AVISO N.º01 - Banco Nacional de Angola
AVISO N.º01 - Banco Nacional de Angola
AVISO N.º01 - Banco Nacional de Angola
DETERMINO:
Capítulo I
Disposições Gerais
Artigo 1.º
(Objecto)
O presente Aviso visa regulamentar o governo e sistemas de controlo interno,
bem como definir os padrões mínimos em que deve assentar a cultura
organizacional das Instituições Financeiras Bancárias, adiante abreviadamente,
designadas por “Instituições”.
Artigo 2.º
(Âmbito)
1. O presente Aviso é aplicável às Instituições Financeiras Bancárias sob
supervisão do Banco Nacional de Angola, previstas no número 2 do artigo
7.º da Lei n.º 14/21, de 19 de Maio, Lei do Regime Geral das Instituições
Financeiras.
2. Ficam, igualmente, abrangidas pelo disposto no presente Aviso, as
Instituições Financeiras Não Bancárias sob supervisão do Banco Nacional de
Angola, previstas no número 3 do artigo 7.º da Lei n.º 14/21, de 19 de Maio,
Lei do Regime Geral das Instituições Financeiras, nomeadamente:
a) Sociedades gestoras de participações sociais; e,
b) Sociedades operadoras de sistemas de pagamentos, nos termos do
artigo 10.º da Lei n.º 40/20, de 16 de Dezembro, Lei do Sistema de
Pagamentos de Angola e da alínea k) do n.º 3 do artigo 7.º da Lei n.º
14/21, de 19 de Maio, Lei do Regime Geral das Instituições Financeiras.
Artigo 3.º
(Definições)
Sem prejuízo das definições estabelecidas na Lei n.º 14/21, de 19 de Maio, Lei
do Regime Geral das Instituições Financeiras, para efeitos do presente Aviso,
entende-se por:
a) Administrador Executivo: membro do órgão de administração com
responsabilidades na gestão corrente, sem prejuízo das atribuições
globais inerentes ao seu cargo;
b) Administrador Independente: membro do órgão de administração
que exerce as suas funções com independência nos termos da alínea r)
do presente artigo;
c) Administrador Não Executivo: membro do órgão de administração,
que deve participar no processo de tomada de decisões estratégicas,
Capítulo II
Governança Corporativa
Artigo 4.º
(Princípios)
O “Código de Governo Societário das Instituições”, tem subjacente os seguintes
princípios:
a) Estímulo à cultura da transparência no âmbito interno das Instituições;
b) Contribuição para o reforço da integridade institucional, visando
promover maior confiança, qualidade e segurança dos produtos e
serviços comercializados no sistema financeiro;
c) Favorecimento de políticas convergentes no contexto da organização;
d) Promoção do acesso à informação tempestiva, clara e transparente;
e) Promoção da comunicação entre o órgão da administração, fiscalização
e comités instituídos;
f) Actuação independente e autónoma, com livre acesso às informações
necessárias para o exercício de funções ou atribuições;
g) Monitorização contínua do ambiente regulatório e divulgação de
normativos aplicáveis para actuação das áreas responsáveis; e,
Artigo 5.º
(Cultura e Estrutura Organizacional)
1. A cultura organizacional da Instituição deve constituir preocupação constante
do órgão de administração e fiscalização, a qual assenta em bases sólidas e
elevados padrões de controlo interno relativos à autorização, execução,
registo, contabilização e controlo das operações, designadamente, através
da:
a) Observância de elevados princípios éticos e de integridade,
consubstanciados em códigos de conduta e em políticas que
identifiquem e mitiguem os conflitos de interesses;
b) Definição e implementação de processos em linha com os princípios e
as práticas de controlo interno, os quais determinam que exista um
conhecimento dos riscos relevantes e da forma como podem ser
geridos; e,
c) Adequada segregação entre as funções de autorização, de execução,
de registo, de contabilização e de controlo, adaptada à dimensão,
natureza e complexidade da actividade.
2. A cultura organizacional deve ser do conhecimento de todos os colaboradores
e os mesmos devem contribuir para um eficiente sistema de controlo interno,
devendo assim, compreender o seu papel no sistema implementado.
3. A estrutura organizacional, considerada na sua vertente orgânica e funcional,
deve:
a) Estar adequadamente definida, servindo assim, de suporte à actividade
e à implementação de um sistema de controlo interno adequado e
eficaz;
b) Ser compatível com a estratégia, adaptada ao volume, natureza e
complexidade da actividade desenvolvida e prever recursos humanos
Artigo 6.º
(Governança Corporativa)
1. O modelo de governança corporativa deve ser compatível à dimensão,
natureza, complexidade, estrutura, perfil de risco e ao modelo de negócio da
Instituição.
2. O órgão de administração é responsável pela definição de políticas, devendo
aprovar e supervisionar a implementação dos objectivos estratégicos da
Instituição por parte da gestão, estrutura de governança e cultura
organizacional.
