Execução de Serviços Técnicos Comerciais
Execução de Serviços Técnicos Comerciais
Execução de Serviços Técnicos Comerciais
EXECUÇÃO
DE SERVIÇOS
TÉCNICOS
COMERCIAIS
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
EXECUÇÃO
DE SERVIÇOS
TÉCNICOS
COMERCIAIS
©2013. SENAI Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico,
mecânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização,
por escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI-São
Paulo, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos os
Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
FICHA CATALOGRÁFICA
ISBN 978-85-7519-785-1
CDU: 005.95
SENAI Sede
Serviço Nacional de Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto
Aprendizagem Industrial Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-9001
Departamento Nacional Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
Lista de figuras, quadros e tabelas
Figura 1 - Estrutura curricular do curso de
Eletricista de Redes de Distribuição de Energia Elétrica......................................................................................14
Figura 2 - Medição Monofásica em poste - Demanda até 5 kVA.......................................................................30
Figura 3 - Exemplos de veículos para utilização em STC......................................................................................35
Figura 4 - Porcentagem de pesquisa sobre o atendimento e como melhorá-lo.........................................44
Figura 5 - Sinalização do local de trabalho...............................................................................................................49
Figura 6 - Ramal de Ligação............................................................................................................................................49
Figura 7 - Modelo de aplicação de entrada de energia padrão.........................................................................53
Figura 8 - Tipos de ligação e conexão nas redes secundárias de energia......................................................58
Figura 9 - Cabo multiplexado com rabichos nas fases e neutro........................................................................58
Figura 10 - Ramal de ligação e conectores instalados..........................................................................................59
Figura 11 - Ramal de ligação do consumidor, de acordo com o número de condutores........................60
Figura 12 - Alicate regulável (bomba d’água)..........................................................................................................61
Figura 13 - Sequência de aplicação dos conectores..............................................................................................61
Figura 14 - Medidores de fornecimento de energia elétrica..............................................................................65
Figura 15 - Consumo de energia...................................................................................................................................66
Figura 16 - Rotação do disco por dois campos magnéticos...............................................................................67
Figura 17 - Medidor de corrente monofásico
e representação esquemática de suas partes componentes.............................................................................68
Figura18 - Medidor eletrônico de fornecimento de energia..............................................................................69
Figura19 - Medidor de energia elétrica Monofásico..............................................................................................71
Figura 20 - Medidor de energia elétrica Trifásico....................................................................................................72
Figura 21 - Medidor de energia elétrica Bifásico.....................................................................................................73
Figura 22 - Pontos de lacração.......................................................................................................................................74
Figura 23 - Medidor tipo ponteiros..............................................................................................................................75
Figura 24 - Forma de deslocamento de ponteiros.................................................................................................76
Figura 25 - Ordem correta de leitura dos ponteiros..............................................................................................76
Figura 26 - Regra prática na leitura dos ponteiros.................................................................................................77
Figura 27 - Cabo Biconcêntrico.....................................................................................................................................78
Figura 28 - Conector de perfuração.............................................................................................................................79
Figura 29 - Conector instalado em cabo....................................................................................................................80
Figura 30 - Sistema de Comunicação PLC.................................................................................................................81
1 Introdução.........................................................................................................................................................................13
2 Planejamento...................................................................................................................................................................17
2.1 Terminologias................................................................................................................................................18
2.1.1 Consumidor de energia elétrica...........................................................................................18
2.1.2 Unidade consumidora..............................................................................................................18
2.1.3 Prédio de múltiplas unidades consumidoras..................................................................18
2.1.4 Via pública....................................................................................................................................18
2.1.5 Limite de propriedade.............................................................................................................19
2.1.6 Ponto de entrega.......................................................................................................................19
2.1.7 Entrada de serviço.....................................................................................................................19
2.1.8 Ramal de ligação........................................................................................................................19
2.1.9 Ramal de entrada.......................................................................................................................19
2.1.10 Centro de medição.................................................................................................................19
2.1.11 Aterramento .............................................................................................................................20
2.1.12 Sistema de aterramento........................................................................................................20
2.1.13 Poste particular .......................................................................................................................20
2.1.14 Caixas de medições e proteções........................................................................................20
2.1.15 Centro de distribuição...........................................................................................................20
2.1.16 Ligação clandestina................................................................................................................20
2.1.17 Ligação provisória ..................................................................................................................21
2.1.18 Medição direta..........................................................................................................................21
2.1.19 Medição indireta......................................................................................................................21
2.1.20 Ordem de serviço – OS..........................................................................................................21
Minicurrículo do autor......................................................................................................................................................87
Índice......................................................................................................................................................................................89
Introdução
Como profissional da área de Redes de Distribuição de Energia Elétrica, você precisará saber
como executar serviços técnicos comerciais. Para tanto, nesta unidade curricular, Execução de
Serviços Técnicos Comerciais (STC), que compõe o módulo Específico III do curso Eletricista
de Redes de Distribuição de Energia Elétrica, estudará sobre o planejamento e os serviços
técnicos comerciais.
