RESOLUÇÃO SEEDUC Nº 6018 DE 15 DE DEZEMBRO DE 2021

DISPÕE SOBRE ROTINAS DE ORGANIZAÇÃO DE QUADRO DE

HORÁRIOS E ALOCAÇÃO DE PROFESSORES DENTRO DAS
UNIDADES ESCOLARES DA SEEDUC, E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

O SECRETÁRIO DE ESTADO DE EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições legais, tendo em

vista o que consta no Processo Administrativo nº SEI-030029/012127/2021,
CONSIDERANDO:
- que a educação constitui direito social, de caráter inalienável, sendo obrigatória a oferta da
Educação Básica por parte do Poder Público, sob pena de responsabilização, conforme
definido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em seu art. 5º, § 4º;
- os preceitos pedagógicos interdisciplinares adotados por esta SEEDUC, que através de suas
proposições curriculares promovem a religação dos saberes como instrumento do fazer
pedagógico, onde a informação é compreendida como aspecto e não fim do processo
formativo, fomentando ações interdisciplinares e plurais de regência, integradas a sua
respectiva área do saber e não cerceadas a conceitos inertes e pragmáticos;
- a necessidade do Poder Público de reorganizar permanentemente as unidades escolares em
suas faces pedagógica, de infraestrutura e de pessoas, de modo a preservar a oferta de
Educação Básica e garantir de maneira integral a realização do período/ano letivo;
- a organização do quadro de servidores de acordo com os termos do Decreto-Lei nº 220/1975,
art. 4º e Decreto nº 2.479/1979 de 08 de março de 1979, art. 72, § 2º, que definem, em síntese,
que a formação do quadro funcional responderá a demanda da instituição de ensino, definindo
assim eventuais cenários de carência ou disponibilidade funcional;
- a Rotina de Aproveitamento de Professores Docente II que visa, por meio de reconhecimento
da formação acadêmica, realizar ações de progressão funcional e combate à evasão através
da efetiva alocação docente, previstas no Decreto nº 42.883, de 17 de março de 2011 e
regulamentada pelas Resoluções SEEDUC nº 4.686, de 11 de abril de 2011 e nº 5.527, de 20
de junho de 2017;
- a necessidade de estabelecer critérios e normas que regulamentem a distribuição dos
componentes curriculares no Quadro de horários e a alocação de professores regentes nas
unidades escolares da Secretaria de Estado de Educação;
- as normas estabelecidas pela Portaria SEEDUC/SUGEN nº 419, de 27 de setembro e 2013,
no que se refere à participação dos professores nas ações do planejamento na unidade
escolar;
RESOLVE:
CAPÍTULO I
DO QUADRO DE HORÁRIOS
Art. 1º - A presente Resolução tem por objeto estabelecer rotinas quanto aos procedimentos de
organização, alocação, manutenção e construção do Quadro de Horários das unidades
escolares da Rede Pública Estadual de Ensino.
Art. 2º - Para fins desta Resolução, considera-se Quadro de Horários a organização e
distribuição semanal dos tempos de aulas dos componentes curriculares previstos nas matrizes
vigentes para alocação de professores.
Art. 3º - A Direção da unidade escolar, em conjunto com a equipe técnico-pedagógica, deverá
elaborar, por escrito, o Quadro de Horários das aulas do ano letivo seguinte, durante o período
de confirmação de turnos e vagas, para que o mesmo seja inserido no Sistema Conexão
Educação assim que estiver disponível ao diretor, conforme disposto nesta Resolução.
Parágrafo Único - O planejamento do Quadro de Horários da unidade escolar e sua inserção
no Sistema Conexão Educação ou ferramenta que eventualmente o substitua tem caráter
periódico e rotineiro, ocorrendo, preferencialmente, ao final de cada período letivo ou no
recesso, podendo ser semestral ou anual, conforme o caso específico, observado ainda o
atendimento a eventuais demandas de caráter emergencial.
 CAPÍTULO II
DAS DIRETRIZES
Art. 4º - Para uma organização mais eficiente dos horários das aulas e dos componentes
curriculares das matrizes dos cursos implementados na Rede, a Direção da unidade escolar
deverá observar:
I - o quantitativo necessário de professores para atender a toda a demanda da escola;
II - a distribuição eficiente e equilibrada dos componentes curriculares;
III - a disponibilidade de horário dos professores regentes para ministrarem suas aulas.
