Suplementação Nutricional Antienvelhecimento - Feelgood Et All
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SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL
ANTIENVELHECIMENTO
E SE O ENVELHECIMENTO NÃO FOSSE INEVITÁVEL?
CHARLES FEELGOOD
LINUS FREEMAN
ANGÉLIQUE HOULBERT
SÍNTESE
O MÉTODO DE “ENGINEERING” . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Os sete danos mortais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Ganhar tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Uma esperança de vida de mil anos? . . . . . . . . . . . . . 11
E agora, que fazer? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
OS ACTIVADORES DA TELOMERASE . . . . . . . . . . . . 16
O que são os telómeros? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
O que é a telomerase? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Reconstituir a actividade da telomerase . . . . . . . . . . 18
A telomerase é cancerígena? . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Quais são as substâncias que activam a telomerase? . . 21
O astragalósido IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
O cicloastragenol. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Os outros nutrientes que actuam na manutenção
dos telómeros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
O ascorbil fosfato de magnésio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
A L-carnosina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
O extracto de Terminalia chebula. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
O extracto de chá verde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
O extracto de palma. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
̓t ̓A primeira consiste em atrasar o processo pelo qual os danos associados à degene-
rescência orgânica provocam as doenças. Desta forma atrasa-se o momento em que
estas doenças se tornam graves e por fim fatais. O problema é que, por definição, esta
estratégia possui uma acção a muito curto prazo, pois os danos continuam a acumular-
se e torna-se cada vez mais difícil lutar contra essa acumulação. E o momento fatal da
acumulação dos danos geralmente não tarda a ser atingido.
Por essa razão Aubrey de Grey prefere optar por uma terceira estratégia que denomina
“engineering”.
Dr Aubrey de Grey
Biogerontólogo
Trata-se dos sete tipos de danos que se acumulam ao longo da vida e que, a prazo, contri-
buem para o envelhecimento e se tornam patogénicos.
Ganhar tempo
Aubrey de Grey não acredita numa imortalidade biológica, mas sim numa imortalidade bio-tec-
nológica, ou seja, numa abordagem de engenheiro, numa estratégia de reparação que consiste
em evitar a acumulação dos danos.
Esta inversão do envelhecimento seria viável na medida em que se revela menos complicada
do que procurar atrasar o aparecimento do envelhecimento, abordagem esta que seria com-
parável a “manter um barco à tona quando tem um rombo”.
Além disso, esta inversão poderia contentar-se em ser incompleta para dar exactamente o
mesmo resultado que se fosse completa… o que não seria o caso para o recuo do envelheci-
mento.
Neste caso, a taxa de melhoria pode ser modesta… dado que se trata apenas de prolongar a
vida até ao dia em que será realmente possível eternizá-la. A aposta no futuro pode parecer
absurda a alguns, mas na medida em que o envelhecimento põe em causa de forma inequívoca
o futuro, porque não tentar? O progresso científico e técnico é aliás uma constante na maioria
das tecnologias existentes.
Aubrey de Grey dá como exemplo o voo motorizado, que demorou séculos a ser realizado, mas
que – uma vez conseguido – foi rapidamente melhorado durante o século passado. E observa-
mos o mesmo tipo de cronologia no campo da informática, da luta anti-infecciosa e em muitos
outros domínios. É por esta razão que não é insensato acreditar que, uma vez criadas as tera-
pias aplicáveis a uma população de cinquenta anos e capazes de prolongar a sua esperança de
vida em trinta ou cinquenta anos, esta mesma população poderia beneficiar, daqui a trinta ou
cinquenta anos, de reparações mais avançadas susceptíveis de prolongar a vida por mais cin-
quenta anos, etc. É esta a filosofia do método de “engineering”.
“Se já tem cem anos, não conseguiremos dar-lhe trinta ou cinquenta anos de vida adicionais, pois já se tor-
nou demasiado frágil para suportar uma terapia experimental penosa. Se tem oitenta anos, também não
conseguiremos fazer muito por si. Mas se tem cinquenta anos, equivalerá a saltar de uma falésia com um
reactor de foguetão nas costas; um reactor que irá ligar a meio do percurso. Este reactor, constituído por
esta terapia, irá permitir-lhe evitar a queda e, com alguma sorte, um fim difícil ao esmagar-se no solo. Ao
invés, antes de chegar ao solo irá começar a subir. Por outras palavras, começará a ficar mais jovem biologi-
camente, menos sujeito ao risco de doenças ligadas à idade. E se tiver trinta anos no início da terapia, nem
chegará a aproximar-se do solo…”
A toma diária de um suplemento “multi” de qualidade* para fornecer todos os dias, e mesmo
várias vezes ao dia, todas as substâncias essenciais ao bom funcionamento do organismo e
para reduzir o risco de cancro. De facto, um novo estudo 1 veio recentemente confirmar o inte-
resse de um complemento multivitamínico na redução do risco de cancro. O complexo multi-
vitamínico utilizado no estudo era composto pelo conjunto de vitaminas hidro e lipossolúveis,
pelos principais minerais e oligoelementos (magnésio, zinco, selénio, iodo, manganésio, cró-
mio, molibdénio, boro) e também por dois carotenóides indispensáveis – a luteína e o licopeno.
Todos estes nutrientes actuam de forma concertada e compensam todas as falhas alimentares.
̓t ̓"UPNBSFHVMBSEFTVCTUÉODJBTBOUJPYJEBOUFTQBSBFWJUBSRVFPPSHBOJTNPiFOGFS-
ruge”.
̓t ̓0 DPOUSPMP EB JOøBNBÎÍP DSØOJDB RVF BGFDUB B NBJPSJB EPT PSHBOJTNPT FN QSP-
cesso de envelhecimento.
Referências
̓t J . MICHAEL GAZIANO, MD, MPH; HOWARD D. SESSO, ScD, MPH; WILLIAM G. CHRISTEN, ScD; VADIM BUBES, PhD;
JOANNE P. SMITH, BA; JEAN MACFADYEN, BA; MIRIAM SCHVARTZ, MD; JOANN E. MANSON, MD, DrPH; ROBERT
J. GLYNN, ScD; JULIE E. BURING, ScD. Multivitamins in the Prevention of Cancer in Men - The Physicians’
Health Study II Randomized Controlled Trial. JAMA. 2012;():1-10. doi:10.1001/jama.2012.14641.
5BJTTVCTUÉODJBTSFQBSUFNTFQPSWÈSJBTDBUFHPSJBT
̓t ̓0TBDUJWBEPSFTEBUFMPNFSBTF
A identificação destas substâncias representa um avanço considerável. A telomerase permite
a síntese e o crescimento do ADN telomérico. O telómeros, situados na extremidade dos cro-
mossomas, permitem a replicação das células. Quando se tornam demasiado curtos, as células
morrem. Graças aos activadores da telomerase, pode esperar-se que as células ultrapassem o
“limite de Hayflick” e continuem a replicar-se. Escaparíamos assim a um dos mecanismos inevi-
táveis do envelhecimento.
̓t ̓0TNJNÏUJDPTEBSFTUSJÎÍPDBMØSJDB
Sabemos, desde a divulgação dos trabalhos de Dr. Roy Walford, que uma restrição calórica
severa, mas sem malnutrição, constitui o meio mais seguro e mais bem validado para prolongar
significativamente, em cerca de 20%, o tempo de vida na maioria dos mamíferos (consegue
quase 100% em determinadas espécies mais simples). Os trabalhos de Walford foram mesmo
parcialmente validados no ser humano durante a experiência Biosphère II, na qual participou
pessoalmente. A restrição calórica permite influenciar positivamente a maioria dos sete danos
evidenciados por Aubrey de Grey. Ao activar determinados genes, inibindo outros, a restrição
calórica atrasa o envelhecimento de forma significativa. Infelizmente, ela é muito difícil de supor-
tar e exige muita força de vontade. Os cientistas investigaram, por isso, substâncias que imitam
os efeitos da restrição calórica e que interferem da mesma forma nos genes que controlam a
longevidade. Muitas destas substâncias, identificadas e testadas, serão abordadas nesta obra.
̓t ̓"BDUJWBÎÍPEBTDÏMVMBTFTUBNJOBJT
A investigação sobre as células estaminais traz grandes esperanças nos domínios da medicina e
da luta contra o envelhecimento e as doenças que o acompanham.
Trabalhos recentes mostraram que determinados nutrientes e extractos de plantas permitem
estimular e aumentar a produção natural de células estaminais pela medula óssea.