Na Figura 1, veja a posição desta unidade e o caminho a ser percorrido até que você atinja
seu objetivo final.
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
14
Reunimos, nos capítulos deste livro, as informações básicas para você seguir os estudos nesta
área, tais como, o levantamento de materiais e equipamentos, os testes, a documentação técnica
necessária, bem como a execução de novas ligações, corte e religações.
1 INTRODUÇÃO
15
Neste capítulo, você estudará como devem ser planejadas as tarefas para executar serviços
técnicos comerciais, utilizados em redes de distribuição aérea de energia.
É importante lembrar que os padrões adotados pelas concessionárias de energia elétrica
local podem variar e isto pode resultar em alterações nos procedimentos.
Ao final deste capítulo você será capaz de:
a) delimitar toda a área de trabalho, não expondo os pedestres a riscos de acidentes;
b) cumprir os horários informados de início e término de trabalho;
c) realizar análise preliminar de risco – APR;
d) registrar possíveis divergências sobre as condições técnicas de materiais, equipamentos
e ferramental;
e) cumprir procedimentos de trabalho – PT e Ordens de Serviço - OS;
f ) selecionar e inspecionar as ferramentas, equipamentos de proteção individual e coletiva
adequados ao tipo de atividade;
g) aplicar procedimentos para testes de equipamentos e dispositivos, de acordo com as
normas específicas;
h) identificar o número de padrões de entradas de energia, ramal de ligação, tipos de me-
didores de energia;
i) registrar, em documento apropriado, a existência de avarias e débitos;
j) registrar o número de lacres retirados e colocados nas entradas de energia;
k) selecionar os recursos apropriados para as conexões.
Bons estudos!
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
18
2.1 TERMINOLOGIAS
2.1.11 ATERRAMENTO
Os prazos para execução dos serviços técnicos comerciais são estipulados pela
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) às distribuidoras de energia. Veja
um exemplo de prazos estabelecidos de acordo com o tipo de serviço, no Quadro
1, extraído do Manual de uma concessionária.
Para a execução de STC, são constituídas por equipes, cujas quantidades de profis-
sionais serão definidas pela empresa ou a distribuidora de energia. Por exemplo, a equi-
pe do tipo A3, da Companhia Paulista de Força e Luz de São Paulo - CPFL-SP, é constituí-
da por 02 eletricistas, isto significa dizer que na distribuidora existe uma classificação de
STC que é A3.
No Quadro 2, podemos verificar a estimativa de tempo na execução das várias
atividades de STC, considerando-se essa equipe do tipo A3, na qual constam dois
eletricistas.
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
24
Várias ferramentas são usadas nas tarefas referentes a STC, descritas nas OS.
Basicamente, no dia a dia do eletricista de redes, elas estarão separadas e organi-
zadas em um local específico tendo em vista a guarda e conservação.
