Apostila de Gerenciamento de Residuos Solidos
Apostila de Gerenciamento de Residuos Solidos
Apostila de Gerenciamento de Residuos Solidos
Boas Práticas de
Gerenciamento de
Resíduos Sólidos
Agosto de 2021 1
ÍNDICE
01 RESÍDUOS SÓLIDOS 04
02 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 07
SÓLIDOS
03 RESPONSABILIDADES 34
E TAREFAS
04 CONTROLE DE INFECÇÃO E 38
CONTAMINAÇÃO QUÍMICA
05 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 40
INDIVIDUAL E COLETIVA
06 REGULAMENTAÇÃO AMBIENTAL, 42
LIMPEZA PÚBLICA E VIGILÂNCIA
SANITÁRIA, RELATIVAS AOS RS
07 VISÃO BÁSICA DE 44
GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS NO MUNICÍPIO DO RIO DE
JANEIRO
08 CICLO DE VIDA DOS MATERIAIS 47
09 ORIENTAÇÃO DE HIGIENE 50
PESSOAL E AMBIENTES
10 PROVIDÊNCIAS A SEREM 52
TOMADAS EM CASO DE ACIDENTES
E SITUAÇÕES EMERGENCIAIS
11 REFERÊNCIAS 56
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Enquanto a RDC Nº 56, de 6 de agosto de 2008 da ANVISA classifica os resíduos nos
seguintes grupos:
Grupo B: Grupo E:
Resíduos: Rejeitos:
podem ser reutilizados, não possuem potencial
reaproveitados ou para recuperação
reciclados
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CADEIA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
MMR
2.1
1. Gerador
No mar
(Barcaça)
3. Unidade de
Armazenamento
2. Transportador 1º MTR 1º RR Temporário
2.2
Em terra
(veículo)
2º MTR
3.1 Transporte
em terra
2º RR
4. Destinador final
CDF
Todas essas etapas deverão gerar registros que garantam a rastreabilidade dos resídu-
os ao longo da cadeia.
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Os diferentes tipos de resíduos devem ser segregados na geração e, para aumentar
a eficiência na segregação, os coletores devem estar posicionados em locais de
fácil acesso, distribuídos pela instalação em número e tamanho compatíveis com a
geração prevista. A Resolução CONAMA nº 275/2001 estabelece o padrão de cores para
coletores, visando à segregação dos resíduos.
Branco: Resíduos de
Vermelho: Plástico não
serviços de saúde
contaminado
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RESÍDUOS RECICLÁVEIS produtos. A reutilização, exploração de recursos
segundo a PNRS, por naturais, reduzir os
O processo de reciclagem, sua vez, consiste no impactos negativos da
segundo a RDC nº56/2008, aproveitamento dos geração de resíduos e
consiste em um conjunto resíduos sem alteração consequente poluição
de técnicas pelas quais de suas características ambiental de solos,
os resíduos sólidos são biológicas, físicas e físico- recursos hídricos e
coletados e processados químicas. Deste modo, atmosfera.
para serem usados técnicas de reciclagem
como matéria-prima na e o reaproveitamento Os resíduos podem ser:
manufatura de novos permitem minimizar a
PAPEL/PAPELÃO
VIDRO
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METAL
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RESÍDUOS PERIGOSOS Todos os resíduos É proibida a reutilização de
perigosos gerados sacos plásticos e big bags
Além das diretrizes a bordo devem ser que tenham sido utilizadas
descritas nesta sessão devidamente segregados para acondicionar resíduos
para a adequada e acondicionados em perigosos. Todo material
identificação, segregação, coletores específicos, em contato com os
acondicionamento e identificados com a resíduos perigosos deve
armazenamento de coloração laranja (resíduos ser coletado e classificado
resíduos recicláveis perigosos) e branca como resíduo perigoso.
gerados nas atividades (resíduos de saúde), Os resíduos perigosos
offshore, a OceanPact conforme padrão de coletados não devem
estabelece procedimentos cores estabelecido pela ser misturados, pois há
específicos que devem ser Resolução CONAMA nº sempre a possibilidade de
adotados para a gestão de 275/2001, e com a devida reações químicas.
resíduos perigosos. Assim, rotulagem nos idiomas
assegura-se a integridade português e inglês
dos trabalhadores que (caso haja tripulante a
irão manusear os resíduos bordo que não entenda
perigosos até a destinação português).
final e evita-se a
contaminação cruzada de
resíduos não perigosos.
