Cirrose Hepatica Alcoolica - Finale
Cirrose Hepatica Alcoolica - Finale
Cirrose Hepatica Alcoolica - Finale
Projecto de pesquisa
CIRROSE HEPÁTICA
LUANDA, 2023
CONHECIMENTOS DOS ALUNOS DA 12ª CLASSE DO CURSO DE
ENFERMAGEM DO INSTITUTO TÉCNICO DE SAÚDE DE LUANDA
SOBRE A PREVENÇÃO DA CIRROSE HEPÁTICA ALCOÓLICA DE
FEVEREIRO À MAIO DE 2023
Integrantes do grupo nº 1
Orientadora
Professora Suzana Sumbelelo
//Licenciada em Ciências de Enfermagem//
LUANDA, 2023
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO.....................................................................................................................4
1.1-Formulação do problema......................................................................................................5
1.2-Justificativa...........................................................................................................................5
1.3-Objectivos.............................................................................................................................6
1.3.1-Geral..................................................................................................................................6
1.3.2-Específicos.........................................................................................................................6
2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................................7
2.1-Definições de termos............................................................................................................7
2.1.1-Cirrose...............................................................................................................................7
2.1.2-Hepatite..............................................................................................................................7
2.1.3-Álcool................................................................................................................................7
2.2-Cirrose hepática alcoólica.....................................................................................................7
2.3-Causas cirrose hepática alcoólica.........................................................................................7
2.4-Fisiopatologia da cirrose hepática alcoólica.........................................................................8
2.4.1-Absorção e metabolismo do álcool....................................................................................8
2.4.2-Acúmulo de gordura no fígado..........................................................................................9
2.4.3-Endotoxinas intestinais......................................................................................................9
2.4.4-Dano oxidativo..................................................................................................................9
2.4.5-Inflamação, morte celular e fibrose resultantes.................................................................9
2.5-Sintomas de cirrose hepática alcoólica...............................................................................10
2.6-Diagnóstico da cirrose hepática alcoólica..........................................................................10
2.7-Complicações possíveis......................................................................................................12
2.8-Fatores de risco da cirrose hepática alcoólica....................................................................12
2.8.1-Quantidade de álcool.......................................................................................................13
2.8.2-Sexo.................................................................................................................................13
2.8.3-Fatores genéticos.............................................................................................................13
2.8.4-Estado nutricional............................................................................................................14
2.8.5-Outros factores.................................................................................................................14
2.9-Tratamento da doença hepática alcoólica...........................................................................14
2.9.1-Restrição ao consumo de álcool......................................................................................14
2.9.2-Cuidados de suporte.........................................................................................................14
2.9.3-Tratamento específico......................................................................................................15
2.10-Prevenção..........................................................................................................................18
3- METODOLOGIA................................................................................................................19
3.1-Tipo de Estudo....................................................................................................................19
3.2-Local de Estudo..................................................................................................................19
3.3-População de Estudo...........................................................................................................19
3.4-Amostra..............................................................................................................................19
3.5-Critério de inclusão.............................................................................................................19
3.6-Critérios de Exclusão..........................................................................................................19
3.7-Procedimentos éticos..........................................................................................................19
3.8-Métodos de recolha de dados..............................................................................................20
3.9-Variáveis.............................................................................................................................20
3.10-Análise e processamento de dados...................................................................................20
4- RECURSOS.........................................................................................................................21
5- CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES.............................................................................20
6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................21
APÊNDICES
ANEXOS
4
1- INTRODUÇÃO
Desde longa data são conhecidos os efeitos danosos que o consumo abusivo de
bebidas que contêm álcool (etílico ou etanol) podem causar. O álcool é uma droga depressora
do sistema nervoso central e uma das substâncias mais consumidas em todo mundo. Por ser
uma molécula pequena, altamente solúvel e de absorção rápida, pode causar desde
intoxicação até dependência (AGOSTINHO, 2017).
No mundo, existe uma vasta diversidade de bebidas alcoólicas, cada tipo com
diferentes quantidades de álcool em sua composição. O álcool presente nas bebidas alcoólicas
é o etanol, que pode ser produzido pela fermentação ou destilação. Após ingerido, ele é
absorvido rapidamente pela mucosa do trato gastrointestinal (da boca ao intestino) (MINSA,
2015).
Em Angola, segundo dados da Secretaria Nacional da Saúde, há número alarmante de
indivíduos que apresentam dependência alcoólica com elevada incidência de Doenças
Hepáticas Alcóolicas (MINSA, 2015).
Aproximadamente 3,3 milhões de pessoas morreram em 2012 em todo o mundo como
consequência do uso abusivo de bebidas alcoólicas. Os números representam 5,9% de todas as
mortes, sendo maiores que à mortalidade ligada ao HIV (2,8%), à violência (0,99%) e à
tuberculose (1,7%) (OMS, 2017).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 2 biliões de pessoas de todo o mundo
consumem bebidas alcoólicas, e que 76,3 milhões apresentam doenças associadas ao consumo de
álcool, visto que este constitui uma das drogas mais acessíveis e com mais consumo impróprio de
todas as drogas de abuso (OMS, 2017).
