Contratos Administrativos - Lei 14133
Contratos Administrativos - Lei 14133
Contratos Administrativos - Lei 14133
133/2021
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
Art. 89. Os contratos de que trata esta Lei regular-se-ão pelas suas cláusulas e pelos
Regras gerais preceitos de direito público, e a eles serão aplicados, supletivamente, os princípios
da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.
Art. 90. Adm convoca o vencedor - deve assinar termo de contrato ou aceitar / reti-
rar instrumento equivalente, no prazo e condições edital - sob pena de decair direito
VENCEDOR LICITAÇÃO a contratar + sanções legais
[ se isso ocorrer, é facultado a adm convocar os remanescentes, em ordem]
Prazo convocação: pode prorrogar 1 vez, por = período, por solicitação da parte e jus-
tificativa - e deve ser aceito pela adm.
- Se a adm não convocar o vencedor no prazo do edital? Ficam liberados do compro-
misso os licitantes.
- Recusa injustificada licitante assinar contrato: acarreta descumprimento total da
obrigação assumida e sujeita às penalidades legais + perda garantia [isso não se
aplicará aos remanescentes convocados, cuidado!!]
- a regra é a publicidade dos contratos (art. 91)
PUBLICIDADE - admite-se o sigilo: se indispensável à segurança sociedade e Estado (LAI)
EFICÁCIA DO CONTRATO:
Art. 94. A divulgação no PNCP é condição indispensável para a eficácia do contrato e
de seus aditamentos e deverá ocorrer nos seguintes prazos, contados da data de sua
assinatura:
1) licitação 20d úteis 2) contratação direta 10d úteis
§ 1º Os contratos celebrados em caso de urgência terão eficácia a partir de sua assina-
tura, mas devem publicar nos prazos acima, sob pena de nulidade.
Art. 95. O instrumento de contrato é obrigatório, SALVO quando a Administração po-
DO INSTRUMENTO DO de substituí-lo por outro instrumento hábil, [carta-contrato, nota de empenho de des-
CONTRATO pesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço] - 1) dispensa por va-
lor; 2) compra de entrega imediata e integral
§ 2º É NULO E DE NENHUM EFEITO O CONTRATO VERBAL (REGRA)
CONTRATO VERBAL SALVO pequenas compras ou o de prestação de serviços de pronto pagamento [até R$
10.000,00] - 10.804,08 (decreto)
art. 96 - a critério da autoridade e com previsão em edital
- 1- caução em $ ou títulos da dívida pública
- 2 - seguro-garantia [edital fixa um mes para isso, da homologação]
GARANTIAS - 3 - fiança bancária (BACENBR)
ART. 117- Fiscalização do contrato pela adm - 1 OU + fiscais; permitida contratar ter-
ceiros para auxiliar
II - a contratação de terceiros não exime responsabilidade do fiscal, nos limites das in-
formações recebidas do terceiro contratado.
Art. 118. O contratado deverá manter preposto aceito pela Administração no local
da obra ou do serviço para representá-lo na execução do contrato.
Art. 121.
REGRA -> ENCARGOS (1) TRABALHISTAS, (2) PREVIDENCIÁRIOS, (3) FISCAIS, (4) CO-
MERCIAIS = somente o contratado responsável
INADIMPLÊNCIA dos (1) TRABALHISTAS, (2) FISCAIS, (3) COMERCIAIS não transferirá
à Administração a responsabilidade pelo seu pagamento e não poderá onerar o objeto
do contrato nem restringir a regularização e o uso das obras e das edificações, inclusi-
ve perante o registro de imóveis.
art. 122: Pode subcontratar parcialmente, até limite autorizado - tem que provar capa-
cidade técnica - edital pode VEDAR subcontratar, restringir ou impor condições.
124 - UNILATERAL PELA ADMINISTRAÇÃO
1) modificar projeto, especificações ou melhor adequação técnica (sem transfigurar o
objeto)
2) modificar $ do contrato, por acréscimo ou redução quantidade objeto (limites lei)
ALTERAÇÃO DE CONTRATO
E PREÇOS ACORDO PARTES
1) conveniente substituir garantia
2) necessário modificar regime de execução ou modo de fornecimento face a inaplica-
bilidade técnica do original
3) necessário modificar a forma de pagamento por circunstâncias supervenientes,
mantido valor inicial atualizado, vedado antecipar pagamento sem correspondente
contraprestação
4) restabelecer equilíbrio econômico-financeiro (força maior, fato do príncipe, caso
fortuito, ou fatos imprevisíveis / previsíveis de consequências incalculáveis - respeita-
da a repartição objetiva de risco)
OBRAS, BENS E SERV - SUPRESSÃO = contratado já adquiriu material = adm deve pa-
gar custos e reajuste monetário + podendo caber indenização por outros danos
Art. 133 REGRA: vedado alteração valores na integrada e semi-integrada - salvo: caso
fortuito, força maior, necessidade alteração projeto, melhor adequação técnica, even-
to superveniente em matriz de risco de respons. Da adm, alteração projeto semi-inte.
Art. 148. A declaração de nulidade do contrato administrativo ( art. 147) opera retroa-
tivamente, impedindo os efeitos jurídicos que o contrato deveria produzir ordinaria-
mente e desconstituindo os já produzidos.
- Se impossível situação fática anterior: perdas e danos + responsabilidade e penas
Art. 150. Nenhuma contratação será feita sem a caracterização adequada de seu obje-
to e sem a indicação dos créditos orçamentários para pagamento das parcelas contra-
tuais vincendas no exercício em que for realizada a contratação, sob pena de nulidade
do ato e de responsabilização de quem lhe tiver dado causa.
MEIOS ALTERNATIVOS (1) conciliação, (2) mediação, (3) comitê de resolução de disputas e a (4) arbitragem.
CONTROVÉRSIAS 154 Art. 152. A arbitragem será sempre de direito e observará o princípio da publicidade.
156, Infrações Administrativas:
DAS INFRAÇÕES E SAN- I - advertência; (inexecução parcial do contrato, se nada mais grave)
ÇÕES ADMINISTRATIVAS II - multa; (defesa, 15 da intimação, facultada) pode aplicar a qualquer infração
Não contrariando a lei nem sendo abusivo, o contrato administrativo pode tratar de renúncia a di-
reito do contratado. Esta renúncia será eficaz e produzirá seus regulares efeitos na hipótese em
que houver expressa concordância do contratado.
Especificamente com relação aos advogados, o Estatuto da OAB (Lei nº 8.906/94) dispõe serem do
advogado os honorários de sucumbência. Havia previsão expressa a respeito da impossibilidade de
retirar-lhes esse direito. Estava no art. 24, § 3º. Contudo, em 2009, o STF declarou a inconstitucio-
nalidade da regra, uma vez que se trata de direito disponível e, por isso, negociável com o consti-
tuinte do mandato (ADI 1194, Relatora p/ Acórdão Min. Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, julgado em
20/05/2009). Nessa linha, não se pode concluir pela abusividade ou ilegalidade da cláusula contra-
tual que prevê a renúncia do direito aos honorários de sucumbência, notadamente quando a parte
contratada, por livre e espontânea vontade, manifesta sua concordância e procede ao patrocínio
das causas de seu cliente mediante a remuneração acertada no contrato.
No caso em análise, a parte autora manifestou, de forma expressa e consciente, a renúncia e só
procurou discutir a cláusula após o fim do contrato.
STJ. 1ª Turma. AREsp 1825800-SC, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 05/04/2022 (Info
733).