Art. 5º - A indicação da disponibilidade, apresentada pelo professor, não assegura a alocação
do mesmo no horário sugerido, podendo o docente ser alocado em dias e horários diferentes
do que fora apresentado, tendo em vista que compete à Direção da unidade escolar o
planejamento, elaboração e a melhor adequação do Quadro de Horários, priorizando a
organização pedagógica e o interesse do aluno.
CAPÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DOS COMPONENTES CURRICULARES
Art. 6º - O cadastro do horário operacional e o lançamento das aulas no Quadro de Horários
deverão ser iniciados imediatamente após a liberação das turmas no Sistema Conexão
Educação, sendo finalizados dentro do prazo definido pela Superintendência de Gestão de
Pessoas.
Art. 7º - Caberá à Direção da unidade escolar, antes de iniciar a alocação das aulas, observado
o prazo mencionado no art. 6º, verificar e validar com a respectiva Diretoria Regional:
I - modalidades;
II - turmas;
III - turnos;
IV - salas de aula;
V - matrizes curriculares.
§ 1º - A organização dos tempos de aulas de cada componente curricular deverá,
prioritariamente, de forma a propiciar o melhor aproveitamento das aulas pelos alunos,
obedecer às regras abaixo:
I - atender à concentração prevista nas áreas de conhecimento das matrizes curriculares, sem
que a carga horária total de um único componente seja disponibilizada na mesma turma e no
mesmo dia;
II - distribuir a carga horária dos componentes curriculares, preferencialmente, nos 05 (cinco)
dias úteis semanais, desde que seja respeitada a alocação mínima de 03 tempos diários de
aula;
III - alocar as aulas aos sábados somente após autorização da respectiva Diretoria Pedagógica
e validação da Superintendência de Gestão das Regionais Pedagógicas;
IV - considerar, no momento da montagem do horário, os tempos das aulas optativas de ensino
religioso e língua estrangeira;
V - distribuir a carga horária dos componentes curriculares em uma mesma turma,
preferencialmente, da seguinte forma:
a) no caso de componentes curriculares com 02 (dois) tempos semanais, distribuir a carga
horária em tempos seguidos, preferencialmente, sem intercalar com o horário de intervalo;
b) no caso de componentes curriculares com 03 (três) tempos semanais, distribuir a carga
horária em, no máximo, 02 (dois) dias, em tempos seguidos e, preferencialmente, sem
intercalar com o horário de intervalo;
c) no caso de componentes curriculares com 04 (quatro) tempos semanais ou mais, distribuir a
carga horária em, no mínimo, 02 (dois) dias, em tempos seguidos, independente do horário de
intervalo.
§ 2º - A alocação dos componentes curriculares nas turmas de Educação de Jovens e Adultos
do Ensino Médio e nas turmas das unidades escolares da Diretoria Especial de Unidades
Prisionais e Socioeducativas, considerando o horário operacional de 04 (quatro) tempos de
aula, poderá ser efetivada distribuindo-se os 04 (quatro) tempos de modo consecutivo, em uma
mesma turma.
Art. 8º - Havendo necessidade de excepcionalizar as situações previstas nos incisos e alíneas
do art. 7º, a Direção deverá solicitar autorização por ofício e aguardar o parecer da Diretoria
Regional Pedagógica, a qual deverá cientificar a Coordenadoria de Gestão de Pessoas.
Art. 9º - Os horários de funcionamento das turmas, seus intervalos, bem como a distribuição
dos componentes curriculares no Quadro de Horários, deverão estar de acordo com o
estabelecido nas matrizes curriculares em vigência, para os turnos e modalidades de ensino
oferecidos pela unidade escolar.
Art. 10 - Caberá a Superintendência de Planejamento e Integração das Redes, caso
necessário, ajustar turmas criadas durante a fase doplanejamento de turnos e vagas e avaliar a
necessidade de ampliação de oferta de turmas e/ou vagas, em parceria com a Diretoria
Regional Pedagógica e a Coordenação de Gestão e Integração da Rede.
§ 1º - Compete a Subsecretaria de Gestão de Ensino - SUGEN a criação das turmas de
projetos especiais.
§ 2º - Caberá à Diretoria Regional Pedagógica, com a colaboração da Coordenadoria de
Gestão de Pessoas, orientar a Direção da unidade escolar em relação à organização das aulas
através da distribuição dos componentes curriculares, buscando um melhor aproveitamento
dos alunos.
