Roteiro para Retiro Catequese - Paróquia São José, Esposo de Maria
Roteiro para Retiro Catequese - Paróquia São José, Esposo de Maria
Roteiro para Retiro Catequese - Paróquia São José, Esposo de Maria
- Motivar: Nós estamos nos aproximando do dia da nossa primeira comunhão. Vamos
receber o sacramento da Eucaristia pela primeira vez. Isso é muito importante. E sempre
que estamos às vésperas de um momento importante, precisamos parar um pouco para
pensar, para rezar, para preparar nosso coração para esse momento. É o que viemos
fazer aqui hoje: um retiro. Vamos, pois, passar esse momento juntos, bem unidos uns
com os outros e bem unidos a Jesus, aquele a quem nós queremos seguir. Vamos iniciar
nosso encontro rezando, colocando toda a nossa vida nas mãos de Jesus e pedindo a ele
que fique sempre conosco.
ORAÇÃO
Ó bom Jesus, nós estamos aqui para mais um encontro, para mais um momento de
amizade e comunhão com o Senhor. Nós te pedimos que o Senhor venha nos iluminar e
nos ajudar a abrir nossos corações para acolher sua presença. Queremos que o Senhor
esteja sempre presente em nossa vida, queremos ser seus seguidores, seus discípulos.
Nós te pedimos força e coragem nessa caminhada de discípulo. Amém!
Música…
Rezar uns pelos outros. Colocar a mão no ombro do irmão que está à sua direita e rezar
por ele. O catequista reza e a turma repete: Senhor Jesus, venha abençoar a todos nós,
de modo especial, a esse amigo que está ao meu lado. Que ele siga seus passos, acolha
sua palavra e viva sempre na amizade com o Senhor. Fortaleça sua fé, ilumine sua vida e
dê a ele muita paz. Amém!
O PECADO
(Ler Atos 3:19) “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos
pecados”
(Rosa falará sobre Pecado, penitência e Conversão)
“Certa vez, João Batista estava com dois de seus discípulos e, avistando Jesus que ia
passando, disse-lhes: ‘Eis o cordeiro de Deus’. Os dois discípulos ouviram João falar e
seguiram Jesus. Então Jesus olhou para trás e vendo que o seguiam, perguntou-lhes: ‘O
que vocês procuram?’. Eles disseram: ‘Mestre, onde moras?’. Jesus respondeu: ‘Venham
comigo e vocês verão’. Eles foram, então, aonde Jesus morava e ficaram com ele aquele
dia”.
- Esse texto mostra o interesse de dois discípulos de seguir Jesus. Vendo Jesus que eles
estavam interessados em segui-lo, disse-lhes: “Venham comigo!”. Jesus e aqueles dois
discípulos passaram o dia juntos. E daquele dia em diante, nunca mais eles abandonaram
Jesus. A amizade que surgiu entre eles foi tão grande que uniu suas vidas para sempre.
Jesus já não vivia sem seus discípulos. Os discípulos já não queriam mais viver sem
Jesus. Eles não ficaram olhando Jesus de longe, como um simpatizante que observa,
mas não se compromete. Não. Eles foram atrás do mestre, tornaram-se íntimos dele,
amigos do peito, seguidores fiéis de Jesus.
- Nós também somos convidados a entrar na intimidade de Jesus. Ele nos chama. Ele nos
diz: “Venham comigo”. Se a gente aceitar esse chamado, então entraremos em comunhão
com Jesus.
- Mas o que é comunhão? Nós dizemos que vamos fazer a primeira comunhão. Mas o
que é isso? Comunhão significa união, no caso união com Jesus. Os discípulos entraram
em comunhão com Jesus porque passaram a ser seus amigos do peito. Eles se tornaram
inseparáveis. Nós vamos fazer a comunhão, isso significa que haverá uma união ainda
maior, mais estreita e mais comprometedora entre nós e Jesus. Seremos seus discípulos;
vamos segui-lo por seus caminhos. Vamos viver unidos ao mestre Jesus, numa amizade
que não deve ser rompida por nada. É assim que vivem os discípulos de Jesus. Então,
faremos não só a primeira comunhão, mas viveremos em comunhão, o que é muito mais
importante ainda.