3. O órgão de administração e fiscalização ou órgão com competências
delegadas previstos nos artigos 12.º, 13.º, 15.º e 16.º, todos do presente
Aviso, devem:
a) Reunir nas periodicidades formalmente definidas, sem prejuízo de
reuniões extraordinárias determinadas por acontecimentos relevantes;
Artigo 7.º
(Modelo de Governança Corporativa)
1. As Instituições devem definir, implementar e, periodicamente, rever o seu
modelo de governança corporativa, pelo menos uma vez por ano,
Artigo 8.º
(Estrutura de Capital)
1. As Instituições devem assegurar a transparência da sua estrutura de capital,
mediante a identificação dos detentores de participações qualificadas,
considerando toda a cadeia de entidades a quem a participação é imputada
nos termos do número seguinte.
2. No cálculo das participações qualificadas devem ser considerados, para além
dos respeitantes a participações directas, os direitos de voto:
Artigo 9.º
(Estratégia e Gestão do Risco)
1. O modelo de governança corporativa em vigor nas Instituições deve permitir
a correcta definição, implementação, monitorização e revisão do seu sistema
de controlo interno, designadamente da estratégia do negócio, das políticas
e dos processos de gestão do risco.
2. As funções de gestão relevante devem assegurar que, o órgão de
administração tenha conhecimento, frequente e tempestivo de questões
Artigo 10.º
(Modelo de Organização)
1. As Instituições devem adoptar um modelo de governança corporativa que
melhor se adeque aos processos organizativos, de gestão corrente e de risco
da sociedade.
2. As Instituições devem adoptar uma comissão executiva, nos termos da Lei
n.º 14/21, de 19 de Maio, Lei do Regime Geral das Instituições Financeiras.
3. O presidente do órgão de administração não pode, cumulativamente,
desempenhar funções de presidente da comissão executiva e vice-versa.
4. O órgão de administração deve distribuir pelouros pelos seus membros
respeitando as regras de segregação de funções de negócio, suporte e
controlo.
5. Os responsáveis pelas funções de controlo interno devem reportar toda a
informação relativa ao desempenho das suas funções, directamente ao
administrador do pelouro e, sempre que ocorram situações, entre outras,
susceptíveis de afectar a estabilidade financeira da Instituição, configurar
riscos de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, bem
como conflito de interesses, ao órgão de administração.
6. Sempre que se trate do modelo de organização de um grupo financeiro, o
órgão de administração da empresa-mãe tem a responsabilidade de
assegurar a implementação e o funcionamento eficaz de uma estrutura de
governança corporativa clara e adequada à composição, actividade e riscos
quer do grupo como um todo, quer das Instituições individualmente
consideradas.
Artigo 11.º
(Órgão de Administração)
1. O órgão de administração deve ser constituído por um número ímpar de
membros fixados pelos estatutos da sociedade, englobando, no mínimo, 1
(um) administrador independente, o qual exerce a referida função por um
mandato único, não renovável.
Artigo 12.º
(Competências do Órgão de Administração)
1. O órgão de administração é responsável pela gestão das actividades da
Instituição, devendo subordinar-se às deliberações dos accionistas ou às
intervenções do órgão de fiscalização ou do comité de auditoria, apenas nos
casos em que a Lei ou o estatuto da Instituição o determinarem.
2. A Instituição é representada pelo órgão de administração.
3. O órgão de administração é competente para deliberar sobre qualquer
assunto de administração da Instituição, nomeadamente:
a) Definição e monitorização da estratégia de negócio e do risco
associado;
Artigo 13.º
(Comissão Executiva)
1. A comissão executiva é constituída por um número ímpar de membros, e
eleita em assembleia geral ou nomeada pelo órgão de administração, de
acordo com o Estatuto da Sociedade.
2. A comissão executiva é responsável pela gestão corrente, não lhe podendo
ser delegadas, sem prejuízo do disposto na Lei n.º 14/21, de 19 de Maio, Lei
do Regime Geral das Instituições Financeiras, as competências estritas do
órgão de administração.
3. A comissão executiva deve distribuir pelouros pelos seus membros
respeitando as regras de segregação de funções entre as funções de negócio,
suporte e controlo.
Artigo 14.º
(Órgão de Fiscalização)
1. A fiscalização da Instituição deve ser exercida pelo órgão de fiscalização.
2. Sem prejuízo do disposto nos números 8 e 9 do artigo 49.º da Lei n.º 14/21,
de 19 de Maio, o órgão de fiscalização deve ser composto maioritariamente
por um número de membros independentes não inferior a 3, o qual deve
incluir, obrigatoriamente, pelo menos, 1 (um) membro que seja perito
contabilista.
3. Aos membros do órgão de fiscalização, aplicam-se os critérios de
independência, previstos na alínea r) do artigo 3.º do presente Aviso.