CAPÍTULO IV
DA ALOCAÇÃO DOS PROFESSORES NO QUADRO DE HORÁRIOS
Art. 11 - De forma a contribuir com a organização pedagógica e de recursos humanos da
unidade escolar, a alocação do professor deverá respeitar a distribuição dos componentes
curriculares no Quadro de Horários, previamente elaborado pela Direção e pela equipe técnico-
pedagógica, que será realizada obedecendo aos seguintes critérios:
I - iniciar a alocação dos professores, obrigatoriamente, a partir das nas séries/anos/módulos
finais de cada segmento, de forma que não haja carência nessas turmas;
II - alocar somente 01 (um) professor por componente curricular em cada turma;
III - o mesmo professor deverá suprir todos os tempos de seu componente curricular, em uma
mesma turma, em conformidade com a matriz curricular vigente;
IV - a matrícula do professor deverá estar, prioritariamente, integralizada na mesma unidade
escolar;
V - a carga horária destinada às atividades pedagógicas complementares deverá ser cumprida
dentro da unidade escolar, cabendo à Direção zelar pelo seu cumprimento. Ocorrendo a
necessidade da complementação de carga horária em outra unidade escolar, ela deverá ser
distribuída equitativamente entre as escolas;
VI - a carga horária de efetiva regência de turma do professor deverá ser distribuída da
seguinte forma:
a) Professores Docentes I - 16 (dezesseis) horas semanais: mínimo, dois dias da semana;
b) Professores Docentes II - 22 (vinte e duas) horas semanais: mínimo, dois dias da semana;
c) Professores Docentes I - 30 (trinta) horas semanais: mínimo, três dias da semana;
d) Professores Docentes I - 40 (quarenta) horas semanais: mínimo, três dias da semana;
e) Professores Docentes II - 40 (quarenta) horas semanais: mínimo, três dias da semana.
§ 1º - Matrículas alocadas, na mesma unidade escolar, em quantitativo de dias inferiores ao
permitido no inciso VI do presente artigo só poderão ocorrer em casos excepcionais, mediante
autorização expressa da Superintendência de Gestão de Pessoas.
§ 2º - O professor poderá ser alocado com até duas matrículas no mesmo componente
curricular de uma mesma turma, sem contrariar o previsto nos incisos II e III deste artigo.
Art. 12 - Para definir o quantitativo de professores necessários em função de regência na
unidade escolar, a Direção deverá utilizar como base de cálculo o número de turmas, matriz
curricular e carga horária do cargo.
Art. 13 - A alocação das matrículas dos professores em efetiva regência de turma deverá
respeitar, por ordem de prioridade, os critérios abaixo:
I - o componente curricular de ingresso do Professor Docente I e a disciplina de atuação do
Professor Docente II em Rotina de Aproveitamento, tendo em vista a equiparação dos cargos
para fins de alocação.
II - o tempo de lotação do professor na unidade escolar, nas funções de regente, Diretor e
Diretor Adjunto, observando-se a prioridade de alocação conforme o disposto no inciso I do art.
11 desta Resolução.
§ 1º - Para atendimento ao disposto no inciso II deste artigo, considera-se como regência a
atuação especificamente em sala de aula, em qualquer componente curricular, não sendo
computadas, neste caso específico, as funções de magistério para fins de aposentadoria
especial.
§ 2º - O Diretor e o Diretor Adjunto que retornar à regência de turma no decorrer do ano letivo,
deverá ser alocado nas carências existentes na Unidade Escolar sem alterar o Quadro de
Horários já estabelecido, valendo esta regra para todos os servidores retornando de atividade
extraclasse e redução de carga horária, bem como os dispensados das funções de Orientador
Educacional, Assistente Operacional Escolar, Coordenador Pedagógico, Agente de Pessoal,
Auxiliar de Agente de Pessoal, Secretário, AAGE - Agente de Acompanhamento de Gestão
Escolar.
§ 3º - Caso a unidade escolar de lotação não apresente carência, o professor citado no
parágrafo anterior deste artigo deverá ser encaminhado à Coordenadoria de Gestão de
Pessoas para movimentação e, na hipótese de ser considerado excedente no âmbito da
Regional/município, deverá ser alocado em função/atividade extraclasse na própria lotação ou
em outra, desde que haja vaga e sejam respeitados os critérios previstos no Capítulo VI da
presente Resolução.