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A FDSR e a FISPQ são (incluindo informações possibilitando que sejam
documentos que fornecem sobre o transporte, tomadas as medidas
informações essenciais manuseio, armazenagem necessárias relativas à
sobre os perigos de e recomendações sobre segurança, saúde e meio
um resíduo e produto medidas de proteção ambiente.
químico, respectivamente, e ações em situação
aos envolvidos no de emergência),
manuseio deste
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RESÍDUOS AEROSSOL (LATAS DE SPRAY)
Grupo A:
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Grupo B: Grupo D: Os resíduos
infectocontagiosos (Grupo
contém substâncias não apresentam risco A) e medicamentos
químicas que podem biológico, químico ou vencidos (Grupo B) devem
apresentar risco à saúde radiológico à saúde ou ao ser descartados em
pública ou ao meio meio ambiente, podendo coletores primários de
ambiente, dependendo ser equiparados aos cor branca, com pedal,
de suas características resíduos domiciliares. Ex: devidamente identificados
de inflamabilidade, gesso, luvas e gazes não e revestidos com saco
corrosividade, contaminados, sobras de plástico de cor branca
reatividade e toxicidade. alimentos, resíduos das leitosa. Posteriormente,
Ex: medicamentos áreas administrativas etc. estes resíduos serão
vencidos, contaminados, Os resíduos do Grupo D acondicionados em
parcialmente utilizados, (sem riscos à saúde), por bombonas brancas
frascos vazios que tiveram sua vez, são classificados (coletores secundários),
contato direto com o como recicláveis ou não identificadas da mesma
medicamento e demais recicláveis (Classe II). forma que os coletores
medicamentos impróprios primários, passíveis
para consumo, dentre de serem lacradas. As
outros. Grupo E: bombonas utilizadas
não deverão ser
materiais perfurocortantes reaproveitadas.
Grupo C: ou escarificantes, tais
como lâminas de barbear, Tanto os resíduos
quaisquer materiais agulhas, ampolas de vidro, infectocontagiosos do
resultantes de atividades pontas diamantadas, Grupo A, como os resíduos
humanas que contenham lâminas de bisturi, de “medicamentos
radionuclídeos em lancetas, espátulas e vencidos” do Grupo B
quantidades superiores outros similares. devem ser acondicionados
aos limites de eliminação dentro de bombonas,
especificados nas normas resistentes a ruptura e
da Comissão Nacional de vazamentos, forradas
Energia Nuclear - CNEN, com sacos leitosos,
como, por exemplo, apresentando de forma
serviços de medicina visível a simbologia
nuclear e radioterapia etc. específica e o grau de
Os resíduos pertencentes risco. Vale ressaltar que
ao Grupo C (radioativos) não deve haver mistura
não são aplicáveis às
atividades da empresa.
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COSMÉTICOS, CABELOS, EPI E EPC MATERIAL
BARBAS E JOIAS PERFUROCORTANTE
Óculos, luvas de proteção,
A proibição do uso de aventais sempre fechados Os trabalhadores que
adornos deve ser observa- e cobrir gravatas, lenços, utilizarem objetos per-
da para todo trabalhador echarpes. Sapatos fecha- furocortantes devem ser
do serviço de saúde (brin- dos cobrindo o dorso do os responsáveis pelo seu
cos, anéis, unhas, cílios pé. descarte.
postiços); cabelos longos
deverão ser presos na
altura das costas.
ACIDENTE DE TRABALHO
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ARMAZENAMENTO dias após a coleta. Os resí- rário de resíduos deverá
TEMPORÁRIO EM TERRA duos orgânicos e pirotécni- avaliar cada tipo de resíduo
cos são os únicos que não conforme a classificação
Os resíduos poderão ser devem ficar armazenados segundo a ABNT NBR
armazenados, após o temporariamente, devendo 10.004/2004 e/ou a FDSR
desembarque, na área de ser encaminhados para dos produtos químicos, de
armazenamento temporá- disposição final o mais modo a evitar contamina-
rio em terra da gerencia- breve possível. ção cruzada.