O uso prejudicial do álcool é uma ameaça particularmente grave para os homens, sendo o
principal fator de risco de morte em homens com idades compreendidas entre 15-59 anos,
principalmente devido a lesões, violência e doenças cardiovasculares e, ainda, globalmente, 6,2%
de todas as mortes de homens são atribuíveis ao álcool, em comparação a 1,1% das mortes
femininas (OMS, 2017).
O relatório da OMS, mais recente, sobre o consumo alcoólico revela o padrão Europeu
relativamente ao consumo de álcool: "Os adultos na Europa consomem três bebidas alcoólicas
por dia", o que equivale a 12,5 litros de álcool puro por ano, ou seja 27 gramas por dia. Numa
lista de 34 países da Europa, Portugal surge no nono lugar no que se refere à média anual de
consumo de álcool puro per capita, com 13,43 litros (ibidem).
5
Neste contexto, dentro das várias patologias associadas ao consumo excessivo e crónico
do álcool, uma das doenças mais relevante é a doença hepática alcoólica (DHA), que é
considerada uma das principais causas de morbilidade e mortalidade em todo o mundo
(QUINTAS et al, 2017).
1.2- Justificativa
O trabalho justifica-se pelo facto da cirrose hepática alcoólica ser uma lesão no fígado
causada pela ingestão excessiva de álcool. Sendo uma patologia da actualidade, e como
estudantes e futuros profissionais de enfermagem, surge a necessidade de se falar sobre a
mesma patologia, com a finalidade de aumentar os conhecimentos através da Informação,
Educação e comunicação, com o propósito de contribuir na redução da morbilidade e
mortalidade da população em geral. Também, para o âmbito científico tendo em conta a
escassez de fontes de investigação no nosso País, este trabalho é mais um que contribuirá para
enriquecimento das fontes de investigação nas nossas bibliografias de modo a incentivar as
gerações futuras a desenvolver temas do género.
6
1.3- Objectivos
1.3.1- Geral
1.3.2- Específicos
2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1.1- Cirrose
2.1.2- Hepatite
“Designa qualquer inflamação do fígado por causas diversas, sendo as mais frequentes
as infecções pelos vírus tipo A, B e C e o abuso do consumo de álcool ou outras substâncias
tóxicas como no caso dos remédios” (ALMEIDA et al, 2016, p. 55).
2.1.3- Álcool
Apesar do alto consumo de álcool provocar a doença hepática alcoólica, não se sabe
exactamente como a doença se desenvolve. Dessa forma, outros factores podem estar
envolvidos no surgimento da doença, tais como:
Factores genéticos que afectam o modo como o corpo processa o álcool;
Presença de outras doenças do fígado, tais como a Hepatite C;
Subnutrição (PÁDUA, 2014).
Pacientes com alterações que sugiram doença hepática alcoólica devem ser submetidos
a exames de triagem para outras formas tratáveis de hepatopatia, especialmente para hepatites
virais. Uma vez que características da esteatose hepática, da hepatite alcoólica e da cirrose se
sobrepõem, a descrição precisa dos achados pode ser mais útil do que rotular o paciente em
uma categoria específica, que pode apenas ser determinada por uma biópsia hepática (ibidem).
A biópsia hepática não é consenso entre os especialistas. As indicações propostas
incluem:
Diagnóstico clínico duvidoso (p. ex., achados clínicos e laboratoriais
conflituantes, elevação inexplicada dos níveis de aminotransferases);
Suspeita clínica de > 1 causa para doença hepática (p. ex., álcool e hepatite
viral);
Sexo;
Factores genéticos e metabólicos;
Obesidade (ANDRADE, 2015).
2.8.2- Sexo
Mulheres são mais susceptíveis que os homens, mesmo após ajuste para peso corporal.
As mulheres precisam de apenas 20 a 40 g de álcool/dia para estarem em risco - metade da
quantidade para homens. O risco em mulheres pode ser maior porque elas têm menos álcool
desidrogenase na mucosa gástrica; assim mais álcool intacto alcança o fígado (NETO, 2015).
Abstinência;
Cuidados de suporte;
Corticóides e nutrição enteral em casos de hepatite alcoólica grave;
Transplante hepático.
Os corticóides (p. ex., prednisolona 40 mg/dia por via oral por 4 semanas,
seguida de desmame) melhoram o resultado nos pacientes com hepatite alcoólica
aguda grave (função discriminante de Maddrey ≥ 32) e que não têm infecção,
sangramento gastrintestinal, insuficiência renal ou pancreatite. Em um grande
ensaio clínico randomizado controlado prospectivo, a prednisolona tendeu a
diminuir a mortalidade em 28 dias, mas não alcançou significância estatística.
Como resultado, pode-se interromper os corticóides antes de se completar um ciclo
de 4 semanas se não há resposta aos corticóides, conforme determinado pelo escore
de Lille no 7º dia (OMS, 2017).