É importante destacar que o profissional responsável pela separação e verifi-
cação do estado das ferramentas que serão necessárias para execução da tarefa,
normalmente é questionado pelo encarregado (eletricista chefe) quanto à respon-
sabilidade nessa etapa do planejamento, pois a falta ou esquecimento de alguma
ferramenta pode causar atrasos indesejáveis durante a execução do serviço.
Antes de sair da base operacional, onde ficam armazenadas as ferramentas,
o eletricista deve fazer uma checagem, verificando o estado de conservação e a
disponibilidade para utilizá-las e levá-las ao local onde será executado o serviço.
O eletricista de STC terá contato com várias ferramentas, praticamente as mes-
mas utilizadas em RDA, porém, vamos relembrar algumas delas:
Quadro 3 - Ferramentas
Alicate bomba d’água
Alicate Universal
Detector de tensão AT / BT
Dinamômetro
Escada extensível
Faca curva
Marreta 1 kg
d) aterramento padrão;
e) tensão de fornecimento;
f ) ferramentas e materiais a serem empregados na instalação;
g) tipos de medidores;
h) ancoragem de postes;
i) forma correta de instalação em rede secundária padronizada;
j) tipos de conectores a serem instalados;
k) ligações de medidores de energia;
l) distâncias padronizadas;
m) comunicar-se oralmente (via rádio) e por escrito;
n) preencher formulários e relatórios;
o) selecionar e aplicar EPIs e EPCs;
p) consultar manuais e normas da concessionária local.
Você verificou a quantidade de informações necessárias para ligar um consu-
midor de energia?
Todos os materiais que serão utilizados nos serviços técnicos comerciais deve-
rão estar conforme os padrões estabelecidos da ABNT, sendo que para as caixas e
quadros deverão atender integralmente os padrões da distribuidora local.
Nos levantamentos dos materiais e equipamentos para realização de serviços
técnicos comerciais em Redes de Distribuição Aérea (RDA),você deve levar em con-
ta todos os estudos e aplicações dos livros estudados anteriormente de fundamen-
tos, montagem, manutenção. Por exemplo, para interligar o ramal de ligação do
consumidor, você terá que saber qual a sequência das fases, neutro, aterramento
que estão instaladas nos postes das distribuidoras locais.
Para sua melhor compreensão, vamos supor que você tenha recebido uma Ordem
de Serviço – OS para instalação de ramal do consumidor. O sistema é trifásico, estrela,
com neutro aterrado, portanto, teremos as tensões de 127 V (F e N) e 220 V entre fases.
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
30
7
27 7 7
28
12 12
26 26 7
cliente
22 17 5
9 8 22
17
2000 9 8 5 2000
10
23 21
10 21
1400 a 1600 23
13 1400 a 1600
27 13
14 13
14
14 28
16 16
15
15
Colete refletivo
Luva de proteção para cobertura da luva isolante
Cone de sinalização
A estimativa do tempo para execução das tarefas a serem realizadas será com-
putada, levando-se em consideração:
a) o número de colaboradores envolvidos na atividade;
b) a realização do procedimento de desenergização;
c) a realização do procedimento de reenergização;
d) o transporte dos materiais, ferramentas e equipamentos;
e) o acesso ao local de trabalho;
f ) os tipos de veículos de apoio;
g) a experiência dos colaboradores na execução das tarefas;
h) a comunicação e compreensão dos serviços a serem executados entre su-
periores e operadores.
Nesta etapa do planejamento, você já poderá programar a data e o horário da
realização dos trabalhos. Para isso, terá que entrar em contato com a Central de
Operações da Distribuição – COD e programar o desligamento do trecho da rede
na qual será montada a estrutura indicada na OS, previamente descrita.
Realizadas as etapas citadas e toda esta preparação inicial, o eletricista deve confe-
rir todos os itens, antes de ir a campo para realizar a montagem da estrutura no poste.
2 PLANEJAMENTO
37
CASOS E RELATOS
O funcionário Sr. Alexandre, eletricista de STC, recebeu uma OS, que con-
tinha as seguintes informações:
a) residência com falta de fase;
b) Rua Xenônio, 14 – Bairro Sta. Cruz, Salvador-BA;
c) medidor: prefixo 15161718.