- Foi para ficar sempre conosco que Jesus nos deixou o sacramento da Eucaristia, a
comunhão. Sacramento quer dizer sinal: sinal de união do discípulo com o mestre, sinal
do amor de Jesus por nós que não quer nos deixar sozinhos. Eucaristia quer dizer “ação
de graças”, ou seja, a alegria do discípulo que agradece a Deus por poder viver unido a
Jesus. (Frisar bem esses conceitos)
- Os sinais são muito importantes. Eles tocam fundo o nosso coração. Uma rosa, por
exemplo, pode ser só uma flor lá no jardim. Mas, quando ofertada por alguém que ama, é
sinal do amor entre as duas pessoas. Um abraço, por exemplo, pode ser só uma
formalidade. Mas, se acontece entre duas pessoas que se amam e que estavam
distantes, ele é sinal de uma grande amizade. E assim vai: um presente pode ser sinal de
gratidão, um gesto comum pode ser um sinal especial. Assim, a Eucaristia é sinal da
união com Jesus, sinal de seu grande amor por nós e de sua presença nos fortalecendo.
- Mas quando foi que Jesus instituiu a Eucaristia?
“Ao anoitecer, Jesus se pôs à mesa com seus discípulos. Enquanto estavam comendo,
Jesus tomou o pão e pronunciou a bênção, partiu-o e deu-o aos discípulos dizendo:
‘Tomai e comei, isto é meu corpo’. Em seguida, pegou um cálice, deu graças e passou-o a
eles dizendo: ‘Bebei dele todos, pois este é o meu sangue, o sangue da nova e eterna
aliança, que é derramado por todos para remissão dos pecados’”.
- Jesus sabia que havia chegado sua hora de morrer. Não porque ele adivinhasse as
coisas, mas porque ele via que suas palavras e obras estavam incomodando muita gente
poderosa que queria matá-lo. Então, antes que eles botassem as mãos em Jesus, ele fez
um jantar especial com seus amigos. E foi nesse jantar que tudo aconteceu. Jesus tomou
o pão e o vinho e disse que eles seriam sinais da sua vida doada por amor a nós. A partir
daquele momento, o pão e o vinho passaram a ser algo mais que um simples alimento e
uma simples bebida para quem se reúne para celebrar a fé em Jesus. Estes pequenos e
corriqueiros símbolos ganharam novo significado: tornaram-se para nós o corpo e o
sangue de Jesus, sinais da sua presença no meio de nós. Então, Jesus, mesmo
morrendo, continuou entre nós. Pois o corpo e o sangue significam a vida da pessoa
toda.
- E foi assim que aconteceu. Depois que Jesus morreu, ressuscitou e voltou para junto de
Deus, os discípulos não podiam mais ver Jesus, mas podiam continuar unidos a Jesus
pelos diversos sinais que ele deixou. Eles se reuniam para rezar e celebravam a
Eucaristia. E isso era força para eles. Os discípulos enfrentavam provações, dificuldades
e até perseguições, mas não desanimavam. Sabiam que Jesus estava com eles, presente
em suas vidas, em seus corações, e ainda mais no sinal da Eucaristia.
- Jesus disse no Evangelho de João que sua presença, no corpo e no sangue, alimentaria
nossa vida, nos daria a força da qual precisamos.
“Jesus disse: ‘Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim não terá mais fome e aquele
que crê em mim jamais terá sede. A vontade do Pai é que não se perca nenhum daqueles
que me seguem. Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem come deste pão viverá
eternamente. E o pão que eu darei é a minha própria carne para a salvação do mundo.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele’”.
- Jesus sabia que nós precisamos de algo forte para nos alimentar na fé. Ele próprio
resolveu ser nosso alimento. Sua presença nos alimenta, sua força nos contagia, sua
amizade nos revigora. Através da comunhão, ou seja, da união profunda com Jesus, ele
permanece em nós e nós permanecemos nele.
3) ATIVIDADE
- Dividir a turma em duplas. Cada dupla receberá uma folha com algumas perguntas
sobre as quais deverá conversar. Poderão escolher um lugar bem tranquilo para uma
conversa amiga e sincera. Na folha, estarão as seguintes questões:
• Por que a Eucaristia é importante para minha vida?
• Eu quero, do fundo do coração, ser discípulo de Jesus?
• Por que vou fazer a primeira comunhão?
4) INTERVALO
5) SEGUNDA REFLEXÃO
(Novamente em círculo, iniciar a reflexão conversando sobre a partilha que foi feita em
duplas. Ver a profundidade das respostas, ajudar a turma a repensar essas questões,
insistir nos pontos que parecem ainda frágeis. Depois, convidar para um segundo
momento, também muito importante: uma breve reflexão sobre a vida dos seguidores de
Jesus. )
- Nós somos discípulos de Jesus. Mas como vivem os discípulos de Jesus? Ser discípulo
de Jesus é viver de qualquer modo ou os amigos de Jesus têm um modo próprio de vida,
um estilo de vida de acordo com os ensinamentos do mestre? Vamos ver na Bíblia um
bonito relato sobre a vida dos seguidores de Jesus. Esse texto vai nos ajudar a perceber
as características dos discípulos de Jesus.