§ 4º - O professor dispensado da função de Diretor ou Diretor Adjunto, citado no § 3º deste
artigo, movimentado para outra unidade escolar, que tenha interesse em retornar à última
lotação para compor o Quadro de Horários do ano subsequente, usufruindo da sua antiguidade
deverá retornar à Coordenadoria de Gestão de Pessoas no período de 01 a 30 de novembro,
do ano da sua dispensa, para manifestar seu interesse e regularizar seu retorno, desde que
validado pela Diretoria Regional.
§ 5º - Será computada a soma total do tempo de permanência do professor na unidade escolar
de lotação, a partir da data da última movimentação.
§ 6º - Nas Regionais/Municípios onde não há mais turmas e oferta de matrícula para o Ensino
Fundamental - Anos Finais os Professores Docentes I com ingresso em Ciências Físicas e
Biológicas serão reconhecidos, para fins de prioridade de alocação, pelo componente curricular
identificado na análise documental pela Coordenadoria de Inspeção Escolar, garantindo o
mesmo tratamento destinado aos Professores Docentes I no componente curricular de
ingresso e aos Professores Docentes II em Rotina de Aproveitamento.
§ 7º - Os Professores Docentes I com ingresso no componente curricular em Ciências Físicas e
Biológicas de que trata o parágrafo anterior e os Professores Docentes II em Rotina de
Aproveitamento, deverão definir em conjunto com a Direção da unidade escolar de lotação o
componente curricular identificado na análise documental pela Coordenadoria de Inspeção
Escolar que será cadastrado no Sistema Conexão Educação para aplicação da regra prevista
neste artigo.
§ 8º - Os professores com lotação na unidade escolar terão prioridade de alocação diante
daqueles que estão complementando a carga horária na mesma escola, em face da
necessidade de verificação da possibilidade da integralização de sua matrícula.
§ 9º - Nenhum professor poderá complementar carga horária em outra unidade escolar sem a
apresentação da C.I. de movimentação expedido pela Coordenadoria de Gestão de Pessoas.
§ 10 - Na impossibilidade de integralizar seus tempos na lotação de origem, o professor
mencionado no parágrafo 9º poderá, no ano letivo seguinte, manter a complementação de
carga horária na mesma unidade escolar, não sendo necessária a expedição de nova C.I. de
movimentação.
§ 11 - Os Professores Docentes concursados em regime de 30 (trinta) e 40 (quarenta) horas
semanais nas unidades escolares que funcionam, exclusivamente, no turno integral e/ou
ampliado, respeitando os critérios previstos neste artigo, nos incisos I e II.
§ 12 - Professores que participaram de formação e/ou especialização pela Secretaria de
Estado de Educação ou em instituição externa para ministrar componentes curriculares
diversificados, tais como disciplinas eletivas e/ou projetos pedagógicos para além da Base
Nacional Comum, terão prioridade na alocação no componente sobre o qual enquadra a sua
formação e/ou especialização, devendo permanecer, preferencialmente, em atividade por, no
mínimo, 03 (três) anos.
§ 13 - Na falta de professor com formação e/ou especialização mencionada no parágrafo
anterior, o componente curricular diversificado poderá ser atendido por outro docente desde
que sejam considerados os critérios previstos nos incisos I e II do presente artigo e que o
mesmo concorde em participar da formação em serviço.
§ 14 - As unidades escolares que integram programas e projetos especiais obedecerão às
normas regulamentadas por esta Resolução.
§ 15 - O professor cedido ao Colégio do Corpo de Bombeiros Militar terá assegurado seu
possível retorno à unidade escolar de origem, sendo considerado como contagem ininterrupta
o tempo na unidade, para fins de verificação de antiguidade na alocação no Quadro de
Horários, nos termos do Decreto nº 46.953 de 19 de fevereiro de 2020 ou ato que o substitua.
§ 16 - Para atendimento ao disposto neste artigo, serão utilizadas, com o critérios de
desempate, as seguintes situações:
a) total de faltas não abonadas no ano letivo anterior;
b) total de códigos de impontualidade no ano letivo anterior;
c) total de afastamentos temporários no ano letivo anterior;
d) lançamento de notas no Sistema Conexão Educação dentro do prazo estipulado.