De posse de todas as informações necessárias, comunicou ao seu com-
panheiro de equipe, Sr. Cláudio, e juntos dirigiram-se ao local. Lá, consta-
taram que uma das fases do ramal de ligação havia se desconectado da
rede da concessionária local.
Diante disso, Alexandre orientou o companheiro para a realização do
reparo. Em conjunto, os dois elaboraram a verificação prévia dos riscos
que envolviam a realização do serviço.
Dando prosseguimento ao serviço, Cláudio posicionou a escada no poste
da unidade consumidora e iniciou a escalada quando, surpreendente-
mente, o poste caiu, derrubando-o juntamente com a escada. Ambos não
haviam observado que a base do poste estava enferrujada. Um erro fatal
para a ocorrência da queda.
Fica evidente que, nesse caso, houve negligência em relação às condições es-
truturais do poste da unidade consumidora, o que levou o eletricista à queda.
Portanto, aja com cautela e observe os itens de segurança. Não permita que
a próxima vítima seja você!
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
40
RECAPITULANDO
Anotações:
Execução de Serviços
Técnicos Comerciais
1
ATENDIMENTO: e) a educação para o consumo;
1% 3%
5%
9%
14%
68%
A seguir chamamos a atenção para algumas condutas que devem ser evitadas:
a) Os comportamentos desrespeitosos, sejam eles de origem social, cultural,
econômica, hierárquica, cor, sexo, idade ou religião, serão consideradas
como discriminatórios, passivos de ações judiciais.
b) São consideradas ações lesivas tudo aquilo que atingir a honra ou a boa
fama, bem como danos físicos, contra quaisquer colaboradores, clientes,
fornecedores e demais pessoas com quem a empresa mantenha relações.
c) A utilização de recursos da empresa para propósitos pessoais não autori-
zados pelas normas internas será considerada infração grave e estará su-
jeita a punições.
d) Oferecer ou receber subornos, gratificações, em troca de posição especial.
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
46
A seguir chamamos a atenção para algumas atitudes e condutas que irão aju-
dá-lo a oferecer ao cliente um atendimento adequado e diferenciado:
a) Tratar o cliente de forma única e individual, pois sempre serão clientes. To-
das as pessoas precisam de energia elétrica, e, para tanto, independente-
mente de estarem com a conta paga ou não, sempre serão clientes ou con-
sumidores de energia elétrica.
b) Manter-se uniformizado, com crachá à vista e com boa aparência.
c) Deixar sempre evidente, por meio de palavras ou atitudes, que a empresa
está no local em tom de cordialidade.
d) Cumprimentar o cliente, identificar-se e procurar sempre falar com o
responsável pelo local, informando sobre o objetivo da visita e expli-
cando, claramente, que procedimento será executado.
e) Falar sempre olhando para o cliente, chamando-o pelo nome. Isso fará com que
ele perceba que você sabe com quem está falando e o deixará mais à vontade.
f ) Ao falar com o cliente ou conversar com o seu colega de trabalho diante
dele, evite usar termos técnicos ou códigos, pois o cliente poderá interpre-
tar isso de maneira negativa.
g) Não utilizar gírias. Lembre-se que você estará representando a empresa.
h) Ser prestativo e mostrar-se disposto a ajudar a resolver o problema.
i) Colocar à disposição do cliente o telefone do Call Center, se houver uma loja
ou o site da empresa, para que ele possa obter as informações completas.
3 EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS – STC
47
\
Para calcular a potência instalada em uma residência,
você deve consultar os manuais das concessionárias locais
e seguir os contextos explicados em fundamentos em
eletricidade, estudados neste curso, e em outros livros e
sites de eletricidade básica.