Artigo 15.º
(Atribuições do Órgão de Fiscalização)
1. São atribuições do órgão de fiscalização da Instituição:
a) Fiscalizar a eficácia dos sistemas de controlo interno;
b) Receber as comunicações de irregularidades apresentadas por
accionistas, colaboradores da Instituição ou outros;
c) Propor a contratação de serviços de peritos que coadjuvem um ou
vários dos seus membros no exercício das suas funções, devendo a
contratação e a remuneração dos mesmos considerar os assuntos a
eles acometidos e a situação económica da Instituição;
d) Fiscalizar o processo de preparação e divulgação de informação
financeira;
e) Fiscalizar a auditoria externa com base nos documentos de prestação
de contas da Instituição;
f) Pronunciar-se previamente à conclusão de quaisquer negócios a
celebrar, directamente ou por interposta pessoa, entre titulares de
participação qualificada e a Instituição, ou Instituições que com esta
se encontrem em relação de domínio ou de grupo;
g) Emitir pareceres na apreciação e decisão de operações e concessão de
crédito, nos termos do disposto no número 6 do artigo 152.º da Lei n.º
14/21, de 19 de Maio, Lei do Regime Geral das Instituições Financeiras;
e,
h) Emitir outros pareceres legalmente previstos.
2. O órgão de fiscalização deve:
Artigo 16.º
(Delegação de Competências)
1. Sem prejuízo do disposto no número 5 do artigo 11.º do presente Aviso, o
órgão de administração deve delegar competências num ou mais dos seus
membros, visando aumentar a eficiência do seu funcionamento e facilitar a
focalização em áreas e matérias específicas.
2. Para efeitos do disposto no número anterior, o órgão de administração deve
manter a responsabilidade pelas funções delegadas e instituir processos de
prestação de informação para acompanhamento da delegação,
designadamente, das agendas de reuniões e as actas de decisões tomadas.
3. A determinação do número, modalidade e natureza das entidades ou órgão
com competências delegadas depende da dimensão e do perfil de risco das
Instituições, devendo o conteúdo da delegação estar perfeitamente definido
e documentado, o qual, no que concerne às reuniões, aplica-se as obrigações
previstas nos incisos i e ii, da alínea b), do número 5 do artigo 11.º do
presente Aviso.
4. Sem prejuízo das atribuições específicas de cada entidade ou órgão com
competências delegadas, compete-lhes:
a) Exercer a sua função com independência;
Artigo 17.º
(Constituição de Comités)
1. Compete ao órgão de administração estabelecer os comités necessários à
mais eficiente prossecução das respectivas competências.
2. Sem prejuízo do disposto nos artigos 184.º, 191.º e 196.º da Lei n.º 14/21,
de 19 de Maio, Lei do Regime Geral das Instituições Financeiras, as
Instituições devem constituir comités especializados, conforme o disposto
nos artigos seguintes.
3. Sem prejuízo do disposto nos artigos 18.º e 19.º do presente Aviso, os
comités de controlo interno e auditoria podem ser agregados, desde que
cumpridas as respectivas atribuições e funções.
Artigo 18.º
(Comité de Controlo Interno)
1. O órgão de administração deve delegar num ou mais membros não
executivos, a responsabilidade de presidir um comité com as seguintes
funções de acompanhamento do sistema de controlo interno:
a) Assegurar a formalização e operacionalização de um sistema de
prestação de informação eficaz, devidamente documentado, incluindo
o processo de preparação e divulgação das demonstrações financeiras;
b) Supervisionar a formalização e operacionalização das políticas e
práticas contabilísticas da Instituição;
c) Rever todas as informações de cariz financeiro para publicação ou
divulgação interna, designadamente as contas anuais da Instituição;
Artigo 19.º
(Comité de Auditoria)
1. O órgão de administração deve instituir um comité de auditoria responsável
por supervisionar a actividade e a independência dos auditores externos,
estabelecendo um canal eficaz de comunicação, com o objectivo de avaliar
os relatórios emitidos pelos auditores externos.
2. Para efeitos do disposto no número anterior, o comité de auditoria deve:
a) Monitorar e avaliar a independência e eficiência das acções do auditor
externo; e,
b) Dispor de um canal eficaz de comunicação com o auditor externo, para
o reporte de todas as matérias relevantes para efeitos de fiscalização
do seu desempenho.
Artigo 21.º
(Remuneração dos Membros dos Órgãos Sociais)
1. A remuneração dos membros da mesa da assembleia geral e do órgão de
fiscalização é constituída, exclusivamente, por uma componente fixa, ou seja,
não deve estar directamente associada aos resultados da Instituição.
2. O disposto no número anterior é aplicável aos membros não executivos e
independentes da Instituição.
3. A remuneração dos membros executivos do órgão de administração pode
conter uma componente variável associada ao desempenho de curto, médio
e longo prazo da Instituição, a qual não deve incentivar, directa ou
indirectamente, a tomada excessiva de risco.
