Congresso Nacional de Soldagem. Uberlândia
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Proposta de um Sistema de Transmissão Diferencial de Velocidades para Alimentação Oscilatória do
Material de Adição na Soldagem. XLIV CONSOLDA – Congresso Nacional de Soldagem. Uberlândia.
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reciprocating action. Patente Nº RU2104134C1.
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CAPÍTULO 08
Fabio Hernandes
Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO, Guarapuava, PR
E-mail: [email protected]
130
1. INTRODUÇÃO
Incertezas, imprecisões e ambiguidades são fatores que não podem ser ignorados
na resolução de alguns problemas reais visto que, em muitos casos, os parâmetros
(custos, capacidades, demandas, dentre outros) podem não ser naturalmente preci sos.
Com isso, nas décadas de 1960 e 1970, Zadeh [1–3] introduziu a teoria dos conjuntos fuzzy,
cuja finalidade foi dar um tratamento matemático a termos linguísticos subjetivos como
“aproximadamente” e “em torno de” dentre outros.
A teoria dos grafos é uma das áreas da programação matemática que tem utilizado
frequentemente a teoria dos conjuntos fuzzy em alguns de seus problemas, dentre os quais
se destacam: caminho mínimo [4–11], fluxo máximo [12–15], fluxo de custo mínimo [12, 16,
26], árvore geradora mínima [17–21] e coloração de grafos [22–25]. Dentre estes problemas,
o da árvore geradora mínima é um dos principais, haja vista suas aplicações na Engenharia
e na Informática, tais como: instalações e projeções de redes de telecomunicações (redes de
computadores, redes de telefonia e redes de TV a cabo) e elétricas, problemas de transporte
(rodovias e ferrovias), dentre outros [26].
Na literatura são apresentados diversos algoritmos que resolvem o problema clássico
da árvore geradora mínima sendo, principalmente, os algoritmos de Kruskal, Prim, Borüvk
e Sollin [27]. Porém, ao considerar incertezas nos parâmetros ou na estrutura da rede, a
resolução desse problema se torna mais trabalhosa, pois a comparação entre os dados dos
parâmetros não é trivial como no caso clássico, reportando assim à teoria dos conjuntos
fuzzy. O número de trabalhos na literatura que trata do tema é reduzido, devendo-se
principalmente a Delgado et al [28], Chunde [29], Takahashi e Yamakami [18], Takahashi
e Yamakami [17], Gao e Lu [30], Janiak e Kasperski [31], Mohanty et al [19] e Nayeem
e Pal [21].
No trabalho de Delgado et al [28] foram introduzidos os conceitos do problema da
árvore geradora mínima em redes com parâmetros e/ou estruturas fuzzy e utilizado o conceito
de α-corte para obtenção de cada árvore geradora mínima do conjunto fuzzy de soluções.
Chunde [29] propôs, por meio de uma heurística, um algoritmo em que é realizada apenas
uma iteração do algoritmo de Delgado et al [28], que utiliza o α-corte mais conveniente,
aplicado a redes com incertezas em sua estrutura. Takahashi e Yamakami [18]
propuseram um algoritmo genético para o problema com parâmetros fuzzy, usando a teoria
de possibilidade de Zadeh [3], enquanto que no segundo trabalho [17] foi abordado o
problema em uma rede com estrutura fuzzy, adaptando os trabalhos de Delgado et al [28] e
131
Chunde [29]. Gao e Lu [30] abordaram o problema da árvore geradora mínima quadrática
fuzzy com parâmetros incertos e propuseram um algoritmo genético para solucioná-lo.
Janiak e Kasperski [31] aplicaram a teoria da possibilidade de Zadeh [3] nos custos das
arestas e utilizaram um algoritmo clássico da literatura para encontrar a árvore geradora
mínima. Mohanty et al [19] abordaram o problema com parâmetros fuzzy por meio do
algoritmo clássico de Borüvka, juntamente com o índice de ordenação de Yao e Lin
[32]. Em um dos trabalhos mais recentes, Nayeem e Pal [21] “defuzzificaram”, o problema,
transformando-o em um problema clássico, e o resolveram via algoritmos genéticos.
