Vinho Rosé - TRABALHO ESCRITO
Vinho Rosé - TRABALHO ESCRITO
Vinho Rosé - TRABALHO ESCRITO
História do Vinho
Não se pode definir com exactidão a origem da videira havendo, no entanto, indícios
de que o seu aparecimento seja anterior ao do próprio Homem.
Quanto à sua origem contam-se várias lendas, como a que nos diz ter sido Noé o primeiro
homem a plantar uma vinha, colher e esmagar as uvas e com o sumo obtido se ter
embriagado.
A vinha e o vinho foram conhecidos muito cedo no Egipto, existindo testemunhos
históricos que representam um cenário de vindima e de pisa de uvas, por volta de
1370/1352 antes da nossa era.
Contudo, é no decorrer das civilizações Grega e Romana que a cultura da vinha se
expandiu. A vinha chega ao território que mais tarde viria a ser Portugal provavelmente
com os Tartécios, em 2000 a.C. Mas foram os romanos que expandiram a cultura da
vinha mais ou menos por toda a bacia mediterrânica.
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CONTROLO QUALIDADE ALIMENTAR - VINHOS
VINIFICAÇÃO EM ROSÉ
- Estado sanitário;
- Vivacidade e a estabilidade da cor;
- Riqueza aromática;
- Qualidade da decantação;
- Evitar a contaminação microbiológica dos mostos;
- Obter aroma e estrutura sem obter demasiada cor.
A sangria
Desde há muito que é feita uma sangria de uma cuba de tinto, à qual queremos
aumentar a concentração de cor pela relação líquido/sólido. O Rosé obtido por este
processo deriva de um subproduto.
- Líquido obtido por sangria é, normalmente, rico em açúcares contribuindo para o teor
alcoólico final do vinho;
- Maceração dá uma coloração normalmente mais escura que o estilo de Rosés que são
normalmente comercializados.
Quando se deseja vinificar um vinho Rosé de raiz usa-se cubas próprias para o
efeito, onde as uvas são deixadas a macerar entre 2 a 20 horas, algumas vezes com a
ajuda de enzimas, procedendo-se depois à sangria.
Prensagem Directa
Esta técnica é usada na obtenção de Rosés modernos e consiste em prensar muito
levemente a uva. A maceração não dura mais do que o tempo de prensagem. A extracção
é feita através de um ciclo de prensagens, alternando pressões gradualmente elevadas
com ausência de pressão. A extracção de cor e a sua qualidade gustativa depende do
grau de pressão usada. Uma pressão mais forte contribui para a maior extracção de
taninos e cor.
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RECEPÇÃO
O objectivo principal de uma adega é contribuir para a qualidade do vinho
produzido com atenção aos princípios de rentabilidade do processo. Como é sabido,
vinho de qualidade começa com matéria-prima de qualidade (a uva). A uva chega à
adega de várias formas e cabe à organização a sua adequação ao processo e é na
recepção que começa o processo de vinificação de qualidade.
TRANSPORTE
A uva chega à recepção de diversas formas, que vão desde a pequena caixa até
ao camião. Os problemas resultantes do mau transporte são variados e podem ser
contaminações microbiológicas, fenómenos de oxidação, início de fermentação no
contentor.
Essencial na Recepção:
- Higiene;
- Controlo da temperatura;
- Rapidez no transporte.
É essencial que todo este transporte se faça com o máximo de higiene. Todo o tipo
de contentor que esteja em contacto com a matéria-prima deve estar devidamente lavado
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antes e durante todo o tempo em que estiver a ser usado. A escolha do contentor deve
respeitar a integridade física das uvas. A rapidez no transporte reduz o tempo de contacto
da uva com o ar evitando assim oxidações excessivas. Seja branca ou tinta, todo o tipo de
uvas corre o mesmo risco de contaminação sendo a tinta mais resistente à oxidação.
Actividades na recepção
Amostragem
A amostragem tem como objectivo a análise da uva que dá entrada na adega.
Pode ser feita de duas formas: manual ou mecânica.
Análises
Aqui as uvas são analisadas quanto ao teor de açúcares, pH, Acidez.
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Pesagem
Existem várias formas para pesar as uvas que dão entrada na adega. As balanças
usadas podem ser aéreas ou de chão.
