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INSTITUIÇÕES DE IGREJAS
«ç BISPADO DE MARIANA
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SERVIÇO DO PATRIMÓNIO
HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL
PUBLICAÇÃO N.° 13
INSTITUIÇÕES DE IGREJAS
NO BISPADO DE MARIANA
/
CÓNEGO RAIMUNDO TRINDADE
VI
VII
Rodrigo M. F. de Andrade
Diretor do S. P. H. A. N.
INSTITUIÇÕES DE IGREJAS
NO BISPADO DE MARIANA
.
ABREVIATURAS
INSTITUIÇÕES DE PARÓQUIAS
NA IGREJA UNIVERSAL
NO RRASIL-COLÔNIA
As terras do Brasil pertenciam à Ordem de Cristo e esta,
por concessão pontifícia em prémio dos seus trabalhos na
defesa da Igreja e na propagação da fé, gozava do direito da
(*) Parochia do gr. para, junto da, oichia, casa: conjunto de casas vi-
zinhas .
G CÓNEGO RAIMUNDO TRINDADE
NO BRASIL-IMPÉRIO
for servido.
Mar* 1749" (Do copiador de Dom Frei Manuel da Cruz).
OS QUATRO CURATOS
a
2. via
19
§ 11 — Ao
Governo compete expedir, pelas secretarias
de Estado a que pertencer, e na conformidade das leis, o
seguinte:
A Rainha
Marquez de Caravellas
Nicolau Pereira de Campos Vergueiro.
Francisco de Lima e Silva.
NOMEAÇÃO DE BISPOS
Trecho de um
despacho de Mons. Fabbrini, de 26 de
março de 1833 ao Secretário de Estado de S. Santidade:
"Venerdi, 22 corrente venne da me il Ministro delia Giusti-
zia ed Affari. Ecclesiastici (em nota: —
Marchio de Paraná
— Honorio Hermeto Carneiro Leão) domandando-mi se io
ero autorizzato a ricevere le abilitazioni, ossia a fare il pro-
cesso pei nominati alie Sedi Vescovili, e se avesse io facoltà
di dispensare daH'irregolarità ex defectu natãlium per un
individuo, che egli andava a proporre in quella stessa mat-
tina alia Reggenza, onde nominarlo alia vacante Sede di
Rio-Janeiro."
(*) Apud Santini — De Régio lure Patronatus in Brasília, vol. II, pág. 41.
. .
Art. 8
o
— Ficam revogadas as disposições em contrario.
Mando portanto a todas as Auctoridades a quem o conhe-
cimento e execução da referida Lei pertencer, que a cum-
pram e façam cumprir tão inteiramente como nella se con-
tem. O Secretario desta Provinda a faça imprimir, publicar
e correr. Dada no Palacio do Governo, na Imperial Cidade
de Ouro Preto, aos 24 dias do mez de Março do anno do Nas-
cimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oitocentos e
quarenta, decimo nono da Independência e do Império.
1748-1764 2
De 28 de novembro Dom Frei Manuel da Cruz, 1.° bispo diocesano,
de 1748 a 3 de ja- f a 3 de janeiro de 1764.
neiro de 1765.
1769-1772 5
De 5 de agosto de Cónego Mestre-em-artes Vicente Gonçalves
1769 a 3 de feve- Jorge de Almeida, 3.° vigário capitular,
reiro de 1772.
1772-1773 6
De3 de fevereiro de Padre Dr. Francisco Xavier da Rua, Procura-
1772 a 19 de de- dor de D. Figueiroa, 2.° Governador .
zembro de 1773.
1775-1778 8
De 12 de dezembro Padre Dr. José Justino Gondim, 2.° procurador
de 1775 a 24 de de D. Rartolomeu.
maio de 1778. 4. ° Procurador.
1778-1779 9
De 24 de maio de Cónego Doutoral Inácio de Sá, 3.° procurador
1778 a 29 de agos- de D. Rartolomeu.
to de 1779. No penúltimo mês dêste seu governo,
foi promovido a Tesoureiro-mor
do Cabido.
a
5. ° Governador (2. vez no govêrno).
32 CÓNEGO RAIMUNDO TRINDADE
1779- 1780 10
De 29 de agosto de Tesoureiro-mor Dr. Inácio Correia de Sá, pro-
1779 a 25 de feve- curador de Dom Pontével,
reiro de 1780. 6.° Governador (continuando no go-
verno) .
1780- 1793 11
De 25 de fevereiro Dom Frei Domingos da Incarnação Pontével,
de 1780 a 16 de ju- 4.° bispo,
nho de 1793. t a 16 de junho de 1793.
1793-1795 12
De 22 de julho de Cónego Dr. José Botelho, Borges, 4.° vigário
1793 de 1 de agôs- capitular,
to de 1795 (*). t a 1 de agosto de 1795.
1795- 1796 13
De 13 de agosto de Cónego Dr. António Amaro de Sousa Coutinho,
1795 a 1 de agosto 5.° vigário capitular.
de 1796 (**). Desistiu "para o bem da Igreja" em
1 de agosto de 1796.
1796- 1798 14
De 4 de agosto dc Arcebispo Antônio Álvares Ferreira Bodrigues,
1796 a 20 de agôs- 6.° vigário capitular.
to de 1798 (***). A 20 de agosto de 1798 tomou posse do
bispado com procuração do novo
bispo.
1798 15
De 20 a 30 de agôs- Arcediago Antônio Álvares Ferreira Rodrigues,
lo de 1798. 1.° procurador de D. Cipriano (*).
7.° Governador.
1798- 1799 16
De 30 de agosto de Padre Dr. Quintiliano Alves Teixeira Jardim,
1798 a 30 de ou- vigário colado de Congonhas do Campo,
bro de 1799. 8.° Governador.
1799- 1817 17
De 30 de outubro Dom Frei Cipriano de São José, 5.° bispo,
de 1799. f 14 de agosto de 1817.
1817-1820 18
De 21 de agosto de Arcediago Dr. Marcos Antônio Monteiro de
1817 a 25 de mar- Barros, vigário capitular,
7.°
ço de 1820 (**). Tomou posse pelo novo bispo.
1820 19
De25 de março a Arcediago Dr. Marcos Antônio Monteiro de
8 de agosto de Barros, 9.° Governador.
1820.
1820-1835 20
De 8 de agosto de Dom Frei José da Santíssima Trindade, 5.° bispo.
1820 a 28 de outu- f a 28 de setembro de 1835.
bro de 1835. -
De 17 de novembro 27
de 1877 a 15 de Dom Antônio Maria Correia de Sá e Bene-
julho de 1896. vides, 8.° bispo.
f a 15 de julho de 1896.
De 19 de julho de 28
1896 a 7 de maio Dom Silvério Gomes Pimenta, bispo de Cá-
de 1897 (*). maço, 11.° vigário capitular.
Foi eleito bispo diocesano.
De 7 de maio de 29
1897 a 30 de agôs- Dom Silvério Gomes Pimenta,
to de 1922. t a 30 de agosto de 1922.
Finezas do padroado!
