2 Movimento Armorial 50 Anos
2 Movimento Armorial 50 Anos
2 Movimento Armorial 50 Anos
Uma ideia que foi abraçada por profissionais pelo Brasil: do Rio de Janeiro, Marcela Sá.
Em São Paulo, Guilherme Isnard, Flavia Rossette, Ana Lucas, Celeste Bartolleti, Felipe
Barros de Brito e Jhony Arai. Em Recife, Marcelle Farias, a assessoria da Capibaribe e
de Maria Paula C. Rego. Os produtores Celso Rabetti e Edson Jr, respectivamente em
Florianópolis e Belo Horizonte.
Convido o público a aguçar os sentidos e participar desta imersão na alegria, nas cores,
nos sons da cultura popular. E celebrar os presentes que a vida nos traz a partir dos
encontros.
Regina Godoy
Coordenadora geral da mostra
Armorial. O sonho de Suasuna
O Movimento Armorial foi lançado pelo dramaturgo,
romancista, ensaísta, poeta, professor e palestrante,
Ariano Suassuna, em 18 de outubro de 1970, com a
proposta de produzir uma Arte Brasileira, ligada às
raízes de nossa cultura popular, mas erudita, e, por isso, universal. Mais do que
estabelecer diretrizes rígidas, o movimento buscava a convergência entre diferentes
gêneros da arte, como Dança, Literatura, Pintura, Música e Teatro.
Suassuna propôs reunir essas manifestações usando como traço comum a ligação com
o espírito mágico do Romanceiro Popular do Nordeste, expresso na literatura de
Cordel, na música de viola, rabeca ou pífano, que acompanha seus cantares, na
xilogravura que ilustra suas capas, e também nos espetáculos populares, como o
Reisado, o Maracatu, a Cavalhada e tantos outros.
Recebi, com muita alegria, o convite de Regina para realizar a curadoria da mostra, e
foi uma difícil tarefa reunir e conciliar todas as informações, possível apenas porque
pude contar com a consultoria de Manuel Dantas Suassuna e Carlos Newton Júnior. A
estética Armorial está presente na magia das cores e luzes elaborada pelo cenógrafo
Guilherme Isnard e na identidade visual da mostra, criada por Ricardo Gouveia de Melo
e desenvolvida por Ana Lucas. Assim, logo na chegada, o visitante é recebido pela Onça
Caetana, que Suassuna retrata com frequência em seus livros, desenhos e
iluminogravuras.
Assim como outras, a comemoração dos 50 anos do Movimento Armorial foi adiada
devido à pandemia, mas, agora, queremos celebrar, sorrir e sonhar – e o Sonho é a
matéria prima do Armorial.
Denise Mattar
Curadora da Exposição
Onça caçadora:
O pai de Ariano Suassuna foi assassinado quando ele era ainda criança por questões
políticas. A mãe foi perseguida e teve que se mudar várias vezes, com os filhos. Esse
acontecimento é um ponto fulcral da obra do escritor, por isso abre a mostra. A Onça
Caetana é uma das formas assumidas pela morte no universo ficcional de Ariano, que,
para tanto, parte do nome “Caetana”, com o qual o sertanejo costuma se referir à
morte, vendo-a na forma de uma jovem mulher (“a moça Caetana”). Ariano desenhou
várias versões da Onça Caetana, sendo esta a escolhida para ser realizada
tridimensionalmente para a exposição. A peça foi confeccionada em Belo Horizonte
pelos bonequeiros Agnaldo Pinho, Carla Grossi, Lia Moreira e Pedro Rolim.
Faze experimental – Artes Plásticas
Sala Especial GILVAN SAMICO (1928 - 2013)
Samico e Suassuna foram grandes amigos por toda a vida, e dentre os muitos textos
sobre o artista, escritos por Ariano, destacamos: