Transtornos Da Personalidade - Marília - 2023
Transtornos Da Personalidade - Marília - 2023
Transtornos Da Personalidade - Marília - 2023
TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE
• Dificuldades na relação
terapêutica
Padrão persistente,
Não é explicado inflexível, abrange
por substância ou diversas situações
outra condição pessoais e sociais
médica
TP
Não é explicado por Provoca sofrimento
outro transtorno clinicamente significativo
mental (manifestação e prejuízo no
ou consequência) funcionamento
EXCETO
Transtorno da
Personalidade Antissocial
(APA, 2014)
Classificação Categorial
Obsessivo-
Esquizotípica Histriônica
Compulsiva
Narcisista
Aplicabilidade da TCC
nos TP
• São pacientes que tendem a desistir da terapia, o que
requer maior habilidade técnica do terapeuta e
habilidades sociais, principalmente flexibilidade
(Del Prete et al., 2013)
Podem culpar
os outros
pelas próprias
deficiências
• Tratamento
o Apresentam-se a terapia com problemas de
relacionamento interpessoal
o Estabelecer relação terapêutica de modo a diminuir a
vigilância – aceitar inicialmente a desconfiança,
manifestar confiança gradual
o Aumentar a autoeficácia, para diminuir sentimento de
vulnerabilidade (Resolução de Problemas)
o Desenvolver interpretações mais realistas das
intenções dos outros
o Empatia – desenvolver maior consciência do ponto de
vista dos outros
o Treinar a interpretar as informações que recebe em
interações sociais – em termos de continuum
o Gerar interpretações alternativas – troca de papéis /
role playing
o Usar o feedback negativo do ambiente
construtivamente
o Aprender a lidar melhor com a ansiedade e problemas
interpessoais
o Ao final – ser capaz de ver as pessoas em um
continuum de confiabilidade
Podem ter
episódios
psicóticos Parecem estar
breves em sem rumo,
resposta ao “a deriva”
Características
estresse
Associadas
Em isolamento Raramente
social, podem ser namoram ou
bem-sucedidos se casam
profissionalmente
• Tratamento
o Estabelecer uma relação que busque desenvolver uma
relação colaborativa
▪ Lista de Vantagens e Desvantagens quanto a terapia
(cuidado para não forçar respostas afetivas)
▪ Terapeuta precisa atentar para as próprias reações
afetivas frente às crenças do paciente reticente à relações
íntimas.
o Trabalhar pensamento absolutista - não gosta de
relacionamentos interpessoais
o Estimular a ampliar os vínculos – terapia de grupo
pode ser um importante recurso
o Desenvolver pensamento em continuum, em que
pode gostar ou não de certos aspectos do outro
(López Pell et al., 2010; Ventura, 1995)
Grupo A
Esquizotípica
Padrão difuso de déficits sociais e interpessoais
marcado por desconforto agudo e capacidade reduzida
para relacionamentos íntimos, além de distorções
cognitivas ou perceptivas e comportamento excêntrico
Características
Associadas
Em alguns casos Podem ter
podem surgir episódios
sintomas psicóticos
psicóticos transitórios em
clinicamente resposta ao
significativos estresse
• Tratamento
o Objetivos – ampliar as interações sociais, desenvolver
habilidades sociais e reduzir a ansiedade
o Investir em uma boa relação terapêutica – tarefa difícil
o Avaliar nível de ansiedade social e falta de confiança
no terapeuta - modificar as crenças paranoides
o Auxiliar paciente a compreender e modificar as
experiências alucinatórias
o Reforçar as condutas adequadas e ajudá-lo a
identificar as inadequadas
o Cuidado - quanto mais se isola, mais no mundo da
fantasia
(López Pell et al., 2010; Ventura, 1995)
Grupo B
Antissocial
Padrão difuso de desconsideração e violação dos
direitos das outras pessoas que ocorre desde os 15 anos
Irresponsáveis e
Vários parceiros exploradores
sexuais, pode nos
nunca ter sido relacionamentos
monogâmico sexuais
• Tratamento
o Objetivos – desenvolver no paciente a capacidade de
considerar o ponto de vista do outro, respeitando-o;
o Facilmente torna-se entediado – evitar excesso de
perguntas ou explicações
o Aumentar a colaboração inicial, por meio de uma boa
formulação e plano terapêutico, estabelecimento claro
do contrato terapêutico
o Ao terapeuta, ter paciência, perseverança, empatia e
habilidade para não tomar para si certas atitudes do
paciente
o terapeuta – aumentar a percepção e a consciência
sobre as diferentes funções de seus próprios
comportamentos
o Trabalhar crenças autofavorecedoras, ao acreditar estar
sempre certo, todos os atos são justificados e
imbatíveis e nada poderá atingi-lo
o Entrevista com outros significativos – frequentes
mentiras
o Trabalhar no sentido de diminuir a ira e a impulsividade
o Ensinar habilidades de resolução de problemas
Crença nuclear “Preciso ser admirada para ser feliz”, “Eu sou
nada”, “Eu sou inadequada e incapaz de cuidar da minha
própria vida”, “Se não sou capaz de cuidar de mim mesma,
necessito encontrar uma forma para que os outros cuidem”
Desempenho
pode ser
compreendido
pela intolerância
às críticas ou
derrotas
• Tratamento
o Melhor prognóstico quando o paciente tem interesse
em se relacionar intimamente com outra pessoa e é
sensível a avaliação do outro
o Objetivo inicial – trazer alívio às queixas do paciente
o Posteriormente – abordar aspectos relacionados ao
Transtorno da personalidade:
▪ Superioridade – reestruturação cognitiva, para perceber
que as pessoas não são de todo ótimas ou ruins, mas que
possuem habilidades
▪ Hipersensibilidade – escala hierárquica gradual de
exposição a situações ansiogênicas (avaliação do outro)
▪ Falta de empatia – troca de papéis, como o outro se
sente (López Pell et al., 2010; Ventura, 1995)
Grupo C
Evitativa
Padrão difuso de inibição social, sentimentos de
inadequação e hipersensibilidade avaliação negativa
Em geral rede de
apoio social
restrita, que não
o ajuda em
situações de crise
• Tratamento
o Desenvolver uma boa relação terapêutica, atentando para a
assertividade, trabalhar crenças disfuncionais quanto ao
medo da rejeição
o Déficit de habilidades sociais – treino de habilidades sociais,
para melhores interações sociais
o Enfrentamento de situações sociais
o Ajudar o paciente a superar a evitação cognitiva e emocional
o Eliciar na sessão afetos negativos (avaliar pensamentos) –
desmistificar a crença de que não pode suportar o afeto
negativo
o Reestruturação cognitiva e troca de papéis, em que cada um
representa um tipo de pensamento
(López Pell et al., 2010; Ventura, 1995)
Grupo C
Dependente
Uma necessidade difusa e excessiva de ser cuidado que
leva a comportamento de submissão e apego
Problema Central: Dificuldade em tomar decisões
independentemente
Funcionamento
Relações sociais profissional pode
limitadas às ser prejudicado
Características
poucas pessoas quando for
as quais é Associadas
necessário
dependente iniciativas
independentes
Podem evitar
cargos de
responsabilidade
e ficar ansiosos
diante de
decisões
• Tratamento
o Objetivo – proporcionar maior autonomia
o Desenvolver a relação terapêutica, com certa
dependência no início, desenvolver autoconfiança e
autoeficácia, até se estabelecer limites claros à
relação, cuidadosamente
o Frente a dependência – utilizar o questionamento
socrático para estimular a discussão participativa de
suas dificuldades
o Autonomia – construir hierarquia de decisões a serem
tomadas independentemente
o Treino assertivo para desenvolver habilidades
assertivas
o Trabalhar crenças disfuncionais de desvalia,
pensamento dicotômico - competência x
incompetência
▪ Seu catastrofismo de ver-se como incompetente, logo
será abandonado
o Considerar a participação na terapia da pessoa na
qual o paciente é dependente