Fixar o dreno com esparadrapo e aplicar curativo.
2) Pneumotórax Aberto:
● Ocorre quando há ferimento penetrante em tórax com diâmetro maior que ⅔ do
diâmetro da traqueia do doente (traqueia de adulto tem diâmetro médio de 2cm),
o ar passa a entrar preferencialmente pela ferida causando um efeito hipertensivo
no hemitórax acometido.
● Os achados clínicos incluem: presença de ferida aspirativa/soprante; murmúrio
vesicular reduzido ou ausente do lado acometido, geralmente com sinais de
insuficiência respiratória.
196
● O tratamento deve incluir curativo de 3 pontas, ou seja, com papel alumínio ou
filme plástico (da própria embalagem de gazes, por exemplo), fixando com fita três
lados do mesmo sobre a ferida:
3) Hemotórax Maciço:
● Acúmulo de sangue em cavidade pleural com volume maior ou igual a 1.500ml na
passagem do dreno ou fluxo contínuo de sangue, a uma vazão maior ou igual a
200ml por hora, nas primeiras 2 a 4 horas após o trauma.
● Em pediátricos, considerar o volume maior ou igual a ⅓ da volemia estimada.
197
● Tratamento: realizar a drenagem torácica no 5º espaço intercostal entre a linha
axilar média e anterior, dreno de 28 a 32 french. Sempre registrar o volume de
sangue drenado na passagem.
● Será necessária reanimação volêmica com cristalóide (1L) e hemotransfusão
precoce, associada à avaliação cirúrgica para provável toracotomia de urgência.
● Nas hemorragias importantes, como é o caso do hemotórax maciço, está indicado
a administração no pré hospitalar de ácido tranexâmico (1g em 10min).
● Caso o transporte seja longo (> 15 min) considerar passar um segundo dreno
torácico no espaço intercostal imediatamente acima do primeiro dreno.
● A intubação orotraqueal nestes pacientes costuma ser difícil (distorção anatômica
por hematoma paratraqueal) e pode piorar a lesão.
● O diagnóstico só é confirmado após fibrobroncoscopia.
● O tratamento cirúrgico deve ser imediato nos casos graves, mas nos casos estáveis
pode ser postergado até regressão do edema.
198
5) Tamponamento Cardíaco:
● Ocorre por lesões penetrantes (mais comum) ou contusas.
● Alta suspeição nas lesões penetrantes anteriores (“caixa cardíaca”).
● O acúmulo de sangue no saco pericárdico reduz o débito cardíaco.
199
● O eletrocardiograma no tamponamento cardíaco revela padrão de alternância
elétrica de QRS. Deve-se lembrar que o tamponamento, assim como o
pneumotórax hipertensivo, entra no diagnóstico diferencial de PCR em AESP.
● Tratamento: garantir o melhor suporte clínico, com oxigênio em alta concentração
(considerar intubação orotraqueal), acesso calibroso com infusão de cristalóides e
transferência rápida para centro de trauma.
200
para o Hospital mais próximo que tenha condições de realizar a drenagem torácica
e demais procedimentos necessários para suporte clínico.
● Se houver deterioração com dispnéia, dessaturação ou hipotensão deve-se tratar
como pneumotórax hipertensivo / hemotórax maciço.
201
● O shunt causado pela área de contusão associado à atelectasia causada pela
hipoventilação por dor leva a um quadro insidioso de insuficiência respiratória, que
tende a ser mais grave nos idosos.
● Tratamento:
○ Oferecer O2 em alta concentração, de preferência sob máscara com
reservatório.
○ Evitar hiperhidratação - se o doente não está hipotenso evite a infusão de
fluidos.
○ Analgesia adequada - de preferência com morfina, em doses baixas,
individualizadas e tituladas até atingir o controle álgico. Ex.: 2mg + água
destilada 9ml intravenoso lento, repetindo a cada 5 minutos.
○ Suporte ventilatório - pacientes em hipoxemia importante podem se
beneficiar de intubação e ventilação a pressão positiva precoce.
● Contusão Miocárdica:
● Acidentes automobilísticos, atropelamentos, acidentes motociclísticos e quedas
de altura maior que 6 metros são, em ordem, as causas mais comuns de trauma
cardíaco contuso.
● Contusão por trauma direto (por exemplo contra o volante do carro) pode causar
fratura de esterno, que é de alta suspeição para contusão miocárdica.
● Pode envolver lesão de músculo cardíaco, ruptura de câmara, dissecção e/ou
trombose de coronárias ou lesão valvular.
● Pode se manifestar em forma de tamponamento cardíaco, hipotensão e/ou
arritmias.
● Achados comuns o ECG: bloqueio de ramo direito, fibrilação atrial, extra-sístoles
ventriculares, alteração de ST, taquicardia sinusal.
● O tratamento inclui oferta de oxigênio e monitorização rigorosa, com manejo das
alterações eletrocardiográficas específicas, seja farmacológico ou elétrico.
4) Ruptura Diafragmática:
202
● Traumas penetrantes na transição toracoabdominal podem causar lesões
pequenas no diafragma, que podem passar despercebidas na avaliação inicial.
● Já o trauma contuso pode provocar grandes lacerações estreladas com herniação
aguda do conteúdo abdominal para o tórax, especialmente à esquerda.
● Se houver herniação aguda, o pulmão e mediastino podem ser comprimidos,
causando dispnéia e choque.
● O murmúrio vesicular do lado acometido estará reduzido e pode haver tanto
macicez (órgão sólido) quanto hipertimpanismo à percussão (gás no interior de
vísceras ocas), que pode confundir o diagnóstico com pneumo ou hemotórax.
● Tratamento: O doente deve receber oxigênio em alto fluxo sob máscara. Na
emergência, a drenagem torácica deverá ser feita, com cuidado de se identificar as
estruturas durante a exploração digital, evitando lesões inadvertidas de órgãos
abdominais. O tratamento definitivo será cirúrgico.
5) Ruptura de Aorta:
● Está relacionada a colisões de automóveis (desaceleração brusca) e queda de
grande altura, especialmente quando o paciente cai na horizontal. O óbito na cena
é o mais comum (80%) mas quando sobrevive geralmente a lesão é tratável desde
que identificada precocemente.
203
● O local mais comum da lesão é na junção do arco aórtico com a aorta descendente,
imediatamente distal à saída da artéria subclávia esquerda, podendo ser em graus
variáveis.
● Clinicamente, a ruptura tamponada da aorta pode ser suspeitada quando há
diferença nos pulsos dos membros superiores (mais forte do lado direito) ou entre
o membro superior (braquial) e inferior (femoral), podendo também haver
diferença entre a PA em membro superior (mais elevada) e inferior.
● Deve-se oferecer oxigênio em alto fluxo sob máscara, obter acessos venosos
porém evitar a infusão de fluidos se não houver hipotensão.
● Se não houver contraindicações, recomenda-se o controle de frequência (meta <
80 bpm) e PAM (meta < 70 mmHg), se disponível, com betabloqueador de ação
curta. Alternativa ao Betabloqueador: bloqueador de canal de cálcio (diltiazem). Se
insucesso, considerar uso cuidadoso de nitroglicerina ou nitroprussiato.
6) Lesões de Esôfago:
● Traumas cervicais e torácicos penetrantes estão associados a lesões de esôfago.
● Ruptura esofágica pode ocorrer por um trauma contuso abdominal (expulsão
forçada do conteúdo gástrico).
● O diagnóstico em geral é tardio, quando já há sinais infecciosos (mediastinite).
● Suspeitar quando:
○ Hemo/Pneumotórax à esquerda sem fratura de costelas;
○ Trauma direto em epigastro ou região esternal inferior;
○ Saída de restos alimentares ou saliva em dreno torácico.
● A confirmação em geral se faz por endoscopia ou esofagograma.
● O tratamento deve ser o mais precoce possível e em centro de referência.
Fraturas de Costela:
● Presentes em cerca de 10% dos traumas.
204
● Associadas a maior morbimortalidade quando múltiplas, bilaterais e em idosos.
Fraturas múltiplas em jovens sugere transferência de alta energia.
● Fraturas de costelas superiores (1 a 3): sugere alta energia cinética, associadas a
múltiplos traumas e alta mortalidade.
● Fraturas de costelas intermediárias (4 a 9): são as mais comuns. Na compressão
ântero-posterior são forçadas para fora, no trauma direto o fragmento tende a ir
para dentro. Associadas a contusão pulmonar.
● Fraturas de costelas inferiores (10 a 12): suspeitar de lesão de fígado e baço.
● Tratamento: consiste no alívio da dor e reavaliação constante pela possibilidade de
deterioração da ventilação. Estimular o doente a realizar respirações profundas e
tosse.
Asfixia Traumática:
● Ocorre quando há esmagamento do tronco, por exemplo queda de carro que
estava suspenso pelo “macaco” hidráulico sobre o tórax do doente.
● O paciente assume um aspecto que lembra o de vítima de estrangulamento, isto
é, pletora na face e pescoço, porém não ocorre asfixia verdadeira.
Mecanismo:
○ Aumento abrupto da pressão torácica
pelo seu esmagamento
○ Retorno forçado do sangue para fora
do coração nas veias em uma direção
retrógrada.
○ As veias do pescoço e cabeça,
diferentemente das veias dos membros
superiores, não possuem válvulas e o
sangue é forçado a entrar nessa região.
○ Há rompimento de vênulas e
pequenos capilares subcutâneos resultando na coloração arroxeada da
pele.
205
● Ruptura de pequenos vasos no cérebro e na retina podem causar lesões cerebrais
(edema cerebral) e oculares.
● A presença da asfixia traumática deve alertar para o risco de trauma cardíaco.
● Tratamento: Oxigênio em alta concentração, acesso venoso e suporte ventilatório
se necessário.
Transporte Prolongado e Aeromédico:
● Atenção ao controle de vias aéreas, suporte ventilatório e oxigenação, controle de
sangramento e reanimação de volume adequada.
● São indicações de intubação antes de um transporte prolongado:
○ Sinais de insuficiência respiratória iminente (depois de excluir ou tratar o
pneumotórax hipertensivo);
○ Tórax instável ou múltiplas fraturas costais;
○ Pneumotórax aberto.
● Lembrar que as contusões pulmonares pioram com o tempo. Nestes casos, o uso
de pressão expiratória final positiva (PEEP) com um ventilador de transporte ou
válvulas PEEP com bolsa-valva-máscara pode facilitar a oxigenação.
● Todo trauma torácico pode evoluir com pneumotórax hipertensivo - fique atento
e reavalie com frequência o doente.
● Drenagens torácicas devem ser feitas antes do transporte terrestre ou
aeromédico, de preferência com válvula de Heimlich.
● Assegurar duas vias de acesso venoso.
● Manter a PAS entre 80 e 90 mmHg nos doentes com suspeita de sangramento
intratorácico, intra-abdominal ou retroperitoneal, exceto se houver
contraindicações, como por exemplo TCE grave ou paciente coronariopata.
● Reanimação excessiva com fluidos pode piorar significativamente as contusões
pulmonares, bem como levar a hemorragia recorrente.
● Pacientes com dor intensa por múltiplas fraturas de costelas podem se beneficiar
de pequenas doses ajustadas de morfina por via intravenosa.
● Pacientes com arritmias cardíacas relacionadas a contusão miocárdica podem se
beneficiar do uso de antiarrítmicos.
206
Cobrar da equipe de atendimento o preenchimento e envio do J16 e registrar na
ocorrência o uso ou não de medicação.
207
○ Ansiedade e confusão mental podem indicar choque.
208
● Geralmente ocorre quando a cinética é significativa: forças de aceleração-
desaceleração ou compressão por colisões de veículos ou motocicletas,
atropelamentos ou quedas de uma altura significativa. Porém, podem ocorrer lesões
abdominais importantes por mecanismos de aparência mais leve, como agressões,
quedas e atividades esportivas.
● Dispositivos de proteção usados pelo paciente devem ser considerados: cintos de
segurança, airbags e protetores esportivos.
● A compressão de um órgão sólido pode causar lesão em seu parênquima (por
exemplo, laceração hepática), enquanto forças semelhantes aplicadas a uma
estrutura oca, como uma alça intestinal ou bexiga, podem causar sua ruptura e
derramamento de seu conteúdo na cavidade abdominal.
● Forças de cisalhamento podem causar lacerações de estruturas em suas fixações,
como onde o delgado, com maior mobilidade, se une ao cólon ascendente, que é fixo.
● Atentar ao risco de lesão por fraturas de costelas inferiores, à direta de fígado, à
esquerda de baço.
● Os órgãos mais frequentemente acometidos, em ordem, no trauma contuso: baço,
fígado e intestino delgado.
● Avaliação:
209
○ Inspeção: deve-se buscar por evidências de lesão, como hematomas, equimoses,
escoriações e tatuagens traumáticas. A presença do sinal do cinto de segurança
aumenta em 8 vezes o risco de lesão intra-abdominal, especialmente em
crianças. Outra tatuagem traumática classicamente associada a lesões intra-
abdominais é a marca do guidão de bicicleta, quando no hipocôndrio esquerdo
associada a lesão esplênica, quando no epigastro ou hipocôndrio direito
associada a lesão duodenal e pancreática. Traumas contusos podem menos
frequentemente causar ferimentos profundos no abdome associados ou não a
evisceração.
210
○ Palpação: deve-se identificar a presença de dor à palpação superficial e profunda
e, principalmente, sinais de defesa abdominal (rigidez ou espasmo involuntário
da musculatura da parede abdominal durante a palpação) e descompressão
brusca dolorosa, que denotam peritonite.
*Evitar palpação profunda e intensa de abdome evidentemente ferido.
○ Percussão: pode causar dor intensa, sugerindo peritonite.
○ Ausculta: pouco utilizada na emergência, a diminuição ou ausência de ruídos
pode ser consequência de peritonite.
○ Toque retal no trauma abdominal pode ser útil para descartar lesões em canal
anal/ reto e sangramentos.
○ Toque vaginal pode revelar lacerações e sangramentos. Deve ser feito sempre
que se suspeitar de lesão perineal ou vaginal e na gestante, quando o
sangramento pode estar associado a abortamento ou descolamento prematuro
de placenta.
2. Trauma Penetrante:
1. Ferimento por Arma Branca
● No abdome anterior, os órgãos mais lesados por arma branca são, em ordem,
fígado, intestino delgado, diafragma e cólon.
● Quando o ferimento é no dorso, devido à musculatura mais espessa nesta região,
é menos provável que cause lesões intra-peritoneais.
● Deve-se atentar ao risco de lesão diafragmática nas lesões de transição
toracoabdominal.
● Apenas 15% das lesões abdominais por arma branca vão necessitar de cirurgia,
porém em 60% dos casos em que há penetração do peritônio há hipotensão,
peritonite ou evisceração.
● Caso o objeto esteja encravado no corpo da vítima, a sua remoção pode
destamponar uma lesão profunda causando sangramento maciço. Portanto, não
se deve retirar o objeto, sendo geralmente removido em ambiente de centro
cirúrgico, exceto se evidentemente superficial. Nestes casos deve-se evitar palpar
o abdome.
211
2. Ferimento por Arma de Fogo
● Cerca de 98% das lesões abdominais por arma de fogo penetram a cavidade
abdominal, causando lesões geralmente graves que envolvem intestino delgado,
cólon, fígado e estruturas vasculares.
● As lesões são exponenciadas pelo efeito de cavitação e fragmentação no interior
do abdome. Distância e tipo de armas também são elementos determinantes.
● A lesão penetrante por projétil de arma de fogo no abdome será explorada
cirurgicamente, com poucas exceções (ferimento tangencial em obesos, ferimento
com lesão exclusiva de fígado em doente estável).
● Tratamento:
○ Garantir oxigenação e ventilação adequadas, com saturação de O 2 acima
de 94%.
○ Obter acesso venoso periférico em fossa antecubital com cateter 14, 16 ou
18.
○ Iniciar infusão de Ringer Lactato se houver necessidade, ou seja, se sinais
de choque. Não infundir mais de 1L. Não infundir se PAS > 120mmHg.
○ Especialmente nos doentes com trauma abdominal, sem TCE grave ou
moderado associado, a hipotensão permissiva está indicada, devendo-se
aceitar uma PA menor que a normal, com PAS entre 80 e 90mmHg, por até
90 minutos.
○ No caso de hemorragia significativa está indicado o uso pré hospitalar do
ácido tranexâmico (“Transamin”), desde que menos 3 horas do trauma, na
dose de 2 gramas, divididos em 1g em bolus (em 100ml de soro fisiológico,
correr em 10min) mais 1g ao longo de 8 horas (diluir em soro fisiológico
500ml). Outra opção aceita é fazer os 2g em bolus.
212
choro, grito e tosse vão fazer com que o órgão saia ainda mais da cavidade
abdominal.
TRANSPORTE
● Se alguma condição de risco à vida for identificada durante a avaliação primária, o
paciente deve ser removido rapidamente após o início da intervenção na cena.
● O tempo na cena deve ser o mais curto possível, exceto em algumas circunstâncias,
sendo limitado a 10 minutos, em particular para pacientes com hipotensão ou
evisceração.
● O doente deverá ser removido para o Hospital de referência, de acordo com a
pactuação (VAGA ZERO TRAUMA) e fluxogramas. O Pronto Socorro do Hospital de
Clínicas da U.F.U. é a referência em trauma na macrorregião do Triângulo Norte.
● Na chegada à sala de trauma do Hospital de referência, a equipe que recebe o
paciente deve aguardar a passagem do caso (hands-off hands-over), a menos que
alguma condição com risco imediato à vida seja óbvia, antes de iniciar o
atendimento. Um acrônimo útil para passar o caso é o MIST:
213
○ T - Tratamento iniciado (procedimentos, medicamentos, fluidos).
214
○ E - EXPOSIÇÃO COM CONTROLE DE TEMPERATURA
● AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
● O melhor tratamento do doente com lesão neurológica é garantir
oxigenação e perfusão adequadas.
● O objetivo primário no tratamento da lesão cerebral traumática é prevenir
a lesão cerebral secundária.
● O MÉDICO (a) deve avaliar rapidamente (1) nível de consciência, (2) pupilas
e (3) lateralidade:
1) Nível de Consciência: utilize a Escala de Coma de Glasgow (2017):
215
Não Testável NT estereotipada e lenta, com cerramento do
polegar e rotação do cotovelo, considere 3
pontos. Se extensão, 2 pontos.
Classificação do TCE:
◆ LEVE 13 - 15
◆ MODERADO 9 - 12
◆ GRAVE ≤ 8 (indicada via aérea definitiva)
Escala aplicável somente para maiores de 5 anos.
*Outras opções de estímulo: pressão em região supra orbitária ou leito ungueal.
Considerar sempre a melhor resposta motora. Quando não for possível avaliar
uma área, nenhum escore é dado e é considerado não testável (NT).
216
Exemplo: paciente com abertura ocular (AO) à pressão, resposta verbal (RV) sons,
resposta motora (RM) flexão normal, com as duas pupilas sem reatividade à luz. Temos:
AO = 2, RV = 2, RM = 4 → ECG = 8 / ERP = 2 → ECG-P = 6.
Lesões Específicas:
Fraturas de Crânio:
● Podem envolver calota ou base do crânio, podem ocorrer por trauma contuso ou
penetrante e ser lineares ou estreladas.
● Trauma contuso está associado a fraturas lineares (80% das fraturas).
● Fraturas com afundamento de crânio podem ser secundárias a trauma contuso
de alto impacto e podem necessitar de cirurgia.
● Fraturas abertas podem se comunicar com a superfície cerebral, se a dura-máter
estiver rota, e tem elevado risco de infecção.
● Fraturas de base de crânio devem ser lembradas na presença dos sinais (podem
surgir imediatamente ou após algumas horas):
○ Equimose periorbital (olhos de “guaxinim”)
○ Equimose retroauricular sobre o mastóide (sinal de “Battle”)
○ Fístula liquórica drenando pelo nariz (rinorréia) ou ouvido (otorréia) -
podem ser identificadas pelo sinal do duplo halo.
○ Disfunção do VII e VIII par de nervos cranianos com, respectivamente,
paralisia facial e perda de audição.
217
Lesões Penetrantes:
● O trauma penetrante costuma ser muito grave, principalmente as feridas por
projéteis de arma de fogo, causando não só ferimentos diretos, mas a onda de
choque relacionada também danifica o tecido na via de cavitação. A evolução é
pior quando o projétil cruza a linha média, afetando assim ambos os hemisférios.
Objetos encravados no crânio devem ser retirados somente em centro cirúrgico.
Lesões Cerebrais:
● Concussão - quando há alteração neurológica transitória após um TCE. A principal
característica é a amnésia pós-traumática, retrógrada (minutos a dias antes do
trauma) ou anterógrada (após o trauma, geralmente de duração menor). Pode
haver agitação por não entender ou não se lembrar do que está acontecendo.
Outras alterações neurológicas: olhar vago, atraso de respostas verbais e motoras,
incapacidade de se concentrar, emoções inadequadas, desorientação, cefaléia,
tonturas, náuseas e vômitos. A tomografia de crânio (TC) nestes casos é normal.
218
● Lesão Axonal Difusa - geralmente por impacto em alta velocidade ou
desaceleração, causando lesões por cisalhamento (pontilhados hemorrágicos
difusos na TC). Desfecho variável.
o Subdural - 30% dos casos, em jovens, após trauma importante (por ex. acidente
automobilístico), ocorre ruptura de veias pontes no córtex cerebral e acúmulo
de sangue no espaço subdural.
Há lesão parenquimatosa concomitante, abaixo do hematoma subdural, com
edema que contribui para o aumento da pressão intracraniana e em geral os
sinais clínicos são evidentes precocemente. Já no idoso e no etilista crônico,
com atrofia cerebral, o hematoma subdural pode ser subagudo ou crônico,
secundários a um trauma leve (por ex. queda da própria altura) e os sinais
clínicos vão se desenvolver após dias ou semanas, podendo se confundir com
um acidente vascular encefálico ou sepse. Em doentes em uso de
anticoagulantes o hematoma subdural pode se desenvolver após traumas
insignificantes e progredir com hipertensão intracraniana após algumas horas.
O aspecto na TC é de crescente.
219
Diferença tomográfica entre o hematoma Epidural e Subdural.
○ Subaracnóide (HSA) - apesar de frequentemente ligado à ruptura espontânea de
aneurismas cerebrais, na verdade, o trauma é a causa mais comum de HSA.
São queixas comuns cefaléia, náuseas, vômito e tontura. Além disso, o sangue no
espaço subaracnóide pode causar sinais meníngeos, distúrbios visuais e fotofobia.
