Dificuldades de Aprendizagem 3
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Livro Unidade 3
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1. Aula 1- Introdução
A Disgrafia se caracteriza pela lentidão no traçado das letras que geralmente são
ilegíveis, pois a pessoa apresenta déficit na área motora que faz com que ela não
consiga realizar no plano motor o que é observado no plano visual (ALVES, 2012).
O conceito etimológico indica que disgrafia “se origina dos “dis” (desvio) + “grafia”
(escrita), ou seja, é “uma perturbação de tipo funcional que afeta a qualidade da escrita
do sujeito, no que se refere ao seu traçado ou à grafia”” (TORRES; FERNÁNDEZ,
2001, p. 127 apud COELHO, 2014, p. 7).
Segundo Portellano (1995) o termo Disgrafia nasceu a partir do termo Agrafia que é um
distúrbio neurológico que tem causas na perda na capacidade de se comunicar por
meio da escrita introduzido por Ogle em 1867 para se referir a distúrbios adquiridos na
estrutura devido a danos cerebrais. A partir do termo agrafia, o austríaco Dr. Josef
Gerstmann em 1940, em seu livro “Brainstorms” descreve o termo Disgrafia
para caracterizar as perturbações na escrita de um grupo que ele pesquisava.
Alves (2012) ressalta que a criança que tem disgrafia tem dificuldades em organizar o
texto no caderno, em obedecer às margens das folhas e respeitar os limites; em sua
escrita apresenta espaço irregular entre as palavras, linhas e entrelinhas. O traçado é
de tamanho muito pequeno ou muito grande; exerce pressão na escrita ou não há
prensa; algumas de suas letras são irregulares e muitas vezes retocadas e distorcidas;
o caderno geralmente apresenta rasuras. Faz movimentos contrários ao da escrita
convencional, apresentando inversões ou “escrita espelhada”; escreve com
irregularidade no espaçamento das letras na palavra e faz mau uso do espaço gráfico
disponível na folha; a direção de sua escrita é inadequada, ora oscila para cima ou
para baixo; tem dificuldade na escrita e no alinhamento dos números. Tem
desorientação espacial; dificuldade ao copiar do quadro ou do caderno e expressa
lentidão exagerada na escrita ou para executar tarefas.
Torres e Fernández (2001 apud COELHO, 2014, p. 8) agrupam em três tipos as causas
da disgrafia, sendo elas: maturativas, carateriais e pedagógicas.
Além do bom relacionamento com o aluno, o professor deve buscar reforços positivos
ao desenvolver as atividades de caligrafia, cópia e ditado tentado facilitar o processo de
reeducação do grafismo.
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Para Camargo (2008), a reeducação do grafismo está relacionada com três fatores
fundamentais: desenvolvimento psicomotor,
desenvolvimento do grafismo em si e especificidade do
grafismo da criança.
O Transtorno Específico da Articulação da Fala que tem como termo alternativo Dislalia
que é um Transtorno da Comunicação que pode ocorrer durante o
neurodesenvolvimento. Este transtorno se caracteriza por problemas na utilização dos
fonemas considerado um problema relativo à consciência fonológica.
Até durante a primeira metade do século XX, os profissionais que atuavam com
problemas de comunicação da criança foram chamados de corretores de fala ou
professores da fala e tinham foco em áreas relacionadas à gagueira, problemas
relativos a voz e das dificuldades da articulação. Com o aprofundamento da área,
depois da segunda metade do século XX, estes profissionais receberam novos títulos,
chamados de terapeutas ou clínicos da fala. Na década de 70, a American Speech-
Language-Hearing Association propôs o termo fonoaudiólogo com intuito de “refletir a
extensão dos serviços por eles prestados” (SMITH, 2008, p.151).
Pascual (1995) diz que para um diagnóstico completo da dislalia funcional (Figura 5)
são necessários diferentes testes e que se proponha um estudo profundo das causas.