4H
Faz saber aos que esta Carta virem que, sendo reque-
rido por parte de Joze Lucas Pereira, morador no Ribeirão
dos Bagres da Freguezia do Prezidio de S. João Baptista em
o Bispado de Marianna, que se lhe concedesse faculdade
para poder erigir naquelle lugar de sua moradia, em bene-
ficio de sua numerosa família, e de seus vezinhos, huma
Capella Publica, com a denominação de Capella de Nossa
Senhora da Incarnação, visto acharem-se todas mui dis-
tantes da dita Freguezia, e não poderem por isso, e pelas en-
INSTITUIÇÕES DE IGREJAS NO BISPADO DE MARIANA 53
(*) José Gonçalves Bacalhau, nat. de Faro, falecido (1781), solteiro, "na
paragem chamado o Xopotó" foi de certo quem deu a Guaraciaba o seu nome
primitivo. Era filho de André Gonçalves e de Maria do ó.
.
A
paróquia foi criada pelo decreto de 14 de julho de 1832
e canonicamente instituída a 16 de agosto do ano seguinte.
Primeiro vigário encomendado: Serafim de Sampaio
Vale. Primeiro colado: Manuel Félix Ribeiro, apresentado
por C. P. de 27 de julho de 1836 e instituído a 2 de setembro
seguinte; Joaquim Lourenço Dias (1843) e Filipe Benício
Raimundo Nonato (1847).
Teve pelo mesmo decreto, por filiais, as Capelas de Ta-
pera (Porto Seguro) e São João Batista (Vide São João,
n.° 568)
Em
1741, por provisão de Dom
Frei João da Cruz, de
4 de novembro, foi elevada a freguesia.
Em
19 de agosto de 1726, Dom Frei Antônio de Guada-
lupe, em visita pastoral à Capela do Registo Velho, dá as pri-
meiras providências para a construção da Matriz da Borda
de Campolide. Demarcou-lhe o sítio, a saber: "numa cha-
pada, no alto e meyo de um campo livre de pensão e foro,
porque realengo, vizinho da fazenda chamada da Caveyra
de Estevam dos Reis Mota e seu sócio e parente José Pinto
."
dos Reis. .
Esta expressão —
ficou servindo de matriz salvo rae j —
lhor interpretação, parece indicar que a freguesia fôra
criada por ocasião dessa visita.
Emjunho de 1743 "concordaram os moradores em dar
princípio às obras da nova igreja, no sítio anteriormente
designado (dezessete anos antes) pelo Bispo Dom Frei de
Guadalupe.
A obra de taipa foi arremata pelo mestre taipeiro João
de Faria.
Era então vigário o Padre Manuel da Silva Lagoinha.
"Como para dar princípio a dita obra se carecia de li-
cença do Exmo. e Rvmo. Sr. Bispo Dom Frei João da Cruz,
se lhe fez petição, e o dito Senhor mandou passar provisão
de ereção, a qual se acha registrada no cartório eclesiástico
desta comarca, em 19 de novembro de 1743."
No dia 9 de dezembro assinalou-se com uma cruz o lugar
da construção, e isto se fêz com ruidosas festas.
Quando chegou ao bispado "o Exmo. e Rvmo. Sr. Dom
Frei Manuel da Cruz, achando-se já a dita igreja em estado
.
75 — Caeté.
Foi descoberto pelo Sarg.-mor Leonardo
Nardes (1702-1703).
Paróquia da instituição eclesiástica do primeiro decénio
do século XVIII, a qual o alvará de 16 de fevereiro de 1724
elevou à categoria de colativa.
Oprimeiro vigário colado da Freguesia de Caeté foi o
Padre Dr. Henrique Pereira, cujos autos de instituição
devem encontrar-se no arquivo eclesiástico do Rio de Ja-
neiro, diocese de que por êsse tempo era parte o distrito das
Minas Gerais.
Em 1735, ao expirar o mês de maio, encontrava-se no
Rio de Janeiro, devidamente aparelhado para uma viagem
ao reino, o Vigário Henrique Pereira. Seu paroquiato em
Caeté, que andava já em dez anos e que não teria sido de
repousos e facilidades, comprometera-lhe sèriamente a
saúde e esta não a recobraria êle senão nos ares da pátria,
consoante lhe certificaram os médicos que consultara (*)
Havia cinco anos que, em Minas, se tratava sem resultado
satisfatório
Munira-o o Bispo Diocesano, Dom Frei Antônio de Gua-
dalupe, de cartas comendatícias para as autoridades ecle-
siásticas de Portugal. Tais documentos lhe foram passados,
depois de realizadas ad normam juris as averiguações canô-
(*) Cf. Instruções etc. in "Rev. do Arq. Pub. Min.", 4.° - 732.
.
."
São Caetano da Villa do Caetée, e D. Thereza. .
do Couto.
ou Regimento em
contrario, e se registrará nos Livros da
Camera eccleziastica do mesmo Bispado e nos desta nova
Vigairaria, e nos da Provedoria da Fazenda Real.
Lixboa seis de Novembro de mil setecentos e quarenta
e nove. = Raynha = (Reg. Geral I
o
— —
257)
Congonhas, portanto, foi elevada a igreja de natureza
colativa a 6 de novembro de 1749.
Vigários colados: Jácome Coelho Pacheco de Araújo.
Transferido do priorado de Vila Franca, Bispado de Coim-
bra, colado a 12 de maio de 1750 (perdida a C. R. de apre-
sentação); Dr. Quintiliano Alves Teixeira Jardim, apresen-
tado na vaga do precedente por C. R. de 18 de outubro de
1777, colado a 26 de novembro do mesmo ano. O Dr. Quin-
tiliano colou-se em Lisboa perante um provisor ad hoc, no-
meado por Dom Bartolomeu Mendes dos Reis, então Bispo
de Mariana, residente na capital do reino. O novo Vigário
de Congonhas tinha apenas as ordens menores; acabava de
se graduar em cânones na Universidade de Coimbra: a pa-
róquia, em que se colara, foi o título (*), com que se orde-
nou de subdiácono. Mais tarde, sem desistir da paróquia,
exerceu os cargos de provisor e vigário geral de Dom Frei
Cipriano. Faleceu em Mariana a 21 de maio de 1807 e foi
sepultado em Congonhas.
Sucedeu-lhe o Padre Antônio Carlos Machado de Maga-
lhães Botelho, apresentado por C. R. de 15 de setembro de
1808, colado a 8 de agosto de 1809. Foi privado da fregue-
sia por incompatibilidade com o povo devido ao seu génio
turbulento e provocador e, porque lhe foi mantida a côn-
grua, enquanto viveu não foi provida a paróquia. O quarto
vigário colado foi o Padre Hipólito Antônio de Freitas, apre-
donde se supõe que o sacerdote possa haver uma côngrua subsistênia. (Resp.
da S. C. C. de 21-VI-1879) .
INSTITUIÇÕES DE IGREJAS NO BISPADO DE MARIANA 99
(*) Abílio Barreto — Belo Horizonte, 2. a ed. (Hist. Antiga), págs. 95 e 110.
104 CÓNEGO RAIMUNDO TRINDADE
200 Gesteira. A
princípio (1713-1730) simples ermida
na fazenda do Sargento-mor João Gonçalves Ges-
teira. Mais tarde ergueu-se uma capela pública,
em que se venera a mesma imagem da ermida do
sargento-mor —
Nossa Senhora da Conceição. Esta
(*) Em 1741 era já falecido.
. .
de 1856.
214— Guapé. Vide Aguapé.
215 — Guaraciaba. Vide Barra de Bacalhau
216 — Guarani. Vide Espírito Santo do Pomba.