Artigo 22.º
(Código de Conduta)
1. O órgão de administração deve definir e, formalmente, instituir um código de
conduta, aplicável à sua actuação e à dos restantes colaboradores, tendo por
objectivos, designadamente:
a) Estabelecer elevados padrões de actuação de acordo com princípios
éticos, regulatórios e deontológicos, promovendo a transparência das
relações, envolvendo os órgãos sociais e os colaboradores;
b) Inibir a participação em actividades ilegais e a tomada excessiva de
risco;
Artigo 23.º
(Conflitos de Interesses)
1. O órgão de administração deve formalizar e implementar um conjunto de
políticas e processos para identificação, monitorização e mitigação de
conflitos de interesses, envolvendo:
a) Os accionistas, os clientes, os órgãos sociais, os colaboradores e os
demais credores; e,
b) As relações, serviços, actividades e transacções da Instituição.
2. Para efeitos do disposto no número anterior e sem prejuízo do disposto na
Lei n.º 14/21, de 19 de Maio, Lei do Regime Geral das Instituições
Financeiras, as Instituições devem formalmente instituir:
a) A proibição dos membros dos órgãos sociais e dos colaboradores
ocuparem cargos potencialmente conflituantes noutras sociedades;
b) A obrigação de todos os membros do órgão de administração
revelarem tempestivamente qualquer assunto que possa originar ou
tenha originado conflitos de interesses, abstendo-se de participar nos
processos de tomada de decisão associados;
c) Um processo efectivo, prévio à tomada de decisão pelo órgão de
administração, que assegure que estas decisões não potenciam
conflitos de interesses e que são identificadas e avaliadas as
transacções com partes relacionadas;
d) A obrigação dos créditos concedidos aos accionistas, membros dos
órgãos sociais, colaboradores ou partes relacionadas com estes, serem
realizados em condições normais de mercado atendendo ao seu nível
de risco; e,
e) A possibilidade de derrogação da alínea d) do presente número em
caso de operações de crédito a membros dos órgãos sociais e
colaboradores que revistam carácter social, nomeadamente, crédito
Artigo 24.º
(Transparência da Organização Societária)
1. O objectivo da transparência no domínio da organização societária e
governança corporativa é o de fornecer a todas as partes interessadas de
uma Instituição, incluindo accionistas, trabalhadores, clientes, demais
credores e público em geral, todas as informações indispensáveis à avaliação
da eficácia dos órgãos de administração e fiscalização na governança da
Instituição.
2. As Instituições devem garantir a transparência e fácil compreensão do seu
modelo de governança corporativa, designadamente pelos accionistas,
membros dos órgãos sociais e colaboradores.
3. Para efeitos do disposto no número anterior, a estrutura societária deve ser
transparente e compreensível no que respeita à:
a) Composição dos órgãos de administração e fiscalização, contemplando
os curricula vitae dos seus membros e a identificação dos
administradores executivos e não executivos, independentes e não
independentes;
b) Identificação dos auditores externos, incluindo as suas credenciais e o
cumprimento dos requisitos de independência previstos no Aviso n.º
09/21, de 05 de Julho, sobre auditoria externa;
c) Identificação das unidades organizacionais, das competências que lhes
estão atribuídas e dos respectivos responsáveis, designadamente no
caso das funções chave do sistema de controlo interno, nomeadamente,
auditoria interna, compliance e gestão do risco;
d) Distribuição de pelouros e à segregação entre as funções de negócio,
suporte e controlo; e,
Artigo 25.º
(Divulgação de Informação)
1. O órgão de administração deve promover uma adequada divulgação de
informação de modo a impedir a assimetria no seu acesso entre os
accionistas, os colaboradores e o público em geral.
2. As Instituições devem garantir a publicação de informação completa, fiável,
actual, tempestiva, consistente e compreensível, tendo por objectivo
possibilitar uma visão abrangente da estratégia, do perfil de risco, da situação
financeira e do comportamento dos mercados a todas as suas partes
interessadas.
3. Devem ser objecto de divulgação, designadamente através da página da
internet das Instituições, no mínimo, as seguintes informações materiais:
a) A estrutura de capital da Instituição com identificação dos detentores
de participações qualificadas;
b) Os actos societários respeitantes a alterações relevantes nos objectivos
globais estratégicos e nas estruturas orgânicas e funcionais das
Instituições e empresarial dos grupos financeiros;
c) Informação financeira da Instituição, incluindo os seguintes
documentos:
i. Balanço;
ii. Demonstração de resultados;
Capítulo III
Sistema de Controlo Interno
Artigo 26.º
(Princípios Gerais)
1. O sistema de controlo interno deve ser adaptado à dimensão, natureza,
complexidade, estrutura e modelo de negócio, perfil de risco, tolerância ao
risco, apetite ao risco, grau de centralização e delegação de competências da
Instituição e implantação geográfica.
2. O sistema de controlo interno deve estar formalizado em documentos
específicos, suficientemente detalhados, que considerem o ambiente de
controlo, o apetite ao risco, os sistemas de gestão de risco, de informação e
comunicação, bem como processo de monitoramento.
3. Os documentos referidos no número 2 do presente artigo, devem ser do
conhecimento dos colaboradores, que devem ser impelidos para o seu
cumprimento e arquivados de forma a permitir a identificação das datas de
alterações e possibilitar a leitura de versões anteriores.
4. Na subcontratação de serviços para o exercício de funções, as Instituições
devem assegurar o exacto cumprimento dos objectivos enunciados no artigo
27.º do presente Aviso.
5. O sistema de controlo interno deve ser periodicamente revisto e actualizado
para que as medidas relacionadas com riscos não identificados previamente
sejam fácil e atempadamente incorporadas no processo a decorrer.
6. A actividade de auditoria interna deve fazer parte do sistema de controlo
interno de cada Instituição.
7. Sem prejuízo do disposto número anterior, , a actividade de auditoria interna
pode ser exercida por um auditor independente devidamente registado,
desde que este não seja o responsável pela auditoria das demonstrações
financeiras da mesma Instituição.
Artigo 27.º
(Objectivos do Controlo Interno)
1. O sistema de controlo interno, cujas disposições devem ser acessíveis a todos
os funcionários da Instituição, de forma a garantir o reconhecimento de
determinada função no processo, bem como as responsabilidades atribuídas
aos diversos níveis da organização, tem por objectivo assegurar:
a) A continuidade do negócio e a sobrevivência das Instituições através da
eficiente afectação dos recursos e execução das operações, do controlo
dos riscos, da prudente e contínua avaliação de activos, da definição e
segregação de responsabilidades, da segurança e controlo de acessos
nos sistemas de informação e comunicação e da mitigação de conflitos
de interesse;
b) A existência de informação contabilística e de gestão, de natureza
financeira e não financeira, completa, fiável e tempestiva, que suporte
a tomada de decisão e os processos de controlo;
c) O cumprimento das disposições legais, das directrizes internas e das
regras deontológicas e de conduta, no relacionamento com os clientes,
as contrapartes das operações, os accionistas e os supervisores; e,
d) A existência de política, processo ou outra medida preventiva para cada
risco, bem como o controlo e o acompanhamento sistemático para a
sua aplicação e funcionamento conforme estabelecido, visando a
imediata rectificação de todos os desvios.
2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, o controlo interno permite
ainda, assegurar a integridade, a concordância e a eficácia do processo,
fornecendo uma garantia razoável de que as informações financeiras e
administrativas são confiáveis, oportunas e completas e que a Instituição
financeira está em conformidade com as políticas e directrizes, internas e
externas, bem como as leis e regulamentos aplicáveis ao seu funcionamento,
quer internos quer externos.
Artigo 29.º
(Responsabilidades do Órgão de Administração)
1. O órgão de administração é responsável por definir, implementar e rever,
periodicamente, o sistema de controlo interno, de modo a assegurar que,
com carácter de permanência, sejam atingidos os objectivos enunciados no
artigo 27.º do presente Aviso.
2. O órgão de administração é o responsável pela estratégia de negócios e
solidez financeira, principais decisões sobre recursos humanos, organização
interna, estrutura, práticas de governança, gestão de riscos e obrigações de
conformidade.
3. Para efeitos do disposto nos números anteriores, o órgão de administração
deve garantir, no mínimo:
a) Uma estratégia devidamente formalizada, focada na solvabilidade a
longo prazo da Instituição, a supervisão da estrutura de governança
corporativa e uma revisão periódica da mesma, de modo a assegurar
que esta estrutura se mantém alinhada com a dimensão, natureza,
complexidade, estratégia de negócio, actividade efectivamente
exercida, implantação geográfica, bem como a regulamentação
vigente;
b) A definição do apetite ao risco da Instituição, juntamente com o
responsável pela gestão do risco, a qual deve ter em consideração o
panorama competitivo e regulatório, os interesses a longo prazo da
Artigo 30.º
(Estratégia)
1. O órgão de administração é o responsável pela definição da estratégia da
organização e da estrutura de gestão de riscos, incluindo a definição, a
manutenção, o monitoramento e o aperfeiçoamento dos controlos internos.