O autor aponta o uso da anamnese para colher dados pessoais da criança e da
situação familiar que deverão ser fornecidos pelos pais, atendo-se a dados sobre o
desenvolvimento da linguagem e da fala, do desenvolvimento psicomotor, da
personalidade e escolaridade.
e, onde ocorre a falha e qual seu nível, se inicial, intermediário ou final; qual o tipo de
expressão: linguagem repetida, dirigida ou espontânea (PASCUAL, 1995).
As crianças com dislalia têm dificuldades em sua capacidade motora, deste modo é
importante para detectar problemas no desenvolvimento motor, verificando se ela
realiza os movimentos básicos como a coordenação estática, coordenação dinâmica
das mãos, a coordenação movimentos rápidos e dinâmicos gerais, movimentos
simultâneos ou sinestésicos e o movimento orofacial motor, o qual a criança deve
saber operar os organismos envolvidos na articulação e mobilidade avaliando exerce
língua e os lábios que nos informe se há falhas na elevação da língua, ao abrir e fechar
a boca, nos movimentos de rotação da língua, fazer exercícios fazendo-o mostrar um
pouco da língua sem abrir a boca, juntar os lábios e fazer a expressão de um sorriso,
morder o lábio inferior com os dentes superiores e vice-versa. Verificar também a
conduta da respiração e do relaxamento (PASCUAL, 1995).
Apesar da importância de se considerar todos estes fatores Pascual (1995) lembra que
apenas eles não são suficientes para se identificar as causas e fechar o diagnóstico
completo de um caso de dislalia e que apenas um médico neurologista juntamente com
a terapia fonoaudiológica poderão, de fato, confirmar um quadro de dislalia funcional.
Pascual (1995) ao apontar as causas da dislalia funcional explica que ela ocorre pela
combinação de vários fatores que trazem déficit a fala das crianças, indicando causas
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Sobre a pobreza nas habilidades motoras, Pascual (1995) explica que é importante
destacar que não há uma relação direta entre o grau de atraso motor e o grau de
defeito de fala em atraso da pronúncia, por esta razão, os defeitos desaparecerão ao
mesmo tempo em que desenvolve habilidades motoras finas, pois aos poucos a
criança adquire agilidade e coordenação dos movimentos para falar corretamente.
Quanto aos fatores ambientais é interessante ressaltar que estes estão ligados à
evolução da criança e aos elementos de suas capacidades pessoais, os quais irão
definir seu processo de maturação.
Os fatores hereditários, quando presente, podem ser reforçados pela limitação dos
erros cometidos ao se falar com familiares, sem que essas deformações articulatórias
existam de fato. No caso da de ciência intelectual, em muitos casos o transtorno da fala
dá-se de forma associada.
Para a intervenção López Llorente (2013) aponta que existe uma série de condições
para se estabelecer o tratamento para a dislalia funcional. Após o diagnóstico, o
tratamento deve se basear nas causas do fracasso, revelando as causas do problema
na articulação da criança e se utilizando de técnicas baseadas em princípios
pedagógicos, que tenham como objetivo promover a participação ativa da criança a
partir de suas possibilidades e não de suas limitações.
Apesar do avanço dos estudos clínicos em geral, ainda não há de fato exames
laboratoriais que comprovem o TDAH, por isso a necessidade de observação e
avaliação por meio de acompanhamento realizado a partir da análise da vida do sujeito.
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Já a hiperatividade é “se a atividade motora excessiva (como uma criança que corre
por tudo) quando não apropriado ou remexer, batucar ou conversar em excesso” e a
impulsividade são “ações precipitadas que ocorrem no momento sem premeditação e
com elevado potencial para dano à pessoa”, que podem “ser reflexos de um desejo de
recompensas imediatas ou de incapacidade de postergar a gratificação” (DSM-5, 2014,
p. 61).
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A pessoa com TDAH também é influenciada diretamente pelo ambiente social e cultural
em que estar envolvido e pelas intervenções clínicas ou pedagógicas que lhe forem
propostas, podendo aos poucos superar o déficit.
5. Resumo
6. Referências
ALVES, Fátima. Psicomotricidade: corpo, ação e emoção. 5. ed. Rio de Janeiro: Wak
editora, 2012.