dora de resíduo ou porto
devidamente licenciado A pesagem dos resíduos A área de armazenamento
até que os procedimentos deve ser realizada em temporário dos resíduos
relacionados a destinação balança certificada com deve ser dotada de iden-
final sejam providenciados. emissão automática do tificação e sinalização,
Por vezes, a própria em- registro de peso (ticket restringindo o acesso de
presa gerenciadora realiza de pesagem), para maior pessoas não autorizadas.
também a destinação final confiabilidade da infor- O piso deve ser pavimen-
de parte dos resíduos. mação gerada. O ticket de tado, com sistema de
pesagem deverá ser salvo contenções, de forma a
Vale ressaltar que os resí- em PDF e arquivado digital- facilitar a identificação e
duos podem se encontrar mente junto com o MTR. interrupção de vazamen-
em armazenamento tem- O armazenamento tempo- tos, caso ocorram.
porário na gerenciadora
por tempo máximo de 120
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DESTINAÇÃO FINAL
Buscando entender melhor cada tipo de destinação final e as condições que precisam
ser atendidas para que um dado resíduo possa ser encaminhado para um tipo de desti-
nação específica, é apresentada uma breve descrição sobre os métodos mais utilizados
no gerenciamento dos resíduos, em ordem de prioridades para destinação final, ou
seja, da destinação mais nobre para a menos nobre.
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Tipo de
Descrição Tipos de Resíduos
Destinação Final
Processo de combustão supersônica
em que a energia liberada na zona
Detonação inicial de reação propaga-se através Pirotécnicos
do material na forma de uma onda de
choque
Tratamento dos resíduos oleosos para
remover todos os contaminantes
incorporados ao óleo básico. Processo Óleos lubrificante e hidráulico
Rerrefino
mais indicado para o tratamento e usados
reaproveitamento dos resíduos
oleosos
Processo de transformação de resídu-
os em matérias-primas para novos Madeira, vidro, plástico, papel,
produtos. A reciclagem preserva recur- tetrapak, sucata ferrosa e não
sos naturais e energéticos e permite ferrosa não contaminados por
o aumento da vida útil dos aterros óleo, latas de refrigerante, tam-
Reciclagem
sanitários. No entanto, apenas resídu- bores metálicos vazios que não
os classificados como não-perigosos e tenham tido contato direto com
livres de restos orgânicos podem ser óleo ou outros produtos e óleo
reciclados de cozinha usado
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DESCARTE DE RESÍDUOS ORGÂNICOS E EFLUENTES NO MAR
A cada descarte,
Pode ser descartado no deve ser feita a
Efluente contaminado
mar desde que apresen- medição e o registro
com óleo. Água de
te TOG¹ igual ou inferior do volume desses
Efluente oleoso convés e de áreas
a 15 ppm e esteja com efluentes na Ficha de
sujas, como da casa de
a embarcação em movi- Controle de Descar-
máquinas.
mento te no Mar e no Oil
Record Book
• Medição e registro
Podem ser descartados
do volume a cada
no mar desde que:
descarte na Ficha de
• Os efluentes tenham
Controle de Descarte
sido submetidos a
no Mar;
tratamento prévio e o
• Amostragem peri-
Águas negras descarte seja
ódica para análises
(de vasos sanitários realizado a partir de 3
laboratoriais:
Efluente e de mictórios) e milhas náuticas da cos-
- Na entrada e na
sanitário águas cinzas (de pias, ta, para as embarcações
saída do
chuveiros e lavagem de de apoio; ou
sistema de tratamen-
roupa) • Em caso de ausência
to: DQO² e DBO³
ou ocorrência de trata-
- Na saída do siste-
mento prévio o descarte
ma de tratamento:
seja realizado acima de
TOG, coliformes
12 milhas náuticas da
totais, pH, cloro livre,
costa, para as embarca-
compostos organo-
ções de apoio.
