Resumo Da Palestra "Histórias Marginais Da Psicanálise", Do Professor Dr.º Luiz Eduardo Prado

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 1

1.

Resumo da Palestra “Histórias marginais da psicanálise”, do Professor Drº Luiz Eduardo


Prado

Luiz Eduardo Prado de Oliveira, renomado membro de Espace Analytique em Paris, é uma
figura destacada como professor convidado nos Departamentos de Filosofia da PUCPR e
Psicologia da USP. Sua trajetória acadêmica iniciou-se de maneira não convencional, formando-se
em Economia pela PUC-Rio antes de enveredar pelo jornalismo. Contudo, seu percurso tomou
um rumo decisivo ao entrar em contato com a Psicologia Clínica, culminando na defesa de sua
tese de doutorado em Psicopatologia Clínica e Psicanálise sob a orientação do renomado
professor Jean Laplanche.

Prado de Oliveira exerceu papel relevante como coordenador dos psicoterapeutas de


orientação psicanalítica no Serviço Piera Aulagnier do Centro Hospitalar Sainte-Anne,
demonstrando seu comprometimento com a prática clínica e a abordagem psicanalítica. Sua
experiência transcende fronteiras, sendo convidado a palestrar na Universidade Federal de Juiz de
Fora sobre as "Histórias Marginais da Psicanálise".

A transição de sua formação em economia para a psicologia revela uma jornada singular. Sua
entrada tardia no último ano do curso de Psicologia, após dispensa de várias disciplinas, destaca
sua abordagem pragmática diante da busca pelo conhecimento.

Ao analisar as obras e contribuições de Luiz Eduardo Prado de Oliveira, é possível identificar


suas críticas e reflexões acerca da psicanálise. Uma delas é sua análise sobre a história de Freud e
da Psicanálise, apontando a tendência de Freud em apagar os conhecimentos anteriores oriundos
de outros autores, propondo a ordenação das correspondências freudianas como forma de
compreensão mais precisa.

O professor destaca a complexidade de Freud como pessoa e como construtor da psicanálise.


Ao abordar a psicanálise, Prado de Oliveira ressalta que ela não é exclusivamente moldada por
Freud, sublinhando a importância da transmissão do paciente e a construção mútua desse campo
teórico.

Uma crítica importante de Prado de Oliveira é direcionada à abordagem "religiosa" de alguns


analistas, que reproduzem conceitos sem reavaliar sua aplicação contemporânea. Essa crítica
destaca a necessidade de uma abordagem mais dinâmica e adaptativa à luz das transformações
sociais e culturais.

A obra de Sándor Ferenczi e Otto Rank, notáveis dissidentes de Freud, também é crucial para
compreender a pluralidade de perspectivas dentro da psicanálise. Ferenczi, por exemplo, desafiou
a rigidez da técnica analítica freudiana, explorando formas mais flexíveis de interação terapêutica.
Rank, por sua vez, divergiu ao propor a importância do desenvolvimento individual e da vontade
do paciente na análise.

Em suma, Luiz Eduardo Prado de Oliveira emerge como uma voz crítica e construtiva dentro
da psicanálise, promovendo a necessidade de reflexão constante, adaptação e diálogo frente aos
desafios contemporâneos, dialogando não apenas com Freud, mas também com dissidentes
importantes como Ferenczi e Rank.

Você também pode gostar