Situa-se tudo ao nível do núcleo das células, nos dois filamentos de ADN. Os telómeros são, de
facto, as extremidades destes filamentos de ADN. A sua missão consiste em proteger o genoma
das perdas de informação que a divisão celular acarreta ao encurtar os telómeros. Infelizmente,
os telómeros acabam inevitavelmente por encurtar – sobretudo quando existem fortes ten-
dências para a inflamação e o stress… De tal forma que aos oitenta anos a pessoa verá os seus
telómeros reduzidos a metade ou à terça parte do seu tamanho inicial, aquando do nascimento.
Na verdade, os telómeros encurtam a cada divisão celular, dado que a sua replicação é sempre
incompleta. Quanto mais as sequências de divisão celular se multiplicam ou o stress oxidativo
está presente, mais os telómeros encurtam. Ora, a partir de um determinado patamar, de um
determinado tamanho crítico do telómero, a célula torna-se senescente. Até à data, este meca-
nismo de envelhecimento era “inevitável”.
O que é a telomerase?
A telomerase é uma enzima nucleoproteica que catalisa a síntese e o crescimento do ADN telo-
mérico e estimula a reparação dos danos causados no ADN.
A história da telomerase começa logo no início do desenvolvimento do embrião. É nessa altura,
quando as divisões celulares se sucedem a um ritmo extremamente elevado, que esta enzima
é usada em pleno. Composta por uma proteína e por um ARN, a telomerase repara ininterrup-
tamente a extremidade dos cromossomas durante todo o desenvolvimento fetal, conservando
assim a integridade dos telómeros.
Contudo, após o nascimento, as coisas tomam outro rumo dado que os índices de telome-
rase começam a diminuir, não cessando de baixar até à idade adulta. A partir desse momento,
encontramos ainda telomerase nas células sexuais e nas células estaminais, mas praticamente
desapareceu ao nível das células somáticas.
Apesar disto, quando se trata de regenerar tecidos, as células estaminais activam a telomerase
na medida necessária. Mas este vestígio de actividade não é, evidentemente, suficiente para
erradicar o declínio geral da telomerase ao longo dos anos, sobretudo quando o organismo é
submetido com frequência ao stress. De facto, o stress implica uma necessidade acrescida de
renovação celular e, consequentemente, um maior número de divisões celulares. Por conse-
guinte, os telómeros gastam-se de forma nitidamente mais rápida… e o envelhecimento surge
mais cedo. Este encurtamento acelerado dos telómeros em caso de deficiência de telomerase
foi confirmado mais de uma vez por estudos que provaram – todos – que a consequência ime-
diata deste encurtamento correspondeu sempre a uma limitação drástica do tempo de vida das
células.
Sabendo que a telomerase alonga os telómeros e torna a célula virtualmente “imortal”, surgiu
uma pergunta evidente: qual será o seu efeito nas células cancerosas? Ou, pior ainda, não trans-
formaria ela células sãs em células cancerosas? Com efeito, sabe-se que o tumor é uma prolife-
ração de células que se tornaram imortais e se replicam de forma extremamente activa. Uma
célula cancerosa distingue-se de uma célula normal nomeadamente pela sua imortalidade.
Face a esta terrível pergunta, que poderia fazer temer a impossibilidade de utilizar a telomerase
para combater o envelhecimento, realizaram-se então novos estudos.
Publicados em 1999, tais estudos desmentem categoricamente os receios que surgiram neste
domínio. O Dr. Woodring Wright garante, numa publicação 1, que “a junção da telomerase às
células humanas em cultura não faz com que estas evoluam para se tornarem células cancero-
sas”. Mesmo quando as células humanas são multiplicadas um número de vezes muito superior
(mais de duzentas vezes) para além da sua esperança de vida… isso não conduz ao apareci-
mento de qualquer célula cancerosa.
Dr Woodring Wright
Referências
̓t * OIJCJUJPOPGIVNBOUFMPNFSBTFJOJNNPSUBMIVNBODFMMTMFBETUPQSPHSFTTJWFUFMPNFSFTIPSUF-
ning and cell death. HERBERT B., A.E. PITTS, S. I. BAKER, S. E. HAMILTON, W. E. WRIGHT, J. W. SHAY, D. R. COREY,
Proc. Natl. Acad. Sci. USA, 1999; (96/25): 14276-14281.
̓t DEPINHO R. A. et al. ,Telomerase activation reverses tissue degeneration in aged telomere-deficient
mice. Nature 469, 102-106, January 2010. Published online 28 November 2010.
Várias moléculas estão a ser estudadas e são utilizadas no ser humano há vários anos. As inves-
tigações realizadas com estas substâncias mostram claramente que elas conseguem estimular
a telomerase, aumentar o número de telómeros, alongá-los consideravelmente e, por conse-
guinte, inverter determinados mecanismos do envelhecimento, repelindo a morte das células,
antes julgada inevitável após um certo número de divisões. Provavelmente, estas moléculas são
apenas as primeiras de uma lista que não parará de crescer ao longo dos próximos anos.
As duas substâncias mais interessantes derivam de uma planta utilizada na farmacopeia tradi-
cional chinesa há vários milénios: a raiz seca de astragalus (Astragalus membranaceus). Tradi-
cionalmente, utiliza-se esta planta pelas suas propriedades fortalecedoras e estimulantes do
sistema imunitário:
t ̓BVNFOUBPOÞNFSPEFDÏMVMBTFTUBNJOBJTOBNFEVMBØTTFBFOPUFDJEPMJOGÈUJDPF
QSPQJDJBPTFVEFTFOWPMWJNFOUPFNDÏMVMBTJNVOJUÈSJBTBDUJWBT
t ̓WPMUBBBDUJWBSBTDÏMVMBTJNVOJUÈSJBTFNSFQPVTP
t ̓QSPEV[JNVOPHMPCVMJOBT
t ̓FTUJNVMBPTNBDSØGBHPT
t ̓BDUJWBBTDÏMVMBTBTTBTTJOBTOBUVSBJT OBUVSBMLJMMFSDFMMT FPTMJOGØDJUPT5
t ̓JOEV[BQSPEVÎÍPFOEØHFOBEFJOUFSGFSÍPFQPUFODJBBTTVBTBDÎÜFTOBTJOGFDÎÜFT
WJSBJT
t ̓BVNFOUBBSFTJTUÐODJBBPTFGFJUPTJNVOPTTVQSFTTPSFTEPTNFEJDBNFOUPTVUJMJ[BEPT
OBRVJNJPUFSBQJB
t ̓F öOBMNFOUF FTUJNVMB B QSPEVÎÍP EF JOUFSMFVDJOB F EF GBDUPS OFDSPTBOUF EPT
tumores.
Os inúmeros estudos realizados com esta planta permitiram evidenciar as suas múltiplas pro-
priedades excepcionais; sabemos agora que, além das suas virtudes imuno-estimulantes, ela
é: antioxidante, anti-inflamatória, antifibrótica, neuroprotectora e cardio-protectora dado que
inibe a formação de lípidos oxidados no miocárdio, aumenta a vasodilatação, reduz a coagula-
ção sanguínea e tem efeitos cardio-tónicos e benéficos na angina de peito.
Além disso, até ao momento, não foi relatado qualquer efeito secundário, nem durante os vários
estudos, nem nos vários anos de utilização no ser humano.
Para além das virtudes da planta inteira, os investigadores interessam-se mais precisamente
pelos princípios activos que possui e que explicam a maioria das suas propriedades. Desta
planta podemos isolar e concentrar por um processo extremamente complexo e dispendioso,
duas substâncias activas de estrutura química semelhante, responsáveis por surpreendentes
propriedades anti-envelhecimento:
t ̓0"TUSBHBMØTJEP*7 VNHMJDØTJEPBNQMBNFOUFFTUVEBEPOPTDFOUSPTEFJOWFTUJHB-
ção na China e na Europa e
t ̓0$JDMPBTUSBHFOPM VNBTBQPOJOBDPNQPTUBQPSVNDPOKVOUPEFHMJDØTJEPTPMFPTPT
1PEFSÈTFSÞUJMOBEPFOÎBEF1BSLJOTPO
A regeneração das células pelo astragalósido IV pode igualmente ser útil no tratamento da
doença de Parkinson. Lembramos que esta doença é causada por uma degenerescência pro-
gressiva dos neurónios dopaminérgicos. O stress oxidativo e a degenerescência destes neuró-
nios estão assim implicados na patogénese desta doença.
