1034-Texto Do Artigo-3754-1-10-20160528
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TERREIRO AO
BABALORIXÁ
AJALÁ DERÉ
Marialda Jovita
Silveira 1
(Olõguni)
B
om dia a todos e a todas
presentes a esta Festa. Pe-
ço agô aos meus mais-ve-
lhos, cumprimento autori- [1] Profesora do Departamento
de Letras e Artes – DLA,
dades religiosas, civis e universitárias. Universidade Estadual de
Santa Cruz – UESC, pesquis
Saúdo aos professores, pesquisadores, adora do Núcleo de Estudos
Afro-Baianos- Regionais –
gente do santo, artistas, poetas, escri- Kàwé. E-mail:
tores e amigos desta Casa. <[email protected]>.
Permita-me Katulembá Ajalá te, falar sobre um certo babalori- paços e constrói outros substan-
Deré, dirigir-me a você na con- xá, aquele agora indeterminado, tivos amalgamados ao seu fa-
dição de Babalorixá, para falar de sem-nome e sem-lugar, que pro- zer. Professor, poeta, contista,
sua pessoa e daquilo que cons- fessa a sua fé e canta os seus san- pesquisador. Este é você. O ou-
trói as nossas representações so- tos em algum rincão escondido tro, é aquele que sem rosto, sem
bre os seus saberes e os seus faze- perto ou longínquo de nós. Um, substantivos e sem positivas ad-
res. Mas, permita-me, igualmen- assumindo lugares, conquista es- jetivações, exerce a sua condição