Raramente causa efeito de massa significativo e por isso não costuma requerer
intervenção neurocirúrgica.
220
Mais de 2 episódios de vômitos
Uso de Anticoagulantes
● Medidas de Neuroproteção
● Oxigenação e Ventilação:
○ Deve-se garantir a oxigenação, para manter a pO2 normal, para tanto sempre
oferecer oxigênio, especialmente se ECG < 15, mantendo a SatO2 > 94%;
○ Garantir a via aérea definitiva em doentes com ECG menor ou igual a 8 ou
naqueles em que a via aérea não esteja segura (por ex. por vômitos repetidos,
trauma de face associado a sangramento em orofaringe, etc);
○ Normoventilar o doente, mantendo a pCO2 em torno de 35 mmHg (normocarbia);
○ Na prática, na indisponibilidade da gasometria arterial, manter 10
respirações/minuto para adultos, 20 respirações/minuto para crianças e 25
respirações/minuto para bebês. Velocidades de ventilação excessivamente
rápidas e hipocapnia subseqüente produzem vasoconstrição cerebral, o que por
sua vez leva a uma diminuição no fornecimento de oxigênio para o cérebro;
○ A hiperventilação deve ser reservada para quando houver sinais de herniação
(ver Manejo da Hipertensão Intracraniana).
● Circulação:
○ LEMBRE-SE: Não considerar o TCE como causa de choque. Deve-se descartar
outras fontes de hemorragia (externas, tórax, abdome, pelve, ossos longos) e
outras causas não hipovolêmicas (principalmente pneumotórax hipertensivo,
tamponamento cardíaco).
221
○ Hemorragia intracraniana não justifica choque hemorrágico, mas lesões em
couro cabeludo e em face (fraturas) podem justificar choque por perdas
externas, dependendo do fluxo e tempo de sangramento.
■ Fazer curativo compressivo nas lesões de couro cabeludo;
■ Aplicar tampão de gazes em narinas ou ouvidos se sangramento.
○ O choque neurogênico está relacionado a lesão de medula cervical ou torácica
alta. O TCE grave cursa com hipotensão apenas nos estágios terminais, quando
há insuficiência medular.
○ A má perfusão cerebral secundária ao choque hipovolêmico pode comprometer
o exame neurológico.
○ A normovolemia deve ser restabelecida o mais rápido possível, através de
cristalóide (até 1L) e hemocomponentes. Por outro lado, se não houver sinais
de choque, não se deve fazer mais de 125ml/h de fluidos.
222
○ Fazer dose de ataque de Fenitoína (1g com velocidade de 50mg/min) + 100mg
a cada 8h.
○ Pode ser necessário anestesia geral no caso de convulsões contínuas.
● Hipertensão Intracraniana (HIC)
○ Sinais Clínicos:
■ Rebaixamento de 2 pontos ou mais na ECG;
■ Alteração do padrão pupilar, com bradirreatividade, arreatividade ou
anisocoria;
■ Surgimento de hemiplegia ou hemiparesia;
■ Tríade de Cushing, ou seja, bradicardia, hipertensão arterial e alteração do
padrão respiratório.
○ Tratamento:
O uso de colar cervical apertado pode reduzir o retorno venoso e piorar a HIC.
Desde que mantida a imobilização, o colar pode ser aberto.
Elevação da maca (Trendelemburg reverso) a 30%
○ Solução Salina Hipertônica → 3% a 23,4% / Preferível no hipotenso.
■ Ex: SF0,9% 220ml + NaCl20% 30ml - fazer 100ml em bolus
○ Hiperventilação → períodos breves de menos de 30 minutos:
■ Adultos 20 respirações/minuto;
■ Crianças 25 respirações/minuto;
■ 30 respirações/minuto para < 1 ano.
223
Cobrar da equipe de atendimento o preenchimento e envio do J16 e registrar na
ocorrência o uso ou não de medicação.
224
PROCEDIMENTO PADRÃO PARA REGULAÇÃO:
● Segurança inicial da cena:
o O CONTROLADOR DE FROTAS deverá acionar o CORPO DE BOMBEIROS e/ou
autoridade policial responsável no município ou área de abrangência quando
indicado (ver protocolo de acionamento de entidades);
o A EQUIPE DE ATENDIMENTO só iniciará o socorro às vítimas após a segurança
da cena estar garantida. Caso a cena ainda não esteja sinalizada, o (a)
CONDUTOR (A) SOCORRISTA deverá fazer isto até a chegada de outra entidade
para auxiliar;
o O MÉDICO REGULADOR deverá perguntar ao solicitante sobre estado de
consciência, se há alguma evidência de hemorragia maciça, sobre o evento: uso
de dispositivos de segurança, presença de fogo em veículos ou na cena,
vazamento de combustível ou outras substâncias explosivas ou tóxicas,
aspiração de fumaça, queda de altura, tipos de superfície. No caso de acidentes
de trânsito, orientar ao solicitante a sinalizar as vias, não tocar na vítima (exceto
se hemorragias externas, quando o regulador deverá orientar a compressão
direta), não retirar o capacete, não oferecer água ou alimento à vítima;
225
o Orientar a conduta conforme protocolo abaixo.
● Considerações especiais:
○ Crianças são mais sensíveis à hipoxemia, que é a principal causa de morte
em trauma neste grupo etário. Ofereça oxigênio precocemente.
○ Proporcionalmente a língua é maior, a mandíbula menor e mais curta; a via
aérea afunilada e estreita, com laringe anteriorizada.
○ O occipto grande em crianças menores de 3 anos leva a assumirem a
“posição de cheirador” quando deitados sobre uma superfície plana. Para
corrigir a posição, deve-se posicionar um coxim de mais ou menos 2 a 3 cm
de espessura até os ombros (figura a seguir).
○ A traqueia é curta, cerca de 5cm no lactente e 7cm aos 18 meses,
aumentando o risco de intubação seletiva.
○ Em função da maior reserva fisiológica pode cursar com alteração súbita e
enganosa dos sinais vitais (gráfico a seguir).
226
Sinais Vitais em Pediatria
227
Idade FR (irpm) FC (bpm) Limite inferior da
Pressão Sistólica (mmHg)
1 a 2 anos 22 - 37 98 - 140 70
3 a 5 anos 20 - 28 80 - 120 75
6 a 12 anos 18 - 25 75 - 118 80
A
● Oferecer oxigênio para garantir saturação de O2 acima de 94%.
● Na intubação orotraqueal, deve-se usar preferencialmente lâmina de Miller (reta),
no tamanho adequado para idade; observar o risco de reflexo vagal, sendo
recomendado a atropinização em menores de 1 ano (atropina 0,1 a 0,5mg ou
(0,02mg/kg, 2 minutos antes de curarizar); cuidado ao risco de seletivar o tubo
(usar a regra do 3 vezes o número do tubo na rima labial, exemplo - tubo 4
posicionar o número 12 na rima labial).
● A cricotireoidostomia pode ser feita somente por punção (a cirúrgica pode causar
lesões graves nas vias aéreas e desabamento da traquéia). A punção é feita com
cateter sobre agulha (jelco) 16 ou 18, conectando-o a uma fonte de oxigênio em
alto fluxo com dispositivo em Y, ocluindo com o dedo na relação 1:4 (1 segundo
sim, 4 segundos não) por 30 a 45 minutos no máximo.
● Ficar atento ao maior risco de obstrução do tubo, seja por acotovelamento ou
secreções.
B:
228
● Há maior risco de barotrauma em crianças, assim como a evolução para
pneumotórax hipertensivo é mais frequente nesta faixa etária.
● A punção de alívio no pneumotórax hipertensivo em crianças deve ser feita no 2º
espaço intercostal na linha médio clavicular.
● É possível a ocorrência de contusão pulmonar mesmo sem fraturas de costelas
levando a hipoxemia.
● Considere o mnemônico para hipoxemia após intubação: DOPE (Deslocamento,
Obstrução do tubo, Pneumotórax hipertensivo e falhas no Equipamento).
C:
● Atenção às diferentes faixas de normalidade dos sinais vitais. Considerar que em
crianças os sinais vitais vão se alterar mais tardiamente no choque hemorrágico.
● Na dificuldade de se obter acesso venoso periférico, priorizar o acesso intraósseo,
preferencialmente em tíbia proximal.
● Usar fluidos com critério, sempre em bolus de 20ml/kg. Após o 2º bolus, deve-se
iniciar a hemotransfusão a 10ml/kg. O peso pode ser estimado pela fórmula (2 x
idade) + 10.
● A distensão gástrica pode ser causa de hipotensão por reflexo vagal, sendo
importante a descompressão por sondagem nasogástrica em todos pacientes
graves (passar via orogástrica nos doentes entubados e com suspeita de fratura de
face grave ou base de crânio).
D:
● Na avaliação da Escala de Coma de Glasgow, adaptar a resposta verbal:
RESPOSTA VERBAL ESCORE
Palavras apropriadas e/ou sorriso social, fixa e segue olhar 5
Chora, mas consolável 4
Persiste irritado 3
Agitado, inconsolável 2
Ausente 1
229
● As indicações de Tomografia de Crânio em crianças são guiadas pelo algoritmo
PECARN (Pediatric Emergency Care Applied Research Network):
E:
230
● Crianças estão expostas a um maior risco de hipotermia, por isso é fundamental a
prevenção passiva e ativa, com uso de mantas térmicas, enfaixamento de
membros, infusão de soluções aquecidas (39°C), entre outros.
TRANSPORTE
● Se alguma condição de risco à vida for identificada durante a avaliação primária, o
paciente deve ser removido rapidamente após o início da intervenção na cena -
não perder tempo com procedimentos que não sejam estritamente necessários;
● O tempo na cena deve ser o mais curto possível, exceto em algumas circunstâncias,
sendo limitado a 10 minutos;
● O doente deverá ser removido para o Hospital de referência, de acordo com a
pactuação (VAGA ZERO TRAUMA) e fluxogramas. O Pronto Socorro do Hospital de
Clínicas da U.F.U. é a referência em trauma na macrorregião do Triângulo Norte;
● Na chegada à sala de trauma do Hospital de referência, a equipe que recebe o
paciente deve aguardar a passagem do caso (hands-off hands-over), a menos que
alguma condição com risco imediato à vida seja óbvia, antes de iniciar o
atendimento. Um acrônimo útil para passar o caso é o MIST:
○ M - Mecanismo e tempo do trauma
○ I - Injuries / Lesões encontradas e suspeitas
○ S - Sinais e sintomas
○ T - Tratamento iniciado (procedimentos, medicamentos, fluidos).
231
Unidade de Suporte Básico com ou sem acompanhamento médico deverá deixar
sua conduta respaldada no prontuário eletrônico.
● Cobrar da equipe de atendimento o preenchimento e envio do J16 e registrar na
ocorrência o uso ou não de medicação.
OBS.: A maioria dos casos de trauma pediátrico são considerados vaga zero para o Hospital
de Clínicas da U.F.U, exceto traumas muito simples, que possam ser resolvidos no
município.
232
indicado: Queda de altura em local de difícil acesso (ver protocolo de
acionamento de entidades).
o A EQUIPE DE ATENDIMENTO só iniciará o socorro às vítimas após a segurança
da cena estar garantida.
o O MÉDICO REGULADOR deverá perguntar ao solicitante:
✓ Quando foi a queda? Da própria altura ou de altura (em degraus ou metros)?
Está em via pública? Há quanto tempo? Foi presenciada pelo solicitante?