217 — Guarapiranga. Primeiro explorador do território
desta velha freguesia foi João de Siqueira Afonso
118 CÓNEGO RAIMUNDO TRINDADE
(*) Ibitipoca (Conceição) foi um dos quatro Curatos criados em 1750 por
D. Frei Manuel da Cruz.
120 CÓNEGO RAIMUNDO TRINDADE
E explica em
nota: "Inficionado. Povo importante das
Minas do Mato Dentro: Chamado assim, porque o ouro, que
tinha mui subido, perdeo os quilates mais altos, e ficou cha-
mando-se ouro inficionado. Assim o soube o Poeta dos an-
tigos daquela Paroquia, de que elle he natural".
Em 1729 tinha as filiais —
Santana do Piracicaba (que
se transferiu para o Fonseca) e Santo Antônio do Gama.
A matriz, construída pelo Sargento-mor Paulo Rodri-
gues Durão, foi benzida a 28 de maio de 1729, conforme re-
latório do Vigário Lourenço Antônio Pereira.
À antiga freguesia, de instituição episcopal, conferiu a
natureza de colativa o alvará de 16 de janeiro de 1752.
Vigários colados: Dr. Antônio Dias Delgado de Carva-
lho, apresentado por C. R. de 20 de janeiro de 1752, colado
a 6 de dezembro do mesmo ano; Manuel José Soares, apre-
sentado por C. R. de 19 de dezembro de 1783, colado a 20
de julho do ano seguinte; Gabriel da Costa Resende, apre-
sentado por C. R. de 2 de abril de 1803, colado a 7 de no-
vembro de 1804; Lourenço Antônio Pereira, apresentado por
C. R. de 27 de novembro de 1811, colado a 11 de março do
ano seguinte; Felício de Abreu e Silva, apresentado por
C. P. de 1 de setembro de 1837, colado a 4 do mesmo mês
e ano.
ques Afonso
249 — Jacaré. Capela de Santana do Jacaré, dafilial
Vila de São José, a pedido de José Gomes, João
Vieira, Bartolomeu Dias e José de Oliveira Maia,
erigida por provisão de 25 de junho de 1770.
250 — Jacareguai. Vide São Francisco de Paula de Oli-
veira.
de 22 de setembro de 1871
277 — Lavras do Funil. Capela de Santana, erigida, a pe-
dido dos moradores "do lugar das Lavras de Funil",
filial de Carrancas, por provisão de 18 de setembro
de 1751.
rino (1725).
(*) Da escritura de doação que aos RR. PP. Lazaristas fêz o Padre José
Simões.
.
BISPO DE MARIANA
II
III
IV
Dom Frei Domingos da Incarnação Pontével. Nasceu
em São Nicolau, uma das quatro freguesias em que é divi-
dida a cidade de Santarém, patriarcado de Lisboa. Filho de
Gabriel Nunes de Andrade e de Teresa Maria. Batizado a
3 de novembro de 1722.
Professo na Ordem dos Prègadores. Por espaço de
quinze anos lecionou filosofia e teologia em colégios de sua
religião. Diretor da Ordem Terceira de São Francisco. Era
lente de Prima no colégio de Nossa Senhora da Purificação
da Escada, quando foi nomeado Bispo de Mariana por carta
de apresentação régia de 20 de novembro de 1777, reinando
D. Maria I.
Eleito por Pio VI por bulas de 1 de março de 1778, tomou
posse pelo seu procurador — Cónego Dr. Inácio Correia
de Sá — a 29 de agosto de 1779. Fêz sua entrada em Ma-
riana a 25 de fevereiro de 1780.
Faleceu em Vila Rica, onde residia habitualmente, a 1G
de junho de 1793. Está sepultado em Mariana.
V
Dom Frei Cipriano de São José, nascido a 12 de no-
vembro de 1743; filho de Caetano Batista e de Rosa Maria.
Foi batizado em sua terra natal — São Sebastião da Pe-
dreira, bispado de Leiria, a 5 de janeiro de 1744.
Professou na ordem dos menores reformados de São
Francisco, no Convento de Nossa Senhora da Arrábida.
Exerceu na ordem o cargo de visitador, e na Capela de
Bemposta, o de prègador da Corte.
Era mestre jubilado em teologia dogmática e moral.
Nomeado bispo por carta régia de 25 de julho de 1796,
foi confirmado por Pio VI em 24 de julho de 1797. Sagrou-se
no mesmo ano a 31 de dezembro.
. .
VI
VII
VIII
SEGUNDO ARCEBISPO
Comoo primeiro Bispo, veio —
transferido do Mara-
nhão (canonicamente, da arquidiocese titular de Verissa) —
o segundo Arcebispo de Mariana, Dom Helvécio Gomes de
Oliveira
Têmnotáveis afinidades entre si os dois eminentes pre-
lados que a longínqua Diocese do norte brasileiro mandou
para Mariana.
Basta frisar que nesta cidade o que, em obras públicas
de caráter religioso, não foi realizado por Dom Frei Manuel
da Cruz (com poucas exceções que apontarei a seu tempo),
o foi por Dom Helvécio.
Dom Helvécio Gomes de Oliveira nasceu em Anchieta
(antiga Benevente), no Espírito Santo, do legítimo matri-
.
IGREJAS DE MARIANA
Catedral. E' a antiga matriz da Conceição da Vila do
Carmo
Sua construção, confiada a Jacinto Barbosa Lopes e
custeada pelos fiéis, iniciou-se no govêrno de Antônio de
Albuquerque, primeiro Capitão-General que residiu em Minas
(1710-1713).
Conquanto se afirme, no documento que a seguir trans-
creverei,que essa obra estivesse concluída no govêrno de Dom
Brás Baltasar da Silveira (1713-1717), documentos posterio-
res como diversas cartas de Dom Frei Manuel da Cruz, insi-
nuam que sua construção se prolongou pelo menos até 1760.
Como se viu acima, o primeiro vigário colado da Vila do
Carmo, preocupou-se com as obras de sua igreja e até em-
pregou nela dinheiro seu.
Elevada a catedral, houve de ser adaptada para seu novo
destino e é certo que a tribuna para o órgão, assim como o
côro para o cabido, foram executadas depois de 1748. As
pinturas dêste último são de 1760, data que se encontra
numa de suas cadeiras.
Transcrevo a seguir o documento a que aludi acima:
"Dom Braz Balthazar da Silveira, etc. Por Coanto me foi pre-
sente que peçoas principaes do distrito da Vila de N. S. do
Carmo por hum termo que se acha nos livros da secretaria
deste governo assinado por ellas, no qual por si, e em nome
de todos os moradores desta dita Villa se obrigarão na pre-
sença do governador Antonio Albuquerque meo antecessor a
.
ou menos, em
créditos e oito escravos e nos trastes de uso
e servidão, e mais possuo o que me deve a Irmandade da
Senhora Santa Anna, e assim mais todas estas moradas de
casa, tanto as em que moro, como todas as mais que aqui se
acham, que eu fiz a minha custa para o hospital da dita
Senhora e para assistência dos médicos, boticários, surgiões
e religiosos
no presente tempo apenas se veem huns limitados vestigios de que ali houve
rua, e com a tal inundação não só se destruíram todas as casas delia, mas tão
bem se perderam dous oratórios dos tais passos, e se inhabilitou outro que
he o que está junto a cadèa para se poder ir a elle com a procissão por falta
de rua que a não ha para o dito efeito, e assim com muita falsidade afirmam
os Embargados que os tais oratórios estão onde se formaram, porque tal não
ba c o contrario é o que ocular e realmente passa na verdade.
