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Vanessa Teixeira
Mestre em Geografia pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO),
Guarapuava/PR
e-mail: [email protected]
Resumo
O presente artigo, de cunho teórico propõe apresentar uma breve fundamentação teórico-
conceitual em referência as políticas públicas enquanto elemento que qualifique para uma
abordagem das estratégias de desenvolvimento no território, como forma de contribuir a
agenda da Geografia Contemporânea, uma vez que, grande parte das discussões
apresentadas são produtos da organização política do país. No intuito de atingir com os
objetivos proposto foram utilizados os estudos de Ribeiro (2014); Mello-Théry (2011);
Melazzo (2010); Rodrigues (2014); Souza (2006; 2003) Trevisan; Bellen (2008); Frey
Klaus (2000); Serpa (2011); e outros. Também, buscou-se fazer um levantamento dos
estudos recentes em periódicos da Geografia. Tal análise permitiu compreender as
transformações e ações do Estado no contexto brasileiro e a importância da abordagem
geográfica para os estudos de políticas públicas.
Abstract
Thisarticle, thetheoretical, proposestopresent a brieftheoreticaland conceptual basis in
referencepublic policies as anelementthatqualifies for an approach
todevelopmentstrategies in theterritory, as a contributiontothe agenda
ofContemporaryGeography, sincemuchthediscussionspresented are
productsofthepoliticalorganizationofthe country. In
ordertoachievewiththeproposedobjectiveswereutilized Ribeiro studies (2014); Mello-Théry
(2011); Melozzo (2010); Rodrigues (2014); Souza (2006; 2003) Trevisan; Bellen (2008);
Klaus Frey (2000); Serpa (2011); andothers. In addition, wetriedto do
asurveyofrecentstudies in journalsofGeography.
Thisanalysisallowsustounderstandthechangesandstateshares in
theBraziliancontextandtheimportanceofgeographicalinstance for policystudies
Resumen
En este artículo, el teórico, se propone presentar una breve base teórica y conceptual
enlas políticas públicas de referencia como un elemento que califica para unacercamiento
a lasestrategias de desarrolloenelterritorio, como una contribución a la agenda de
laGeografíaContemporánea, ya que gran parte los debates presentados sonproducto de
laorganización política del país. Conelfin de lograr los objetivos propuestosfueron
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utilizados estudios Ribeiro (2014); Mello-Théry (2011); Melozzo (2010); Rodrigues (2014);
Souza (2006; 2003) Trevisan; Bellen (2008); Klaus Frey (2000); Serpa (2011); y otros.
Además, hemos tratado de hacer una encuesta de estudiosrecientesen revistas de
Geografía. Este análisis nos permite comprenderloscambios y lasaccionesdel Estado enel
contexto brasileño y laimportancia de la instancia geográfica de estudios de políticas.
Introdução
escalas regionais e locais, visto dessa maneira, o mesmo não submergiu sua
capacidade de ação (SAQUET; SPOSITO,2008).
Contudo, na sociedade contemporânea não é possível pensar o
Estado enquanto um único poder político, outros atores também exercem um
papel na espacialidade dos fenômenos políticos, mesmo o Estado constituindo
um importante agente responsável na delimitação do exercício de relações no
território.
As políticas públicas enquanto uma de suas ações são intervenções
promotoras para o desenvolvimento, buscando garantir acesso a bens, serviços
públicos aos habitantes (RODRIGUES, 2014) atuando para minimizar as
desigualdades socioespaciais, primando por um desenvolvimento local, regional
ou nacional. Nessa medida, as políticas públicas estão intimamente relacionadas
aos problemas no campo de desenvolvimento (MELLO-THÉRY, 2011).
Falar sobre desenvolvimento é uma abordagem fundamental a
Geografia, principalmente no que compete aos seus impactos sobre a o território,
seja na ordem econômica, política ou social no âmbito de problemas nacional,
regional ou local. Sobre sua noção teórica, verificam-se inúmeras discussões,
definições e questionamentos no espaço tempo, mas principalmente, deve
encobrir as reflexões confinadas a Geografia econômica. Alguns autores
trabalham a mesma dentro da ideia de bem comum, com uma base de discussão
na questão de planejamento e gestão territorial, uma vez que a compreensão de
desenvolvimento vai ao encontro da “mudança, transformação - e uma
transformação positiva, desejada ou desejável” (SOUZA, 1996, p.5). Assim, falar
de desenvolvimento vai de encontro à mudança no valor social.
Segundo Castro (2009, p.14) o desenvolvimento passa por duas
ideias, a primeira no viés institucionalista, assim centrada “a comunidade cívica
constituir e acumular capital social que surge da convivência social, na qual
interagem competição e cooperação, bem como reforça os fundamentos da vida
democrática [...]”. Já a segunda ideia pauta-se ao debate sobre os regimes
políticos que comprometem positivamente ou negativamente o processo de
desenvolvimento (CASTRO, 2009).
Para outros autores, o desenvolvimento se insere enquanto campo
de poder, como é o caso do pesquisador Gustavo Lins Ribeiro, onde observa
que "a estrutura e a dinâmica de cada campo de desenvolvimento estão
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2A retórica governamental era: “é preciso primeiro deixar o bolo crescer para depois dividi-lo” (REIS,
1998, p. 214).
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temática unicamente interna a Ciência Política, uma vez que outros campos
científicos se ocupam dela para seus estudos (Figura 2).
Tendo em vista que cada ciência materializa sobre sua abordagem
um sentido próprio, procurando atender os métodos e temas destacados por
cada área de conhecimento que incorpora suas discussões, na Ciência Política
como na Sociologia os estudos priorizam uma investigação a política como
resultante das interações de diferentes grupos, segmentos e classes, já em
relação ao segmento administrativo os estudos recaem no aparelho do Estado e
a constituição de uma estrutura normativa, conforme os períodos históricos
(MELAZZO, 2010). Na Sociologia, as políticas públicas auxiliam a análise
principalmente pelas relações Estado e sociedade (CORTES; LIMA, 2012, p.
36).
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Considerações Finais
Referências
ARRETCHE, Marta. Dossiê agenda de pesquisa em políticas públicas. Revista
Brasileira de Ciências Sociais, v. 18, n. 51, p. 7-9,2003.
CASTRO, Iná Elias de. Escalas federativas de decisão política no Brasil. Limites
institucionais do desenvolvimento regional. CASTRO, I. E.; GOMES, P. C. Da;
CORREA, R. L. (Orgs). Olhares geograficos: modos de ver e viver o espaço.
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009, p.9-26.
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LIMA, Francisco Valdenir. Pivas: das gavetas viciadas dos altos escalões
administrativos à política pública de desenvolvimento rural. Revista OKARA.v.8,
n.1, p. 126-139, 2014
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