Triagem
A triagem é feita para separar componentes da vindima que não interessa à
vinificação ou tipo de vinho a produzir. Podem ser ramos, folhas, uvas em mau estado
sanitário, separar tipos de castas, etc. Normalmente é são usados tapetes de triagem que
podem ser simples ou vibratórios.
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As uvas seguem por tegão ou tapete para o próximo processo, dependendo do tipo de
integridade física desejada para as uvas.
DESENGACE/ESMAGAMENTO
DESENGACE
Vantagens e Desvantagens
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ESMAGAMENTO
O processo de esmagamento consiste em romper a película da uva de forma a
esta libertar o seu sumo. Ele pode ser mais ou menos intenso dependendo do tipo de
esmagamento usado. Este processo possibilita um arejamento do mosto e a
homogeneização do sumo da uva com a flora existente na película.
Vantagens e Desvantagens
TIPOS DE ESMAGADORES
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MACERAÇÃO (PRÉ-FERMENTATIVA)
O mosto é, por vezes, deixado em contacto com as películas de forma a retirar
destas um pouco mais de cor. Por vezes são usadas enzimas que facilitam a extracção.
Neste processo o mosto extrai também aromas herbáceos e taninos que não contribuem
para a correcta estrutura aromática desejada.
Prensagem
Prensagem - Processo que recorre ao uso da pressão variável, de forma a conseguir a
ruptura das células da película, a extracção dos seus compostos, e principalmente a
extracção do sumo.
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Tipos de Prensa
Vertical mecânica
Vertical Hidráulica
Descontínua;
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Os Esgotadores
Os Esgotadores podem ser Estáticos ou Dinâmicos.
Estáticos - É constituído por uma cuba que possui uma parede perfurada internamente,
que deixa passar o sumo. O sumo escorre por gravidade e com a pressão do peso da
própria matéria sólida.
DECANTAÇÃO
O mosto obtido por sangria ou prensagem deve ser clarificado antes de ser
fermentado. Este processo é designado por decantação.
Processo de Decantação
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Tecnologia usada
Decantador Vertical Estático
Actua pela força da gravidade; é uma cuba com refrigeração, onde por acção do frio e de
enzimas pectolíticas, as matérias em suspensão precipitam.
Actua por acção das forças centrífugas e funciona de uma forma contínua. O mosto
entra por cima, é separado das borras e sai limpo por baixo. Por sua vez, as borras saem
por cima; possui um grande débito, mas é agressiva com o mosto;
FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA
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Depósitos de Fermentação
O mosto depois de ter sofrido a defecação é trasfegado para cubas onde terá lugar
a fermentação alcoólica. O acompanhamento e regulação da fermentação são
convenientes. Não se deve fazer grande arejamento do mosto, pois este pode oxidar e
alterar a sua cor.
A inoculação de leveduras seleccionadas é uma forma de obter uma fermentação
mais controlável.
Causas
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Decantação
Elimina esteróis, factores de sobrevivência.
excessiva nos vinhos
Brancos
Altos - Facilitam desenvolvimento de bactérias lácticas.
pH Baixos - Aumentam o SO2 Livre, induz produção de acidez
volátil pela levedura.
Fenómenos de antagonismo entre leveduras - Factor Killer.
Quando mais do que uma população terminam a FA, o final da
Inóculos pequenos
fermentação é difícil.
COLAGEM
A colagem de Vinhos Rosé é necessária devido à estrutura gustativa e cor. Esta é delicada,
sendo necessário fazer ensaios prévios a fim de se determinar a dose de produto a empregar.
OBJECTIVO DA COLAGEM:
PRODUTOS MAIS
UTILIZADOS:
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- Gelatina;
- Albumina do ovo;
- Bentonites;
- Sílica;
- Taninos enológicos;
- Goma-arábica.
O Vinho Rosé não é rico em taninos, o que não favorece a precipitação da cola.
Ressente-se mais a nível gustativo no tipo de cola usada do que os vinhos tintos.
A associação de colas, sobretudo gelatina e gel de sílica, é aconselhada para evitar
colagem em excesso.