clorados
¹TOG – Total de óleos e graxas / ² DQO – Demanda química de oxigênio / ³ DBO – Demanda bioquímica de oxigênio
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03
RESPONSABILIDADES
E TAREFAS
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Comandante / Supervisor é responsável por:
• Monitorar e garantir o cumprimento deste procedimento por toda a força
de trabalho da embarcação ou base;
• Informar na passagem de troca de turma todos os resíduos que serão
desembarcados, se aplicável;
• Acompanhar a retirada de resíduo e realizar anotações dos horários no
livro de bordo, se aplicável;
• Garantir que o resíduo somente será desembarcado pela empresa
aprovada pelo QSMS;
• O Supervisor deverá informar a data, local e o horário que ocorrerá a
retirada do resíduo, para o departamento de QSMS e Compras;
• Delegar o responsável para dispor os resíduos nos coletores primários e
secundários, higienizar e organizar à medida em que houver necessidade;
• Solicitar via pedido de materiais ambientais para atendimento as
auditorias e normativas;
• Autorizar as operações de retirada, conforme este procedimento;
• Preencher e assinar os documentos ambientais, referentes a retirada de
resíduo da embarcação (manifesto marítimo de resíduo, ordem de serviço,
manifestos terrestres de resíduo); e
• Manter a documentação gerada organizada e enviá-las mensalmente ao
escritório da OceanPact para o setor de Meio Ambiente.
Contatos
OceanPact - [email protected]
OceanPact Geociências - [email protected]
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04
CONTROLE DE INFECÇÃO
E CONTAMINAÇÃO
QUÍMICA
Segundo a RDC nº 56/2008, podem ser causados por O risco químico está asso-
contaminação pode ser exposições de curta e/ou ciado a diversos resíduos,
definida como a presença de longa duração, associa- dentre quais pode-se des-
de substâncias ou agentes, do ao contato de produtos tacar alguns resíduos onde
de origem biológica, quími- químicos com a pele, olhos se pode encontrar agentes
ca ou física, que sejam e/ou sistema respiratório. químicos: baterias e pilhas;
considerados nocivos à Os principais efeitos da óleos e graxas; solventes;
saúde. No caso da expo- exposição humana a tintas; produtos de lim-
sição dos trabalhadores produtos químicos são peza; remédios; aerossóis
aos resíduos, os principais irritação na pele e olhos, (FONSECA et al., 2013).
agentes causadores de queimaduras, além disso,
doenças são agentes físi- em caso de inalação dos
cos, químicos e biológicos vapores desses produtos,
(FONSECA et al., 2013). Nes- é possível relacionar a
sa sessão, iremos discutir exposição a produtos
sobre os riscos químicos e químicos com doenças
os biológicos. respiratórias crônicas, do-
enças do sistema nervoso,
RISCO QUÍMICO doenças nos rins e fígado,
e até mesmo alguns tipos
O risco químico está de câncer (DIAS et al, 2015).
associado à exposição do
trabalhador ao manipular
qualquer tipo de produto
químico, que cause danos
à saúde. Os danos à saúde
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05
EQUIPAMENTOS DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL
E COLETIVA
Os trabalhadores que Após o uso dos EPI estes dos a realizar a limpeza e
tenham atuação em qual- deverão ser limpos, desin- desinfecção dos uniformes
quer etapa do gerencia- fetados ou descartados. As e EPI, sendo proibida a
mento de resíduos, assim empresas devem destinar realização desta atividade
como os responsáveis um local apropriado, den- por parte dos trabalhado-
pelos procedimentos de tro de suas instalações, res em domicílio próprio.
limpeza e desinfecção ou contratar serviços
devem utilizar os EPIs especializados, autoriza-
adequados.
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06
REGULAMENTAÇÃO AMBIENTAL,
LIMPEZA PÚBLICA E
VIGILÂNCIA SANITÁRIA,
RELATIVAS AOS RS
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07
VISÃO BÁSICA DE
GERENCIAMENTO DOS
RESÍDUOS SÓLIDOS NO
MUNICÍPIO DO
RIO DE JANEIRO
SISTEMA COMLURB
93,2% CTR-RIO
COMLURB 90%
0,5% SELETIVA
PARTICULARIDADES 10%
6,3% GERICINÓ
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COMO PARTICIPAR?
O QUE SEPARAR?
ONDE DESCARTAR?