SAIBA
MAIS Depois de efetuados os cálculos, é sempre importante
consultar a tabela de demanda contratada x entrada de
energia (manual da distribuidora local), na qual estão
definidos os padrões de entrada de energia, tais como: tipo
de poste, caixa de entrada, aterramento, ramal de ligação,
proteções e outros.
saídas
opcionais
1600
As ligações novas, feitas para fornecer energia elétrica, são classificadas por tipo de
consumidores, em que o cliente registra sua solicitação na distribuidora de energia.
Normalmente nesses casos, o cliente deve apresentar projeto e declaração da
carga instalada, a distribuidora local aprovará ou não a ligação à rede de distri-
buição existente, pois podem existir necessidades de serviços de modificação em
suas redes áreas urbanas ou rurais.
Talvez você esteja pensando:
“O serviço do eletricista parece ser fácil: fazer as ligações dos condutores
tanto de um lado (distribuidora) quanto do outro (consumidor)”.
Será que é tão simples assim?
Na verdade, não é tão simples quanto se imagina.
Este tipo de serviço será executado por equipe, normalmente composta por
duas pessoas, sendo um Eletricista e um Auxiliar, que deverão estar com veículo
apropriado para locomoção e com as ferramentas apropriadas (relacionadas no
capítulo anterior), para corte ou suspensão do fornecimento de energia elétrica
de consumidores.
A maior causa de ocorrência de corte ou suspensão no fornecimento de energia
elétrica dos consumidores, normalmente, é por falta de pagamento; 80% e 20% dos
casos são decorrentes de irregularidades adversas, como por exemplo: retirada de
lacres já instalados nos medidores de energia, caixas de medições e proteções, furto
de energia elétrica – os famosos “gatos”, más condições das caixas, dos postes ou
dos condutores de energia, localizados nas entradas de energia elétrica.
Nos casos dos postes sem condições de utilização, ou seja, podres ou enferru-
jados, eles devem ser substituídos.
Os locais de cortes ou suspensão de energia elétrica podem ser efetuados nos
seguintes locais:
a) nos medidores de energia elétrica (com sua retirada);
b) no poste do consumidor (nas conexões elétricas);
c) no poste da distribuidora local (com retirada do ramal de ligação).
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
56
Nas redes multiplexadas com isolação, as terminações dos cabos para designa-
ção das fases A, B, C são chamadas de rabichos.
Como o condutor neutro não possui isolação, será instalado um estribo, para
as conexões dos condutores neutros dos ramais dos consumidores.
Veja a seguir os rabichos e os estribos instalados nos cabos multiplexados.
capuz
termocontrátil
ou fita isolante e
fita auto-fusão
Figura 9 - Cabo multiplexado com rabichos nas fases e neutro
Fonte: SENAI - SP (2014)
3 EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS – STC
59
neutro cliente
conexão com conector tipo
cunha com cobertura isolante
ou com conector de perfuração
ramal de entrada do
consumidor
Detalhe da assimetria recomendada nas ligações com
utilização de conectores tipo cunha ou conectores de perfuração
Na Figura 11, podemos observar como se faz uma ligação dos condutores
neutro e fases, instalados diretamente nas fases dos condutores da distribuidora,
por meio de conectores do tipo cunha ou dos conectores padronizados para cada
local (distribuidora local).
0,30 m
do ramal ao piso
0,30 m
do ramal ao piso
0,30 m
do ramal ao piso
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
Em nosso dia a dia, utilizamos diversos aparelhos para mensurar, ou seja, medir diferentes
elementos e grandezas. Por exemplo:
a) a régua para medir o comprimento de objetos;
b) o velocímetro para indicar a velocidade do carro;
c) o cronômetro para medir o tempo.
Assim sendo, como eletricista, é importante que você conheça equipamentos utilizados para me-
dição de grandezas relacionadas à energia nos trabalhos referentes a Serviços Técnicos e Comerciais.