TEMPO DE COLAGEM:
O tempo necessário para este processo depende do que se pretende obter e da
qualidade da cola. Em certos vinhos existe o risco de colagem excessiva com o fim de
eliminar proteínas em excesso. Para tal usa-se a Bentonite que estabiliza mais do que
clarifica, eliminando as proteínas e catiões.
ESTABILIZAÇÃO
REFRIGERAÇÃO
O frio é um factor essencial na estabilização e no melhoramento dos vinhos.
Provoca a precipitação do bitartarato de potássio. A refrigeração obtém-se a temperaturas
inferiores a 0° seguida de uma filtração.
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Os objectivos são a limpidez e a estabilidade da cor dos vinhos. Isso ocorre quando há a
precipitação de cristais (sais tartáricos de potássio e de cálcio) e a precipitação de
coloidais como as matérias corantes no vinho tinto.
30 4,60
25 3,72
20 3,05
15 2,53
AQUECIMENTO / PASTEURIZAÇÃO
Nos Vinhos Rosés este fenómeno provoca uma separação das matérias corantes. O
vinho deve estar estabilizado quanto à precipitação tartárica e metálica, sem matérias em
suspensão. Não deve ser muito rico em CO2, pois este será libertado pelo calor. Diminui
o risco de precipitações cristalinas por variação de temperaturas, pois o aquecimento
dissolve os germes de cristalização.
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FILTRAÇÃO
FILTRO
DE
PLACAS
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Filtro de vácuo
Em Resumo:
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Flotador Gás
ENGARRAFAMENTO
O engarrafamento é um passo muito importante no processo de produção, que pode
condicionar todo o trabalho anteriormente realizado.
Objectivo:
Reconhecer nomeando
correctamente os
principais defeitos que
podem existir numa
Identificar os principais defeitos do vidro embalagem de vidro,
quando um exemplar ou
um desenho é
apresentado, podendo
recorrer a consulta
Classificar os principais
defeitos de acordo com
Classificar os defeitos de acordo com os critérios de
critérios de funcionalidade funcionalidade, não
errando em mais de
50%.
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Enxaguamento e Enchimento
Enchedora
Enxag
uadora
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ROLHAGEM
ROTULAGEM
ombro.
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Volume de Produção
25000 garrafas
Castas
CASTELÃO
É considerada uma casta com uma produção irregular: tanto produz muito,
originando vinhos concentrados de cor ruby e com elevada graduação alcoólica, como
produz pouco dando origem a vinhos com pouca cor, acídulos e delgados. Quando
jovens, os vinhos desta casta apresentam frequentemente fortes aromas de framboesa,
com o estágio os vinhos assumem por vezes uma característica metálica.
É uma casta que se costuma utilizar muitas vezes em vinhos de lote, mas algumas zonas
elaboram varietais a partir da mesma.
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Cacho: muito pequeno, piramidal alado, medianamente compacto; pedúnculo muito curto
e de fraca lenhificação.
Bago: pequeno, não uniforme; forma arredondada; secção transversal regular; epiderme
preta azul, de cor não uniforme; forte pruína; película de média espessura, hilo pouco
aparente; polpa não corada, medianamente consistente, suculenta, sabor sem
particularidades; pedicelo curto e de difícil separação.
Grainhas: com forte dureza dos tegumentos; peso de 100 grainhas muito elevado; 0,60
mm de comprimento.
Processo de Vinificação
Estágio
Estágio mínimo de 1 mês em garrafa após o engarrafamento.
Apreciação
Vinho de aspecto límpido, cor rosada, aroma com notas de frutos vermelhos
jovens. Na prova tem uma entrada viva e fresca com boca bem equilibrada e com final
agradável e ligeira persistência.
Sugestões
Prémios e Críticas
Casaleiro Rosé 2004 - MELHOR COMPRA 2005 /Revista de Vinhos – Agosto 2005
Sobre o Casaleiro Rosé na Revista de Vinhos escrevem a seguinte apreciação:
Aroma muito limpo, ligeiro perfumado, delicado. Suave na boca, com a mesma delicadeza
aromática, ligeiro açúcar que cobre bem a acidez e ajuda a potenciar o final. Tudo com
elegância e equilíbrio. Muito bom. 15
Características Analíticas
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BIBLIOGRAFIA
www.aesbuc.pt/twt./ETGI
www.domteodosio.com
www.jmf.pt
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