Resíduos
Extração/
Produção Distribuição Consumidor Destinação
Materia
Final
Prima
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Ao longo do seu ciclo transformação de um resíduos envolvidos, desde
de vida, uma simples tecido de algodão pode sua origem e além do seu
camiseta pode representar demorar muito tempo, consumo.
uma enorme quantidade bem mais do que o
de recursos naturais tempo de vida da própria Considerar o ciclo de vida
utilizados, enquanto camiseta. dos produtos nos permite
muitos resíduos líquidos, vislumbrar a existência
gasosos e sólidos são Do mesmo modo que de impactos de ordem
gerados e dispensados na analisamos o ciclo ambiental e social que
natureza. de vida de um objeto extrapolam o objeto que
simples que todos nós consumimos. Por isso, se
Sabemos que, após possuímos – a camiseta queremos viver e educar
o descarte, alguns – podemos pensar nos para uma vida sustentável,
materiais podem se recursos mobilizados em é preciso discutir o
decompor rapidamente, várias atividades, bens e consumo de forma crítica e
transformando-se e serviços que consumimos. abrangente, considerando
integrando-se novamente Alimentos, atividades de todas as dimensões, que
ao ambiente natural. lazer, hábitos podem ser perpassam esse tema.
Outros demoram dezenas repensados pela ótica
ou centenas de anos para do fluxo de materiais e
serem decompostos. A
A QUESTÃO DO PLÁSTICO
O uso e o descarte de materiais plásticos tornaram-se um desafio de dimen-
sões globais. Estima-se que aproximadamente metade de todos os produtos
plásticos que poluem o mundo hoje foram criados após 2000. Este problema
tem apenas algumas décadas e, ainda assim, 75% de todo o plástico já produzi-
do já foi descartado. Devido à má gestão dos resíduos, sobretudo nas cidades,
estima-se que um terço de todo o plástico descartado termine despejado na
natureza, tendo como consequência a poluição ambiental. O Brasil, segundo
dados do Banco Mundial, é o 4º maior produtor de lixo plástico no mundo, com
11,3 milhões de toneladas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China e
Índia. Desse total, mais de 10,3 milhões de toneladas foram coletadas (91%),
mas apenas 145 mil toneladas (1,28%) foram efetivamente recicladas. Para
além do desafio de aumentar o índice de recuperação desses materiais na
reciclagem, é igualmente importante buscarmos alternativas ao seu ciclo de
vida de forma sistemática, desde sua produção, passando pelo consumo e, por
fim, pela gestão dos resíduos gerados. Fonte: WWF, 2019
Algumas práticas que podemos mudar no nosso dia a dia podem nos ajudar a diminuir
a geração de resíduos sólidos no nosso cotidiano, ajudando a diminuir os impactos que
causamos ao meio ambiente. Uma delas é a técnica dos 5Rs, apresentada a seguir.
Recicle
Repense
Dê preferência à compra de
produtos reciclados; Organize-se Realmente precisamos de
em seu trabalho/escola/bairro/ determinados produtos que
rua/comunidade/igreja/casa um compramos ou ganhamos?
projeto de separação de materiais Compramos produtos duráveis/
para coleta seletiva. resistentes evitando comprar
produtos descartáveis?
Reduza
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09
ORIENTAÇÃO DE HIGIENE
PESSOAL E AMBIENTES
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PROVIDÊNCIAS A SEREM
TOMADAS EM CASO DE
ACIDENTES E SITUAÇÕES
EMERGENCIAIS
Severidade /
Baixa Alta
Emergência
Toda emergência que comprome-
Toda emergência que não compro-
ta a estabilidade e/ou segurança
meta a estabilidade e/ou segurança
da embarcação, seus tripulantes,
da embarcação, seus tripulantes,
Emergências passageiros e que o Comandante
passageiros e que o Comandante e
de Navegação e sua tripulação não possuam
sua tripulação possuam recursos para
recursos para controlá-la e/ou
controlá-la e trazer a embarcação com
trazer a embarcação com segu-
segurança ao porto.
rança ao porto.
Toda emergência ambiental em
Toda emergência ambiental em que
que Comandante e sua tripula-
Emergências Comandante e sua tripulação possu-
ção não possuam recursos e/ou
Ambientais am recursos e consigam controlá-la
consigam controlá-la nos limites
nos limites da embarcação
da embarcação.