2. Na definição, implementação e revisão da estratégia, a Instituição deve:
a) Enquadrar a mesma num processo formal de planeamento, transversal
a toda a Instituição e baseada em pressupostos credíveis e informação
fiável e actual;
b) Determinar a política de risco da Instituição e assegurar um
acompanhamento eficiente dos níveis de rentabilidade, considerando os
riscos envolvidos;
c) Definir orientações que sirvam de base ao desenvolvimento do sistema
de controlo interno da Instituição;
d) Definir os objectivos de negócio, considerando os riscos associados, os
fundos próprios disponíveis para a sua cobertura, os requisitos
regulamentares e os resultantes da avaliação da própria Instituição, de
forma a integrar os principais produtos, actividades, sistemas e
processos;
e) Definir os objectivos para as áreas de suporte operacional, contabilístico
e tecnológico e das políticas de controlo interno e gestão do risco,
atendendo aos objectivos mencionados na alínea anterior;
f) Comunicar, formalmente, os objectivos globais a toda a estrutura
organizacional, bem como os objectivos específicos ou mais detalhados,
Artigo 31.º
(Âmbito do Sistema de Gestão do Risco)
1. As Instituições devem estabelecer um sistema de gestão do risco, na acepção
de um conjunto integrado de políticas e processos, incluindo procedimentos,
limites, controlos e sistemas, com objectivo de, permanentemente,
identificarem, avaliarem, monitorarem, controlarem e prestarem informações
dos riscos, promovendo assim, uma implementação adequada da estratégia
e cumprimento dos objectivos da Instituição.
2. Para efeitos do disposto no número anterior, o sistema de gestão de risco
deve:
a) Ser efectivo, eficaz, consistente e com influência activa nas decisões
tomadas pelo órgão de administração e pelos colaboradores, em
especial dos que têm responsabilidades de direcção;
b) Permitir a identificação, avaliação, acompanhamento e controlo de
todos os riscos materiais a que a Instituição se encontra exposta, tanto
interna como externamente, de modo a garantir que estes se mantêm
ao nível previamente definido pelo órgão de administração e que não
afectarão significativamente a situação financeira da Instituição;
Artigo 32.º
(Função de Gestão do Risco)
1. A função de gestão do risco deve:
a) Ser dotada de recursos materiais e humanos suficientes para a
prossecução dos seus objectivos;
b) Ter acesso pleno a todas as actividades, documentos, informações e
controlos relevantes para o exercício das suas funções;
c) Prestar aconselhamento ao órgão de administração;
d) Assegurar a aplicação efectiva do sistema de gestão de riscos, através
do acompanhamento contínuo da sua adequação e eficácia, incluindo
das medidas tomadas para corrigir eventuais deficiências desse
sistema; e,
e) Elaborar e apresentar ao órgão de administração, relatórios periódicos,
relativos à gestão de riscos, e aconselhar este órgão sobre as políticas
e as práticas de gestão do risco, e as medidas adequadas para corrigir
eventuais deficiências, conforme previsto na alínea anterior.
Artigo 33.º
(Função de Compliance)
1. As Instituições devem formalmente instituir uma função de compliance para,
com carácter autónomo, controlar o cumprimento das suas obrigações legais
e regulamentares, dos deveres, das políticas e das directrizes internas.
2. As Instituições devem nomear um responsável pela função de compliance, a
quem devem conceder estatuto adequado, poderes suficientes para o
desempenho do cargo e prestação de informação directa e aconselhamento
regular ao órgão de administração.
3. A função de compliance deve:
Artigo 34.º
(Sistemas de Informação e Comunicação)
1. As Instituições devem implementar um sistema de informação e comunicação
que garanta que a informação é completa, fiável, tempestiva, consistente,
objectiva e compreensível, tendo por objectivo obter uma visão abrangente
do cumprimento da estratégia, do perfil de risco, da situação financeira e do
comportamento dos mercados, instituindo processos em conformidade para
a sua recolha, tratamento e divulgação.
Artigo 35.º
(Segurança e Continuidade do Negócio)
1. Os sistemas de informação e comunicação devem estar suportados em
processos formais e transparentes, e em aplicações tecnológicas que
assegurem a actualidade e globalidade da situação financeira, a segurança,
a privacidade e a continuidade em cenários de contingência ou de sinistro,
devendo ser capazes de fornecer meios de prova suficientes em caso de
dúvidas sobre as operações realizadas.
2. Para efeitos do disposto no número anterior, as Instituições devem
estabelecer formalmente processos de cópia de segurança da informação
(backup) e de gravação das comunicações quando estas constituam meios
de prova de orientações ou decisões recebidas de clientes ou de contrapartes
nas operações.
3. Os sistemas informáticos devem estar alinhados com a estratégia global do
risco da Instituição, designadamente o risco operacional, ser adequados ao
volume e à natureza da sua actividade e ser objecto de:
a) Descrição detalhada visando rapidamente ultrapassar quebras de
funcionamento e facilitar a intervenção de diferentes utilizadores;
b) Protecção adequada capaz de inibir acessos indevidos e controlos
regulares para garantir a disponibilidade e a fiabilidade da informação;
e,
Artigo 36.º
(Âmbito do Monitoramento do Sistema de Controlo Interno)
1. O monitoramento do sistema de controlo interno respeita ao conjunto de
acções, avaliações e revisões efectuadas pela Instituição para, de forma
contínua, garantir a sua efectividade, continuidade e eficácia, nomeadamente
através da detecção tempestiva das deficiências provenientes da sua
concepção ou utilização, a qual, incide sobre as estratégias, políticas,
processos e todas as categorias de risco, bem como sobre os valores éticos
e profissionais.