Analisando os trabalhos descritos anteriormente, verifica-se que estes apresentam
algumas particularidades, tais como: solucionam o problema via algoritmos genéticos [17,
18, 21, 29, 30] ou aplicam índices de “defuzzificação”, resolvendo o problema por meio de
métodos clássicos [19, 31], o que pode ocasionar perda de informações. Além do mais, nos
trabalhos descritos anteriormente seus algoritmos são aplicados em redes de pequeno
porte (máximo de 21 vértices e 36 arestas, também utilizada neste trabalho), pouco densas
e com várias arestas dominadas (descartadas), o que faz com que o uso de métodos
heurísticos não seja totalmente justificável. Com isso, o objetivo deste trabalho é
apresentar um algoritmo exato, adaptado do algoritmo de Prim, para resolver o problema da
árvore geradora mínima em redes com parâmetros fuzzy, aplicável principalmente a redes de
pequeno porte (similares às utilizadas nos trabalhos da literatura) ou pouco densas e com
arestas dominadas (arestas caras, de peso grande).
O algoritmo proposto trabalha com as incertezas até a obtenção da solução final,
aplicando, assim, a relação de dominância de Okada e Soper [4] para eliminar as arestas de
maior peso e o conceito de rótulos para armazenar o conjunto solução, pois o mesmo pode
apresentar mais de uma árvore geradora mínima. Trata-se de um algoritmo baseado nos
trabalhos de Okada e Soper [4], Okada [6] e Hernandes et al [8].
Este trabalho está organizado da seguinte forma: na seção 2 são apresentados os
conceitos e definições utilizados no trabalho; a seção 3 aborda o algoritmo proposto; na
seção 4 estão os resultados computacionais, enquanto que na seção 5 são destacadas as
conclusões e trabalhos futuros.
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
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alguns conceitos da teoria dos conjuntos fuzzy e do problema da árvore geradora mínima
fuzzy.
sendo o grafo G = (N , A) conexo. Caso o grafo seja desconexo, o problema pode ser
resolvido separadamente para cada componente conexo.
O problema da árvore geradora mínima consiste em procurar uma árvore T* de G,
tal que:
133
2.2.1 Números fuzzy
Fonte: Os autores
134
2.2.2 Relação de ordem
tal que: µmax { a˜,b˜} é uma função de pertinência a˜, b̃ e s, t são os nós origem e
destino, respectivamente.
O máximo de n números fuzzy a˜1 , a˜2 , . . . , a˜n , denotado por max { a˜1 , a˜2 , . . .
, a˜n} , é também um número fuzzy, mas˜
max {a˜1 , a˜2 , . . . , a˜n } não necessariamente é um
+ β1 ) ≤ (m2 + β2 ) e a˜ ≠ b̃ .
Fonte: Os autores
135
Aplicando a relação de dominância de Okada e Soper (Definição 5) verifica-se que
⊀ ⊀ ⊀ ⊀
a˜ b̃ , a˜ ≺ c˜, b̃ a˜, b̃ ≺ c˜, c˜ a˜ e c˜ b̃ . Logo, c˜ é eliminado, pois foi dominado
por, pelo menos, um dos outros números, isto significa que possui peso maior que, no
mínimo, um dos outros.
Dado um grafo conexo G̃ = (N, A), tal que para cada aresta (i, j) ∈ A associa-se
um número fuzzy Ci j – chamado peso da aresta (i , j ) – e seja G F = (N , AF ) um subgrafo
O problema da árvore mínima fuzzy consiste em procurar uma árvore T* de G̃, tal
que:
3. ALGORITMO PROPOSTO
136
O algoritmo proposto é composto de três passos, a saber: no Passo 0 são inicia
lizadas as variáveis; no Passo 1 são construídas as árvores geradoras de peso mínimo,
sendo que inicialmente são verificadas todas as possíveis arestas que podem fazer parte da
árvore (constituição da variável aux) e, em seguida, são eliminadas as de maior peso
(aplicação da dominância). Com as arestas restantes são construídas as árvores gera-
doras (uma árvore para cada aresta de aux). O Passo 2 é o critério de parada, sendo
verificado se todas as possíveis árvores são realmente árvores do grafo G̃ = (N , A), caso
contrário, retorna-se ao Passo 1.
137
T k ← {i}
V k ← N − {i}
it ←0
Senão
cont ← cont + 1
r ← cont
S r ← S k + {(i , j)}
T r ← T k +{j }
V r ← V k − {j }
fim(para- início do Passo 1)
PASSO 2: Critério de Parada
Parada ← verdadeiro
138
Para k ← 1 até cont faça
Se |S k| ≠(|N| − 1)
Parada ← falso
Se Parada = falso
n ← cont
Volte ao Passo1
Senão
Retorne {Sk : k ∈ 1, 2, ..., cont }
4. RESULTADOS COMPUTACIONAIS
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