Talophytas - ISCED-Huambo 2 Ano de Licenciatura em Biologia
Talophytas - ISCED-Huambo 2 Ano de Licenciatura em Biologia
Talophytas - ISCED-Huambo 2 Ano de Licenciatura em Biologia
ISCED-HUAMBO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA
SECTOR DE BIOLOGIA
O Professor
______________________________
PhD. Juarês Bongo Manico
HUAMBO/2022
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO DO HUAMBO
ISCED-HUAMBO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA
SECTOR DE BIOLOGIA
Integrantes do grupo:
O Professor
______________________________
PhD. Juarês Bongo Manico
HUAMBO/2022
Sumário
Introdução ...................................................................................................................... 1
A Simbiose liquénica .................................................................................................... 2
Morfologia Dos Líquens ............................................................................................... 3
Habitat ............................................................................................................................ 5
Reprodução Dos Líquens ............................................................................................. 5
Ecologia Dos Líquens ................................................................................................... 5
Importância Ecológica E Econômica........................................................................... 6
Conclusão ...................................................................................................................... 7
Referências Bibliográficas ........................................................................................... 8
Introdução
O presente trabalho sobre os liquens, faz referência aos aspectos ligados à simbiose,
morfologia, habitat, reprodução, ecologia e importância dos liquens, com vista a melhorar
nossa percepção em torno deste grupo de fungos.
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A Simbiose liquénica
Um líquen é uma associação simbiótica mutualista entre um componente fungico
e uma população de algas unicelulares ou filamentosas, ou de cianobactérias
(Raven,1996).
Nos líquens, a alga, que é autótrofa, realiza fotossíntese e assim, produz alimento
para ela e o fungo. O fungo, que é heterótrofo, oferece proteção á alga, além de reter
sais e umidade, necessários a ambos.
Ocorrem em vários tipos de substratos e ambientes, podendo se desenvolver sobre
troncos e ramificações de árvores (corticícolas), sobre rochas (saxícolas) ou folhas
(folícolas) e, ainda, sobre o solo (terrícolas). Eles podem ser encontrados em ambiente
luminosos, denominados heliófitos, como por exemplo, muitos grupos de foliosos com as
algas verdes, e em ambientes sombrios, liquens caracterizados com umbrófitos, como
as formas foliosas com algas azuis, esquamulosos e filamentosos (Hawksworth, 1975;
Marcelli, 1987).
Os líquens quando portadores de algas verdes, a maioria dos talos tem coloração entre
o branco e o cinza, com um toque verde dado pela clorofila. Os fungos liquênicos podem
variar do preto, marrom e cinza-chumbo, que ocorrem naqueles portadores de
cianobactérias, e alguns produzem substâncias coloridas, normalmente interpretadas
como defesa contra o excesso de iluminação dos ambientes expostos em que vivem e
que poderia causar degradação da clorofila.
Além de excelentes bioindicadores da qualidade e das alterações ambientais, os fungos
liquenizados são produtores de uma grande quantidade de substâncias biológicamente
ativas, que são restritas a grupos taxonômicos e ou áreas geográficas, e cujo estudo da
estrutura e síntese em laboratório deverá ser de grande importância num futuro próximo
(Marcelli 1997).
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Morfologia Dos Líquens
O corpo do líquen (o conjunto de fungo e alga) é tradicionalmente denominado talo, pois
é destituído de caules e folhas. A morfologia do talo liquénico é determinada
principalmente pelo micobionte (cerca de 95% do volume do líquen). No entanto, a
contribuição do fotobionte(com cerca de 5% do talo ) para a morfogénese do líquene é
importante, dado que apenas após o estabelecimento da simbiose é que se forma um
talo liquénico característico (Marcelli 2006).
Segundo Hale (1983) tanto o micobionte quanto o fotobionte (algas ou cianobactérias)
perdem sua identidade morfológica e anatômica, podendo ser reconhecidos somente
quando o talo é seccionado e analisado ao microscópio de luz ou eletrônico.
Existem dois tipos de estruturas do talo dos líquenes: talos homómeros e talos
heterómeros. Nos primeiros, o fotobionte está uniformemente distribuído, na totalidade
ou quase totalidade do talo. Nos líquenes com estrutura heterómera, o fotobionte forma
uma camada bem diferenciada entre as camadas do micobionte.
Os líquens estratificados(heterómeros) podem ser classificados em:
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Fruticoso: apresentam um desenvolvimento em três dimensões, podendo
assumir formas pendentes, erectas ou prostradas. Os lobos dos talos dos líquenes
fruticulosos podem ser filamentosos e mais ou menos cilíndricos ou em forma de
tira. Destacam-se sempre da superfície do substrato, ao qual se fixam por um
pequeno disco. Em alguns géneros como em Usnea, existem espécies que, em
climas tropicais, podem atingir vários metros de comprimento. No género
Cladonia, forma-se inicialmente um talo primário e, posteriormente um talo
secundário onde se desenvolvem pedúnculos que suportam os apotécios, os
podécios, podendo designar-se por líquenes compostos. Os líquenes fruticulosos
ramificados possuem uma razão superfície/volume elevada, a qual contribui para
uma tomada e perda de água mais rápida comparativamente aos outros líquenes.
(Os líquenes, Graham et. al. Capítulos 9.3 e 24)
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Alguns autores ainda estabelecem mais um tipo de talo denominado dimórfico,
onde o líquen passa por dois tipos de talos até chegar à forma madura,
combinando-se entre os tipos crostoso-fruticoso ou esquamuloso-fruticoso, como
ocorre no gênero Normandina (Goward et al. 1994; Brodo 2001).
Habitat
Os líquens possuem ampla distribuição e habitam as mais diferentes regiões.
Normalmente os liquens são organismos pioneiros em um local, pois sobrevivem em
locais de grande estresse ecológico. Podem viver em locais como superfícies de rochas,
folhas, no solo, nos troncos de árvores, picos alpinos, etc. Existem liquens que são
substratos para outros liquens.
A capacidade do liquen de viver em locais de alto estresse ecológico deve-se a sua alta
capacidade de dessecação. Quando um líquen desseca, a fotossíntese é interrompida e
ele não sofre pela alta iluminação, escassez de água ou altas temperaturas. Por conta
desta baixa na taxa de fotossíntese, os liquens apresentam baixa taxa de crescimento.
1. Por esporos formados pelo fungo que germinam quando encontram uma alga;
2. Por fragmentação do talo;
3. Por propágulos(Sorédios) que possuem tanto células das algas quanto hifas de
fungos
4. Por isídios que são projeções do talo.
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camada em seu córtex bem espessa, a qual impede a passagem de luz e cessa a
fotossíntese, fazendo com que o líquen sobreviva por muito tempo em um
estágio latente diante de adversidades.
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Conclusão
os fungos que formam liquens são, em sua grande maioria, ascomicetos (98%),
sendo o restante, basidiomicetos e que as algas envolvidas nesta associação são
as clorofíceas e cianobactérias. Os fungos desta associação recebem o nome de
micobionte e a alga, fotobionte, pois é o organismo fotossintetizante da
associação.
Grande parte do talo liquénico é formado pelo fungo, razão pela qual são
usualmente classificados como fungos.
Os liquens são bem conhecidos pelo grande número de substâncias químicas que
produzem e pela facilidade com que essas substâncias podem ser estudadas e
utilizadas em taxonomia. Muitas das substâncias liquênicas possuem importância
taxonômica e/ou econômica, sendo utilizadas na fabricação de antibióticos,
perfumaria, tinturas, etc.
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Referências Bibliográficas
Andreia Fernanda Grosmann, L. F. (2011). COMPOSIÇÃO E DIVERSIDADE DE
LIQUENS EM TRÊS DIFERENTES ÁREAS NO “MATO DO SILVA”,
CHIAPETTA, RS1.
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Leite, A. B. (2013). Influência de factores ambientais na riqueza e composição de
espécies de líquens em área de Brejo de altitude e Caatinga. Sergipe- Brazil.
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BIOLÓGICA DE MOGI-GUAÇU, SP. Botucatu- São Paulo.
ZANETTI, C. A. (2014). Estudo taxonômico e anatômico em espécies de Canoparmelia
s.l. (Parmeliaceae, Ascomycota liquenizados). São Paulo: UNESP.