2. A Instituição deve atender ao estatuto e nível hierárquico, na determinação
das responsabilidades dos diversos intervenientes no monitoramento do
sistema de controlo interno, actuando:
a) O órgão de administração sobre a estratégia, os objectivos globais e a
superintendência das diversas unidades organizacionais;
b) Os colaboradores com funções de direcção sobre a análise dos desvios
face aos objectivos estabelecidos e a coordenação das respectivas
áreas; e,
c) A generalidade dos colaboradores sobre as actividades de controlo e
revisão das tarefas diárias.
3. Sempre que forem detectadas deficiências no sistema de controlo interno, as
áreas devem comunicar, tempestivamente, ao nível hierárquico apropriado,
sem prejuízo das atribuições específicas da função de auditoria interna.
4. As deficiências com impacto material, quando consideradas individualmente
ou agregadas ou por via da sua previsível ocorrência contínua, detectadas no
âmbito das acções de controlo, devem ser devidamente registadas,
Capítulo IV
Auditoria Interna
Artigo 37.º
(Auditoria Interna)
1. As Instituições devem formalmente instituir uma função de auditoria interna
para, de forma autónoma, efectuar uma avaliação da efectividade, eficácia e
adequação do sistema de controlo interno, considerando o risco associado a
cada actividade, bem como a dimensão, natureza, complexidade, estrutura,
perfil de risco e modelo de negócio da Instituição.
2. A auditoria interna deve fazer parte integral do sistema de controlo interno e
a sua independência e autonomia devem ser respeitadas e promovidas por
todos os colaboradores da Instituição e, em especial, pelo orgão de
administração e pelas funções de gestão relevantes.
3. A auditoria interna deve ser definida como uma função de aconselhamento
ao órgão de administração, vocacionada para a avaliação e a adequação dos
sistemas de controlo interno às directrizes definidas pelo Banco Nacional de
Angola.
4. As Instituições devem nomear um responsável pela função, a quem devem
conceder estatuto adequado, poderes suficientes para o desempenho do
cargo e prestação de informação directa ao órgão de administração.
5. A função de auditoria interna deve:
a) Desenvolver a sua actividade em conformidade com os princípios de
auditoria interna reconhecidos e aceites a nível internacional, os quais
Artigo 38.º
(Requisitos)
1. A actividade de auditoria interna deve ser independente das actividades
auditadas, contínua, efectiva e dispor de:
a) Recursos suficientes para o desempenho dos trabalhos de auditoria;
b) Canais de comunicação definidos e eficazes, para reportar as
constatações e avaliações decorrentes dos trabalhos de auditoria; e,
c) Recursos humanos suficientes, adequadamente capacitados e com
experiência necessária para o exercício das suas funções,
nomeadamente:
i. Ter competência profissional, incluindo o conhecimento e a
experiência de cada auditor interno e dos auditores internos
colectivamente, de forma a que a equipa de auditoria interna
Artigo 39.º
(Objectivos)
1. A função de auditoria interna deve considerar todas as funções da Instituição,
incluindo as terceirizadas.
2. Sempre que se tratar da empresa-mãe do grupo financeiro, a função de
auditoria interna deve considerar também as funções das Instituições
integrantes do grupo financeiro.
Artigo 40.º
(Gestão de Riscos)
Na estrutura de gestão de riscos e de capital, a actividade de auditoria interna
deve contemplar, a avaliação da adequação e da efectividade, no mínimo:
a) Das políticas e das estratégias para a gestão dos riscos de crédito, de
mercado, de variação das taxas de juros para os instrumentos
financeiros classificados na carteira bancária, operacional, de liquidez e
demais riscos relevantes;
f) Dos sistemas, das rotinas e dos procedimentos para a gestão de riscos;
g) Dos modelos para a gestão de riscos, considerando os pressupostos, as
metodologias utilizadas e o seu desempenho;
h) Do capital mantido pela Instituição para fazer face aos riscos a que está
exposta ou venha a estar;
i) Do planeamento de metas e de necessidade de capital, considerando
os objectivos estratégicos da Instituição; e,
Artigo 41.º
(Regulamento da Actividade de Auditoria Interna)
1. As Instituições devem elaborar e manter um regulamento específico para a
actividade de auditoria interna, aprovado pelo órgão de administração e pelo
comité de controlo interno.
2. O regulamento da actividade de auditoria interna deve prever, no mínimo:
a) O objectivo e o âmbito da actividade de auditoria interna;
b) Os requisitos da actividade de auditoria interna;
c) Os atributos, as proibições e a política de remuneração aplicáveis aos
colaboradores da equipa de auditoria;
d) A exigência da observância a reconhecidos padrões de auditoria interna;
e,
e) Os procedimentos para a coordenação da actividade de auditoria
interna com a auditoria independente.