Art. 14 - Observados os critérios descritos neste capítulo, a Direção deverá listar os
professores lotados na unidade escolar, por ordem de classificação e alocar os professores
regentes nos respectivos tempos e componentes curriculares.
§ 1º - A Direção deverá dar publicidade à lista classificatória prevista no presente artigo.
§ 2º - Os professores que se encontrarem em afastamento temporário e não puderem informar
a sua disponibilidade no período de montagem do Quadro de Horários serão alocados pela
Direção nas vagas ainda existentes, respeitando-se a ordem classificatória.
§ 3º - Visando a efetiva busca pela integralização, o professor que não conseguir ter alocada
toda a sua carga horária na unidade escolar de lotação, por falta de oferta no componente
curricular de ingresso, poderá atuar, total ou parcialmente, em outro componente, dentro da
área de conhecimento prevista na matriz curricular vigente, desde que habilitado pela
Coordenadoria de Inspeção Escolar, respeitando-se a finalização da alocação de todos os
docentes do mesmo componente curricular de ingresso.
§ 4º - Ainda visando à efetiva busca pela integralização, quando existir a possibilidade de
alocação de todos os tempos da carga horária do professor na unidade escolar, mas ele não se
adequar ao horário oferecido, esses tempos serão ofertados aos próximos classificados
para integralização da carga horária, devendo a Direção registrar em ata assinada por duas
testemunhas a recusa ou a impossibilidade do professor.
§ 5º - Ficam excluídos do parágrafo anterior os casos de professores com conflitos de horário,
ou com conflitos de carga horária entre o cargo e o componente curricular de ingresso
(atuação) previsto na matriz curricular vigente.
Art. 15 - A complementação da carga horária em outra unidade escolar deverá respeitar o limite
máximo de escolas dispostos nos incisos abaixo, de acordo com o cargo do professor:
I - Professores Docentes I - 16 (dezesseis) horas semanais e Professores Docentes II - 22
(vinte e duas) horas semanais em Regime de Aproveitamento poderão atuar, no máximo, em
até 02 (duas) Unidades Escolares.
II - Professores Docentes I - 30 (trinta) horas semanais, Professores Docentes I - 40 (quarenta)
horas semanais e Professores Docentes II
- 40 (quarenta) horas semanais, em Regime de Aproveitamento, poderão atuar, no máximo, em
até 03 (três) Unidades Escolares.
§ 1º - O professor deverá ser alocado em unidades escolares que apresentem as maiores
ofertas de carência, a fim de completar toda a carga horária referente ao seu cargo.
§ 2º - O professor que desejar, voluntariamente, atuar em quantidade de unidades escolares
superior ao número máximo definido neste artigo, deverá manifestar-se através de declaração
de próprio punho à Coordenadoria de Gestão de Pessoas.
Art. 16 - Além dos critérios previstos neste Capítulo deverão ser observados para Rotina de
Aproveitamento de Professor Docente II os dispostos no Decreto nº 42.883/2011, na Resolução
SEEDUC nº4.686/2011 e na Resolução SEEDUC nº 5.527/2017, ou em normas que as
substituam.
Art. 17 - A Direção da unidade escolar deve registrar e manter atualizado o Quadro de Horários
no Sistema Conexão Educação, em consonância com as diretrizes estabelecidas na presente
Resolução.
Art. 18 - A Coordenadoria de Gestão de Pessoas deverá convocar a Direção da unidade
escolar sempre que identificada necessidade de justificar e/ou regularizar o Quadro de Horários
no Sistema Conexão Educação.
Art. 19 - Caberá ao Diretor registrar no Sistema Conexão Educação o código correspondente
ao componente curricular que apresentar carência, especificando o tipo:
I - Carência real - para os componentes curriculares sem professores ou derivados de
afastamentos definitivos.
II - Carência temporária - para os componentes curriculares dos professores com afastamentos
temporários.
CAPÍTULO V
DA REALOCAÇÃO DOCENTE
Art. 20 - Após a construção do Quadro de Horários, caberá à Direção da unidade escolar
divulgar sua organização, afixando-o em local apropriado e de amplo acesso a toda
comunidade escolar, de modo a garantir publicidade.
Art. 21 - Para fins dessa Resolução, considera-se a realocação docente como procedimento
administrativo no qual os professores que, eventualmente, não tenham sido alocados - total ou
parcialmente – em turmas para efetivo exercício da regência na unidade escolar de origem,
sejam transferidos para unidades escolares com carência.