✓ Tem sangramento (orientar comprimir a lesão com um pano limpo)?
✓ Teve TCE? Está consciente? Perdeu a consciência? Por quanto tempo
aproximadamente?
✓ Apresentou convulsão depois da queda?
✓ Orientado ou confuso (não diz "coisa com coisa")?
✓ Como estão os braços e pernas (deformidades)?
✓ Consegue deambular? Está alcoolizado?
o Orientações ao solicitante: Não mexer na vítima antes da chegada do socorro
e sinalizar o local, caso se aplique.
233
OBS.: Se por exceção foi empenhada uma USB, assim que reconhecida a gravidade no
local, a regulação médica deverá acionar, em locais onde haja disponibilidade, a equipe de
USA.
● As quedas são um dos mecanismos de trauma mais comuns, com maior ocorrência
em crianças e idosos. Podem ser leves, como tropeçar ou escorregar em uma
superfície molhada, até quedas de uma altura significativa que resultam em lesões
graves. Outras quedas incluem as de escadas ou de brinquedos e lesões
intencionais, como saltar de uma sacada ou de uma ponte. No caso de lesão
intencional, o apoio psiquiátrico deve ser precoce, além da identificação e do
controle das lesões.
● Queda no mesmo nível (queda da própria altura) acontecem em todas as faixas
etárias, mas as lesões ocorrem com mais frequência nos idosos.
234
Nas quedas sobre a cabeça, por exemplo no mergulho em águas rasas, o peso e
Queda em Idosos:
● Quedas são a causa mais comum de trauma no idoso e sua incidência aumenta
com a idade e com a presença de comorbidades limitantes;
● Estão associadas a significativa morbidade e mortalidade;
● Podem passar despercebidas por falta de sintomas logo após a queda ou pelo
paciente não informar sobre o evento;
● Cerca de 40% de todas as ocorrências resultam em lesões menores e 5 a 10% em
lesões maiores (fraturas, TCE moderado ou grave e lacerações graves);
● 95% das fraturas de pelve em idosos são causadas por quedas e mais de 50% destes
não voltarão a ter o status funcional prévio. A mortalidade por trauma pélvico é 4
vezes maior nos idosos em comparação com os jovens;
● A maioria dos óbitos pós quedas não ocorre imediatamente, mas dias ou semanas
após por complicações relacionadas, sendo o TCE a causa mais comum;
● Os principais fatores de risco identificados são: história de queda prévia, perda de
força em membros inferiores, idade, sexo feminino, alteração cognitiva, uso de
drogas psicotrópicas, alteração do equilíbrio/marcha, deficiência visual, artrite,
história de AVC prévio, hipotensão ortostática, tonturas, anemia;
● Quedas causadas por síncope estão associadas a aumento no risco de lesões
maiores;
● A dura-máter mais aderida ao crânio e o uso de anticoagulantes aumentam o risco
de sangramento intracraniano. O hematoma subdural subagudo ou crônico ocorre
devido a sua evolução lenta nos pacientes com atrofia cerebral, podendo haver um
intervalo entre o trauma e o início dos sintomas de dias ou semanas. Isto justifica
o uso mais liberal de tomografias em vítimas de TCE com mais de 65 anos. Deve-
se ter atenção ainda ao uso de anticoagulantes e antiplaquetários, já que a
reversão precoce da anticoagulação melhora o prognóstico destes pacientes.
235
Quedas em Crianças:
● Principal causa de trauma em crianças, geralmente associadas a lesões
musculoesqueléticas e TCE leves.
● A maioria das quedas ocorrem em casa ou na escola. Outros locais menos comuns
incluem parques, clubes e durante atividades esportivas.
● Quedas de escada e da cama são as mais comuns.
● Principais lesões associadas a quedas em crianças por altura:
○ Baixa: Fraturas de membros superiores;
○ Média: Lesões de cabeça e pescoço, fraturas de membros inferiores e
superiores;
○ Alta: Traumatismos múltiplos, lesões de cabeça e pescoço, fraturas de
membros superiores e inferiores.
● Lesões de coluna em crianças são raras e estão mais associadas a eventos de alta
energia cinética;
● Deve-se lembrar que as manifestações de trauma musculoesquelético em crianças
podem ser sutis e a ausência de fraturas não descarta a possibilidade de trauma
importante (por exemplo, contusão pulmonar sem fratura de arco costal).
● Avaliação Secundária:
○ Sempre que possível e que as condições clínicas do doente permitam;
○ Anamnese incluindo o AMPLA (Alergias, Medicamentos, Passado, Lanche e
Ambiente);
○ Exame físico completo, da cabeça aos pés.
236
TRANSPORTE
● Se alguma condição de risco à vida for identificada durante a avaliação primária, o
paciente deve ser removido rapidamente após o início da intervenção na cena.
● A equipe de USB, quando realizar atendimento ao idoso vítima de queda (mesmo
que da própria altura), deverá seguir o protocolo de imobilização COMPLETA do
paciente com colar cervical, em prancha rígida. Possíveis suspeitas de fratura
também deverão ser imobilizadas com registros de fotos antes e após
imobilização.
● O tempo na cena deve ser o mais curto possível, exceto em algumas circunstâncias,
sendo limitado a 10 minutos.
● O doente deverá ser removido para o Hospital de referência, de acordo com a
pactuação (VAGA ZERO TRAUMA) e fluxogramas. O Pronto Socorro do Hospital de
Clínicas da U.F.U. é a referência em trauma na macrorregião do Triângulo Norte.
237
● Reconhecer os sinais de gravidade descritos neste POP e informar
IMEDIATAMENTE à Regulação que indicará o local do deslocamento.
● Caso desloque antes de terminar a avaliação, deverá finalizá-la dentro da Unidade
de Saúde para completar a ficha de atendimento.
● Informar o J16 antes de encerrar a ocorrência.
OBS.: Por se tratar de uma equipe de USB, sem o médico na cena, o objetivo principal do
atendimento é reconhecer possíveis SINAIS DE ALARME e deslocar o paciente o mais
rápido possível.
Em casos de médicos dos municípios tripulando a ambulância, orientá-los a
preencher o CHECK LIST DO TRANSPORTE SEGURO.
238
Neste momento, devem realizar a inspeção da cabeça e pescoço do paciente, em
busca de sinais de queimadura (edema lábios, vibrissas ou sobrancelhas
chamuscadas, escarro com fuligem).
Colocar o oxímetro de pulso e ofertar oxigênio sob máscara de alto fluxo a 10-
15l/min. (Considerar o uso apenas em pacientes graves.)
Solicitar neste momento que o paciente abra a boca e responda a perguntas
simples. – Observar presença de fuligem e rouquidão.
B – RESPIRAÇÃO
Na ausência de achados descritos na avaliação do “A”, a equipe deverá seguir a
avaliação do paciente.
Realizar a inspeção do pescoço e tórax, à procura de queimaduras circunferenciais
que dificultem a expansão pulmonar e comprometam a ventilação do paciente.
Avaliar o padrão respiratório do paciente e identificar sinais de desconforto
respiratório.
Realizar a palpação do tórax, à procura de crepitações que indiquem fraturas de
arcos costais.
Realizar ausculta respiratória, caso haja suspeita de PNEUMOTÓRAX
HIPERTENSIVO (turgência jugular (nem sempre presente devido à instabilidade da
vítima), redução ou ausência de murmúrio vesicular fisiológico do lado acometido,
hipertimpanismo e hipotensão) – Realizar IMEDIATAMENTE, punção de alívio no
239
segundo espaço intercostal na linha hemiclavicular do lado acometido OU no
quinto espaço intercostal entre a linha axilar média e anterior.
C – CIRCULAÇÃO
Palpar pulsos periféricos (Se pulso presente, PAS > 90mmHg), avaliar perfusão
periférica, coloração e temperatura da pele.
Realizar avaliação abdominal: inspeção, ausculta e palpação.
Realizar avaliação da pelve.
Avaliar fraturas de ossos longos.
Caso haja algum sinal de choque, informar ao MÉDICO REGULADOR com provável sítio
causador para encaminhamento correto.
240
● Abertura Ocular Observar se há abertura ocular
Abertura Espontânea 4 espontânea, caso não haja, chamar o
Ao Chamado 3 paciente. Se não tem resposta ao
À Pressão 2 chamado, realizar estímulo no leito
Sem Resposta 1 ungueal (não se utiliza mais a pressão
Não Testável NT esternal).
Classificação do TCE:
◆ LEVE 13 - 15
◆ MODERADO 9 - 12
GRAVE ≤ 8 (indicada via aérea definitiva)
241
Ambas pupilas reagem à luz 0 ponto
Exemplo: paciente com abertura ocular (AO) à pressão, resposta verbal (RV) sons,
resposta motora (RM) flexão normal, com as duas pupilas sem reatividade à luz. Temos:
AO = 2, RV = 2, RM = 4 → ECG = 8 / ERP = 2 → ECG-P = 6.
242
o 2º Grau: Lesões da epiderme e parte da derme: presença de eritema + bolha
o 3º Grau: Lesões da epiderme e da derme: presença de pele branca nacarada
243
REPOSIÇÃO VOLÊMICA:
O acesso venoso periférico deve ser realizado dentro da viatura, quando o
“ABCDE” não mostrar nenhum sinal de alarme para encaminhamento imediato.
Realizar em área não queimada (se não for possível, puncionar em área queimada).
Utilizar Ringer Lactato (RL) e informar o volume infundido ao médico do hospital
de destino;
244
o Há diversas fórmulas para cálculo do volume a ser administrado em 24h que
levam em consideração a % de Superfície Corpórea Queimada (SCQ) de 2º e 3º
graus e o peso do paciente.
Sugere-se a FÓRMULA DE PARKLAND para esse cálculo para as 24h e o início da reposição
na fase pré-hospitalar:
ANALGESIA:
Realizar analgesia sempre que possível e sedação se necessário, via IV ou IO;
245
• Tramadol: IO/IV (50mg/ml).
Dose: 100 mg.
Diluir 2ml (1 ampola) + SF0,9%
100ml e fazer IV/IO lento.
Opióide forte:
• Sulfato de Morfina:
10 mg/ml.
Doses: 2-10 mg/70 kg de peso
Diluir 1ml (1 ampola) em 9ml de - - Sim
AD e fazer IV/IO.
• Fentanil: IV (50 mcg/ml).
Aspirar 5ml (1 ampola) e fazer:
2 a 4 ml.
246
○ Resgate: pessoa resgatada da água sem sinais de aspiração líquida.
○ Já cadáver: morte por afogamento sem chances de iniciar ressuscitação,
comprovada por tempo de submersão maior que 1 hora ou sinais evidentes de
morte > 1 hora (rigidez cadavérica, livores ou decomposição corporal).
*Incidente de submersão ou imersão sem evidências de comprometimento
respiratório (aspiração) deve ser considerado um resgate da água em vez de um
afogamento.
**Termos como "quase afogamento", "afogamento seco ou molhado",
"afogamento ativo e passivo", "início secundário ou tardio de dificuldade
respiratória" não devem mais ser usados.
● Em média, no Brasil, são 15 mortes/dia, na maioria homens (6x mais), 46% dos
óbitos são em menores de 29 anos, 70% deles em rios e represas enquanto que
em crianças (menores de 10 anos) na maioria dos casos em piscinas e em casa.