O astragalus é reconhecido tradicionalmente para o tratamento das doenças neurodegenerati-
vas e pela sua capacidade de proteger os neurónios dopaminérgicos na doença de Parkinson.
Ao examinar o efeito in vitro do astragalósido IV na 6-hidroxidopamina (6-OHDA), constatou-se
que esta substância atenuava os efeitos destruidores da 6-OHDA nos neurónios dopaminérgi-
cos, de forma proporcional à dose administrada.
A 6-OHDA é uma amina neurotóxica naturalmente presente na urina e que tem a capacidade
de destruir os neurónios dopaminérgicos e noradrenérgicos. É frequentemente utilizada em
laboratório para provocar parkinsonismo em animais, a fim de testar medicamentos contra esta
doença.
O efeitos neuroprotectores do astragalósido IV, especificamente nos neurónios dopaminérgi-
cos, levam a pensar que nele dispomos de um potencial terapêutico real para o tratamento da
doença de Parkinson 8.
Imuno-estimulante
t ̓"VNFOUBPOÞNFSPEFDÏMVMBTJNVOJUÈSJBTBDUJWBT EFJNVOPHMPCVMJOBT
e de macrófagos.
t ̓"DUJWBPTMJOGØDJUPT5FBTDÏMVMBTBTTBTTJOBTOBUVSBJT
t ̓"VNFOUBBQSPEVÎÍPEFMJOGØDJUPT5F# CFNDPNPBQSPEVÎÍPEFBOUJ-
corpos 3.
t ̓"VNFOUBPOÞNFSPEFDÏMVMBTFTUBNJOBJTOBFTQJOBMNFEVMBFQSPQJDJB
o seu desenvolvimento em células imunitárias activas.
"OUJJOøBNBUØSJP
t ̓"UFOVBPBHSBWBNFOUPEBJOøBNBÎÍPEBTWJBTSFTQJSBUØSJBTOBBTNB
crónica.
Antibacteriano
t ̓In vitro actua nos Shigella dysenteriae, Streptococcus haemolyticus,
Diplococcus pneumoniae e Staphylococcus aureus.
Antiviral
t ̓*OJCFBSFQMJDBÎÍPEFEFUFSNJOBEPTWÓSVT
t ̓1SPEV[JOUFSGFSÍPFQPUFODJBBTVBBDUJWJEBEFOBTJOGFDÎÜFTWJSBJT
Antioxidante
t ̓In vitro, inibe 40% da peroxidação lipídica.
Cardio-protector
t ̓5FNFGFJUPTCFOÏöDPTOBJOTVöDJÐODJBDBSEÓBDBDPOHFTUJWBFOBBOHJOB
de peito.
t ̓"KVEBOBSFDVQFSBÎÍPEFJODJEFOUFTDBSEJPWBTDVMBSFT
Neuroprotector
t ̓.FMIPSBPUSBUBNFOUPEBTEPFOÎBTOFVSPEFHFOFSBUJWBT
t ̓1SPUFHF PT OFVSØOJPT EPQBNJOÏSHJDPT DVKB EFHFOFSFTDÐODJB DBVTB B
EPFOÎBEF1BSLJOTPO
t ̓1SPUFHFDPOUSBBUPYJDJEBEFEBRVJNJPUFSBQJB
Anti-glicação
t ̓1SFWJOFBTDPNQMJDBÎÜFTOFVSPQÈUJDBTEPTEJBCÏUJDPT
No quadro desta investigação em nutracêuticos, foram por isso testados o resveratrol e o cicloas-
tragenol pela sua capacidade de melhorar, in vitro, as funções das células T.
Neste estudo avaliou-se o efeito destas substâncias:
t ̓OBDBQBDJEBEFEFQSPMJGFSBÎÍPDFMVMBS
t ̓OPTOÓWFJTEFBDUJWJEBEFEBUFMPNFSBTF
t ̓OPTOÓWFJTEFNBSDBEPSFTEFTVQFSGÓDJF
t ̓OBTFDSFÎÍPEFDJUPDJOBTQFMPTMJOGØDJUPT5$%F$%
t ̓OPOÓWFMEFUFMPNFSBTF FTUJNVMBOEPB
t ̓OBEJNJOVJÎÍPEPOÞNFSPEFUFMØNFSPTNBJTDVSUPT
t ̓OBBDUJWBÎÍPEPTMJOGØDJUPT5
Referências
̓t A
NDREWS, W. WEST, M. REPORT: «Turning on Immortality: The Debate Over Telomerase Activation.»
Life Extension Magazine. August 2009.
̓t VALENZUELA H. F., FULLER T., EDWARDS J., FINGER D., MOLGORA B., Cycloastragenol extends T cell prolifera-
tion by increasing telomerase activity. J. of Immun. 2009, 182, 90.30.
̓t V
EROTTA L., GUERRINI M., EL-SEBAKHY N. A., ASSAD A. M., TOAIMA S. M., RADWAN M. M., LUO Y. D., PEZZUTO J. M.,
Cycloartane and oleanane saponins from egyptian astragalus spp. as modulators of lymphocyte
proliferation. Planta Med. 2002 Nov. ; 68 (11): 986-94.
0BTDPSCJMGPTGBUPEFNBHOÏTJP "TD1
t ̓Trata-se de uma forma rara e estável de vitamina C que consegue penetrar nas células.
Os estudos in vitro mostraram que a sua adjunção às células humanas vasculares endote-
liais permitia, através da supressão do stress oxidativo intracelular, evitar o encurtamento
dos telómeros até um valor de 62% ao passo que a forma natural da vitamina C, o ácido
ascórbico, não revela qualquer efeito. Além disso, esta forma de vitamina C permite pre-
venir o aumento do tamanho da célula, um precioso indicador da senescência celular.
O extracto de palma
t ̓O Tocomax®, um extracto normalizado do fruto da palma, fornece D-gama-tocotrienol.
Os tocotrienóis são isómeros da vitamina E e reforçam a acção dos tocoferóis. Um estudo
in vitro demonstrou a acção protectora do D-gama-tocotrienol no stress oxidativo e a
possibilidade que tem de induzir um alongamento significativo do comprimento dos
telómeros modulando a acção da telomerase. Neste estudo, as células foram expostas
durante vinte e quatro horas a esta substância ou então durante duas horas ao peróxido
de hidrogénio. Nas doses utilizadas neste estudo, as células submetidas à acção do
D-gama-tocotrienol evidenciaram um alongamento dos seus telómeros superior a 16%,
relativamente ao grupo não tratado.
Clique aqui para encontrar uma fórmula que permite preservar o comprimento médio dos
telómeros
Os omega-3 marinhos
t ̓Segundo um estudo publicado na revista “Brain, behaviour and immunity”, a toma de
suplementos de omega-3 marinhos durante apenas quatro meses está associada a um
alongamento dos telómeros nas células imunitárias.
t ̓Diversos estudos, anteriores a este, indicaram que os telómeros são muito sensíveis ao
stress oxidativo e que o comprimento dos telómeros é um marcador precioso do envel-
hecimento biológico.
t ̓A equipa do professor Jan Kiecolt-Glaser da universidade de Ohio e de Elizabeth Black-
burn, pioneira na investigação sobre telómeros, recrutou 106 adultos com excesso de
peso. Cada indivíduo foi incluído num dos três grupos seguintes: o primeiro grupo
tomava 2,5 g/dia de omega-3; o segundo tomava 1,25 g/dia e o terceiro tomava, sem o
saber, uma cápsula placebo.
t ̓Os resultados mostraram que após quatro meses de toma do suplemento com ácidos
gordos omega-3, o nível de F-isoprostano – um marcador do stress oxidativo – diminuiu
significativamente nos dois grupos que tomaram suplementos de omega-3.
t ̓Não se verificou qualquer diferença na telomerase; contudo, associou-se uma melhor
relação entre omega-6/omega-3 a telómeros mais compridos, o que sugere que uma
melhor relação entre estas duas famílias de ácidos gordos pode ter um impacto directo
no envelhecimento celular.
t ̓Os marcadores inflamatórios também diminuíram entre 10 a 12% nos dois grupos
que tomaram o suplemento de omega-3, ao passo que aumentaram 36% no grupo
Referências
̓t J ANICE K. KIECOLT-GLASER, ELISSA S. EPEL, MARTHA A. BELURY, REBECCA ANDRIDGE, JUE LIN, RONALD GLASER,
WILLIAM B. MALARKEY, BEOM SEUK HWANG, ELIZABETH BLACKBURN. Omega-3 fatty acids, oxidative stress,
and leukocyte telomere length: a randomized controlled trial. Brain, Behavior, and Immunity. Avai-
lable online 23 September 2012, ISSN 0889-1591, 10.1016/j.bbi.2012.09.004.
