Manual de Apoio de OGI
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Manual de Apoio de OGI
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
12ª CLASSE
NOTA INDUTÓRIA
Este manual de apoio ao aluno aborda um conjunto de conchecimentos básics para que o
aluno possua uma visão concreta da gestão de uma empresa industrial. Há a preocupação
de assegurar uma coerência formal e de conteúdos, com a finalidade de o aluno ir
apreendendo, gradualmente, os conceitos básicos para entender os processos que
desenvolvem em qualquer empresa industrial.
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By: Jomar João Campos
Introdução
Gerir uma empresa é uma tarefa complexa, cheia de desafios mas aliciante, pois cada
empresa é um ente que apresenta características próprias e únicas. Não existem duas
empresas que apresentem as mesmas características, pois os recursos humanos colocados
à sua disposição são diferentes, os meios de que dispõem e os objectivos que perseguem
variam de empresa para empresa e o mercado onde actuam apresentam características
diferenciadas. É ao gestor que compete harmonizar os recursos humanos, materiais e
financeiros de que dispõe para alcançar os objetivos que se propõem atingir.
Gestão
Dirigir - procurar gerir com eficiência os recursos disponíveis por forma a se alcançarem
as metas propostas;
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Estas quatro tarefas podem ser analisadas isoladamente, formando uma sequência cíclica,
denominada ciclo administrativo.
No entanto, estas quatro tarefas, em termos empresariais, devem ser visualizadas numa
abordagem integral, pois encontram-se intimamente relacionadas numa interação
dinâmica em que cada uma afecta as demais.
Esta interligação em que cada tarefa se relaciona com as demais numa interacção
dinâmica e em que o todo é maior que a soma das partes, constitui aquilo a que se chama
o processo administrativo.
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By: Jomar João Campos
O bom funcionamento de qualquer empresa começa por uma planificação correcta das
atividades a desenvolver.
Afirma-se que o planeamento é uma função crítica, porque um erro grave de previsão
pode conduzir ao fim da empresa. Assim não admira que os gestores dediquem cada vez
mais tempo aos estudos relacionados com a planificação.
Deve, no entanto, ter-se em atenção que uma correcta planificação deve ter em atenção
não apenas a previsão correcta da vida futura da empresa, mas igualmente a possibilidade
do controlo das tarefas realizadas uma vez que é fundamental para o gestor analisar os
desvios entre o que foi previsto e o que foi realizado. Esta análise é fundamental pois
permite detectar o que correu mal por forma a evitar que no futuro ocorram os mesmos
erros.
Planeamento
Tipos de planeamento
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By: Jomar João Campos
Planeamento estratégico
Qualquer empresa para sobreviver deve conhecer o meio que a envolve. Este meio é fonte
de oportunidades e de ameaças. É uma fonte de oportunidades pois é lá que se vai colocar
os bens com os quais negoceia. É uma fonte de ameaças pois é lá que actuam igualmente
os seus concorrentes.
Assim o primeiro passo a dar por uma empresa deverá consistir na definição da sua
estratégia de atuação. Esta estratégia deverá estar consubstanciada num documento
chamado plano estratégico.
O plano estratégico
Documento onde consta a forma como a empresa aplica os seus recursoshumanos
materiais e financeiros, para melhor se defender da concorrência, tendo em atenção as
variáveis actuais e futuras do mercado.
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By: Jomar João Campos
- Como é que com as capacidades de que dispõe consegue atingir o que se propõe?
Planeamento operativo
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1. Estabelecimento de objectivos
Consiste na definição dos alvos que a empresa selecciona e que procura atingir dentro do
prazo para o qual o plano é elaborado tendo em conta os recursos disponíveis.
➢ Quantificável;
➢ Calendarizado;
➢ Realista;
➢ Motivante;
➢ Util;
➢ De verificação possível;
➢ Consistente.
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O passo seguinte consiste em saber como a empresa pode e deve afectar os recursos de
que dispõe para atingir os objetivos que previamente definiu selecionando para o efeito a
alternativa mais adequada face aos recursos de que dispõe.
• Controlo e avaliação
Esta última fase do planeamento tem por objectivo comprovar se tudo foi executado de
acordo com o programado, para se poderem analisar os desvios, no caso se virem a
verificar.
Sendo, o planeamento, como vimos, uma etapa importante para o correcto funcionamento
da empresa não admira que a partir do início do séc. XX, altura em que a gestão
empresarial passou a assentar em métodos científicos, vários gestores e matemáticos se
preocupassem em criar modelos que possibilitassem à empresa visualizar o seu futuro.
De entre os modelos criados são de destacar o Gráfico de Gantt e o modelo de Pert que é
um dos mais utilizados na actualidade.
Gráfico de Gantt
Gantt criou o seu modelo no início do séc. XX. É evidente que hoje em dia já não
apresenta o mesmo valor que há um século atrás. Não há dúvida, no entanto, que continua
a ser importante como meio de organização do raciocínio do planificador.
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➢ uma estimativa optimista do tempo da sua realização (x) - se tudo correr bem, qual
será o tempo necessário para a realização da actividade?
