Apresentação Por Laíza Santana Oliveira (PPGHS-USP) Sobre Os Estudos de Daniel Miller
Apresentação Por Laíza Santana Oliveira (PPGHS-USP) Sobre Os Estudos de Daniel Miller
Apresentação Por Laíza Santana Oliveira (PPGHS-USP) Sobre Os Estudos de Daniel Miller
7º slide: Humildade dos objetos - “tão óbvio que cega” - “Objetos não
gritam para você como os professores, nem jogam um pedaço de giz em
você, como o meu jogou, mas eles lhe ajudam docilmente a aprender
como agir da forma apropriada. Essa teoria também dá contorno e forma
à ideia de que os objetos fazem as pessoas. Antes de realizarmos
coisas, nós mesmos crescemos e amadurecemos à luz de coisas que
nos foram transmitidas pelas gerações anteriores. Percorremos terraços
de arroz ou sistemas rodoviários, a moradia e os jardins ancestrais. Eles
dirigem inconscientemente nossos passos, assim como o ambiente
cultural ao qual nos adaptamos.” (MILLER, 2013, p. 83).
Eles determinam o que Teorias das coisas ocorre à medida que estamos
inconscientes da capacidade que têm de fazê-lo. Assim, minha primeira
teoria das coisas começa com a propriedade oposta ao que
esperaríamos dos trecos. Não que as coisas sejam trecos tangíveis, em
que podemos bater o dedão e tropeçar. Não que sejam fundações firmes
e claras que se oponham à leveza ou à sutileza das imagens da mente
ou das idéias abstratas. Elas funcionam porque são invisíveis e não
mencionadas, condição que em geral alcançam por serem familiares e
tidas como dadas. Tal perspectiva parece ser descrita da maneira
apropriada como cultura material, pois implica que grande parte do que
nos torna o que somos existe não por meio da nossa consciência ou do
nosso corpo, mas como um ambiente exterior que nos habitua e incita.
Essa capacidade algo inesperada que os objetos têm de sair do foco, de
jazer periféricos à nossa visão e ainda assim determinar nosso
comportamento e nossa identidade teve outro resultado importante.
Ajudou a explicar por que tantos antropólogos menosprezavam os
estudos da cultura material, considerando-os de algum modo triviais ou
incapazes de abarcar o que é importante.”