Toda emergência de Saúde e
Toda emergência de Saúde e Seguran-
Segurança com um tripulante ou
ça com um tripulante ou passageiro
passageiro que se caracterize ris-
que não se caracterize risco de morte
co de morte e/ou o Comandante
Emergências de e que Comandante e sua tripulação
e sua tripulação não possuam
Saúde e Segurança possuam recursos, habilitações,
recursos ou habilitações e não
consigam controlá-la a bordo, sem a
consigam controlá-la a bordo, ou
necessidade de desembarcar o tripu-
haja a necessidade de desembar-
lante ou passageiro.
car o tripulante ou passageiro.
EMBARCAÇÃO
Emergências Navegação
Emergências Ambientais
Emergências de Saúde e Segurança
Lista de Contato de
Orgãos Externos Cliente
Emergência
Estrutura
Organizacional Call Center - MAS
de Resposta
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A Pessoa Designada e/ A OceanPact levantou
ou Gerente de Operação hipóteses acidentais Considerando a necessi-
coletam as informações relacionadas aos riscos de dade de rápidas ações de
relacionadas à emergência suas atividades, e assim resposta no caso de um
e avisam a equipe de definiu as situações abaixo incidente, o Procedimento
emergência - EOR (Estru- como emergência: de Emergência a bordo da
tura Organizacional de Oceanpact antecipa quais
Resposta) da OceanPact a) Incêndio e Explosão os papéis e responsabi-
através de telefone. Em se- (b) Abandono lidades de cada pessoa
guida, a embarcação envia (c) Homem ao Mar ou instituição envolvida,
o registro de Comunicação (d) Colisão e Abalroamen- meios pré-definidos de co-
de Incidentes a EOR para to municação, assim como as
que a equipe, em conjunto (e) Encalhe tarefas, técnicas e equipa-
com o comandante, classi- (f) Governo de Emergência mentos a serem utilizados
fique o incidente e inicie a (g) Perda de Propulsão pelas diferentes equipes,
sua investigação. (h) Perda de energia tanto no local do incidente
(i) Água Aberta quanto na base de apoio e
(j) Presença de H2S no escritório da empresa.
Nota: As informações (k) Acidentes com Pessoas
apresentadas acima (l) Acidentes ou Desloca- Com os procedimentos
devem ser consultadas mento da Carga pré-estabelecidos, as
no OCP-PRO-0028 (m) Poluição por óleo embarcações da Ocean-
disponível no Sistema (SOPEP) Pact estarão aptas para
Informatizado do SGI (n) Resgate de acidentado responder a emergências
sempre que necessário, em espaço confinado no mar, se preparando
pois revisões são feitas (o) Navegação em águas para executar suas ações
periodicamente. restritas e condições a partir de treinamentos e
adversas simulados de emergência,
tornando-se mais capacita-
As instruções detalhadas Todas essas situações já dos ao pronto atendimento
para o desenvolvimento possuem formulários a de uma resposta a um
de atividades em uma serem preenchidos em eventual incidente.
emergência devem estar caso de treinamentos e
descritas na tabela mestra simulados ou emergência
de cada embarcação. real.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Gerenciamento dos Resíduos dos Serviços de
Saúde, 2006. Disponível em: https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/manual_geren-
ciamento_residuos.pdf. Acesso em: 06 de jul de 2021.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Projetos para SNVS. 2021. Disponível em: ht-
tps://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/snvs/projetos.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 306 - de 07 de dezembro de
2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviço de
saúde. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF. 2005.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 56, de 06 de agosto de 2008.
Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas Sanitárias no Gerenciamento de Resí-
duos Sólidos nas áreas de Portos, Aeroportos, Passagens de Fronteiras e Recintos.
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 358, de 29 de abril de 2005. Dispõe
sobre o tratamento e disposição final dos resíduos de serviço de saúde e dá outras providên-
cias. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 2005.
BRASIL. Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspon-
dentes e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
l8080.htm.
Brasil. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações - Comissão Nacional de Energia Nuclear
(CNEN). Princípios básicos de segurança e proteção radiológica, 2006. Disponível em https://
www.gov.br/cnen/pt-br/acesso-rapido/centro-de-informacoes-nucleares/material-didatico-1/
principios-basicos-de-seguranca-e-protecao-radiologica-terceira-edicao-revisada.pdf. Acesso
em 06 de jul de 2021.
Agosto de 2021 57
58 Treinamento de Boas Práticas de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Agosto de 2021 59
60 Treinamento de Boas Práticas de Gerenciamento de Resíduos Sólidos