As mitocôndrias são de certa forma as centrais energéticas das células, que lhes permitem
funcionar com o rendimento máximo. Presentes em grandes quantidades nos organismos
jovens (2000 a 2500 por célula), vão desaparecendo pouco a pouco com o avançar da idade
e as que restam são menos eficazes e produzem mais resíduos. Desta disfunção resulta um
défice energético significativo, que está implicado na maioria das doenças degenerativas asso-
ciadas ao envelhecimento: problemas físicos
e cognitivos, degradação celular acelerada,
problemas cardiovasculares…
A disfunção mitocondrial foi associada a
praticamente todas as doenças mortais do
envelhecimento, desde a doença de Alzhei-
mer à diabetes tipo 2, passando pela insufi-
ciência cardíaca, etc.
Os investigadores registaram sinais de danos
mitocondriais nitidamente superiores nas
células do cérebro do ser humano com mais
de setenta anos, relativamente ao de quarenta anos.
A saúde e a função das mitocôndrias, os geradores de energia celular, são agora consideradas
tão importantes que inúmeros cientistas acreditam que:
longevidade mitocondrial = longevidade do organismo em processo de envelhecimento
Aplicações múltiplas
A PQQ combate radicalmente a disfunção e a degenerescência mitocondrial e consegue gerar
novas mitocôndrias nas células que estão a envelhecer. Mas não é tudo, pois protege o cérebro,
o coração e os músculos do envelhecimento e da degenerescência.
Na entrevista publicada na revista NutraNews de Maio de 2010, o Dr. Ames indicava claramente:
«Quando administrámos ácido R-lipóico combinado com acetil L-carnitina, todas as funções
que observávamos, e que tinham declinado com a idade, foram restauradas. A mitocôndria
fabricava menos oxidantes e o potencial da membrana era melhor.” O Dr. Ames demonstrou
a implicação da disfunção mitocondrial nas doenças degenerativas, incluindo no cancro e no
declínio neurológico. Provou igualmente que a administração conjunta de acetil L-carnitina e
de ácido R-lipóico permitia imitar os efeitos da restrição calórica e restaurar um funcionamento
mitocondrial ideal, tanto no coração como no cérebro.
Recomenda-se, assim, completar a acção da PQQ – o único nutriente capaz de gerar novas mito-
côndrias – pela destes dois nutrientes, que são comprovadamente os mais eficazes a optimizar
o funcionamento das mitocôndrias existentes.
…com a CoQ10
Além disso, pensa-se actualmente que a utilização concomitante de coenzima Q10 permite
melhorar significativamente os benefícios derivados da toma de PQQ. O que não é de espantar,
dado o papel importante da CoQ10 como carburante mitocondrial para propiciar a respiração
celular e aumentar a produção de adenosina trifosfato (ATP).
Estudos recentes mostram em particular melhores desempenhos cardiovasculares e cognitivos
quando os dois nutrientes são associados do que quando são tomados em separado. Não se
trata de uma surpresa, dado que o coração e o cérebro são de longe os dois órgãos que conso-
mem a maior quantidade de energia.
Solúvel na água, a PQQ não se acumula e não provoca fenómenos de intolerância, mesmo com
doses elevadas. Esta substância pode, assim, ser consumida por todos, na esperança de erradi-
car um dos principais mecanismos do envelhecimento.
A PPQ vem, desta forma, enriquecer o arsenal de substâncias anti-envelhecimento já reconheci-
das e pode ser utilizada em simultâneo ou em alternância com (como vimos) os activadores da
telomerase (cicloastragenol, astragalósido IV) e também com os miméticos da restrição calórica
(resveratrol, oxaloacetato) que são abordados no capítulo seguinte.
Sabemos, desde a divulgação dos trabalhos de Dr. Roy Walford, que uma res-
trição calórica severa, mas sem malnutrição, constitui o meio mais seguro
para prolongar significativamente, em cerca de 20 a 30%, o tempo de vida na
maioria dos mamíferos. Consegue-se um aumento de quase 100% em deter-
minadas espécies mais simples. Os trabalhos de Walford foram mesmo par-
cialmente validados no ser humano durante a experiência Biosphère II, na
qual participou pessoalmente…
A restrição calórica é a via cientificamente mais comprovada para aumentar a esperança de vida
dos organismos monocelulares ou de um mamífero. Os investigadores sabem há várias deze-
nas de anos que reduzir o consumo de calorias até 40% abranda de forma muito significativa
o processo de envelhecimento e aumenta o tempo de vida de animais de laboratório, desde o
gafanhoto aos mamíferos. Assim, nos ratos, uma diminuição de 30% dos aportes calóricos leva
a um aumento de 30% da longevidade. Sabe-se igualmente que a restrição calórica protege os
animais do cancro e de outras doenças associadas ao envelhecimento.
Na origem… um paradoxo!
SIRT 1
Morte celular
Reparação *OøBNBÎÍP
celular
Lipólise
Resistência ao carcinogénese
stress oxidativo
Prevenção das afecções
neurodegenerativas
Radicais livres
Aumento
do tempo de vida
Outra propriedade do resveratrol: reduz os efeitos nefastos do ácido linoleico, um ácido gordo
omega-6 presente em quantidade demasiado elevada na alimentação ocidental e que propicia
o crescimento das células cancerosas. Na verdade, este ácido linoleico é transformado em ácido
araquidónico que depois se converte numa espécie de hormona (como a prostaglandina E 2 ou
o leucotrieno B4), estimulando processos inflamatórios e, consequentemente, o crescimento
das células cancerosas. Aliás, este tipo de alimentação ocidental é suficiente, a nível experimen-
tal, para causar o cancro do cólon em roedores de laboratório.
6NBQPUFOUFBDUJWJEBEFBOUJJOøBNBUØSJB
A inflamação é útil ao organismo. Responde a uma ferida ou a um stress e ajuda o organismo
a combater as bactérias. Mas pode também revelar-se perigosa em determinadas patologias:
doença auto-imune, distúrbios cardiovasculares, doença de Alzheimer, Huntington ou cancro,
que podem ser agravadas, ou mesmo causadas por uma inflamação crónica.
A medicina anti-envelhecimento está, por isso, decididamente voltada para todas as soluções
que permitam intervir preventivamente e a longo prazo contra a mais ligeira inflamação neu-
rológica crónica.
Cientistas chineses 6 demonstraram especialmente a eficácia do resveratrol no tratamento da
inflamação provocada por uma lesão da espinal medula. Injectando resveratrol imediatamente
após a ocorrência do ferimento, a inflamação é contida com a mesma eficácia do que com pred-
nisona, um medicamento anti-inflamatório. A vantagem do resveratrol é garantir além disso
uma protecção anti-radicalar.
Em Inglaterra 7, estudos in vitro permitiram comprovar a capacidade do resveratrol de atrasar
a inflamação na doença pulmonar crónica obstrutiva. A inflamação, nesta patologia pulmonar
evolutiva e irreversível que acaba por impedir a respiração, inclui células macrófagos que pro-
duzem interleucinas e outras substâncias imunitárias estimulantes. Por outro lado, estes macró-
fagos fabricam igualmente substâncias que prolongam a vida das células. Infelizmente, este
processo é acompanhado por um aumento de inflamação e de radicais livres. Os investigadores
ingleses procederam então ao estudo dos macrófagos em amostras de fluido pulmonar pro-
veniente de quinze fumadores e de quinze outros pacientes com doença pulmonar crónica
t ̓CMPRVFJPEFGBDUPSFTJOøBNBUØSJPT
t ̓PQUJNJ[BÎÍPEPNFUBCPMJTNPEBTHPSEVSBTFEPTHMÞDJEPT
t ̓EJNJOVJÎÍPEBHMJDÏNJB
t ̓TVQPSUFEPGVODJPOBNFOUPFOEPUFMJBM
t ̓JOJCJÎÍPEPEFTFOWPMWJNFOUPFEBQSPMJGFSBÎÍPEPDBODSP
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t ̓FTUJNVMBPGVODJPOBNFOUPEBTNJUPDÙOESJBT
t ̓QSPUFHFDPOUSBPTFGFJUPTOPDJWPTEFVNBBMJNFOUBÎÍPDPNEFNBTJBEBTHPSEVSBT
Foram igualmente levadas a cabo outras experiências probatórias em moscas e vermes; e estão
em curso testes em ratinhos. Destes estudos, sobressai o facto de não ser tanto o potencial
antioxidante do resveratrol que seria responsável pela activação do famoso gene da longevi-
dade, mas sim a sua estrutura química. Na realidade, o resveratrol agiria acelerando o ritmo da
reacção conhecida pelo nome de “desacetilação”. É desta reacção que depende a activação de
um determinado gene.