➢ uma estimativa pessimista (y) - estabelecer, qual seria o tempo necessário para a
execução da mesma tarefa se tudo corresse mal?
➢ o tempo mais provável (z) - ou seja a definição do tempo que a tarefa leva a
executar em condições normais e de acordo com situações anteriores.
Gantt, por combinação destas três estimativas, apresentou a seguinte média aritmética
ponderada para a determinação do tempo esperado de duração para a execução de uma
tarefa (te).
Através de estudos estatísticos chegou-se à conclusão que o tempo mais provável (z) tem
uma possibilidade de ocorrência quatro vezes maior que qualquer dos outros dois tempos,
logo:
onde:
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Por exemplo e em relação ao exemplo anterior pode-se afirmar que no vigésimo segundo
dia: estava terminada a fase do planeamento, terminou neste dia a fase de aquisição de
matérias e já se iniciou a fase de fabricação.
Modelo de PERT
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ou Program Evaluation and Review Technique), pelo U. S. Navy Special Projects Office
para planeamento e controlo do projecto de contrução do míssil Polaris.
Esclarecimentos:
• As setas representam as actividades a serem executadas;
• O fim de uma actividade está representado por um círculo e recebe o nome de
evento;
• Observam-se arranjos diferentes de actividades e eventos, pois, por vezes uma
actividade não pode ser iniciada, sem que a anterior termine; outras vezes,
diversas setas partem do mesmo evento, porque as actividades decorrentes podem
efectuar-se em simultâneo;
• Caminho crítico, é o tempo mínimo necessário para a execução do projecto. O
caminho crítico é obtido quando se percorrer o percurso mais longo através da
rede.
• Comprimento do caminho crítico, é o que se obtém pela soma dos tempos
individuais que vão ligando os círculos ao longo do caminho crítico.
• Tarefas críticas, são as que se encontram ao longo do caminho crítico.
• Tarefas não críticas, são aquelas que embora fazendo parte do projecto, não se
encontram no caminho crítico.
As tarefas não críticas neste modelo são C e E uma vez que um atraso de 2 dias na sua
execução não prejudicar o projecto.
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Pretende-se que:
Pedidos
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Pedidos:
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ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL
. Introdução
Estrutura
Modo como são combinados e relacionados de forma quer horizontal, quer vertical, os
recursos que a empresa tem aos seu dispor.
O conceito atrás apresentado não é estático mas sim dinâmico, pois o gestor com os
recursos de que dispõe deve ser capaz de os adaptar permanentemente às políticas
definidas para a empresa.
Deve ainda ter-se em atenção que não existem duas empresas com a mesma organização,
pois não só os recursos de que dispõem são diferentes mas também a forma de os
relacionar varia de empresa para empresa.
Pessoas
Cabendo a cada pessoa uma parte específica do trabalho global a realizar na empresa.
Trabalho
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Orgão
Relações
ESTRUTURA DA ORGANIZAÇÃO
Organização
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A hierarquização
Aprovisionamento
O que é consequência:
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Toda a empresa que ultrapasse uma determinada dimensão, possui um serviço de compras
autónomo onde centraliza todas as actividades relativas ao processamento das compras e
que é responsável pela aquisição de bens de equipamento, existências e serviços.
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A gestão de stocks de uma empresa pode ser analisada segundo três ópticas:
1. A gestão material;
2. A gestão administrativa;
3. A gestão económica.
Stock
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Deve ainda ter-se em conta que o lugar onde os bens são guardados - que devem
estar preparados de modo a que:
➢ os bens mais pesados sejam sempre ser colocados em lugares baixos, para se evitar
que sejam erguidos;
➢ os locais de armazenamento sejam convenientemente explicitados, de preferência
num diagrama, por forma a que os bens sejam facilmente localizáveis;
➢ os stocks mais antigos estejam arrumados à frente dos mais recentes, de forma a
poderem ser primeiramente utilizados;
➢ as vias de circulação no interior do armazém sejam de tal modo amplas que as
pessoas, os bens e os veículos transportadores circulem em segurança;
➢ se minimizem os percursos, para se evitarem custos de circulação desnecessários;
empresa.
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Atividade que tem como objectivo racionalizar o tratamento dos stocks de modo a que
seja mínimo. O custo de aquisição e manutenção e máxima a rentabilidade obtida com o
seu uso.
Sem dúvida que é uma das tarefas básicas de toda a direcção empresarial é a de ter de
decidir a todo o momento como investir uma vez que os recursos são escassos.
Assim, e no que respeita à gestão dos stocks a empresa deve ter o cuidado de não ter
stocks em excesso, que são onerosos nem deve existir ruptura de stocks que podem
conduzir à paralisação da empresa.
Deste modo, possuir níveis óptimos de stocks significa que se deve actuar:
• Sobre a saída de stocks - é uma tarefa difícil, uma vez que os consumos são
prever não só o volume de cada encomenda, mas também a cadência das entregas;
Para se efectuar uma correcta gestão económica dos stocks a que ter uma conta:
➢ a previsão do consumo;
➢ os prazos de abastecimento;
➢ o nível de preços;
➢ o custo de efetivação de cada encomenda;
➢ o custo de transporte;
➢ o custo em armazém.