● A hipoxemia é a principal causa de morbimortalidade e sua reversão deve ser o
foco do tratamento. A "Cadeia de Sobrevivência do Afogamento" é uma série de
247
laringoespasmo. Segue-se sufocamento e hipoxemia, com perda da consciência
que submerge ainda mais a vítima.
● Em 15% dos casos, o laringoespasmo intenso impede a entrada de água nas vias
aéreas inferiores. Nos demais casos, o laringoespasmo relaxa e a glote abre,
permitindo que a água entre nos pulmões.
● A entrada de fluido hipotônico (água doce) nos pulmões pode levar a sobrecarga
de volume e diluição de eletrólitos, por outro lado, a entrada de fluido hipertônico
(água salgada) pode levar a edema pulmonar e elevação de eletrólitos séricos.
● Conduta:
Avaliação primária com ênfase no estabelecimento do Grau do Afogamento:
○ Grau 1: consciente, ausculta pulmonar normal e tosse sem espuma;
○ Grau 2: consciente, estertores de leve a moderada intensidade;
○ Grau 3: consciente, edema agudo de pulmão sem hipotensão;
○ Grau 4: consciente, edema agudo de pulmão com hipotensão;
○ Grau 5: inconsciente, em parada respiratória;
○ Grau 6: inconsciente, em parada cardiorrespiratória.
248
○ Grau 2: oxigenoterapia em baixo fluxo e transportar ao hospital;
○ Grau 3: oxigenoterapia em alto fluxo (por máscara facial ou via aérea avançada)
e transportar ao pronto socorro;
○ Grau 4: oxigenoterapia em alto fluxo (por máscara facial ou via aérea avançada),
reposição com cristalóides, considerar uso de drogas vasoativas e transportar
ao hospital;
○ Grau 5: atender conforme protocolo de parada respiratória, em caso de retorno
da respiração espontânea, seguir conforme orientações do grau 4;
○ Grau 6: atender conforme protocolo de PCR (ABC).
TRANSPORTE
● O tempo na cena deve ser o mais curto possível.
● Na ausência de trauma associado providenciar repouso em posição de
recuperação (figura abaixo).
● Controle da hipotermia: retirada das roupas molhadas, uso de mantas térmicas
e/ou outros dispositivos para aquecimento passivo.
● Realizar a mobilização cuidadosa e considerar a necessidade de imobilização de
coluna em prancha longa, sem atraso para o transporte.
● O doente deverá ser removido para o hospital de referência de acordo com
pactuação e fluxogramas.
249
RESPONSABILIDADE DA REGULAÇÃO MÉDICA:
● Reconhecidos sinais de gravidade da vítima, definir IMEDIATAMENTE o
deslocamento da equipe à Porta de Entrada pactuada e auxiliar o médico da
Unidade nas condutas a serem tomadas até estabilização do paciente para
transferência e/ou tratamento definitivo no local.
● Cobrar da equipe de atendimento o preenchimento e envio do J16 e registrar na
ocorrência o uso ou não de medicação.
OBJETIVO:
Padronizar a conduta nos casos suspeitos de óbito em domicílio e/ou via pública, casos de
morte violenta e/ou natural e pacientes que evoluem à óbito durante atendimento.
NÃO é competência do SAMU, o preenchimento da Declaração de óbito (De acordo com
Resolução CFM N 2.139/2016, Resolução CFM N 1.779/2005).
250
- O médico intervencionista deverá preencher o formulário de notificação de
morte, deverá registrar o horário de constatação do óbito, (ANEXO I) e deixar
uma via com os familiares;
- Sinais de morte violenta – A equipe entra em contato com a Central de
Regulação e o CONTROLADOR DE FROTAS solicitará a presença da polícia civil
ou militar, e o MÉDICO REGULADOR orientará a equipe para preservar o
cenário, isolando a área, mantendo o corpo intocável até a chegada da
autoridade policial que fará o Boletim de Ocorrência (BO) e acionará o IML;
- Morte natural – A equipe de atendimento deverá informar o caso ao MÉDICO
REGULADOR que deverá seguir o fluxo de cada município e o CONTROLADOR
DE FROTAS ligará nos telefones disponíveis (ANEXO II), informando o endereço.
Liberar a equipe de atendimento e orientar ao solicitante que caso o município
não tome providências, entre em contato novamente.
OBS.:
- A equipe deverá aguardar até que o município tome providências antes de deixar o local.
Caso haja comoção devido à demora, a USA está autorizada a deslocar o “corpo” até a
Unidade de referência;
251
Em cenas inseguras (locais perigosos), o CONTROLADOR DE FROTAS deverá acionar o
COBOM e/ou Polícia Militar para auxílio ou transporte de paciente em óbito e o MÉDICO
REGULADOR definirá o local de deslocamento. Devido à grande valência social associada
ao óbito, podem haver casos que necessite de deslocamento do “cadáver” a porta de
entrada referenciada.
252
- Em casos de suspeita de morte violenta, a equipe deve preservar o cenário, isolar
o local e acionar a autoridade policial responsável.
OBS.: Em casos de PCR dentro da viatura durante transferências interhospitalares
ou pré-hospitalares a longas distâncias, o médico deverá definir a necessidade/indicação
de RCP dependendo de cada caso.
- Pacientes jovens, mesmo que com prognóstico reservado, desde que tenha causas
reversíveis, devem ser submetidos a RCP, levando em consideração a possibilidade de
doação de órgãos. A RCP deve ser realizada SEMPRE e deve-se tratar as causas
reversíveis e manter o encaminhamento até a Unidade de destino.
- Pacientes idosos, com várias comorbidades e/ou com gravidade suficiente, em que
não seja possível RCE e ocorra evolução para o óbito, devemos seguir o orientado pelo
Parecer CRM-MG N 54/2019 – Processo-Consulta N 20/2019: “Sendo assim,
quando ocorrer uma situação de óbito de paciente em meio do caminho percorrido
entre as unidades (origem-destino), é razoável que o corpo seja levado,
preferencialmente, à unidade de origem, salvo se a proximidade do destino final for
muito grande.”
- A Resolução n 4.798/2015 da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais: “7.3-
O transporte de cadáveres só pode ser realizado em carro funerário específico para
esse fim, de acordo com normas específicas vigentes.” “7.4-Em casos suspeitos ou
confirmados de morte por causas externas ou violentas, o transporte do cadáver deve
ser realizado mediante Guia de encaminhamento de cadáver/restos mortais/amostra
biológica (ANEXO III), devidamente preenchida, e a liberação do corpo seguirá as
tramitações em acordo com legislação vigente após a conclusão pericial.”
- Não há legislação específica para óbitos em ambulâncias de urgência e emergência,
portanto, será adotado pelo CISTRI-SAMU, que o óbito não pode ser constatado na
viatura, isto deverá ser feito na Unidade de origem ou destino do paciente e a equipe
de atendimento deverá fornecer o relatório do atendimento prestado.
ATENDIMENTO INICIAL
Primeiro garantir a segurança da cena e da equipe.
Avaliar o XABCDE.
Exemplos:
254
Membro
Remova a roupa no local do ferimento e aplique pressão firme e contínua sobre a ferida, se
o sangramento parar, faça o curativo compressivo no local.
Nos ferimentos profundos introduza gaze estéril até preencher completamente a ferida e
faça o curativo compressivo.
Se o sangramento não parar após a compressão local após 2-3 min, aplique o torniquete de
membros conforme as orientações a seguir.
Nas hemorragias importantes, especialmente em lesões arteriais e amputações/quase
amputações, o torniquete pode ser a primeira opção de controle de hemorragia.
Juncional:
Ferimentos profundos nas áreas juncionais (pescoço, raiz da coxa e axila) são melhor
tratados com o empacotamento (preenchimento) da lesão ou com torniquete juncional
quando disponível.
Tronco:
Nas lesões no tronco, a primeira opção deve ser pelo curativo compressivo. Na suspeita de
pneumotórax aberto (ferida soprante), o curativo de “três pontas” pode ser feito.
Observações:
A. Se objetos encravados, não retirar! Fazer o curativo em torno e fixar o objeto.
B. Compressão de “pontos arteriais” não é mais indicado.
C. O controle de hemorragia grave deve ser prioridade.
D. No caso de fraturas expostas, deve-se alinhar e imobilizar para reduzir a hemorragia.
255
*Fluxograma Stop the Bleed® do Colégio Americano de Cirurgiões.
256
O TQ causa dor, é um sintoma esperado e o doente deve ser tranquilizado;
Não afrouxe o torniquete até a chegada no Hospital. O tempo limite para manter o
TQ sem aumentar risco de perda de membro é de 120 a 150 minutos. Como exceção,
pode ser considerado no caso de transferências longas (> 1 hora), com paciente
estável, afrouxar para reavaliar o sangramento e, caso tenha cessado, o TQ pode ser
substituído por um curativo compressivo.
257
Uso Pediátrico:
o Podemos utilizar o mesmo torniquete de adultos em basicamente todas as crianças,
exceto em lactentes, onde ficam grandes;
o Para os bebês ou crianças muito novas, a pressão direta da ferida irá funcionar em
praticamente todos os casos;
o Para feridas extensas e profundas, o empacotamento da ferida poderá ser feito em
crianças de qualquer idade, na mesma técnica utilizada nos adultos.
TRANSPORTE
o O paciente deve ser removido rapidamente após o início da intervenção na cena.
o O tempo na cena deve ser o mais curto possível, exceto em algumas circunstâncias,
sendo limitado a no máximo 10 minutos.
o O doente deverá ser removido para o Hospital de referência, de acordo com a
pactuação (VAGA ZERO TRAUMA) e fluxogramas. O Pronto Socorro do Hospital
de Clínicas da U.F.U. é a referência em trauma na macrorregião do Triângulo Norte.
o Durante o transporte, cheque regularmente a posição do TQ e o ferimento, checando
o pulso distal que deve ser mantido ausente.
o Na chegada à sala de trauma do Hospital de referência, a equipe que recebe o
paciente deve ser informada sobre a aplicação do TQ mesmo que o mesmo já tenha
sido retirado.
DEVOLUÇÃO DO MATERIAL
o Quando o TQ ficar com o paciente no Hospital de Clínicas de Uberlândia – UFU,
deve ser comunicado a Central de Regulação, principalmente o nome completo do
paciente, o dia, horário da admissão e número da ocorrência.
o O controlador de Frota deverá ligar (34) 3218- 2179, no próximo dia útil da
ocorrência e em horário comercial, falar com o GILBERTO (Chefia direta do Centro
Cirúrgico) para confirmar se o TQ está pronto para ser retirado.
o Ao ser retirado encaminhar para a Coordenação de Enfermagem avaliar a condição
do dispositivo, se estiver em condição de uso será encaminhado para o almoxarifado
para ser encaminhado para a base descentralizada na próxima rota.
o Quando o TQ ficar com o paciente no Hospital do Município, deve ser comunicado
a Central de Regulação, principalmente o nome completo do paciente. A equipe
deve verificar com a equipe de enfermagem e médica o horário e quem será o
responsável pela entrega e informar a Central de Regulação.
o No dia e horário combinado pedir autorização da Central de Regulação para buscar
o dispositivo no hospital.