Vejamos alguns modelos de medidores que todos os consumidores ou usuários de energia
elétrica têm em suas casas, incluindo você.
bobina de tensão
disco
bobina de corrente
Figura 16 - Rotação do disco por dois campos magnéticos
Fonte: SENAI - SP (2014)
FIC 193_C04_042
lâmina
disco
A
C
enrolamento de
curto-circuito
Figura 17 - Medidor de corrente monofásico e representação esquemática de suas partes componentes
Fonte: SENAI - SP (2014)
Procedimentos:
NF FN
kWh
NFFF FFFN
kWh
NFF FFN
kWh
Nos medidores digitais, a leitura é feita diretamente no visor, uma vez que não
são necessárias interpretações. No entanto, nos medidores eletromecânicos (pon-
teiros) não podemos efetuar a leitura desta forma. Nestes casos, existem técnicas
para se realizá-la, que não são difíceis, mas exigem um pouco de atenção.
No Brasil, em especial nas capitais que já passaram por várias mudanças de pa-
drões técnicos, podemos encontrar os antigos e os novos padrões juntos, sendo
utilizados nas instalações de RDA.
1000 100 10 1
0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1
2 8 8 2 2 8 8 2
3 7 7 3 3 7 7 3
4 6 6 4 4 6 6 4
5 5 5 5
milhar centena dezena unidade
3 7 7 3 3 7 7 3
4 6 6 4 4 6 6 4
5 5 5 5
3 7 7 3 3 7 7 3
4 6 6 4 4 6 6 4
5 5 5 5
5 3 9 1
0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1
2 8 8 2 2 8 8 2
3 7 7 3 3 7 7 3
4 6 6 4 4 6 6 4
5 5 5 5
Leitura: 0005 kWh.
0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1
2 8 8 2 2 8 8 2
3 7 7 3 3 7 7 3
4 6 6 4 4 6 6 4
5 5 5 5
Leitura: 0150 kWh.
0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1
2 8 8 2 2 8 8 2
3 7 7 3 3 7 7 3
4 6 6 4 4 6 6 4
5 5 5 5
Leitura: 2456 kWh.
Inspeção de fraudes
As fraudes ou furtos de energia são alvos constantes de consumidores que
tentam burlar as regras de consumo normais, impostas pela Distribuidora local.
É um descumprimento à lei – furto previsto em código penal, buscando con-
tornar algum problema, ou não pagar ou pagar menos a energia elétrica que re-
almente consumiu.
Algumas atitudes de consumidores que configuram-se irregularidades da en-
trada de energia:
a) alterações no funcionamento do medidor de energia;
b) chaves de que desligam os medidores;
c) quebra dos lacres dos medidores;
d) mudanças dos ramais de ligações na entrada do consumidor;
e) ligação direta do ramal de ligação, no poste da distribuidora, famosos
“gatos” que são as ligações clandestinas, sem medições.
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
78
Cabo biconcêntrico
estes cabos podem ser considerados como materiais isolantes. Por isso, deve-
mos ter o cuidado de não danificar sua cobertura durante transporte e instalação,
pois há risco de fechamento de curto-circuito na instalação e ligação da rede.
Este material exige ferramentas especiais para instalação e retirada das caixas
de derivação e cuidados no manuseio e no transporte.
isolação em XLPE
isolação em XLPE
cobertura em XLPE
Isolação das camadas de
XLPE 1000 volts
CASOS E RELATOS
Vejamos a experiência que ficou para este funcionário, que recebeu uma
advertência da empresa que trabalhava: na realização de leitura utilizando
medidores com ponteiros (analógicos), o funcionário deve ter muita aten-
ção na anotação do resultado e saber efetuar corretamente esta leitura para
não causar transtornos para si mesmo e, principalmente, para o cliente.
RECAPITULANDO
A
Atendimento 25, 27, 38, 44, 45, 46, 47, 52, 81
C
Cliente 21, 22, 25, 27,38, 39, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 54, 63, 70, 80, 81, 82, 83
SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL
UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP
Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros
Adilson Damasceno
Juliana Rumi Fujishima
Tratamento de imagens
Adilson Damasceno
Fotografia
SENAI-SP
Editoração
Margarida Maria Scavone Ferrari
Revisão Ortográfica e Gramatical
i2 Design
Diagramação
i-Comunicação
Projeto Gráfico