(Ler At 2,42-47: primeiro alguém proclama o texto em voz alta, depois cada um pode ler
de novo em silêncio)
“Os discípulos perseveravam fiéis à doutrina pregada pelos apóstolos, participavam das
reuniões em comum, da fração do pão e das orações. Todos eles estavam cheios de
grande respeito pelas coisas de Deus; e os apóstolos realizavam numerosos prodígios e
sinais. Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e possuíam tudo em comum. Vendiam
suas propriedades e seus bens e repartiam o dinheiro entre todos, conforme a
necessidade de cada um. Perseverantes e bem unidos, frequentavam o templo, partiam o
pão pelas casas e tomavam a refeição com alegria e simplicidade de coração. Louvavam
a Deus e conquistavam a simpatia de todo o povo. E a cada dia mais pessoas eram
atraídas pelo Senhor para se ajuntarem a eles”.
(Fazer breve partilha. Cada um poderá dizer o que achou mais importante no modo de
vida dos seguidores de Jesus. Depois fazer a reflexão abaixo.)
- A primeira característica dos seguidores de Jesus que o texto dos Atos dos Apóstolos
nos mostra é a perseverança. De nada adianta receber Jesus pela primeira vez, se não
for para perseverar na amizade com ele. Essa é uma qualidade muito importante que os
seguidores de Jesus precisam ter. O texto fala principalmente da perseverança nos
ensinamentos de Jesus. Isso significa que o discípulo nunca aprendeu tudo do mestre.
Ele é um eterno aprendiz. Ele deve continuar sempre procurando se aprofundar nas
coisas do mestre. A caminhada de seguidores de Jesus não é como um curso que tem
fim, quando a gente recebe um diploma e já é doutor naquilo que estudou. No seguimento
de Jesus, somos sempre discípulos e não mestres, somos aprendizes, somos pessoas
sempre abertas a aprender mais e mais, pois a vida é cheia de desafios que não cessam
de se apresentar a nós. Por isso é tão importante perseverar na catequese depois da
primeira comunhão. Não estamos formados. Não terminamos um curso. Começamos uma
caminhada de discipulado com Jesus e é preciso perseverar nesse caminho, sem
desanimar.
- Outra característica dos apóstolos era a comunhão deles com a comunidade de fé. Eles
participavam das reuniões em que se celebrava a fração do pão, que é a Eucaristia.
Quem faz a primeira comunhão precisa continuar em comunhão, por isso precisa
participar da Missa sempre, pelo menos uma vez por semana. Não adianta comungar
uma vez e depois desaparecer. A frequência na comunidade é muito importante.
- Os discípulos tinham outra característica importante: eram pessoas de oração. Estavam
sempre unidos rezando com seus irmãos de fé ou rezando em suas casas, no silêncio de
seu quarto ou com suas famílias. A oração é uma forma de melhorar nosso diálogo com
Deus e estreitar mais nossa amizade com ele. É muito importante rezar sempre para
manter a comunhão com Jesus.
- Os discípulos eram também pessoas generosos, fraternas, que partilhavam suas vidas e
seus bens. Para seguir Jesus, é preciso saber partilhar a vida como ele mesmo fez. Quem
se fecha em seu egoísmo e só pensa em si não consegue seguir Jesus. Sente-se um
estranho no grupo, porque a fraternidade é a marca dos seguidores de Jesus. Partilhar
nossos bens e nossos dons não é uma obrigação; é uma graça que nos foi dada. Ver os
amigos e irmãos vivendo felizes sem passar necessidades é uma alegria incomparável. É
por isso que o texto termina dizendo que eles viviam felizes, louvando a Deus pela sua
amizade. E cada dia mais gente queria viver assim: sendo discípulo de Jesus.
6) MOMENTO MARIANO
Preparar o ambiente para uma reflexão sobre a importância de Maria em nossa vida de fé
7) ORAÇÃO E DESPEDIDA
- Convidar a turma para encerrar o retiro rezando.
- Cantar alguma música apropriada.
- Fazer preces espontâneas pedindo a Jesus as qualidades necessárias para ser bom
discípulo. A resposta poderá ser; “Venha nos ajudar, senhor!”
- Encerrar rezando o Pai Nosso.
- Despedir alegremente. Conduzir a turma de volta até o local combinado com os pais.