Além de corticóides e dieta enteral, poucos tratamentos específicos estão
claramente estabelecidos. Antioxidantes (p. ex., S-adenosil-L-metionina,
fosfatidilcolina, metadoxina) mostram-se promissores na melhora da lesão hepática
em cirróticos não avançados, mas são necessários mais estudos. Terapias
direccionadas para citocinas, particularmente inibidores do factor de necrose
tumoral (FNT)-alfa, visando a diminuição da inflamação, têm resultados
conflituantes em pequenos estudos. Pentoxifilina, um inibidor da fosfodiesterase
que inibe a síntese do FNT-alfa, tem resultados ambíguos em ensaios clínicos em
pacientes com hepatite alcoólica grave (ROBERTO et al, 2015).
Quando agentes biológicos que inibem o FNT-alfa são usados (p. ex.,
infliximabe, etanercepte), os riscos de infecções ultrapassam os benefícios.
16
A cirrose hepática é uma patologia que não existe uma cura específica. Portanto, o
tratamento da patologia objectiva minimizar o avanço da doença e prevenir complicações.
Diante disso a enfermagem desempenha um papel fundamental dentre a equipe
multidisciplinar, prestando um cuidado contínuo (ALVES, 2013).
Nos pacientes com cirrose hepática, os objectivos do cuidado de enfermagem podem
incluir a prevenção de complicações; promoção, manutenção e restauração da saúde
facilitando a capacidade funcional, maximizando seu bem-estar e promovendo sua satisfação
(ANDRADE, 2015).
Na assistência ao paciente com cirrose hepática o enfermeiro deverá estar apto a
contribuir junto a equipe multidisciplinar no restabelecimento de sua função e evitar
complicações. A assistência de enfermagem no gerenciamento dos cuidados ao paciente com
cirrose hepática baseia-se na realização de exame físico e anamnese além da elaboração de
diagnósticos de enfermagem que buscaram direccionar as intervenções com o intuito de
reduzir os danos causados pela afecção. É necessário que a equipe implemente na prática a
Sistematização de Assistência da Enfermagem para melhor auxiliar o paciente em seu
tratamento (OLIVEIRA, ROCHA 2014).
17
Cirrose hepática é o estágio final para uma variedade de doenças do fígado. O termo
cirrose é um sintoma que se refere à cor laranja amarelada ou de um fígado doente e não é
uma doença específica em si mesma. Embora seja mais associado com o alcoolismo, a causa
mais comum de cirrose hepática é hepatite. Para evitar qualquer tipo de cirrose hepática, deve
se seguir algumas instruções:
Limitar a ingestão de álcool para reduzir o risco de cirrose alcoólica;
Obter uma vacina contra a Hepatite B;
Minimizar o risco de contrair hepatite C, evitando o comportamento sexual de
alto risco. Isso inclui o sexo desprotegido e múltiplos parceiros. Não usar cocaína ou
compartilhar agulhas com outros usuários de drogas. Metade dos casos de hepatite C são
constatados a partir de parafernália de drogas contaminadas;
Ter cuidado ao usar produtos químicos. Produtos de limpeza e pesticidas
podem ser uma fonte significativa de cirrose induzida quimicamente. Usar vestuário de
protecção e uma máscara ao manusear produtos químicos frequentemente;
Resolver as causas subjacentes da cirrose. Cirrose existente é geralmente
irreversível mas mais danos podem ser minimizados (ALMEIDA et al, 2016).
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3- METODOLOGIA
3.4- Amostra
Os dados serão recolhidos por meio de uma entrevista usando um Inquérito, elaborado
com perguntas abertas e fechadas.
3.9- Variáveis
4- RECURSOS
Humanos
Será realizado por (11) alunos finalistas do curso de Enfermagem do Instituto Técnico
de Saúde de Luanda citados na contra capa, com a orientação de um orientador.
Materiais
Computador portátil, táxi, impressora, internet, pen drive, tinteiro, bloco de anotação,
lapiseira e resma de folha A4.
Orçamento
Preçário
n° Materiais Quantidade TOTAL
5- CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES
Nº Actividades Meses/2023
1 Escolha do tema
3 Introdução
5 Fundamentação Teórica
6 Elaboração de Metodologia
8 Revisão do pré-projecto
9 Término do pré-projecto
6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INQUÉRITO
O presente inquérito é anónimo e confidencial, e tem como título: conhecimentos dos
alunos da 12ª classe do curso de Enfermagem do Instituto Técnico de Saúde de Luanda
sobre a prevenção da Cirrose Hepática Alcoólica de Fevereiro à Maio de 2023. O mesmo
tem como finalidade a recolha de dados para elaboração de um trabalho de fim de curso a fim
de obtermos o título de Técnico Médio de Enfermagem. Para já expressar a nossa gratidão e
esperamos que nos ajudes.
Variáveis sócio demográficos
1- Idade: Anos
2- Género:
a) Masculino
b) Feminino
Variáveis de estudo
a) Bebidas Alcoólicas
b) Sexo desprotegido