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Lote económico
A sua determinação é baseada em previsões quer das quantidades a utilizar nos últimos
períodos quer dos custos dos artigos em armazém.
As despesas de transporte são as que a empresa tem de suportar para obter ter os bens nos
seus armazéns.
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Um stock elevado, renovado apenas em períodos longos, conduz alguma diminuição das
despesas de efetivação das encomendas mas implica um aumento do custo de posse do
stock.
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Como em 30/4 o stock deste artigo estará esgotado, dando-se a ruptura do stock a empresa
deverá reconstituir o seu stock antes do final de 30/4 para evitar que o stock fique nulo
com todas as consequências negativas que dai advêm.
Vamos supor que a empresa repõe sempre os seus stocks para o nível anterior um mês
antes dos mesmos se esgotarem.
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A função principal do stock de segurança é a de evitar a ruptura do stock, pelo que uma
boa política gestiva da empresa consistirá em reduzi-lo ao mínimo, sem, no entanto, se
atingir a ruptura do stock. O stock de segurança é um stock improdutivo, isto é, um stock
morto, que quanto maior for, maior será o capital imobilizado pela empresa.
Para tanto basta fazer o cálculo do prazo necessário para que o fornecedor execute a
encomenda (T).
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Assim, caso a empresa fizesse apenas uma encomenda por eno, o seu stock médio seria
representado graficamente como se segue:
A determinação do lote económico pode ser feita através de um quadro ou através de uma
fórmula matemática:
Em resumo: a solução mais vantajosa é a que consiste em encomendar, de cada vez, 400
unidades do artigo A.
Resolução matemática:
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Onde:
• Grupo A - Constituído por 10% a 15% dos bens em armazém e que são
responsáveis por cerca de 70% a 80% dos investimentos dos bens em stock.
• Grupo B - Constituído por cerca de 25% dos bens em armazém e que são
responsáveis por cerca de 20% dos investimentos anuais dos bens em stock.
• Grupo C- Constituído por cerca de 65% dos bens em armazém e que são
responsáveis por cerca de 5% dos investimentos anuais dos bens em stock.
Do que atrás se disse verifica-se como é importante a empresa vigiar os seus stocks.
Com base nos dados apresentados é possível fazer-se a seguinte representação gráfica
tendo a curva obtida recebido o nome de curva ABC.
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O serviço de transportes
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O produto
A produção
A produção é uma fase da atividade produtiva da empresa que tem por obiectivo a
transformação de matérias em produtos nas melhores nas condições económicas. No
processo de produção vão-se verificando sucessivas transformações das matérias
consumidas até se conseguir um bem apto a ser vendido.
Produção
Série de transformações por que passam as matérias até atingirem o estado de produto
vendável.
Para que a empresa consiga obter os bens que deseja e os possa vender deve: conjugar
harmoniosamente meios de produção e trabalho;
matéria subsidiária;
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Em resumo:
No que respeita aos elementos produtivos há que ter em conta no que respeita:
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Às matérias:
A escolha das matérias necessárias à fabricação está dependente de vários factores, sendo
os mais importantes:
- À maquinaria e equipamento:
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Espaço de tempo que decorre entre o nascimento de um produto e o fim da sua vida útil.
Este ciclo pode ser descrito através de uma curva que representa as vendas e os lucros
que vão sendo obtidos.
Fases:
1. Lançamento
2. Crescimento
3. Maturidade
4. Declínio
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O preço
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Os custos e a actividade
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ONDE:
Custos variáveis são os que são os que se alteram em função das quantidades
produzidas, encontrando-se, por conseguinte, intimamente relacionados com o nível da
atividade fabril. Podem apresentar-se sob a forma de:
correspondem aumentos menos acentuados nos custos. É o que acontece, por exemplo,
com os ordenados dos operários;
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por turnos para satisfazer os pedidos dos clientes, o que implica o pagamento de
horas extraordinárias, a valores superiores aos das horas normais.
Os custos totais da empresa resultam, por conseguinte, da soma dos custos fixos com os
custos variáveis que ela suporta, durante determinado período de tempo para poder
transformar as matérias em produtos acabados.
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By: Jomar João Campos
Sabe-se, ainda, pela análise da estrutura dos custos desta empresa, que os custos fixos
somaram 15.000.000 kz e os custos variáveis 25.000.000 kz.
Sabe-se, ainda, pela análise da estrutura dos custos desta empresa, que os custos fixos
somaram 15.000.000kz e os custos variáveis 25.000.000 kz.
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Sabendo que o valor das vendas se obtém multiplicando o volume de vendas pelo preço
unitário de venda
teremos:
Enquanto não atingir este volume de vendas, a empresa tem prejuízo. A partir daqui
passará a ter lucro e este será tanto maior quanto maior for a margem sobre o custo
variável.
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REFERÊNCIA
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