Lab9 Teste Avaliacao 2 A
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Escola
Texto de divulgação
Itens de seleção:
científica:
– associação;
Leitura – sentido global do texto; 5 15
– escolha múltipla;
– coesão (identificação de
– completamento.
referentes).
Texto dramático:
– ideias principais; Itens de seleção:
Educação – comportamentos e – escolha múltipla.
6 21
Literária sentimentos de Itens de construção:
personagem; – resposta curta.
– relações intertextuais.
Texto de opinião
– extensão;
– tema;
– pertinência da
informação;
– estrutura; Item de construção:
Escrita 1 30
– coesão textual; – resposta extensa.
– vocabulário;
– sintaxe;
– morfologia;
– pontuação;
– ortografia.
Professor(a) Turma
Avaliação Professor(a)
TEXTO A
1. Assinala com , nos itens 1.1. a 1.4., a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto.
Lê o Texto B.
TEXTO B
Bandeira de Navegantes
Poucos países terão uma bandeira tão bonita como a bandeira do Brasil. E poucos paí-
ses terão uma bandeira tão carregada de simbolismo. As cores nacionais, que aparecem já
na primeira bandeira de país independente, representam a natureza brasileira: o verde
simboliza as grandes matas do interior do país; o amarelo, as suas riquezas minerais.
A
5 disposição é invulgar: sobre um campo verde flutua um losango amarelo, onde se ins-
creve uma esfera celeste atravessada por uma faixa branca.
A atual bandeira brasileira tem um desenho moderno, mas é o elo mais recente de uma
longa tradição. A primeira bandeira hasteada em terras de Vera Cruz 1 seria o pavilhão2 da
Ordem de Cristo, com a sua cruz característica. Seguiram-se-lhe várias bandeiras reais,
que
10 refletiam as mudanças políticas da metrópole lusa até que, em 1822, D. Pedro introduziu
orgulhosamente a bandeira imperial do Brasil, com as suas armas sobre um losango ama-
relo contra um fundo verde. Em 1889, a implantação da república [no Brasil] conduziu à
reformulação dessa bandeira, substituindo as armas imperiais pela esfera azul, semeada de
estrelas e atravessada pela faixa branca onde se lê “Ordem e Progresso”. As alterações
sub-
15 sequentes foram poucas, consistindo na mudança das estrelas, de forma a representar os
estados brasileiros, que, entretanto, se foram subdividindo e reagrupando.
A esfera azul, que representa a esfera celeste, é uma herdeira do culto luso pela esfera
manuelina, que simboliza as grandes viagens de exploração marítimas. Mas trata-se de
um globo celeste diferente. O dístico da faixa branca sintetiza um mote 3 […] de Auguste
20 Comte4: “o amor por princípio e a ordem por base; o progresso por fim”. Era um mote
famoso à época e um dito em que muitos republicanos se reviam.
in https://www.uc.pt/ (consultado em 20-12-2022, adaptado e com supressões)
1. terras de Vera Cruz: primeiro nome dado ao atual Brasil pelos descobridores portugueses. 2. pavilhão: bandeira.
3. mote: frase curta; lema. 4. Auguste Comte: filósofo francês do século XIX.
2. Associa a cada parágrafo (coluna A) a expressão que resume o respetivo conteúdo (coluna B), de
acordo com o sentido do texto.
Coluna A Coluna B
4. Assinala com as opções que completam as afirmações de 4.1 e 4.2, de acordo com o texto.
4.2. A forma contraída da preposição e do determinante demonstrativo “dessa” (linha 13) refere-se
a. à bandeira atual do país.
b. à bandeira imperial do Brasil.
c. à primeira bandeira hasteada no Brasil.
d. à bandeira do Brasil após a implantação da república em Portugal.
a. cheia
b. arvoredo
c. distribuição
Lê o Texto C e a nota.
TEXTO C
LUÍS DE CAMÕES (À entrada): Senhor conde… (Faz vénia, depois repete-a na direção da condessa. )
Senhora condessa…
LUÍS DE CAMÕES: Recebi o vosso recado, senhor conde. Vossa Mercê mandou-me chamar, aqui
10 estou… Posso esperar que tenhais lido a minha carta e as oitavas que juntei?
CONDE DA VIDIGUEIRA: Li a carta e os mais papéis que vieram com ela. Dizei por claro o que pretendeis.