"P. que com a perda da dita rua e dos referidos dous oratórios e inhabi-
lidade do outro, ficou a dita procissão perdendo a primeira forma, de sorte quo
por se não poder fazer pela paragem por onde antigamente se fazia, é preciso
determinar-se outra, sendo que nem ainda isso se pode no presente tempo re-
solver por se não saber o modo que se terá nos arruamentos da Cidade a que
mandou dar forma Sua Magestade por ordem sua expedida pelo seu Conselho
do Ultra Mar e he sem duvida que só depois de se fazerem certos os tais ar-
ruamentos pode ter lugar a determinação das ruas por onde se ha de continuar
a fazer a dita procissão, estabelecendo-se novos oratórios para os passos em
lugar dos demolidos e então he evidente que tão bem se ha de eleger deposito
para a dita Santa Imagem e principio de sua procissão que pode ser não seja
a capela dos Embargados, nem a de São /Gonçalo, mas sim outra muito diversa,
ou aquella que para isso parecer que he mais conveniente".
"P. que por falta de haver rua certa para se fazer a dita procissão,
uzarão os Embargantes da liberdade que acerca delia lhes he permettida por
direito, e considerando mais que a rua de São Gonçalo está quasi toda po-
voada de casas e que é de grande frequência na sua serventia e que aquella
capella é uma das melhores desta Cidade e está em suficiente distancia para
por ora mais comodamente se regularem os passos e se fazer a dita procissão,
pois delia até a Igreja Matriz, onde a mesma se costuma recolher, se contam
trezentas e setenta e cinco braças e da capella dos Embargados até a dita Igreja
Matriz apenas se acham trezentas e muita parte delias por caminho dezerto,
160 CÓNEGO RAIMUNDO TRINDADE
"P. que depois de se destruir a rua direita desta Cidade e Passos que nellu
havião ordenado para a Procissão dos Sagrados Passos de Christo Nosso Senhor,
que por ella se fazia, com a inundação que houve no ribeirão no fim do anno
de 1743, de então por diante não se fez mais a dita procissão por não haver
comodidade para isso, e só cessou o dito impedimento com a factura da nova
ponte que se fez no córrego que fica adiante dos açougues desta mesma Cidade,
em razão de que depois delia feita se considerou haver paragem apta para a
dita Procissão".
Sentença final:
"Vistos estes autos, petição dos Embargados fl., embargos e mais artigo?
recebidos, provas por hua e outra parte dadas: e porque se mostra com toda
a legalidade que desde o tempo em que se fez a Procissão nesta Cidade sempre
162 CÓNEGO RAIMUNDO TRINDADE
rio inundaria e totalmente destruída, com tudo dos mesmos autos se vem no conhe-
cimento que pela mesma rua por onde os Embargantes querião fazer a dita
Porcissão do deposito para a Igreja de São Gonçalo he a mesma que vai em di-
reitura a Igreja dos Embargados, visto provar-se que o lugar dos distúrbios
que derão causa a este processo, foi ao primeiro Passo, que está depois de se
sair da Igreja dos Embargados, sitio onde se dividem os caminhos de hua c outra
Igreja: nem os Embargantes mostrão despacho algú posterior ao da fl. para po-
derem variar do uso e costume em que se achão os Embargados: pois sem em-
bargo de alguas testemunhas produzidas pelos Embargantes deporem que estes
alcançarão hua ordem do Rdo. Vigário da Vara que nesse tempo servia, para
fazerem o Sagrado deposito na dita Igreja de São Gonçalo, como porém não jun-
tarão a dita Ordem, têm os ditos daquellas testemunhas contra si a presumpçãa
jurídica de inveridicos, e ainda que a juntassem de nenhúa forma podia ter sub-
sistência contra o despacho dos Embargados por ser de ministro inferior, que
não po_de derogar o do Superior; convencendo-se legitimamente tão bem os ditos
de algúas testemunhas que dizem assentarem os Embargantes em meza que, su-
posta a incapacidade da dita rua demolida se fizesse o deposito da Sagrada Ima-
gem na Igreja de São Gonçalo, pois da Certidão fls. 220 junta pelos Embargados
não consta se fizesse assento que fosse para a dita Igreja não sendo tão bem
atendível o dizer-se por parte dos Embargantes que sendo a natureza daquelles
actos facultativos não podião produzir manutenção, porque ainda que o fazer-se,
ou não, a Procissão de que se trata seja facultativo aos Embargantes, com tudo,
fazendo-a, lhes não he facultativa a direção ordinária por decretos e Concílios,
.
na irmandade; pôs um
cobrador, ou coletor de anuais, em
todas as freguesias com a obrigação de prestar contas dire-
tamente à Câmara Episcopal.
Com os recursos que de tais providências lhe advieram
conseguiu a Irmandade de São Pedro dos Clérigos levantar
o majestoso templo de que se adorna a cidade episcopal, um
dos monumentos, em Minas, em que mais se concentram as
atenções dos estudiosos e amantes de nossa arte religiosa.
Já não se pode fixar com segurança a época em que
foram iniciadas as obras de São Pedro. Que a iniciativa
delas compete a Dom Frei Manuel da Cruz afirmam dois
documentos. Reza o primeiro que em seu testamento o ve-
nerando prelado contemplou "com tres mil cruzados a sun-
tuosa igreja de São Pedro que fundou em Mariana" (*)
sendo certo que bem pode ser hum acto facultativo em quanto a sua essência
e obrigatório no que respeita a algua circunstancia, nem menos repugna em di-
reito, mas antes passa sem controvessia que muitos actos possessórios são na
sua origem meramente voluntários e facultativos e continuão manuteniveis e ti-
tulados; e desta sorte têm principio muitos actos pelos quais se adquire rigo-
rosa posse quanto mais que ainda que o dito acto do deposito da Sacro Santa
Imagem, fosse absolutamnete facultativo era manutenivel pelos Embargados pois
he certo que aquella regra de que pelos actos meramente voluntários e de de-
vossão se não adquire posse he fallivel quando estes são introduzidos em favor
das Igrejas, porquanto o direito em beneficio destas fomenta os taes usos e cos-
tumes, e positivamente lhes assiste, ordenando que uma vez introduzidos se ob-
servem, presumindo o mesmo direito neste caso, que voluntariamente se qui-
zerão obrigar os que os introduzirão para o que basta o tempo de dez annos
para se poder manutener e como os Embargos plenissimamente provão que ha
mais de trinta annos desde que a Procissão de que se trata teve seu principio,
sempre se fez aquelle Sagrado deposito na sua Igreja he certo que não podia
esta ser privada da regalia e honra que se lhe segue em receber tão veneranda
Imagem, principalmente sendo de poder absoluto dos Embargantes sem que estes
mostrem a impossibilidade que ha para se fazer o Sagrado deposito na forma
costumada.
Portanto julgo os Embargos recebidos a fls. por não provados, e a direção
da Porcissão dos Embargantes por dependente da jurisdição ordinária, e que os
Embargados sejão conservados na sua posse em observância do despacho fl. em-
bargado, e paguem os Embargantes as custas dos autos, em que os condemno.