§ 1º - Identificados pela Direção da unidade escolar os docentes descritos no caput do presente
artigo, com carga horária livre total ou parcial, após a conclusão do Quadro de Horários,
deverão ser encaminhados à Regional, através de ofício com a justificativa para realocação.
§ 2º - O professor encaminhado à Coordenadoria de Gestão de Pessoas para o procedimento
de realocação terá o prazo máximo de 05 (cinco) dias úteis, a contar do recebimento do ofício
de apresentação emitido pela Direção da Unidade Escolar, para se apresentar e realizar os
procedimentos de realocação.
Art. 22 - Caberá à Coordenadoria de Gestão de Pessoas oferecer as vagas disponíveis das
unidades escolares, na seguinte ordenação:
I - na disciplina de ingresso:
a) no Município de lotação do professor;
b) nos Municípios adjacentes da Regional de lotação do professor;
c) nos Municípios adjacentes de outras Regionais.
II - na rotina de segunda habilitação:
a) no Município de lotação do professor;
b) nos Municípios adjacentes da Regional de lotação do professor;
c) nos Municípios adjacentes de outras Regionais.
Art. 23 - Caso não ocorra a rotina de realocação docente dentro do prazo de 05 dias úteis no
Sistema Conexão Educação, o Coordenador de Gestão de Pessoas deverá:
I - em caso de carga horária livre total providenciar, no sexto dia útil, a primeira de 3 (três)
convocações do professor em Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro (DOERJ).
II - encaminhar um ofício à Direção da unidade escolar de lotação do professor, na mesma data
da primeira publicação no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro (DOERJ), através do qual
será dada e registrada a devida ciência ao professor convocado.
III - ao final do prazo da última convocação, caberá ao Agente de Pessoal da Regional
movimentar para a lotação provisória da Coordenadoria de Gestão de Pessoas, registrar as
ocorrências e, ao completar 10 (dez) faltas consecutivas, aplicar-se-á o disposto na Lei
Complementar n° 85, de 13 de junho de 1996, considerando-se como abandono de cargo para
fins disciplinares.
IV - em caso de carga horária livre parcial, no sexto dia útil, alocar os tempos excedentes do
professor em unidade escolar onde for verificada a existência de vaga no âmbito da Regional,
onde serão computadas as ocorrências de frequência, com validade a contar da data de
alocação do professor na escola de complementação.
V - emitir Circular Interna de movimentação nos casos previstos nos incisos III e IV do presente
artigo para comunicar ao Diretor da unidade escolar de complementação e o de origem,
cabendo a este último dar ciência ao professor.
VI - solicitar à Direção da unidade escolar de complementação, nos casos de carga horária
livre parcial, que seja registrado mensalmente, no “Mapa de Controle de Frequência de
Complementação”, gerado do Sistema Conexão Educação, as respectivas ocorrências dos
professores, emitir, até o primeiro dia do mês subsequente, a declaração de frequência mensal
a ser entregue ao professor para envio à unidade de lotação para o devido registro.
Art. 24 - É de responsabilidade da Coordenadoria de Gestão de Pessoas monitorar,
diariamente, a alocação da carga horária dos professores no Quadro de Horários, através do
relatório de carga horária livre do Sistema Conexão Educação, e aplicar as regras previstas no
presente Capítulo.
CAPÍTULO VI
DA ALOCAÇÃO DOS SERVIDORES EM ATIVIDADE EXTRACLASSE
Art. 25 - Os Professores Docentes I e II somente poderão assumir as funções/atividades de
Agente de Leitura, Professor Articulador Pedagógico, Auxiliar de Secretaria ou outras
estabelecidas por esta Secretaria se, mesmo após rotina de realocação, permanecerem com
carga horária livre total.
Parágrafo Único - os Professores Docentes I e II, excedentes, somente serão alocados em
funções/atividades previstas no caput deste artigo em unidades escolares que apresentarem
vagas, considerando o quantitativo previsto na Resolução SEEDUC nº 5.664 de 19 de julho
de 2018 ou norma que a substitua.
Art. 26 - Para alocação nas funções/atividades de Agente de Leitura, Professor Articulador
Pedagógico e Auxiliar de Secretaria na unidade de lotação, será considerada, como critério
para definir prioridade de alocação dos servidores, a antiguidade na função em exercício na
unidade escolar.