Nas células cancerosas, por exemplo, são activados genes que não deviam ser activados, e vice-
versa. O resveratrol agiria então controlando a desacetilação que – ao activar o gene da longe-
vidade – aumentaria o tempo de vida da célula ou do organismo.
É devido ao facto de as células senescentes perderem a sua capacidade de replicar perfeita-
mente o ADN em cada nova célula que o indivíduo envelhece e morre. A partir deste momento,
o ADN comete cada vez mais erros. Pequenos pedaços de ADN tornam-se activos e reproduzem-
se, impedindo a célula de funcionar normalmente. O principal interesse anti-envelhecimento
do resveratrol é que, ao estimular o gene da longevidade, ele reduz precisamente em 60% a
frequência desta dispersão de ADN em pequenos pedaços.
Estes resultados são, por isso, muito promissores. De tal modo que a União Europeia concedeu
uma subvenção aos cientistas em causa para continuarem as suas investigações sobre o inte-
resse do resveratrol no quadro da saúde. Este projecto europeu, liderado por Marek Murias, vai
então avaliar os efeitos antioxidantes e anti-proliferantes dos metabolitos de glucurónido e de
sulfato de resveratrol que o fígado humano produz ao metabolizar o resveratrol.
Como vimos, o resveratrol combina bem com outros nutrientes que potenciam os seus efeitos.
Obtém-se uma sinergia particularmente interessante quando se associa o resveratrol a algumas
substâncias que modulam a expressão de genes, que melhoram os biomarcadores do envelhe-
cimento e reforçam os mecanismos de luta contra as doenças.
As substâncias mais interessantes são o pterostilbeno e a polidatina, dois derivados do resve-
ratrol, e outros nutrientes como a quercetina, a fisetina e o extracto de casca de pinheiro que
reforçam esta sinergia.
O pterostilbeno
O pterostilbeno é utilizado há muitas centenas de anos pela medicina ayurvédica. O pteros-
tilbeno e o resveratrol são os dois estilbenos, estreitamente aparentados no plano estrutural,
o que lhes confere funções semelhantes, mas não idênticas. Investigadores mostraram que
actuam de forma sinérgica para activar os genes da longevidade. O pterostilbeno imita também
inúmeros efeitos da restrição calórica.
Combina a isso um número de propriedades anti-inflamatórias, anti-neoplásicas e antioxidantes
e regula os genes envolvidos no desenvolvimento do cancro, da aterosclerose, da diabetes e da
inflamação que estão na origem de inúmeras doenças.
As suas diferentes propriedades permitem-lhe assim lutar eficazmente, como complemento do
resveratrol, contra determinados efeitos do envelhecimento.
A polidatina
A polidatina é um glicósido de resveratrol. Por outras palavras, é uma molécula de resveratrol
ligada a uma molécula de açúcar. Quando a polidatina entra na circulação sanguínea, a molé-
cula de resveratrol separa-se da de açúcar. Assim, o glicósido de resveratrol é absorvido a um
ritmo diferente do trans-resveratrol clássico, melhorando eficazmente a biodisponibilidade, a
semi vida e o poder do resveratrol. O seu efeito é prolongado e, por isso, aumentado.
Estas sinergias são também reforçadas pela associação do resveratrol, ou dos seus derivados,
com outros nutrientes:
A fisetina
A fisetina, um flavonóide extraído do Buxus sinica, possui uma acção estabilizadora do resvera-
trol, evitando a sua destruição. E sobretudo, envia um sinal de «activação» às células portadoras
do gene anti-envelhecimento, garantindo a protecção do ADN e dos neurónios, em particular
aquando de períodos de stress oxidativo.
Referências
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Mesmo que não se compreendam na íntegra todas as razões que conduzem a um aumento do
tempo de vida graças à restrição calórica, algumas já foram identificadas:
t ̓BBDUJWBÎÍPEBQSPUFÓOBBEFOPTJOBNPOPGPTGBUP ".1 4
t ̓PBVNFOUPEPOJDPUJOBNJEBBEFOJOBEJOVDMFØUJEP /"% QFMBTVBWFSTÍPSFEV[JEB
/"%) OBTNJUPDÙOESJBT̓5
t ̓BQSPUFDÎÍPEP"%/NJUPDPOESJBM̓6.
A toma de suplementos com ácido oxaloacético afigura-se, assim, actualmente como um dos
métodos mais seguros para imitar a restrição calórica.
Que reter?
A toma de suplementos com ácido oxaloacético imita com êxito determinados efeitos obser-
vados nos animais sujeitos a restrições ao nível calórico. Os estudos com animais mostram um
aumento do tempo de vida e outras vantagens substanciais para a saúde, incluindo a protecção
do ADN mitocondrial, da retina, dos tecidos neuronais e pancreáticos. Os estudos realizados no
ser humano indicam uma redução substancial da glicémia em jejum e uma melhoria da insuli-
noresistência.
Por outro lado, os estudos de toxicidade crónica e aguda indicam uma toxicidade muito fraca
do ácido oxaloacético, semelhante à da vitamina C.
O oxaloacetato, enquanto mimético da restrição calórica, induz inúmeras modificações de
expressão genética benéficas que permitem prolongar realmente a vida.
"QØTFYBNJOBÎÍP B'PPEBOE%SVH"ENJOJTUSBUJPOEFOPNJOPVPPYBMPBDFUBUPDPNPVN
iNFEJDBNFOUPØSGÍPwQBSBPUSBUBNFOUPEPHMJPNB JODMVJOEPPHMJPCMBTUPNB &TUBEFTJ-
gnação é utilizada para incentivar o desenvolvimento de substâncias naturais que aju-
1BSBJSNBJTMPOHFBJNQPSUÉODJBEPSÈDJP/"% /"%)
Os produtos da degradação do oxaloacetato no organismo estão bem documentados e incluem
o piruvato, o ácido aspártico e o malato. Uma vez no corpo, o oxaloacetato (ião solúvel na água)
pode reagir de várias maneiras.
Uma destas reacções é a conversão do oxaloacetato em L-malato, catalisada pela enzima desi-
drogenase malato. Durante esta conversão, o NADH é também convertido em NAD+, o que
aumenta consideravelmente o rácio NAD+/NADH.
Quando as calorias são reduzidas, o organismo produz a glicose necessária a partir do piru-
vato, por um processo denominado neoglucogénese. Os estudos realizados com animais cujo
aporte em calorias foi limitado, mostram uma alteração na actividade dos genes metabólicos
que levam à produção das enzimas responsáveis pela neoglucogénese 3.
No quadro do processo da neoglucogénese, o NADH é convertido em NAD+ quando o bifosfo-
glicerato é convertido em 3-fosfogliceraldeído. Daí resulta um aumento do rácio NAD+/NADH.
Nos estudos realizados com leveduras, o aumento deste rácio foi claramente associado à restri-
ção calórica e conduziu a um tempo de vida acrescido 11, 12.
Relativamente às células humanas, o prolongamento do seu tempo de vida está associado a
aumentos de nicotinamida fosforibosiltransferase, e de precursores do NAD+ 14.
Por outro lado, os níveis de energia e o tempo de vida parecem estar ligados à actividade da
AMPK, ou “proteína adenosina monofosfato-5-quinase”, que é estimulada pelo aumento do
rácio NAD+/ NADH 15. A activação da AMPK parece também constituir o mecanismo subjacente
da metformina, um medicamento anti-diabético que foi proposto como mimético da restrição
calórica e cuja capacidade para aumentar o tempo de vida dos ratinhos está comprovada 16.