Marianna e de Março 20 de 1749 — João Martins Cabrita —
(*) Manuscrito pertencente à Livraria do Mosteiro de São Bernardo da
vila de Alcobaça, da autoria de Frei Manuel de Figueiredo. O trecho citado é
ext. de uma cópia dêsse manuscrito, no parágrafo referente a D. Frei Manuel
da Cruz, que me confiaram parentes do bispo, residentes na Casa do Real, bis-
pado do Porto.
INSTITUIÇÕES DE IGREJAS NO BISPADO DE MARIANA 165
eu sei quem
fizesse o dito dano, passa na verdade o refe-
rido. Marianna e de julho 19 de 1771 annos. = 0 Cura Do-
mingos Frz. de Barros".
Como se viu, as obras desta igreja estavam paralisadas
em 1820. Assim permaneceram até que Dom Silvério se re-
solveu, não a concluí-las, o que não é fácil e nem possível
aos pobres recursos da arquidiocese, mas a pô-las ao menos
em condições de servir ao culto.
Já Dom Benevides, antecessor de Dom Silvério, aca-
lentara igual projeto, que não pôde realizar. Dizia o emi-
nente Correia de Sá em sua circular de 6 de julho de 1878:
"limo. Sr. —
Os escassos meios de que dispõe este bispado,
impossibilitando-me de providenciar por mim só para in-
cremento de diversos estabelecimentos pios já fundados, para
a fundação de outros, e principalmente para o complemento
da obra da igreja de São Pedro desta cidade episcopal
O Príncipe dos Apóstolos, o glorioso São Pedro, com-
pensará, etc. Mariana, 6 de julho de 1878 = Antonio Bispo
de Mariana (*)
E o piedoso bispo conseguiu apenas a modesta soma de
3:899$960, mais da metade da qual se perdeu numa Caixa
Económica particular da antiga capital mineira.
O projeto, mais modesto, de Dom Silvério foi realizado.
A conclusão das torres e do telhado que cobre a nave prin-
cipal foi confiada à direção do arquiteto Padre Artur Hoyer
e executada pelo construtor José Bolte. Êstes serviços ti-
veram comêço em junho de 1920 e estavam concluídos em
22 de janeiro de 1922, dia em que se benzeu na catedral a
imagem do Sagrado Coração de Jesus, título a que a igreja
ia ser consagrada como baslica, o que o velho arcebispo não
teve tempo de realizar.
4 — Dourará
mais dous tocheiros em toda talha que
nelles houver, redondos, filetes e meias canas e o mais fi-
cará de branco: os Nixos onde estão Sto. Elias e Sta. The-
reza também serão feitos com o fingimento de seda: demais
serão douradas as duas Credencias e se fará tudo mais, que
segundo a razão e justiça se assentar que he mais acertado
fazer-se para bem e utilidade da Ordem da Mãe Santissima
do Carmo.
5 —
Toda esta Obra será feita pela quantia de seiscentos
mil reis em quatro pagamentos: o primeiro depois de incep-
tada a Obra, o segundo depois do douramento dos Capiteis,
o terceiro depois de concluido o dourado do Altar: o quarto
depois de concluída a Obra: adverte-se que se dá todo apa-
relho para esta Obra, como tintas, ouro, andaimes e tudo
mais que mister for, e o Arrematante entra unicamente com
seo trabalho e sustentação. Mariana em o Consistório da
Ordem dia, mez e anno ut supra (15 de abril de 1826, data
do termo de fls. 138, no qual está incluido êste contrato)
Manuel Francisco da S. a Costa. Priôr = Francisco Xavier
Carneiro, Pintor = Miguel Archanjo, Ex-Secretario.
(*) 0 ano de 1760 foi bissêsto, será de certo 29 de fevereiro a data do têrmo.
178 CÓNEGO RAIMUNDO TRINDADE
ta
assim mais de dous Altares colaterais a saber de S. Izabel
ma
e S. Luis Rey de França que ambos emportarão seis centos
s a
e quinze mil r. e p. estes recebeo o ditto Ir. Miguel Teixeira
Guimarães da Irmã Catherina de Souza Passanha a quantia
8
de trezentos e sette mil e quinhentos r. os quais Altares
forão feitos sem licença da Meza, e assim mais entrega a
escada da torre que ajustou com o Alferes Jozé Pereira
Arouca e lhe pagou de seo dinheiro, e assim mais faz en-
trega do forro do corpo da Igreja e Coro, que foi consultado
nesta Meza e se lhe deo essa inconvencia, e assim mais o
reboque dos seis barretes do Coro os quais pagou ao d.°
Ir. Alferes Joze Pereira Arouca, e assim mais as pinturas do
teto da Igr. e semalhas que mandou fazer sem licença da
a
DOCUMENTOS
Lançamento da primeira pedra
(*) Foi Vigário de São João dei Rei, onde fundou a Capela de Matozi-
nhos nos subúrbios da cidade.
INSTITUIÇÕES DE IGREJAS NO BISPADO DE MARIANA 201
A
capela da Passagem foi elevada a freguesia por pro-
visão de 15 de abril de 1941 Primeiro vigário
. Padre Da- —
niel Baeta Neves.
dito Batista Maciel que seu pai ia preso tomara uma espin-
garda e acompanhado de um irmão e de alguns agregados
da bandeira do dito Batista Maciel se amotinaram e deram
uns tiros de que resultou quebrar-se um braço a um João
Veloso Falcão que ia na comitiva do dito Vigário, Procura-
dor da Câmara e povo que tinha ido desta Vila donde era
morador o dito Falcão. e quando chegaram de volta a
. .
Procuração:
(*) Raposos, Rio Acima e Caeté, conforme a Crónica do Cel. Bento Fur-
tado foram descobertos depois da vinda, de Artur de Sá (1699-1700) — Rev.
do Arq. P. Min., ano 4.°— 93.
.
(*) O Govêrno não podia suprimir uma paróquia uma vez instituída.
Fazia-o por violência, num manifesto abuso do seu mal amparado direito de pa-
droado. Falo do império.
INSTITUIÇÕES DE IGREJAS NO BISPADO DE MARIANA 240
i'
Cf. Pomba.
440 — Rio Pardo de Leopoldina. Curato transferido do
Arcebispado do Rio de Janeiro por decreto ponti-
fício datado de 16 de julho de 1897.
459 — Rosário. Na
freguesia da Vila do Príncipe. José
Rodrigues Soares erigiu uma capela do Rosário, da
qual é padroeiro, em terras de sua fazenda de Je-
quitinhonha, e com sua mulher Teodora Teixeira
de Sousa lhe fêz patrimônio por escritura de 22 de
junho de 1765. Por não ser esse patrimônio sufi-
ciente, aumentaram-no por escritura de 11 de abril
de 1766.
460 — Rosário de Gouveia. José da Silva de Andrade e
Francisco Pereira de Almeida e a mulher deste Rita
Margarida de Cortona fazem patrimônio a esta ca-
pela por escritura de 11 de maio de 1811.
487 — Santana dos Ferros. E' o nome por que foi desig-
nada a Capela de Santana do Bacalhau, hoje Gua-
raciaba. A Capela do Rosário dos Pretos, sita nessa
localidade, foi erigida pela respectiva Irmandade,
que lhe fêz patrimônio por seu procurador —
Inácio Francisco Alves —
por título de 27 de no-
vembro de 1822. Vide Barra do Bacalhau.
488 — Santana do Morro do Chapéu. Vide Morro do
Chapéu.
489 — Santana de São João Acima. Freguesia criada por
L. M. n.° 209 de 7 de abril de 1841, desmembrada
de Pitangui. Instituída canonicamente a 16 de no-
vembro de 1841. Vigários colados —
Antonio Do-
mingos Maia, apresentado por C. I. de 9 de de-
zembro de 1842, colado a 9 de março de 1843; João
Batista de Miranda, apresentado por C. I. de 10 de
maio de 1855, colado a 13 de agosto; Antônio Ma-
ximiano de Campos, apresentado por C. I. de 17
de janeiro de 1866 e colado no mesmo ano a 28 de
agosto. Vila a 16 de setembro de 1901. E' hoje a
cidade de Itaúna.
490 — Santana do Capivari.Vide Capivari.
481 — Santa de Cataguazes. Capela filial de Cata-
guazes, cujo patrimônio foi doado por D. Ana
Leonor da Silva por escritura de 27 de novembro
de 1863. Freguesia por L. M. n.° 3.442 de 28 de
setembro de 1887. Não teve instituição canónica.
Elevou-a de fato a freguesia o Sr. Arcebispo Dom Hel-
vécioGomes de Oliveira por provisão de 6 maio de 1941
.
Do provimento de Dom
Frei José em visita pastoral de
1821: População — 12.697
almas. Capelas na sede —Ro-
sário, Mercês, Santana, São Francisco e Matozinhos. Ca-
pelas curadas —
Santo Amaro do Brumado, Conceição da
Barra do Caeté, São Gonçalo do Rio Acima, São Gonçalo do
Rio Abaixo e Nossa Senhora do Rosário de Itabira Clero
.
—
Vigário colado (ausente) —
Padre Antônio da Fonseca Vas-
concelos; Vigário interino —
Padre Antônio da Costa Ma-
rinho; Padre José da Silva de Azevedo, com oitenta anos,
capelão da Barra do Caeté; Padre Sebastião José de Car-
.
de Juirassu
505 — Santa Luzia do Carangola. Vide Carangola.
506 — Santa Luzia do Rio das Velhas. Capela filial de
Roça Grande, para a qual Dom Frei João da Cruz
por provisão de 19 de novembro de 1744 transfe-
rira a sede da paróquia. Esta provisão, porém, foi
anulada por sentença do Desembargador do Paço da
Bahia, que a seu favor obtiveram os moradores de
Roça Grande. Essa transferência verificou-se de-
pois de longas e repetidas explicações em 1779 por
O. R. de 6 de setembro, executada por provisão
ordinária de 29 de fevereiro do ano seguinte.
.
de 1866.
508 — Santa Maria de Itabira. Freguesia de N. Senhora
do Rosário de Santa Maria de Itabira criada por
L. M. n.° 1.635 de 15 de setembro de 1870. Insti-
tuída canonicamente a 1 de abril de 1871.
509 — Santa Quitéria. Capela em São Bartolomeu, co-
marca de Vila Rica, fundada por José Mendes Ri-
beiro que lhe fêz patrimônio em 10 de novembro
de 1753.
510 — Santa Quitéria. Ermida "na Lavra das Bicas", eri-
gida a pedido do Capitão-Mor Manuel Fernandes
Ribeiro, morador no Sêrro Frio, por provisão de 6
de maio de 1770.
511 Santa Quitéria. Capela no arraial do Tejuco, eri-
gida por provisão de 8 de fevereiro de 1771.
512 — Santa Quitéria. Capela em Vila Rica. Trinta anos
depois de sua fundação, fêz-lhe patrimônio Antô-
nio de Sousa Machado, Secretário do Govêrno das
Minas, em 1748. Fundada portanto em 1718.
513 — Santa Quitéria. Fêz-lhe patrimônio o Capitão An-
tônio Barbosa Leão. Posteriormente confirmou a
doação o Coronel Luís José Souto por escritura de
24 de março de 1773.
—
- Instituída canonicamente a 26 de fevereiro de 1844.
—
.
.
outubro: população —
23.670 almas, das quais 7.894 da
aplicação da Matriz. Capelas na sede Rosário, Carmo, —
Mercês, São Francisco "com bom risco, por acabar", São
Gonçalo Garcia, Nossa Senhora da Piedade, Senhor do Bon-
fim, Senhor do Monte, São Caetano, Santo Antônio e, a meia
légua, a do Senhor do Matozinhos. Capelas curadas Con- —
ceição da Barra, com a do Rosário; São Gonçalo do Bru-
mado, Madre de Deus, São Miguel do Cajuru ("nesta capela
vive por comandante o Capitão João Lourenço Pinto, anta-
gonista de todos os capelães"), Nossa Senhora de Nazaré,
Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno, Santa Rita do
Rio Abaixo, São Tiago, Nossa Senhora da Piedade, São
Francisco da Onça, Nossa Senhora do Bonsucesso (por
acabar), com Senhor dos Passos e Rosário; Santo Antônio
do Amparo. Quanto ao clero, numeroso, menciona apenas
o Vigário colado Dr. Cónego Luís Dias Custódio e o Padre
Manuel Coelho dos Santos, capelão, havia trinta anos, de
Conceição da Barra, donde era filho.
Houve em São João uma capela dedicada a Nossa Se-
nhora da Conceição, erigida a pedido do Sargento-mor Am-
brósio Caldeira Brant por provisão de Dom Frei Francisco
de São Jerônimo, de 29 de março de 1713.
Não me parece fácil localizar-se essa capela. Os do-
cumentos que a ela se referem não são claros e até contra-
ditórios. Na petição de Caldeira Brant lê-se: "Diz Ambró-
sio Caldeira Brant, Sargento-mor, ora assistente no Rio das
Mortes e para se mudar para a colheita de mantimentos no-
vos para a Batipoca, que êle tem sua morada e sempre a faz
fora dos arraias e concurso de moradores, assim por se li-
vrar de ocasiões de encontros com os naturais que, pela su-
blevação passada, ficaram com errónea e indissimulável (*)
aos forasteiros, como para menos divertimento tratar de
suas lavras, causa por onde fica sempre desviado da Igreja e
(*) Deve faltar aí uma palavra a que se atribuam estes dois qualificativos.
.
em 2 de janeiro de 1742.
587 — São José do Paraopeba. Capela filial do Pomba,
fundada por Lino Alves Moreira que lhe fêz patri-
mônio em cinquenta alqueires de terra por escri-
tura de 7 de julho de 1812.
— Freguesia por L. M. n.° 1 .492 de 13 de julho de 1868.
Chama-se Tocantins desde muitos anos.
588 — São José, "no arraial de Itapanhuacanga", filial da
Vila do Príncipe, erigida por provisão de 30 de maio
de 1763. Seu patrimônio foi doado por Domingos
Pereira Braga por escritura de 15 de março de 1771.
589 — São José do Salto do Paraopeba, filial de Congo-
nhas do Campo, erigida por provisão de 18 de de-
zembro de 1751 a pedido do Padre Antônio José
de Moura.
— Freguesia por L. M. n.° 2.032 de 1 de dezembro
de 1873.
5Q0[ São José do Rio Preto, capela criada por Provi-
são Imperial de 28 de agosto de 1828 e instituída por
provisão episcopal de 26 de novembro do referido
ano, a pedido de Antônio Bernardino e outros. Cf.
Rio Prêto, nota n.° 442 retro.
591 — São José e Santana, filial de Santa Bárbara do Mato
Dentro, a pedido do Capitão Luís Fernandes de
Oliveira, erigida por provisão de 28 de fevereiro
de 1754. Patrimônio "capaz de render dois mil cru-
zados" feito pelo mesmo Capitão por escritura de
7 de junho de 1754.
592 — São José da Lagoa. Capela filial de São Miguel,
elevada a curada em 1832. Freguesia por L. M.
INSTITUIÇÕES DE IGREJAS NO BISPADO DE MARIANA 295
Primeiro vigário —
Eteneto Antônio Machado —
encomendado. Vigários colados: José Vicente de
Paulo Elisiário, apresentado por C. I. de 2 de julho
de 1844, colado a 4 de junho de 1847; Raimundo
Nonato Vaz de Melo, apresentado por C. I. de 9
de janeiro de 1888, colado a 11 de março.
641 — Silvestre Ferraz. Vide Carmo de Pouso Alto.
642 — Capela
Silveiras. filial do Pomba. Curato em 19
de agosto de 1898. Freguesia por provisão de 4 de
fevereiro de 1921
643 — Simão Pereira. Em R. F. B.: "A freguesia de N.
Senhora da Glória, no sítio de Simão Pereira, sendo
curato erigido pelo Exmo. Prelado do Rio de Ja-
neiro em 1718, foi elevada a colativa em 1752."
novembro de 1866.
688a — Virginópolis. Era capela de São Miguel de
filial
Guanhães, quando foi instalada a diocese de Dia
mantina. Sua denominação primitiva, que conser-
vou por longo tempo, era Patrocínio de Guanhães.
689 — Vitória. São Sebastião da Vitória . Freguesia des-
membrada de São Miguel do Cajuru e instituída a
25 de março de 1925.
690 — Volta Grande. Freguesia desmembrada, de São
Gonçalo do Sapucaí e instituída a 17 de dezembro
de 1886. Primeiro vigário —
José Joaquim de Sousa
Dias.
691 — Xopotó. Vide São Caetano do Xopotó.
692 — Xopotó. Vide Piranga.
ADENDAS E DOCUMENTOS
1 — Barra Longa, a) Ermida da Água Fria —Provisão con-
cedida a Luís Alves da Ponte para usar a Ermida de
sua fazenda da Água Fria em data de 29 de março
de 1802.
— b) Ermida — Provisão de 3 de julho de 1801, conce-
dendo ao Coronel José Martins Vieira o uso da Ermida de
sua fazenda.
— c) Capela do Rosário de Matias Barbosa. Provisão
para benzer-se a Capela do Rosário de Matias Barbosa, re-
construída em terras da fazenda da Barra do Exmo. Sr. Dom
Rodrigo de Sousa Coutinho —a pedido do administrador
Capitão José Martins Machado, em data de 19 de maio
de 1802.
Esta capela estava assentada no alto de uma colina, a
cavaleiro da antiga fazenda da Barra. Arruinando-se, por
desleixo dos sucessores dos fidalgos, foi demolida e recons-
truída dentro do arraial de Barra Longa. Aí se encontra a
velha imagem de Nossa Senhora do Rosário, diante da qual
tantas vêzes teria orado o ousado sertanista a quem sobejos
favores deve a terra mineira —o Mestre de Campo Matias
Barbosa da Silva.
2 — Dores do Turvo. Provisão concedendo Pia Batismal à
capela de Dores do Turvo, filial de Pomba, em 13 de
janeiro de 1802.
3 — Paraopeba. "Dizem o Capitão de Cavalos Antônio
Ferreira de Meireles, o Capitão Frutuoso Barbosa, o
Alferes Manuel de Palhares, João Rodrigues Leite,
Manuel André Pinto, Pascoal Teixeira, Pedro Alves e
outros muitos para cima de trinta, moradores, na
.
MARIANA — CIDADE
Gomes Freire de Andrade do Conselho de Sua Majes-
tade, Sargento Maior de Batalha de seus exércitos, Governador
e Capitão General das Capitanias do Rio de Janeiro e Minas
Gerais, etc.
Faço saber aos que êste meu mando virem ou dêle no-
tícia tiverem que Sua Majestade por decreto firmado de sua
Real Mão de vinte e três de abril do presente ano se dignou
declarar-me que, atendendo a que a Vila do Ribeirão do
Carmo é a mais antiga das Minas Gerais e que fica em sítio
mui cómodo para a criação de uma das duas novas Cate-
drais, que tem determinado pedir a Sua Santidade no ter-
ritório da Diocese do Rio de Janeiro, fôra servido criar ci-
dade à dita Vila do Ribeirão do Carmo que ficará chaman-
do-se Mariana; ordenando-me o faça assim praticar e pu-
blicar, mandando registrar o dito decreto nos livros desta
Secretaria, Senado da Câmara e mais partes onde convier.
E para que chegue à notícia de todos os conteúdos do mesmo
decreto, mando se publique êste a som de caixas na dita
Cidade de Mariana e se registe nos livros desta Secretaria
e nos da Câmara da referida Cidade e onde mais convier.
Dado em Vila Rica a treze de julho de mil e setecentos e
quarenta e cinco. O Secretário do Govêrno Antônio de Sousa
Machado o fêz. Gomes Freire de Andrade.
328 CÓNEGO RAIMUNDO TRINDADE
LIMITES DO BISPADO
ARREPIADOS (Araponga)
PARACATU
"O Reverendo padre José Cardoso de Matos irá ao lugar
da Batalha e sendo aí, por parte dêste Bispado de Pernam-
buco e Freguesia da Manga, tomará posse de todo aquele
Distrito e de toda a jurisdição eclesiástica e paroquial, e ad-
ministrará todos os Sacramentos e pasto espiritual que ne-
cessitarem os moradores dêle, menos o do matrimonio sem
especial licença do Reverendo Pároco, em virtude da Desis-
tência que fêz o Senhor Bispo de Mariana, transferindo todo
o direito e jurisdição que nêle tinha neste Bispado e Fregue-
sia pela Portaria junta, passada na Cidade de Mariana a 23
de julho do ano pasado, e do Ato de posse e Atos possessórios
que nêle celebrar e exercer, passará Certidão ao pé desta com
as testemunhas que se acharem presentes.
Data em Paracatu, sob meu sinal e sêlo da Chancela-
ria, aos 29 de fevereiro de 1760 = Antônio Mendes Santiago
= Lugar do Sêlo = Certifico que, em virtude da Portaria
acima, fui ao Sítio da Batalha e sendo aí, por parte da Mitra
dêste Bispado de Pernambuco e desta Freguesia da Manga,
tomei posse do dito Distrito e seus Arrabaldes de tôda a
jurisdição eclesiástica e paroquial, em virtude da Desistên-
cia do Senhor Bispo de Mariana Dom Frei Manuel da Cruz,
e nêle celebrei o Santo Sacrifício da Missa na Casa de Ora-
.
COCAIS
durar mais de um
ano, sem embargo de qualquer Provisão
ou Regimento em contrário.
Lisboa, 5 de agosto de mil setecentos e sessenta e nove
anos = Rei =
§ 2. 0
Curato de São José do Chopotó, tendo por filiais
os Curatos de São Caetano do Chopotó, do Melo, da Espera
e dos Remédios (**)
§ 7. O
Curato do Bonfim, tendo por filiais os Curatos
da Piedade dos Gerais, de Santa Ana da Paraopeba, de São
Gonçalo da Ponte, o das Conquistas, do Rio do Peixe, e os
Distritos das Dores da Piedade e Conceição do Pará.