Artigo 42.º
(Planeamento e Execução da Actividade de Auditoria Interna)
1. O planeamento da actividade de auditoria interna deve ser realizado de
acordo com as directrizes estabelecidas pelo órgão de administração,
considerando todos os factores e riscos relevantes relativos às áreas,
actividades, produtos e processos objecto da auditoria.
2. A execução da actividade de auditoria interna deve abranger a recolha e
análise de informações, bem como a realização de testes, que fundamentem
adequadamente as conclusões e recomendações ao órgão de administração.
3. O responsável pela função de auditoria interna da Instituição deve elaborar
os seguintes documentos:
a) O plano anual de auditoria interna, baseado na avaliação de riscos de
auditoria, contendo, pelo menos, os processos que fazem parte do
âmbito da actividade de auditoria interna, a classificação desses
processos por nível de risco, a proposta de cronograma e de alocação
dos recursos disponíveis;
Artigo 43.º
(Deveres da Administração)
1. O órgão de administração deve:
a) Assegurar a independência e a efectividade da função de auditoria
interna, inclusive quando exercida por terceiros, nos termos da alínea
r) do artigo 3.º do presente Aviso;
b) Prover os meios necessários para que a actividade de auditoria interna
seja exercida adequadamente; e,
c) Informar tempestivamente aos responsáveis pela actividade de
auditoria interna da ocorrência de qualquer mudança material na
estratégia, nas políticas e nos processos de gestão de riscos da
Instituição.
2. O órgão de administração é o responsável pela observância, por parte da
Instituição, das normas e procedimentos aplicáveis à função de auditoria
interna.
Artigo 45.º
(Requisitos Mínimos do Sistema de Controlo Interno dos Grupos
Financeiros)
1. Com vista a assegurar uma efectiva gestão dos riscos associados à actividade
do grupo, a empresa-mãe deve assegurar que todas as suas filiais
implementam sistemas de controlo interno coerentes entre si e em
conformidade com os requisitos definidos no presente Aviso.
Capítulo VI
Prestação de Informação
Artigo 46.º
(Relatório de Governança Corporativa e Controlo Interno)
1. As Instituições devem remeter, anualmente, ao Banco Nacional de Angola
um relatório de governança corporativa e controlo interno, em base
individual, até 31 de Janeiro do ano seguinte, reflectindo a situação da
Instituição a 31 de Dezembro do ano anterior.
2. A empresa-mãe do grupo financeiro deve remeter, anualmente, ao Banco
Nacional de Angola um relatório sobre a governança corporativa, relativo ao
grupo financeiro, até 31 de Janeiro do ano seguinte, reflectindo a situação
do grupo a 31 de Dezembro do ano anterior.
3. Os relatórios previstos nos números 1 e 2 do presente artigo, devem ser
acompanhados:
a) Do parecer do órgão de fiscalização, devidamente datado e assinado,
quanto:
i. À veracidade e adequação do relatório; e,
ii. À suficiência das políticas e processos em vigor nas matérias de
governança corporativa.
b) Do parecer do auditor externo, devidamente datado e assinado, quanto
à veracidade e adequação do relatório; e
c) Dos relatórios anuais globais de gestão do risco, compliance e auditoria
interna.
4. Os relatórios previstos nos números 1 e 2 do presente artigo devem incluir:
a) Descrição geral das principais características do sistema de controlo
interno em vigor; e,
Artigo 47.º
(Dever de Informação Adicional)
1. O Banco Nacional de Angola pode, considerando circunstâncias
extraordinárias relevantes, convocar os membros dos órgãos sociais das
Instituições para esclarecimentos complementares relacionados ao modelo
de governança corporativa, bem como à gestão dos sistemas de controlo
interno.
2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, o Banco Nacional de Angola,
sempre que se revelar necessário, reserva-se no direito de solicitar do órgão
de fiscalização informações relativas aos relatórios de governança corporativa
e sistema de controlo interno e de contas anuais da Instituição.
Capítulo VII
Disposições Finais
Artigo 48.º
(Disposição Transitória)
As Instituições devem estar em conformidade com o disposto no presente Aviso
até ao dia 31 Março de 2022.
Artigo 50.º
(Revogação)
Fica revogado o Aviso n.º 10/21, de 14 de Julho, sobre o Código do Governo
Societário das Instituições Financeiras.
Artigo 51.º
(Dúvidas e Omissões)
As dúvidas e omissões que se suscitarem na interpretação e aplicação do
presente Aviso são resolvidas pelo Banco Nacional de Angola.
Artigo 52.º
(Entrada em Vigor)
O presente Aviso entra em vigor na data da sua publicação.
PUBLIQUE-SE.
O GOVERNADOR