Assim, para obter resultados no tocante à longevidade usando a restrição calórica, é necessária
uma activação da AMPK 4. Durante os estudos, os animais de controlo aos quais é administrado
um suplemento em oxaloacetato evidenciam um aumento significativo do tempo de vida…
excepto quando a AMPK está inactivada 7. Por conseguinte, juntamente com a toma de um
"PBDUJWBSB".1, BCFSCFSJOBWBJBDUVBSFWÈSJPTOÓWFJT
t ̓Ao melhorar a sensibilidade à insulina, vai facilitar o transporte da glicose intracelular,
permitindo ao organismo utilizar melhor os açúcares e a insulina e, assim, baixar o nível
de glicose no sangue.
t ̓Ao estimular o metabolismo dos ácidos gordos nas mitocôndrias, vai reduzir os níveis de
As células estaminais humanas foram isoladas, cultivadas e diferenciadas pela primeira vez no
embrião em 1998. Conforme a sua origem, diferenciam-se vários tipos:
t ̓BT DÏMVMBT UPUJQPUFOUFT PCUJEBT OPT RVBUSP QSJNFJSPT EJBT EF DSFTDJNFOUP EP
FNCSJÍPoBTÞOJDBTRVFQFSNJUFNPEFTFOWPMWJNFOUPEFVNTFSIVNBOP
t ̓BT DÏMVMBT FTUBNJOBJT QMVSJQPUFOUFT PCUJEBT B QBSUJS EP CMBTUPDJTUP RVF UÐN QPS
WPDBÎÍPGPSNBSUPEPTPTUFDJEPTEPPSHBOJTNP
t ̓BTDÏMVMBTFTUBNJOBJTNVMUJQPUFOUFT QSFTFOUFTOPPSHBOJTNPBEVMUP RVFFTUÍPOB
PSJHFNEFWÈSJPTUJQPTEFDÏMVMBTEJGFSFODJBEBT
t ̓BTDÏMVMBTFTUBNJOBJTVOJQPUFOUFT RVFBQFOBTPSJHJOBNVNÞOJDPUJQPEFDÏMVMBT
diferenciadas.
As células estaminais estão naturalmente presentes nos órgãos e permitem a regeneração das
células.
Em determinados tecidos, as células são renovadas constantemente. As suas células estaminais
produzem células diferenciadas para substituir aquelas cujo tempo de sobrevivência foi ultra-
passado. Os glóbulos vermelhos – que transportam o oxigénio no corpo – apenas vivem cento e
vinte dias. São constantemente substituídos por novas células formadas a partir de células esta-
minais da espinal medula. No sistema digestivo as células estaminais intestinais diferenciam-se
constantemente em células que revestem o intestino, substituindo as que se perderam. Células
estaminais cutâneas fabricam pele, outras – nos folículos – fabricam cabelos. Células estaminais
produzem um vasto leque de células imunitárias que se diferenciam em células imunitárias
adultas, em resposta a sinais específicos emitidos por substâncias como hormonas cujos níveis
aumentam durante infecções e inflamações.
Activar de forma natural as células estaminais representa assim um avanço dos mais promis-
sores para combater o envelhecimento e ganhar em tempo e qualidade de vida.
A terapia com células estaminais representará por isso, no futuro, um avanço considerável para
combater as afecções degenerativas para as quais a medicina clássica apenas obtém muitas
vezes resultados efémeros ou transitórios.
Embora actualmente já seja possível recorrer, em determinados países, a injecções de células
estaminais adultas da medula óssea, a aplicação do método está ainda longe de ser uma prática
corrente.
É todo o interesse dos estudos realizados nos últimos anos por determinados investigadores
que conseguiram – graças à utilização de nutrientes e de extractos de plantas – estimular e
aumentar a quantidade de células estaminais adultas da medula óssea.
É, de facto, a medula óssea que os cientistas privilegiam para obter esta actividade de regene-
ração dado que, todos os dias, estas células evoluem produzindo novas linhagens de glóbulos
vermelhos, de glóbulos brancos e de plaquetas. As células maduras são então depositadas na
corrente sanguínea, onde exercem plenamente as suas funções vitais e regenerativas.
Mas que efeitos podemos esperar obter ao utilizar substâncias activadoras das células
estaminais?
t ̓6NBVNFOUPEPUFNQPNÏEJPEFWJEB
t ̓6NBSFEVÎÍPEPQSPDFTTPEFEÏöDFEBTGVOÎÜFTJNVOJUÈSJBTRVFMFWBBVNBWVMOF-
SBCJMJEBEFBDSFTDJEBËTJOGFDÎÜFT BPDBODSPFBPVUSBTBGFDÎÜFTDSØOJDBTJOøBNB-
tórias…
t ̓6NB NFMIPSJB EBT DPOEJÎÜFT F EBT EPSFT BTTPDJBEBT ËT BGFDÎÜFT EFHFOFSBUJWBT
NJPGBTDJUFNBDSPGÈHJDB EPFOÎBEF)VOUFS NJPQBUJBT "M[IFJNFS )VOUJOHUPO 1BS-
LJOTPO FTDMFSPTFNÞMUJQMBy
A 9 de Outubro de 2012, o Dr. John Gurdon B., da Universidade de Cambridge, Inglaterra, e o Dr. Shinya
Yamanaka, da Universidade de Kyoto, Japão, receberam o prémio Nobel da medicina pelos seus trabal-
hos sobre células estaminais pluripotentes induzidas (iPS). Estes dois cientistas contribuíram para formar
as bases da medicina regenerativa, com a ideia de regenerar todos os tecidos do corpo humano por
injecção de células pluripotentes. Esta nova tecnologia permite assim atacar “a montante” os mecanis-
mos do envelhecimento
Assim, torna-se possível utilizar estes avanços científicos para voltar a dar a uma célula somática, qual-
quer que ela seja, todo o poder de uma célula estaminal pluripotente, a partir de fibras da pele, de célu-
las sanguíneas ou ainda dos cabelos. As células rejuvenescidas assim obtidas são em todos os aspectos
idênticas às criadas decénios antes.
O Polygonum multiflorum
O extracto desta planta também denominada FO-TI é conhecido da medicina chinesa como
tónico sanguíneo e, sobretudo, como elemento principal da longevidade, em virtude da sua
capacidade de aumentar os níveis circulantes de superóxido dismutase (SOD) e de monoa-
mino-oxidase.
De acordo com estudos realizados com ratinhos, em Taiwan, a administração diária de doses
consideráveis de Polygonum multiflorum (200-1000 mg/kg) permitiu evidenciar um aumento
significativo dos glóbulos vermelhos no sangue e, sobretudo, uma percentagem mais elevada
de hematócrito relativamente ao grupo de controlo. Além disso, estes estudos mostram que
tais doses estimulam a proliferação das células estaminais do estroma e hematopoiéticas da
medula óssea.
A L-carnosina
A L-carnosina, que actua na manutenção dos telómeros (ver capítulo anterior), melhora a capa-
cidade de replicação dos mioblastos, em cultura. Alguns mioblastos, denominados células
satélites, mantêm-se na periferia das fibras musculares e intervêm na reparação dessas fibras
quando estas são danificadas. Contudo, com o avanço da idade, pode instalar-se uma sarcope-
nia e as células satélites deixam de conseguir reparar os danos.
De acordo com um estudo realizado nos mioblastos – as células estaminais responsáveis pela
formação dos músculos esqueléticos – o aporte de L-carnosina permite aumentar a sua capaci-
dade de replicação e, também, reduzir a actividade da beta-galactosidase.
A vitamina D3
Em circunstâncias normais, a exposição à luz solar deveria ser suficiente para cobrir mais de
90% das necessidades de vitamina D, mas verifica-se que as populações dos países ocidentais,
quer se trate de França, Bélgica, Estados-Unidos, Suíça ou Canadá, possuem níveis muito insufi-
cientes de vitamina D – especialmente nos meses de Inverno.
Actualmente são já conhecidos os perigos associados a um défice de vitamina D3. Os cientistas
demonstraram o papel fundamental que esta vitamina desempenha na divisão e na diferencia-
ção celular, bem como a influência que tem no sistema imunitário.
Na verdade, um nível insuficiente de vitamina D está ligado a praticamente todos os problemas
relacionados com o envelhecimento, incluindo o cancro, as doenças vasculares ou a inflamação
crónica.
Segundo alguns estudos, uma dose diária de 5000 UI poderia ter múltiplos efeitos benéficos. É
também esta a dose recomendada pelo Vitamin D Council.