COMARCA DE MARIANNA
1 — Marianna — Curato da Sé sob a invocação de Nossa
Senhora da Assumpção. No perímetro da cidade exis-
tem as seguintes capelas: Carmo, São Francisco, Ro-
sário, SanfAnna, São Gonçalo, São Francisco dos Par-
dos, Mercês dos Pretos, São Pedro dos Clérigos do Bis-
pado — 5.130 habs.
2 — São Sebastião —
875 habs.
3 — São Caetano do Ribeirão Abaixo —
2.738 habs.
4 — Furquim — 6.870 habs. — filiaes: Ponte Nova, Ubá,
Conceição de Gualaxo do Norte, Conceição da Lixa.
5 — Barra Longa — 5.240 habs. — filiaes: Saúde, SanfAnna
do Deserto, Santa Cruz de Escalvado, SanfAnna de Abre
Campo, Fidelidade do Casca, São João do Crastro, Pilar
do Barreto, Conceição do Gesteira, São Gonçalo.
6 — Sumidouro —
5 capelas filiaes e 3.473 habs.
7 — Piranga — 11 capelas filiaes e 12.095 habs.
8 — São Manoel dos índios Coroados do rio do Pomba e
Peixe — 5 capelas e 12.665 habitantes.
9 — São João Baptista do Presidio —
desmembrado de São
Manuel do Pomba por alvará de 13 de agosto de 1810;
3.685 habs.
10 — Conceição do Presidio do Cuyeté —
512 habs.
11 — Camargos — capela de São Bento —1.000 habs.
12 — Inficcionado — 2 capelas e 3.445 habs.
13 — Cattas Altas do Mato Dentro —
2.890 habs. Perto o
grande arraial de Santa Bárbara.
14 — Antonio Pereira —
Num morro junto ao arraial está
uma gruta formada pela natureza que a piedade dos
fieis converteo em capela, consagrando-a a Nossa Se-
nhora sob o titulo da Lapa onde lhe tributão cultos
aos sabbados e a 15 de Agosto lhe fazem festa explen-
dorosa
350 CÓNEGO RAIMUNDO TRINDADE
COMARCA DE SARARÁ
1 — Sabará — Matriz fundada pelos annos de 1701 pelo Bis-
po D. Fr. Francisco de São Jeronymo, chamada Igreja
grande — filiaes: Carmo, São Francisco, Rosario dos
pretos, Senhora das Mercês dos Pretos, Senhora dos
Anjos dos pardos, na séde; fora: S. Antonio do Pom-
peo, Soledade, S. Gonçalo, Lapa. Madre de Deus das
Roças Novas, Penha, SS. Sacramento do Taquarassú
— 9.100 habs.
INSTITUIÇÕES DE IGREJAS NO BISPADO DE MARIANA 351
COMARCA DE CAETÉ
1 — Caeté —
Filiaes: Rosario e São Francisco, na séde;
Morro Vermelho, Penha, Conceição da Barra, Bruma-
do. 5.806 almas.
VILLA DO PRINXIPE
1 — N. do Pilar
S. —
igreja erecta antes de 1711. Filiaes: na
sede —
Carmo, S. Francisco, Mercês, Rosario, S. An-
tonio do Tejuco, Bom Jesus do Monte, São Caetano,
Bomfim, S. Gonçalo Garcia, Dores que serve à Casa
de Misericórdia; fora da séde: Mattozinhos, São Gon-
çalo de Brumado, S. Antonio do Rio das Mortes, Santa
Ricta, S. Sebastião do Rio Abaixo, Conceição da Bar-
ra, Nazareth, Piedade, S. Miguel do Cajuru, S. Fran-
cisco de Onça, S. Thiago de SanfAnna, Santo Antonio
do Amparo. 2.670 pessoas.
VILLA DE BARBACENA
Amigo
Sendo necessário para o meu Real serviço e para o bem comum dos meos
Vassalos que nos districtos demarcados para o extracção dos Diamantes e cinco
legoas ao redor delles, se não permitta entrar e muito menos rezidir algum Ec-
cleziastico de qualquer qualidade e condição que seja, exceptuando os que fo-
rem deputados pelos respectivos Ordinários para a Cura das Almas e adminis-
tração dos Sacramentos; e havendo ordenado ao Governador e Capitão General
das Minnas ou a quem seo cargo servir, que assim o observe e faça insinuar aos
Sobreditos Eccleziasticos, que se abstenhão da entrada e assistência nas referi-
das terras, e fazendo-os levar à prezença dos Ordinários, a quem pertencerem,
sendo nellas achados depois de haverem sido advertidos pela primeira vez: Me
pareceo recommendar-vos que sendo levados à vossa presença alguns Ecclezias-
. . . . . .
Solicitadores —
Capitão Domingos Correia Rabelo.
Sebastião Meireles Barbosa Coutinho.
Tomás José de Oliveira
João Batista Vale Amiel (*)
Porteiro — Miguel Rabelo da Costa.
Lugares constantes dêste trabalho que na última Divisão
Administrativa tiveram mudadas as suas denominações:
Nome antigo Nome atual
Aliança de Itabira — Ipoema
Amarante — Amarantina
ticosno cazo acima referido, os façaes logo embarcar para este Reyno, evitando
assim toda a occasião de me ver obrigado a uzar do meo justo c Real poder contra
os sobreditos.
Assim o espero da vossa fidelidade e zelo.
Escripta em Bcllem a onze de Agosto de mil settecentos e cincocnta e tres.
Rey
Para o Bispo de Marianna'
— Das capelas
aí mencionadas dois têrços, talvez, terão desaparecido.
O número exagerado das capelas extintas dá-nos uma idéia bastante clara do
ambiente das Minas primitivas: gente em busca do ouro a formigar por todos
os quadrantes do antigo Bispado de Mariana.
(*) Advogados e Solicitadores eram provisionados pela Câmara Ecle-
siástica.
.. ... ........ . .
Belmonte — Aracitaba
Bocaina — Arimatéia
B rumado (Santa Bárbara) — Brumal.
Cachoeira Alegre — Cachoeira
Camapuã (Ribeiros) — Jeceaba
Casa Branca — Gláura
Conceição da Barra — Cassiterita
Encruzilhada — Cruz da Estrada (*).
Glória do Muriaé — Miradouro
Herval — Ervália
Itabira (do Mato Dentro) — Presidente Vargas.
Itaporanga — Sericita.
Lapa de Santa Luzia — Ravena.
Livramento de Aiuruoca — Liberdade.
Livramento de Barbacena — Oliveira Fortes.
Morada Nova — Morada
Marzagão — Marzagânia
Monte Verde (Santa Bár-
bara do) — Senador Cortes.
Morro do Chapéu — Catauá.
Morro Grande — Barão de Cocais.
Nazaré (São João dei Rei) — Nazareno
Neves (de Pedro Leopoldo) — Ribeirão das Neves
Onça (São João dei Rei) — Emboabas.
Pedra Branca — Penedia.
Pinheiro (Piranga) — Pinheiros Altos.
Porto Seguro — Porto Firme.
Remédios (Paróquia) — Angoritaba
Rio Branco — Paranhos
Rio das Pedras — Acuruí
Rochedo — Japaraíba
Santa Helena — Caputira.
Santa Quitéria (Cidade) — Esmeraldas.
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Prefácio V
Instituições de paróquias 5
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