Engenharia Econômica
Engenharia Econômica
Engenharia Econômica
ECONÔMICA
Aline Alves
João Guterres de
Mattos
Iraneide S. S.
Azevedo
A474e Alves, Aline.
Engenharia econômica / Aline Alves, João Guterres de
Mattos, Iraneide S. S. Azevedo. – Porto Alegre : SAGAH,
2017.
237 p. : il. ; 22,5 cm.
ISBN 978-85-9502-056-6
CDU 658.15
Introdução
Spread bancário é simplesmente a diferença entre os juros que o banco
cobra ao emprestar e a taxa que ele mesmo paga ao captar o dinheiro.
O valor do spread varia de acordo com cada operação, dependendo dos
riscos envolvidos e, normalmente, é mais alto para pessoas físicas do que
para as empresas. O Brasil é famoso por ter um dos maiores spreads
bancários do mundo. Vamos entender por quê? Neste texto, você
vai estudar o conceito de spread e a prática dele no âmbito bancário.
Relevância do spread
O termo spread é um referencial americano para margem, e seu conceito se
refere à diferença aritmética de uma ação, de um título público ou de uma
transação monetária, logo, o spread bancário é a diferença entre o que o banco
paga na capitação de recursos em relação ao que eles cobram ao conceder
recursos a pessoas físicas ou jurídicas. É fato notório que as taxas de juros
brasileiras estão, atualmente, entre as mais elevadas do mundo. Isso se deve,
em parte, às condições macroeconômicas que caracterizaram o período recente,
mas que hoje começaram a se reverter. No entanto, essa é só uma parte da
explicação, pois o spread também é expressivo, como demonstram as taxas
de juros cobradas nos empréstimos.
Quando você investe em títulos públicos, está emprestando dinheiro ao
governo, quando você compra uma debenture, você está emprestando di-
nheiro a uma empresa, já quando você aplica dinheiro em um CDB, você está
1º
Quando você deposita seu dinheiro
em alguma instituição financeira
comercial, ela se compromete a
pagar juros pelo dinheiro aplicado.
2º
O banco oferece seu dinheiro
para eventuais consumidores e
cobra um juro que deverá ser
maior do que ele mesmo pagou
para captar esse dinheiro.
(Continua)
(Continuação)
3º
4º
Decomposição do spread
O spread bancário não pode ser diretamente considerado o lucro dos bancos,
pois na receita gerada por meio da intermediação da capitação e o empréstimo,
incorrem outras variáveis que não afetam lucro das instituições financeiras,
O FGC (FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITOS, c2017) tem por objetivo prestar garantia
de créditos contra as instituições a ele associadas, em situações de:
n decretação da intervenção ou da liquidação extrajudicial de instituição associada;
n reconhecimento, pelo BCB, do estado de insolvência de instituição associada
que, nos termos da legislação em vigor, não estiver sujeita aos regimes referidos
no item anterior.
Integra também o objeto do FGC, considerando a finalidade de contribuir para a
manutenção da estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e prevenir uma crise
sistêmica bancária, a contratação de operações de assistência ou de suporte financeiro,
incluindo operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por
intermédio de empresas por elas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores
(FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITOS, c2017).
Leituras recomendadas
KOMESU, D. K. Spread bancário: entenda o que é. [S.l.]: Mundo dos Bancos, 2015.
Disponível em: <http://www.mundodosbancos.com/spread-bancario/>. Acesso
em: 22 fev. 2017.
SILVA, B. C. O spread bancário brasileiro: uma análise da sua composição entre o período
de 1999 e 2004. 2005. Monografia–Curso de Graduação em Ciências.
Econômicas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005. Disponível
em: <http://tcc.bu.ufsc.br/Economia295570>. Acesso em: 22 fev. 2017.
SVERBERI, B. Só intimar o BB e a Caixa a reduzir juros não basta. Veja.com, 13 abr. 2012.
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/economia/so-intimar-o-bb-e-a-caixa-a-
-reduzir-juros-nao-basta/>. Acesso em: 22 fev. 2017.