Alguns estudos mostraram também que a vitamina D, associada a outras substâncias naturais,
pode ter efeitos nas células estaminais adultas e, por essa razão, aumentar a neurogénese e mel-
horar as capacidades cognitivas. Por conseguinte, alguns investigadores testaram uma sinergia
de constituintes associando extractos de mirtilo, de chá verde, de L-carnosina e de vitamina D3.
A administração a ratos desta mistura única de constituintes reduziu nitidamente o stress oxida-
tivo, e – acima de tudo – comprovou a sua capacidade de propiciar a multiplicação e a migração
das células estaminais neurais para as células cerebrais danificadas (por exemplo, na sequência
de um acidente vascular cerebral isquémico).
Clique aqui para encontrar uma fórmula que estimula de forma natural a produção de células
estaminais
Já há vários anos que investigadores alemães se debruçam sobre a hidra (pólipo de água doce) que
parece ser imortal… Na verdade, se cortarmos a hidra, ele regenera-se rapidamente. As suas proprie-
dades estariam ligadas às suas células estaminais, que não envelhecem e conseguem proliferar até ao
infinito.
Após a análise de todos os genes, é evidente que é o gene “FoxO3”, há muito conhecido e associado à
longevidade dos homens centenários, que encontramos igualmente na hidra. Por outro lado, quando
os investigadores inactivaram este gene FoxO3, observaram uma diminuição significativa do número de
células estaminais e um menor funcionamento do sistema imunitário.
Estes resultados mostram que o gene FoxO3 desempenha um papel importante contra o envelheci-
mento e abre uma esperança na imortalidade graças à terapia genética.
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A saicosaponina A
Durante uma conferência, Manuel Serrano, investigador espanhol do CNIO, declarou: “Quando
se activa o gene P53 e o gene P16 em ratinhos, a incidência de cancro é reduzida para pratica-
mente zero”. Os investigadores espanhóis concluíram que a activação destes três genes: telo-
merase, gene P53 e gene P16 (Tumor Suppressor Gene - gene supressor tumoral) – constituía
uma conquista muito importante no combate ao aparecimento e para conseguir a regressão
dos tumores por apoptose (morte celular programada). E acrescentaram: “Acreditamos que os
ratinhos tenham vivido mais tempo não por não terem cancro, mas sim porque estes genes
protegem do envelhecimento.”
Foi portanto a primeira vez que os cientistas conseguiram prolongar o tempo de vida de ratin-
hos desta forma (por inserção de uma cópia suplementar de três genes), protegendo-os tam-
bém contra o cancro. Antes, os ratinhos envelheciam sem cancro, mas o seu tempo de vida não
era alterado de forma significativa. E apenas a restrição calórica permitia prolongar a sua espe-
rança de vida. Estes ratinhos transgénicos, autorizados a reproduzir-se, reforçaram o seu novo
ADN modelo, criando assim um grupo de “super ratinhos”, com tempos de vida mais longos,
capazes de viver quatro anos e meio, ao passo que geralmente apenas vivem em média três
anos, e sobretudo beneficiando de uma protecção ideal contra o cancro.
O Bupleurum falcatum pertence à família das Apiaceae e faz parte das plantas utilizadas na medi-
cina tradicional chinesa e japonesa. É vulgarmente considerado um desintoxicante celular que
ajuda a combater as infecções crónicas e os estados inflamatórios (em particular as hepatites).
Mais recentemente, o Bupleurum viu a sua popularidade aumentar com base nos resultados
obtidos no tratamento do cancro. Os seus princípios activos são as saicosaponinas A, B, C e D.
De entre elas, é a raríssima forma A que se revela particularmente interessante. Na realidade,
este glicósido triterpenóide é uma forma muito rara e dispendiosa de obter dado que seria
necessário consumir 50 g de Bupleurum para obter 4 mg de saicosaponina A. Foi portanto para
activar o gene P16, o gene supressor tumoral, que se seleccionou e isolou nova substância de
origem vegetal 2.
Vários estudos demonstraram o efeito imunossupressor da saicosaponina A. De facto, propor-
cionalmente à dose, ela inibe significativamente a proliferação e a activação das células T e
induz a apoptose das células cancerosas por via mitocondrial, o que sugere um potencial trata-
mento das doenças inflamatórias e auto-imunes 3, 4.
Um dos estudos associou a saicosaponina A ao astragalósido IV. Verificou-se que os ratinhos
tratados viviam muito mais tempo que os do grupo de controlo, independentemente do estado
de desenvolvimento do tumor que possuíam. Os investigadores chineses observaram também
que os ratinhos com diversos tipos de cancro (e em diversos estadios), cuja dieta era enrique-
cida com saicosaponina A, apresentavam uma maior longevidade que os ratinhos saudáveis.
Esta investigação entusiasmante realizada em animais permitiu já o desenvolvimento de trata-
mentos para o ser humano nos serviços de oncologia de vários hospitais chineses.
Apesar de esta substância não ser ainda usada há tempo suficiente para poder estabelecer um
protocolo de administração rigoroso, podemos basear-nos no seguinte :
t ̓6NBUPNBEFTBJDPTBQPOJOB"B̓NHËOPJUFFEFBTUSBHBMØTJEP*7FPVEFDJDMPBT-
tragenol de manhã.
t ̓0VVNBUPNBEFTUBTTVCTUÉODJBT EJBTJN EJBOÍP
E, até à data, não foi detectada qualquer reacção adversa.
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"DFOUSPGFOPYJOBÏDPNQPTUBQPSEVBTTVCTUÉODJBT
t ̓A DMAE (dimetiletanolamina) – um constituinte natural encontrado nos alimentos como
o peixe. É também um metabolito da colina, presente naturalmente no corpo humano.
t ̓O PCPA – um constituinte sintético semelhante a uma variedade de fito-hormonas cha-
madas “auxinas”. É também um análogo do ácido piroglutâmico (PCA), naturalmente pre-
sente no cérebro.
Estas duas substâncias são, entre outras coisas, potentes antioxidantes capazes de proteger
o cérebro das lesões radicalares. Os efeitos terapêuticos benéficos da centrofenoxina foram
observados nomeadamente em casos de atrofia cerebral, de lesões cerebrais devidas ao envel-
hecimento, de congestão cerebral, de alcoolismo crónico ou de intoxicações por barbitúricos.
Um colinérgico superior
O DMAE, principal constituinte da centrofenoxina, é convertido em colina pelo fígado por
adição de um grupo metilo. Assim, a centrofenoxina fornece ao cérebro DMAE e colina. Esta
última, uma substância semelhante às vitaminas do grupo B, tanto é fornecida pela alimentação
(fígado, carne, ovos) como produzida em pequena quantidade pelo organismo. Contudo, os ali-
mentos transformados e determinados modos alimentares (vegetariano ou vegano) fornecem
uma quantidade insuficiente. Por outro lado, uma alimentação demasiado pobre em colina é
incompatível com um bom estado de saúde 4, 5.
Na verdade, a colina é essencial ao funcionamento ideal do cérebro e é utilizada para fabri-
car outras substâncias como a acetilcolina – um neurotransmissor indispensável à memória, à
aprendizagem e à concentração intelectual.
Permite igualmente produzir dois constituintes essenciais da membrana celular, como a fos-
fatidilcolina ou a esfingomielina. Um défice em colina pode por vezes conduzir a uma auto-
canibalização permanente, a uma ruptura membranar e à morte das células. Por outro lado, um
determinado número de estudos associaram um excesso de auto-canibalização neuronal de
colina ao longo da vida à génese da doença de Alzheimer.
A centrofenoxina é assim provavelmente o meio mais eficaz de elevar os níveis sanguíneos e
cerebrais de colina e de acetilcolina.
Um potente antioxidante
Com a idade, as membranas neuronais tornam-se geralmente menos fluidas e mais rígidas em
virtude das lesões provocadas pelos radicais livres hidroxilos e das ligações cruzadas das proteí-
nas. A diminuição da fluidez das membranas neuronais deteriora a sua capacidade de conduzir
os impulsos eléctricos. Esta fluidez diminui com a peroxidação dos lípidos induzida pelo radical
hidroxilo 6.
t ̓DPNCBUFSPFOWFMIFDJNFOUPEPDÏSFCSP
t ̓SFQBSBS PV SFHFOFSBS BT NFNCSBOBT DFMVMBSFT OFVSPOBJT F TJOÈQUJDBT EBOJöDBEBT
QFMPSBEJDBMIJESPYJMP
t ̓BVNFOUBSEFGPSNBTJHOJöDBUJWBBøVJEF[EBTNFNCSBOBTOFVSPOBJT̓7.