§ 1º - Para atendimento ao disposto neste artigo, serão utilizadas como critérios de desempate
as situações abaixo, na seguinte ordem:
I - Professor Assistente Administrativo I e II;
II - Professor readaptado em função extraclasse;
III - Professor Docente.
§ 2º - Os Professores Docentes I que se encontrarem alocados nas funções /atividades
previstas no presente artigo deverão ser reconduzidos para sala de aula, caso existam
carências nos componentes curriculares de ingresso, na seguinte ordem:
I - na unidade escolar de exercício;
II - em outra no âmbito do mesmo município da unidade escolar de exercício;
III - de outros municípios da respectiva Regional, desde que adjacentes ao município da
unidade escolar de exercício;
IV - em municípios adjacentes de outras Regionais, desde que adjacentes ao município da
unidade escolar de exercício.
§ 3º - Existindo mais de um Professor Docente do mesmo componente curricular no caso
previsto no § 2º, do art. 25, será encaminhado ao processo de realocação o Professor:
I - com a lotação mais recente na unidade escolar;
II - o que estiver menos tempo na função extraclasse.
§ 4º - Os Professores readaptados poderão atuar como Agente de Leitura ou Professor
Articulador Pedagógico desde que suas restrições não conflitem com as atribuições relativas a
essas funções/atividades, conforme avaliação realizada pela Perícia Médica, observando-se o
quantitativo máximo estabelecido na Resolução SEEDUC nº5.664, de 19 de julho de 2018 ou
ato que a substitua.
Art. 27 - É de responsabilidade do Coordenador de Gestão de Pessoas autorizar a alocação
dos professores nas funções/atividades Agente de Leitura, Professor Articulador Pedagógico e
Auxiliar de Secretaria, controlar e ajustar o quantitativo desses servidores de acordo com a
Resolução SEEDUC nº 5.664, de 19 de julho de 2018 ou ato que a substitua.
CAPÍTULO VII
DO LANÇAMENTO DOS AFASTAMENTOS E LISTAGEM DOS SERVIDORES
Art. 28 - Caberá ao Agente de Pessoal ou Diretor da unidade escolar lançar e manter
atualizados os afastamentos temporários e definitivos dos servidores no Sistema Conexão
Educação, imediatamente após a comunicação pelo servidor ou documentação comprobatória.
Parágrafo Único - Os afastamentos registrados no Sistema Conexão Educação devem estar
em consonância com o Cartão de Frequência Trimestral do Servidor, Mapa de Controle de
Frequência/MCF e Registros no Sistema de Integrado de Recursos Humanos/SIGRH.
Art. 29 - Os servidores que forem movimentados deverão ter sua lotação imediatamente
atualizada no Sistema Conexão Educação e no Sistema de Integrado de Recursos
Humanos/SIGRH pela Coordenadoria de Gestão de Pessoas na data da expedição da
documentação.
Parágrafo Único - A Direção deverá conferir mensalmente a listagem de servidores lotados na
sua unidade escolar, no MCF e no Sistema Conexão Educação e, havendo alteração,
apresentar documentação comprobatória que justifique a retificação à Coordenadoria de
Gestão de Pessoas.
CAPÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 30 - É responsabilidade da Coordenadoria de Quadro de Horários da Superintendência de
Gestão de Pessoas da Subsecretaria de Gestão Administrativa o acompanhamento da
organização e manutenção do Quadro de Horários das unidades escolares da SEEDUC.
Art. 31 - A Direção da unidade escolar que não aplicar as diretrizes estabelecidas na presente
Resolução, na construção e manutenção do Quadro de Horários, estará sujeita às sanções
administrativas previstas no artigo 292, do Decreto nº 2479 de 08 de março de 1979 ou norma
que eventualmente o substitua, promovidas pela Coordenadoria de Gestão de Pessoas e
Diretoria Pedagógica, em conjunto, por comprometer a garantia de oferta da educação básica
no âmbito de cada Regional.
Art. 32 - Os casos omissos e as situações excepcionais e específicas poderão ser avaliados e
redefinidos pela Subsecretaria de Gestão Administrativa.
Art. 33 - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições
em contrário, em especial a Resolução SEEDUC nº 5804 de 27 de setembro de 2019 e
retificação publicada em 05/12/2019.

Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 2021

ALEXANDRE VALLE
Secretário de Estado de Educação

Publicado no DOERJ de 05 de janeiro de 2022

(páginas 10 a 12)