258
REUTILIZAÇÃO DO MATERIAL
o Após o uso do TQ, ele deve ser higienizado com água, sabão e água oxigenada. Sua
secagem deve ser realizada na sombra em um ambiente ventilado.
o Aqueles TQ que não tiverem condições de serem higienizados deverá ser tirado uma
foto do dispositivo e encaminhado para a coordenação de enfermagem e para
coordenador do almoxarifado antes serem descartados, e na próxima solicitação de
materiais, solicitar um novo TQ colocando o número da ocorrência o qual foi
usado.
o Deve ser avaliado no TQ se o elástico, haste e velcro estão em perfeitas condições
para uso, se o dispositivo conseguirá realizar a compressão do membro necessária
para o estancamento do sangramento.
o Caso o TQ não tenha condições de uso deverá ser tirado uma foto do dispositivo e
encaminhado para a coordenação de enfermagem e para coordenador do
almoxarifado antes serem descartados, e na próxima solicitação de materiais,
solicitar um novo TQ colocando o número da ocorrência o qual foi usado.
o Se o TQ ficar no hospital de destino com o paciente, deve ser relatado no tablet e
comunicado a Central de Regulação, ser inserido no J16, e na próxima solicitação
de materiais, solicitar um novo TQ colocando o número da ocorrência o qual foi
usado.
7. EQUIPAMENTOS
7.1. POP – MANIPULAÇÃO DO CARDIOVERSOR
259
- Não usar álcool, PVPI ou outros solventes químicos para limpeza do equipamento. Estes
produtos podem causar danos irreversíveis ao gabinete ou membrana do painel de
controle do equipamento e não estão cobertos na garantia dada ao produto.
- Não submeter o equipamento a processos de esterilização como ETO, estufa, autoclave,
radiação ou submersão em líquidos.
- Verificar todo início de plantão os acessórios, e o equipamento, no que se refere ao seu
aspecto físico, funcionamento em rede elétrica/ bateria e verificação da calibração.
260
1- Botão seletor 1 – Liga/Desliga o equipamento e ao ligar permite seleção de
energia para choque e seleção do modo de operação. (marcapasso, monitor,
desfibrilador ou DEA).
2- Botão 2 – Carga – aciona o carregamento da energia selecionada.
3- Botão 3 – Choque – aplica a energia carregada no paciente.
4- Indicador de rede e bateria
5- Tela LCD de 8,4 polegadas com touch screen.
6- Conector do cabo de ECG.
7- Conector de mangueira do medidor de pressão não invasiva.
8- Conector de sensor de oximetria.
9- Local para o medidor de capnografia (não disponível).
10 - Pás externas, com comandos para carga e choque.
OPERAÇÃO
Operando com o botão seletor
A operação é realizada através do botão seletor e através do toque na tela. O botão
seletor permite escolher os modos de operação. E com toque na tela é possível
acessar os menus e submenus de configuração de cada modo.
A operação com o botão seletor é tão simples e intuitiva quanto o uso do touch
screen. Simplesmente, gire o botão e na tela aparecerá os diferentes modos de
configurações com todas as opções disponíveis. Gire até o modo que deseja utilizar
no momento.
261
Operando com Touch Screen
A operação com o LifeShok PRO é simples e intuitiva, basta selecionar com o dedo o
item que deseja modificar e configurar.
262
TELA
Todas as informações necessárias para a utilização do LifeShock PRO encontram-se
na tela principal. Entre elas, estão incluídos os valores numéricos de medidas, formas
de ondas, campos de informações, campos de alarmes.
263
MODO DE OPERAÇÃO
Conforme a utilização ou necessidade, o operador pode mudar o modo de operação
do cardioversor. Basta girar o botão seletor, localizado no painel frontal, que os
modos serão alternados entre: Monitor, Desfibrilador, Marcapasso e DEA.
264
Modo Monitor
265
Modo Marcapasso:
266
Modo Desfibrilador
267
Modo DEA
OBS.: O modo DEA não se aplica ao uso de uma Unidade de Suporte Avançado.
TESTE FUNCIONAL
Sequência do teste funcional:
1- Posicione as pás externas na lateral do gabinete e certifique-se que elas estão
bem posicionadas. (Luz verdes se acendem.)
2- Selecione 100 Joules. O teste não prosseguirá em outra energia.
3- Pressione o botão Carga no painel frontal ou nas pás.
4- Pressione o botão Choque no painel frontal ou nas pás.
Aguarde que todas as funções fiquem “Aprovado”, após o teste pressione “Imprimir” e
anexe ao seu relatório de plantão.
268
7.2. POP – VENTILADOR MECÂNICO
PROCEDIMENTO:
Checar se todas as conexões estão no local correto:
269
Montagem e preparo do ventilador
270
OBS.: A bateria interna ao equipamento deve estar sempre carregada e pronta para o uso numa
eventual falha de rede elétrica ou para uso em operações externas, para isso deve-se manter a sua
fonte de alimentação conectada à rede elétrica para realizar a carga da bateria mesmo que o
equipamento permaneça desligado.
271
- Observe o equipamento e todos os seus componentes procurando identificar total integridade dos
mesmos;
- Verifique a presença do filtro de entrada de ar ambiente;
- Assegure-se que a conexão da válvula expiratória esteja firme. É importante verificar a presença do
diafragma;
- Verifique a firme conexão do circuito respiratório e do sensor de fluxo adequados ao paciente a ser
ventilado;
- Verifique a firme conexão da mangueira de oxigênio;
- Verifique a pressão no manômetro do cilindro, quando aplicável este deverá estar dentro do
especificado:
- Verifique a firme conexão da fonte de alimentação, quando aplicável. O ventilador pode funcionar
em bateria, com duração de acordo com o especificado;
- Ligue o ventilador e certifique-se de que três beeps foram emitidos e que a luz indicadora de alarme
foi acionada. Essa verificação garante o funcionamento dos indicadores de alarme auditivos e visuais;
Selecione o tipo de paciente através das figuras correspondentes demonstradas no display. O
ventilador irá iniciar imediatamente a ventilação. Se desejar colocar em estado de espera pressione
a tecla para colocá-lo no STAND-BY.
ATENÇÃO: Se não ouvir o sinal de triplo “BEEP” ou não visualizar o indicador luminoso de alarme
piscando, evite o uso do equipamento, pois não haverá indicação audível ou visual de alarmes.
272
- A sequência de testes deve ser realizada quando ainda não houver atendimento e no começo de
todo plantão.
1. Tela inicial do Oxymag: Pressione o botão do teste e a sequência de teste internos será ativada.
Siga as instruções apresentadas na tela;
2. Ao entrar na tela inicial da sequência de testes deve-se ouvir uma sequência de “beeps” em
conjunto com o acendimento do indicador luminoso de alarmes. Se não ouvir o sinal audível ou não
visualizar o sinal luminoso logo acima do display de cristal líquido pressione a tecla NÃO, caso
contrário pressione SIM para prosseguir para o próximo teste;
3. Ao pressionar a tecla “NÃO” será apresentado a mensagem: “Aparelho Inoperante” – Contate a
assistência técnica. O equipamento solicita a desobstrução do conector Y e a conexão do sensor
correspondente ao último paciente ventilado. Pressione Ok quando essa condição for realizada;
4. Os testes são realizados sequencialmente, após cada item, há um laudo de aprovação (mensagem
ok) ou reprovação (mensagem falha);
5. Terminada a fase de teste do sensor proximal pressione PRÓX para continuar;
6. Será solicitada a oclusão do circuito respiratório no “Y” logo após o sensor de fluxo. Pressione OK
ao certificar-se de que o circuito está devidamente ocluído;
Observe se todos os itens do teste estão APROVADOS e verifique se os dados de complacência,
resistência do circuito respiratório e o valor do vazamento estão adequados para o uso do ventilador;
7. Pressione a tecla FIM para concluir;
8. O sistema voltará automaticamente a tela inicial do ventilador. Deste ponto em diante prossiga
com a inicialização normal do ventilador.
273
-
274
- SUBSTITUIÇÃO DO FILTRO DE AR AMBIENTE
OBS.: O EQUIPAMENTO DEVE SER CONFERIDO E TESTADO EM TODA TROCA DE PLANTÃO E CASO
HAJA QUALQUER INTERCORRÊNCIA COMUNICAR IMEDIATAMENTE A COORDENAÇÃO DIRETA.
REFERÊNCIAS:
Manual do Usuário Respirador Portátil Oxymag
275
7.3. POP – MANIPULAÇÃO DA INCUBADORA
OBJETIVO:
Manipular o equipamento de forma correta evitando danos ao aparelho e possibilitando
melhor manuseio.
FUNCIONAMENTO DO EQUIPAMENTO:
- O controle da temperatura, umidade relativa e a concentração de oxigênio são feitos
por meio de circulação forçada do ar. O ar, o oxigênio, ou a mistura prescrita destes gases
entra na unidade e filtram-se através do micro-filtro.
- A mistura de renovação junta-se à mistura de ar e oxigênio que circula pela incubadora
sendo aquecido e umidificado antes de sair da base.
- Quando o ar penetra no compartimento da cúpula, se distribui uniformemente sobre o
colchão e circula por baixo da cama e sobre as sondas de temperatura de regime e
segurança, que medem continuamente a temperatura do ar.
- O sistema de circulação mantém dentro da cúpula uma pressão ligeiramente positiva,
o que provoca uma corrente de ar desta para o exterior, este método assegura um
isolamento extremamente efetivo mesmo quando se abrem as portinholas para lidar
com o recém-nascido.
- O controlador microprocessado permite um controle preciso da temperatura no
interior da cúpula além de fornecer informações como: potência de aquecimento,
alarmes, nível de tensão das baterias e modo de tensão CA(corrente alternada) e CC
(corrente contínua).
- Um display numérico de LED’s vermelhos de alta visibilidade fornece a temperatura do
interior da incubadora.
276
1 – LED de indicação de Falta Energia
2- LED de indicação de Circulação de ar
3- LED de indicação de Alta Temperatura
4- LED de indicação de Baixa Temperatura
5- LED de indicação de Falta Sensor
6- LED de indicação de Tensão da bateria.
7- Display numérico de indicação da Temperatura da pele.
8- Display numérico de indicação de Temperatura do ar.
9- LED de indicação do Modo de potência AC.
10- LED de indicação do Modo de potência DC.
11- LED’s de indicação de aquecimento.
12- LED de indicação da Carga Bateria.
13- Tecla de DESLIGA o painel de controle.
14- Tecla de LIGA o painel de controle
15- Tecla seleção MODO AR.
16- Tecla de decréscimo da temperatura de ajuste.
17- Tecla Seleção Modo > 37,5°C
18- Tecla para selecionar a temperatura de ajuste.
19- Tecla de acréscimo da temperatura de ajuste.
20- Tecla seleção Modo Pele
21- Tecla de inibir som dos alarmes.
LIGANDO A INCUBADORA:
- Ligar a CHAVE GERAL no painel do “Módulo Fonte”. O LED ver de da indicação da carga
de baterias deverá acender.
NOTA: Se as baterias já estiverem carregadas o LED verde “carga de bateria” não
acenderá.
- Pressionar a tecla LIGA no painel de controle frontal. Neste instante o microprocessador
fará um autoteste para verificar se todas as informações audiovisuais do painel estão em
perfeito estado.
277
- O display irá indicar o número 88.8, todos os LED’s acenderão com exceção dos LED’s
de Falta Energia e Modo DC caso a alimentação seja feita pela rede elétrica. Após o
autoteste, o display indicará a temperatura real do ar no interior da incubadora. O ajuste
de temperatura será automaticamente programado para 34°C. O alarme de baixa
temperatura ficará inibido durante 40 minutos, tempo necessário para o aquecimento
do ar da incubadora.