Assim, a centrofenoxina faz indubitavelmente parte das poucas substâncias que aumentam a
longevidade dos animais de laboratório e a sua acção para reduzir os níveis de lipofuscina, um
resíduo metabólico intracelular, é única e visa directamente um dos sete danos mortais men-
cionados por Aubrey de Grey.
Resumindo, a centrofenoxina
t ̓.FMIPSBTJHOJöDBUJWBNFOUFPQSPDFTTPEFNFNPSJ[BÎÍP FNFTQFDJBMBVNFOUBOEP
a velocidade à qual a informação memorizada pode ser utilizada.
t ̓.FMIPSBBVUJMJ[BÎÍPFPNFUBCPMJTNPEBHMJDPTFOPDÏSFCSP JOøVFODJBOEPQPTJUJ-
vamente as capacidades de concentração e de atenção e contribuindo para a sen-
sação de bem-estar.
t ̓²PÞOJDPBHFOUFDPOIFDJEPRVFQFSNJUFSFEV[JSEFGPSNBEFNPOTUSBEBBBDVNVMB-
ção de lipofuscina – uma toxina associada ao envelhecimento – nas células do cére-
bro, do coração, dos pulmões e da pele. As células invadidas pela lipofuscina, uma
espécie de «resíduo» metabólico, deixam de conseguir comunicar e de funcionar
correctamente. Os pacientes que sofrem de doença de Alzheimer possuem concen-
trações anormalmente elevadas de lipofuscina no cérebro.
Os polifenóis de maçã
Os polifenóis vegetais são uma das fontes mais promissoras para resolver os problemas associa-
das ao envelhecimento. Os polifenóis contidos na maçã permitiram, em três estudos recentes,
prolongar o tempo de vida dos modelos animais de laboratório (até 12% adicionais).
Estes resultados parecem ser explicados pela activação de genes que estimulam as defesas
antioxidantes endógenas e pela inibição de outros genes implicados nas mortes prematuras.
Estudos epidemiológicos confirmam que o consumo de flavonóides em geral, e dos de maçã
em particular, está correlacionado de forma positiva com a longevidade humana.
De entre estes polifenóis que se concentram na casca da maçã, a floridzina é um flavonóide do
O epimedium
O épimédium e as suas substâncias activas são actualmente usadas para aumentar a libido e
propiciar uma boa saúde sexual. Recentemente, investigadores estudaram os flavonóides desta
planta, mais especificamente a icariina e a icarisida II, a sua forma bioactiva in vivo, no prolonga-
mento do tempo de vida do verme C. elegans.
Segundo este estudo, a icarisida II permite aumentar o tempo de vida do verme C. elegans em
mais de 20%, actuando nas moléculas de sinalização intracelulares activadas pela insulina e
pelo IGF-1.
Os investigadores concluíram que “Tendo em conta os importantes efeitos protectores e a segu-
rança de utilização a longo prazo da icariina e da icarisida II no ser humano, estas substâncias reve-
lam-se promissoras no quadro da medicina anti-envelhecimento”.
.
Referências
̓t C
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Referências
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O reishi
O reishi é utilizado com fins medicinais há mais de dois mil anos e foi merecidamente baptizado
pelos antigos “o cogumelo da imortalidade”. Com efeito, ao longo das últimas décadas, os inves-
tigadores debruçaram-se na análise dos diversos compostos presentes neste cogumelo. A ciên-
cia validou assim as suas múltiplas propriedades que garantem ao organismo uma protecção
global contra as diversas patologias que diminuem a longevidade.
Referências
̓t K
NOLL J. Deprenyl Medication: A Strategy to Modulate the Age-Related Decline of the Striatal
Dopaminergic System. Journal of the American Geriatric Society. V.40., No.8, August, 1992, pp. 839-
847.
Sabemos também que outras substâncias muito promissoras, actualmente em estudo em bac-
térias ou animais, virão enriquecer este arsenal de substâncias que permitem um prolonga-
mento do tempo de vida.
A glaucarubinona
A glaucarubinona é uma substância extraída da Simaruba glauca, uma árvore de pequeno porte
originária da América do Sul. Segundo as experiências realizadas com o verme C. elegans, esta
substância parece prolongar a esperança de vida deste verme em cerca de 2,7 dias (sabendo
que os nemátodos vivem apenas algumas semanas) agindo directamente no metabolismo
mitocondrial. Estes resultados afiguram-se por isso muito promissores e, segundo os investi-
gadores, terá interesse avaliar esta substância nos mamíferos e nos humanos para prevenir o
envelhecimento e as doenças associadas à idade 1.
O alfa-caroteno
À semelhança do betacaroteno, este carotenóide está naturalmente presente nas cenouras.
Reduz para metade os riscos de mortalidade nos indivíduos com um índice de massa corpo-
ral elevado (igual ou superior a 30). É de facto isso que revela um estudo de grande enverga-
dura que agrupou perto de 50 000 participantes nos Estados Unidos. Os efeitos positivos estão
sobretudo associados aos riscos de morte por doença cardiovascular, mas verificou-se também
que esta substância reduzia o risco de mortalidade independentemente da causa 2.
Referências
̓t BOSSECKER A., MÜLLER-KUHRT L., SIEMS K., HERNANDEZ M. A., BERENDSOHN W. G., BIRRINGER M., RISTOW M.
The phytochemical glaucarubinone promotes mitochondrial metabolism, reduces body fat, and
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10.1089/rej.2009.1010.
Desde sempre, e em todos os séculos, homens e mulheres contribuíram para uma evolução
considerável da nossa existência, como Pasteur ou Einstein que, pelas suas descobertas e teo-
rias, abalaram a ordem bem estabelecida das coisas. Actualmente, o render da guarda é asse-
gurado por uma vanguarda de cientistas, entre eles Aubrey de Grey, responsável pelo projecto
SENS (Strategies for Engineered Negligible Senescence) que tem por objectivo a extensão radi-
cal do tempo de vida humana contrariando as sete principais causas do processo de envelhe-
cimento (mutações celulares (a nível do núcleo e mitocondrial), resíduos intra e extra celulares,
perda de células, senescência celular e hiper-abundância de conectores celulares).
Também em curso, o projecto de Dmitry Itskov “Avatar 2045” que beneficia do apoio do Dalai
Lama e do futurólogo Ray Kurzweil, e visa telecarregar o cérebro de um ser humano num ava-
tar, ou seja, num corpo de humanóide. Itskov pretende assim “libertar o Homem da doença, da
velhice e da morte”.
Longe de serem fantasiosos, estes dois projectos são bem financiados e reúnem equipas hiper-
competentes. Permitem finalmente entrever um aumento significativo do tempo de vida e
considerar o envelhecimento não como uma fatalidade mas como uma doença que poderemos
combater e, sobretudo, curar. E, deste modo, entrar numa nova era, a da medicina regenera-
tiva…
O combate cerrado contra os danos associados ao envelhecimento e pelo prolongamento do
tempo da vida humana está em perpétua efervescência. Os avanços mais recentes no domínio
da genética criam imensas esperanças nos cientistas que investigam neste sentido há muitos
anos. Por outro lado, se o conhecimento continuar a aumentar de forma exponencial e as restri-
ções crescerem de forma linear, há boas hipóteses de a imortalidade humana ser atingida daqui
a quinze ou vinte anos. O importante é manter-se em forma até lá…
Os complementos cientificamente validados e de grande qualidade irão ajudá-lo diariamente
nesta missão e tem agora à sua disposição todo um arsenal de nutracêuticos anti-envelheci-
mento, que actuam em todo o processo do envelhecimento: génese de novas mitocôndrias,
Bom envelhecimento…
Bibliografia e recursos
t ̓-FJUVSBTSFDPNFOEBEBT
5IF-POHFWJUZ'BDUPS +PTFQI.BSPPO "USJB#PPLT
How resveratrol and red wine activate genes for a longer and healthier life.
t ̓4PCSFBUFMPNFSBTF PBTUSBHBMØTJEP*7FPDJDMPBTUSBHFOPM
O astragalósido IV, um activador da telomerase
t ̓4PCSFBTNJUPDÙOESJBT
Melhorar o funcionamento das mitocôndrias (Bruno Lacroix)
t ̓4PCSFPTNJNÏUJDPTEBSFTUSJÎÍPDBMØSJDB
Nutrientes imitam os efeitos da restrição calórica na longevidade
na rubrica Anti-idade