LUÍS DE Senhor conde, a carta pedia a vossa proteção para as oitavas que por cópia estão
CAMÕES:
em vossas mãos e para as irmãs delas que em minha casa ficaram. Disse-vos que é uma obra
composta sobre os feitos dos portugueses e a navegação para a Índia, em que esteve vosso avô
15 como capitão-mor.
CONDE DA VIDIGUEIRA: Decerto não quereis contar-me a história da minha família. (Risos das aias.)
LUÍS DE CAMÕES: Não poderia ser essa a minha intenção. Vossa Mercê mandou que por claro me
explicasse.
CONDE DA VIDIGUEIRA: Mas não para vos ouvir repetir a carta nem os versos. Abreviemos.
20 LUÍS DE CAMÕES: Espero a resposta de Vossa Mercê.
CONDE DA Por escrito a receberíeis, mas em atenção à memória de meu avô e de meu
VIDIGUEIRA:
pai, a quem sucedi nesta casa da Vidigueira, mandei-vos chamar. Pedis proteção na vossa
carta. Que proteção é a que esperais?
LUÍS DE CAMÕES: A que for justa para a minha obra e digna da memória do vosso antepassado.
José Saramago, Que Farei com Este Livro?, Porto Editora, 2015 (págs. 97-98)
9. Assinala com , nos itens 9.1. a 9.4., a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto.
9.1. A fala “Não vos retireis, que o negócio é de pouca monta e nenhum segredo…” (linhas 4-5) permite
inferir que o Conde de Vidigueira
a. dá valor à visita de Luís de Camões e ao assunto que o leva ao palácio.
b. atribui pouca importância ao motivo que leva Luís de Camões à sua presença.
c. considera a visita de Luís de Camões importante e com carácter confidencial.
d. desvaloriza a questão a tratar, mas não pretende partilhá-la com os presentes.
9.3. Na fala “Decerto não quereis contar-me a história da minha família.” (linha 16), que provoca o
riso das aias, o Conde de Vidigueira revela
a. pouca disponibilidade para ouvir o seu interlocutor e desvalorização do seu discurso.
b. incómodo pelo facto de Luís de Camões não valorizar a oportunidade de falar consigo.
c. sensibilidade para o pedido de Luís de Camões e disponibilidade para atendê-lo.
d. agradecimento pelo facto de Luís de Camões pretender honrar a memória do seu ante-
passado.
9.4. Na frase “Estão em vossas mãos os versos que escrevi.”, a expressão sublinhada desempenha
a função de
a. predicativo do complemento direto.
b. complemento direto.
c. predicativo do sujeito.
d. sujeito.
“Li a carta e os mais papéis que vieram com ela. Dizei por claro o que pretendeis.”
11. Observa os excertos da segunda fala de Luís de Camões e da terceira do Conde de Vidigueira:
– “a minha carta e as oitavas que juntei” (linha 10);
– “a carta e os mais papéis que vieram com ela” (linha 11).
11.1. As palavras sublinhadas referem-se ambas ao texto poético enviado por Luís de Camões ao
Conde de Vidigueira. O que revelam sobre a importância que cada um atribui ao mesmo
texto? Justifica a tua resposta.
12. A forma de tratamento usada por Luís de Camões, “Vossa Mercê” (linha 9), é um arcaísmo ou um
neologismo? Justifica a tua resposta.
13. A pessoa verbal mais usada no texto é a segunda do plural. Assinala com a alínea que justifica
essas ocorrências.
Lê o Texto D e as notas.
TEXTO D
Fid. A estoutra barca me vou.
– Hou da barca! Pera onde is?
[…]
1. sem aviso: inesperadamente. 2. demandais: procurais. 3. fidalgo de solar: de nobre linhagem. 4. fantesia: vaidade, presunção.
14. Escreve um breve comentário em que relaciones o comportamento do Conde de Vidigueira (Texto
C) quando recebe Luís de Camões e a atitude do Fidalgo ao chegar à barca do Paraíso (Texto D).
A necessidade de apoio a artistas que, sem meios, têm muita dificuldade em desenvolver e divulgar
a sua obra, mantém-se na atualidade.
Na tua perspetiva, os artistas deveriam merecer mais atenção do governo?
Escreve um texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de 160 e um máximo de 260
palavras, em que defendas o teu ponto de vista sobre a questão apresentada.