- Para programar a Temperatura do ar, pressione a tecla MODO AR, um bip sonoro irá
indicar a operação. O ponto decimal do display de temperatura permanecerá piscando
para indicar que o valor no display corresponde a temperatura de ajuste.
OBS.: O sensor de pele deve estar devidamente conectado.
- Pressionar as teclas DESCRÉSCIMO e ACRÉSCIMO para programar o valor da
temperatura desejada. Após 4 segundos, se nenhuma tecla for pressionada, o display
voltará a indicar a temperatura do ar no interior da incubadora soando um bip sonoro.
NOTA: O valor programado da temperatura de ajuste permanecerá memorizado mesmo
com a incubadora desligada.
- A indicação da potência fornecida para a resistência de aquecimento será mostrada nos
4 LED’s de AQUECIMENTO. Quando a temperatura do ar for igual a temperatura ajustada,
o primeiro LED permanecerá aceso, indicando o fornecimento de ¼ de potência.
- Aguardar o tempo necessário para estabilização da temperatura na incubadora.
278
pressionando-se a tecla “inibir som”. A indicação do LED permanecerá acesa até que a
temperatura do ar seja restabelecida, e a tecla “inibir som” seja pressionada novamente
para cancelar a condição do alarme de alta temperatura do ar.
- Alarme de alta temperatura quando a seleção de modo estiver em Ar
O alarme é acionado quando a temperatura do ar for maior ou igual a 1°C em relação à
temperatura ajustada, e voltará a condição normal após o restabelecimento da
temperatura.
O som poderá ser inibido durante 10 minutos, pressionando-se a tecla “Inibir som”.
- Alarme de alta temperatura quando a seleção de modo estiver em Pele:
O alarme é acionado quando a temperatura da pele for maior ou igual a 1ºC em relação
à temperatura ajustada, e voltará a condição normal após o restabelecimento da
temperatura.
O som poderá ser inibido durante 10 minutos, pressionando-se a tecla “Inibir som”.
- Alarme de circulação do ar:
Este alarme está acionado quando o fluxo de ar que circula dentro da incubadora for
interrompido, ou nos casos de parada do motor ou obstrução do duto de ventilação.
O acionamento do alarme ocorrerá num tempo entre 30 a 120 segundos após a
ocorrência da falha. Quando este alarme é acionado o fornecimento de energia para a
resistência de aquecimento é interrompido.
O LED de indicação de “circulação de ar” permanecerá aceso e o som poderá ser inibido
por 10 minutos pressionando-se a tecla “inibir som”. O alarme será restabelecido
automaticamente quando a circulação voltar a condição normal.
NOTA: Durante o ciclo de aquecimento sempre que a incubadora é ligada, o alarme de
“circulação ar” permanecerá inibido (inoperante) durante 40 minutos. Tempo necessário
para estabilização da temperatura.
- Alarme de nível de tensão nas baterias:
Este alarme será acionado quando a tensão das baterias atingir um nível crítico de 10,5V-
-. O LED de “tensão bateria” permanecerá aceso e o som poderá ser inibido por 10
minutos pressionando-se a tecla “inibir som”. Tanto a indicação luminosa, como o som
são intermitentes.
279
NOTA: Após o acionamento do alarme, a incubadora poder funcionar por mais 10
minutos mantendo suas funções normais. Após este tempo, a temperatura da
incubadora irá declinar até o apagamento total do controle de operações.
- Alarme de falta de energia:
Este alarme será acionado quando não houver fornecimento de energia elétrica da rede
de alimentação 220V~ e nem tensão de 12 V— das baterias internas ou 12 V – da tensão
externa para a alimentação da incubadora.
NOTA: Este alarme poderá ficar acionado durante um tempo de 30 minutos, e poderá
ser desligado pressionando-se a tecla de “desliga” no painel frontal.
A temperatura de ajuste programada permanecerá na memória do circuito.
A inibição dos alarmes através da tecla “Inibir som”, se dará por um período total de 10
minutos, independentemente se a condição alarmada for restabelecida neste intervalo
de tempo.
280
O tempo necessário para a carga total das baterias é de no mínimo 30 horas (para
baterias totalmente descarregadas.)
Manter sempre a incubadora ligada à rede elétrica e com a chave geral na posição
ligada para que as baterias permaneçam carregadas.
Quando a incubadora for armazenada durante um tempo muito prolongado e
desligada da rede elétrica, retirar o fusível das baterias localizado no painel do
“Módulo Vital” para evitar que as baterias se descarreguem.
CONTROLE DA TEMPERATURA:
- Modo ar: Neste modo de operação, a temperatura da incubadora deve ser mantida a
36°C, selecionado através da “Temperatura de Ajuste” localizada no painel frontal. A
incubadora deve estar CONSTANTEMENTE ligada a energia e mantida nesta temperatura.
A incubadora gasta em média 1h: 30min para aquecer e estar na temperatura ideal para
o recém-nascido. Ligar a incubadora em uma temperatura mais alta não contribui para
que ela aqueça mais rápido, por isso sempre mantê-la ligada a 36°C.
A bateria é apenas para manter a temperatura, ela não aumenta a temperatura caso
esteja baixa. Por isso manter ligada na tomada o tempo todo.
Observar sempre a tensão que está na bateria, o ideal é que esteja em pelo menos 12.5V
para o transporte.
- Modo pele: Neste modo de operação, a temperatura do recém-nascido, deve ser
controlado de acordo com a orientação médica, e é selecionada através da “Temperatura
de Ajuste” localizada no painel frontal.
O aquecimento será proporcionalmente controlado através da temperatura cutânea do
recém-nascido para manter a mesma no valor pré-estabelecido.
REFERÊNCIAS:
Manual do Usuário – Incubadora de Transporte FANEM
281
7.4. POP- MANUSEIO DA BOMBA DE INFUSÃO
1 - APRESENTAÇÃO
282
1 – Manípulo giratório para fixação
do equipamento no suporte.
2 – Trava de fixação do
equipamento ao suporte;
3 – Portas de comunicação: IrDA ou
USB
4- Conector do cabo de alimentação
(Rede Elétrica).
5- Porta fusíveis;
6- Entrada para Sensor de gotas.
7- Etiqueta indelével do
equipamento, contento nº serie, nº
reg. Anvisa, lote, data de fabricação
e outras características básicas do
produto.
2- INDICATIVOS LUMINOSOS
283
Indicativo luminoso do símbolo indica que o equipamento está ligado na rede
elétrica.
Luz verde indica que o equipamento está conectado na rede elétrica.
284
Em situação de infusão em curso é usada como atalho para configurar o fluxo KVO.
Em situação de fim infusão liga ou desliga a função KVO.
285
3.9 Função trava teclado
O teclado poderá ser travado para evitar o uso indevido do equipamento. Para travar ou
destravar o teclado é necessário pressionar simultaneamente as teclas acima e abaixo. A
função trava teclado também pode ser acessada através da opção correspondente no menu
principal. Quando estiver em infusão em ícone que indica teclado está travado.
4 – SISTEMA DE ALARMES
- Nível baixo de carga de bateria;
- Fim de infusão;
- KVO;
- Oclusão inferior- entre o equipamento e o paciente;
- Porta aberta;
- Excesso de gotas
- Oclusão superior entre a câmara gotejadora e o equipamento;
- Ar na linha;
- Conexão/desconexão do equipamento à rede elétrica.
286
6-PREENCHIMENTO DE EQUIPO
Limpeza Concorrente:
Realizada diariamente, com pano umedecido com água, e após secagem.
Limpeza Terminal:
Passar pano umedecido com água e sabão neutro, após passar um pano apenas com água e
secar.
287
Para melhor conservação do equipamento, seguir as seguintes orientações:
288
289
290
Realizar uma inspeção visual rigorosa do equipamento, quanto a sua limpeza,
integridade ou presença de dados aparentes. Caso seja detectada qualquer anomalia
ou dano, não utilizar o equipamento e comunicar a coordenação direta.
- Colocar a bomba de seringa preferencialmente no mesmo nível ou acima do nível do
paciente. Caso necessitar ficar abaixo, não ultrapassar a distância de 40 cm do nível do
paciente.
- Instalar a seringa adequada na bomba de seringa, encaixando-a no alojamento e travando-
a corretamente com o prensor e sensor de tamanho da seringa.
- Certificar-se que o equipo não está sob obstrução mecânica (dobrado e/ou preso) em toda
sua extensão.
- Programar a bomba de seringa de acordo com os parâmetros desejados. Sempre verificar
se os dados introduzidos pelo teclado de comando do equipamento estão coerentes com os
valores apresentados em seu display. Não utilizar o equipamento se os dados não forem
consistentes.
- Na fase de programação será verificado se o tamanho da seringa corresponde ao
informado. Caso contrário, a programação será interrompida.
- Após a programação dos valores de infusão, deve-se executar o procedimento de encaixe
final da seringa. Nesta fase, o carro do êmbolo se aproxima da seringa de forma
semiautomático.
- Quando solicitado, executar corretamente o travamento do êmbolo da seringa através da
trava do êmbolo.
- Preencher toda o tubo extensor com a ser infundida, não deixando as bolhas de ar no seu
interior.
- Fazer uma nova verificação dos seguintes itens:
. Altura da bomba de seringa;
. Obstrução do tubo extensor;
. Trava da seringa e do êmbolo da seringa.
- Devido à criticidade e os diversos fatores interdependentes que podem representar um
risco de infecção para o paciente, cabe-nos aqui ressaltar que, as seringas a serem utilizadas
devem ser de uso único, devendo ser descartadas de acordo com a legislação sanitária
municipal, estadual e/ou federal em vigor.
291
1. Menu marca da seringa
2. Menu seringa
3. Menu peso
292
4. Menu concentração
5. Menu dose
293
6. Menu Dose de Bolus
OBJETIVO
● Padronizar a conduta entre os condutores socorristas do CISTRI – SAMU 192 nas
relações de trabalho, no check list diário da viatura, no uso dos dispositivos de
sinalização e emergência, na condução, manutenção e cuidado com o veículo,
definindo responsabilidades adicionais e inerentes ao cargo ocupado.
PROCEDIMENTO PADRÃO:
Na passagem de plantão:
294
o Verificar com o condutor que o antecedeu as condições do veículo que está
recebendo.
295
Durante o deslocamento da viatura:
o Manter atenção para:
Ruídos anormais;
Eventuais peças soltas;
Estado dos freios.
296
o Portar durante todo o plantão os seguintes documentos:
Habilitação com a autorização para conduzir veículo de emergência;
Documentos da viatura.
o Sobre as ultrapassagens:
A ambulância em efetiva ação de urgência deve ultrapassar outros veículos pela
esquerda (CTB, art. 29, VII, a);
Para a ultrapassagem, o condutor deve:
Posicionar a ambulância na faixa de rolamento à esquerda;
Utilizar os recursos sonoros e de iluminação, incluindo os faróis, para
alertar os outros condutores de sua aproximação.
297
quando houver sinalização específica na via indicando outra faixa para o
veículo de emergência.
o Sobre o uso de pisca-alerta:
Nunca deve ser utilizado com o veículo em movimento, pois dificulta a
percepção pelos outros motoristas, não identificando para que lado a
ambulância irá virar e, por conseguinte, atrapalhando um melhor
posicionamento dos outros veículos na via.
o Impedimentos:
Não é permitido ultrapassar o limite de velocidade máxima estabelecida para
uma via.
298
Estacionamento e sinalização da via:
o Cabe ao condutor socorrista:
Zelar pela segurança da viatura e da equipe, evitando causar ou se envolver em
um acidente;
Não permitir que a equipe desembarque da ambulância com ela ainda em
movimento;
Informar à equipe o momento correto do desembarque e a porta de saída mais
adequada (passageiro na cabina, lateral ou traseira);
Evitar a obstrução desnecessária da via: o congestionamento causado pode
dificultar a chegada de outras equipes ou outros serviços necessários para as
ações de socorro;
Sinalizar a via imediatamente após estacionar, considerando as regras básicas
de sinalização, garantindo a segurança de todos e permitindo as ações de
socorro da equipe;
Auxiliar a equipe de atendimento após estacionar e sinalizar o local.
o Regras gerais:
Posicionar a ambulância no sentido da via, com os sinais luminosos (giroflex)
e pisca-alerta (luz intermitente) ligados e a uma distância segura do evento;
Decidir pela distância segura, considerando a existência de vazamento de óleo,
combustível, gases, fumaça, fogo, etc.;
Se for o primeiro veículo a chegar na cena do atendimento, estacionar antes do
evento. Se houver impedimento ou risco, estacionar no melhor local possível
para garantir a distância de segurança;
Se a cena já estiver sinalizada e/ou com outros veículos de serviço no local,
estacionar após o evento. Se houver impedimento para o deslocamento até a
área pós-evento, estacionar antes ou no melhor local possível e revisar as
sinalizações já existentes para garantir a distância de segurança;
Em vias de baixa velocidade e/ou fluxo de veículos e em locais seguros e
adequados para estacionamento, apenas delimitar a área de trabalho da equipe;
Em vias de fluxo elevado de veículos e/ou de alta velocidade e em locais pouco
apropriados para estacionamento de veículos ou inseguros, realizar a
299
sinalização para canalização do tráfego e garantia da segurança para as equipes
de atendimento.
OBS.: Essa distância permite tempo adequado de frenagem e reposicionamento na via dos
veículos que se aproximam. Em ambiente com chuva, neblina ou baixa visibilidade, a distância
da primeira sinalização deve ser aumentada e até dobrada. Se o acidente ocorreu em uma curva,
a distância deve ser calculada totalmente antes da curva.
300
Procedimentos iniciais em caso de acidentes com as ambulâncias:
o Inclui:
Acidentes durante deslocamentos de emergência ou administrativos;
Acidentes na presença ou ausência de pacientes já embarcados;
Acidentes com ou sem vítimas.
301
Sobre a ocorrência de acidente sem vítimas, com ênfase para a localização
do evento;
Sobre a condição da ambulância: acidente em deslocamento com ou sem
paciente embarcado; (Se em deslocamento para atendimento, caso haja
disponibilidade, encaminhar outro recurso.)
Sobre a necessidade de apoio e providências legais cabíveis (guinchamento,
etc.);
302
Garantir que nenhum membro da equipe tenha se ferido e que todos estejam
aptos para realizar o atendimento;
Entrar em contato com a Regulação Médica e informar:
Sobre a ocorrência de acidente com vítima, com ênfase para localização,
número de vítimas e presença de vítimas entre os profissionais da equipe;
Sobre a condição: acidente em deslocamento com ou sem paciente
embarcado;
Sobre a necessidade de apoio e providências legais cabíveis.
303
Solicitar a um cidadão que entre em contato com o 192 e informe a
ocorrência com a equipe da ambulância.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
OBJETIVO
Padronizar a conduta entre os condutores socorristas do CISTRI – SAMU 192 nas
relações de trabalho e no check list diário da viatura., definindo responsabilidades
adicionais e inerentes ao cargo ocupado.
304
RESPONSÁVEIS:
Condutores socorristas.
PROCEDIMENTO PADRÃO:
Na passagem de plantão:
Verificar com o condutor que o antecedeu as condições do veículo que está recebendo.
Checar:
✓ Nível do óleo do motor e quilometragem da troca;
✓ Fluido de freio;
✓ Possíveis vazamentos;
305
✓ Nível do combustível;
✓ Lanterna portátil;
9. ANEXOS
306
ANEXO II – CONTATOS DOS MUNICÍPIOS PÓS CONSTATAÇÃO DE ÓBITO
307
ÁREA RESPONSÁVEL NOME DO RESPONSÁVEL TELEFONE
Pronto Socorro Municipal Ismênia Luiz 34 3847-1263
ARAGUARI:
Óbito constatado durante horário comercial paciente assistido pela Unidade Básica de
saúde entrar em contato com a unidade mais próxima ou pelo setor de Atenção Primária.
Óbito constatado após o horário comercial, sábado, domingo e/ou feriados entrar em
contato com o serviço de funerário que encaminhará o corpo para ser realizado a
Declaração de Óbito na Unidade de Pronto Atendimento.
ARAPORÃ:
ÁREA RESPONSÁVEL NOME DO RESPONSÁVEL TELEFONE
Hospital João Paulo II Adriana Helena de Oliveira Faria (34)3284-9551
99966-9286
CACHOEIRA DOURADA:
ÁREA RESPONSÁVEL NOME DO RESPONSÁVEL TELEFONE
UMS – Pronto atendimento Médico plantonista 3265-1155
CAMPINA VERDE:
ÁREA RESPONSÁVEL NOME DO RESPONSÁVEL TELEFONE
Pronto atendimento médico Qualquer funcionário 3412-2655
308
CANÁPOLIS:
ÁREA RESPONSÁVEL NOME DO RESPONSÁVEL TELEFONE
Hospital Sebastião Paes de Almeida Médico plantonista 3266-3600
CAPINOPÓLIS:
ÁREA RESPONSÁVEL NOME DO RESPONSÁVEL TELEFONE
2ª a 6ª (dia) – Unidades PSF Otávio Bernadelli 3263-0344
Básicas de Saúde PSF Osvaldo Prado 3263-0366
PSF Jarbas Fontoura 3263-0352
PSF Dr Cássio Macedo 3263-0351
PSF Augusto Alves Garcia 3263-0338
Sábados – Domingos – Pronto Atendimento de 3263-0353
Feriados – 2ª a 6ª (noite) Capinópolis - FAEPU 3263-3028
CASCALHO RICO:
ÁREA RESPONSÁVEL NOME DO RESPONSÁVEL TELEFONE
Coordenadora da Unidade Noêmia Regina Brandão (34)3248-1100
99932-7061(recepção)
98876-4796(enfermagem)
CENTRALINA:
ÁREA RESPONSÁVEL NOME DO RESPONSÁVEL TELEFONE
Pronto Atendimento Municipal Médico Plantonista 3267-2090
COROMANDEL:
ÁREA RESPONSÁVEL NOME DO RESPONSÁVEL TELEFONE
Pronto Socorro Municipal Qualquer profissional (34)3841-1010
DOURADOQUARA:
ÁREA RESPONSÁVEL NOME DO RESPONSÁVEL TELEFONE
Secretaria Municipal de Saúde Cristina Marra Xavier (34) 98839-0005
Anselmo (34)98719-9996
ESTRELA DO SUL:
ÁREA RESPONSÁVEL NOME DO TELEFONE
RESPONSÁVEL
309
Unidade Mista de Saúde Fabiana Pires da Silva 3843-1288
Sebastião Paes de Almeida
(Segunda à sexta)
Unidade Mista de Saúde Dalila Araújo 3843-1288
Sebastião Paes de Almeida
(Sábados, domingos e
feriados)
GRUPIARA:
ÁREA RESPONSÁVEL NOME DO TELEFONE
RESPONSÁVEL
Gestor de Saúde e/ou Médico Geraldo Vieira (34)98849-6855
Guimarães Neto e/ou Dr. (Geraldo)
Haroldo José de Almeida (34)98855-0305 (Dr
Haroldo
GURINHATÃ:
ÁREA RESPONSÁVEL NOME DO RESPONSÁVEL TELEFONE
Hospital D. Amélia Maria de Souza Médico Plantonista 3264-1012
INDIANÓPOLIS:
ÁREA RESPONSÁVEL NOME DO RESPONSÁVEL TELEFONE
Centro de Saúde Alex Fernandes Valter Luis Molina (34) 3245-2510
Resende (34) 99661-0809
IPIAÇU:
ÁREA RESPONSÁVEL NOME DO TELEFONE
RESPONSÁVEL
Sala de Estabilização da Unidade Fernando Geraldo 3252-1336
Básica de Saúde Irene Theodora de Zanetti 32520126
Oliveira Moacir Silva Rezende
IRAÍ DE MINAS:
ÁREA RESPONSÁVEL NOME DO RESPONSÁVEL TELEFONE
Secretaria Municipal de Saúde Casia Alves dos Santos (34) 9-9813-3207
ITUIUTABA:
ÁREA RESPONSÁVEL NOME DO RESPONSÁVEL TELEFONE
310
Casos Clínicos Serviço LIV 3268-1176
Funerário 99638-7198
Funeraria São Luiz 3261-1775
3261-1761
MONTE ALEGRE:
ÁREA RESPONSÁVEL NOME DO RESPONSÁVEL TELEFONE
Santa Casa de Monte Alegre de Minas Qualquer profissional 3283-3131
MONTE CARMELO:
ÁREA RESPONSÁVEL NOME DO TELEFONE
RESPONSÁVEL
Pronto Socorro 3849-1215
3849-1216
NOVA PONTE:
ÁREA RESPONSÁVEL NOME DO TELEFONE
RESPONSÁVEL
Pronto Socorro Leila Cristina Ferreira 3356-8080
99158-1056
Unidade Básica de Saúde Carla Ferreira Bertoldo 3356-8065
Odelmo Leão Carneiro 99191-4430
Unidade Básica de Saúde Dr Patricia Nogueira 3356-8061
José Soares de Faria 99128-8498
Unidade Básica de Saúde Eliane Pereira da Cunha 3356-1315
Homilton Pereira de Resende 99210-8766
PATROCÍNIO:
ÁREA RESPONSÁVEL NOME DO TELEFONE
RESPONSÁVEL
Secretaria Municipal de Saúde Gilberto Martins Júnior (34)3839-1818
de Patrocínio
2ª a 6ª (dia)
Pronto Socorro de Patrocínio Enfermeiro de plantão 3831-5288
(2ª a 6ª após às 17:30, feriados 3831-8160
e fins de semana)
PRATA:
311
ÁREA RESPONSÁVEL NOME DO RESPONSÁVEL TELEFONE
Pronto Socorro Municipal do Prata Qualquer profissional (34) 3431-8727
(34)3431-4874
ROMARIA:
ÁREA RESPONSÁVEL NOME DO RESPONSÁVEL TELEFONE
Secretaria Municipal de Saúde Weslen Eustáquio Magalhães 3848-1526
SANTA VITÓRIA:
ÁREA RESPONSÁVEL NOME DO RESPONSÁVEL TELEFONE
2ª a 6ª (dia) – Unidades PSF Amador José dos Santos 3251-8530
Básicas de Saúde PSF Isidoro Cândido Ferreira 3251-8560
PSF José Carlos 3251-8595
PSF José Nilton de Medeiros 3251-8526
PSF BBA 3251-0592
PSF Chaveslândia 3251-8131
Sábados – Domingos – Pronto Atendimento Jerônimo 3251-8581
Feriados – 2ª a 6ª (noite) Teodoro
TUPACIGUARA:
ÁREA RESPONSÁVEL NOME DO RESPONSÁVEL TELEFONE
Pronto-Socorro Municipal Silvania F. Piqui (34)3281-0027
156
99978-2000
312